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GOVERNO DO ESTADO DO PARANASECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DILENE OELKE ALEXANDRE
ÁREA: CIÊNCIASPúblico Alvo: Alunos da 7ªSérie - Ensino Fundamenta l.
POLUIÇÃO SONORA NA ESCOLA E SEUS EFEITOS NEGATIVOS NA SAÚDE
GUARAQUEÇABA 2011
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
DILENE OELKE ALEXANDRE
POLUIÇÃO SONORA NA ESCOLA E SEUS EFEITOS NEGATIVOS NA SAÚDE
Caderno de apoio Pedagógico – Material Didático –apresentado como parte do Plano Integrado deFormação Continuada do Programa deDesenvolvimento Educacional da Secretaria deEstado da Educação do Paraná. Turma 2010. Orientador: Prof. João Roberto Barros Maceno Silva
GUARAQUEÇABA, PR, BRASIL
AGOSTO/2011
APRESENTAÇÃO
Amigos Professores e Professoras!
O presente trabalho é resultado parcial do Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE/2010, intitulado “ Poluição sonora na escola e seus efeitos
negativos na saúde”, com a finalidade de abordar didaticamente o tema com alunos
do Ensino Fundamental e Médio. Considera-se que a poluição sonora ocorre num
determinado ambiente quando o som altera a condição normal da audição. Embora
não se acumule no meio ambiente, como outros tipos de poluição, causa vários
danos ao corpo e a qualidade de vida das pessoas.
O ruido é o que mais colabora para a existência da poluição sonora. Ele é
provocado pelo som excessivo, provocando efeitos negativos para o sistema
auditivo das pessoas, além de causar alterações comportamentais e orgânicas
(Menezes 2000).
A Organização Mundial de Saúde (OMS), considera que um som deve ter
intensidade de 50 dB (decibéis – unidade de medida do som) para não causar
prejuízos ao ser humano. A partir de 50 dB, os efeitos negativos começam a
aparecer. Alguns problemas podem ocorrer a curto prazo, outros levam anos para
serem notados.
É comum evidenciarmos em ambientes escolares as fontes de ruídos internos
e externos e os riscos que os adolescentes, os jovens e toda comunidade escolar
estão expostos.
Este projeto tem como base o Programa de Saúde na Escola que foi instituída
pelo Presidente da República por meio do Decreto nº 6286 de 05 de dezembro de
2007, com a finalidade de colaborar para a formação integral dos estudantes da rede
pública de educação, oferecendo ações de promoção, prevenção e assistência à
saúde.
A poluição sonora é uma realidade no estilo de vida moderna, especialmente
nas escolas. Problemas auditivos deixaram de ser pesadelo apenas para idosos.
Com a moda dos aparelhos portáteis de música digital , os jovens também estão
inclusos no grupo de risco.
Este caderno de apoio pedagógico tem por objetivo compartilhar o material
elaborado na efetivação desse programa com professores da educação básica que
convivem no seu dia a dia com adolescentes e jovens exposto ao ambiente escolar
de qualidade sonora inadequada. Trata-se de uma produção didática textual e
prática, incluindo sugestões de dinâmicas de grupo, de estudos dirigidos individuais
e de pesquisa e material disponível “on-line”. Portanto, este material pedagógico
pretende mostrar a importância de tratar o referido assunto com rigor cientifico no
ambiente escolar, visto que, muitos adolescentes e jovens dão pouca importância
para as consequências que poderão ocorrer à longo prazo, o mesmo acontecendo
com os adultos da comunidade escolar.
O presente caderno de apoio pedagógico é composto por unidades textuais e
uma unidade introdutória.
Em cada unidade você encontrará um texto informativo, atividades em grupo
ou individual e sugestões diversificadas de apoio, como: vídeos, imagens e outros.
Espero que este material ajude você a criar um ambiente de conversa
produtiva na sala de aula, opiniões e trocas de experiencia e, quem sabe, desperte
em seus alunos a vontade de pesquisar mais sobre o assunto e que possam
divulgar os conhecimentos obtidos sobre os cuidados com a saúde da audição.
