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Golpe da Maioridade No fim do período regencial, várias revoltas ameaçavam a unidade territorial do país. Alguns grupos políticos consideravam que para contê- las era necessário pôr Pedro de Alcântara no poder, uma vez que as rebeliões eram contra a regência e queria a volta de um imperador no poder. Enquanto os liberais pretendiam criar governos regionais mais autônomos com a eleição de assembleias legislativas, os conservadores mantinham a rígida posição de que a monarquia centralizadora era a solução mais apropriada para conter e evitar as possíveis revoltas que surgiriam posteriormente. Apesar de distintos motivos, Liberais e Conservadores apóiam a mesma idéia: Os liberais apoiaram a antecipação da maioridade para conseguirem cargos mais elevados durante seu governo e consolidar uma força política mais sólida, enquanto os conservadores estavam mais preocupados em garantir a seguridade de um território brasileiro sem revoltas populares e mudanças no sistema hierárquico. Ambos os interesses só podiam ser atingidos com a força de uma monarquia centralizadora, refletida no jovem imperador D. Pedro II. No entanto, ele tinha apenas 14 anos e a Constituição permitia ao rei governar somente aos 18 anos. Para resolver este problema, foi feita uma alteração na Constituição, declarando a maioridade de Pedro de Alcântara, que recebeu o título de D. Pedro II. Esta alteração é denominada Golpe da Maioridade. Iniciando- se assim o segundo Reinado. Duque de Caxias (Balaiada e Farroupilha) Política Interna Instituição do Poder Moderador, que dava autoridade ao Imperador a poder intervir nas decisões dos demais poderes. A alternância de poderes entre Liberais e Conservadores permitiram a estabilididade política, por incrível que pareça. Por saberem que seriam os próximos a ocupar, nenhum dos grupos políticos atrapalharam nem reivindicavam não estar no poder no

Golpe da Maioridade e Segundo Reinado

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Golpe da Maioridade No fim do período regencial, várias revoltas ameaçavam a unidade territorial do

país. Alguns grupos políticos consideravam que para contê-las era necessário pôr

Pedro de Alcântara no poder, uma vez que as rebeliões eram contra a regência e queria a volta de um imperador no poder.

Enquanto os liberais pretendiam criar governos regionais mais autônomos com a eleição de assembleias legislativas, os conservadores mantinham a rígida posição de que a monarquia centralizadora era a solução mais apropriada para conter e evitar as possíveis revoltas que surgiriam posteriormente.

Apesar de distintos motivos, Liberais e Conservadores apóiam a mesma idéia: Os liberais apoiaram a antecipação da maioridade para conseguirem cargos mais elevados durante seu governo e consolidar uma força política mais sólida, enquanto os conservadores estavam mais preocupados em garantir a seguridade de um território brasileiro sem revoltas populares e mudanças no sistema hierárquico. Ambos os interesses só podiam ser atingidos com a força de uma monarquia centralizadora, refletida no jovem imperador D. Pedro II.

No entanto, ele tinha apenas 14 anos e a Constituição permitia ao rei governar somente aos 18 anos. Para resolver este problema, foi feita uma alteração na Constituição, declarando a maioridade de Pedro de Alcântara, que recebeu o título de D. Pedro II. Esta alteração é denominada Golpe da Maioridade. Iniciando-se assim o segundo Reinado.

Duque de Caxias (Balaiada e Farroupilha)

Política Interna Instituição do Poder Moderador, que dava autoridade ao Imperador a poder

intervir nas decisões dos demais poderes. A alternância de poderes entre Liberais e Conservadores permitiram a

estabilididade política, por incrível que pareça. Por saberem que seriam os próximos a ocupar, nenhum dos grupos políticos atrapalharam nem reivindicavam não estar no poder no momento. O parlamentarismo criou uma certa harmonia entre os dois partidos do Brasil, que passaram a revezar o poder, trazendo certa estabilidade política. O imperador nomeava um presidente conservador ou liberal de acordo com a conjutura política. Por isso, Oliveira Viana chegou a afirmar que “nada mais conservador que um liberal no poder. Nada mais liberal que um conservador na oposição...”

