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Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

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Guia para a Gestão Sustentável de Eventos Náuticos.

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Guia para a Gestão sustentável de eventos náuticos

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existem reais oportunidades para as organizações desportivas que

decidam adoptar a sustentabilidade como parte da sua estratégia

de desenvolvimento: credibilidade perante mecenas e patrocina-

dores, maior envolvimento e dedicação dos principais colaborado-

res e parceiros, menor impacto ambiental e redução de custos.

os eventos de cariz desportivo são uma excelente ocasião para

aproveitar a visibilidade do momento e reunir atletas, especta-

dores, patrocinadores e região de acolhimento em torno de uma

manifestação colectiva que promova as actividades náuticas

como estratégia de desenvolvimento regional.

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Page 7: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

índice

5. COMPENSAÇÃO DE EMISSÕES 42

3. CICLO DE VIDA DE UM EVENTO NÁUTICO

16

INTrODUÇÃO 06 1. DESPOrTO E SUSTENTAbILIDADE 08

2. bENEFÍCIOS DE UM EVENTO SUSTENTÁVEL

12

4. ÁrEAS DE INTErVENÇÃO 24

7. ANEXOS 566. CErTIFICAÇÃO DE EVENTOS DESPOrTIVOS

50

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6

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

a prática de actividades náuticas não motoriza-

das, como o remo, a vela, a canoagem ou o surf,

segundo uma série de regras e princípios de ci-

dadania, não produzem impactos significativos

na natureza.

introdução

Independentemente da dimensão e projecção do evento, este guia apresenta informações e recursos, que as organizações podem adap-tar e integrar na fase de planeamento, de acor do com as suas neces-sidades, salvaguardando assim o meio ambiente local de potenciais impactos sobre os recursos naturais e respectiva biodiversidade.

todavia, a vulnerabilidade ecológica que frequentemente caracteriza os locais onde decorrem os eventos náuticos, por vezes acompanha-dos de iniciativas e animações paralelas que atraem um número im-previsível de espectadores e visitantes, torna indispensável a integra-ção de um conjunto de boas práticas ambientais e de sustentabilidade.

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7

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

um aspecto importante a realçar é que para gerir de forma susten-tável um evento desportivo, não é necessário proceder a alterações drásticas nos métodos de gestão ou na estrutura organizativa, é sim fundamental ter a vontade de alterar a mentalidade e as atitudes dos elementos da organização. para alcançar com êxito uma transforma-ção cultural ao nível organizativo é essencial disponibilizar informação e formação adequadas ao conjunto da organização, desde chefias, a colaboradores e voluntários.

Mesmo não sendo possível realizar um evento neutro em emissões de carbono, é conveniente não deixar de avaliar e comunicar as medidas implementadas e os resultados alcançados, de forma a deixar vincado perante a comunidade local e público em geral, o compromisso, em-penho e dedicação da organização em preservar e conservar o patri-mónio natural do local.

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1.

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desporto e sustentabilidade1.

Page 12: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

o desporto é um fenómeno social e económico estratégico em

termos dos objectivos da solidariedade e prosperidade entre os

cidadãos. as actividades náuticas acrescentam a dimensão am-

biental, ao promoverem o contacto privilegiado dos praticantes

com a natureza.

10

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

desporto e sustentabilidade

1.

a prática de actividades náuticas desempenha um papel fundamen-tal na saúde e qualidade de vida dos praticantes. ela contribui para o desenvolvimento da equidade social, através da promoção de valores como a tolerância, a inclusão e a igualdade, e promove a dinamização económica, desde o incentivo ao investimento à criação de empregos.

a sustentabilidade das actividades implica, por outro lado, a ma-nutenção da biodiversidade e da qualidade do ar, da água e do solo, em níveis que preservem para sempre a vida e o bem estar da humanida-de, da fauna e da flora.

desenvolvimento sustentável “atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”comissão Brundtland, 1987.

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11

promove a estabilidade, a tolerância, a integração. Fomenta a igualdade de género e a coesão social.

Melhora a saúde pública e o bem estar, é parte dos esforços de educação e actividades de lazer.

estimula o investimento e o emprego.

influência de qualquer actividade sobre a natureza. o meio ambiente, em função da sua qualidade, pode beneficiar em maior ou menor medida o desenvolvimento da actividade humana.

EquidadESocial

dESEnvolvimEnto Humano

qualidadEambiEntal

crEScimEnto Económico

dESportoE

SuStEntabilidadE

além de constituir uma oportunidade de crescimento económico, o evento náutico pode ser considerada a ocasião ideal para a divulgação do património cultural, social e ambiental de uma região, contribuindo para o desenvolvimento do sector e a valorização da região.

a popularidade que caracteriza um evento náutico deve portanto ser aproveitada para educar e sensibilizar participantes e espectado-res para uma série de valores e comportamentos relacionados com o respeito pela natureza e a conservação da biodiversidade, incentivando o cidadão comum a adoptar práticas responsáveis no seu dia-a-dia.

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2.

Page 15: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

benefícios de um evento sustentável

2.

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14

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

rEDUÇÃO DE CUSTOS poupar energia, reduzir produção de resí-duos, adquirir produtos locais ou simplesmente ser mais eficiente pode economizar dinheiro.

benefícios de um evento sustentável

a implementação de práticas sustentáveis na gestão de um even-

to náutico deve sempre transmitir um legado positivo à comunida-

de local, enquanto uma série de oportunidades e benefícios pode

ainda ser identificada e explorada, por organizadores, prestadores

de serviço, participantes e comunidade local.

CrEDIbILIDADE POSITIVA um evento que respeita o ambienteatesta o compromisso da organização com os princípios da susten-tabilidade. uma estratégia de comunicação eficaz pode elevar a visi-bilidade do evento, atrair mais participantes e, simultaneamente, agircomo ferramenta de sensibilização.

INOVAÇÃO o desafio de desenvolver novas ideias e práticas inova-doras é permanente e possibilita uma utilização de recursos mais efi-ciente.

SENSIbILIzAÇÃO AMbIENTAL cada evento é uma oportunidade única e irrepetível para sensibilizar os visitantes sobre a prática despor-tiva e os ecossistemas locais — funcionamento, desafios e ameaças; encorajando a tomada de decisões que favoreçam o bem comuniário.

2.

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15

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

bENEFÍCIOS SOCIAIS a criação de empregos sazonais, o recurso a fornecedores locais e a aposta em experiências que incluam a participa-ção de jovens excluídos ou com determinado tipo de incapacidade, po-dem actuar como um catalizador das melhores práticas sociais na região.

rEPLICAbILIDADE a adopção ou implementação de conceitos e metodologias inovadoras que contribuem para o beneficio da comu-nidade, tende a desafiar outras entidades a replicarem essas mesmas boas práticas.

MELhOrIAS NO SEIO DA OrgANIzAÇÃO várias medidas e prá-ticas integradas na gestão de um evento desportivo podem ser igual-mente reproduzidas em certas operações diárias, alavancando a qua-lidade dos serviços prestados pela entidade organizadora.