Com carinho,
Profª. Dilene Oelke Alexandre
Dedicatória
A Deus, meu esposo e meus filhos, minha mãe e
minha irmã pela paciência e compreensão durante
este período da minha vida.
Agradecimentos.
À Deus pelo dom da vida.
Ao meu esposo Elizel, que se apresentou dedicado e amigo durante a
realização deste trabalho. Pela paciência e carinho que teve comigo durante as
noites mal dormidas e convivência com a ansiedade constante de uma professora
PDE.
Aos meus filhos: Felipe e Gabriel pelas suas contribuições e incentivos.
À minha mãe pelo exemplo de coragem, amor, determinação e perseverança.
Agradeço pelo estímulo e apoio incondicional, pela paciência com a qual sempre me
escuta e pela sensatez de suas palavras.
À minha irmã Shirley tão amada, que sempre esteve ao meu lado em todos
os momentos.
Agradeço ao meu orientador, prof. João Roberto, pelos apontamentos
precisos e competentes, cuja relevância foi ímpar para a conclusão deste trabalho.
A todos os professores desta instituição, cuja intervenção em diferentes
momentos propiciaram a conclusão desta pesquisa.
Aos meus amigos de curso, pelos bons momentos que passamos juntos.
Aos alunos participantes, agradeço pela confiança na pesquisa, e aos colegas
professores do GTR ( grupo de trabalho em rede), a gentileza pelas sugestões
durante o curso.
Agradeço a todos aqueles que compartilharam na realização deste trabalho
que, para mim representa a realização de um sonho.
Toda palavra de Deus é pura;
ele é escudo para os que nele confiam.
Provérbios 30:5
1 – INTRODUÇÃO
O conteúdo desse trabalho insere-se no contexto da acústica, enquanto
ciência que estuda o som, buscando expor a influência que essa área tem no dia a
dia dos alunos e da comunidade escolar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 100 milhões de pessoas
no mundo todo apresentam alguma espécie de dano auditivo provocado pela
exposição a ruídos. A perda de audição, nestes casos, pode ser temporária ou
irreversível. Uma das causas das alterações na audição é a degeneração das
células nervosas do ouvido interno.
A exposição a fontes de poluição sonora pode provocar diversos efeitos
negativos na saúde humana. Pode interferir na comunicação, provocar distúrbios do
sono, irritabilidade, estresse, distúrbios psicológicos, problemas cardiovasculares,
zumbido nos ouvidos e danos na audição.
Mas não são apenas fontes de barulho indesejados que podem prejudicar
nossa audição.
Escutar música, mesmo de qualidade, em fones de ouvido por muito tempo e
num volume alto, pode prejudicar seriamente o ouvido e a audição. A recomendação
de especialistas é que o limite tolerável para evitar danos esteja entre 65 e 70 dB.
Porém, se formos expostos continuamente e tal situação, além de danos a
audição podem surgir sintomas como ansiedade, elevação da pressão arterial,
distúrbios psicológicos e até mesmo cardíacos (Souza 2000).
É preciso enfatizar, justificar e transmitir tanto a possibilidade quanto a
necessidade de se reduzir o barulho no ambiente de trabalho e especificamente no
escolar, onde as consequências indicam desatenção, deficiência de aprendizagem
e falta de concentração.
Este estudo pretende mostrar a importância de tratar o tema “poluição sonora
na escola e seus efeitos negativos na saúde” com rigor cientifico, contribuindo para o
bem estar físico, mental e social dos adolescente , jovens e adultos da comunidade
escolar.
2 – DESENVOLVIMENTO
Em cada unidade o encaminhamento metodológico terá característica
específica, mas, basicamente, o estudo será de caráter exploratório e descritivo por
meio de questionário com perguntas fechadas, pesquisa bibliográfica, debate em
grupos e resolução de atividades. O professor poderá usar os recursos disponíveis
em seu ambiente escolar.
2.1 – UNIDADE INTRODUTÓRIA
São vários os direitos fundamentais do ser humano, mas queremos chamar a
sua atenção sobre os dois mais importantes: “saúde e educação” que fazem parte
da história de vida de cada um, desde o nascimento até o último sopro de vida.
