GREGORY MANKIW - Economia-Microeconomiae Macroeconomia-resumo

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  • 8/11/2019 GREGORY MANKIW - Economia-Microeconomiae Macroeconomia-resumo

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    INDICE CAPTULO 1 10 PRINCPIOS DA ECONOMIA 3

    CAPITULO 2

    PENSANDO COMO UM ECONOMISTA 5

    CAPITULO 3 INTERDEPENDECIA E GANHOS DE COMERCIO 13

    CAPITULO 4 AS FORAS DE MERCADO DA OFERTA E DADEMANDA

    16

    CAPITULO 5 ELASTICIDADE E SUAS APLICAES 22

    CAPTULO 6 OFERTA, DEMANDA E POLTICAS ECONOMICAS DOGOVERNO 33

    A economia se baseia na sociedade e nas decises tomadas por esta. Existemdois tipos de decises: Individuais e em sociedade.

    1. PESSOAS ENFRENTAM TRADEOFFS.Tradeoffs nada mais so do que decises e conseqncias a serem tomadas

    individualmente. Por exemplo, uma pessoa quer fazer duas universidades e possue 2horas livres por dia. Essa pessoa pode decidir estudar 2 horas economia ou 2 horasmedicina ou ento estudar 1 hora cada matria. Ou ainda assistir um jogo de futebolna TV. Cada uma dessas decises vai afetando a vida de cada um.

    2. O CUSTO DE ALGUMA COISA DO QUE VOC DESISTE PARA

    OBT-LA.

    PARTE 1 INTRODUO 1.

    Captulo 1 - Dez Princpios de Economia.

    PRINCPIOS INDIVIDUAIS

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    Por exemplo, ao decidir fazer uma faculdade (ou qualquer outra coisa) necessrio ver os benefcios e os prejuzos. Os benefcios de fazer uma faculdadeso o aumento do conhecimento e o de poder atender melhor o mercado de trabalho.O prejuzo, alm de moradia, alimentao, transporte e mensalidade o tempo.

    Algumas vezes necessrio largar um emprego para se dedicar ao estudo por noser possvel conciliar os dois. Tambm explica porque muitos atletas tm baixo nvelde escolaridade: Grande parte do tempo dedicada ao treinamento (Benefciofinanceiro maior do que o estudo) e acabam largando o estudo.

    3. PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM.Um prejuzo pequeno melhor do que um grande. Por exemplo: Continuando

    com as faculdades, digamos que uma faculdade gaste U$ 15.000,00/ms paramanter uma turma com 50 alunos, e cobre R$350,00/ms por aluno. E que se umaluno sair da turma os gastos da universidade continuam os mesmos. Se 15 dessesalunos forem carentes e s puderem pagar R$200,00/ms a faculdade estaroperando quase sem lucro, mas dever aceitar a proposta dos alunos carentes deR$200,00/ms para no operarem no prejuzo.

    4. PESSOAS RESPONDEM A INCENTIVOS As decises das pessoas so tomadas analisando os custos e os benefcios.

    Por exemplo, at a dcada de 60 os carros no possuam cinto de segurana. Atque o congresso por presso da populao obrigou as montadoras a colocaremvrios itens de segurana nos carros. Os benefcios foram a maior segurana aomotorista e aos passageiros, mas tambm houve certos custos. Como os motoristasse sentiam mais seguros, passaram a dirigir mais imprudentemente, aumentando onmero de acidentes. Os mais prejudicados so os motoristas que continuaram adirigir sem o cinto, os pedestres que so cada vez mais atropelados e osmotoqueiros.

    5. O COMRCIO PODE MELHORAR A SITUAO DE TODOS. s pensar como o comrcio atinge uma famlia quando um membro procura

    emprego, ele concorre com membros de outras famlias. Apesar dessa competio,as famlias no estariam melhores se se isolasse. Pois teria que produzir suasprprias roupas, comida, etc. O comrcio permite que cada pessoa atue na rea que mais apta. O mesmo ocorre com as empresas, nem sempre a concorrncia ruim,por exemplo, a Toyota, equipe da F1 corre com motor Ferrari, se corresse com oToyota seu desempenho seria inferior.

    6. OS MERCADOS SO, EM GERAL, UMA BOA FORMA DEORGANIZAR A ATIVIDADE ECONMICA. Assim como foi visto no socialismo, o governo no a melhor forma de

    controlar a atividade econmica. Na economia atual ou ECONOMIA DE MERCADOso as milhes de famlias e empresas que decidem quem contratar, o que produzir,interagindo no mercado. O maior defeito da economia de mercado o individualismo.

    7. OS GOVERNOS PODEM S VEZES MELHORAR OS RESULTADOSDO MERCADO.

    Dois exemplos: Quando uma indstria est emitindo poluentes em excesso, ogoverno pode intervir com uma regulamentao ambiental. Quando um cientista fazuma descoberta importante, o governo subsidia a pesquisa. O governo, portanto

    deve intervir quando h alguma FALHA DE MERCADO (poluio, situaesirregulares, apoio) e quando h PODER DE MERCADO (monoplio, cartel). A

    PRINCPIOS COLETIVOS

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    Modelos econmicos Servem para ter uma idia principal do funcionamentoda economia.

    Baseia-se que existem 2 tipos de tomadores de deciso: Famlias e empresas. As empresas produzem bens e servios usando o trabalho, terra, capital (Fatores deProduo). E as famlias so as proprietrias dos fatores de produo e consomemtodos os bens e servios. baseado no diagrama de fluxo circular de renda: Ver oesquema na prxima pagina.

    um grfico que mostra as vrias combinaes de produto que a economiapode produzir potencialmente, dados os fatores de produo e as tecnologias

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    3000

    3500

    0 200 400 600 800 1000 1200

    Carros

    C o m p u t a d o r e s

    disponveis. Exemplo:

    1 MODELO O DIAGRAMA DO FLUXO CIRCULAR DE RENDA.

    2 MODELO FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUO

    -Neste exemplo s existem carros ecomputadores na economia-Se todo o recurso for investido emcomputadores, tero 3000 pcs ezero carros-Se todos os recursos foreminvestidos em carros, existiro 1000carros e 0 pcs-O tringulo invivel, pois aeconomia no tem recursossuficientes.

    -O ponto Rosa ineficiente, pois apresenta um nvel de produo abaixo do limite.-A causa da ineficincia pode ser o desemprego, crise econmica entre vrios outros fatores.-Sempre h um tradeoff na forma e quantidade de produzir-Os pontos sobre a curva azul representam situaes eficientes (no limite de produo)

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    DIAGRAMA DO FLUXO CIRCULAR DE RENDA.Setas Internas Indicam o fluxo de bens e serviosSetas externas Indicam o fluxo de dlares.

    Microeconomia o estudo da tomada de decises individual de famlias eempresas e sua interao em mercados especficos e a macroeconomia o estudode fenmenos da economia como um todo (inflao, desemprego). importantenotar que o conjunto de fatos microeconmicos acabam formando um macro. Pormos dois so bem diferentes e devem ser estudados separadamente.

    Muitas vezes o economista tem que tentar mudar a economia, nestes casosele consultor de polticas. Quando ele simplesmente tem que explicar osacontecimentos ele cientista. Tambm existem 2 tipos de declarao, a positiva(declarao de como o mundo ) e as normativas (declarao de como deveria ser).

    Os economistas podem discordar quanto validade de teorias positivasalternativas a respeito do funcionamento do mundo ou quando os economistas tmvalores diferentes e, portanto opinies normativas diferentes a respeito dos possveisobjetivos das polticas. Estes so os dois motivos bsicos das discordncias.

    Os economistas s vezes discordam porque tm diferentes intuies acerca

    da validade de teorias alternativas ou da dimenso de parmetros importantes.Por

    Receita Despesa

    Bens e servios Bens e serviosvendidos comprados

    Insumos Terra, Capital etrabalho

    Salrios, Alugueis e Lucros. Renda

    EMPRESAS:Produzem e vendem

    Bens e ServiosContratam e utilizam

    fatores de produo

    FAMLIAS:Compram e

    consomem bens eservios.

