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GRANDE PRÉMIO DE MACAU 60 º SEXTA-FEIRA 15.11.2013 ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO HOJE MACAU E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE GONÇALO LOBO PINHEIRO SÉRGIO FONSECA [email protected] S E nada de extraor- dinário acontecer na “arena”, as quintas- -feiras do Grande Prémio são sempre iguais, servem apenas para medir o pulso ao fim-de-semana e pouco mais. Ontem, foi um desses dias. No próximo domingo serão muito poucos aqueles que se lembrarão do que ontem aconteceu. De facto, nada de rele- vante se passou em pista e todos os favoritos, sem Uma quinta-feira de confirmações excepção, confirmaram o seu estatuto. Para gáudio dos portugueses que gostam deste desporto, António Félix da Costa esteve ao seu melhor nível, deixan- do, para quem ainda tinha dúvidas, uma mensagem clara que há que contar com ele este fim-de-semana. Felix Rosenqvist - segundo classificado o ano passado e mais rápido da F3 ontem nas curvas e contracurvas do Circuito da Guia - foi entre os “jovens lobos” aquele que mostrou maior pujança para se sobrepor ao protegido da Red Bull. Félix contra Felix, um duelo a seguir de perto e com atenção. Tiago Monteiro também fez jus ao facto de ser sempre bastante rápido no traçado que tanto adora e mesmo invulgarmente pesado este fim-de-semana fez um posi- tivo quarto lugar na sessão de testes do WTCC. No campo das confirmações, Yvan Muller não fez o melhor tempo entre os “mundialis- tas”, mas deixou no ar que há que contar com ele na luta pela vitória. Robert Huff foi uma agradável surpresa, mas o seu “velhinho” SEAT difi- cilmente deverá atormentar os mais modernos Honda e Chevrolet quando for real- mente a valer. Já o eterno Michael Rutter e Edoardo Mortara mostraram que são de outra “galáxia”, apesar da sessão de treinos dos GT’s ter sido demasiado curta para a con- corrência poder beliscar o domínio do piloto “que não se cansa de vencer em Macau”. Saldo positivo para os pilotos de Macau nas cor- ridas menos expressivas do programa. Lei Kit Meng e Michael Ho, dois velhos conhecidos do desporto motorizado da RAEM, pelas suas repetidas presenças na corrida de foram respecti- vamente os mais rápidos nas corrida da Roadsport e Taça Lotus, enquanto Mike Conway foi o mais rápido na quase despercebida “Corri- da dos Campeões”.

GP Macau #60 - IV

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Suplemento do 60.ª edição do Grande Prémio de Macau 2013 - IV

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GRANDEPRÉMIODE MACAU60 ºSEXTA-FEIRA 15.11.2013

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SÉRGIO [email protected]

S E nada de extraor-dinário acontecer na “arena”, as quintas-

-feiras do Grande Prémio são sempre iguais, servem apenas para medir o pulso ao fim-de-semana e pouco mais. Ontem, foi um desses dias. No próximo domingo serão muito poucos aqueles que se lembrarão do que ontem aconteceu.

De facto, nada de rele-vante se passou em pista e todos os favoritos, sem

Uma quinta-feira de confirmaçõesexcepção, confirmaram o seu estatuto. Para gáudio dos portugueses que gostam deste desporto, António Félix da Costa esteve ao seu melhor nível, deixan-do, para quem ainda tinha dúvidas, uma mensagem clara que há que contar com ele este fim-de-semana. Felix Rosenqvist - segundo classificado o ano passado e mais rápido da F3 ontem

nas curvas e contracurvas do Circuito da Guia - foi entre os “jovens lobos” aquele que mostrou maior pujança para se sobrepor ao protegido da Red Bull. Félix contra Felix, um duelo a seguir de perto e com atenção.