Objetivo:
Dialogar em grupo sobre a percepção de saúde na história de vida de cada
um dos participantes refletida na condição da audição.
Encaminhamento metodológico:
Através de uma breve explanação sobre “saúde e educação” descritas abaixo'
o professor deve instigar o aluno sobre o pensar saúde como direito e dever de
cuidar do corpo como o mais valioso bem. São apresentadas estratégias e
sugestões complementares.
Texto de Apoio:
Durante os anos 90, a OMS desenvolveu o conceito e iniciativa das Escolas
Promotoras da Saúde. No Brasil, as políticas de saúde reconhecem o espaço
escolar como espaço privilegiado para práticas promotoras da saúde, ações
preventivas e de educação para a saúde. O Programa mais Saúde: Direito de todos,
lançado pelo Ministério da Saúde, em 2008, é um exemplo disso ( BRASIL, 2008).
Os principais objetivos deste programa são:
I - Promover a saúde e a cultura da paz, reforçando a prevenção de agravos à
saúde;
II – Articular as ações de rede pública de saúde com as ações de rede pública
de Educação Básica, de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas ações
relativas aos estudantes e suas famílias, otimizando a utilização dos espaços,
equipamentos disponíveis;
III – Contribuir para a constituição de condição para a formação integral dos
educandos;
IV – Contribuir para a construção de sistemas de atenção social, com foco na
promoção da cidadania e nos direitos humanos;
V – Fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da saúde, que
possam comprometer o pleno desenvolvimento social;
VI – Promover a comunicação das escolas e unidade de saúde, assegurando
a troca de informação sobre as condições de saúde dos estudantes;
VII – Fortalecer a participação comunitária nas politicas de Educação Básica e
a Saúde, nos três níveis de governo.
Duração das atividades
Aproximadamente três aulas (150 min.).
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
Não há necessidades que conhecimentos prévios sejam trabalhados pelo professor
com os alunos para esta aula.
Estratégias e recursos da aula
As estratégias utilizadas serão:
• Aula interativa: explanação do assunto e exposição do sistema auditivo.
• Sala de vídeo: filme para sensibilizá-los e reflexão.
• Utilização do laboratório de Informática: pesquisa na internet.
Motivação :
Estando os alunos em duplas e organizados no laboratório de informática, o
professor deverá mostrar para eles a tirinha abaixo (Fig.1)
Figura 1: Tirinha
Disponível em:http://www.centralfree.com.br/tirinhas/img1837.htmAcessado em: 28
Outubro 2010.
Sugestão:
O professor poderá imprimir a tirinha e disponibilizar para cada dupla um exemplar.
Em seguida, o professor deverá conversar com os alunos sobre a tirinha em
questão. Para isto, sugerimos o roteiro disponível abaixo.
Quando todos terminarem de expressar suas opiniões, o professor deverá dizer que
o tema da aula é “Deficiência Auditiva: entendendo como se formam os sons e como
os captamos”.
2.2 – UNIDADE I – CONHECENDO A AUDIÇÃO
Objetivo geral: Conhecer a estrutura e o funcionamento da audição.
Encaminhamento metodológico: Com o uso da TV/ Pendrive fazer um
levantamento das estruturas visualizadas na imagem apoiada pelo texto informativo.
Fonte:http://osfundamentosdafisica.blogspot.com/2010_06_01_archive.html
Acesso 08/05/2011.
Roteiro de Discussão
1. O que será que a garota de cabelo ruivo tem que não escutou o que a colega
(de cabelo loiro) falava para ela no primeiro momento?
2. Vocês acham que é correto gritar com as pessoas para que elas possam
ouvir?
3. Será que existem pessoas que não conseguem ouvir? Você conhece alguém?
4. Vocês sabem como funciona o nosso aparelho auditivo?
Texto informativo:
Você consegue mover a orelha sem tocá-la com as mão s e sem mexer a
cabeça? Afinal, qual a função da audição? Podemos o uvir todos os sons?
Onde ficam localizadas? Como ela é formada? Que fun ções importantes ela
desenvolve para o corpo humano?