    So proprietriasde fatores de produoe os vendem

    MERCADO DE BENSE SERVIOS:

    As empresas vendem As famlias compram

    MERCADOS DE FATORESDE PRODUO:

    As famlias vendem As empresas compram

    MICRO E MACROECONOMIA

    O ECONOMISTA COMO CONSULTOR DE POLTICA ECONMICA

    PORQUE OS ECONOMISTAS DISCORDAM?

    DIFERENAS NO JULGAMENTO CIENTFICO.

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    exemplo, sobre se o governo deve estabelecer uma tributao sobre a renda ousobre o consumo (despesa) das famlias.

    Suponha que Pedro e Paulo apanham a mesma quantidade de gua no pooda cidade. Para pagar a manuteno, a cidade cobra impostos sobre os residentes.Pedro tem uma renda de U$50 mil e paga U$5 mil de imposto (10%), Paulo tem umarenda de U$10 mil e paga U$2 mil (20%). Essa poltica justa? Se no for, quempaga demais e quem paga de menos? Esse exemplo mostra por que s vezes oseconomistas discordam no que diz respeito s polticas pblicas.

    Uma vez que h diferenas quanto a julgamentos cientficos e quanto aosvalores, inevitvel a existncia de desacordos entre economistas. Contudo noconvm exagerar o destaque dado aos desacordos. Em muitos casos oseconomistas tm uma viso em comum:AFIRMAES E PERCENTUAL QUE OS ECONOMISTAS QUE CONCORDAM A fixao de um limite mximo para aluguis reduz a quantidade e a qualidadedas residncias disponveis (93%) Tarifas e quotas de impostos geralmente reduzem o bem estar econmico social.(93%) Taxas de cmbio flexveis e flutuantes permitem uma organizao monetriainternacional efetiva.(90%) A poltica fiscal (por exemplo, cortes nos impostos e ou aumentos nas despesas

    do governo), tem um significativo impacto positivo sobre economias que noatingiram o pleno emprego (90%). Se for necessrio equilibrar o oramento federal, isto deve ocorrer dentro do cicloeconmico e no em bases anuais (85%). Pagamentos em dinheiro aumentam o bem-estar daqueles que os recebem maisdo que transferncias em gneros de igual valor. (84%) Um dficit oramentrio elevado exerce um impacto negativo sobre a economia.(79%) O governo deveria reestruturar o sistema de assistncia social em termos de umimposto de renda negativo. (79%) Impostos sobre a emisso de efluentes e licenas para poluio comercializveisso um mtodo de combate poluio melhor do que a imposio de limitessuperiores poluio (78%).

    Quando se apresentam teorias econmicas, os grficos oferecem uma formade expressar visualmente idias que pareceriam menos claras se descritas atravsde equaes e palavras. Ao analisar dados econmicos, os grficos oferecem umaforma de descobrir como as variveis se relacionam de fato no mundo.

    DIFERENAS NOS VALORES

    PERCEPO X REALIDADE

    GRFICOS UMA BREVE REVISO.

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    Grfico Pizza

    72%

    12%

    8%

    6% 2% 72% Remunerao dotrabalho

    12% Lucro dasempresas

    8% Renda depropriedade

    6% Juros

    2% Renda de aluguis

    28740

    20520

    8120

    1950

    05000

    1000015000200002500030000

    PIB percapita em

    U$/Ano

    1

    Grfico de Barras

    Eua

    Reino Unido

    Mxico

    India

    Grfico de srie Temporal

    0

    20

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    60

    80

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    1950 1960 1970 1980 1990 2000

    Indice deprodutividade

    O SISTEMA DE COORDENADAS Freqentemente os economistas estointeressados nas relaes entre variveis. Para tanto, necessitam mostrar duasvariveis num mesmo grfico. Isto se torna possvel com o uso do sistema decoordenadas. Suponha que deseja examinar a relao entre o tempo de estudo e asnotas obtidas na escola. Voc poderia registrar para cada aluno da turma o nmeromdio de horas de estudo semanal e a nota mdia obtida.

    GRFICOS DE UMA NICA VARIAVEL.

    O grfico pizzarepresenta como a rendanacional dos Eua sedistribui.

    O grfico compara a rendamdia em 4 pases.

    O grfico de srie temporalmostra o crescimento da produtividade do setorempresarial dos Eua de 1950 a2000.

    GRFICOS DE DUAS VARIAVEIS.

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    9

    Nota

    22,4

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    3,6 3,73,9

    00,5

    11,5

    22,5

    33,5

    44,5

    0 10 20 30 40 50

    Nota

    Este tipo de grfico chamado grfico de disperso porque registra pontos

    dispersos. Uma vez que o maior tempo de estudo est associado a notas mais altas,dizemos que h uma correlao positiva entre as duas variveis. Se trassemos umgrfico relativo a freqncia a festas e notas, verificaramos que a maior freqncia afestas est associada a notas mais baixas e poderamos dizer que se trata de umacorrelao negativa.

    Freqentemente os economistas preferem observar como uma varivelinfluencia a outra mantendo tudo o mais constante. Vejamos um dos grficos maisimportantes da economia: A curva de demanda. Este grfico mostra o efeito de umpreo de um bem sobre a quantidade do bem que os consumidores esto dispostos acomprar. Antes de apresentar uma curva de demanda vamos observar a tabelaabaixo. importante observar que a quantidade de livros vendidos a Leonardodepende de sua renda e dos preos dos livros.Preo Renda

    U$20.000 U$30.000 U$40.000U$10 2 livros 5 livros 8 livros9 6 9 128 10 13 167 14 17 206 18 21 245 22 25 28

    Temos agora trs variveis. O preo dos livros, a renda e o nmero de livroscomprados. Para representarmos graficamente os dados da tabela precisamosmanter uma das variveis constante e representar a relao entre as outras duas.Como a curva de demanda representa a relao entre preo e a quantidadedemandada, mantemos a renda de Leonardo constante e mostramos como o nmerode livros que ele compra vria com os preos dos livros supondo que a renda deLeonardo seja U$30.000/ano.

    CURVAS EM UM SISTEMA DE COORDENADAS.

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    Curva de demanda

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    1721

    25

    0

    2

    4

    6

    810

    12

    0 5 10 15 20 25 30

    Quantidade adquiridada de livros

    P r e o

    d o

    l i v r o

    Suponha agora que a renda de Leonardo aumente para U$40 mil ao ano.

    Deslocamento na curva de demanda

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    0 10 20 30

    Quantidade de livros adquirida

    P r e o

    d o s

    l i v r o

    Renda de 20 milRenda de 30 mil

    Renda de 40 mil

    Quanto maior a sua renda mais livros comprar a qualquer preo dado e acurva de demanda se situar mais direita. A curva central representa a curva dedemanda inicial de Leonardo, quando sua renda era de 30 mil ao ano. Se sua rendaaumentar a curva se desloca para a direita, de diminuir, para a esquerda.

    H uma maneira simples de saber quando necessrio deslocar uma curva.Quando o que muda a varivel que no est representada no grfico (nos eixos x ey) a curva se desloca. Qualquer mudana que afete os hbitos de compra deLeonardo, alem da alterao no preo dos livros, resultar em um deslocamento nacurva de demanda. Se por exemplo, a biblioteca fecha e Leonardo tiver que comprartodos os livros que deseja ler, ele comprar mais livros e a sua curva de demanda sedeslocar para a direita. J se o preo dos ingressos de cinema cair, e Leonardopassar a ir mais ao cinema e ler menos livros, ele demandar menos e sua curva dedemanda se deslocar para a esquerda.

