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GUIA DE APLICAÇÃODE INDICADORES
DE QUALIDADE DA AUDITORIA
2
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
FEVEREIRO 2020
3
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
NOTA INTRODUTÓRIA
1. ENQUADRAMENTO
2. OBJETIVOS DOS INDICADORES DE QUALIDADE DE AUDITORIA (AQI)
3. DIVULGAÇÃO E DESAFIOS
4. ÂMBITO
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS DE REPORTE
6. OUTRAS CONSIDERAÇÕES
GLOSSÁRIO – PARA EFEITO DO PRESENTE GUIA
4
5
11
13
16
20
49
52
ÍNDICE
4
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
presente Guia foi elaborado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários com base no contributo de um grupo de trabalho constituído em abril de 2019.
O grupo de trabalho, liderado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, contou com a participação empenhada das seguintes entidades:
• Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões;• Banco de Portugal;• Individualidade ligada à Academia;• Individualidadeligadaaórgãosdefiscalização;• Inspeção Geral de Finanças (desde julho de 2019);• OrdemdosRevisoresOficiaisdeContas.
Oprincipalobjetivonaconstituiçãodestegrupodetrabalhofoiadefiniçãoese-leção de indicadores e métricas de qualidade da auditoria, garantindo um debate profundo e adequado face às exigências do nosso mercado e tendo em considera-ção as melhores práticas nesta matéria a nível internacional1.
Paraconcretizaresteobjetivo,ogrupodetrabalhoseguiuaseguinteabordagem:
• análisedosmodelosdeAQIexistentesanível internacionale identificaçãodosprincipaisindicadores/métricasutilizados;
• avaliação dos principais indicadores/métricas considerando as caraterísti-casespecíficasdomercadoportuguês;
• definiçãoeseleçãodosindicadores/métricascríticosnumafaseinicial;• dimensão dos principais desafios associados a cada um dos indicadores/
métricas;• seleção de indicadores/métricas críticos tendo em consideração o âmbito
mais restrito que se pretende alcançar numa fase inicial; e• operacionalizaçãodomodelo.
O presente Guia será ajustado periodicamente, considerando as circunstâncias e asnecessidadesquevieremaseridentificadas.l
NOTA INTRODUTÓRIA
O
1 São exemplos
de jurisdições
com modelos
implementados de AQI
os Estados Unidos da
América, Singapura,
Canadá, Holanda
e Reino Unido.
5
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
ENQUADRAMENTO1.
6
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
2 Organismo criado pelo International Federation of Accountants (“IFAC”).
3https://www.ifac.org/system/files/publications/files/A-Framework-for-Audit-Quality-Key-Elements-that-Create-an-
Environment-for-Audit-Quality-2.pdf
s Indicadores de Qualidade da Auditoria ou Audit Quality Indicators (AQI) correspon-demamétricasdeavaliaçãodealgunsaspetosdoprocessodeauditoriafinancei-ra, que são fundamentais para promover a qualidade da auditoria.
Com o propósito da promoção da qualidade da auditoria, o International Auditing and Assurance Standards Board (“IAASB”)2 emitiu em fevereiro de 2014 o documento “Framework for Audit Quality”3,comosseguintesobjetivos:i)sensibilizaçãoparaoselementos-chavedaqualidadedaauditoria;ii)incentivarosprincipaisutilizadorespara explorar formas de melhorar a qualidade da auditoria; e iii) facilitar um maior diálogoentreosprincipaisutilizadores.
Neste documento é referido que, é provável que seja alcançada melhor qualidade de auditoria quando as equipas de auditoria tenham demonstrado o seguinte:
• Valores, ética e atitudes apropriados;• Conhecimento, qualificação e experiência adequados e tempo suficiente
para executar o trabalho de auditoria;• Aplicação de um processo de auditoria e de procedimentos de controlo de
qualidade que cumprem as normas legais e regulamentares aplicáveis;• Elaboração de relatórios apropriados, úteis e tempestivos; e• Interação apropriada com os intervenientes do processo de auditoria
relevantes.
(Ver esquema na página seguinte)
ENQUADRAMENTO1.
O
7
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
Calendário do Relato Financeiro
Financial Reporting Timetable
Atra
ir Ta
lentos
Attrac
ting T
alent
Referencial de RelatoFinanceiro Aplicável
Applicable Financial Reporting FrameworkLegislação e Regulamentação
relacionada com o Referencial Financeiro
Laws and Regulations relating
to Financial Framework
Práticas Empresariais
e Regulamentação Comercial
Business Practices and Commercial Law
FATORES CONTEXTUAISCONTEXTUAL FACTORS
Siste
mas de
Inform
ação
Informati
on Sys
tems
Governo das Sociedades
Corporate Governance
Fatores Culturais mais AmplosBroader Cultural Factors
Ambie
nte d
e Liti
gânc
ia
Litiga
tion E
nviro
nmen
t
ProcessoProcess
QUALIDADEDA AUDITORIA
AUDIT QUALITY
Responsáveispela Governação
Those Charged withGovernance
ReguladoresRegulators
UtilizadoresUsers
AdministraçãoManagement
AuditorAuditor
Inputs Outputs
AUDIT QUALITY
InteraçõesInteractions
Regulamentação de Auditoria
Audit Regulation
Fonte: IFAC
1. ENQUADRAMENTO
8
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
o referido documento são destacados os elementos que integram o processo de auditoriaquesepodemsistematizarnasseguintescategorias: i) inputs, corres-pondem aos fatores relacionados com o conhecimento, capacidade, experiência das equipas de auditoria, valores, ética e atitude dos auditores e disponibilidade pararealizarostrabalhosdeauditoria;ii)processo,incluitodasasvariáveisrela-cionadascomorigornaexecuçãodostrabalhoseoprocessodemonitorizaçãodaqualidade da auditoria, iii) outputs,incluinãosóacertificaçãolegaldascontase/ou relatório de auditoria mas também outros documentos que não são conhecidos do público em geral (por exemplo, as recomendações sobre o sistema de contro-lo de qualidade interno das entidades auditadas); iv) principais interações ao lon-go de todo o processo de auditoria, já que o auditor tem necessidade de interagir comváriosintervenientes,destacando-seosórgãosdefiscalização,osrestantesórgãossociais,ossupervisoreseoutrosutilizadoresrelevantesdasdemonstra-çõesfinanceiras;ev)fatoresexternosquecorrespondemàsrestantescomponen-tesqueinfluenciamdiretaouindiretamenteaexecuçãodostrabalhosdeauditoria,como por exemplo leis e regulamentos.
Osórgãosdefiscalizaçãodassociedadestêmumpapelmuitoimportantenopro-cesso de auditoria4,namedidaemquetêmumconjuntodedeveresqueinfluen-ciam o trabalho dos auditores, nomeadamente:
N
4Número3doartigo3.ºdaLein.º 148/2015,de9desetembro: “(…)3—Semprejuízodosdemaisdeveres legais, contratuais
eestatutáriosquelhesejamimputáveis,oórgãodefiscalizaçãodasentidadesdeinteressepúblicoestásujeitoaosseguintes
deveres: a) Informar o órgão de administração dos resultados da revisão legal das contas e explicar o modo como esta contribuiu
para a integridade do processo de preparação e divulgação de informação financeira, bem como o papel que o órgão de
fiscalizaçãodesempenhounesseprocesso;b)Acompanharoprocessodepreparaçãoedivulgaçãodeinformaçãofinanceirae
apresentar recomendaçõesoupropostasparagarantirasua integridade;c)Fiscalizaraeficáciadossistemasdecontrolode
qualidade interno e de gestão do risco e, se aplicável, de auditoria interna, no que respeita ao processo de preparação e divulgação
de informação financeira, sem violar a sua independência; d) Acompanhar a revisão legal das contas anuais individuais e
consolidadas, nomeadamente a sua execução, tendo em conta as eventuais constatações e conclusões da Comissão do Mercado
de Valores Mobiliários (CMVM), enquanto autoridade competente pela supervisão de auditoria, nos termos do n.º 6 do artigo 26.º
doRegulamento (UE)n.º537/2014,doParlamentoEuropeuedoConselho,de 16deabril de2014;e)Verificareacompanhara
independênciadorevisoroficialdecontasoudasociedadederevisoresoficiaisdecontasnostermoslegais,incluindooartigo
6.ºdoRegulamento(UE)n.º537/2014,doParlamentoEuropeuedoConselho,de16deabrilde2014,e,emespecial,verificara
adequação e aprovar a prestação de outros serviços, para além dos serviços de auditoria, nos termos do artigo 5.º do referido
regulamento;ef)Selecionarosrevisoresoficiaisdecontasousociedadesderevisoresoficiaisdecontasaproporàassembleia
geralparaeleiçãoerecomendarjustificadamenteapreferênciaporumdeles,nostermosdoartigo16.ºdoRegulamento(UE)n.º
537/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de abril de 2014.(…)”
1. ENQUADRAMENTO
9
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
i) acompanhar a revisão legal das contas individuais e consolidadas;ii) verificareacompanharaindependênciadoauditor;eiii) selecionar os auditores a propor à assembleia geral para eleição e recomen-
darjustificadamenteapreferênciaporumdeles.