Contudo, as rivalidades entre liberais e conservadores que deram origem a essas mudanças de gabinete, como já mencionamos, não eram profundas porque os partidos se entendiam no essencial: ambos eram escravistas. Discordavam apenas quanto à forma da organização administrativa: os conservadores eram acentuadamente centralistas, ao passo que os liberais inclinavam-se pela descentralização. Graças a essa identidade de princípios, através de um acordo, liberais e conservadores começaram a governar juntos, inaugurando a era da conciliação em 1853, que perdurou até 1868. (Gabinete da conciliação)

Parlamentarismo ás avessas: o novo governo imperial buscou reestruturar as regras do jogo político daquela época instaurando um sistema, em tese, inspirado no parlamentarismo britânico. O povo inglês votava para escolher os membros do parlamento, que dependendo de sua maioria de grupo político, escolhia um representante, o primeiro-ministro, que era apresentado ao rei. Na ilha inglesa, o monarca possui uma função política meramente decorativa e deixa as principais

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decisões nas mãos de um primeiro-ministro escolhido pelo poder legislativo. Já o parlamentarismo brasileiro funcionava desta forma (dava poder ao imperador):

Política Externa

A Inglaterra pediu o fim da escravidão no Brasil. Isso se deveu pelo fato de a Inglaterra ter Fábricas na África, em que usavam mão de obra negra assalariada, desejando assim manter os negros na África.

Mas até que D. Pedro II chegasse ao cargo, nada havia sido feito. Com a assinatura da tarifa Alves Branco (1844), que aumentava taxas sobre importações e exportações (30% para produtos não produzidos no Brasil e 60% para os produzidos), a coroa britânica decidiu reagir, assinando a lei Bill Aberdeen. Esta lei permitia aos navios britânicos apreender navios negreiros que cruzassem o Atlântico. De fato, vários navios negreiros foram abordados.

Dom Pedro II se viu em uma situação delicada. Ou tomava uma atitude contra a escravidão ou entraria em guerra contra a Inglaterra. Assim, em 1850, foi aprovada a lei Eusébio de Queirós pelo próprio, Ministro da Justiça Eusébio de Queirós, a qual proibia o tráfico negreiro no Brasil. Com a nova lei a situação no Brasil muda, pois se torna muito difícil adquirir mão-de-obra escrava. Assim, o preço para comprar escravos de outros latifúndios se torna muito alto, e os que mais sentem este golpe são os barões de café, no sudeste. Como seus cafezais estavam em franca expansão, eles precisavam de mais escravos para continuar sua produção. Assim, passaram a adquirir milhares de escravos dos produtores de cana no nordeste.

Questão Christie: Em 1862, alguns marinheiros ingleses foram detidos na cidade do Rio de Janeiro, pois, embriagados e em trajes civis, promoviam arruaça nas ruas da então Capital. Constatada a sua condição de militares britânicos, foram imediatamente soltos. O embaixador Christie, não satisfeito, aproveitou a ocasião para exigir a pronta indenização pela carga do navio Prince of Wales, naufragado na costa do Albardão (então Província do Rio Grande do Sul) (1861), a demissão dos policiais brasileiros que tinham efetuado a detenção e um pedido formal de desculpas do governo imperial à Inglaterra. Christie, acerca do naufrágio do navio britânico afirmou ainda que os seus tripulantes foram assassinados por brasileiros antes do afundamento, que teriam procedido o saque da carga. 

Aspectos Econômicos-O café era o principal produto.-Plantation: monocultura, latifundiária, para exportação, mão-de-obra escrava.-Lei de Terras: Estabelecia a compra como o único meio de se obter terras.

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-Devido a proibição do tráfico de escravos, ex traficantes que perderam seu comércio usaram -seu capital para investir na indústria, principalmente de tecidos, chapéu, sabão e cerveja.- Barão de Mauá: grandes investimentos no RJ, tentou industrializar a economia. Teve várias fábricas e fez várias obras públicas. Ele era contra a escravidão. Mas sua visão industrializadora bateu de frente com os interesses agroexportadores(cafeicultura era nos campos, elite desagradada com a idéia de industrialização). A sua empresa Ponta da Areia foi alvo de um terrível incêndio. O império causou várias dificuldades para ele. Pouco tempo depois, a vantajosas taxas alfandegárias da Tarifa Alves Branco foram abandonadas, tendo agora concorrências mais fortes, os produtos importados. Volta para RS, morre “bem de vida

- Industrialização: protecionismo devido as taxas aos produtos estrangeiros e o desenvolvimento cafeeiroCafé Rio de Janeiro x São Paulo- No Rio de Janeiro não se tinha muito cuidado com o solo. Já em São Paulo, era

usado adubo e a terra era fértil, de qualidade, a Terra Roxa.- No Rio de Janeiro eram usadas ferramentas rudimentares, antigas e de pouca

eficiência em larga escala. Já em SP, eram usadas novas técnicas de cultivo.- No RJ(Vale do Paraíba) o transporte do café se dava em portos e estradas ruins.

Já em SP(Oeste Paulista), eram utilizadas ferrovias.- No RJ a elite do café eram os Barões de Café e em SP era a burguesia cafeeira