    Para calcular a inclinao de uma curva de demanda devemos observar asalteraes nas coordenadas dos eixos x e y, medida que nos deslocamos do ponto

    DESLOCAMENTO DAS CURVAS DE DEMANDA.

    INCLINAO

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    (21 livros, U$6,00) ao (13 livros, U$8,00). A inclinao da linha corresponde razoentre a alterao da coordenada y (-2) e a alterao na coordenada x (+8) o que d 1/4.

    Inclinao

    59

    1317

    2125

    0

    2

    4

    6

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    12

    0 5 10 15 20 25 30

    Quantidade comprada

    P r e o

    d o s

    l i v r o s

    Usando outros dois pontos voc dever obter o mesmo resultado (-1/4). Uma

    das propriedades da linha reta que sua inclinao igual em todos os pontos. Istono se aplica a outros tipos de curvas.

    importante notar que uma pequena inclinao significa que a curva dedemanda quase horizontal, neste caso as compras de livros variam bastante amudanas nos preos. Uma inclinao maior significa que a curva de demanda quase vertical, ou seja, suas compras de livros variam pouco quando os preos sealteram.

    Quando se constroem grficos a partir de dados no mundo real h maisdificuldades em estabelecer como uma varivel afeta a outra.

    O primeiro problema est em que difcil manter tudo o mais constante. Seno for possvel manter constantes as variveis representadas no grfico podemosconcluir que uma das variveis est provocando mudanas em outra varivel quandoo que de fato ocorre que essas alteraes esto sendo causadas por uma 3varivel omitida. Que no aparece no grfico. Mesmo se as duas variveis foremcorretamente identificadas podemos ter outro problema, a causalidade reversa. Emoutras palavras podemos concluir que A causa B, quando na verdade, B causa A.

    VRIVEIS OMITIDAS Para ver como uma varivel omitida pode levar aum grfico enganoso vejamos um exemplo. Imagine que o governo, atento spreocupaes do pblico quanto ao grande nmero de mortes provocadas porcncer, contrate uma pesquisa exaustiva a Grande Irmo Servios Estatsticos.Grande Irmo verifica que h uma relao forte entre duas variveis: O nmero deisqueiros presentes nas residncias e a probabilidade de que algum da famlia sofrade cncer.

    Inclinao = y/ x

    CAUSA E EFEITO.

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    50

    60

    0 1 2 3 4 5 6

    Nmero de isqueiros

    R i s c o

    d e c

    n c e r

    Se o grfico no mantm constante o nmero de cigarros fumados, noinforma o verdadeiro efeito da posse de um isqueiro.

    A histria ilustra um princpio importante: Quando vir um grfico usado parasustentar um argumento de causa e efeito, importante verificar se os movimentosde uma varivel omitida podem explicar os resultados observados.

    CAUSALIDADE REVERSA Os economistas tambm podem errar suasconcluses a respeito de causalidade por inverter a relao de causalidade.

    Suponha que contratemos um estudo sobre o crime na Amrica. Para conduziro experimento determinaramos de forma aleatria o nmero de policiais emdiferentes cidades e depois examinaramos a correlao entre polcia e crime.

    0

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    60

    80

    100

    120

    0 100 200 300 400 500 600

    Nmero de Policiais

    N d e c r i m e s v

    i o l e n

    t o s

    Uma maneira simples de determinar a direo da causali-

    dade poderia ser a de verificar qual a varivel que se move primei-ro. Se verificarmos que o crime aumenta e, s ento, a fora policial se expande

    chegaremos a uma concluso. Se verificarmos que a fora policial se expande e sdepois o crime aumenta, chegamos outra concluso. Contudo h uma falha nesteprocedimento: s vezes as pessoas no mudam seu comportamento em resposta deuma mudana nas condies atuais, mas sim a uma mudana em suas expectativasquanto a condies futuras. Uma cidade que espera uma grande onda de crimes nofuturo, por exemplo, pode aumentar os efetivos policiais desde agora.

    O problema ainda mais fcil de entender no caso de crianas e camionetes.Muitas vezes os casais compram uma camionete antes do nascimento do filho: Acamionete chega antes da criana, mas no concluiramos da que a venda decamionetes provoca o crescimento populacional.

    No h um conjunto de regras que especifique quando adequado tirarconcluses causais de um grfico. Portanto, lembre-se apenas de que isqueiros no

    Grfico com Varivel Omitida- A curva com inclinao positivamostra que os residentes em lares

    onde h mais isqueiros esto maissujeitos ao cncer. Contudo no podemos concluir que a posse deisqueiros provoque cncer porqueo grfico no leva emconsiderao o nmero deci arros fumados

    Grfico sugerindocausalidade reversa- A inclinao positiva dacurva mostra que cidadescom grandes efetivos policiais so mais perigosas. Contudo ogrfico no diz se a polcia causa o crime ouse as cidades infestadas pelo crime contratam mais

    oliciais.

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    provocam cncer (varivel omitida) e camionetes no provocam filhos (causalidadereversa) para evitar cair em argumentos econmicos falhos.

    Todo o dia voc depende de muitas pessoas do mundo, a maioria das quaisvoc nem conhece (carro japons, motor alemo, suco americano...) para lhefornecer os bens e servios que voc desfruta todos os dias. Essa interdependncias possvel porque as pessoas comerciam umas com as outras.

    Neste captulo examinaremos o que que as pessoas ganham quandonegociam entre si? Por que as pessoas escolhem tornar-se interdependentes?

    Imagine que no mundo existam duas pessoas um pecuarista e um agricultor.E dois bens carne e batata. E ambos querem consumir carne e batata. depois deum certo tempo comendo apenas carne, assada, frita, grelhada e cozida, opecuarista pensaria que a auto-suficincia no to vantajosa assim. A mesma coisavale ao agricultor.

    Os ganhos seriam semelhantes se o pecuarista e o agricultor pudessemproduzir ambos os bens, mas h um custo alto. Suponha, por exemplo, que oagricultor pudesse criar gado e obter carne, mas que no tenha jeito para pecuria.

    Os ganhos de comrcio, contudo, so menos bvios se algum melhor naproduo de todos os bens. Por exemplo, suponha que o pecuarista melhor nacriao de gado e no cultivo de batatas. Nesse caso o pecuarista deveria escolher aauto-suficincia? Ou ainda h razes que justifiquem o comrcio?

    Suponha que o pecuarista e o agricultor trabalham cada um, 40 horassemanais.

    Horas Necessriaspara obter 1 Kg de:

    CARNE Batatas

    Quantidadeproduzida em 40 h.

    CARNE Batatas

    Quantidade produzidadedicando 20 h paracada atividade:CARNE Batatas

    AGRICULTOR 20 10 2 4 1 2

    PECUARISTA 1 8 40 5 10 2,5Essas possibilidades acima so apenas alguns exemplos de como os doispoderiam administrar suas produes. Vamos tomar no exemplo que ambos optarampor dedicar 20 horas semanais a cada atividade.

    Aps alguns anos produzindo desta forma, ambos perceberam que o comrciopoderia melhorar a produo de ambos.

    Produo econsumo (1) Produo (2) Trocando (3) Consumo (4) Ganhos de cadaum (5)

    CAPTULO 3 INTERDEPNDENCIA E GANHOS DE COMRCIO.

    UMA PARBOLA DA ECONOMIA MODERNA

    POSSIBILIDADES DE PRODUO

    ESPECIALIZAO E COMRCIO

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    Mas no mundo real essas trocas no so to simples. O comrciointernacional pode prejudicar muitas pessoas, como o agricultor japons ou otrabalhador da industria americana.

    Oferta e demanda so as palavras que os economistas usam com maisfreqncia. Elas so as foras que movem as economias de mercado. Determinam aquantidade produzida de cada bem e o preo pelo qual ser vendido.

    Um mercado um grupo de compradores e vendedores de um dado bem ouservio. Os compradores, em conjunto determinam a demanda do produto e osvendedores, em conjunto, determinam a oferta.