presenteGuianãovisalimitaraatuaçãodosórgãosdefiscalizaçãoemmatériadeseleçãoemonitorizaçãodosauditores,sendoumabaseindicativadealgunsele-mentosquepodeminfluenciarpositivamenteaqualidadedostrabalhosdeaudi-toria.Osórgãosdefiscalizaçãodevemavaliara razoabilidadedos indicadoresemétricas propostos no Guia e, em conjunto com os auditores, avaliar a necessida-dedeutilizaroutrosindicadores/métricasqueseadequemàscircunstânciasqueconsiderem relevantes no âmbito das suas funções. Neste contexto, os órgãos de fiscalizaçãopodemedevemsolicitartodaainformaçãoaosauditoressemprequeentendam necessário, desde que a mesma seja útil no exercício das suas funções deseleçãodosauditoresemonitorizaçãodostrabalhosdeauditoria,paraalémdainformação proposta no Guia.
Adicionalmente,oGuiaprocurasistematizarumconjuntodeindicadoresqualita-tivos(Capítulo6),atítuloexemplificativo,quetambémdevemserponderadospe-losórgãosdefiscalizaçãonoâmbitodamonitorizaçãodostrabalhosdeauditoria.Face às circunstâncias endógenas do processo de auditoria, todos os indicadores/métricasdevemincluirumacontextualização,conformesugeridoemcadaumumadasmétricas,paraenquadraranaturezadosdadosquantitativosepermitirumaleitura mais adequada dos dados incluídos em cada indicador.
Osrestantesutilizadoresrelevantesde informaçãofinanceiraauditada,entreosquaisosacionistasesupervisores,têmigualmenteumainfluênciasignificativanotrabalhodoauditore,comotal,necessitamdeinformaçãosistematizadaparaafe-rir as circunstâncias em que foi desenvolvido o trabalho do auditor.
A aferição da qualidade de uma auditoria e o desenvolvimento de medidas para a melhoria da mesma é um processo contínuo que implica a participação de todos osintervenientesqueinfluenciamoprocessodeauditoria,mastambémaimple-mentaçãodemedidasquepotenciemumamaiortransparênciaesistematizaçãoda informação.
A Federação dos Contabilistas Europeus – Federation of European Accountants (FEE) (atualmente Accountancy Europe) publicou em julho de 2016 um documen-to intitulado “Overview of Audit Quality Indicators Initiatives”5 que resume os prin-cipaisAQIutilizadosporalgumasjurisdiçõesbemcomoapresentaasmétricasutilizadas para aferir determinados aspetos relacionados com o processo deauditoria.
O
5 https://www.
accountancyeurope.
eu/wp-content/
uploads/1607_Update_
of_Overview_of_AQIs.
1. ENQUADRAMENTO
10
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
m modelo de AQI não tem o propósito de ser uma fórmula direta e única para de-terminar a qualidade da auditoria em particular ou aferir se o auditor cumpriu as suasobrigações,masconsidera-seuminstrumentoútilquepermitesistematizarinformação sobre alguns dados críticos do processo de auditoria. Os AQI devem ser interpretados considerando o contexto da entidade auditada tendo em conta a sua complexidade,dimensãoeevolução.AleituradosAQIsemcontextualizaçãopodefornecer informação errónea e inconsequente.
Existe atualmente alguma informação pública que consta do relatório de transpa-rênciapreparadopelosauditoresquerealizamarevisãolegaldecontasdeenti-dadesdeinteressepúblico(“EIP”),quetemporobjetivoaumentaraconfiançadosutilizadoresdasdemonstraçõesfinanceiras.Desterelatórioconstamalgunsindi-cadores e métricas relacionados com a qualidade dos trabalhos de auditoria que podemseravaliadospelosváriosintervenientesnoprocessodeauditoriafinancei-ra;porém,nãoexisteinformaçãosistematizadaquepermitaumacomparabilidadede indicadores qualitativos e quantitativos entre auditores.
Conforme referido anteriormente, a comparação dos indicadores e métricas entre asdiferentesfirmasdeauditoriae,consequentementeentreprojetosdeauditorianãoélinearedeveteremcontaareferidacontextualização.Possíveiscompara-çõesquepossamviraserrealizadaspelosváriosintervenientesnãodevemdeixarde ter em consideração todos os aspetos qualitativos associados ao processo de auditoria,nomeadamenteosreferidosatítuloexemplificativonoCapítulo6dopre-sente Guia. l
U
11
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
OBJETIVOS DOSINDICADORESDE QUALIDADEDE AUDITORIA(AQI)
2.
12
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
om o modelo de AQI, apresentado neste documento, pretende-se alcançar os se-guintes objetivos principais:
i) identificarosprincipaisindicadoresemétricasdeavaliação,quepermitamoperacionalizaroconceitodequalidadedaauditoria;
ii) promoverumaculturadequalidadenasfirmasdeauditoria;iii) conferir maior transparência e objetividade ao mercado de auditoria;iv) promover o debate sobre a qualidade de auditoria com os principais interes-
sados; ev) criar uma ferramentade apoio aosórgãosdefiscalizaçãonoprocessode
monitorizaçãoeseleçãodosauditores.
O desenvolvimento de um modelo de AQI irá permitir obter informação periódica, sistematizadaeadequadasobreosváriosfatoresquecontribuemparaapromo-ção da qualidade da auditoria.
Nas jurisdições que já utilizam os AQI para avaliar a qualidade da auditoria, os resultados obtidos têm-se revelado de manifesta utilidade, nomeadamente, per-mitindoaosauditoresdetetareminsuficiênciasnossistemasdecontrolodequa-lidadeinternos(implementandomedidascorretivas)eaosórgãosdefiscalizaçãorecebereminformaçãosistematizadapararealizaremumacompanhamentomaisefetivo e melhor suportado dos projetos de auditoria. l
COBJETIVOSDOS AQI
2.
13
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
DIVULGAÇÃOE DESAFIOS
3.
14
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
implementaçãodeummodelodeAQIenvolvealgunsdesafiosqueosauditoresdeEIP devem ter presentes e observar, nomeadamente:
i) Adaptação dos sistemas de informação;ii) Definiçãodepolíticasinternasdemonitorização;iii) Formação das suas equipas; iv) Avaliação dos indicadores e métricas, designadamente a interpretação e
justificaçãodasvariaçõessignificativas;ev) Asnecessidadesdosprincipaisutilizadores.
ACMVMrecomendaaosauditoresdeEIPoestudodopresenteGuiaea realiza-ção dos esforços necessários para obtenção de informação sobre os indicadores e métricasporfirmaeprojetodeauditoria.
Numa primeira fase de aplicação do Guia, que se espera ser de pelo menos 1 ano, a CMVM pretende avaliar a aderência dos indicadores e métricas ao mercado, afe-rirafiabilidadedoentendimentoepreenchimentodosmodelosdereporteein-troduzirosajustamentosquesevenhamamostrarnecessários,bemcomosensi-bilizarosprincipaisutilizadores–firmasdeauditoriaeórgãosdefiscalizaçãoemparticular–sobreosbenefíciosdautilizaçãodosAQInapromoçãodaqualidadeda auditoria.
Assim sendo, relativamente ao primeiro ano de aplicação do Guia, deve atender-se aos seguintes requisitos:
• OreportedosAQI(indicadoresemétricasdefirmaedeprojetosdeauditoria)será endereçado exclusivamente à CMVM;
• Será solicitado o reporte dos AQI aos seis auditores de EIP com maior di-mensão:BDO&Associados,SROC,Lda. (BDO),Deloitte&Associados,SROC,S.A. (Deloitte), Ernst & Young Audit & Associados, SROC, S.A. (EY), KPMG&Associados, SROC, S.A. (KPMG), Mazars & Associados, SROC, S.A. (Mazars)e Pricewaterhousecoopers & Associados, SROC, Lda. (PwC) sobre os
A
DIVULGAÇÃOE DESAFIOS
3.