Tiago Monteiro também fez jus ao facto de ser sempre bastante rápido no traçado que tanto adora e mesmo invulgarmente pesado este

fim-de-semana fez um posi-tivo quarto lugar na sessão de testes do WTCC. No campo das confirmações, Yvan Muller não fez o melhor tempo entre os “mundialis-tas”, mas deixou no ar que há que contar com ele na luta pela vitória. Robert Huff foi uma agradável surpresa, mas o seu “velhinho” SEAT difi-cilmente deverá atormentar os mais modernos Honda e

Chevrolet quando for real-mente a valer.

Já o eterno Michael Rutter e Edoardo Mortara mostraram que são de outra “galáxia”, apesar da sessão de treinos dos GT’s ter sido demasiado curta para a con-corrência poder beliscar o domínio do piloto “que não se cansa de vencer em Macau”.

Saldo positivo para os pilotos de Macau nas cor-

ridas menos expressivas do programa. Lei Kit Meng e Michael Ho, dois velhos conhecidos do desporto motorizado da RAEM, pelas suas repetidas presenças na corrida de foram respecti-vamente os mais rápidos nas corrida da Roadsport e Taça Lotus, enquanto Mike Conway foi o mais rápido na quase despercebida “Corri-da dos Campeões”.

VOLTA DE AQUECIMENTO

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O português Félix da Costa disse ontem em Macau que vencer no-vamente a Taça Inter-

continental da FIA em Fórmula 3 no circuito da Guia seria uma “chapada de luva branca” em quem não apos-tou nele para a Fórmula 1.

Visivelmente incomodado com a situação, Félix da Costa explicou ser o “primeiro piloto na história da Red Bull, que é apoiado pela Red Bull Junior Team e não dá o último passo para a Fórmula 1 e continua na famí-lia”. “Se não damos o último passo é porque não somos bons o suficiente e mandam-nos embora e esse não foi o

TAÇA INTERCONTINENTAL FIA DE FÓRMULA 3 Félix contra FelixAntónio Félix da Costa não desapontou e ontem deixou bem claro em pista que está aqui para voltar a vencer. O piloto português não acusou o facto de não ter corrido de F3 esta temporada e, depois de ter sido o quarto nos treinos livres da manhã, foi o segundo mais rápido na primeira das duas sessões de qualificação que definem a grelha de partida para a Corrida de Qualificação que se disputa no Sábado à tarde. O piloto do Red Bull Junior Team perdeu a ‘pole-position’ provisória apenas nos minutos finais da sessão para Felix Rosenqvist, momentos antes da sessão ter sido dada por terminada, dois minutos antes do tempo, devido ao acidente nos Esses da Solidão do campeão japonês Yuichi Nakayama (Dallara-Tom’s). “Senti-me muito confortável, principalmente no segundo sector. Na minha melhor volta ainda deixei uma margem nas últimas duas curvas”, disse o piloto nórdico que conduz um dos Dallara-Mercedes da equipa alemã Mucke Motorsport. Os britânicos Alexander Sims

(Dallara-Nissan) e Harry Tincknell (Dallara-VW) partilham a segunda linha da grelha de partida provisória, enquanto a terceira linha é, por agora, pertença de Pipo Derani (Dallara-Mercedes) e Carlos Sainz Jr (Dallara-VW). O ex-GP2 Stefano Coletti (Dallara-Mercedes) e o campeão europeu Raffaele Marciello (Dallara-Mercedes), que chegou a passar pelo topo da tabela de tempos por um bom bocado, posicionaram-se na linha seguinte. A ‘pole-position’ de 2012, Alex Lynn (Dallara-Mercedes), foi apenas 26.º, após ter batido na Curva dos Pescadores ainda a sessão ia no seu início. Menos sorte teve Lucas Wolf (Dallara-Mercedes) que nem saiu das boxes após o seu carro não ter sido reparado a tempo da colisão matinal. Hoje há outra sessão de qualificação marcada para as 14h45. WTCC – CORRIDA DA GUIA DE MACAU Antigo campeão mostra que sabe Na sessão de testes do mundial de turismos Rob Huff, que o ano passado celebrou o título de campeão do mundo entre nós, foi

