GESTÃO DE PROJETO DE COMUNICAÇÃO WEB 2.0 PARA PARÓQUIA DA IGREJA CATÓLICA

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Fábio Baldin

Anhanguera Educacional S/A [email protected]

Jaime Ossada

Anhanguera Educacional S/A [email protected]

GESTÃO DE PROJETO DE COMUNICAÇÃO WEB 2.0 PARA PARÓQUIA DA IGREJA CATÓLICA

RESUMO

Este artigo apresenta ao leitor, práticas utilizadas em gerenciamen-tos de projetos adotados no mercado atual sob regulamentação do PMI (Project Management Institute), aplicadas em um projeto de comunicação web 2.0 para uma paróquia da igreja católica, algo novo no cenário de Tecnologia da Informação. Ao longo do artigo, serão citadas e apresentadas todas as etapas desde a geração da proposta inicial do projeto, desenvolvimento, até sua finalização fazendo a aderência de cada etapa às áreas de conhecimento abor-dadas pelo PMI em seu guia PMBOK.

Palavras-Chave: Web 2.0, Igreja Católica, PMI, Gestão de Projetos, TI, Streaming

ABSTRACT

This article introduces the reader, practices used in project ma-nagements adopted in the current market under regulation of PMI (Project Management Institute), applied on a communications project web 2.0 for a parish of the Catholic Church, something new on the scene of Information Technology. Throughout the article, will be cited and presented all the steps from the generation of the proposed project's initial development through to completion making the adherence of each stage of knowledge areas covered by the PMI PMBOK guide in his.

Keywords: Web 2.0, Catholic Church, PMI, Project Management, IT, Streaming

Anhanguera Educacional S.A.

Gestão de Tecnologia da Informação

Gestão de Projeto de Comunicação WEB 2.0 para Paróquia da Igreja Católica

1. INTRODUÇÃO

Com a evolução dos meios de comunicação acontecendo de forma rápida, à inserção da

internet no cotidiano das pessoas e a inclusão digital que já se inicia logo ao inicio da vida

das crianças atualmente, a Igreja acabou perdendo a proximidade com seus mais antigos fieis

e não consegue mais manter seus cultos da mesma forma que acontecia há alguns anos e, isso

acabou por afetar as rotinas, celebrações e até mesmo a receita provinda do dízimo recebido

durante as missas.

Com isto a igreja começou a perceber que uma forma de se aproximar de um público

mais jovem e resgatar uma parte do antigo, seria a de chamar a atenção exatamente no mun-

do onde eles estão inseridos e por conseqüência, disponibilizando seu conteúdo através dos

dispositivos encontrados no mercado (notebooks, netbooks, tablets, smartphones, etc.), tentando

assim resgatar um publico que deixou de freqüentar as missas para estar online o tempo to-

do.

Com uma visão mais atual de um pároco, aconteceu a oportunidade de se desenvolver

um projeto de comunicação com base no conceito de web 2.0 onde, segundo (O'Reilly,2005),

o mesmo abrange totalmente o conceito de comunidades e serviços, tendo a Internet como

plataforma de fácil acesso ao conteúdo produzido e no tempo que o usuário quiser assistir.

Foram agregados ao mesmo, outros diferenciais como as transmissões ao vivo, participações

em redes sociais de alta densidade (Orkut, Twitter, Facebook) e outras formas de atrair ao pú-

blico como o sorteio de brindes durante as transmissões.

Neste estudo, o problema de pesquisa definido teve como objetivo, desenvolver o pro-

jeto de comunicação baseado no conceito de web 2.0 e a utilização do modelo de gestão for-

necido pelo PMI1 através de seu guia de praticas, reconhecido pelo mercado de projetos, de-

nominado PMBOK2.

Para a redação deste artigo optou-se pela pesquisa em campo, onde foi coletada a mai-

oria dos dados utilizados neste. Contudo, para se fazer a aderência com as práticas do guia

de gestão, existiu a necessidade da pesquisa teórica em relação à fundamentação e orientação

de como se implementar cada prática ali relatada à realidade do projeto. Pode-se dizer que

também é de aspecto quantitativo, pois os dados coletados durante a implantação do projeto

geram indicadores e através destes foi possível atingir as metas esperadas e definidas junto

ao cliente para a execução do projeto.