Embora a tipologia e dimensão dos eventos náuticos tratados neste guia não possuam uma escala de impactos equiparável à dos mega eventos desportivos, esses impactos podem existir, pelo que deve ser dada uma oportunidade à entidade organizadora para alterar os seus processos de forma voluntária.

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3.

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ciclo de vida de um evento náutico3.

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18

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

o conceito de ciclo de vida é frequentemente utilizado na caracteriza-ção dos impactos associados a determinados bens ou serviços. o mé-todo baseia-se num processo cíclico de melhoria contínua, e quando integrado na fase de planeamento de uma competição ou evento des-portivo, permite à organização sistematizar uma série de procedimen-tos no sentido de identificar e avaliar oportunidades para melhorar o desempenho global do evento, em equilíbrio com as condições sócio-

-económicas disponíveis.

ciclo de vida de um evento náutico

3.

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Definição de linhas de acção por objectivo;

Estabelecer procedimento para a implementação da linha de acção;

Atribuir recursos humanos e materiais;Estabelecer indicadores

a quantificar.

d

ddd

d

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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

Recolha de dados;Avaliação da situação de partida.

Redefinição do diagnóstico e/ou plano de acção em função

dos resultados alcançados com o fim de obter uma melhoria.

Arranque do plano de acção;Execução das tarefas de

comunicação, educação e formação.

Definição de um sistema de acompanhamento;

Avaliação quantitativa e qualitativa dos resultados obtidos e baseados em indicadores.

implEmEntaÇÃo

avaliaÇÃorEtroalimEntaÇÃo

diaGnóStico

MELHORIA CONTÍNUA DO

PROCESSO

plano dE acÇÃopolÍtica dE SuStEntabilidadE

Definição de critérios gerais;Definição de objectivos concretos,

claros e quantificáveis.

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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

a política de sustentabilidade é definida em função de princípios e va-lores próprios de uma organização, podendo inclusive abraçar causas como a preservação dos recursos naturais locais, a responsabilidade e a inclusão social, a distribuição justa dos rendimentos pela comuni-dade, ou legar um contributo para a qualificação e melhoria das infra-

-estruturas locais.os compromissos devem no entanto ser proporcionais à dimen-

são e ao capital de influência da organização, uma vez que a sua imple-mentação obriga por vezes à participação de terceiros associados ao evento, sejam mecenas, sponsors ou prestadores de serviços. a políti-ca deve ser assimilada pelo conjunto da organização e demais parcei-ros estratégicos, de forma a salvaguardar o envolvimento da sociedade e estar disponível para consulta pública.

a elaboração de uma análise preliminar é um passo determinante, como em qualquer processo de planeamento, que permite uma pri-meira abordagem às incidências, restrições e oportunidades latentes , com que a organização terá de lidar de forma a rentabilizar os recursos humanos e materiais disponíveis. o diagnóstico deverá abordar temas como a localização do evento, o alojamento e os meios de transporte, a formação e a sensibilização, a alimentação e a comunicação.

diagnóstico prévio

3.2.

3.1.

política de sustentabilidade

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21

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

plano de acçãoa organização deve seguir um conjunto de recomendações e metas concretas, de acordo com a declaração de compromisso inscrita na política de sustentabilidade, que estipulem as medidas a implementar no terreno e atribuam responsabilidades aos elementos da organiza-ção que acompanham as operações ou procedem à recolha de resul-tados.

os objectivos gerais devem ser quantificados sob a forma de indicadores específicos e ela-borados à medida de cada evento desportivo, embora, no geral, tratem os aspectos abaixo sugeridos:

A) AMbIENTE utilização de recursos, se-lecção de materiais, conservação de recursos, redução de emissões, biodiversidade e pre-servação da natureza, vertidos para solo, água e ar.

b) SOCIAL legislação laboral, saúde e se-gurança, liberdades civis, justiça social, comu-nidade local, direitos de minorias, acessibili-dades, equidade, património e sensibilidade religiosa.

C) ECONOMIA retorno do investimento, economia local, capacidade do mercado, sha-reholders valor, inovação, impacto económico indirecto, presença no mercado, performance económica, risco.

o processo deve incluir o registo de informa-ção sobre a evolução da performance, as-pectos relativos ao controle das operações, e conformidade com os objectivos e metas traçados pela organização. os resultados devem estar devidamente documentados, mantidos actualizados e partilhados com os principais parceiros do evento.

3.3.

Page 24: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

22

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

existe um período inicial de aprendizagem ou adaptação que faz com que os resultados alcançados nem sempre correspondam às me-lhores expectativas. É suposto aguardar pelo momento oportuno e detectar eventuais falhas de planeamento, adaptar tarefas da organi-zação, reestruturar responsabilidades, identificar recursos materiais e humanos, etc…

´ identificar as partes interessadas (fornecedores, associa-ções locais, empresas municipais, etc..) em implementar o plano de acção;

´ não deixar que a dimensão do evento seja um obstáculo. definir alvos adequados e procurar os recursos necessários;

´ nomear responsáveis do staff e voluntários pela imple-mentação do plano de sustentabilidade - providenciar for-mação adequada e encorajar a comunicação;

´ definir inicialmente objectivos ambiciosos mas atingíveis, privilegiando uma progressão de sucesso em sucesso;

´ Monitorizar e avaliar os resultados de forma a verificar

onde são atingidos os objectivos e onde são necessárias rectificações;

implementação

É conveniente que exista um pon-to de referência, alguém integra-do na estrutura organizativa do evento, que além de acompanhar a implementação do sistema de gestão, concentre a tomada de decisões e resolva ou solucione situações imprevistas. em qual-quer caso, os sistemas de gestão de eventos desportivos devem ser sistemas abertos, flexíveis e que, a cada momento, se adap-tem à realidade desportiva.

3.4.

PrINCÍPIOS PArA IMPLEMENTArUM PLANO DE ACÇÃO:

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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

a análise aos registos efectuados e respectivos indicadores, após con-cretização das medidas previstas no plano de acção, permite avaliar em que grau foram alcançados os objectivos inicialmente propostos. desta forma, é possível rever e deduzir novos critérios que se conside-rem mais adequados às futuras edições, promovendo de forma con-tinua, uma melhoria progressiva do desempenho global do evento em termos de sustentabilidade.

vigilância, avaliação e retroalimentação: processo de melhoria contínua

3.5.

Page 26: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

4.

Page 27: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

áreas deintervenção4.

Page 28: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

26

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

a definição de uma política de sustentabilidade permite esclare-

cer o âmbito geral do compromisso que a organização pretende

assumir com a sociedade. o desenvolvimento de uma estratégia

que identifica um conjunto de medidas e operações de controlo, e

comunica os resultados de forma concisa e consistente, es-

tabelece uma conjuntura ao seu redor que credibiliza o

evento e valoriza a imagem da organização.

definir um compromisso e uma estratégia sustentável

4.1.

Page 29: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

27

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

META - ObJECTIVO ACÇÕES A DESENVOLVEr

Crie uma declaração de

compromisso sobre a

celebração de um evento

náutico sustentável

´ escrever uma declaração de compromisso público

descrevendo a sua intenção em organizar um evento náutico

sustentável e comunique-a interna e externamente.