    Um mercado competitivo um mercado em que h muitos compradores evendedores. De modo que cada um exerce um impacto pequeno sobre o preo dobem ou produto. Por exemplo, o mercado de sorvete um mercado competitivo,onde existem vrios vendedores e compradores. Cada vendedor de sorvetedetermina o preo para a casquinha e cada comprador decide quantos sorvetes vaicomprar. Porm o preo e quantidade no so determinados por um nico vendedorou comprador, mas sim por todos, medida que interagem no mercado. Ento cadavendedor de sorvete tem um controle limitado sobre o preo sobre o qual outrosvendedores oferecem o mesmo produto. Um vendedor tem poucos motivos paracobrar menos do que o concorrente, e se cobrar mais, os compradores iro comprarde outro vendedor.

    De forma anloga, nenhum comprador individual de sorvete pode influenciarseu preo porque compra apenas uma pequena frao do total.

    Os mercados perfeitamente competitivos se definem por duas caractersticas:Os bens oferecidos venda so todos iguais e os compradores e vendedores so

    to numerosos que nem um nico comprador ou vendedor pode influenciar no preode mercado.O mercado de trigo um exemplo de mercado com concorrncia perfeita. H

    milhares de agricultores que vendem e milhes de consumidores que usam o trigo.Contudo vrios mercados no so perfeitamente competitivos. Um exemplo omonoplio, onde s existe um vendedor para determinado produto, como a tv a cabo,por exemplo, caso s exista uma em sua cidade.

    Tambm existe o mercado com poucos vendedores que se chama oligoplio.Exemplo: Companhias areas. E por ltimo existe o mercado monopolisticamentecompetitivo,em que os vendedores oferecem produtos semelhantes e tem certocontrole sobre o preo. Um exemplo so os sharewares como processadores de

    texto.

    CAPTULO 4 AS FORAS DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA

    MERCADOS E CONCORRNCIA.

    MERCADOS COMPETITIVOS.

    CONCORRNCIA PERFEITA E OUTRAS.

    DEMANDA

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    Veremos o que determina a quantidade demandada de qualquer bem, que aquantidade do bem que os compradores desejam e podem comprar.

    Pense em sua demanda por sorvete. Como voc decide quanto sorvete vaicomprar todo o ms e que fatores influem em sua deciso? Aqui esto alguns

    PREO Se o preo do sorvete aumentar para U$20,00, voc compramenos sorvete. Se o preo cair para U$0,20 voc compra muito mais. J que aquantidade demandada cai quando o preo sobe e sobe quanto o preo cai, dizemosque a quantidade demandada se relaciona negativamente com o preo. Esta relaoentre preo e quantidade demandada valida para a maioria dos bens, e de fato to disseminada que os economistas a chamam de a lei da demand a : tudo o maismantido constante, quando o preo de um bem aumenta, a quantidade demandadacai.

    RENDA O que aconteceria com sua demanda por sorvete se vocperdesse seu emprego no vero? Muito provavelmente cairia. Se a demanda por umbem cai, quando a renda cai, chamamos esse bem de bem n ormal .

    PREOS DE PRODUTOS RELA CIONADOS Suponha que o preo doiogurte congelado caia. A lei da demanda diz que voc provavelmente comprarmenos sorvete. Uma vez que o sorvete e o iogurte congelado so, ambossobremesas frias, cremosas, elas satisfazem desejos semelhantes e por isso recebeo nome de Bem subst i tu to . Outros pares de bens substitutos so, por exemplo,cachorros-quentes e hambrgueres, suteres de l e casacos de moletom, ingressospara o cinema e locao de fitas de vdeo.

    Suponha agora que o preo da cobertura de chocolate quente caia. De acordocom a lei da demanda, voc comprar mais sorvete, porque em geral a cobertura e osorvete so usados em conjunto. Quando a quedo no preo de um bem aumenta ademanda por outro bem, os bens so chamados de bens comp lementares. Outrospares de bens complementares so gasolina e automveis, computadores esoftware, patins e ingressos para a pista de patinao.

    GOSTOS O mais bvio determinante para sua demanda so seus gostos.Se voc gosta de sorvete voc compra mais. Os economistas em geral, no tentamexplicar os gostos das pessoas, porque estes se baseiam em foras histricas ou

    psicolgicas que esto fora do campo de estudo da economia. Todavia, oseconomistas examinam o que acontece quando os gostos mudam.EXPECTATIVAS Suas expectativas em relao ao futuro podem afetar hoje

    a sua demanda por um bem ou servio. Por exemplo, se voc espera um aumentoem sua renda a partir do ms que vem, voc pode estar disposto a gastar parte desua poupana na compra de sorvetes. Outro exemplo, se voc espera uma queda nopreo do sorvete para amanh, voc pode estar menos disposto a comprar hoje umsorvete.

    Sempre que vir uma curva de demanda lembre que ela foi traada mantendomuitos fatores constantes. Os economistas usam a expresso Ceteris Paribus para

    dizer que todas as variveis relevantes, exceto a que estiver sendo estudada naocasio, so mantidas constantes.

    DETERMINANTES DA DEMANDA INDIVIDUAL.

    CETERIS PARIBUS.

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    Embora a expresso ceteris paribus se refira a uma situao hipottica na qualalgumas variveis so mantidas constantes, no mundo real muitas coisas sealteram simultaneamente. Por isso, quando usarmos as ferramentas da oferta e dademanda para analisar fatos ou polticas, importante ter em mente o que est

    sendo mantido constante e o que est mudando.

    A demanda de mercado o somatrio de todas as demandas individuais porum dado bem ou servio. Assim, a quantidade demandada pelo mercado nodepende apenas do preo do bem, mas tambm da renda, gostos e expectativas dosconsumidores, bem como dos preos de bens relacionados. Trabalharemos, emgeral, com a curva de demanda de mercado. Ela nos mostra como a quantidade totaldemandada de um bem varia quando o preo do bem varia.

    Qualquer dvida ver na pagina 9 em curvas em um sistema de coordenadas,fala sobre curva de demanda, o esquema, o grfico e como ela se desloca. Napagina 10 fala sobre sua inclinao. o mesmo assunto destes 2 tpicos.

    Uma delas deslocar a curva de demanda por cigarros e outros produtos.Com publicidade contra o tabagismo, obrigao de fixar rtulos de advertncia,proibio de anncios na televiso, estas so polticas para reduzir a quantidadedemandada a qualquer preo.

    Outra forma seria aumentar o preo dos cigarros. Se o governo tributar asfbricas de cigarros, por exemplo, boa parte do aumento da tributao serrepassada aos consumidores mediante elevao dos preos. Mas qual a respostados fumantes ao aumento de preos nos cigarros?

    Um aumento de 10% no preo reduz em 4% a quantidade demandada. Osadolescentes so especialmente sensveis ao preo dos cigarros: um aumento de10% reduz em 12% a quantidade demandada nessa faixa etria.

    Uma questo afim como o preo dos cigarros afeta a demanda pordrogas ilcitas, como a maconha. Aqueles que se opem tributao sobre oscigarros argumentam com freqncia que tabaco e maconha so substitutos, demodo que o aumento no preo dos cigarros incentiva o uso da maconha. Porm amaioria dos estudos feitos sobre dados compatvel com esta viso: Concluem quepreos menores dos cigarros esto associados a um uso maior de maconha. Emoutras palavras, tabaco e maconha parecem ser complementares e no substitutos.

    Agora nos voltaremos para o outro lado do mercado e observaremos ocomportamento dos vendedores. A quantidade oferecida de qualquer bem ou

    servio quantidade que os vendedores esto dispostos e podem vender. Mais uma

    DEMANDA DE MERCADO VERSUS DEMANDA INDIVIDUAL.

    ESQUEMA DE DEMANDA E CURVA DE DEMANDA/ DESLOCAMENTOSNA CURVA DE DEMANDA

    ESTUDO DE CASO: DUAS MANEIRAS DE SE REDUZIR A QUANTIDADEDEMANDADA DE TABACO.

