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apresentação de Nando Lima no seminário do USINA
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Nando Lima - 2010
Glacês
• ESPAÇO – recorremos a palavra “espaço” para descrever muito mais que o
mero mundo físico. Falamos de “espaço pessoal”, da necessidade de “espaço de
manobra” em nossas relações, como se houvesse alguma espécie de espaço
das relações. Usamos expressões como ”espaço mental” e os psicanalistas
lacanianos (seguindo Freud) acreditam que a própria mente tem uma estrutura
espacial, Teóricos da literatura discutem o espaço literário e artistas discutem
o espaço pictórico.
• Cientistas consideram “espaços não físicos”
• Químicos falam de “espaço molecular”
• Biólogos de “espaço evolutivo”
• Matemáticos estudam “espaços topológicos, algébricos, e métricos”
• Podemos considerar ainda termos como:
“espaço de fases” e “espaço viral” ligados a assuntos tão diversos como a
física quântica e a difusão de doenças contagiosas.
CIBERESPAÇO
• Quando “vou ao” ciberespaço, meu corpo permanece em repouso
na minha cadeira, mas “eu” – ou algum aspecto de mim – sou
transportado para uma outra arena, que possui sua própria lógica
e geografia, e tenho a profunda consciência disso enquanto estou lá
• Embora destituído de fisicalidade, o CIBERESPAÇO é um lugar real.
Eu estou lá – seja qual for o significado esta afirmação.
• Ironicamente , o CIBERESPAÇO é um subproduto tecnológico da
física. Os chips de silício, as fibras ópticas, as telas de cristal
líquido, os satélites de comunicação, até a eletricidade que provê a
INTERNET de energia são todos subprodutos dessa ciência
sumamente matemática.
• No entanto, se não poderia existir sem a física, o CIBERESPAÇO não
esta tampouco confinado à concepção puramente fisicalista do real.
• O advento do CIBERESPAÇO nos faz retornar a um teatro dualista da
realidade. Mais uma vez nos vemos com um domínio material
descrito pela ciência e um domínio imaterial que opera como um
plano diferente do real.
• Não se pode ter nenhuma experiência no CIBERESPAÇO senão
mediante os sentidos físicos do corpo: os olhos que contemplam a
tela do computador ou as projeções estereoscópicas dos capacetes
de realidade virtual, as mãos que teclam os comandos no teclado e
controlam joysticks, os ouvidos que ouvem arquivos de som Real
Audio.. Mas se espaço físico e CIBERESPAÇO não são inteiramente
separados, tampouco o segundo está contido no primeiro.
• Num sentido profundo, o CIBERESPAÇO é um outro lugar.
• Nós nos confrontamos cada vez mais com uma realidade
bifásica.
Chips
Cachoeira do Arari
Espaço no teatro
• Noção de espaço na “teoria teatral” é tão diverso quanto nas
ciências de forma geral.
• Espaço Cênico – é um termo de uso contemporâneo para palco, ou
área de atuação. Considerando-se a explosão sobre novas relações
palco-platéia, espaço cênico vem a ser um termo cômodo, porque
neutro, para descrever os dispositivos polimorfos da área de
atuação.
• Limites e formas – o teatro sempre tem lugar num espaço que é
delimitado pela separação entre olhar (público) e o objeto olhado
(cena).
• O espaço cênico se organiza em estreita relação com o espaço
teatral (o do local, do edifício, da sala)
• O círculo – primordial , formas rituais que não exigem ângulos de
visão particulares .
• O cubo – organiza o espaço de acordo com o principio da distância,
da simetria, e da redução do universo inteiro no cubo, a um jogo
combinado da representação direta e da ilusão.
• A combinação do círculo e da Linha, produz todos os tipos
de palco e de relações no teatro.
• A representação e a figuração do real são submetidas a
incessantes variantes que afetam até a escritura e a
estrutura do texto dramático.
Espaço Dramático
• Opõe-se a espaço cênico (ou espaço teatral). Este último é
visível e se concretiza na encenação. O primeiro é um
espaço construído pelo espectador ou pelo leitor para fixar
o âmbito da evolução da ação e das personagens; pertence
ao texto dramático e só é visualizável quando o espectador
constrói imaginariamente o espaço dramático
Imagens Infames
Bibliografia
• Margaret Werthein – Uma história do espaço de Dante à Internet
• Patrice Pavis – Dicionário de Teatro
• MANGIFERA 2010