1 PMI: Project Management Institute 2 PMBOK: Guia de Referência do PMI.

Fabio Baldin Santana, Jaime Ossada.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

Antes de abordarmos o conteúdo do projeto principal, se faz necessária uma rápida re-

visão de conceitos para que a leitura deste seja proveitosa e de ganho ao leitor.

Iniciaremos por projeto, passando por Gerenciamento de projetos e finalizando com a

definição de WEB 2.0.

Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resul-

tado exclusivo. A sua natureza temporária indica um inicio e um término definido. (PMBOK,

2008)

Gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e

técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos, através de 42 processos

agrupados de forma lógica, abrangendo cinco grupos: Iniciação, Planejamento, Execução,

Monitoramento e Controle e Encerramento.

Gerenciar um projeto inclui a identificação de requisitos, adaptação às diferentes ne-

cessidades, preocupações e expectativas das partes interessadas à medida que o projeto é

planejado e realizado, bem como o balanceamento das restrições conflitantes do projeto co-

mo Escopo, Qualidade, Cronograma, Orçamento, Recursos e Riscos.

A relação entre esses fatores ocorre de tal forma que se algum deles mudar, pelo menos

outro fator provavelmente será afetado. Por exemplo, se o cronograma for reduzido muitas

vezes o orçamento precisará ser aumentado para incluir recursos adicionais a fim de realizar

a mesma quantidade de trabalho em menos tempo. Se não for possível um aumento no or-

çamento, o escopo ou a qualidade poderá ser reduzido para entregar um produto em menos

tempo com o mesmo orçamento. (PMBOK, 2008)

WEB 2.0 Em decorrência das especulações em volta da internet ocorreu o que foi cha-

mado de “estouro da bolha”, uma crise das empresas “pontocom” nas bolsas de valores, em

abril de 2000.

Segundo Tim O’Reilly, fundador da O'Reilly Media e entusiasta dos movimentos de

apoio a softwares livres, este acontecimento marcou uma virada importante na forma como se

cria e se navega na Web. A rede se tornou mais robusta do ponto de vista econômico e por

parte da mídia.

Alguns entenderam que tal crise era comum e mostrava que a tecnologia utilizada po-

deria ascender e assumir um lugar importante no mercado. A quantidade de sites se multi-

plicou e muitas empresas que sofreram uma queda devido ao estouro da bolha investiram


em novas aplicações e sites mais dinâmicos com o objetivo de aumentar o número de usuá-

rios.

Esta tendência foi denominada por (O’Reilly, 2005) como Web 2.0. No artigo “What Is

Web 2.0” Tim O’Reilly a define como:

"A mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das re-gras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais im-portante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a in-teligência coletiva.”

Entretanto a web não tem fronteiras fixas, ela possui alguns princípios práticos, que são

comuns a inúmeros sites. Estas características nos ajudam a entender e classificar uma plata-

forma como pertencente à Web 2.0. (BRANDIZZI, 2009)

Nos próximos tópicos estão listadas as características e ideologias mais comuns aos si-

tes da Web 2.0 descritos na mesma publicação:

Softwares tornam-se melhores quanto mais utilizados: Neste tópico, podemos

entender que a reutilização e revisão de códigos realizados por outros, possibili-

ta a correção de defeitos.

Pensar em softwares que estão constantemente sendo usados pelos usuários:

Interpretamos que não se deve criar aplicativos com moldes antigos, mas sim

para serem utilizados pelos usuários em tempo real, com o mínimo possível ou

nenhuma necessidade de instalação além de um navegador de internet e uma

conexão com qualidade suficiente para seu acesso adequado.

A WEB funciona como uma plataforma: Ou seja, a Web 2.0 está viabilizando

funções online que antes só eram possíveis com o uso de aplicativos desktop, que

são dependentes de instaladores e utilizam-se da memória interna da máquina

do usuário para funcionarem, o que acaba comprometendo o desempenho do

usuário.

O BETA perpétuo: Para que os erros das aplicações serem corrigidos não se faz

mais necessário um relançamento do programa, podendo ser feito de forma

contínua, sempre que necessário, proporcionando ao usuário atualizações cons-

tantes em sua aplicação web.


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Redes P2P: Com o descobrimento das redes P2P (Peer-to-Peer ou ponto-a-ponto)

o cliente tornou-se também um servidor de arquivos, possibilitando que ele fa-

ça download3 e outros façam upload4 de seus arquivos.