Identificar as questões e

parceiros chave rumo à

sustentabilidade

´ envolver os seus parceiros chave (por exemplo Federações,

patrocinadores, agentes locais, autoridades públicas)

assegurando a sua colaboração;

´ convidar os seus parceiros a fazerem parte da declaração

de compromisso.

Definir o âmbito de aplicação ´ determinar o intervalo de tempo, localização do evento e

actividades paralelas a serem consideradas.

Identificar e avaliar riscos

e oportunidades

´ identificar os riscos/oportunidades associados ao evento e

avaliar a magnitude e a probabilidade de esses riscos/

oportunidades ocorrerem.

Planear deixar

um legado positivo

´ identificar as três principais concretizações que o evento se

propõe melhorar no local: em serviços, na comunidade ou

organização desportiva assim que o evento termine.

Comprometa-se com

medidas chave de

benchmarking para o próximo

evento náutico sustentável

´ Monitorizar a aplicação das medidas chave em todas as

áreas relevantes da sua organização. utilizar essa informação

para definir novas metas e actualizar o plano de

sustentabilidade para o próximo evento.

uma preparação cuidadosa da declaração de sustentabilidade vai aumentar a sua eficácia e agregar valor considerável à comunicação de resultados. de facto, é uma ocasião para a organização do evento reafirmar o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável pe-rante colaboradores, investidores, fornecedores e sociedade em geral. em seguida apresentam-se alguns parâmetros gerais que devem re-ger o compromisso.

Page 30: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

28

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

gestão sustentável de um evento náutico

4.2.

´ rever metas e objectivos para o evento; ´ identificar preocupações de entidades locais e parceiros; ´ desenvolver uma lista de potenciais indicadores; ´ determinar custos de monitorização; ´ seleccionar indicadores e identificar plano de registo; ´ Monitorizar e reportar os resultados; ´ rever os indicadores e modificar o necessário de forma a melhorar o próximo evento.

a implementação de um sistema de gestão consiste na adopção de um conjunto de medidas previamente diagnosticadas, e que tem como ob-jectivo a avaliação do desempenho das actividades, produtos e serviços relacionados com o evento náutico. uma compreensão geral dos assun-tos mais pertinentes, permite preparar um plano de acção que promova a gestão e a monitorização da performance do evento.

um plano eficaz deve identificar uma lista de questões prioritá-rias e especificar competências, responsabilidades e metas com o fim de avaliar e controlar os principais impactos derivados das actividades programadas. a gestão e avaliação da sustentabilidade deve recorrer a informação técnica, como seja o caso dos indicadores de performan-ce (ambientais, económicos, sociais, outros) que permitem calcular e transmitir os dados e resultados de forma clara e consistente. a ava-liação e comunicação do desempenho de sustentabilidade do evento deve merecer igual atenção, pois incentiva ao uso eficiente dos recur-sos e permite reunir informação relevante para edições futuras.

SELECÇÃO DE INDICADOrES DE DESEMPENhO:

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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

META — ObJECTIVO ACÇÕES A DESENVOLVEr

Designar um líder e

formar uma equipa

para a

sustentabilidade

´ eleger um líder para a sustentabilidade, com a autoridade necessária para

supervisionar a implementação do compromisso e a equipe designada para

proceder à implementação (poderia incluir um líder, um recrutador/ formador, uma

pessoa de dados / secretária, um repórter / comunicador).

Estabelecer uma

“forma de trabalhar”

em conjunto

´ determinar líderes para as tarefas; orçamento (se houver); método para controlar

o progresso e frequência de reuniões de equipa.

Definir objectivos e

indicadores de

sustentabilidade

mensuráveis

´ identificar e explorar os impactos (localmente significativos/relevantes para os

seus principais parceiros) ambientais, sociais e económicos e respectivas

oportunidades. ex.: a responsabilidade do carbono, eventos neutros em carbono ou

na produção de resíduos sólidos a enviar para aterro. eventos inclusivos para

minorias, pessoas com deficiência, envolvimento de comunidades desfavorecidas.

Realizar verificações e

revisões regulares de

objectivos e metas

´ conferir a satisfação dos parceiros — verificar se a entidade organizadora e os

seus colaboradores estão a cumprir com o estipulado, com a concretização dos

objectivos fixados e com a implementação das recomendações revistas

anteriormente.

Comprometer-se a

documentar e

reportar a sua política

de sustentabilidade

´ um relatório de sustentabilidade é uma prática que pretende avaliar e divulgar a

responsabilidade pela performance organizacional, enquanto esta trabalha para a

meta do desenvolvimento sustentável.

´ um relatório de sustentabilidade fornece uma representação equilibrada e

razoável do desempenho de sustentabilidade da organização relatora, incluindo

tanto contribuições positivas como negativas. note-se que a documentação é uma

parte vital de um sistema bem sucedido de transferência de conhecimentos.

Page 32: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

´ número de pessoas previstas e permitidas no evento; ´ Modos de transporte até aos acessos permitidos; ´ Zonas de estacionamento permitido; ´ acessos e itinerários dos espectadores; ´ Zonas de ocupação para espectadores; ´ Barreiras e vigilância de zonas com acesso proibido a espectadores.

localização e estruturas de apoio

4.3.

a selecção do local para a realização do evento náutico e a decisão so-bre a necessidade de instalar estruturas de apoio, amovíveis ou per-manentes, deverão considerar além dos critérios técnicos e desporti-vos, aspectos relacionados com o acesso de atletas e de espectadores.

regular e gerir adequadamente a presença do público que as-siste ao evento, é sem dúvida, um dos aspectos chave na gestão am-biental de um evento desportivo, por isso, recomenda-se ao gestor desportivo que atenda ao planeamento destes aspectos e considere a aplicação das boas práticas.

no entanto, através de um bom planeamento e de escolhas ade-quadas, eventos de carácter desportivo podem contribuir igualmente para a reabilitação de zonas degradadas ou corpos de água abando-nados, conferindo maior atractividade a espaços outrora deteriorados.

Page 33: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

31

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

META — ObJECTIVO ACÇÕES A DESENVOLVEr

Seleccionar uma zona que à

partida minimize a pegada

ecológica

´ escolher locais de prática habitual e regular;

´ considerar a instalação de infra-estruturas temporárias e amovíveis;

´ partilhar o local com outros intervenientes, caso seja necessário e

possível;

´ construir um legado sustentável, integrando-a nas necessidades da

comunidade;

´ respeitar a cultura local e o seu património.

Escolher um local ou espaços

relativamente centrais

´ atletas, dirigentes e espectadores devem percorrer curtas

distâncias entre o alojamento e o local onde se celebrará o evento.

Garantir um acesso livre de

obstáculos, sobretudo a pessoas

com mobilidade condicionada

´ escolher locais sem barreiras físicas (por exemplo, a cadeira de

rodas) e acessíveis aos principais meios de transporte.

Optar por um local com

instalações eléctricas e de

distribuição de água eficientes

´ incluir ventilação e iluminação natural, sistemas para águas Quentes

sanitárias eficientes, chuveiros e torneiras de baixo fluxo, sistemas de

captação de águas pluviais para reutilização.

