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Gramíneas Tropicais
Qual o histórico do uso das gramíneas tropicais no
Brasil?
HISTÓRICO
Início do século: derrubada de matas e plantio via vegetativa
Capins predominantes: gordura (Melinis minutiflora) nas áreas
de cerrado menos férteis colonião e guiné (Panicum maximum)
nos solos férteis de mata
jaraguá (Hyparrhenia rufa) nos solos melhores e de origem basáltica
angola (Brachiaria mutica) em solos úmidos e de boa fertilidade
quicuio (Pennisetum clandestinum) solos férteis de áreas sub-tropicais
“CICLO DOS CAPINS”
Décadas 50 e 60 pangola (Digitaria decumbens) Cynodon coast-cross 1 e coastal capim-elefante (Pennisetum
purpureum) guatemala (Tripsacum laxum)
Década de 70 Panicum (green-panic, makueni) setária (Setaria sphacelata) cvs.
Kazungula, narok e nandi Braquiarias (Brachiaria decumbens, B.
ruziziensis, B. humidicola)
“CICLO DOS CAPINS”
Década de 80 e 90 Brachiaria brizantha cv. Marandú Andropogon gayanus cv. Planaltina Panicum maximum cv. Tobiatã,
Tanzânia-1, Centenário, Vencedor, Aruana.
“CICLO DOS CAPINS”
Quais as principais espécies utilizadas no
Sul ?
decumbens
Algumas gramíneas mais utilizadas
CAPIM COLONIÃO
Panicum
+ de 500 sp no mundo origem : África introdução : fim do século XVIII através
dos navios negreiros
ESPÉCIES E VARIEDADES
Panicum maximum Jacq. (capim colonião)
exigente em fertilidade do solo, preferência por solos leves, de boa
umidade, não tolerando ambientes alagadiços
não resiste bem a baixas temperaturas e regiões com menos de 1000 mm
Grande estacionalidade da produção alta proporção colmo/folha hábito cespitoso na grande maioria perene
CULTIVARES
Tobiatã (IAC) Centenário (IAC-1986) : híbrido Centauro (IAC-1988) : híbrido Aruana (IZ-1989): porte menor, colmos
finos e emite estolões Vencedor (CPAC-1990): solos de média
e alta fertilidade
Tanzânia (CNPGC-1990) Mombaça (CNPGC-1993)
CULTIVARES
Tanzânia
Características de algumas cultivares
Gatton Panic introduzido da Austrália pouco resistente à seca porte baixo (60 a 80 cm) RS: “colonião de luxo” ; alta qualidade
Características de algumas cultivares
Green Panic introduzido da Austrália bastante resistente à seca porte baixo (60 a 130 cm) coloração verde-clara
Características de algumas cultivares
Makueni origem: Quênia adaptação a condições sub-tropicais exige precipitações acima de 1000 mm tolerância a temperaturas mais amenas pêlos curtos e macios nas folhas atinge 1,50 m de altura
Qualidade de variedades do gênero Panicum
Águas Secas
PB (%)folhas
PB (%)colmos
PB (%)folhas
PB (%)colmos
Colonião 14,6 9,5 12,4 6,3
Tobiatã 11,5 8,3 9,8 6,0
Tanzânia 12,0 10,1 9,0 5,0
Euclides et al. (1995)
Qualidade de variedades do gênero Panicum
Águas Secas
DIVMO(%)
folhas
DIVMO(%)
colmos
DIVMO(%)
folhas
DIVMO(%)
colmosColonião 61,0 56,4 54,5 47,7
Tobiatã 58,1 49,1 50,2 43,2
Tanzânia 60,5 55,8 55,0 48,6
Euclides et al. (1995)
Consumo e tempo de pastejo de novilhos em Panicum
Águas Secas
Consumo(% pv)
Tempode
pastejo(min)
Consumo(% pv)
Tempode
pastejo(min)
Colonião 2,88 520 2,16 610
Tobiatã 2,77 490 1,92 580
Tanzânia 2,83 525 2,10 590
Euclides et al. (1991, 1993)
Ganho de peso de novilhos (kg/an/dia) em variedades do gênero Panicum
Águas Secas
Colonião 0,701 0,089
Tobiatã 0,617 0,052
Tanzânia 0,732 0,2310,052
Euclides et al. (1991, 1993)
Avaliação de Panicum (6 locais; 2 anos)
Águas Secas
MS total(t/ha)
MSfolhas(t/ha)
MS total(t/ha)
MSfolhas(t/ha)
Colonião 7,8 2,8 3,2 1,2
Mombaça 9,6 5,2 2,9 1,8
BRA7102 9,0 5,5 2,8 2,0
Vencedor 7,2 3,1 2,9 1,5
Tobiatã 8,7 4,5 2,7 1,7
Tanzânia 9,3 4,9 2,6 1,7
Taxas de crescimento de variedades dePanicum (Santos et al.,1999)
0
50
100
150
200
250
27 set-13nov
14 nov-31dez
1 jan-17fev
18 fev-5abr
6 abr-23mai
Época do ano
Taxa d
e a
cré
scim
o (
kg
de
MS
/ha/d
ia
Mombaça Tanzânia
Utilização
Sugestão da EMBRAPA (Jank, 1995) “Mombaça tem porte mais alto e maior
produção em relação ao Tanzânia e poderá ter muito êxito em sistemas de pastoreio intensivo e rotacionado com deposição de nutrientes...”