Interfaces de Programação de Aplicativos (API’s): São mecanismos que facili-

tam a disponibilização e integração de parte dos dados de determinado aplica-

tivo para outros aplicativos, que serão acessados via programação, o que não é

muito comum à maioria dos usuários. Por meio delas pode-se realizar atualiza-

ções e otimizações na plataforma.

AJAX: O Acrônimo de Asynchoronous JavaScript and XML, é uma técnica de

programação que permite muito mais do que a junção do JavaScript com XML,

causando uma mudança nos conceitos de navegação de atualização das paginas

da web. Muitas partes das descrições do AJAX não são novas, mas só ganharam

força atualmente após a adoção desta técnica por grandes e renomadas empre-

sas do ramo de TI.

Com esta abordagem, podemos observar que existe uma sinergia entre as definições de

projeto, gerenciamento e WEB 2.0 onde, através das técnicas implementadas relacionadas no

último tópico, associadas à gestão conforme recomendações do PMI através de seu guia

PMBOK, é possível atingir resultados satisfatórios em projetos de alta complexidade em to-

dos os fatores envolvidos, como no projeto para a comunicação da Paróquia que pertence a

Igreja Católica.

Na seqüência será apresentada a aderência do projeto aos três conceitos que vimos nes-

ta revisão bibliográfica, além das ações e implementações para se agregar novos usuários aos

mecanismos de relacionamento social e interação com a paróquia como um todo, apresen-

tando desde horários de celebrações, calendários de festividades, textos para reflexões até o

demonstrativo simplificado de fluxo de caixa da paróquia, que é de exibição obrigatória den-

tro da mesma, para serem consultados através de seu portal com divulgação em suas redes

sociais.

3 Download: Numa rede de computadores, obtenção de cópia, em máquina local, de um arquivo originado em máquina remota. (Priberam) 4 Upload: Numa rede de computadores, envio, para um computador remoto, de cópia(s) de arquivo(s) originado(s) em máquina local. (AURELIO)


3. INICIAÇÃO

Com o surgimento da proposta de trabalho, deu-se a necessidade da criação de uma

proposta básica com pré-requisitos levantados na primeira reunião realizada com o Sponsor 5

do projeto na figura do Pároco.

Após a primeira reunião realizada, foi criado o termo de abertura do projeto, desen-

volvido para se materializar a idéia do mesmo e a partir disto ser possível realizar um plane-

jamento claro e o mais alinhado possível em relação ao projeto que está sendo criado de a-

cordo com a ótica e desejos do Stakeholder , papel este definido como organização ou indiví-

duo ativamente envolvido no projeto cujos interesses podem ser afetados pelo mesmo

(PMBOK, 2008).

No termo de abertura, ainda foi apresentado o escopo do projeto detalhado, composto

dos processos para garantir que o projeto inclua todo e somente o trabalho exigido e contra-

tado, para se completar o projeto com sucesso tanto para o responsável pelo desenvolvimen-

to quanto para seu cliente.

Após a elaboração inicial do termo, partimos para uma nova reunião de aprovação do

mesmo, que no caso deste projeto, foi aceito no segundo encontro realizado com o responsá-

vel e, a partir disto, iniciou-se a próxima etapa. O Planejamento do projeto.

Na figura 1, podemos observar um exemplo de termo de abertura de projeto com seus

itens essenciais detalhados e outros adicionais com sua relativa importância, afim de melho-

rar a compreensão dos objetivos almejados pela equipe desenvolvedora e pelo cliente.

Mas antes de abordarmos o planejamento, existem tópicos relacionados a esta etapa,

mencionados em nosso guia de referencia em projetos, PMBOK, que estão listados a seguir:

Tópico de Integração, tópico: 4.1 – Desenvolver o termo de abertura do projeto;

Tópico de Comunicação, tópico: 10.1 – Identificar as partes interessadas;

5 Sponsor: Patrocinador (Priberam)


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Figura 1: Exemplo de um termo de abertura de projeto

(fonte: http://www.augustovespermann.com/wp-content/uploads/2009/09/project_charter.JPG)

4. PLANEJAMENTO

Uma das partes mais críticas de um projeto é seu planejamento.

Através dele, e seus itens auxiliares, o plano de gerenciamento do projeto como é de-

nominado pelo PMI, define como o projeto é executado, monitorado, controlado e encerrado.