Implementar um sistema de

gestão de resíduos com prioridade

para a redução, reutilização,

reciclagem

´ se possível, todos os resíduos produzidos no local (por exemplo,

papel, plástico, metal, orgânico) devem ser separados na fonte e

contentores em número suficiente devem ser disponibilizados em áreas

para participantes e público em geral.

Seleccionar uma zona que mitigue

os impactos no solo, flora e fauna

locais

´ usar materiais livres de toxinas;

´ não instalar equipamentos, mesmo que provisórios, em

ecossistemas sensíveis;

´ proibir o acesso público a zonas sensíveis.

Incluir um plano de intervenção

para a recuperação do local após o

evento

´ evitar, através da reciclagem, o envio de lixo para aterro;

´ limpeza e replantação de espécies endémicas se necessário.

Page 34: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

32

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

um aspecto que contribui significativamente para as emissões de ga-ses com efeito de estufa em eventos desportivos é a quantidade de pessoas e equipamentos que se deslocam entre locais.

Quando as deslocações e os percursos não são devidamen-te planeados, é possível que ocorra um acréscimo de ruído, poluição e tráfego. estando identificadas e previstas, as pessoas podem ser transportadas de forma rápida e eficiente, com uma necessidade resi-dual de veículos particulares e lugares de estacionamento.

transporte e alojamento

4.4.

os requisitos de sustentabilidade em termos de alojamento, são

complexos e transversais. devem ser consideradas referências de

boas praticas laborais, na relacção entre os quadros da empresa e

serviços prestados, características das instalações, sua localiza-

ção e respectivo desempenho operacional (principalmente con-

sumo de água e energia, a qualidade da água e ar interior, gestão

de resíduos). a solução final deve contudo tentar reduzir a distân-

cia que separa o alojamento do local de realização do evento.

Page 35: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

33

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

META — ObJECTIVO ACÇÕES — rECOMENDAÇÕES

Disponibilizar serviços

de transporte

público acessíveis

´ estabelecer contacto com as autoridades locais de forma a

garantir a existência de suficientes e eficazes transportes

públicos;

´ promover a utilização do transporte público, veículos de

baixas emissões, bicicletas, entre outros.

Informar antecipadamente

os participantes das

alternativas existentes

´ Fornecer instruções claras aos participantes sobre o

transporte público adequado para o local, alojamento, centro de

cidade, etc. disponibilizar mapas de transporte público. enviar

informação por e-mail antes do evento e incluir em eventuais

pack’s informativos a distribuir pelos participantes. exibir no local

de competição;

´ providenciar um membro do staff ou do voluntariado local

para acompanhar os participantes entre o alojamento e o local de

celebração do evento desportivo, cerimónia de abertura..

Aconselhar alojamentos

com práticas

ambientalmente

responsáveis

´ seleccionar alojamentos ambiental e socialmente

responsáveis, próximos do local de competição e que promovam

o estabelecimento de parcerias locais.

Prever zonas de

estacionamento

´ privilegiar primeiros socorros, grávidas e pessoas com

locomoção limitada, o transporte de equipamentos e transportes

colectivos.

Page 36: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

34

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

a alimentação tem um papel chave no rendimento físico e intelectual de qualquer indivíduo, contudo assume ainda maior importância em desportistas, sobretudo quando estes se encontram em activida-de intensa e regular. ao disponibilizar alimentos e bebidas locais e da estação, o evento pode mitigar os impactos relativos ao transporte, aproveitar para reduzir o desperdício de embalagens e contribuir para a prosperidade da comunidade local.

as recomendações apresentadas dirigem-se à organização enquantoresponsável pelo serviço de catering, ou empresas especializadas, preferencialmente locais ou regionais, contratadas para tal propósito.É importante participar na elaboração dos menus, prever a necessi-dade de rações adicionais, especialmente água e fruta, e limitar, tanto quanto possível, a comercialização de produtos não compatíveis com a prática desportiva.

o impacto ambiental dos alimentos e bebidas que consumimos é enorme, em função da

sua origem, proveniência e processo de produção. deve, portanto, ser dada es-

pecial atenção a produtos locais e sa-zonais, se possível, incentivar os pro-dutos orgânicos, bem como comida vegetariana, slow-food e comércio justo de produtos saudáveis.

catering e alimentação4.5.

Page 37: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

35

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

META — ObJECTIVO ACÇÕES — rECOMENDAÇÕES

Reduzir a pegada

ecológica da

alimentação

´ proveniente de comércio tradicional, alimentação orgânica e

sazonal de origem local e/ou regional, com elevada percentagem de

frutas e vegetais;

´ usar água da torneira se for possível.

Promover dietas

saudáveis

´ escolha alimentos saudáveis (frescos, da época, sempre que

possível, com baixo teor de açúcar, frutas, legumes e cereais);

´ disponibilizar opções vegetarianas.

Minimizar os resíduos

da alimentação e

maximizar a

compostagem orgânica

´ Minimizar o desperdício de alimentos cozinhando faseadamente, e

separando os resíduos orgânicos para compostagem das embalagens

para reciclagem;

´ disponibilizar recipientes para reciclagem e compostagem nos

locais convenientes.

Reduzir a utilização

de embalagens

´ procure que os alimentos estejam disponíveis no mínimo de

embalagens e estas sejam biodegradáveis ou recicláveis.

Contribuir para a

comunidade local

´ entregue os alimentos não utilizados a instituições de

solidariedade social e abrigos locais.

Page 38: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

a estratégia ou plano de comunicação deve privilegiar uma men-

sagem clara e objectiva, concedendo aos responsáveis pela co-

mercialização do evento a comunicação das metas previstas em

matéria de sustentabilidade.

36

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

em função da dimensão e natureza do evento, é necessário um traba-lho conjunto e cooperativo com os elementos da equipa responsável pela entrega do plano (incluindo patrocinadores e parceiros estraté-gicos), bem como identificar e estabelecer contacto com os principais meios e canais de informação interessados em proceder à cobertura do evento.

igualmente importante é tratar a mensagem a ser transmitida. a continuidade e a veracidade da informação são dois elementos que caracterizam a transparência informativa, e neste sentido, deve-se di-ligenciar a quem o desejar, o acesso à informação veiculada pela or-ganização.

com as tecnologias de informação amplamente disponíveis, a maioria das funções de comunicação pode ser efectuada via elec-trónica (enviar e-mails promocionais, convites e registos electrónicos, pack’s informativos ou outros elementos a fornecer em memórias portáteis ou disponibilizar para download). se a impressão for indis-pensável, copiar, se possível, frente e verso, utilizando papel reciclado e tinta vegetal. Quaisquer materiais proporcionais, tais como canetas, pastas, etc, devem ser feitos de materiais reciclados e biodegradáveis.

se planear oferecer presentes aos delegados das equipas, asse-gure-se que estes são produzidos localmente e de forma sustentável.

marketing e comunicação

4.6.

Page 39: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

37

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

META — ObJECTIVO ACÇÕES A DESENVOLVEr

Implementar um plano

de marketing sustentável

para uma estratégia

de marca consistente

´ escolha mensagens orientadas ao seu público alvo como parte da sua

estratégia e use-as durante todo o evento.