    OFERTA.

    DETERMINANTES DA OFERTA INDIVIDUAL.

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    Equilibrio

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    0

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    10

    12

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    0 1 2 3 4

    Quantidade

    P r e o

    Curva de Oferta

    Curva de demanda

    O grfico mostra as curvas de oferta e demanda em um mesmo grfico.

    Observe que h um ponto em que as curvas se cruzam; este ponto chamado deequilbrio de mercado. O preo no qual as curvas se cortam o preo de equilbrio e a quantidade, a quantidade de equilbrio .

    Ao preo de equilbrio, a quantidade do bem que os compradores desejame podem comprar exatamente igual quantidade que os vendedores desejam epodem vender. As aes dos compradores e vendedores conduzem naturalmente omercado em direo ao equilbrio. Para ver por que isto acontece, considere o queocorre quando o preo de mercado no igual ao preo de equilbrio.

    Suponha que o preo de mercado se encontra acima do preo de equilbrio. Ao preo de U$2,50 por casquinha de sorvete, a quantidade oferecida (10casquinhas) superior quantidade demandada (4 casquinhas).Esta situao denominada excesso de oferta . Quando h excesso de oferta no mercado desorvetes, por exemplo, os vendedores vem seus congeladores abarrotados desorvete que gostariam de vender, mas no conseguem. Eles respondem ao excessode oferta reduzindo seus preos. E os preos continuam a cair at que o mercadoatinja o equilbrio.

    Suponha agora que o preo de mercado se encontre abaixo do preo deequilbrio. No caso U$1,50 cada casquinha e a quantidade demandada supera aquantidade oferecida. Esta situao denominada escassez. Quando ocorreescassez no mercado de sorvete, por exemplo, os compradores fazem longas filaspara poder comprar as poucas casquinhas disponveis. Em vista dos muitoscompradores atrs de poucos bens, os vendedores respondem escassezaumentando os preos sem prejuzo das vendas.

    A rapidez com que os preos atingem seu nvel de equilbrio difere demercado para mercado. De fato, freqentemente denominado lei da oferta e dademanda .

    Quando algum fato desloca a curva de demanda ou a de oferta, o equilbriode mercado se altera. A analise de tais mudanas chamada esttica comparativa porque envolve a comparao entre um equilbrio antigo e um equilbrio novo.

    Ao analisar como algum evento afeta o mercado procedemos em trs

    etapas. Primeira, verificamos se o fato desloca a curva de oferta, a curva dedemanda ou ambas. Segunda, verificamos se a curva se desloca para a direita ou

    TRS PASSOS PARA ANALISAR ALTERAES DO EQUILBRIO.

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    para a esquerda. Terceira, usamos o diagrama da oferta e demanda para examinarcomo o deslocamento afeta preo e quantidade de equilbrio. Para mostrar como estareceita usada, vejamos vrios fatos que poderiam afetar o mercado de sorvetes.

    EXEMPLO: UMA MUDANA NA DEMA NDA Suponha que em um

    determinado vero faa muito calor. Vejamos as 3 etapas.1. O clima altera a quantidade de sorvete que as pessoas desejamconsumir a qualquer preo. A curva de oferta permanece inalteradaporque o clima no afeta diretamente as empresas que vendem sorvete.

    2. Como com o calor aumenta o consumo de sorvete, a curva de demandase desloca para a direita.

    3. O aumento na demanda aumenta o preo de equilbrio de U$2,00 paraU$2,50 e a quantidade de equilbrio de 7 para 10 casquinhas.

    DESLOCA MENTO DAS CURVAS VERSUS MOVIMENTOS AO L ONGODAS CURVAS .

    Observe que quando o calor impulsiona o aumento dos preos de sorvete,a quantidade de sorvete oferecida pelas empresas aumenta, embora a curva deoferta se mantenha a mesma. Neste caso os economistas dizem que ocorreu umaumento na quantidade oferecida, mas no uma alterao na oferta.

    EXEMPLO: UMA MUDANA NA OFERTA Suponha que num outrovero, um terremoto destri vrias fbricas de sorvete. Vejamos os 3 passos paraanalisar uma alterao do equilbrio.

    1. Ao reduzir o nmero de vendedores, o terremoto altera a quantidade desorvete produzido.

    2. A curva de oferta se desloca para a esquerda porque, a qualquer preo,a quantidade total de sorvete que as empresas desejam e podemvender menor.

    3. O deslocamento da curva de oferta provoca um aumento do preo deequilbrio de U$2,00 para U$2,50 e reduz a quantidade de equilbrio de7 para 4 casquinhas.

    EXEMPLO: UMA MUDANA SIMULT NEA NA OFERTA E NADEMANDA Agora imaginemos que a onde de calor e o terremoto ocorramsimultaneamente.

    1. A onda de calor afeta a curva de demanda e o terremoto afeta a curvade oferta.

    2. A curva de demanda se desloca para a direita e a curva de oferta para aesquerda

    3. H dois resultados possveis. Um que a demanda aumentasignificativamente, enquanto a reduo na oferta pequena e aquantidade de equilbrio aumenta. O outro que a oferta se reduzsubstancialmente enquanto a demanda aumenta ligeiramente e aquantidade de equilbrio diminui. Portanto, estes fatos certamenteaumentam o preo do sorvete, mas seu impacto sobre a quantidade desorvete vendido ambguo.

    NENHUMAMUDANA NAOFERTA

    UM AUMENTODA OFERTA

    UMA REDUODA OFERTA

    NENHUMA MUDANA NA

    DEMANDA

    P igual

    Q igual

    P cai

    Q aumenta

    P aumenta

    Q caiUM AUMENTO DA P aumenta P ambguo P aumenta

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    o preo dos veleiros aumenta, a quantidade demandada de veleiros caisubstancialmente. A classificao de um bem como necessrio ou suprfluo nodepende das propriedades intrnsecas do bem, mas das preferncias do comprador.

    Disponibi l idade de subs t i tu tos p rximos bens que dispem de

    substitutos prximos tendem a ter uma demanda mais elstica porque pe mais fcilpara os consumidores trocar um bem por outro. Por exemplo, manteiga e margarinaso substitutos prximos. Por outro lado, como os ovos no tm substituto muitoprximo, a demanda por ovos provavelmente menos elstica que a demanda pormanteiga.

    Def in io d e m erc ad o Mercados definidos de forma restrita tendem ater uma demanda mais elstica do que mercados definidos de forma ampla. porexemplo, comida, uma categoria ampla, tem uma demanda bastante inelsticaporque no h cons substitutos para comida. Sorvete, uma categoria restrita, temuma demanda mais elstica porque fcil substituir o sorvete por outrassobremesas. O sorvete de baunilha, uma categoria muito mais restrita, tem umademanda muito elstica porque outros sabores so substitutos quase que perfeitospara o sorvete de baunilha.

    Horizonte temp oral Quando o preo da gasolina aumenta, a demandacai pouco nos primeiros meses. Com o passar do tempo, contudo, as pessoascompram carros que consomem menos gasolina. Em alguns anos, a quantidadedemandada da gasolina cai substancialmente.

    Elasticidade-preo = Variao percentual da quantidadeda demanda Variao percentual do preo

    Por exemplo, suponha um aumento de 10% no preo da casquinha de sorveteprovoque uma queda de 20% nas compras de sorvete. Elasticidade= 20%/10%= 2.Uma alta elasticidade-preo implica uma grande resposta da quantidade s variaesno preo.