Utilização
Sugestão da EMBRAPA (Jank, 1995) “O Tanzânia é mais fácil de ser
manejado, seu porte menor e abundância de folhas permite pastejo uniforme em toda área, sem perigo de se acumularem reboleiras rejeitadas pelos animais...”
BERMUDAS E ESTRELAS
O gênero Cynodon
Hábito de crescimento prostrado origem africana uso em pastejo e feno estrelas (sem rizomas) e bermudas
(com rizomas)
Coastcross-1
Melhoramento específico visando qualidade
híbrido entre Cynodon dactylon cv. Coastal e Cynodon nlemfunsis var. robustus;
certa tolerância a frio; bom feno e exigente em fertilidade
Produção de MS e eficiência de conversão do N em Coast-cross 1
Kg N/ha/ano MS t/ha/ano Kg MS/kg N
0 12,0 -
200 24,4 62
400 32,6 51
600 35,4 39
Monteiro (1996)
Qualidade da dieta de novilhos em pastagens de Tifton
Tifton 78 Tifton 85
PB (% MS) 11,9 11,4
FDN (% MS) 73,1 75,4
Digestibilidade
(%MS)
58,8 61,9
Hill et al. (1996)
Produção animal em pastagens de Tifton
Tifton 78 Tifton 85
Lotação 7,8 10,8
GMD (g/dia) 650 670
Ganho/ha
(kg PV)
789 1156
Dias de
pastejo
169 169
Hill et al. (1996)
Produção de animal em pastagens de bermuda
Florakirk Florico Florona
Lotação 6,4 7,1 7,5
GMD
(g/dia)
390 550 430
Ganho/ha
(kg PV)
541 812 667
Vilela & Alvim (1996)
Características dos Cynodon recentemente introduzidos no Brasil
Características Tifton 68 Tifton 85 Florona Florico Florakirk
Geada Fraca Muito boa Fraca Fraca Muito boa
Fogo Fraca Boa Razoável Razoável Boa
Doenças Boa Muito boa Boa Boa Muito boa
Acidez Fraca Fraca Razoável Razoável Fraca
Déficit hídrico Razoável Muito boa Boa Razoável Boa
Cigarrinha Susceptível Moderad/te
susceptível
Moderad/te
susceptível
Moderad/te
susceptível
Moderad/te
resistente
Fechamento
do solo
Razoável Muito bom Muito bom Bom Ótimo
Mickenhagen & Soares Filho (1995)
Cultivares de Tifton
Tifton 44: hastes e folhas pequenas tolerância a frio grande quantidade de rizomas lento estabelecimento
Cultivares de Tifton
Tifton 68: hastes grossas e folhas largas pouca tolerância a frio pouca quantidade de rizomas dossel aberto de coloração verde-clara
Cultivares de Tifton
Tifton 85: híbrido resultado do cruzamento da
Tifton 68 com uma introdução da África do Sul
coloração verde-escura, porte relativamente alto
hastes maiores e mais largas que a Tifton 44
Cultivares de Tifton
Tifton 85: alta produtividade qualidade discutível...