De acordo com Cruz (2002, p.75), muito poucas pessoas conseguem mover a
orelha sem tocá-la com as mãos e sem mexer a cabeça. Os ancestrais da espécie
humana tinham essa capacidade, dirigindo a parte externa da orelha para um lado e
outro na tentativa de descobrir a fonte sonora. Era uma característica importante
para o ataque e a defesa.
Com a evolução, os seres humanos perderam essa característica. Também é
provável que o tamanho e a complexidade das estruturas internas da orelha tenham
sido maiores em outros tempos.
Segundo Barros e Paulino (2004, p. 193-194), a audição é a capacidade de
ouvir sons. Os órgãos da audição são as orelhas.
As nossas orelhas ficam localizadas nos ossos temporais. Cada orelha possui
três partes: orelha externa, orelha média e orelha interna.
Orelha externa . É formada por duas partes:
- Pavilhão auditivo: capta os sons, direcionando-os para o interior do canal auditivo;
- Canal auditivo da orelha externa: conduz o som para o interior da orelha. Possui
pelos e glândulas que produzem o cerúmen, uma espécie de cera amarelada, que
protegem a orelha de corpos estranhos, como poeira e microrganismo.
Orelha média. Também chamada caixa do tímpano, situa-se dentro do osso
temporal. Nela se encontra o tímpano, que é uma fina membrana.
Na orelha média existem ainda três pequenos ossos, cujos nomes derivam de
objetos com os quais se parecem: martelo, bigorna e estribo. Eles se articulam uns
com os outros e recebem a vibração da membrana do tímpano.
Da orelha média sai um canal – a tuba auditiva – que vai até a faringe. Essa
tuba mantém a pressão da caixa do tímpano igual à pressão atmosférica.
Orelha interna. Recebe também o nome de labirinto e divide-se em três
partes:
• vestíbulo – é a cavidade separada da orelha média pela janela oval;
• canais semicirculares – são três tubos ósseos em forma de semicírculo;
• cóclea ou caracol – é um canal de 2,5 a 3 centímetros, com forma espiral.
Ao chegar ao pavilhão auditivo o som é conduzido pelo canal auditivo da
orelha externa até o tímpano, fazendo-o vibrar. A vibração do tímpano se transmite
para os ossículos martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos, por sua vez,
transmitem a vibração à orelha interna, por meio da membrana da janela oval.
As vibrações atingem a cóclea e são transmitidas a um líquido aí existente. A
vibração desse líquido sensibiliza terminações nervosas presentes na cóclea. Então
impulsos nervosos são gerados e conduzidos até o cérebro pelo nervo
vestibulococlear, onde são interpretados e a pessoa tem noção do que ouve.
Equilibrando o corpo
Além da audição, a orelha participa do equilíbrio do nosso corpo. Os canais
semicirculares da orelha não contribuem apenas para a audição. Eles contém um
líquido que provoca estímulo num nervo específico, que informa órgãos do encéfalo,
como o cerebelo, sobre a posição do nosso corpo em relação ao ambiente. Dessa
forma, o sistema nervoso comanda determinados músculos que atuam na
manutenção do equilíbrio do corpo.
A labirintite é um distúrbio no labirinto. Pode ser decorrente de problemas
circulatórios, inflamação causada por microrganismo, estresse, hipertensão,
diabetes e até lesões por excesso de ruído. Os sintomas incluem perda da noção de
equilíbrio , dores de cabeça, vômitos e tonturas. O diagnóstico é realizado por meio
de exames específico e o tratamento, sempre sob orientação médica.
Cuidados com as orelhas
Não devemos introduzir objetos na orelha, pois eles podem ferir a membrana
do tímpano, prejudicando seriamente a audição.
Para a limpeza da orelha, use material macio, sem, contudo, introduzi-lo no
canal auditivo externo. Limpe apenas a região mais próxima da borda. Qualquer
infecção ou outro problema na orelha deve ser imediatamente tratado com
orientação médica.
Costa (2007, p. 164), define som como sendo as ondas sonoras que podem
ser detectadas pela audição humana. Para que isso aconteça, as ondas sonoras
devem ter frequência entre 20 e 20.000 Hertz ( ou Hz). Os sons de frequência
inferior a 20 Hz (infrassons) e os de frequência superior a 20.000 Hz ( ultrassons)
não podem ser ouvido por nós.