Na realidade de nosso projeto, nesta fase, foram definidos os cronogramas de execução

das fases de desenvolvimento do projeto, o levantamento de custos com infraestrutura ne-

cessária, pessoal, a forma de comunicação entre os participantes (Desenvolvedores, voluntá-

rios, padre e secretárias), a forma de aquisição de materiais, serviços de terceiros. Também

foram levantadas as formas pela qual seriam tratadas as oportunidades de melhorias no de-

correr do projeto, a questão de riscos foi abordada de uma forma branda pois a maioria tinha

criticidade baixa, e os marcos definido junto ao cliente como entregas parciais.

http://www.augustovespermann.com/wp-content/uploads/2009/09/project_charter.JPG


Na figura 2, podemos observar uma estrutura simples do planejamento de projeto e

suas áreas, e na seqüência, um modelo simples de cronograma de atividades.

Figura 2: Áreas do Planejamento de Projetos

(Fonte http://blog.acaogp.com.br/wp-content/uploads/2012/06/063012_2200_Gerenciamen13.png)

Nesta fase, além de definirmos todas as gestões acima, foram estipulados todos os for-

matos do site (design, layout e tecnologias associadas ao portal), criação e entendimento dos

mecanismos do Facebook para se atingir o objetivo desejado pelo cliente, estudos em relação à

custo/benefício referentes aos formatos de transmissão ao vivo disponíveis no mercado e,

assim como realizado para o Facebook, um estudo de viabilização e de adesão à rede social

Twitter, foi realizado.

Esta fase, do projeto, teve duração aproximada de 60 dias, pois, durante o fechamento e

análise de viabilidade técnica de alguns itens, foi necessário o replanejamento adequado do

projeto, para atender ora as expectativa do cliente, ora a gestão de recursos financeiros que

possuía pouco aporte por parte do Stakeholder.

Na figura 3 podemos observar um exemplo de cronograma inicial de projeto de desen-

volvimento, onde estão detalhadas as tarefas principais em negrito, que chamamos de mar-

cos ou entregáveis, que são entregas parciais realizadas dentro do projeto.

http://blog.acaogp.com.br/wp-content/uploads/2012/06/063012_2200_Gerenciamen13.png


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Num nível menor, podemos observar as tarefas escritas em texto normal, que nada

mais são que as atividades desempenhadas para que se consiga entregar seu marco corres-

pondente e conseqüentemente o projeto como um todo.

Figura 3: Exemplo de Cronograma de Projeto

(Fonte: http://i.technet.microsoft.com/dynimg/IC175687.gif)

Para complementar, temos o seguinte mapeamento do PMBOK relacionado à etapa de

planejamento:

Tópico de Integração: 4.2 - Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto;

Tópicos de Escopo: 5.1 - Coletar os requisitos, 5.2 - Definir o escopo, 5.3 - Criar

a estrutura analítica do projeto (WBS);

Tópicos de Tempo: 6.1 - Definir as atividades, 6.2 - Seqüenciar as atividades,

6.3 - Estimar os recursos das atividades, 6.4 - Estimar as durações das ativida-

des, 6.5 - Desenvolver o cronograma;

Tópicos de Custo: 7.1 - Estimar os Custos, 7.2 - Determinar o orçamento;

Tópicos de Qualidade: 8.1 - Planejar a Qualidade;

Tópicos de Recursos Humanos: 9.1 – Desenvolver o plano de recursos huma-

nos;

Tópicos de Comunicação: 10.2 – Planejar as comunicações;

Tópicos de Risco: 11.1 - Planejar o gerenciamento de risco, 11.2 - Identificar os

riscos, 11.3 - Realizar a análise qualitativa de riscos, 11.4 - Realizar a análise

quantitativa de riscos, 11.5 - Planejar respostas à riscos;

http://i.technet.microsoft.com/dynimg/IC175687.gif


Tópico de Aquisição: 12.1 – Planejar as aquisições.

5. EXECUÇÃO

Após todo o processo de aprovações concretizado, iniciamos com a execução do proje-

to onde foram efetuadas compras dos materiais necessários para a implementação de nosso

projeto, equipamentos, prestação de serviços de streaming 6, assinaturas de grupos de comu-

nicação, criação de emails dos integrantes, e mecanismos para a distribuição das informações

em formato de grupo, criado no provedor Yahoo e apelidado de email circular forma esta já

adotada em outros projetos de mesma autoria. Também foram definidas as metas iniciais, e a

criação de perfis em redes sociais como Facebook e Twitter. Estes dois últimos itens além de

sua criação tiveram uma estratégia específica para a captação de usuários cadastrados nestas

ferramentas.