Diferenças morfológicas principais entre Tifton 68 e Tifton 85
Características Tifton 68 Tifton 85Folhas Maiores, pêlos
compridos emgrande
quantidade, largase de cor verde
mais claro
Menores, compêlos bem curtos,mais estreitas, corverde acinzentado
Estolões Grossos compigmentação roxa
pronunciada
Médios, vigorosose com pouca
pigmentação roxaRaízes Sem rizomas Com rizomas (que
permitem rebrotemais rápido após
pastejo)
CPAF (1996)
Quantidade MudasBermudas
3m3 por ha 3 mudas/m2
– Haste com 10 gemas
Tropicais
Lançamento diretamente sem processo manipulação genética
A. gayanus cv. Planaltina B. brizantha cv. Marandú B. decumbens cv.Basilisk B. humidicola cv. IRI-409 H. altissima cv. EMPASC-302 Pequena variabilidade genética qdo.
comparadas com temperadas: apomixia
CAPIM ELEFANTE
Pennisetum purpureum
Perene, de hábito cespitoso podendo atingir até 6 metros de altura !
Desenvolve touceiras de 20 a 200 perfilhos, com colmos cilíndricos e cheios;
folhas atingem 1,25 m de comprimento e 4 cm de largura !
Propagação vegetativa
Pennisetum purpureum
Boa qualidade exigente em fertilidade do solo alta produção (>30 t MS) corte e pastejo Napier, Merker, Mineiro, Porto Rico,
Taiwan A-144, Taiwan A-148, Vruckwona, Roxo e Mott
Grupos Capim Elefante
Cameroon: touceiras densas, ereto, colmos grossos, afilhos basilares, folhas largas e tardio.
• Cameroon, Wruckwona
Napier: touceiras abertas, oriundo do anterior• Napier, Mineiro, Taiwan
Merker: menor porte, colmos e folhas finas, florescimento precoce
• Merker, Merkeron
Anão: porte baixo• Mott
Híbridos: milheto x c. Elefante: cv. Paríso
Quantidade de Mudas
Ex. 1 Cv. Mott (Almeida et al., 1990)– Estacas com 3 nós, 30cm entre estacas e
50cm entre linhas• 1m2 10m2
• 1500kg/ha (1kg colmos = 30 mudas)– 70 cm entre linhas, pé com ponta
Quantidade de Mudas
Ex. 2 Elefante Comum (Carvalho & Mozzer, 1971)
Quantidade = CxP/dxD– C = tamanho muda (m); D = distância entre linhas– P = peso de 1m linear colmos; d = distância entre
mudas linha– Pé com ponta em linhas: C=2,0m; p=0,2 kg; D=1,2m;
d=1,0m• Q= 3,333kg/ha
– Estacas em sulcos: C=0,4m; p=0,2kg; D=1,2m; d=1,0m• Q=700kg/ha
Resposta Napier ao N, Cortes 60 dias Intervalo, média 3 anos (Vicente-Chandler, 1964)
MS PB N Recuperado
MS/N
Kg/ha/ano % Kg/kg
0 16980 6,5 --- ---
224 27590 7,2 63,8 47,3
448 41170 7,9 76,4 60,6
897 49950 9,7 66,9 19,6
1345 52210 11,9 61,0 5,0
2242 52260 13,8 43,6 ---
800 1100 1400 1700 2000 2300 2600
Resíduo de MS de Lâminas Verdes (kg/ha)
Y = 0,6973 + 0,0662x - 0,00317x²R² = 0,97Pm (10,4; 1,04)
Y = 1638,4663 - 52,0796xR² = 0,93
Ganho médio diário ( ) e ganho de peso vivo por hectare( ) de uma pastagem de capim elefante anão cv. Mott, sob quatro níveis de oferta de forragem, no período de out./94 a abr./95 (Pm = ponto de máxima ou de mínima).(ALMEIDA, 1997)
Brachiaria + de 90 espécies origem : leste da África 40 milhões de ha no Brasil sendo 85%
ocupado com Brachiaria decumbens cv. Basilisk e Brachiaria brizantha cv. Marandu
plantas pouco tolerantes a baixas temperaturas, não sendo indicadas em regiões onde ocorram geadas fortes
temp. abaixo de 25 graus crescimento
Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich) Stapf
cv. Marandu e MG-4 atualmente é responsável pelo maior
volume de sementes forrageiras comercializadas no país;
lançada pela EMBRAPA em 1984 como alternativa para cerrados de média e boa fertilidade
comum: brizanta ou brizantão
Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich) Stapf
perene, plantas cespitosas e robustas atingindo 1,5 m de altura
colmos inicias prostrados mas produz afilhos predominantemente eretos;
tolerante a altas saturações de alumínio; solos de textura média ou arenosa são
mais adequados;
Brachiaria brizantha
considerada resistente a cigarrinha das pastagens e formiga cortadeira
não tolera solos encharcados e é susceptível a geadas;
boas consorciações com Arachis, estilosantes e puerária;
produção de forragem de 8 a 15 t de MS com 9 a 11% de PB e 50 a 60% de DIVMS;
Brachiaria brizantha
Rizomas curtos e encurvados 1,6 a 2,5 kg de SPV/ha profundidade de 2 a 4 cm.