Promover a sua imagem

comunicando através de

mensagens chave e valores

´ use a sua liderança e posição de influência para promover os aspectos

sustentáveis e a imagem do seu evento;

´ tenha atenção e não utilize termos de marketing, expressões ou

imagens que são imprecisos ou não correspondem à verdade. estes podem

prejudicar a credibilidade do organizador e abrir portas a sanções por parte

das autoridades.

Comunicar de forma

ambientalmente responsável

´ certifique-se de que a comunicação é coerente com a mensagem de

sustentabilidade, evitando a utilização desnecessária de papel, folhetos, etc.;

´ utilize as potencialidades dos meios electrónicos (por exemplo, e-mail,

website), se adequados e convenientes, em alternativa a documentos

impressos;

´ estabelecer um sistema de registo electrónico que permita aos

participantes apresentar formulários de inscrição e imagens, se necessário,

via e-mail ou através de um serviço web.

Integrar patrocinadores e

parceiros estratégicos no plano

de marketing sustentável

´ convidar e envolver parceiros e patrocinadores nas suas estratégias de

identidade e marketing.

Faça de todos campeões

da sua causa (ver também

Capítulo Adesão de Atletas

e Público)

´ Quanto maior for o número de voluntários, participantes, staff técnico,

etc que se identifique com o seu trabalho, mais provável é a mensagem

chegar aos seus destinatários.

Page 40: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

38

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

o recurso à contratação de fornecedores e prestadores de serviços durante a organização de um evento náutico é praticamente indispen-sável. numa perspectiva de sustentabilidade, as empresas e produtos de origem local devem ser favorecidas, pois promovem a região e a economia local, reduzem o impacto ambiental global do evento, e tem a capacidade para desenhar novas relações, a título pessoal ou profis-sional, no seio da comunidade.

por outro lado, os agentes económicos, culturais ou recreativos que participam ou desenvolvem actividades integradas no programa do evento náutico, devem ser convidados a respeitar as normas e regras da organização — espaços onde circular, onde localizar infra-estrutu-ras, gestão de resíduos, etc.., de forma a partilhar o esforço da organi-zação na realização de um evento exemplar.

uma grande variedade de rótulos ecológicos foram desenvolvidos para comunicar informações sobre as credenciais ambientais de serviços e produtos de forma padronizada, no sentido de ajudar os consumido-res e empresas a seleccionar os serviços e produtos mais ecológicos. estes critérios não se baseiam apenas num simples parâmetro , mas em estudos que analisam o impacto ambiental do produto ou serviço ao longo do seu ciclo de vida, da origem à disposição final.

neste sentido, a substituição de certos serviços ou produtos por ou-tros que incorporem critérios de sustentabilidade contribui, por um lado, para minimizar os impactos negativos do evento e, por outro, para promover uma alimentação equilibrada no seio da comunidade — organização, atletas, espectadores, baseada em produtos locais e orgânicos.

comunidade e fornecedores locais

4.7.

Page 41: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

39

META — ObJECTIVO ACÇÕES A DESENVOLVEr

Estabeleça uma política de

compras sustentável

´ estabelecer uma política que contenha procedimentos de

contratação e código de conduta para o fornecimento de serviços

e produtos provenientes de recursos éticos e sustentáveis.

Recrute na comunidade

local, estimule a

diversidade e copie práticas

de contratação éticas

´ colaborar com organizações locais na procura de soluções

temporárias, voluntários ou contratados (serviços de recolha/

reciclagem de resíduos, equipes de limpeza, instalação de

equipamentos, agências de trabalho temporário e associações de

apoio social). assegure um sistema justo de retribuição salarial.

Procure patrocinadores

com preocupações

ambientais

´ apostar em patrocinadores com capacidade e vontade para

apoiar um evento náutico ou uma actividade paralela, que estejam

interessados em manter as virtudes do local, em contribuir para o

desenvolvimento da prática desportiva e aproveitar, porque não,

para promover a divulgação de produtos e serviços mais verdes.

Integre a comunidade de

parceiros locais no evento

´ procurar obter activamente o apoio e o envolvimento da

cidade, entidade regional de turismo, autoridades e organizações

locais, empresas e investidores privados, etc.

Page 42: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

40

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

um evento que descure a adesão de atletas e do público dificilmente é considerado um caso de sucesso. na expectativa de a organização contar com o apoio e a participação de toda a comunidade, é conve-niente prever e programar uma série de iniciativas e actividades com-plementares que estimulem o contacto com a modalidade, sobretudo entre os mais novos.

É importante que os atletas cumpram um código de ética desportivo, demonstrando uma conduta exemplar no seio da comunidade e exercendo o seu poder de influência e compa-nheirismo , motivando ao respeito pelo próximo e pela natureza.

É sempre de louvar a participação de atletas em iniciativas complementares ao evento central (por. ex. acções de sensibi-lização ambiental, manifestações culturais ou promoção do pa-trimónio local), transmitindo uma imagem distinta e diferencia-dora, que atrai e desperta a curiosidade dos jovens, e do público em geral.

adesão de atletas e público

4.8.

Page 43: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

41

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

META —

ObJECTIVO

ACÇÕES A DESENVOLVEr

Envolver os atletas

e a comunidade

desportiva

´ identificar o público-alvo (atletas de alta competição - locais ou internacionais,

responsáveis pelos respectivos clubes ou federações nacionais, responsáveis públicos

pelo desporto, saúde e meio ambiente; patrocinadores do evento; organizações não

governamentais);

´ colocar ênfase em organizações com recursos (financeiros, técnicos e humanos) e

interesses semelhantes.

Definir o

“apelo à acção”

´ identificar as principais áreas de intervenção para reconhecimento;

´ reduzir as emissões de carbono adoptando determinadas acções específicas;

´ iniciativas que envolvem outras pessoas e organizações;

´ acções que podem ser desenvolvidas a par da actividade desportiva: a redução e

reciclagem de resíduos, o voluntariado, a realização de actividades dirigidas à

comunidade local.

Definir os modos

de comunicação

e divulgação

´ identificar os campeões, atletas, embaixadores, líderes de opinião, celebridades

que estejam dispostos a transmitir a sua experiência, incentivando o próximo;

´ identificar os meios de promoção e endereçar o “apelo à acção” (website, eventos,

newsletter, anúncios de serviço público);

´ identificar os meios para reconhecer os progressos e resultados, histórias e

exemplos de participação.

Fornecer recursos

para o envolvimento

distribuir informação a grupos desportivos e escolares, que inclua o programa do evento,

iniciativas complementares, assim como, locais e entidades responsáveis pela prática de activi-

dades náuticas na região.

Acompanhar

e reportar

os resultados

´ identificar e programar a recolha de elementos que permitam relatar, e se possível

quantificar, as actividades;

´ seleccionar as ferramentas necessárias para calcular e comunicar os resultados

do “apelo à acção”. exemplo: calculadora de carbono para quantificar as viagens dos

atletas, organização, público — que meios de transporte foram utilizados?