Através de ferramentas disponíveis na internet, para envio de convites em massa, foi

possível fazer buscas por termos relacionados à religião católica em milhões de perfis destas

duas redes e a partir disto, foram disparados convites para a participação destes usuários

nestes mecanismos.

Além disto, foi contratado um provedor internacional de streaming com baixo custo,

onde era possível fazer a transmissão das missas em tempo real, com boa qualidade de áudio

e vídeo para uma quantidade significativa de pessoas simultaneamente conectadas a trans-

missão até o ultimo monitoramento realizado antes da entrega total do projeto (40 pessoas).

Montado o que chamávamos de base do projeto, foi escalada a equipe participante, em

sua maioria formada por voluntários e funcionários da igreja mobilizados pelo Pároco a par-

ticiparem do projeto em prol da retomada dos trabalhos da paróquia para sua comunidade,

que estavam estagnados há algum tempo, sem qualquer tipo de remuneração.

Desafio a mais do projeto pela questão de comprometimento e conhecimentos técnicos

e práticos limitados, aliados a algumas normas estabelecidas que de certa forma pudessem

desagradar alguns dos integrantes da equipe. Fato este que ocorreu poucas vezes e foi solu-

cionado através de reuniões em grupo junto ao Pároco, para realinharmos as expectativas e

continuarmos em busca do principal objetivo que era a entrega e manutenção do projeto pela

equipe selecionada.

6 Streaming: técnica de transferência de dados, onde os dados são processados em fluxo contínuo de forma a permitir que o conteúdo seja

reproduzido antes de ser completamente enviado (LINS).


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Na figura 4, podemos observar que o esforço aumenta em relação ao tempo do projeto,

tendo seu pico na fase de execução por trabalhar em paralelo com a linha de controle, onde

podem estar embutidos processos de correção, de replanejamento de entregas e outras ques-

tões impactantes ao projeto.

Figura 4: Comparação entre Esforço e Tempo durante as etapas de um projeto seguindo PMI (Fonte: http://marevermelha.org/tag/pmbok/)

Em relação à aderência ao (PMBOK, 2008) temos os tópicos do guia que fazem aborda-

gem com o que foi descrito anteriormente e tomado como base para a execução de nosso pro-

jeto de acordo com suas práticas:

Tópico de Integração: 4.3 - Orientar e gerenciar a execução do projeto;

Tópico de Qualidade: 8.2 - Realizar a garantia da qualidade;

Tópicos de Recursos Humanos: 9.2 - Mobilizar a equipe do projeto, 9.3 - De-

senvolver a equipe do projeto, 9.4 - Gerenciar a equipe do projeto;

Tópicos de Comunicação: 10.3 - Distribuir informações, 10.4 - Gerenciar as ex-

pectativas das partes interessadas;

Tópico de Aquisição: 12.2 - Realizar Aquisições.

Esta etapa, conforme estabelecido em contrato durou 60 dias e foi entregue de forma

satisfatória ao cliente.


6. MONITORAMENTO E CONTROLE

Com o projeto estabilizado em sua fase de execução, era necessária a análise de resul-

tados iniciais para ver em quais pontos o projeto estava sendo desenvolvido de forma satisfa-

tória, em outros que precisava de correções ou replanejamento e com isto estabelecer novas

metas para o crescimento na propagação deste projeto pela web.

Diversas reuniões foram realizadas, tanto com as equipes envolvidas quanto com o Pá-

roco, para se decidir novas estratégias, métodos de trabalho em relação a conteúdos publica-

dos nas redes sociais, quanto no email de comunicação interna, além de abordagens para

tratar do assunto, tanto presencialmente quanto de forma virtual.

Na figura 5, podemos observar o crescimento acentuado na quantidade de acessos de

Janeiro a Agosto de 2011, meses onde inovações eram implementadas e divulgadas nas redes

sociais, atraindo assim uma maior quantidade de acessos de usuários pelo poder de propa-

gação das informações por estas redes.

Em setembro, por decisões exclusivas do Sponsor, o site passou por uma pequena rea-

dequação, onde ficou por 30 dias em manutenção, afetando assim a quantidade de acessos

únicos tanto no próprio mês citado, quanto no mês seguinte, algo que foi discutido e coloca-

do em uma das reuniões de monitoramento. Porém, após este período de queda, observamos

um crescimento significativo na quantidade de acesos, o que foi interpretado como uma me-

lhora em função dos novos itens adicionados e replanejamentos em formas de trabalhos rea-

lizados durante este bimestre.