Há muitos sons que não podemos ouvir, embora outros animais os percebam.
Por exemplo: há apitos para adestramento de cães que não conseguimos ouvir, pois
fazem vibrar o ar com frequência alta demais para nosso sistema auditivo. Um outro
exemplo bem conhecido ocorre nos morcegos: a audição é o sentido que mais
favorece o voo desses animais à noite.. Eles emitem sons muito agudos (ultrassons)
que batem em um objeto qualquer e voltam até eles. Assim, os morcegos
conseguem localizar seu alimento ou desviar de obstáculos.
ATIVIDADES
Usando o laboratório de informática da escola, o professor poderá dividir a
turma em duplas ou grupos para pesquisar os seguintes tópicos:
a) Quais são as partes da orelha?
b) Quais as funções desenvolvidas pela audição?
c) Quais os cuidados que se deve ter com nosso sentido da audição?
d) Qual a diferença entre orelha externa e orelha interna?
e) Além da audição, a orelha interna tem outro papel fundamental.Comente.
f) O que é labirintite e quais seus sintomas?
g) O que é cerúmen? Qual sua função?
h) A perfuração do tímpano pode prejudicar a audição. Por quê?
i) De que tipo de tecido é formada a orelha externa?
j) Como o ruido excessivo pode prejudicar nossa saúde?
SAIBA MAIS !
Textos complementares:
Fontes:
http://www.editoranacional.com.br/brasiliana/t acesso em 28/06/2011. Audição
http://jus.uol.com.br/revista/texto/8036/a-prot. A proteção biojurídica do trabalhadorbrasileiro exposto ao ruido – acesso em 28/06/2011
http://telecom.inescn.pt/research/audio/cienciaviva/constituicao aaudicao.htm,Acesso em 05/07/2011
Vídeos: Otorrinolaringologia - Manoel de Nóbrega
http://www.youtube.com/watch?v=CKumqeC7Ciw&feature= related
DICA DO DIA OTORRINO FALA DE ZUMBIDO COM FERNANDA F ERNANDES
http://www.youtube.com/watch?v=5VNZ43BfJ0o&feature= related
Avaliação
Avaliar implica em utilizar vários instrumentos para atingir os objetivos com os
diferentes tipos de sujeitos, que servirá para a construção de sua autonomia.
Para o professor, a avaliação servirá como um dos indicadores do seu trabalho
pedagógico, propõe desenvolver nos estudantes o espírito crítico, a capacidade de
argumentar, a organização lógica das ideias, a criatividade, a responsabilidade e a
cooperação. Deve-se utilizar tipos de avaliações adequadas e de modo contínuo.
Levar em conta o conhecimento prévio do aluno e os objetivos propostos.
Registrar a participação dos alunos nas atividades individuais e coletivas.
Promover debates para verificar o que os alunos aprenderam.
2.3– UNIDADE II – A POLUIÇÃO SONORA E O AMBIENTE ES COLAR
Objetivos: Reconhecer que a poluição sonora no ambiente escolar
compromete a saúde tanto dos alunos como dos funcionários em geral;
Verificar os efeitos negativos da poluição sonora no organismo humano;
Aplicar o questionário de caráter exploratório aos alunos do ensino fundamental e
funcionários.
Encaminhamento metodológico: Fazer uma argumentação sobre os
objetivos da pesquisa. Distribuir o questionário aos alunos para que os mesmos
possam ser respondidos no horário do recreio. Com o uso do texto e TV/Pendrive
apresentar o assunto – Poluição sonora e o ambiente escolar. Fechar a unidade
com o vídeo: “O barulho em nossa escola.”
Texto informativo
No Brasil, os problemas com o ambiente escolar referente aos aspectos
físicos e ambientais como luminosidade, temperatura, circulação de ar, ambiente
arquitetônico e sonoro ainda são tratados com pouco interesse. Todos são
relevantes para o conforto ambiental de uma escola, principalmente o aspecto
sonoro. O pouco conhecimento por parte dos gestores das escolas, professores e
alunos sobre esse tema “poluição sonora no ambiente escolar” evidencia uma
realidade preocupante. Há necessidade de que os mesmos possam, efetivamente,
pelo conhecimento, auxiliar na identificação, minimização e separação das
interferências negativas que um ambiente acusticamente inadequado possa trazer
ao processo de ensino aprendizagem e à saúde de professores e alunos.