15
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
indicadores emétricas defirma e de projetos de auditoria de uma amostra total de cerca de 25 grupos económicos a selecionar oportunamente. Os crité-rios de seleção permitirão selecionar os grupos económicos com maior volume de negócios e/ou valor de balanço, sendo igualmente assegurada a harmoni-zaçãodonúmerodegruposeconómicosselecionadosporauditor.Pretende-se o reporte de informação relativamente à EIP onde tenham sido incorridas o maior número de horas para a emissão da respetiva opinião de auditoria dentro da cada grupo económico selecionado;
• Oreportedeinformaçãoseráreferenteaoexercíciofindoem31dedezembrode2019.Namedidaemqueasfirmasdeauditoriajáutilizamalgunsdadosre-lacionados com os indicadores e métricas previstos neste Guia para efeitos demonitorizaçãointerna,pretende-sequeoreportereferenteaoexercíciofindoem31dedezembrode2019sejaefetuadocombasenainformaçãodis-ponível (melhores esforços);
• Oprazoparaestereporteseráaté30desetembrode2020;e
• Não é requerida informação referente aos comparativos (exercício de 2018).
Após a conclusão da primeira fase da aplicação do Guia e decorrente da análise dos contributos recebidos das entidades envolvidas na primeira fase, a CMVM avaliará anecessidadederealizarmelhoriasaopresenteGuiae,eventualmentealargaroâmbito da sua aplicação. l
3. DIVULGAÇÃOE DESAFIOS
16
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
ÂMBITO4.
17
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
ste Guia tem por objetivo estabelecer um conjunto de indicadores que em con-jugação com uma avaliação qualitativa podem permitir avaliar a qualidade da auditoria.
O Guia não pretende contemplar todos os fatores que contribuem para a qualidade da auditoria, mas sim apresentar os indicadores ou métricas quantitativas que se entende poderem contribuir para a sua melhoria e que poderão ser considerados pelos principais intervenientes no processo de auditoria, nomeadamente os audi-toreseosórgãosdefiscalização.
Conforme referido anteriormente, a existência de um modelo de AQI constitui ain-da uma importante ferramenta para permitir a discussão entre as partes interes-sadas(porexemplo:auditores,órgãosdefiscalização,acionistas,supervisores),sobre matérias críticas do trabalho de auditoria.
OGuiarecomendaautilizaçãode8indicadoresquepermitemobterinformaçãoútil sobre vários fatores que contribuem para a qualidade da auditoria, numa perspeti-vadafirmae/ouprojetodeauditoria.
(Ver tabela na página seguinte)
Osindicadores/métricasporfirmacorrespondemadadosquantitativosassocia-dosaosistemadecontrolointernodafirmaepermitemterumavisãodealgunsaspetos relacionados com a qualidade da auditoria. Os indicadores / métricas por projetodeauditoriaincluemaspetosespecíficosqueestãoassociadosànaturezadoprojetodeauditoriadecadaEIP.Faceànaturezadealgunsindicadores,asuaaplicaçãoapenaséadequadanumadasperspetivas(firma/projeto).
A interpretação de cada indicador quantitativo deve ser acompanhada por uma cui-dadacontextualizaçãoapresentadapelafirmadeauditoria.NoCapítulo5dopresenteGuiasãoapresentadasasdefiniçõesdecadaindicador,dasmétricasdemensuraçãoassociadas aos indicadores, a relevância do indicador no processo de auditoria e o modelo de apresentação e reporte que deve ser considerado pelos auditores. l
E
ÂMBITO4.
18
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
Indicadores Tipo deindicador
Brevedescrição
CONSTITUIÇÃODAS EQUIPAS
Envolvimento adequadodos colaboradores
com mais experiência
FORMAÇÃO Número de horasde formação
Projeto Firma
ROTAÇÃODOS COLABORADORES
Percentagemde saídas de colaboradores
HORAS POR FASESDE AUDITORIA
Horas despendidas em cada umadas fases de auditoria e
indicação das datas de conclusão
RESULTADOSDOS CONTROLOSDE QUALIDADE
Resultados dosprocessos de monitorização
interna e externa
FUNÇÕESDE CONTROLODE QUALIDADE
Colaboradoresafetos às áreas de
controlo de qualidade
RESPONSABILIDADESSOB GESTÃO
Disponibilidadedo sócio responsável
pela auditoria
EXPERIÊNCIA Experiência das equipasde auditoria
&
&
&
4. ÂMBITO
19
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
Anaturezadosindicadoresexigequeosperíodosdemensuraçãosejamadapta-dos face aos objetivos pretendidos. Neste contexto, apresentam-se de seguida as orientações que devem ser consideradas sobre esta matéria e que são comple-mentadas no Capítulo 5 do presente Guia.
Indicadores ProjetoFirma
CONSTITUIÇÃODAS EQUIPAS
Todas as horas incorridas em todos os trabalhos de auditoria
conducentes à emissão das opiniões sobre as demonstrações financeiras
com referência a 31 de dezembro do ano N.
Horas incorridas conducentes à emissão da opinião sobre
as demonstrações financeiras com referência a 31 de dezembro
do ano N (planeamento, execução e conclusão).
RESPONSABILIDADESSOB GESTÃO
Todas as horas sob gestão dos sócios de auditoria da firma
referentes aos trabalhos de auditoria com referência a 31 de dezembro
do ano N.
Todas as horas sob gestão do sócio responsável pelo projeto
de auditoria referentes aos trabalhos de auditoria com referência a 31 de dezembro do ano N.
EXPERIÊNCIA Número de anos de experiência corresponde à experiência dos colaboradores envolvidos nos
projetos de auditoria e dos anos na firma com referência ao exercício de 31 de dezembro do ano N, calculado na data de finalização dos projetos
de auditoria.
Número de anos de experiência corresponde à experiência dos
colaboradores envolvidos no projeto de auditoria com referência ao
exercício de 31 de dezembro do ano N, calculado na data de finalização
do projeto de auditoria.
FORMAÇÃO Horas de formação durante o período de 12 meses findo em 30 de junho de
cada exercício.
Não aplicável.
HORAS POR FASESDE AUDITORIA
Não aplicável. Horas incorridas no processo de auditoria às contas da entidade
auditada com referência ao exercício de 31 de dezembro do ano N.
RESULTADOSDOS CONTROLOSDE QUALIDADE
Informação relativa aos processos de monitorização interna e externa
realizados durante o período de 12 meses findo em 30 de junho de
cada exercício.
Não aplicável.
FUNÇÕESDE CONTROLODE QUALIDADE
Horas incorridas nas funções de controlo de qualidade durante o período de 12 meses findo
em 30 de junho de cada exercício.
Não aplicável.
ROTAÇÃODOS COLABORADORES
Todas as saídas / entradas de colaboradores de auditoria da firma
no período de 12 meses findo em 30 de junho de cada exercício.
Não aplicável.
20
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
INDICADORES,MÉTRICASE MODELOSDE REPORTE
5.
21
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.1. CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS
DEFINIÇÃO
Este indicador evidencia o número de horas incorridas pelos elementos seniores da equipa de auditoria (sócios e gerentes). Este indicador é apresentado em termos absolutos e em termos relativos (percentagem face ao total de horas de auditoria).
MÉTRICA POR PROJETO
Horasepercentagemdeenvolvimentodaequipaporcategoriaprofissional.
MÉTRICA POR FIRMA
Percentagemdehorasincorridasporcategoriaprofissionalnosprojetosdeaudi-toria por tipo de risco de cliente (elevado, normal).
RELEVÂNCIA
Este indicador permite: (i) avaliar o grau de envolvimento dos elementos mais se-niores da equipa de auditoria (sócios e gerentes) e (ii) proporcionar informação sobre a sua disponibilidade para a supervisão e revisão dos procedimentos de auditoria.