    Se voc tentar calcular a elasticidade-preo da demanda entre dois pontos deuma curva da demanda, observar, rapidamente, um problema desagradvel: aelasticidade entre os pontos A e B, diferente da elasticidade entre os pontos B e A.Por exemplo, considere estes nmeros:

    PONTO A: Preo= U$4,00 Quantidade=120PONTO B: Preo= U$6,00 Quantidade=80

    De A para B, o preo aumenta 50% e a quantidade cai 33%, sugerindo que aelasticidade-preo da demanda 33/50 ou 0,66. J do ponto B para o ponto A, opreo cai 33% e a quantidade aumenta 50%, sugerindo que a elasticidade-preo dademanda de 50/33 ou 1,5.

    Ponto mdio: Preo=U$5,00 Quantidade=100

    De acordo com o mtodo do ponto mdio, quando se passa do ponto A para oponto B, o preo aumenta 40% e a quantidade cai 40%. E do ponto B para o ponto A,

    CALCULANDO A ELASTICIDADE-PREO DA DEMANDA.

    O MTODO DO PONTO MDIO: UMA FORMA MELHOR DECALCULAR VARIAES PERCENTUAIS E ELASTICIDADES.

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    o preo cai 40% e a quantidade aumenta 40%. Em ambas as direes elasticidade-preo da demanda igual a 1. Para calcular a variao s pegar a diferena (6-4) edividir pelo valor inicial (4 ou 6).

    A demanda elstica quando maior que 1. inelstica quando menor doque 1. Se a elasticidade for exatamente igual a 1, de modo que a variao daquantidade seja proporcionalmente igual variao do preo, diz-se que a demandapossui elasticidade unitria.

    A seguinte regra prtica bastante til: quanto mais horizontal for uma curvade demanda, maior ser a elasticidade-preo da demanda. Quanto mais vertical foruma curva de demanda que passa por um dado ponto, menor ser a elasticidade-preo da demanda.

    A receita total a quantidade paga pelos compradores e recebida pelosvendedores do bem. Em qualquer mercado, a receita total PxQ. Se a demanda inelstica, um aumento no preo provoca um crescimento da receita total. Aqui, asubida do preo de U$1 para U$3 provoca um recuo da quantidade demandada de100 para 80 e, portanto, a receita aumenta de U$100 para U$240.

    Obtemos um resultado oposto se a demanda elstica: um aumento nopreo provoca uma reduo na receita total. por exemplo, quando o preo aumentade U$4, para U$5, a quantidade demandada cai de 50 para 20, e a receita total deU$200 para U$100.

    Quando a elasticidade-preo da demanda menor do que 1, umaumento de preos aumenta a receita total e uma queda nos preos a reduz.

    Quando a elasticidade-preo da demanda maior do que 1, umaumento de preos reduz a receita total e uma queda nos preos eleva a receitatotal.

    No caso especial da demanda com elasticidade unitria, uma variaono preo no afeta a receita total.

    Embora algumas curvas de demanda tenham a mesma elasticidade emtodos os seus pontos, nem sempre isto o caso. Um exemplo de curva de demandaem que a elasticidade muda a linha reta.

    A VARIEDADE DAS CURVAS DE DEMANDA.

    RECEITA TOTAL E ELASTICIDADE-PREO DA DEMANDA.

    ELASTICIDADE E RECEITA TOTAL AO LONGO DE UMA CURVA DEDEMANDA LINEAR

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    Preo(U$)

    Quantidade ReceitaTotal (PxQ)

    Variao percentualdo preo

    Variao percentual daquantidade

    Elasticidade Descrio

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    1214

    01220242420

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    1518222940

    67200

    20067402922

    1815

    133,71,810,6

    0,30,1

    ElsticaElsticaElsticaUnitriaInelstica

    InelsticaInelstica

    O diretor financeiro informa que os recursos do museu esto se tornandoinsuficientes. Voc aumentaria o preo do ingresso ou o reduziria?

    A resposta depende da elasticidade da demanda. Se for inelstica, umaumento no preo do ingresso aumentaria a receita total. Mas se a demanda forelstica, um aumento no preo do ingresso poderia reduzir tanto o nmero devisitantes que a receita total diminuiria.Para estimar a elasticidade-preo da demanda voc teria de recorrer aosestatsticos. Estes poderiam usar sries histricas para observar como a freqnciaao museu variou de ano para ano. Ou eles poderiam usar dados de freqncia devrios museus em diferentes pontos do pas. Para analisar quaisquer destes dados,os estatsticos precisam levar em considerao outros fatores que afetam afreqncia Clima, populao, tamanho da coleo e assim por diante.

    Como que uma empresa privada que opera uma rodovia deveria fixar opedgio cobrado?

    Elasticidademenor do

    que 1

    Elasticidademaior do que 1

    ESTUDO DE CASO: DETERMINANDO O PREO DOS INGRESSOS DEUM MUSEU

    DOS JORNAIS

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    Agora mesmo, os responsveis por uma nova rodovia privada esto procurade um ponto mgico. O grupo considerou inicialmente que poderia cobrar cerca deU$2 pelo trajeto de 14 milhas, e atrair algo em torno de 34 mil viagens ao dia depessoas que fugiriam de rodovias pblicas congestionadas. Mas depois de gastar

    U$350 milhes para construir a muito anunciada GreenWay, descobriram comdesgosto que apenas um tero desse contingente estava disposto a pagar aquelaquantia para poupar 20 minutos. Somente quando a empresa em desespero baixou ataxa de pedgio para U$1, ela conseguiu atrair o trnsito desejado.

    A receita mdia total alcana, hoje, cerca de U$22 mil, em comparao com osU$14.875 anteriores. Afinal, quando o preo foi reduzido em 45% na primaverapassada, o volume de trfego aumentou 200% trem meses depois. Se a mesmarazo se aplicar novamente, a reduo de outros 25% no pedgio faria com que omovimento passasse para 38 mil viagens ao dia e a receita para U$29 mil. Oproblema que obviamente a mesma razo no se aplica a cada ponto de preo epor isso a tarefa de fixar preos to complexa. No ano passado, dois economistasrealizaram uma pesquisa de mercado.

    A concluso que as pessoas que atribuam maior valor reduo de seutempo de transporte j o tinham feito: a mudana para uma residncia mais prximaao local de trabalho ou escolha de empregos que permitissem o deslocamento emhorrios alternativos. Por outro lado, aquelas que percorriam distncias significativasentre o lar e o trabalho eram mais tolerantes aos congestionamentos e s estavamdispostas a pagar 20% de sua remunerao horria para poupar uma hora de seutempo. A pesquisa indicou que apenas pessoas que ganhavam em torno de U$30por hora estariam dispostas a pagar U$2 para poupar 20 minutos.

    Elasticidade-renda da demanda Os economistas usam a elasticidade-renda da demanda para descrever como a quantidade demandada varia quando arenda dos consumidores varia. A elasticidade-renda a variao percentual daquantidade demandada dividida pela variao percentual da renda, ou seja:

    Elasticidade-renda = Variao percentual da quantidade demandadada demanda Variao percentual da renda.

    Como foi visto no captulo 4, a maior parte dos bens bem normal. Os bens

    normais tm elasticidade-renda positiva. Alguns poucos bens, como passagens denibus, so bens inferiores, os bens inferiores tm elasticidade-renda negativa.Mesmo entre os bens normais, as elasticidades-renda variam

    substancialmente em intensidade. Produtos bsicos, como alimentos e vesturio,tendem a ter elasticidades-renda baixas porque os consumidores, por mais baixa queseja sua renda, compram alguns bens dessa categoria. Bens suprfluos, como caviare casacos de pelo, tendem a ter grande elasticidade-renda porque os consumidoresconsideram que podem passar sem eles se sua renda for muito baixa.

    Elasticidade cruzada da demanda Os economistas recorrem elasticidade cruzada da demanda para medir como varia a quantidade demandadade um bem quando o preo de outro varia.

    Elasticidade cruzada da demanda= Variao% da quantidade demandada do bem 1

    OUTRAS ELASTICIDADES DA DEMANDA.