surpreendentemente o mais rápido no “velhinho” SEAT Léon WTCC, num circuito onde os Chevrolet e os Honda parecem muito mais à-vontade. O inglês que melhorou a sua marca por duas vezes consecutivas, fez a sua melhor volta em 2:32.147, apenas 0.071 segundos mais rápido que o Honda Civic WTCC privado de Norbert Michelisz. O favorito e já campeão Yvan Muller (Chevrolet Cruze) esteve sempre na luta pelo melhor “crono”, mas nunca foi o mais rápido. Tiago Monteiro foi o quarto classificado, após ter estado no topo da tabela de tempos logo após a bandeira vermelha causada pelo pião de Yukinori Taniguchi (Chevrolet Cruze) a meio da sessão na zona do reservatório. Limitado pelos 60 kg extra que carrega neste evento após o triunfo em Xangai há duas semanas, o português mostrou que está com ritmo para lutar pelos primeiros lugares. Stefano D’Aste (BMW 320) foi o melhor dos concorrente do Troféu dos Independentes e sexto mais rápido, enquanto Michael Soong (SEAT Léon) fez o mesmo entre os pilotos que pontuam para o Troféu Asiático. Henry Ho (BMW 320si) fez o

23.º registo e foi o melhor representante da RAEM, seguido por Ng Kin Veng (Chevrolet Cruze) e Eurico de Jesus (Honda). A sessão teve vários “momentos aflitivos” para além do acidente de Taniguchi. O veterano local Mak Ka Lok (BMW 320) fez um pião na Curva R, Konstantins Calko (SEAT Léon) e D’Aste colidiram na montanha e Franz Engstler (BMW 320) danificou o carro num ligeiro toque nas barreiras de protecção. Amanhã disputa-se a qualificação, sendo sábado dia de descanso, para domingo se realizarem as duas corridas de final de temporada.

47.ª GRANDE PRÉMIO DE MACAU DE MOTOCICLISMOAo passo de Rutter1,528 segundos foi a diferença precisa entre Michael Rutter e o segundo classificado John McGuiness na primeira das duas qualificações das motos. Se dúvidas houvessem que este será um passeio para Rutter rumo à nona vitória, então ontem esvaneceram, até porque o “The Blade” poderia ter sido ainda mais rápido se não tivesse sido atrapalhado por um concorrente mais lento no último sector da sua última

VENCER NOVAMENTE A FÓRMULA 3 NA GUIA COM DEDICATÓRIA À RED BULL

“CHAPADA DE LUVA BRANCA” caso, não dei o passo, mas querem-me manter”, garante o piloto, que vê a situação com uma questão financeira e de interesses comerciais, porque “não há um Grande Prémio em Portugal, mas há na Rússia”.

Perante a situação, Félix da Costa considera que voltar a ganhar em Ma-cau seria “reconfirmar” o seu “talento” e, “no fundo, seria uma chapada de

luva branca” por ter sido preterido.Instado a comentar se a relação

com Helmut Marko, o patrão da Red Bull Junior, ficou fragilizada, Félix da Costa não escondeu o descon-tentamento, mas defende a equipa, até porque há dois anos não tinha dinheiro nem para correr em GP3 e foi Helmut Marko e a Red Bull que o apoiaram. “Obviamente que estou

muito decepcionado, mas isto ainda não acabou, vou continuar com um pé metido na Fórmula 1 e se algum deles errar eu vou estar ali para entrar no lugar deles e acho que é isso que temos de garantir”, afirmou.

Confrontado directamente sobre se o sonho da mais importante cate-goria do automobilismo tinha ficado adiado por dinheiro ou por talento,

Félix da Costa respondeu apenas: “Tirem as vossas conclusões com o que acabei de dizer”.