Produção de animal em pastagens de braquiária brizanta
Águas
(153 dias)
Seca (140
dias)
Carga animal
(UA/ha)
4,4 2,3
GMD
(g/dia)
519 293
Ganho/ha
(kg PV)
399 293
CPAF (1996)
Brachiaria decumbens cv. IPEAN
cv. IPEAN foi introduzida em 1952 erroneamente identificada como B. brizantha;
perene, 30 a 60 cm de altura, prostrada emitindo raízes adventícias e brotos nos nós inferiores e com folhas macias e folhas densamente pilosas
baixa produção de sementes...
Brachiaria decumbens cv. IPEAN
Rizomas apresentam-se na forma de nódulos
mais decumbente quando comparada com Basilisk
Brachiaria decumbens cv. Basilisk
introduzida da Austrália cultivar perene que atinge 60 cm a 1 metro
de altura, sub-ereta com grande quantidade de estolões; rizomatosa
folhas rígidas e esparsamente pilosas boa produção e germinação de sementes rizomas na forma de pequenos nódulos e
grande quantidade de estolões
Brachiaria decumbens cv. Basilisk
Alta produtividade em solos ácidos de baixa fertilidade, com ótima adaptação a solos de cerrado;
elevada disseminação através da ressemeadura natural
susceptível à cigarrinha das pastagens não tolera solos encharcados; casos de fotossensibilização em animais
jovens
Brachiaria decumbens cv. Basilisk
Estabelecimento por sementes ou mudas (1,5 a 1,8 kg SPV/ha)
Braquiária humidícola
Brachiaria humidicola
Origem de zonas de elevadas precipitações do leste da África
perene, hábito de crescimento semi-ereto a prostrado;
estolões fortes, longos e de cor púrpura com grande número de gemas rente ao solo que enraízam com facilidade
agressiva e de pouca compatibilidade com leguminosas
Brachiaria humidicola
Baixa qualidade; tolerante às cigarrinhas; tolera excessos de umidade mas não o
alagamento prolongado boa tolerância à seca, sombreamento e
queima baixo desempenho animal
Qualidade de variedades do gênero Brachiaria
Águas Secas
PB (%)folhas
PB (%)colmos
PB (%)folhas
PB (%)colmos
B.
decumbens
12,0 7,1 8,8 4,6
B.
brizantha
11,1 6,0 8,1 3,8
Euclides et al. (1995)
Qualidade de variedades do gênero Brachiaria
Águas Secas
DIVMO(%)
folhas
DIVMO(%)
colmos
DIVMO(%)
folhas
DIVMO(%)
colmosB.
decumbens
63,6 51,9 48,4 45,7
B.
brizantha
62,1 52,4 57,7 44,2
Euclides et al. (1995)
Consumo e tempo de pastejo de novilhos em Brachiaria
Águas Secas
Consumo(% pv)
Tempode
pastejo(min)
Consumo(% pv)
Tempode
pastejo(min)
B.