Figura 5: Exemplo de Monitoramento da Visitação do Web Site


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(Fonte: Estatísticas do site: www.paroquiaspapostolo.com.br)

Em relação ao alinhamento com o PMBOK, podemos citar as seguintes práticas como

referência para esta etapa:

Tópicos de Integração: 4.4 - Monitorar e controlar o trabalho do projeto, 4.5 -

Realizar o controle integrado de mudanças;

Tópicos de Escopo: 5.4 - Verificar o escopo, 5.5 - Controlar o escopo;

Tópico de Tempo: 6.6 - Controlar o cronograma;

Tópico de Custo: 7.3 - Controlar os custos;

Tópico de Qualidade: 8.3 - Realizar Controle da qualidade;

Tópico de Comunicação: 10.5 - Reportar o desempenho;

Tópico de Risco: 11.6 - Monitorar e controlar os riscos;

Tópico de Aquisição: 12.3 - Administrar as aquisições.

7. ENCERRAMENTO

O termino de um projeto é alcançado quando os objetivos tiverem sido atingidos ou

quando se concluir que esses objetivos não serão ou não poderão ser atingidos e o projeto for

encerrado, ou quando o mesmo não for mais necessário. (PMBOK, 2008).

No caso deste projeto específico, o termino se deu quando todos os objetivos contrata-

dos na proposta inicial foram entregues e encontrava-se em pleno funcionamento.

Pouco tempo após a conclusão, houve uma proposta de expansão de projeto, porém

com orçamento estimado abaixo das pretensões da equipe que era remunerada para tal.

Com isto, o projeto foi congelado em alguns de seus aspectos como por exemplo o site

e, recebeu novas implementações em relação ao streaming de áudio e vídeo, com a contrata-

ção de uma equipe de TV para fim específico e, manteve-se a equipe de divulgação de conte-

údos para as redes sociais.

Por ser um dos projetos pioneiros na cidade, outras três paróquias se interessaram pelo

formato e estudam a viabilização de projeto semelhante em suas comunidades.

Para finalizarmos, citaremos as seguintes práticas do PMBOK como referência para es-

ta etapa:

Tópico de Integração: 4.6 - Encerrar projeto ou fase;


Tópico de Aquisição: 12.4 – Encerrar as aquisições.

E uma boa pratica, além destas citadas pelo PMBOK, seria a implementação de um his-

tórico sobre lições aprendidas e dificuldades apresentadas durante o andamento do projeto,

afim de se conhecer pontos fracos e fortes para a criação de projetos do mesmo porte, ou para

a continuidade do mesmo, além de um encontro, entre todos os participantes, para celebrar

mais um projeto realizado com sucesso!

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo proporcionou um esclarecimento sobre a gestão de um projeto diferencia-

do no mercado de tecnologia, sua importância e o conhecimento das práticas de gestão para

que seja implementado dentro de uma paróquia e, através disso, consiga-se alcançar, manter

e elevar ao máximo o sucesso na adoção deste tipo de projeto para este nicho de mercado

cada vez mais em evidência, pois, alcançar números expressivos como os apresentados neste

material em um curto prazo de tempo (um ano) é um salto grande para qualquer paróquia. É

necessário ressaltar que se demandou muito trabalho, tempo, dinheiro e comprometimento

dos profissionais e voluntários ligados ao projeto.

Pretendeu-se também ampliar as informações existentes a respeito da aplicação do pro-

jeto, pois investir num formato como o que foi apresentado implica em mudanças mais pro-

fundas e abrangentes que afetam a cultura conservadora da Igreja Católica com certa explo-

são de conceitos e tendências tecnológicas, numa realidade totalmente diferente da vivida até

os últimos tempos antes da inserção e inclusão digital da internet na vida das pessoas na

comunidade eclesiástica.

Fez-se necessário a imposição de uma revisão rigorosa do projeto com suporte de um

profissional qualificado; valorização e priorização do tempo/esforço para planejamento, vi-

sando uma implementação bem sucedida no menor tempo possível; e primar por um sistema

de medição eficaz são as vantagens mais perceptíveis e condizentes com o modelo utilizado

como base para o desenvolvimento deste.