SEGUNDO LUGAR DA ‘POLE’ PROVISÓRIA Nos treinos cronometrados de on-tem, que irão “combinar” com a segunda qualificação de sexta-feira, Félix da Costa foi 111 milésimos de segundo mais lento do que o sueco

60 ºGP

hoje macau sexta-feira 15.11.2013

POR SÉRGIO FONSECA

volta rápida. 2:25.975 será a marca a bater amanhã. “A minha mota estava boa, mas ainda há coisas para fazer para amanhã. A pista estava bastante limpa, nunca a encontrei assim, provavelmente deve-se ao facto de se terem realizado corridas o fim-de-semana passado”, disse Rutter aos jornalistas. Mais interessante será com certeza a luta pela segunda posição. McGuiness bateu Martin Jessop por apenas 0,064 segundos, num “Top-5” constituído por cinco motociclistas ingleses. Ian Hutchinson e James Storrar, que se queixou da sua lenta adaptação ao circuito, não ficaram longe. Os dois portugueses obtiveram posições modestas, mas outra coisa não era de esperar, pois a ambição de ambos é qualificarem-se para a corrida e terminarem a corrida de domingo. O estreante André Pires fez o 23.º registo e Nuno Caetano, a recuperar de uma operação cirúrgica, foi 32.º e último.

CITY OF DREAMS TAÇA GT MACAUObviamente MortaraEdoardo Mortara (Audi R8) fuzilou a concorrência

na sessão de treinos livres da Taça GT Macau. Na sua última volta, o franco-italiano, vencedor das duas últimas edições da corrida, rodou em 2:20.138, cerca de 2,5 segundos mais rápido que o seu mais directo adversário nesta sessão, o alemão Maro Engel (Mercedes SLS). Seguiram-se na classificação Jorg Muller (BMW Z3), que se queixou de não ter feito uma volta limpa e optou por não arriscar, Earl Bamber (Posche 911 GT3 R), o vencedor da corrida da Taça Porsche Carrera Ásia do fim-de-semana transacto, e Renger Van der Zande (Mercedes SLS). Numa corrida em que a guerra dos fabricantes está ao rubro, a Michelin, que equipa o Audi favorito e os BMW, superiorizou-se à rival Yokohama, que fornece a Mercedes-Benz e a Aston Martin. Entre os concorrentes do campeonato GT Asia Series, Marchy Lee (Audi R8) de Hong Kong foi o mais lesto e oitavo da geral, superando o jovem chinês Li Zhi Cong (Porsche 911 GT3 R), que lidera o campeonato e que pode sair da RAEM com o título asiático no bolso.

CORRIDA COTAI STRIP RESORTS LOTUS GRANDE CHINA Ho dá o moteMichael Ho deu o mote na corrida que deveria ser para os pilotos da Grande China, mas que há última da hora abriu a porta um participante inglês. O piloto de Macau com mais participações na corrida de F3 fez o melhor tempo entre os vinte seis Lotus Elise que pela manhã se fizeram ao asfalto e bateu por 1,8 segundos o ex-piloto do WTCC Kevin Chen de Taiwan. Do alto dos seus setenta e muitos anos, Albert Poon mostrou que “quem sabe, nunca esquece” e fez o terceiro melhor tempo.

MACAU ROAD SPORT CHALLENGE – SUNCITY GROUPPara os da casaO ex-piloto de F3 de Macau Lei Kit Meng (Mitsubishi Evo9) foi o mais rápido numa sessão de treinos livres que, para não variar, teve alguns incidentes, e em que os quatro primeiros ficaram separados por apenas um segundo, o que deixa antever uma qualificação animada para a manhã de hoje. Samuel

Hsieh (Subaru Impreza WRX) foi o segundo mais lesto, terminando à frente dos favoritos Tatsuya Tanigawa (Mazda RX8) e Sun Tit Fan (Mitsubishi Evo10). Os macaenses Hélder Assunção (Mitsubishi Evo9) e Luciano Lameiras (Mitsubishi Evo8) foram 15.º e 32.º respectivamente, sendo que o último foi uma das vitímas do traiçoeiro Circuito da Guia.