O ambiente escolar, destinado à produção cultural e à formação do cidadão,
pode por vezes tornar-se um ambiente barulhento pelas próprias atividades de
alunos e professores. É comum nas escolas a promoção de atividades de recreação,
aulas de educação física e até mesmo jogos em locais próximos às salas de aula.
Tais atividades somadas aos ruídos ambientais e do entorno podem fazer com que
os professores elevem a intensidade da voz para que possam ser compreendidos, o
que contribui ainda mais para degradação da qualidade do conforto acústico do
ambiente.
Dentre os problemas causados pelo ruído, ressaltam-se a falta de
concentração, baixa produtividade, interferências na comunicação e dificuldade na
aprendizagem. Segundo Schick, Klatte e Meis (2000), as crianças e adolescentes
são excluídos de grande parte dos estudos realizados em larga escala sobre os
efeitos do ruído nos seres humanos. Como consequência o conhecimento dos
possíveis males que estes indivíduos podem sofrer devido à exposição a este tipo
de poluição ainda é pequeno.
Além dos prejuízos ao desempenho humano, o ambiente ruidoso também
acarreta danos à saúde, como: fadiga, nervosismo, reações de estresse, ansiedade,
falta de memória, cansaço, irritação, problemas com as relações humanas, são
efeitos observados nos seres humanos, segundo o relatório da Organização Mundial
da Saúde (WHO,1999).
Numa escola, as crianças e adolescentes em processo de aquisição de
linguagem e escrita são particularmente as mais vulneráveis aos efeitos da poluição
sonora, pois estão na fase de aquisição de vocabulário e leitura, nem sempre
compreendendo com exatidão as palavras proferidas por seus professores.
Quick e Lapertosa (1981) afirmam que “o problema do ruído deve ser
encarado seriamente, não só no ambiente industrial, mas também na comunidade
em geral, pois afeta as pessoas na sua individualidade e na coletividade, alterando
seu comportamento e relacionamento”. Para Souza (2000), milhões de cidadãos
passivos do terceiro mundo estão ficando perturbados física, mental e
psicologicamente, perdendo sua capacidade intelectual. Compromete-se o
raciocínio, a comunicação oral, a educação e o bem estar, limitando-se as
potencialidades humanas.
Outros fatores que ficam evidenciados em crianças e adolescentes são a
perda de concentração, desinteresse, mudança de comportamento, decréscimo da
capacidade de trabalho, dores de cabeça e aumento significativo no tom de voz
durante a comunicação verbal. Nos professores, além desses efeitos, constam-se
dores de garganta, rouquidão, calos nas cordas vocais entre outros males (PINTO e
FURCK, 1988).
ATIVIDADE EM GRUPO
Após a leitura do texto propor aos alunos que façam a seguinte
pesquisa:
a) Em sua escola existe Poluição Sonora?
b) Quais são as causas?
c) Qual a diferença entre som, ruido e barulho?
SAIBA MAIS
Fontes: www.suapesquisa.com/pesquisa/poluicao-sonorahtm acesso em
05/07/2011.
http://www.ecolnews.br/poluicaosonora/f acesso em 05/07/2011
Vídeos: O barulho em nossa escola. Fonte: http://www.youtube.com/watch?
v=ZvTzSuoizTk
Questionário de caráter exploratório a ser realizad o com os alunos.
Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/clipping/cuidado-o-barulho-faz-mal-
a-saude.php
1) Você acha que na sua escola existe poluição sonora?
( ) sim ( ) não
2) Você acredita que o ruido pode comprometer sua saúde?
( ) sim ( ) não
3) Você costuma ouvir som em alto volume?
( ) sim ( ) não
4) Você acha que ouvir som em alto volume faz mal?
( ) sim ( ) não
5) Conhece as leis sobre a poluição sonora?