Celebrar

os resultados

´ identificar as formas e meios de comemorar os resultados, através do reconheci-

mento, prémios, certificados, artigos em meios de comunicação, citações no twitter.

Page 44: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

5.

Page 45: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

compensaçãode emissõesde carbono5.

Page 46: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

44

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

a compensação é uma forma de neutralizar as emissões de carbono através do financiamento de programas que reduzem uma quantidade equivalente de emissões, normalmente em outros locais, através de in-vestimentos como a aquisição de tecnologias mais eficientes, substitui-ção de fontes de energia fósseis por renováveis, racionalização do uso da energia, projectos de florestamento e reflorestamento, entre outros.

5. compensação de emissões de carbono

o tema da compensação de emissões é tratado de forma super-

ficial de forma a não desviar a atenção dos aspectos prioritários,

neste caso, a redução das emissões de carbono e a mitigação dos

impactos negativos decorrentes da realização de um evento náu-

tico desportivo.

Page 47: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

45

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

partindo do princípio que todos os esforços foram empenhados

no sentido de mitigar os impactos durante o evento, a compensa-

ção de emissões pode então desempenhar um papel interessan-

te, que dignifica a estrutura organizativa e a relação com a comu-

nidade local.

REDUZIR AS EMISSÕES TANTO QUANTO POSSÍVEL

SELECCIONAR AS EMISSÕES QUE PRETENDE COMPENSAR

ADQUIRIR OS CORRESPONDENTES CRÉDITOS ATRAVÉS DE UM PARCEIRO DE CONFIANÇA

COMUNICAR OS SEUS RESULTADOS

REVER A ESTRATÉGIA PARA O PRÓXIMO EVENTO

Page 48: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

46

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

no mercado regulado, ao abrigo do protocolo de Quioto, os gover-nos determinam qual o limite de emissões em que podem incorrer e transmitem essa informação às indústrias nacionais, estabelecendo uma quota de emissões a cada sector.. as empresas que adoptem medidas de eficiência energética ou outras que lhes permitam cumprir as metas estabelecidas podem, caso tenham emissões de gases com efeito de estufa inferiores à sua quota, vender créditos de carbono às empresas mais poluídoras.

as empresas mais poluídoras ou investem em tecnologias menos poluentes ou são obrigadas a adquirir créditos de carbono para cumprir as respectivas quotas. assim, quanto menos cré-ditos existirem em circulação mais as empre-sas poluídoras são obrigadas ou incentivadas a apostar em tecnologias de redução de emissões.

o Mercado voluntário negoceia créditos de carbono (denominados “verified emissions reductions” – vers) resultantes de projectos que têm as suas reduções validadas e verifi-cadas por uma entidade independente, mas que não são registadas através de entidades reguladoras (ex. onu). os vers têm como objectivo compensar emissões de indivíduos ou de empresas não sujeitas aos compro-missos do protocolo de Quioto.

se decidir investir na compensação de emis-sões, compare diversas fontes de informação, esquemas e respectivos detalhes sobre os projectos a financiar.

mercado de carbono5.1.

Page 49: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

47

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

existem actualmente várias centenas de empresas que oferecem ser-viços no Mercado voluntário de carbono. para garantir que os crédi-tos de carbono representam reduções reais nas emissões de gases de efeito estufa, é importante compreender alguns critérios chave de qualidade no mercado das compensações de carbono.

ADICIONALIDADE para ser adicional, um projecto de compensação não deve ter acontecido sem os incentivos decorrentes do mercado de compensações. É essencial que as reduções sejam reais e decorren-tes de um processo transparente e não o vulgar “business as usual”, caso contrário, a compensação não tem qualquer benefício.

PrOPrIEDADE porque as compensações são um título intangível, é importante que os direitos de propriedade sejam estabelecidos para as reduções de gases de efeito estufa que a compensação representa.

LONgEVIDADE considera a durabilidade do benefício climático de um determinado projecto de compensação. as iniciativas que depen-dem do armazenamento de carbono, como os projectos de reflores-tamento, podem inadvertidamente libertar todo o carbono armazena-do para a atmosfera, por exemplo, em caso de incêndio.

FUgA diz respeito à situação através da qual a redução de gases de estufa numa região provoca um aumento de emissões noutro lugar. por exemplo, o dinheiro economizado através da redução do consumo de energia não deve ser utilizado para adquirir outro serviço/produto com emissões correspondentes.

CONSIDErAÇÕES DE SUSTENTAbILIDADE este critério avalia o grau em que determinados projectos de compensação de carbono criam benefícios mais amplos de sustentabilidade, como a criação de empre-gos e a redução da pobreza, aumento da biodiversidade, entre outros.

critérios de qualidade5.2.

Page 50: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

carbon trust www.carbontrust.co.uk

agence de l’environnement et de la Maîtrise de l’energie www.ademe.fr

Fondation Goodplanet www.actioncarbone.org

Fundación tierra www.ecoterra.org

WWF – World Wide foundation footprint.wwf.org.uk

48

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

calculadoras de carbonoapesar de as calculadoras de carbono serem um instrumento útil para medir o impacto do consumo de energia ou o uso de transporte du-rante a realização do evento, não consideram ou quantificam impactos importantes, como os existentes a montante na cadeia produtiva ou outras questões não mensuráveis, como a biodiversidade, a poluição e a ética. no entanto, podem ser utilizadas como uma ferramenta nu-mérica, especialmente útil na comparação de emissões em eventos de frequência anual e na comunicação a estabelecer com parceiros e media.

5.3.

Page 51: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

49

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

ASPECTOS ChAVE EM PrOJECTOS DE CArbONO NEUTrO

dada a evolução do mercado de retalho de compensações durante a úl-tima década, apontam-se dois desafios fundamentais para o sucesso:

´ definir critérios e identificar projectos para redução de emissões nos quais seja crucial o investimento;

´ financiar projectos de compensação no mercado de retalho que não exijam compromissos plurianuais.

estes desafios estão no centro da existência de reais benefícios am-bientais anunciados pelas empresas que fornecem serviços de co-mercialização de carbono no mercado de emissões a retalho.

EMPrESAS E OrgANIzAÇÕES COM SErVIÇOS DE COMPENSAÇÃO

e.value www.evalue.pt

carBono Zero www.carbono-zero.com

terravada www.terravada.org

carBon Footprint lda. www.carbonfootprint.com

altHis www.althis.fr

det norsKe veritas www.dnv.es

Page 52: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

6.

Page 53: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

certificação de eventos desportivos6.

Page 54: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

52

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

Hoje em dia empresas e organizações de várias áreas e dimen-sões têm implementados sistemas de gestão. existem várias oportunidades para a sua concretização, desde a contratação de um consultor externo, a execução por conta própria ou integran-do um caso de estudo de uma agência pública ou universidade. embora existam pequenas variações nos diferentes sistemas de gestão, eles são semelhantes na metodologia e na ilustração dos principais objectivos.

certificação de eventos desportivos

6.

a implementação de programas de certificação tem como prin-

cipal objectivo a melhoria contínua do desempenho da organiza-

ção na realização de eventos. estes programas desenvolvem os

requisitos para a implementação de um sistema de gestão, que

permitirá ao gestor/coordenador do evento desenvolver e imple-

mentar uma política e objectivos, tendo por base os requisitos le-

gais e a informação sobre os impactos mais significativos.