Existe uma correlação positiva entre a qualidade da auditoria e o nível de envol-vimentodoselementosmaissenioresdaequipadeauditoria,umavezqueestespossuemoconhecimentoeaexperiêncianecessáriosparaa identificaçãoere-solução dos temas de auditoria de maior complexidade, incluindo a avaliação dos julgamentos de auditoria efetuados, que possam surgir no decurso do projeto de auditoria. Um maior nível de envolvimento implica necessariamente uma maior su-pervisãoerevisãodotrabalhorealizadopeloselementosmaisnovosoucomme-nos experiência da equipa de auditoria. l
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
22
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
EXERCÍCIO N-1
Revisor(es) de controlo de qualidadeSócio responsável pela auditoria Gerente(s) Sénior(es) Staff Especialista(s)Total 100% 100% 100% 100%
5.1. CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS
MODELOS DE REPORTE DA MÉTRICA POR PROJETO
X Y% Z W% M Y% N W%
HorasCATEGORIA PROFISSIONAL / FUNÇÃO
HORAS INCORRIDAS E PERCENTAGEM DE AFETAÇÃO AO PROJETO DE AUDITORIA
EXERCÍCIO N
Serviçosde auditoria
Serviços distintosde auditoria
% Horas % Horas
Serviçosde auditoria
Serviços distintosde auditoria
% Horas %
Por exemplo: Relatório sobre a avaliaçãodo processo de quantificaçãoda imparidade da carteira de crédito
X Z
DESCRIÇÃO
SERVIÇOS DISTINTOS DE AUDITORIA
HORAS INCORRIDAS
EXERCÍCIO N EXERCÍCIO N-1
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
(perc
enta
gem
de en
volvi
ment
o)
(perc
enta
gem
de en
volvi
ment
o)
(perc
enta
gem
de en
volvi
ment
o)
(perc
enta
gem
de en
volvi
ment
o)
23
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
CONTEXTUALIZAÇÃO
As métricas devem incluir uma breve narrativa sobre os seguintes aspetos (lista não exaustiva):
• ExplicaçãodasvariaçõessignificativasdashorasincorridasdoexercícioNfaceaoexercícioN-1(totale/ouporcategoriaprofissional/função).
• Explicação para percentagens de envolvimento distintas entre serviços de auditoria e serviços distintos de auditoria.
Nacontextualizaçãoda informaçãorelativaaodetalhedosserviçosdistintosdeauditoriaassociadosatrabalhosdeauditoria,afirmadeauditoriadeveincluirumaexplicação em que medida cada um dos serviços distintos de auditoria detalhados contribuiu para o trabalho de auditoria conducente à emissão do relatório de audi-toria/certificaçãolegaldascontas.
CONCEITOS
HORAS DE AUDITORIAIncluem:
• Horas incorridas no projeto de auditoria (consultar conceito na secção “Glossário”);
• Horas incorridas por colaboradores pertencentes a serviços de outsourcing.
Não incluem:
• Horas incorridas por staffnãoprofissional(porexemplo,staff de apoio admi-nistrativo, etc.).
5.1. CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
24
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
HORAS DE AUDITORIA DE ESPECIALISTAS
Na linha “Especialistas” devem ser consideradas as horas de todos os elementos externoseinternosàfirma.
SERVIÇOS DISTINTOS DE AUDITORIA(para efeitos do modelo de AQI)6
Os serviços distintos de auditoria a incluir são aqueles que contribuíram para o tra-balhodeauditoriaconducenteàemissãodorelatóriodeauditoria/certificaçãole-gal das contas, nomeadamente (lista não exaustiva):
• Revisão de demonstrações financeiras com um nível limitado de garantiadefiabilidade,ondeseenquadramasrevisõeslimitadassobreascontastri-mestrais, semestrais ou com referência a outro período;
• Parecersobreaadequaçãoeaeficáciadapartedosistemadecontroloin-terno subjacente ao processo de preparação e de divulgação de informação financeira(relatofinanceiro),conformeexigidopeloartigo25.º,n.º5,alíneab) do Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal;
• Relatóriosobreaavaliaçãodoprocessodequantificaçãodaimparidadedacarteira de crédito, conforme exigido pela Instrução n.º 5/2013 do Banco de Portugal, alterada pela Instrução n.º 4/2017, de 22 de março e pela Instrução n.º 18/2018, de 28 de agosto;
• Certificaçãodorelatórioanualsobreaestruturaorganizacionaleossiste-mas de gestão de risco e de controlo interno estabelecidas nos artigos 19.º e 20.º da Norma Regulamentar da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões n.º 14/2005-R, de 29 de novembro, quanto ao reporte dosprocedimentosespecíficosparaocombateaobranqueamentodeca-pitais,equantoao reportedosmecanismoseprocedimentosespecifica-mente adotados no âmbito da política antifraude (Circular n.º 1/2017, de 15 de fevereiro).
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
Devemser consideradas as horas incorridas conducentes à emissãodaopiniãosobreasdemonstraçõesfinanceirascomreferênciaa31dedezembrodoanoN(planeamento, execução e conclusão). Em 2020, para efeitos deste indicador N corresponde aos projetos de auditoria com referência ao exercício de 2019 e N-1 corresponde aos projetos de auditoria com referência ao exercício de 2018, que no primeiro ano de aplicação do Guia não é necessário reportar. l
6 Saliente-se que a
interpretação sobre
SDAincluídano
documento “Respostas
às perguntas mais
frequentes sobre
a entrada em vigor
do novo Estatuto da
Ordem dos Revisores
OficiaisdeContase
do Regime Jurídico
de Supervisão de
Auditoria”,atualizado
a 9 de setembro de
2019 (Questão III.9) é a
relevante para todos
os demais efeitos.
5.1. CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
25
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
MODELO DE REPORTE DA MÉTRICA POR FIRMA
CONTEXTUALIZAÇÃO
Afirmadeauditoriadevedescreversucintamenteoscritériosutilizadosnopro-cessodeclassificaçãodoriscodosseusclientesdeauditoriapelascategoriasderisco elevado e normal.
NacontextualizaçãodestamétricaafirmadeauditoriadevetambémincluirumanarrativasobreasvariaçõessignificativasdoexercícioNfaceaoexercícioN-1(porrisco,horastotaise/ouporcategoriaprofissional/função).
Adicionalmente, a firma de auditoria deve elencar as principaismedidas imple-mentadas para os clientes que apresentem um risco elevado.
5.1. CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
Revisores de controlo de qualidadeSócios responsáveis pela auditoriaGerentesSenioresStaffEspecialistasTotal 100% 100% 100%
X% Z% A B C%
CATEGORIA PROFISSIONAL / FUNÇÃO
HORAS TOTAIS E PERCENTAGEM DE AFETAÇÃO DAS EQUIPAS DE AUDITORIAEXERCÍCIO N
Risco elevado Risco normal Número FTE Horas Totais %
(perc
enta
gem
média
de
envo
lvime
nto)
(hora
s tot
ais po
r cat
egor
ia –
- méd
ia do
ano)
(perc
enta
gem
média
de
envo
lvime
nto)
(nº de
FTE p
or ca
tego
ria -
- méd
ia do
ano)
(perc
enta
gem
média
de
envo
lvime
nto g
lobal)
Revisores de controlo de qualidadeSócios responsáveis pela auditoriaGerentesSenioresStaffEspecialistasTotal 100% 100% 100%
X% Z% A B C%
CATEGORIA PROFISSIONAL / FUNÇÃO
HORAS TOTAIS E PERCENTAGEM DE AFETAÇÃO DAS EQUIPAS DE AUDITORIA
EXERCÍCIO N-1
Risco elevado Risco normal Número FTE Horas Totais %
(perc
enta
gem
média
de
envo
lvime
nto)
(hora
s tot
ais po
r cat
egor
ia –
- méd
ia do
ano)
(perc
enta
gem
média
de
envo
lvime
nto)
(nº de
FTE p
or ca
tego
ria -
- méd
ia do
ano)
(perc
enta
gem
média
de
envo
lvime
nto g
lobal)
26
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
CONCEITOS
HORAS TOTAIS DE AUDITORIAIncluem:
• Horas de projetos de auditoria de EIP e de Não Entidades de Interesse Público (NEIP);
• Horas dos serviços distintos de auditoria (para efeitos do modelo de AQI); e• (Consultar os conceitos apresentados no indicador por projeto).
Não incluem:
• (Consultar os conceitos apresentados no indicador por projeto) .
PERCENTAGEM MÉDIA DE ENVOLVIMENTO
Correspondeaonúmerototaldehorasporcategoriaprofissionaldafirmaadividirpelonúmerototaldehorasdetodasascategoriasprofissionaisdafirma.
NÚMERO MÉDIO DE FTE POR CATEGORIA PROFISSIONAL
Equivaleaonúmeromédiodecolaboradoresnacategoriaprofissionalduranteoperíodo de mensuração.
HORAS TOTAIS DE AUDITORIA DE ESPECIALISTAS
(Consultar os conceitos apresentados no indicador por projeto.)