decumbens
2,65 565 1,98 595
B. bizantha 2,76 465 2,01 605
Euclides et al. (1991, 1993)
Ganho de peso de novilhos (kg/an/dia) em Brachiaria brizantha
Águas Secas
1, 8 UA 583 238
1,4 UA 555 1790,052
Zimmer (1986)
Ganho de peso de novilhos (kg/ha/308 dias) em Brachiaria brizantha
Águas Secas
1, 8 UA 318 108
1,4 UA 395 1060,052
Zimmer (1986)
Ganho de peso de novilhos em Brachiaria decumbens
Águas Secas
Lotação GMD(G/dia)
G/ha GMD(G/dia)
G/ha
2 an/ha 552 182 240 340,052
Zimmer (1986)
Milheto
Pennisetum americanum
Milheto :anual Alta qualidade exigente à fertilidade do solo alta produção (10 a 18 t MS) hábito cespitoso, preferindo solos
arenosos a argilo-arenosos tolerância a períodos secos
Desempenho de novilhos em milheto
Oferta
% PV
ResíduoMS
kg/ha
GMDkg/dia
G/ha
4,0 1234 0,63 295
6,0 1380 0,67 333
8,0 1886 1,01 415
10,0 1991 1,03 475
Moraes e Maraschin (1988)
Desempenho de novilhos em milheto
N kg/ha MSkg/ha
GMDkg/dia
G/ha Cargakg/ha
0 8463 1,05 497 1049
150 15487 0,98 734 1699
300 15382 1,02 959 2061
450 17648 1,06 1240 2600
600 17153 1,12 1060 2112
Heringer (1995)
Ganhos de Peso Diário e por ha de Pastagens Perenes de Verão e de Milheto no Verão e Outono (Duarte, 1980)-EEA
Kg/an./dia Kg/ha
Espécies Verão Outono Verão Outono
Pangola 0,437 a 0,141 b 459 a 30 b
Pensacola 0,294 b 0,080 b 310 a 14 b
Bermuda 0,339 b 0,054 b 399 a 16 b
Milheto 0,703a 131 a
Produções de MS de Espécies de Verão Durante o Outono e Verão (Duarte, 1980)-EEA
MS-kg/ha
Estação Pangola Pensacola Bermuda Milheto
Verão 8054 5616 7153 -----
Outono 315 0 367 4359
Verão-Outono
8369 5616 7520 4359
Gramíneas Perenes de Verão e Milheto sob Pastejo (Duarte, 1980)-EEA
Verão Outono
Pensacola Pensacola
Bermuda Bermuda
Pangola Pangola
Milheto
Semeadura milheto 19/2/79
Digitaria decumbens
Capim pangola : origem africana perene de boa qualidade exigente à fertilidade do solo alta produção de forragem hábito de crescimento prostrado
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
3 6 9 12 15 18
Oferta de forragem em % do peso vivo
Gan
ho
mé
dio
diá
rio
- g
/an
imal
/dia
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Gan
ho
de
pe
so
- k
g/h
a
Ofertas de forragem e o ganho médio diário por cabeça e ganho por hectare numa pastagem de pangola e trevo branco. ( MORAES E MARASCHIN, 1993)
Produção de Pangola + T.Branco +Azevém- Jun-Nov.89-EEA
Oferta(t/ha)
GMD-g Lotação
UA/ha
G/ha
kg
Kg MS/ha
Baixa(1,0)
100 3,6 187 34
Média (1,5-2,0)
440 2,6 384 28
Alta (2,5-3,0 )
777 3,1 700 47
M.Alto (>3,0 )
890 2,2 531 44
Terneiros desmamados, PMI 180kg/cab. Moraes & Maraschin, 1990
Produção de Pangola com Nitrogenio (75kg/ha)- Nov.89-Mar.90-EEA
Oferta(t/ha)
GMD-g Lotação
UA/ha
G/ha
kg
Kg MS/ha
Baixa(1,0)
184 5,8 270 62
Média (1,5-2,0)
626 4,0 523 62
Alta (2,5-3,0 )
700 3,7 512 73
M.Alto (>3,0 )
739 2,4 368 51
03/88: 45kg N; 01/89: 30kg N Moraes & Maraschin, 1990
Andropogon gayanus
A. gayanus Kunth var. bisquamulatus gramínea tropical perene ereto de porte alto (até 3m) folhas de até 100 cm de comprimento e
0,4 a 3 cm de largura alta resistência a seca, tolerante a
acidez e alta saturação de Al.
Andropogon gayanus
Semeadura por sementes ou mudas 2 a 4 kg de sementes puras viáveis/ha qualidade moderada: digestibilidade
média de 54% ganhos de peso da ordem de 90 a 140
kg/an/ano; 180 a 400 kg de PV/ha ano. CIAT: entrada 90 a 100 cm e saída com
40 a 50 cm.
Andropogon (Andropogon gayanus) Cv. Planaltina e Baetí Gramínea perene, de crescimento ereto
e porte alto Alta tolerância a acidez Alta resistência a seca Baixa qualidade
Pensacola (Paspalum saurae)
Gramínea perene, provida de estolhos e rizomas curtos chamados de supraterrâneos
“excelente adaptação” no RS Dormência no inverno
Setária (Setaria anceps)
Gramínea perene, cespitosa e de hábito ereto
folhas verde-azuladas cv. Kazungula (tolerância a frio) com bom
crescimento outonal utilizada desde áreas de várzeas a solos
profundos e bem drenados oxalatos?