Page 55: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

53

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

event sustainaBility ManaGeMent systeM SISTEMA DE gESTÃO DE EVENTOS SUSTENTÁVEIS

a norma internacional iso 20121 especifica os requisitos de um sistema de gestão que permite melhorar a sustentabilidade de um evento. É aplicável a qualquer entidade, independentemente do tipo e dimensão, envolvida na organização e entrega de eventos, e atende a diferentes condições geográficas, culturais e sociais, exigindo que as organiza-ções reconheçam a sua relação e impacto na sociedade.

a norma deve ser aplicada com flexibilidade e permitir a organizações, sem qualquer protocolo de sustentabilidade estabelecido, iniciar a im-plementação de um sistema de gestão de eventos sustentáveis.

organizações com sistemas de gestão existentes devem ser capazes de integrar os requisitos desta norma nos seus sistemas. todas as or-ganizações serão beneficiadas com o processo de melhoria contínua ao longo do tempo.

a complexidade do sistema, a extensão da documentação e recursos dedicados deverão ser proporcionais aos objectivos definidos, à di-mensão da organização e à natureza das suas actividades, produtos e serviços. este é o caso particular de pMe’s.

o sucesso do sistema de gestão depende do compromisso e envol-vimento dos vários níveis da organização, especialmente da gestão. em suma, para fazer do sistema de gestão um caso de sucesso, este deve ser flexível e integrado no processo de gestão do evento e não ser classificado como um “apêndice”. para a máxima efectividade, a sua influência deve estender-se ao grosso da cadeia de fornecedores.

iso 20121

+ INFOwww.iso.org

Page 56: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

54

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

ThE EUrOPEAN ECO-MANAgEMENT AND AUDIT SChEMEo eMas (eco Management and audit scheme) — sistema comunitá-rio de eco-Gestão e auditoria, é um instrumento voluntário dirigido às empresas que pretendem avaliar e melhorar os seus comportamen-tos ambientais e informar o público e outras entidades interessadas a respeito do seu desempenho ambiental.

o objectivo é reconhecer e premiar as organizações que vão além dos mínimos legais e melhoram continuamente o seu desempenho am-biental. além disso, é uma exigência do esquema das organizações, que, regularmente, participam, produzir uma declaração pública am-biental que reporte o seu desempenho ambiental. esta publicação vo-luntária de informação, cuja precisão e transparência é verificada por uma entidade independente, acrescenta ao eMas e às organizações que participam um reforço da sua credibilidade e reconhecimento.

a gestão ambiental tornou-se uma questão económica relevante para muitas organizações que, através de acções como minimizar a quan-tidade de lixo produzido, redução do consumo de energia e uso mais eficiente dos recursos, podem ter uma redução de custos financeiros, além de ajudarem a proteger e a melhorar o meio ambiente. as orga-nizações que participam no eMas são reconhecidas por assumirem compromissos fortes com o meio ambiente e melhorarem a sua com-petitividade económica.

+ INFO

http://europa.eu.int/comm/environment/ecolabel/index_en.htm

http://www.eco-label.com

eMas

Page 57: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

55

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

SUSTAINAbLE EVENT MANAgEMENT SySTEMesta norma britânica, precursora da iso 20121, foi a primeira a ser de-senvolvida especificamente para a indústria dos eventos. a norma for-nece uma estrutura de boas práticas e define os requisitos para um sistema de gestão sustentável de eventos que garanta uma aborda-gem duradoura e equilibrada entre a actividade económica, a respon-sabilidade ambiental e o progresso social.

rEqUISITOS DA bS 8901 ´ política de sustentabilidade ´ identificação e envolvimento dos parceiros ´ objectivos, metas e planos ´ desempenho contra os princípios do desenvolvimento sustentável ´ controle operacional ´ competências e formação ´ cadeia de fornecedores ´ comunicação ´ Monitorização e medição ´ acções preventivas e correctivas ´ auditoria ao sistema de gestão

a abordagem baseada neste sistema fornece a garantia e certifica-ção da gestão de todos os eventos ou actividades relacionadas com o evento, em vez de certificar apenas cada evento individualmente, o que poderá ser significativo no caso de uma determinada entidade organi-zar vários eventos por ano.

+ INFO

www.bsigroup.co.uk

Bs 8901

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7.

Page 59: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

anexos7.

Page 60: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

58

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

a linguagem “verde” está cheia de acrónimos e jargão. leia o glos-

sário para algumas das palavras mais comuns e suas definições.

algumas destas palavras / definições não estão incluídas neste

guia, mas são explicadas para que possa compreendê-las se o

seu cliente as utilizar.

glossário

ALTErAÇÕES CLIMÁTICAS as mudanças no clima da terra resul-tantes de concentrações crescentes na atmosfera de gases de efeito estufa (Gee), como o dióxido de carbono. o painel intergovernamental sobre a Mudança climática determinou que o aumento acentuado das concentrações de gases de efeito estufa desde a época pré-industrial é o resultado da actividade humana, incluindo a queima de combustí-veis fósseis, a desflorestação e a agricultura.

AgENDA 21 um programa executado pela organização das nações unidas (onu) relacionado com o desenvolvimento sustentável. É um projecto abrangente a ser implementado a nível mundial, nacional e lo-cal por organizações da onu, governos e grandes grupos em todas as áreas em que os seres humanos tenham impacto sobre o meio am-biente. o número 21 refere-se ao século XXi. o comité olímpico inter-nacional criou também um documento conjunto com a onu, intitulado

“o Movimento olímpico agenda 21”.

ALIMENTOS OrgâNICOS cultivados sem produtos químicos que possam prejudicar a terra, água ou saúde humana. a certificação orgâ-nica de alimentos pode ser verificada por uma organização indepen-dente ou programa governamental.

Page 61: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

AVALIAÇÃO AMbIENTAL um processo para prever os efeitos am-bientais de um projecto proposto durante o seu ciclo de vida (incluindo planeamento, plano de acção, operação e encerramento) e para re-comendar formas de eliminar, minimizar ou mitigar esses impactos. efeitos ambientais, económicos, patrimoniais, sociais e de saúde são considerados no processo de avaliação ambiental.

bIODIVErSIDADE a diversidade da vida, dos ecossistemas, das es-pécies e a variedade genética.

brITISh STANDArD (bS) 8901:2007 especificações para um sistema de gestão de eventos sustentáveis com guia para implemen-tação. Bs 8901 providencia requisitos para o planeamento e gestão de eventos sustentáveis de qualquer dimensão e tipo. Bs 8901 abrange toda a gama de eventos, desde grandes conferências a eventos exclu-sivos, como os Jogos olímpicos de londres 2012 a festivais de música. a norma é aplicável a toda a cadeia de fornecedores, empresa organi-zadora e prestadores de serviços.

COMérCIO JUSTO os pequenos produtores e comerciantes são pagos a um preço justo de mercado que lhes permite melhorar o seu padrão de vida.