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
Devemserconsideradastodasashorasincorridasdetodosostrabalhosdeaudi-toria conducentesàemissãodasopiniõessobreasdemonstraçõesfinanceirascomreferênciaa31dedezembrodoanoN.Em2020,paraefeitosdesteindicadorN corresponde aos projetos de auditoria com referência ao exercício de 2019 e N-1 corresponde aos projetos de auditoria com referência ao exercício de 2018, que no primeiro ano de aplicação do Guia não é necessário reportar. l
5.1. CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
27
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.2. RESPONSABILIDADES SOB GESTÃO
DEFINIÇÃO
Este indicador fornece informação sobre o número de horas sob gestão dos sócios responsáveis pelos projetos de auditoria afetas a projetos de auditoria.
MÉTRICAS POR PROJETO
• Número de horas sob gestão do sócio responsável pela auditoria do projeto.
• Número de projetos de auditoria de EIP e de NEIP sob gestão do sócio res-ponsável pelo projeto de auditoria.
MÉTRICAS POR FIRMA
• Número de horas médias sob gestão dos sócios responsáveis por projetos de auditoria.
• Número médio de projetos de auditoria de EIP e de NEIP sob gestão dos sócios responsáveis de auditoria.
RELEVÂNCIA
Este indicador permite avaliar a disponibilidade dos sócios responsáveis de audi-toria para acompanhar e rever os projetos de auditoria tempestivamente, tendo em consideração todos os projetos de auditoria sob sua responsabilidade.
A existência de uma carga de trabalho excessiva pode levar a que o sócio respon- sávelpeloprojetodeauditorianãoconduzaasuaatençãoefocoparatodosospro-jetos de auditoria sob sua responsabilidade. l
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
28
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.2. RESPONSABILIDADES SOB GESTÃO
MODELO DE REPORTE DA MÉTRICA POR PROJETO
Nº de horas totais dos colaboradores envolvidosnos projetos de auditoria de EIP e NEIP sob gestão do sócio responsável pela auditoria
HORAS TOTAIS SOB GESTÃO EXERCÍCIO N EXERCÍCIO N-1
Nº de trabalhos de auditoria de EIP sob gestão do sócio responsável pelo trabalho de auditoria [A]
Nº de trabalhos de auditoria de NEIP sob gestão do sócio responsável pelo trabalho de auditoria [B]
Total [C] = [A] + [B]
N.º DE TRABALHOS DE AUDITORIA SOB GESTÃO EXERCÍCIO N EXERCÍCIO N-1
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
29
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
CONTEXTUALIZAÇÃO
Afirmadeauditoriadeveincluirumanarrativaqueincluainformaçãosobreasva-riaçõessignificativasdashorastotaissobgestãodosócioresponsávelpelaaudi-toria.Asmétricasporprojetodevemsercomparadascomasmétricasporfirmaeosrespetivosdesviosrelevantesdevemserenquadradosfaceaocontextodafir-ma e do sócio responsável.
Érecomendadoqueafirmadeauditoriaincluainformaçãorelacionadacomadis-tribuição / diluição das responsabilidades (ex. n.º de gerentes por sócio e n.º de ho-ras sob revisão dos gerentes).
CONCEITOS
HORAS TOTAIS SOB GESTÃO
Total de horas incorridas pelos colaboradores em projetos de auditoria de EIP e NEIP em que o sócio assume a responsabilidade pelo projeto de auditoria. Excluem-se as horas do sócio responsável nesses projetos de auditoria de EIP e NEIP.
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
Devemserconsideradastodasashorassobgestãodosócioresponsávelpelopro-jeto de auditoria referentes aos trabalhos de auditoria com referência a 31 de de-zembrodoanoN.Em2020,paraefeitosdesteindicadorNcorrespondeaosproje-tos de auditoria com referência ao exercício de 2019 e N-1 corresponde aos projetos de auditoria com referência ao exercício de 2018, que no primeiro ano de aplicação do Guia não é necessário reportar. l
5.2. RESPONSABILIDADES SOB GESTÃO
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
30
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.2. RESPONSABILIDADES SOB GESTÃO
MODELO DE REPORTE DA MÉTRICA POR FIRMA
N.º de horas totais dos colaboradores envolvidos em projetosde auditoria sob gestão dos sócios responsáveis de auditoria [A]
N.º total de sócios responsáveis por projetos de auditoria [B]
HORAS MÉDIAS SOB GESTÃO EXERCÍCIO N EXERCÍCIO N-1
N.º total de projetos de auditoria de EIP e NEIP sob gestãodos sócios responsáveis por projetos de auditoria [A]
N.º total de sócios responsáveis por projetos de auditoria [B]
N.º médio de projetos de auditoria de EIP e NEIP sob gestão dos sócios responsáveis por projetos de auditoria [C] = [A] / [B]
N.º MÉDIO DE PROJETOS DE AUDITORIA SOB GESTÃO EXERCÍCIO N EXERCÍCIO N-1
Média de horas sob gestão por sócio responsável por projetos de auditoria [C] = [A] / [B]
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
31
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
CONTEXTUALIZAÇÃO
Afirmade auditoria deve incluir umanarrativaque inclua informação sobre as variaçõessignificativasdamédiadehorassobgestãodossóciosresponsáveisdeauditoria (ex. reforço da estrutura de sócios, diminuição de projetos de auditoria, etc.).Afirmadeveapresentarumabrevedescriçãodaspolíticasinternassobreoslimites de horas sob gestão e número de projetos de auditoria por sócio responsá-veldeauditoria.Paraasexceçõesidentificadasdesseslimites,devemserdescri-tas as medidas implementadas e/ou a implementar para mitigar o risco de falta de revisão / supervisão dos projetos de auditoria. CONCEITOS
HORAS TOTAIS SOB GESTÃO Incluem:
• Total de horas incorridas por todos os colaboradores envolvidos em projetos de auditoria. Excluem-se as horas dos sócios responsáveis nesses projetos de auditoria [correspondente ao valor “A” apresentado no primeiro quadro da página anterior].
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
Devemserconsideradas todasashorassobgestãodossócios responsáveisdeauditoriadafirmareferentesaostrabalhosdeauditoriacomreferênciaa31dede-zembrodoanoN.Em2020,paraefeitosdesteindicadorNcorrespondeaospro-jetos de auditoria com referência ao exercício de 2019 e N-1 corresponde aos pro-jetos de auditoria com referência ao exercício de 2018, que no primeiro ano de aplicação do Guia não é necessário reportar. l
5.2. RESPONSABILIDADES SOB GESTÃO
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
32
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.3. EXPERIÊNCIA
DEFINIÇÃO
Este indicador fornece informação sobre os anos de experiência em auditoria, por categoriaprofissional,permitindoavaliarseasequipasenvolvidastêmacapaci-dade técnica para executar os procedimentos de auditoria tendo em conta o risco da entidade e a sua complexidade.
MÉTRICA POR PROJETO
Número médio de anos de experiência da equipa do projeto por categoria profissionalemauditoria.
MÉTRICA POR FIRMA
Número médio de anos na firma e experiência em auditoria por categoriaprofissional.
RELEVÂNCIA
Existe uma correlação positiva entre o número de anos de experiência em auditoria e a qualidade de auditoria. Auditores com experiência relevante e ade-quadaformaçãotêmumamaiorcapacidadedeexecutaredefinirumaestratégiade auditoria adaptada aos riscos e contexto das entidades auditadas. l
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
33
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
Sócio responsável pela auditoriaGerente(s)Sénior(es)Revisor de controlo de qualidade
MODELO DE REPORTE DA MÉTRICA POR PROJETO
CATEGORIA PROFISSIONAL / FUNÇÃO
NÚMERO MÉDIO DE ANOS DE EXPERIÊNCIA EM AUDITORIA
EXERCÍCIO N
5.3. EXPERIÊNCIA
EXERCÍCIO N-1
CONTEXTUALIZAÇÃO
Quandose identifiqueumavariaçãosignificativaentredoisexercícios, deveserapresentadoumbreveenquadramentodosfatoresquejustificamtalocorrênciaeas medidas implementadas e/ou a implementar.
CONCEITOS
NÚMERO MÉDIO DE ANOS DE EXPERIÊNCIA EM AUDITORIA
Nascategoriasprofissionaiscommaisdoqueumelemento,estevalorécalculadotendo em consideração a experiência acumulada em auditoria de todos os colabo- radoresincluídosnumacategoriaprofissionaladividirpelonúmerodecolaborado-resincluídosnessacategoriaprofissional.