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    o acrscimo da quantidade oferecida, 100%, maior que o aumento do preo, 33%,a elasticidade da oferta neste trecho da curva grande. J no ponto em que o preoaumenta de u$12 para U$ 15, a quantidade aumenta de 500 para 525. Como oaumento da quantidade de 5%, menor do que do preo, 25%, neste trecho a

    curva de oferta inelstica.

    BOAS NOTCIAS PARA A AGRICULTURA PODEM SER MS NOTCIASPARA OS AGRICULTORES?

    Voltemos pergunta colocada no incio do captulo: o que acontece com striticultores e com o mercado do trigo quando pesquisadores das faculdades deagronomia desenvolvem um novo hbrido que mais produtivo que as variedadesexistentes?

    Neste caso, o desenvolvimento do novo hbrido afeta a curva da oferta. Acurva da oferta se desloca para a direita. A curva de demanda permanece inalteradaporque o desejo dos consumidores de comprar produtos a base de trigo o mesmo aqualquer preo dado. Ento a quantidade vendida de trigo aumenta de 100 para 110,e o preo cai de 3 para U$2.

    Mas a nova variedade melhorou a situao dos agricultores? Vejamos, areceita total dos agricultores PxQ. A nova variedade de trigo permite aosagricultores produzir mais trigo, mas cada saca de trigo vendida a um preo menor.

    O aumento ou a queda de receita total depende da elasticidade da demanda.E como o trigo, , em geral, inelstica e quando a curva de demanda inelstica, opreo do trigo cai substancialmente, enquanto a quantidade vendida aumenta umpouco. Portanto, o desenvolvimento do novo hbrido reduz a receita total auferidapelos agricultores.

    Se os agricultores so prejudicados pelo novo hbrido, por que que oadotam? A resposta a esta pergunta atinge o cerne do funcionamento dos mercadoscompetitivos. Como cada agricultor uma pequena frao do mercado de trigo, opreo para ele um dado. A qualquer preo dado do trigo melhor usar o novohbrido para produzir e vender mais trigo. Contudo, quando todos os agricultorestiverem feito isso, o preo cai e eles so prejudicados.

    Isto ajuda a explicar uma grande mudana registrada pela economiaamericana no sculo passado. Cem anos atrs, muitos americanos viviam no campo.

    O conhecimento dos mtodos de cultivo eram suficientemente primitivos. Contudo,com o tempo, os avanos da tecnologia agrcola aumentaram a quantidade dealimentos que cada agricultor podia produzir. Este aumento da oferta de alimentos,aliado a uma demanda inelstica por alimentos, reduziu as receitas dos agricultores,o que, por sua vez, incentivou muita gente a abandonar a atividade agrcola.

    Esta anlise do mercado de produtos agrcolas tambm ajuda a explicar umaparente paradoxo das polticas pblicas: certos programas de poltica agrcolatentam melhorar a situao dos agricultores incentivando-os a no plantar em todasua terra. Por que fazem isso? O objetivo diminuir a oferta de produtores agrcolaspara elevar seus preos. Como a demanda inelstica, os agricultores, comoconjunto, obtm uma receita total maior, se oferecem ao mercado uma safra menor.

    Nenhum agricultor isoladamente optaria por deixar suas terras em descanso, uma

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    vez que considera o preo de mercado um dado. Mas se todos os agricultores agiremda mesma forma, cada um deles estar em melhor situao.

    Ao analisar os efeitos da tecnologia ou da poltica agrcolas, importante terem mente que o que bom para os agricultores no , necessariamente bom para a

    sociedade como um todo. Melhorias na tecnologia agrcola podem ser prejudiciaisaos agricultores, mas sem dvida favorecem aos consumidores que pagam menospelos alimentos. Da mesma forma, uma poltica destinada a reduzir a oferta deprodutos agrcolas pode aumentar a renda dos produtores rurais, mas o faz aexpensas do consumidor.

    POR QUE A OPEP NO CONSEGUIU MANTER ALTOS OS PREOS DOPETRLEO?

    Na dcada de 1970 os membros da Organizao dos pases exportadores depetrleo (OPEP) decidiram aumentar o preo mundial do petrleo para aumentar arenda de seus pases. Para atingir tal objetivo reduziram conjuntamente a quantidadeoferecida de oferecida de petrleo. O preo do petrleo aumentou mais de 50% 3 a 4anos depois. Alguns anos depois, a OPEP fez o mesmo outra vez. O preo dopetrleo aumentou 14% em 1979, 34% em 1980 e mais 34% em 1981.

    Contudo, a OPEP encontrou dificuldades para manter a elevao dos preos.De 1982 a 1985 os preos do petrleo registraram um declnio constante de cerca de10% ao ano. Seguiu-se um perodo de insatisfao e desorganizao entre os pasesda OPEP. Em 1986 a cooperao entre os pases da OPEP estava destruda e ospreos do petrleo caram 45%. Em 90 o preo do petrleo tinha voltado aos nveisde 1970 e assim permaneceu na maior parte da dcada. O episdio mostra como aoferta e a demanda podem ter comportamentos distintos no curto e no longo prazo.No curto prazo, tanto a oferta quanto demanda do petrleo so bastanteinelsticas. A oferta porque a quantidade conhecida de reservas petrolferas e acapacidade de extrao no podem ser alteradas rapidamente. A demanda inelstica porque os hbitos de compra no respondem imediatamente s variaesde preo. Muitos proprietrios de carros antigos, bebedores de gasolina, porexemplo, continuaram a pagar os preos mais altos.

    A situao diferente em longo prazo. Os consumidores procuram conservarmais o combustvel, substituindo, por exemplo, os carros mais velhos e ineficientespor novos automveis mais eficientes.

    A REPRESSO S DROGAS AUMENTA OU DIMINUI OS CRIMESRELACIONADOS A DROGAS?

    O uso de drogas provoca vrios efeitos adversos. Os dependentes

    freqentemente se voltam para o roubo e outros crimes violentos para obter odinheiro necessrio ao sustento da droga.Imagine que o governo aumento o nmero de agentes federais

    O preo de equilbrio da droga aumenta, enquanto a quantidade de equilbrio sereduz. A queda na quantidade de equilbrio mostra que o combate s drogas reduzseu uso. Mas o que ocorre com o nmero de crimes relacionados s drogas? Pararesponder a esta questo, imagine o montante total que os usurios gastam com adroga. Como poucos usurios abandonaro seu hbito destrutivo em resposta aoaumento no preo, provvel que a demanda por drogas seja inelstica. Se a se ademanda inelstica, ento o aumento no preo aumenta a receita total do mercadode drogas.

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    Viciados que j tinham que roubas para sustentar seu vcio precisaro aindamais de dinheiro rpido. Portanto, o combate s drogas poderia aumentar aincidncia de crimes relacionados s drogas.

    Em funo deste efeito adverso do combate s drogas, alguns analistas

    defendem um tratamento alternativo para o problema da droga. Em lugar de tentarreduzir a oferta de drogas, seria prefervel tentar reduzir a demanda atravs de umapoltica educacional especfica. Um programa educativo bem-sucedido desloca acurva de demanda para a esquerda, a quantidade de equilbrio cai e o preo deequilbrio se reduz.

    Os defensores do combate s drogas poderiam argumentar: A demanda pordrogas , provavelmente inelstica no curto prazo, mas a demanda pode ser maiselstica a longo prazo, porque os preos mais altos desestimulam a experimentaode drogas por parte dos mais jovens e, com o passar do tempo, levariam reduodo nmero de viciados. Sendo assim, o combate s drogas aumentaria os crimesrelacionados a elas no curto prazo, mas os reduziria no longo prazo.

    Os economistas exercem dois papis. Como cientistas, desenvolvem e testamteorias para explicar o mundo que os cerca. Como formuladores de polticas pblicas,usam suas teorias para tentar mudar e melhorar o mundo. Os dois captulosanteriores se concentram em aspectos da cincia. Vimos como a oferta e a demandadeterminam o preo e a quantidade de um bem vendido. Tambm observamos comoalguns fatos deslocam a oferta e a demanda e, portanto, alteram preo e quantidadede equilbrio.