SCIROCCO R CHINA MASTERS CHALLENGE Conway mais que os outrosMike Conway foi o mais rápido entre os participantes da corrida VIP. O inglês rodou em 2:48.692, um tempo muito mais lento que aqueles que lhe valeram a vitória no Grande Prémio de Macau de F3 em 2006. Nicola Larini e Duncan Husiman, dois “expert” das corridas de Turismo, seguiram-se na tabela de tempos, superando rivais de outros tempos, como Steve Soper e Alain Menu. A guiar o VW Scirocco R Cup pela primeira vez, o português Ni Amorim, que já não conduzia no Circuito da Guia desde a administração portuguesa, obteve um respeitável 12.º tempo.

VENCER NOVAMENTE A FÓRMULA 3 NA GUIA COM DEDICATÓRIA À RED BULL

“CHAPADA DE LUVA BRANCA”

MARCO [email protected]

E M Macau, Michael Rutter é sinónimo de vitórias. Nin-guém subiu por tantas vezes

ao patamar cimeiro do pódio como o piloto britânico e no regresso ao traçado da Guia, “The Blade” não defraudou. Michael Rutter precisou de apenas duas sessões de treino para bater o tempo com que há um ano alcançou o seu oitavo triunfo no asfalto do território. O britânico da SMT Racing cumpriu a volta mais rápida aos mais de seis mil metros da Guia num tempo de 2:25:975, deixando a restante concorrência a uma abissal distância de mais de um segundo e meio. Rutter diz-se preparado para voltar a fazer história no traçado da RAEM mas não espera um fim-de-semana fácil, até porque as condições no circuito se podem alterar num abrir e fechar de olhos: “Não é fácil, deixe que lhe diga.

“THE BLADE” DEIXOU MCGUINESS A UM SEGUNDO E MEIO

ACELERAR PARA NOVA VITÓRIA

Felix Rosenqvist, e 300 milésimos mais rápido que o britânico Alexan-der Sims.

Felix Rosenqvist fez a sua melhor volta à pista da Guia em 2.12,751 minutos, seguido de Félix da Costa, com 2.12,862 minutos e por Alexan-der Sims, com 2.13,196 minutos.

No final do treino, Félix da Costa disse aos jornalistas que guardou

para sexta-feira os melhores pneus para a qualificação. “Sexta-feira é, historicamente, o dia da verdadeira qualificação porque a pista melhora, tudo melhora. Foi excepção o ano passado quando fiz o meu tempo na quinta-feira, mas acho que este ano a pista está bem melhor, a evolução é bem maior e por isso guardamos os nossos pneus para amanhã [sexta--feira], não apostava estar tão na fren-te hoje [ontem]”, disse o português.

Félix da Costa, que em Macau, na Carlin, faz equipa com o malaio Jazeman Jaafar, o britânico Harry Tincknell, o canadiano Nicholas Lafiti e o espanhol Carlos Sainz Junior, defende a equipa e susten-ta que, trabalhando todos juntos, poderão dar o “último ‘step’ para estar em primeiro”. “Se não der [a ‘pole-position’] temos de estar ali perto porque em Macau acho que a ‘pole-position’ não é crucial, mas estar ali nos três ou quatro primeiros acho que é importante”, assinalou.

Depois da vitória de 2012, Félix da Costa chega a Macau com o mesmo objectivo, mas considera que não é vantagem porque é o “piloto a abater”, o que obriga a abstrair da “pressão” e a concentrar no objectivo final, porque “só conta o resultado no domingo”.

Como adversários directos, e após a primeira qualificação, Félix da Costa elege Felix Rosenqvist, segundo de 2012 e que ontem con-quistou a ‘pole’ provisória, bem como o britânico Alex Lynn, terceiro de 2012, mas que ontem bateu e acabou por não andar muito. “É complicado. Mesmo aqui dentro da equipa temos pilotos muito fortes como Harry Tincknell, Sainz ou o Jaafar”, fora outros, como o brasilei-ro Pipo Derani, colega do português durante vários anos.

Mas como ‘prognósticos só no fim do jogo’, Félix da Costa reser-va para sexta-feira a definição dos adversários mais directos.

Demos o nosso melhor, mas não sabemos o que vai acontecer sexta--feira com o tempo. Parece que vai chover e com água e a possibilidade de óleo no asfalto, torna-se tudo mais complicado”, sustenta Rutter.