( ) sim ( ) não
6) Você sabia que produzir barulho excessivo pode ser considerado crime
previsto em Lei?
( ) sim ( ) não
7) Você costuma ouvir música com fones de ouvidos?
( ) sim ( ) não
8) Você sabia que o uso de fones de ouvido compromete a audição, provocando
a surdez que será percebida no decorrer dos anos?
( ) sim ( ) não
9) Você já fez exame audiométrico?
( ) sim ( ) não
10) Alguns dos sintomas do excesso de ruídos são: insônia, estresse, dor de
cabeça, labirinte, irritabilidade, falta de concentração entre outros. Você
conhece alguém que sofreu ou sofre com algum desses sintomas?
( ) sim ( ) não
11) Qual setor você considera o mais barulhento?
….........................................................................................................................
Questionário de caráter exploratório a ser realizad o com os professores.
Fonte: http://aprendizesdanatureza.blogspot.com/2010/02/apreciacoes-sobre-
poluicao-sonora.html.
1) Acha que na escola existe Poluição sonora?
( ) sim ( ) não
2) Acredita que o barulho excessivo compromete sua saúde?
( ) sim ( ) não
3) Já teve insônia por causa da exposição ao ruido do ambiente escolar?
( ) sim ( ) não
4) Já precisou se afastar do trabalho devido ao estresse provocado pelos ruídos
no ambiente de trabalho?
( ) sim ( ) não
5) Já fez exame audiométrico?
( ) sim ( ) não
6) O professor(a) tem percebido alguma alteração na sua audição?
( ) sim ( ) não
7) Concorda que as salas de aula deveriam ser bem planejadas levando emconsideração a luminosidade, ventilação e principalmente a qualidadeacústica?
( ) sim ( ) não
8) Qual setor você considera o mais barulhento?
….........................................................................................................................
DINÂMICA
Sensibilizar para o trabalho em equipe.
Material: Diversas bexigas, grandes ou pequenas.
Desenvolvimento:
1. Os participantes devem estar em pé, dispostos em um círculo.
Entregue para cada um deles uma bexiga vazia e peça para encherem,
imaginando que, ao soprarem, estarão colocando dentro do balão um
problema ( uma situação vivenciada na escola, por exemplo). Todos
devem encher a bexiga.
2. Depois de cheias e fechadas, peça para o grupo simplesmente atirar
os balões para cima, em direção ao centro do círculo, mantendo-as
todas no ar, sem deixá-las cair no chão. Permita a livre movimentação
de todos para que os balões não encostem no chão.
3. Deixe o grupo “aquecer” por um ou dois minutos e vá “retirando” os
participantes um a um, ordenando que os restantes continuem a
manter os balões voando.
4. Quando não for mais possível manter todos os balões voando, encerre
a atividade e questione o grupo sobre:
- Como é trabalhar numa equipe onde todos participam?
- E como fica quando os demais membros da nossa equipe,
simplesmente resolvem não cooperar mais? Conseguiremos facilmente
dar conta dos nossos problemas?
FONTE: http://www.aglo.com.br/blog/?p=758
2.4– UNIDADE III – AS ONDAS SONORAS E A FISIOLOGIA DO OUVIDO
Objetivo: Identificar e avaliar os níveis de alterações sonoras em diferentes
momentos e locais da rotina do ambiente escolar e seus principais efeitos entre
alunos e professores.
Encaminhamento metodológico: Solicitar a participação dos alunos para conhecer
e manusear o decibelímetro, instrumento que será fundamental para registrar o nível
sonoro em diferentes momentos do ambiente escolar. Para fechar a implementação
do projeto o professor poderá fazer algumas considerações de orientação de acordo
com a necessidade do grupo e terá como apoio o texto informativo e encerrar com o
jornal mural, que será realizado com toda a turma para divulgar para a comunidade
escolar os conhecimentos obtidos.
Texto informativo
Conseguimos perceber a localização da fonte sonora porque temos duas
orelhas. O som emitido chega primeira à orelha direita e depois à esquerda e nosso
cérebro percebe esta diferença no tempo mínimo de 0,1 s, desta forma conseguimos
localizar de onde partem os sons.