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
O apuramento do número de anos de experiência em auditoria deve ser efetuado por referência ao exercício (N). Em 2020, para efeitos deste indicador, N corres-ponde à experiência dos colaboradores envolvidos no projeto de auditoria com re-ferênciaaoexercíciode2019,calculadonadatadefinalizaçãodoprojetodeaudi-toria e N-1 corresponde à experiência dos colaboradores envolvidos no projeto de auditoriacomreferênciaaoexercíciode2018,calculadonadatadefinalizaçãodoprojeto de auditoria, que no primeiro ano de aplicação do Guia não é necessário reportar.
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
34
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.3. EXPERIÊNCIA
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
MODELO DE REPORTE DA MÉTRICA POR FIRMA
CATEGORIA PROFISSIONAL / FUNÇÃO
NÚMERO MÉDIO DE ANOS NA FIRMA DE AUDITORIA E EXPERIÊNCIA EM AUDITORIAEXERCÍCIO N
Experiência em auditoria
N.º médio de anosna firma
EXERCÍCIO N-1
Experiência em auditoria
Sócios responsáveis pela auditoriaGerentesSenioresStaff
N.º médio de anosna firma
CONTEXTUALIZAÇÃO
Afirmadeauditoriadeveapresentarumenquadramentoquandoonúmeromédiodeanosdeexperiênciaemauditoriadiferesignificativamentedonúmeromédiodeanosnafirma.Quandoestacircunstânciaseverifica,afirmadeveapresentarsu-cintamente a política interna implementada de formação inicial, descrevendo as matérias abrangidas (ex. independência, cultura, valores, etc.). Quando seja identi-ficadaumavariaçãosignificativaentredoisexercícios,deveserapresentadaumabrevedescriçãodosfatoresquejustificamtalocorrênciaeasmedidasimplemen-tadase/ouaimplementarpelafirma.
CONCEITOS
NÚMERO MÉDIO DE ANOS DE EXPERIÊNCIA EM AUDITORIA
Este valor é calculado tendo em consideração a experiência acumulada em audito-riadetodososcolaboradoresincluídosnumacategoriaprofissionaladividirpelonúmerodecolaboradoresincluídosnessacategoriaprofissional.
NÚMERO MÉDIO DE ANOS NA FIRMA
Estevalorécalculadotendoemconsideraçãoonúmerodeanosnafirmadetodososcolaboradores incluídosnumacategoriaprofissionaladividirpelonúmerodecolaboradoresincluídosnessacategoriaprofissional.
35
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.3. EXPERIÊNCIA
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
Oapuramentodonúmerodeanosdeexperiênciaemauditoriaedosanosnafirmadeve ser efetuado por referência ao exercício N. Em 2020, para efeitos deste indi-cador, N corresponde à experiência dos colaboradores envolvidos nos projetos de auditoriacomreferênciaaoexercíciode2019,calculadonadatadefinalizaçãodoprojeto de auditoria e N-1 corresponde à experiência dos colaboradores envolvidos nos projetos de auditoria com referência ao exercício de 2018, calculado na data de finalizaçãodoprojetodeauditoria,quenoprimeiroanodeaplicaçãodoGuianãoénecessário reportar. l
36
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.4. FORMAÇÃO
DEFINIÇÃO
As horas de formação recebidas pelos colaboradores de auditoria em matérias relacionadas, nomeadamente com ética e independência e contabilidade e auditoria.
MÉTRICA POR FIRMA
Número médio de horas anuais de formação dos colaboradores de auditoria, por categoriaprofissional,nomeadamentenasseguintesmatérias:éticae indepen-dência, contabilidade e auditoria. Este indicador não inclui métricas por projeto de auditoria,porémafirmadeauditoriadeveter informaçãosistematizadasobreaformação dos colaboradores que integram cada projeto de auditoria.
RELEVÂNCIA
Este indicador permite avaliar se os colaboradores de auditoria têm o conheci-mentoadequadoeatualizadosobreasmatériascríticasdaprofissão.Aformaçãocontínuaaumentaacapacidadedoscolaboradoresemrealizarauditoriasdequa-lidade elevada.
MODELO DE REPORTE DA MÉTRICA POR FIRMA
CATEGORIA PROFISSIONAL
HORAS MÉDIAS ANUAIS DE FORMAÇÃO
EXERCÍCIO N
Ética e independência
Contabilidadee auditoria
EXERCÍCIO N-1
Sócios responsáveis pela auditoriaGerente(s)Sénior(es)StaffMédia por colaborador
CONTEXTUALIZAÇÃO
Naapresentaçãodeste indicador,afirmadeauditoriadeveapresentarsucinta-mente a seguinte informação:
• Descriçãodas“Outrasformações”(ex.prevençãodebranqueamentodecapitaisefinanciamentoaoterrorismo,soft skills, gestão de tempo, liderança, etc.); e
Outras Total Ética e independência
Contabilidadee auditoria
Outras Total
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
37
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.4. FORMAÇÃO
• Descriçãodosprincipaistemasabordadosnasformaçõesde“Contabilidadee auditoria” (por exemplo novas normas de contabilidade e / ou de auditoria).
CONCEITOS
HORAS DE FORMAÇÃOIncluem:
• Todas as horas de formação independentemente de serem atestadas por um departamentodafirmadeauditoriaoudeseremcertificadas;
• Todos os tipos de formação (por exemplo, e-learning, web-based training, formação em sala);
• Ashorasdespendidasporcolaboradoresdafirmaenquantoformadoresin-ternos no que se refere à preparação da formação;
• As horas de formação de estagiários e colaboradores temporários afetos a projetos de auditoria;
• Ashorasde formação internas (ministradaspelafirmadeauditoriaouporoutrafirmadarede)eexternas(ministradasporterceiros).
Não incluem:
• Horas relacionadas com “On-job-training”;• Horas associadas à preparação e revisão de consultas / pareceres técnicos;• Horas de formação de staffnãoprofissional(porexemplo,estagiáriosecolaborado-
res temporários não afetos a projetos de auditoria, staff de apoio administrativo, etc.);• Horas de formação de colaboradores pertencentes a serviços de outsourcing.
NÚMERO DE HORAS MÉDIAS ANUAIS DE FORMAÇÃO
O número de horas médias anuais de formação corresponde ao somatório de horas deformaçãoanualporcategoriaprofissionaladividirpelonúmeromédiodecola-boradoresnacategoriaprofissionalnoexercício.
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
Oapuramentodashorasdeformaçãodeveincluiroperíodode12mesesfindoem30 de junho do exercício de referência (N). Em 2020, N corresponde ao período compreendido entre 01 de julho de 2019 e 30 de junho de 2020 e N-1 corresponde ao período compreendido entre 01 de julho de 2018 e 30 de junho de 2019, que no primeiro ano de aplicação do Guia não é necessário reportar. l
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
38
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.5. ROTAÇÃO DOS COLABORADORES
DEFINIÇÃO
Informação sobre a estabilidade das equipas de auditoria destacando a taxa de saídas de colaboradores durante o exercício.
MÉTRICA POR FIRMA
Númerodecolaboradoresdeauditoriaquesaíramdafirmanoperíodode12me-sesfindoem30dejunhodoexercíciodereferência(N)faceaototaldecolabora-doresdeauditoriadafirmanoiníciodoperíodo(1dejulhodoexercícioanterioraodo exercício de referência (N-1)). Este indicador não inclui métricas por projeto de auditoria,porémafirmadeauditoriadeveter informaçãosistematizadasobrearotação dos colaboradores que integram cada projeto de auditoria.
RELEVÂNCIA
A rotação elevada nas equipas de auditoria pode ter consequências negativas na qualidade dos trabalhos, na medida em que o conhecimento acumulado e a expe-riêncianoclienteenosprocedimentosdafirmanãosãodevidamenteconsolida-dos quando existe uma elevada rotação. l
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
MODELO DE REPORTE DA MÉTRICA POR FIRMA
CATEGORIA PROFISSIONAL
TAXA DE ROTAÇÃO NA FIRMAEXERCÍCIO N
N.º de colaboradores no final do período
(1 de julho de N-1)
N.º de saídasno período de 12 meses
Taxade saídas
Sócios responsáveis pela auditoria X Y Y/X ZGerente(s)Sénior(es)StaffTaxa de rotação global
N.º de entradas de novos colaboradores
no período de 12 meses
39
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.5. ROTAÇÃO DOS COLABORADORES
MODELO DE REPORTE DA MÉTRICA POR FIRMA
CATEGORIA PROFISSIONAL
TAXA DE ROTAÇÃO NA FIRMA
EXERCÍCIO N-1
N.º de colaboradores no final do período
(1 de julho de N-2)
N.º de saídasno período de 12 meses
Taxade saídas
Sócios responsáveis pela auditoria A B B/A CGerente(s)Sénior(es)StaffTaxa de rotação global
N.º de entradas de novos colaboradores
no período de 12 meses
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
CONTEXTUALIZAÇÃO
Afirmadeauditoriadeveincluirumanarrativacominformaçãosobreosseguintesaspetos:
• AsvariaçõessignificativasnonúmerodesaídasdecolaboradoresemNfacea N-1;
• A política de retenção de colaboradores estabelecida internamente.