O piloto reconhece, no entanto, que é sempre importante entrar bem em Macau e diz-se preparado para a eventual réplica dos adversários: “Tentámos fazer um bom tempo hoje e acabámos por conseguir, mas sabemos que os outros vão tentar rodar mais rápido e já hoje foram melhorando. Conseguimos uma van-tagem de um segundo e meio sobre os outros rapazes, mas vamos ver como corre”, assegura o octovencedor do GP de Motociclismo do território.

Michael Rutter deixou a con-corrência a quase dois segundos de distância, uma parcela de tempo que corresponde a uma eternidade nas lides das duas rodas. O veterano John McGuiness firmou o segundo melhor tempo nas curvas e contra-

-curvas da Guia, ao cumprir uma volta ao traçado da RAEM em 02:27:03. Apesar de se manter no encalço de Rutter, o piloto da Honda TT Legends reconhece que não será fácil levar a melhor sobre o adversário numa pista tão exigente como é o traçado da Guia: “Só no fim da classificativa é que me senti realmente confortável e me senti a competir de uma forma mais fluida. Acabei com o segundo tempo , numa boa posição, mas o Michael é forte desde o início. Não vejo ninguém com capacidade para rodar mais depressa em Macau. Vou tentar encurtar a distância e espero poder dar-lhe luta na corrida, mas não será fácil”, consente McGuiness.

O piloto agarrou o segundo me-lhor tempo do dia com uma vantagem de apenas sessenta e quatro milésimos de segundo para o terceiro classifi-cado, Martin Jessop. Aos comandos de uma Yamaha, Ian Hutchinson foi quarto, a quase três segundos de Michael Rutter.

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GP• 15 DE NOVEMBRO (HOJE) 6h - Fecho do Circuito6h30/7h - Inspecção do Circuito7h30/8h15 - Treinos do 47.º Grande Prémio de Motos de Macau - Star River•Windsor Arch (cronometrados)8h30/9h - Treinos livres do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Corrida da Guia de Macau – apoio Star River•Windsor Arch9h20/9h50 - Treinos da Corrida Cotai Strip Resorts Lotus Grande China (cronometrados)10h10/10h40 - Treinos da Macau Road Sport Challenge – Suncity Group (cronometrados)11h/11h45 - Treinos livres do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3–Star River•Windsor Arch12h15/12h45 - Treinos livres do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Corrida da Guia de Macau – apoio Star River•Windsor Arch13h05/13h35 - Treinos de Masters Challenge Scirocco R China (cronometrados)13h55/14h25 - Treinos da Taça GT Macau - City of Dreams (cronometrados)14h45/15h15 - Treinos do Grande Prémio de Macau de Fórmula 3–Star River•Windsor Arch (cronometrados)15h35/16h25 - Treinos do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Corrida da Guia de Macau – apoio Star River•Windsor Arch (cronometrados)18h30 - Abertura do Circuito

• 16 DE NOVEMBRO (AMANHÃ) 6h - Fecho do Circuito6h30/7h - Inspecção do Circuito

7h30/7h50 - Treinos livres do 47.º Grande Prémio de Motos de Macau - Star River•Windsor Arch8h20/9h20 - Corrida Cotai Strip Resorts Lotus Grande China - 10 voltas9h50/10h50 - Macau Road Sport Challenge – Suncity Group - 10 voltas11h20/12h20 - Masters Challenge Scirocco R China - 8 voltas12h50/13h10 - Treinos da Taça GT Macau - City of Dreams (cronometrados)14h/14h50 - Grande Prémio de Macau de Fórmula 3–Star River•Windsor Arch– (Prova Classificativa) - 10 voltas15h30/16h30 - 47.º GP de Motos de Macau - Star River•Windsor Arch – 15 voltas18h30 - Abertura do Circuito