    Este Captulo nossa primeira incurso no campo da poltica econmica. Emprimeiro lugar observaremos as polticas que controlam preos de forma direta. Porexemplo, as leis que regulamentam os aluguis estabelecem o teto mximo que podeser cobrado dos inquilinos. A legislao trabalhista determina o salrio mnimo que asempresas podem pagar a seus trabalhadores. Os controles de preo so aplicados,em geral, quando os formuladores de polticas acreditam que o preo de mercado deum bem ou servio injusto para o comprador ou para o vendedor. Contudo, comoveremos, essas polticas podem gerar outras injustias.

    Depois de examinar os controles de preo, passaremos ao impacto dosimpostos. Os formuladores de poltica econmica usam a tributao para influir sobreresultados de mercado e para obter receita para atender a finalidades pblicas.

    Embora o predomnio dos impostos na economia dos Estados Unidos seja bvio,seus impactos no o so. Por exemplo, quando o governo fixa um imposto sobre ossalrios que as empresas pagam a seus funcionrios, quem carrega o nus dotributo, a empresa ou os trabalhadores? A resposta no clara at serem aplicadasas poderosas ferramentas da oferta e da demanda.

    Para ver como os controles de preo afetam os resultados de mercado,observemos novamente o mercado de sorvetes. Imaginemos que o preo deequilbrio da casquinha de sorvete seja de U$3,00.

    Nem todo mundo ficar feliz com o desfecho deste processo de livre mercado.

    Digamos que a Associao dos Consumidores de Sorvete se queixe de que o preode U$3,00 demasiado alto para que todos possam usufruir de uma casquinha de

    CAPTULO 6 - OFERTA, DEMANDA E POLTICAS ECONMICASDO GOVERNO.

    CONTROLES DE PREO

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    sorvete por dia (dieta recomendada pela associao). Ao mesmo tempo, aOrganizao dos Produtores de Sorvete afirma que o preo de U$3 resultado deuma concorrncia feroz est deprimindo a receita de seus associados. Cada umdesses lobbies reivindica do governo leis destinadas a alterar o resultado do mercado

    atravs de um controle direto dos preos.Naturalmente, como os consumidores de qualquer bem querem preosmenores e os vendedores desejam preos maiores, h um conflito entre osinteresses dos dois grupos. Se os consumidores de sorvete forem bem-sucedidos emsuas presses, o governo fixar um teto para o preo da venda do sorvete, isto , umpreo mximo. Se os produtores de sorvete forem atendidos, o governo aprovar umpiso para o preo do sorvete, ou seja, um preo mnimo. Vejamos as conseqnciasde cada uma destas polticas.COMO OS PREOS MXIMOS A FETAM OS RESUL TADOS DE MERCA DO:

    Quando o governo, em resposta s reivindicaes dos consumidores desorvete fixa um preo mximo para o mercado de sorvetes, h duas conseqnciaspossveis. O governo fixando um preo mximo de U$4,00 para a casquinha desorvete. Neste caso, como o preo que equilibra a oferta e a demanda est abaixo domximo, este no se torna compulsrio. As foras de mercado deslocaro,naturalmente, a economia em direo ao equilbrio e o preo mximo no terconseqncias.

    A outra possibilidade, bem mais interessante. Neste caso, o governoestabelece um preo mximo de U$2. Como o preo de equilbrio est acima dopreo mximo, este se torna compulsrio. As foras da oferta e da demanda tendema movimentar o preo a seu nvel de equilbrio, mas quando o preo de mercado bateno teto representado pelo preo mximo, no pode continuar sua ascenso.Portanto, o preo de mercado se iguala ao preo mximo. A este preo, a quantidadedemandada de sorvete, excede a quantidade oferecida. H uma escassez desorvete.

    Quando uma escassez de sorvete provocada por esse preo mximo, terde se desenvolver naturalmente algum mecanismo de racionamento de sorvete. Essemecanismo pode tomar a forma de longas filas: os compradores dispostos a chegarcedo e esperar na fila conseguem o sorvete, os que no estiverem, ficam semsorvete. Ou os vendedores podem racionar o sorvete de acordo com suasidiossincrasias, vendendo-o apenas para amigos, familiares ou pessoas de seu grupotnico ou racial.

    Este exemplo mostra um resultado geral: quando o governo fixa um preo

    mximo compulsrio em um mercado competitivo, surge escassez do bem, e osvendedores precisam racionar o bem escasso entre o grande nmero decompradores potenciais.

    Como foi visto no captulo anterior, em 1973 a OPEP aumentou o preo dopetrleo cru no mercado mundial. Como o petrleo cru o principal insumo dagasolina. Longas filas nos postos se tornaram lugar-comum e os motoristas muitasvezes tinham que esperar vrias horas para comprar alguns poucos litros degasolina.

    Quem o responsvel pelas longas filas? Muitos culparam a OPEP. Semdvida, se a OPEP no tivesse aumentado o preo do petrleo cru, a escassez da

    ESTUDO DE CASO: FILAS NOS POSTOS DE GASOLINA.

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    gasolina no teria ocorrido. Contudo, os economistas culparam a regulamentaogovernamental que limitava o preo que as empresas poderiam cobrar pela gasolina.

    Antes que a OPEP aumentasse o preo do petrleo cru, o preo de equilbrioda gasolina, estava abaixo do preo mximo. Portanto, os controladores de preo

    no causavam qualquer impacto. Quando o preo do petrleo cru aumentou, asituao se alterou. O aumento do preo do petrleo cru elevou o custo de produoda gasolina, e isto reduziu a sua oferta. A curva de oferta se deslocou, em ummercado no regulamentado, este deslocamento da oferta teria aumentado o preode equilbrio e nenhuma escassez teria se manifestado. Mas o preo mximo impediuque o preo aumentasse para seu nvel de equilbrio.

    A seca no leste foi culpada pela falta dgua, mas isso caluniar a menatureza. Certamente a seca a causa imediata, mas os verdadeiros culpados soos regulamentos que no permitem que mercados e preos equilibrem demanda eoferta.

    Cidades esto restringindo o uso da gua; algumas foram ao ponto de proibiros restaurantes de servir gua exceto aos clientes que solicitassem expressamenteum copo do lquido. As foras do mercado poderiam assegurar farta disponibilidadede gua mesmo em anos de seca. Nos pases em desenvolvimento, apesar docrescimento populacional, o percentual de gua com acesso gua potvelaumentou de 44% em 1980 para 74% em 1994. O aumento da renda proporcionou aesses pases os meios de oferecer gua potvel.

    A oferta tambm, aumenta quando os usurios j existentes tm um incentivopara conservar o excedente disposio do mercado. O banco permite aosagricultores fazer um leasing de gua de outros usurios nos perodos de seca. Opreo foi de U$125 por 1,23 milhes de litros, a oferta de gua superou a demandana proporo de dois para um. Isto , muito mais pessoas queriam vender gua doque compra-la.

    Infelizmente, os consumidores de gua do leste no pagam preos realistaspela gua. De modo ainda mais geral, a legislao regional probe s pessoascomprar e vender gua.

    A transformar a gua em uma commodity e liberar as foras de mercado, osformuladores de polticas pblicas no fariam as secas sumirem, mas reduziriam ossacrifcios por elas impostos ao permitir que a bomba invisvel aguasse os mercados.

    Finalmente, as leis que regulamentavam o preo da gasolina foram revogadas.Os legisladores entenderam que eles eram responsveis, em parte, pelas muitashoras que os americanos perderam nas filas espera da gasolina. Hoje, quando halteraes no preo do petrleo cru, o preo da gasolina pode ajustar-se paraequilibrar a oferta e a demanda.

    DOS JORNAIS: Uma seca provoca necessariamente falta de gua?