QuicuioPennisetum clandestinum
Perene, com rizomas fortes e bem desenvolvidos– Espécie agressiva
Colmos finos e prostrados Multiplicação por mudas
– Produz sementes! Vegeta bem durante período quente
– Muito sensível ao frio, mas rebrota bem Exigente em fertilidade e MO Pode ser consorciado com espécies de inverno
Sorgos forrageiros
Grupo de híbridos com características bastante variáveis
Comportamento semelhante ao milheto melhor adaptação a solos argilosos,
com maior capacidade de retenção de água
utilização em áreas de várzeas
Ganho de Peso de Novilhos Pastejando Aveia Introduzida em Espécies de Verão
Espécie Inverno (115 dias) Verão(110 dias Total
Ganho
Cab.
Lot.
Cab.
G/ha G/cab Lot.
Cab.
G/ha G-Total
Pangola 612 2,6 187 642 5,6 397 584
Setária 672 2,2 171 580 4,5 290 461
Bermuda 725 2,3 190 512 5,9 334 524
Pensacola 740 2,2 193 655 4,4 321 514
Rhodes 790 2,3 207 564 4,6 289 496
Barreto et el., 1974)
Onde podemos utilizá-las?
ZONEAMENTO CLIMÁTICO PARA FORRAGEIRAS TROPICAIS E SUB-
TROPICAIS
SAIBRO, 1980
Regiões preferenciais
Regiões com 10 ou + meses com temp = ou > 10oC
Vale do Alto Rio Uruguai Missões, Litoral Parte da Depressão Central
Toleradas
Regiões com 9 meses temp. média das mínimas = ou > 10oC
Parte das Missões Planalto Depressão Central
Marginais
Regiões com 7 a 8 meses com temp. média das mínimas = ou > 10oC
Campanha Serra do Sudeste Serra do Nordeste Norte do Planalto
Inaptas
Regiões com 6 meses ou menos com temp. média das mínimas = ou > 10oC
Campos de Cima da Serra parte da Serra do Sudeste
GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS RECOMENDADAS PARA O RS, POR REGIÃO (WESTPHALEN, 1975)
LEGUMINOSAS TROPICAIS
Siratro (Macroptilium atropurpureum)
Leguminosa perene, estolonífera e muito ramificada
sistema radicular profundo lhe confere notável tolerância à seca
Susceptível a geadas e baixas temperaturas
Crescimento tardio na primavera
Estilosantes (Stylosanthes sp.)
S. guyanensis cv. Mineirão perene, semi-ereta podendo atingir 2,5 m e
produções de 13 t MS/ha/ano. Adaptação a solos ácidos e de baixa
fertilidade, mas responde à adubação alta retenção de folhas no período seco resistência a pastejo 200 g/dia na seca como banco
Estilosantes (Stylosanthes sp.)
Amendoim forrageiro (Arachis sp.)
A. pintoii cv. Amarillo, A.glabrata Leguminosa perene de alta qualidade “trevo branco dos trópicos” alta adaptação a pastejo adaptação a diferentes tipos de solos
inclusive com alguma saturação alumínio
estolonífero com alta cobertura do solo
Amendoim forrageiro (Arachis sp.)
Desmódio (Desmodium intortum.)
Leguminosa perene estolonífera e de hábito prostrado
Lento crescimento inicial Boa tolerância a frio Prefere solos bem drenados Pouca tolerância a déficit hídrico
Feijão miúdo ou Caupi (Vigna unguiculata)
Anual de porte ereto e escandente adaptação a diversos tipos de solos utilização em pastejo, feno, silagem ou
adubação verde susceptível a geada considerada rústica e pouco exigente
Feijão guandu (Cajanus cajan)
Leguminosa arbustiva com comportamento anual, bianual ou perene de vida curta
baixa resistência a geada média tolerância a acidez problemas de aceitabilidade
Leucena (Leucena leucocephala)
Leguminosa perene de porte arbóreo podendo atingir 10 m.