O formato das orelhas permite captar as ondas sonoras e concentrá-las no
canal auditivo. Elas passam pelo canal auditivo até chegar ao tímpano, membrana
muito fina que vibra pela ação das ondas sonoras. Atrás do tímpano estão três ossos
articulados entre si (os menores do corpo humano): martelo, bigorna e estribo. A
vibração do tímpano faz esses ossos se movimentarem, transmitindo esse
movimento para a janela oval, uma membrana que se liga ao estribo. Isso faz vibrar
um líquido no interior de um tubo em forma de caracol, a cóclea. Essa vibração
excita células no interior do ouvido, originando impulsos elétricos que são enviados
ao cérebro por meio do nervo auditivo. As informações são processadas em uma
área especifica do cérebro e a pessoa tem noção do que ouve.
Qualquer problema que interrompa esse processo pode causar deficiência
auditiva desde a diminuição da capacidade de ouvir até a perda da audição (surdez).
SAIBA MAIS!
Fonte: http://wwwbarraspiaui.blogspot.com/2010/05/poluicao-sonora-e-
bebida-para-menores.html
Decibelímetro
O Medidor de Nível de Pressão Sonora (MNPS), de forma inadequada
também chamado de decibelímetro, é um equipamento utilizado para realizar a
medição dos níveis de pressão sonora, sendo que o nível de pressão sonora é uma
grandeza que representa razoavelmente bem a sensação auditiva de volume
sonoro. Atualmente no mercado brasileiro, existem equipamentos digitais capazes
de realizar medições entre 30 dB até 130 dB. O microfone é peça vital no circuito,
sendo sua função a de transformar um sinal de pressão mecânica em um sinal
elétrico. O circuito integrador do medidor deve oferecer diferentes tempos de
integração, no mínimo tempo de integração “lenta” e “rápida”. Medidores de maior
qualidade oferecem ainda o tempo de integração impulso, adequado para medições
de sinais impulsivos (disparo de arma, ruído gerado por prensa). Além da integração
no tempo, também chamada de ponderação no tempo, os medidores oferecem
diferentes curvas de ponderação na frequência. A ponderação A é a mais utilizada,
dando origem a níveis de pressão sonora ponderados em A. Para indicar que foi
aplicada a ponderação A usa-se a pseudounidade dBA.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Decibel%C3%ADmetro Acesso em: 11/07/2011
SAIBA MAIS!
Fazer leitura: Instrumentos de Medição de intensida de sonora.
Fonte: http://hermes.ucs.br/ccet/demc/vjbrusam/inst/decibel51.pdf
Acesso em: 11/07/2011
Mãos à Obra !
Após realizado pesquisas, levantamentos de dados, l eitura de textos
informativos e visualização de vídeos sobre o tema em estudo, o professor
motivará a turma na busca de imagens na internet ou imagens criadas pelos
próprios alunos para montar um jornal mural que ser á exposto no pátio da
escola. Este trabalho servirá para a divulgação da problemática, ao mesmo
tempo que, contribuirá para incentivar os alunos à refletir sobre a qualidade
sonora do ambiente escolar e propor alternativas pa ra reduzir ruídos.
Atividades
Montar com os alunos uma escala de grupos de pesqui sa para fazer a
medição dos níveis sonoros do ambiente escolar dura nte uma semana. Esta
pesquisa será realizada em diferentes momentos e lo cais da rotina escolar,
tais como antes da entrada em sala de aula , durant e a aula, no intervalo
entre as aulas, no horário de recreio e na saída do s alunos. Após realização
da pesquisa será feita a comparação dos resultados e a confirmação se
existe ou não poluição sonora no ambiente escolar. Serão montados
gráficos e tabelas com os resultados obtidos.
Fonte:http://www.sucom.ba.gov.br/noticias/sucom-promove-a%C3%A7%C3%B5es-
educativas-no-combate-%C3%A0-polui%C3%A7%C3%A3o-sonora.aspx
Fonte: http://www.brasilescola.com/biologia/poluicao-sonora.htm
Fonte: http://qzaira.blogspot.com/2010/05/poluicao-sonora.html
Fonte: http://miqueiasnunes.blogspot.com/2010_05_01_archive.html
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