CONCEITOS
SAÍDAS DE COLABORADORES
Saídas de colaboradores de auditoria não incluem as saídas por motivos de refor-ma e incluem as saídas por despedimentos.
N.º DE COLABORADORES NO FINAL DO PERÍODO (1 DE JULHO DE N-1)
Corresponde ao n.º total de colaboradores de auditoria à data de 1 de julho do exer-cício imediatamente anterior em relação ao exercício de referência do reporte (N-1).
N.º DE SAÍDAS NO PERÍODO DE 12 MESES
Devemserconsideradastodasassaídasdecolaboradoresdeauditoriaconcretiza-das entre 1 de julho de N-1 e 30 de junho do exercício de referência do reporte (N), exceto quando as saídas de colaboradores sejam por motivos de reforma.
40
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.5. ROTAÇÃO DOS COLABORADORES
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
TAXA DE SAÍDAS
Corresponde ao rácio do número de colaboradores de auditoria que saíram da firmapelonúmerototaldecolaboradoresdeauditoriadacategoriaprofissionalnoinício do período (N-1).
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
Devemserconsideradastodasassaídas/entradasdecolaboradoresdeauditoriadafirmanosúltimos12mesesanterioresa30dejunhodoexercíciodereferênciado reporte (N). Em 2020, N corresponde ao período compreendido entre 01 de julho de 2019 e 30 de junho de 2020 e N-1 corresponde ao período compreendido entre 01 de julho de 2018 e 30 de junho de 2019, que no primeiro ano de aplicação do Guia não é necessário reportar. l
41
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.6. HORAS POR FASES DE AUDITORIA
DEFINIÇÃO
Este indicador fornece informação sobre a dedicação da equipa de auditoria nas várias fases do processo de auditoria (planeamento, execução e conclusão/relato).
MÉTRICA POR PROJETO
Númerodehorasepercentagem,porcategoriaprofissional,despendidasemcada uma das fases de auditoria e indicação das datas de conclusão de cada uma das fases.Esteindicadornãoseaplicaàfirmadeauditoriadadaasuanatureza.
RELEVÂNCIA
Este indicador permite avaliar se houve um adequado envolvimento dos elemen-tos mais seniores da equipa ao longo do trabalho de auditoria, nomeadamente na definiçãodaestratégiaeplaneamentodeauditoria.
O desenvolvimento dos trabalhos de auditoria de forma atempada permite ao audi-toridentificartempestivamenteasmatériascríticasdeauditoria(incluindoaiden-tificaçãoderiscosdedistorçãomaterial/riscossignificativoseriscosdefraude)e adequar a estratégia de auditoria.
A qualidade de auditoria depende também da adequação do planeamento e execução e na forma como a globalidade das horas de auditoria são faseadas para assegurar um processo de auditoria bem-sucedido. O tempo alocado à fase de pla-neamento da auditoria pode ser crítico, sendo igualmente relevante saber se os elementoscommaiorsenioridadeparticipamativamentenadefiniçãodaestraté-gia de auditoria. l
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
42
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.6. HORAS POR FASES DE AUDITORIA
CONTEXTUALIZAÇÃO
Afirmadeauditoriadeveincluirumanarrativaqueincluainformaçãosobreosse-guintes aspetos:
• Justificações sobreosdesviosentre asdatasdeconclusãoplaneadasdecada uma das fases e as datas de conclusão reais;
• As datas em que o auditor comunicou as conclusões de cada uma das fases deauditoriaaosórgãossociaise,emparticular,aoórgãodefiscalização.
CONCEITOS
PLANEAMENTO
Estafaseincluioentendimentorealizadopeloauditorsobreosistemadecontrolointernodasociedade,asuaavaliaçãoerealizaçãodetesteseadefiniçãodaestra-tégiaedeumplanodeauditoria.Adefiniçãodaestratégiaglobaldotrabalhoarea-lizardeveestabeleceranatureza,aextensão,aprofundidadeeaoportunidadedosprocedimentos a executar, com vista a expressar uma opinião sobre as demons-traçõesfinanceirasdaentidadeauditada.
MODELO DE REPORTE DA MÉTRICA POR PROJETO
CATEGORIA PROFISSIONAL / FUNÇÃO
HORAS INCORRIDAS NO PROJETO DE AUDITORIA
PLANEAMENTO
Revisor de controlo de qualidade C D% G H% K L% C + G + KSócio responsável pela auditoria Gerente(s) Sénior(es) Staff Especialista(s) Total Data de conclusão planeada: DD/MM/AAAA DD/MM/AAAA DD/MM/AAAAData de conclusão real: DD/MM/AAAA DD/MM/AAAA DD/MM/AAAA
Horasincorridas
% % %
EXECUÇÃO CONCLUSÃO / RELATO TOTAL
DATA DE REFERÊNCIA DASDEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS:
DATA DA EMISSÃO DA CLC/RA:
DD/MM/AAAA
DD/MM/AAAA
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
Horasincorridas
Horasincorridas
Horasincorridas
43
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.6. HORAS POR FASES DE AUDITORIA
EXECUÇÃO
Esta fase inclui as horas incorridas na execução dos procedimentos de auditoria intercalaresefinais,excluindotodososprocedimentosrelacionadoscomopla-neamento (por exemplo, testes aos controlos, entendimento de processos, etc.). CONCLUSÃO / RELATO
Esta fase inclui as horas incorridas no processo de conclusão da auditoria que, paraesteefeito,inclui:aelaboraçãodorelatórioadicionaldirigidoaoórgãodefis-calização,elaboraçãodaCLC/RA,obtençãodadeclaraçãodoórgãodeadminis-tração,comunicaçõesefetuadasaoórgãodeadministraçãoeaoórgãodefisca-lizaçãodasconclusõesdotrabalhodeauditoriaeorganizaçãodosarquivosfinaisdo projeto. As horas incorridas após a emissão da CLC/RA até à fase de arquivo da documentação associada ao projeto de auditoria devem também ser consideradas nesta fase.
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
Devemserconsideradasashorasincorridasnoprocessodeauditoriaàscontasdaentidade auditada com referência ao exercício N. Em 2020, para efeitos deste indi-cador, N corresponde ao projeto de auditoria com referência ao exercício de 2019 e N-1 corresponde ao projeto de auditoria com referência ao exercício de 2018, que no primeiro ano de aplicação do Guia não é necessário reportar. l
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
44
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.7. RESULTADOS DOS CONTROLOS
DE QUALIDADE
DEFINIÇÃO
Esteindicadorapresentasumariamenteosresultadosdoprocessodemonitoriza-çãodafirmadeauditoriaedemonitorizaçõesexternas.
MÉTRICAS POR FIRMA
• NúmeroepercentagemdeEIPsujeitasamonitorizaçãointernafaceaototalde EIP.
• NúmerodesóciosdeEIPsujeitosamonitorização internafaceaototaldesócios de EIP.
• Númerodemonitorizaçõesexternasnoexercício.
RELEVÂNCIA
Oprogramadecontrolodequalidadeinternodeumafirmapodedemonstraroseuníveldeatençãorelativamenteàmonitorizaçãoemelhoriadaqualidadenapráticade auditoria.
Os resultados das monitorizações externas, nomeadamente o número de recomendações relacionadas com o sistema de controlo de qualidade interno da firmadeauditoriacorroboramseessesistemaéadequado.l
MODELO DE REPORTE DAS MÉTRICAS POR FIRMA
MONITORIZAÇÃO INTERNA EXERCÍCIO N
Número de EIP sujeitasPercentagem face ao total de EIPNúmero de sócios responsáveis de auditoria de EIP sujeitosPercentagem face ao total de sócios responsáveis de auditoria de EIPSistema de controlo de qualidade interno sujeito (S/N)
EXERCÍCIO N-1
MONITORIZAÇÃO EXTERNA EXERCÍCIO N
Número de supervisões ao sistema de controlo de qualidade da firma Número de dossiês de auditoria de EIP sujeitos a supervisões externas
EXERCÍCIO N-1
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
45
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.7. RESULTADOS DOS CONTROLOS DE QUALIDADE
CONTEXTUALIZAÇÃO
Afirmadeauditoriapoderáprestarinformaçãoadicionalsobreosdadosapresentadosnosquadros acima no âmbito da descrição do seu sistema de controlo de qualidade interno.