Utilização em pastejo ou corte
PASTAGENS CONSORCIADAS
Qualidade de plantas forrageiras (Minson, 1990)
Cortes de lâminas de diferentes gramíneas e leguminosasforrageiras (HUMPHREYS, 1991)
Desempenho de cordeiros em pastagens de azevém perene ou trevo branco (POPPI et al., 1989)
TABELA 3. Produção de matéria seca estacional (kg/ha) da pastagem nativa e da pastagem nativamelhorada pela adubação e sobressemeadura de aveia com nitrogênio (90kg/ha/ano) ou consorciada com trevo vesiculoso (adaptado de Scholl et al., 1976)
Estação Sobressemeadura c/aveia+ 400 kg/ha 10-30-10
Componentes Testemunha c/trevo c/90 kg/ha/anoInverno
Nativo 1.200 274 409Aveia - 1.045 2.430Trevo - 742 -total 1.200 2.061 2.839
PrimaveraNativo 689 407 977Aveia - 153 1.169Trevo - 4.889 -total 689 5.449 2.146
VerãoNativo 1.232 1.091 3.926Aveia - - -Trevo - 1.305 -total 1.232 2.396 3.926
OutonoNativo 225 233 353Aveia - - -Trevo - - -total 225 233 353
TOTAL ANUAL 3.346 10.139 9.265
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
C.N. manejo usualsem adubo
C.N. adubado (trevo+ aveia)
C.N. adubado (aveia+ uréia)
Gan
ho
de
pe
so
viv
o -
kg
/ha/
ano
outono
verão
primavera
Inverno
Ganhos de peso vido por ha em cada estação do ano (médias de dois anos)de novilhos de corte em pastagem natural mehorada por adubação (400kg/ha 10-30-10) e sobre-semeadura de aveia com trevo vesiculoso ou aveiamais 90 kg N/ha/ano. EEA/UFRGS. (Adaptado de Scholl et al., 1976)
Desempenho de animais em B. decumbens com ou sem P. phaseoloides (CIAT, 1985)
Adubação de manutenção em pastagens consorciadas (VILELA et al., 1983)
0
50
100
150
200
250
300
350
nativo andropogon andropogon +estilosantes
ganho por animal ganho por hectare
Produção animal em diferentes tipos de pastagens(Toledo & Nores, 1986)
Pes
o vi
vo (
kg/a
no)
Qualidade da forragem disponível e selecionada pornovilhos em pastagens consorciadas (CIAT, 1985)
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 0,2 0,4 0,6 0,8
Proporção da leguminosa na pastagem (Lascano, 1999)
Pro
porç
ã o d
a le
gum
ino s
a na
die
ta
Estação chuvosa Estação seca
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
A. gayanus+C. acutifolium A. gayanus+C. acutifolium
B. humidicola+A. pintoi B. humidicola+A. pintoi
Desempenho animal em pastagens de gramínea+leguminosasou gramínea + N (ROBERTS, 1982)
Resposta térmica da taxa de crescimento relativo de gramíneas e leguminosas tropicais (SWEENEY & HOPKINSON, 1975)
Fluxo de sementes e de plântulas em pastagens com siratropastejadas com 1,7 cb/ha (HUMPHREYS, 1991)
Sobrevivência de quatro leguminosas tropicais sob pastejocontínuo em Queensland (HUMPHREYS, 1991)
Fatores comparativos entre Gramínea + leguminosas ou Gramínea + N
Fatores Sensitividade a solo Estabelecimento Poluição Perenidade Desempenho animal Carga Produção/ha
G+N G+L
- +
- +
+ -
+ -
- +
+ -
+ -
Vantagens das pastagens consorciadas(Spain, 1988)
Melhoria da dieta do animal Aumento da produção de forragem
(contribuição direta da leguminosa + aumento da produção da gramínea)
diminuição de inços aumento da atividade biológica do solo
e cobertura morta através do N fixado
Maiores taxas de mineralização da matéria orgânica, portanto, maior disponibilidade de N, P e S
Utilização mais eficiente de nutrientes, luz e água por:
épocas de crescimento diferentes hábitos de crescimento diferentes diferentes profundidades das raízes
Vantagens das pastagens consorciadas(Spain, 1988)
Pastagens mais estáveis em níveis baixos de investimento através da reciclagem de nutrientes
melhoria direta na fertilidade do solo devido à fixação de N
Vantagens das pastagens consorciadas(Spain, 1988)
Estabelecimento difícil Dificuldade de manejo (2 sp...) Menor produção de forragem por
unidade de área que gramínea+N Menor produção animal por unidade de
área que gramínea+N
Desvantagens das pastagens consorciadas (Spain, 1988)