É muito importante o apoio incondicional da alta cúpula da paróquia para o sucesso

do projeto, principalmente de ministros, ministras e outros membros. Este que pode repre-

sentar um ganho excepcional para as paróquias que conseguirem atingi-lo, pois estarão inse-

ridas neste mundo cada vez mais conectado. Em compensação o fracasso de um projeto co-

mo este pode representar um revés no que se refere à conquista de novos fiéis devido ao

desperdício de capital e pouco, ou nenhum retorno apresentado durante a implantação do

projeto.


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Para alcançar este nível de completude e de resultado expressivo, foi necessário além

das técnicas de gestão e parte prática, desempenhar um formato de instrução aos colabora-

dores para se contar com uma equipe bem treinada para a utilização correta da metodologia

e das suas ferramentas, pois só assim foram alcançados os resultados esperados.

Para finalizar este projeto já não é somente uma visão de futuro para paróquias, mas

de presente também. Ele não deve ser a única ação para uma paróquia possa alcançar o su-

cesso entre seu público mais jovem e atualizado, mas pode-se dizer que é um diferencial ex-

tremamente importante para qualquer paróquia que queira ir mais longe e ter mais visibili-

dade.

Aos interessados, atualmente o projeto encontra-se nos seguintes endereços:

Site: www.paroquiaspapostolo.com.br

Facebook: http://www.Facebook.com/pages/Par%C3%B3quia-S%C3%A3o-

Paulo-Ap%C3%B3stolo-Limeira-SP-Brazil/134688049931352

Twitter: http://Twitter.com/spapostololim


REFERÊNCIAS

BRANDIZZI, Loreane. O que é a WEB 2.0. Disponível em: http://

http://www.loreanebrandizzi.com.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=2&Ite

mid=9 Acesso em 31/08/2012

Buarque de Holanda Ferreira, AURÉLIO. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.0.

2004.

INSTITUTE, Project Management: PMBOK® Guide 4rd Edition (PMI, 2008).

LINS, Xerxes O que é tecnologia streaming. Disponível em: http://www.vivaolinux.com.br/dica/O-que-e-tecnologia-streaming Acesso em 06/09/2012

O’REILLY, Tim. What’s Web 2.0 (2005). Disponível em: http://

http://oreilly.com/web2/archive/what-is-web-20.html Acesso em 31/08/2012

RIBEIRO, Wankes L. Iniciação de projetos: como iniciar um projeto de forma simples, objeti-

va e clara. Disponível em: http://www.wankesleandro.com Acesso em 31/08/2012

"Sponsor", em Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2010,

http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx?pal=Sponsor Acesso em 06/09/2012.

Fábio Baldin Santana

Possui formação em Tecnologia da Informação, 2003 (UNIFIAN - Leme), e concluindo curso de Especialização Lato Sensu em Gestão de Tecnologia da Informação, 2011 (FACII - Campinas). Atua como Analista de Desenvolvi-mento e membro do EPG, em uma Empresa de Pesquisa e Desenvolvimento situada na cidade de Campinas- SP.

Jaime Ossada

Graduado em Processamento de dados pela Faculdade de Tecnologia Americana, especialista em Docência no Ensino Superior pela Universidade Gama Filho e Mestre em Ciên-cia da Computação pela Universidade Metodista de Piraci-


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caba com linha de pesquisas em Engenharia de Requisitos e Sistemas Embarcardos. Doutorando em Engenharia Elétri-ca pela Universidade de Campinas. Atualmente é Coorde-nador/Professor no curso de Graduação em Ciência da Computação e docente no curso Pós Graduação da Anhan-guera Educacional Unidade Campinas 2. Possui experiência na área de Educação à distância e Ciência da Computação, com ênfase em Engenharia de Software, Engenharia de Requisitos, Teoria da Computação, Administração de Redes de Computadores, Administração de Sistemas, Ma-nutenção e configuração de Hardware, Infra estrutura de Redes, Protocolos de Redes, Programação WEB e Projetos de redes. Profissionalmente atua nas áreas de Stream e Hospedagem, Suporte técnico, Gerenciamento de servidores, Infra Estrutura e Administração de redes de computadores frente à empresa Radio Um Comércio Equipamentos de Informática Ltda.- Me. Possui Certificação FCP Funda-mental e FCP Master (Furukawa Certified Professional). Diretor há 16 anos da empresa RadioUm Comércio e Servi-ços de Informática.

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GESTÃO DE PROJETO DE COMUNICAÇÃO WEB 2.0 PARA PARÓQUIA DA IGREJA CATÓLICA