• 17 DE NOVEMBRO (DOMINGO) 6h - Fecho do Circuito6h30/7h - Inspecção do Circuito7h15/7h40 - Treinos livres7h55/8h05 - Treinos livres da Taça GT Macau - City of Dreams8:30/8:45 - Treinos livres do Campeonato do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Corrida da Guia de Macau – apoio Star River•Windsor Arch9h20/10h20 - Taça GT Macau - City of Dreams – 12 voltas10h45/13h - Campeonato do Mundo de Carros de Turismo da FIA – Corrida da Guia de Macau–apoio Star River•Windsor Arch - 2 corridas de 9 voltas com 15 minutos de intervalo13h40/14h40 - Evento Especial15h10/15h25 - Dança do Leão15h30/16h30 - Grande Prémio de Macau de Fórmula 3–Star River•Windsor Arch – 15 voltas18h30 - Abertura do Circuito

STAR RIVER • WINDSOR ARCH 60.º GRANDE PRÉMIO DE MACAU | PROGRAMA PROVISÓRIO

* O programa está sujeito a alterações sem aviso prévio. ** Se as condições permitirem a abertura do circuito, antes da hora marcada, será anunciado.

O circuito da Guia em Macau “é uma pista muito difícil” que nos dias de hoje, tal como outros circuitos citadi-nos, não seria homologado, defendeu o empresário Domingos Piedade em declarações à agência Lusa.Em Macau como convidado do 60.º aniversário do Grande Prémio de Macau, Domingos Piedade, que no início de 1990 chegou a trazer ao território os Mercedes da AMG e que há vários anos está ligado aos grandes eventos internacionais do automobilismo, sustenta, no entanto, que circuitos míticos como Macau ou Monte Carlo “terão de ser mantidos”, mas “sempre e quando” a segurança estiver garantida. “É uma pista muito difícil. Eu diria que, se hoje tivéssemos de partir do zero, uma pista como esta em Macau não seria mais homolo-gada. Nem esta nem Monte Carlo”, sublinhou ao referir-se aos dois traçados citadinos como “tradições” que devem ser mantidas “sempre e quando a parte de segurança não seja demasiado arriscada, o que não é o caso em Macau, sobretudo porque é um evento extraordinariamente bem organizado”.A dificuldade da pista e a exigência de condução em pistas ladeadas por muros ou rails de protecção,

com poucas escapatórias e muito exigentes em termos físicos para os pilotos, é também razão suficiente para Domingos Piedade considerar que deveriam existir apenas corridas de automóveis, deixando cair a prova de motos. “Gosto muito de motas, mas motas em Macau teria [os meus] pon-tos de interrogação muito grandes. Não conheço outros, de rua, onde andem motos e Macau era preferível fazer só automóveis”, disse.Nas memórias de Domingos Piedade sobre as corridas em Macau com carros da Mercedes estão vários episódios, mas para justificar a dificuldade da pista local conta uma passagem da AMG no circuito da Guia em 1992. “Uns dias antes fomos dar uma volta ao circuito a pé e vinha também um amigo meu, o Willy Kauhsen, que, na chegada à curva do mandarim [a curva mais rápida do circuito], ouviu o Claus Ludwig dizer que achava que aquela curva seria feita com o pé em baixo”, ou ‘prego a fundo’, explicou.Ao ouvir a opinião do então piloto da Mercedes, Willy Kauhsen foi simples na resposta: “É pé em baixo, mas a seguir tens meia hora de ‘safety car’”.Já na corrida, recorda ainda Domingos Piedade, o “tiro saiu pela culatra” para os carros da Mercedes devido a batidas e seria Ni Amorim a salvar a honra do convento germânico ao conquistar o quarto lugar para a ‘escuderia’ e a ser o único piloto da equipa a terminar a prova.

Domingos Piedade Circuito de Macau é muito difícil e hoje poderia não ser homologado

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Ontem, entre os treinos cronometrados da Fórmula 3 e os treinos, igualmente cronometrados, das motas, surgiu junto à curva do Hotel Lisboa um autêntico malabarista. Peões, cavalinhos, piruetas. Proezas que, certamente, não estão ao alcance de todos, muito menos em cima de uma motorizada.

MALABARISMOSE ACROBACIAS LDA.

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