COMPENSAÇÕES DE CArbONO acções para reduzir ou evitar ga-ses de efeito estufa (Gee) num local, a fim de “compensar” as emis-sões de Gee que ocorrem em outro local. como o dióxido de carbono é o Gee mais importante (em volume), a compensação de determinadas emissões é frequentemente descrita como sendo “neutros em car-bono”.

Page 62: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

ECOSSISTEMA um ecossistema consiste num conjunto dinâmico de organismos vivos (plantas, animais e micro-organismos), todos in-teragindo entre si e com o ambiente em que vivem (solo, clima, água, ar e luz solar).

gESTÃO DA SUSTENTAbILIDADE E SISTEMA DE COMUNI-CAÇÃO um sistema baseado no desempenho que define os objec-tivos de sustentabilidade, promove uma abordagem integrada para os alcançar e fornece informações transparentes sobre os resultados relativos aos compromissos de sustentabilidade e metas corporativas, quer para uma audiências interna quer externa.

INDICADOrES DE PErFOrMANCE indicadores de desempenho são usados para ajudar uma organização a definir e medir o progresso em relação aos objectivos organizacionais, relativos às áreas ambien-tal, social e económica.

IMPrESSÃO à bASE DE TINTAS VEgETAIS tintas de impres-são amigas do ambiente que são feitas a partir de óleos vegetais com-binados com pigmentos. o tipo mais comum é feito de soja.

PArCEIrOS uma pessoa ou organização que tenha um interesse legítimo num projecto ou entidade. também se refere a pessoas que poderiam afectar ou serem afectadas pelo desempenho de uma or-ganização social, ambiental e económica.

PEgADA ECOLógICA num contexto espacial, a área ocupada pe-las instalações permanentes e temporárias e actividades associadas. num contexto ecológico, mede a pressão da humanidade sobre a na-tureza, considerando os recursos consumidos e os recursos afectados para apoiar as actividades.

Page 63: Gestão Sustentável de Eventos Náuticos

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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

rELATórIO DE SUSTENTAbILIDADE a prática de quantificar e divulgar o desempenho da organização em direcção à meta do desen-volvimento sustentável. um relatório de sustentabilidade fornece uma representação equilibrada e razoável do desempenho de sustentabi-lidade da organização, incluindo as contribuições positivas e negativas.

rESPONSAbILIDADE COrPOrATIVA a nossa obrigação em considerar os interesses dos clientes, empregados, comunidades e meio ambiente como um aspecto de planeamento de reuniões, exe-cução e avaliação, de modo a alcançar a desejada sustentabilidade.

SEM bArrEIrAS locais ou edifícios que foram construídos ou mo-dificados, e eventos que foram organizados para garantir que pessoas com deficiência possam utilizar os edifícios e participar nos eventos, da mesma forma que uma pessoa sem deficiência.

SUSTENTAbILIDADE responde às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. (comissão Bruntland). o conceito de sustentabilidade geralmente inclui as áreas de desenvolvimento am-biental, social e económico.

TrANSPOrTE AMbIENTALMENTE rESPONSÁVEL opções de transporte que minimizem o impacto ambiental, tais como transporte público de massas (comboio, metro, eléctrico / autocarro híbrido / bio-diesel), veículo eléctrico ou híbrido e bicicleta, quando possível.

zErO rESÍDUOS o conceito em que as actividades são projectadas para eliminar o desperdício e os resíduos são recuperados para ser uti-lizados como inputs de outros processos.

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62

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

´ acolher a vossa opinião e comentários sobre este guia

´ receber os indicadores de desempenho de sustentabilidade dos vossos eventos náuticos

formulário de avaliação

´ recursos consuMidos (em peso): papel, água, alimentos, etc, juntamente com a percentagem em peso do que pode ser considerado reutilizável, como, por exemplo, papel reciclado, ali-mentos orgânicos ou de comércio justo, etc.

´ produção e eliMinação de resíduos: a quantidade total de resíduos gerados, de preferência divididos por tipo de resíduo — plástico, papel, vidro, etc; e seu respectivo encami-nhamento para os diferentes fins — reutilização, reciclagem, compostagem, aterro / incineração.

´ consuMo de enerGia: a energia total consumida por recur-so — gás, electricidade, combustíveis; juntamente, se houver, com a electricidade gerada através de fontes renováveis.

´ deslocações: valor geral da distância percorrida e meio de transporte dos participantes (aéreo, ferroviário, rodoviário).

como parte dos esforços em melhorar o desempenho das organiza-ções náuticas de forma contínua, a equipa nea2 ficaria grata por:

por favor, dedique algum tempo a responder a este breve questionário. uma versão Word deste formulário pode ser transferida através do website da intercéltica. o formulário completo e os vossos dados de-vem ser enviados para [email protected] .

DADOS DAS MONITOrIzAÇÕESpor favor, discrimine ao máximo a informação quantificada, cobrin-do os seguintes indicadores:

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GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

nome da organização: nome contacto: telefone:e-mail:nome do evento:localização e data da celebração:número de participantes:origem dos participantes:

AVALIAÇÃO DO gUIAconsidera o guia útil na abordagem à sustentabilidade do(s) seu(s) evento(s)?

por favor, classifique entre 1 (bastante útil) e 5 (nada útil).

encontrou alguma recomendação difícil de compreender? se sim, qual ou quais?

existe alguma recomendação difícil de implementar? se sim, que recomendações e porquê?

considera que alguma recomendação deveria estar incluída no guia e não está?

Que melhorias sugere para o guia (p. ex. relativas ao conteúdo, estrutura, etc)?

inclua, por favor, qualquer comentário que julgue pertinente.

1 2 3 4 5

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64

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

A guide to running green meetings and eventsFailte ireland – national tourism development authority.

bases para una estrategia nacional sobre deporte y sostenibilidadFundación Biodiversidad — Green cross españa.

IOC guide on sport, environment and sustainable developmentinternational olympic committee, 1999.

green champions in sport and environment — guide to environ-mentally-sound large sporting events Federal Ministry for the envi-ronment, nature conservation and nuclear safety & German olympic sports confederation.

Sustainable sport and event toolkit. aists — international academy of sport science and technology, 1999.

guía de buenas prácticas ambientales para la celebración de eventos deportivosdirección General de deportes — comunidad de Madrid.

green meeting guide unep & iclei – local Governments for sustainability, 2009.

referências bibliográficas

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65

GUIA PARA A GESTÃO SUSTENTÁVEL DE EVENTOS

White paper on sporteuropean commission – directorate General for education and culture, 2007.

Offsetting emissions: a business brief on the voluntary carbon marketecosystem Marketplace & Business for social responsibility, 2008.

Purchasing carbon offsetsdavid suzuki Foundation & pembina institute, 2009.

ISO 20121 Event sustainability management systeminternational organisation for standardisation, draft document.

EMAS and sporting events — improving your environmental and bu-siness performanceThe european eco-Management and audit scheme.

bS 8901: Specification for sustainable event management system with guidance of use.Bsi — British standards, 2007.

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FIChA TéCNICA

F INTERCÉLTICA — ASSOCIAÇÃO CULTURAL, DESPORTIVA E TURÍSTICA

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