CONCEITOS
PROCESSO DE MONITORIZAÇÃO INTERNA DA FIRMA
Processoqueéasseguradopelafirmaouporsociedadesquepertençamàrededafirmacomopartedoseuprogramademonitorizaçãodaqualidadedaauditoria.Oprocessodemonitorizaçãoemrelaçãoaocontrolodequalidadeé“umprocessoque abrange a consideração e avaliação contínuas do sistema de controlo de qua-lidadedafirma,incluindoumainspeçãoperiódicaaumaseleçãodetrabalhoscon-cluídos,concebidoparaproporcionaràfirmasegurançarazoáveldequeoseusis-temadecontrolodequalidadeestáaoperarcomeficácia”7.
MONITORIZAÇÃO EXTERNA
Processo assegurado por autoridades com competência de supervisão de audito-ria (por exemplo, CMVM, OROC, PCAOB8).
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
Deveserconsideradaainformaçãorelativaaosprocessosdemonitorizaçãointer-naeexternarealizadosnosúltimos12mesesanterioresa30dejunhodoexercíciode referência do reporte (N). Em 2020, N corresponde ao período compreendido entre 01 de julho de 2019 e 30 de junho de 2020 e N-1 corresponde ao período com-preendido entre 01 de julho de 2018 e 30 de junho de 2019, que no primeiro ano de aplicação do Guia não é necessário reportar. l
7 Glossário de termos do Manual das Normas Internacionais de Controlo de Qualidade, Auditoria, Revisão, Outros Trabalhos de
Garantia de Fiabilidade e Serviços Relacionados.8
Public Company Accounting Oversight Board.
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
46
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.8. FUNÇÕES DE CONTROLO DE QUALIDADE
DEFINIÇÃO
Este indicador fornece informação sobre o número de horas de colaboradores afe-tosafunçõesdecontrolodequalidade(FCQ)dentrodafirmadeauditoria,emtem-po parcial ou integral.
MÉTRICA POR FIRMA
Número médio de horas de colaboradores afetos a FCQ ao nível da firma deauditoria.
RELEVÂNCIA
Esteindicadorpermiteavaliarocompromissodafirmadeauditoriaemdisponibi-lizarrecursoscentralizadosparadotaçãodasequipasdeauditoriacomasferra-mentas,conhecimentoerecursosnecessáriosparaarealizaçãodeauditoriasdequalidade de forma consistente.
FUNÇÕES DE CONTROLO DE QUALIDADE EXERCÍCIO N
Horas totais incorridasPercentagem de horas despendidas em FCQem relação ao total de horas de auditoria da firma
EXERCÍCIO N-1
MODELO DE REPORTE DA MÉTRICA POR FIRMA
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
47
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.8. FUNÇÕES DE CONTROLO DE QUALIDADE
CONTEXTUALIZAÇÃO
Afirmadeauditoriadevedescreversumariamenteaestruturainterna(porexem-plo, número de colaboradores afetos) associada ao controlo de qualidade e as suas principaisresponsabilidades.Asvariaçõessignificativasemtermosdehorasto-tais incorridas e na percentagem de horas despendidas em FCQ em relação ao to-taldehorasdeauditoriadoexercícioNeN-1devemserjustificadasedescritasasmedidas implementadas e / ou a implementar que permitiram assegurar a conti-nuidade das funções. CONCEITOS
FUNÇÕES DE CONTROLO DE QUALIDADE9
As FCQ a considerar são as seguintes:
• Gestão do risco, independência e ética – inclui atividades relacionadas com averificaçãodaconformidadedosrequisitosdeindependênciarelevantes;excluem-se as horas dedicadas a estas matérias ao nível do projeto de audi-toria desempenhadas pelos membros da equipa de auditoria;
• Garantiadequalidade–incluiasatividadesrelacionadascomarealizaçãoderevisõesdocontrolodequalidadeinternasemonitorizaçãodaqualidadedasauditoriasrealizadas;nãodevemserincluídasashorasdespendidasporsó-cios e gerentes enquanto revisores de controlo de qualidade interno de pro-jetosdeauditoriaespecíficos;e
• Apoio técnico – inclui atividades tais como o desenvolvimento de metodolo-gias de auditoria, análise e elaboração de pareceres técnicos, elaboração de guias de apoio às equipas de auditoria.
As FCQ não incluem atividades relacionadas com formação, estudo e desenvolvi-mento de recursos humanos.
HORAS TOTAIS INCORRIDAS
DevemserconsideradasashorasincorridasportodososcolaboradoresafetosaFCQ,incluindoashorasincorridasnessasfunçõesporcolaboradoresdefirmasdeauditoria que pertençam à respetiva rede.
9 ISQC 1, Controlo
de Qualidade para
Firmas que Executem
Auditorias e Revisões
deDemonstrações
Financeiras e Outros
Trabalhos de Garantia
de Fiabilidade e de
Serviços Relacionados,
parágrafos 13–25.
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
48
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
5.8. FUNÇÕES DE CONTROLO DE QUALIDADE
PERCENTAGEM DE HORAS DESPENDIDAS EM FCQ EM RELAÇÃO AO TOTAL DE HORAS DE AUDITORIA
No cálculo da percentagem deve atender-se ao seguinte:
• o numerador inclui as horas incorridas em FCQ de todos os colaboradores afetos ao exercício desse tipo de funções;
• o denominador inclui o total de horas de auditoria incorridas por todos os co-laboradores de auditoria em exercício de funções de auditoria; não inclui as horas despendidas por colaboradores de auditoria em FCQ.
PERÍODO DE MENSURAÇÃO
DevemserconsideradasashorasincorridasemFCQduranteoperíodode12mesesfindoem30dejunhodoexercíciodereferência(N).Em2020,Ncorrespondeaope-ríodo compreendido entre 01 de julho de 2019 e 30 de junho de 2020 e N-1 corres-ponde ao período compreendido entre 01 de julho de 2018 e 30 de junho de 2019, que no primeiro ano de aplicação do Guia não é necessário reportar. l
5. INDICADORES, MÉTRICAS E MODELOS
DE REPORTE
49
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
OUTRASCONSIDERAÇÕES
6.
50
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
sindicadoreseasmétricasapresentadosanteriormenterevestemumanaturezaessencialmente quantitativa.
Porém,háoutrosaspetosqualitativosquecontribuemsignificativamenteparaaqualidade da auditoria e que devem ser igualmente avaliados e tidos em conside-raçãoemconjuntocomosindicadoresquantitativos.Atítuloexemplificativodes-tacam-se os seguintes aspetos:
• Aestratégiaeoplanodeauditoriadevemteremcontaosriscossignificati-vos da EIP e o auditor deve desenhar procedimentos para mitigar esses ris-cos, tendo em consideração o entendimento obtido sobre o sistema de con-trolo interno da EIP;
• Aequipadeauditoriadevemanteroceticismoprofissionalaolongodetodooprocessodeauditoria,emparticularnosprincipaisjulgamentosutilizadospela gestão no processo das estimativas;
• No processo de auditoria deve ser assegurado que todas as ameaças à inde-pendência do auditor foram salvaguardadas;
• O auditor deve desenhar e executar procedimentos adequados para mitigar o risco de fraude;
• Osjulgamentosprofissionaisutilizadospeloauditordevemteremconside-ração o referencial contabilístico bem como todas as circunstâncias que en-volvem a EIP;
• Os assuntos críticos de auditoria (incluindo as matérias relevantes) e as res-petivas conclusões devem ser apresentados tempestivamente aos órgãos sociais da EIP;
• Deveexistirumaadequadarevisãoeacompanhamentodosassuntosporpartedo sócio responsável e pelo responsável pela revisão de controlo de qualidade;
O
OUTRASCONSIDERAÇÕES
6.
51
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA6.OUTRAS CONSIDERAÇÕES
10ISQC1,§A5:“Anecessidadedealiderançadafirmareconhecerqueaestratégiadenegóciodafirmaestásujeitaaorequisito
imperativo de a firma atingir qualidade em todos os trabalhos que execute assume particular importância na promoção de
uma cultura interna baseada na qualidade. Essa promoção inclui: (a) Estabelecer políticas e procedimentos para a avaliação
do desempenho, as remunerações e as promoções (incluindo sistemas de incentivo) do pessoal, a fim de demonstrar o
empenhamentoimperativodafirmaquantoàqualidade;(b)Atribuirasresponsabilidadesdegestãoparaqueasconsiderações
comerciaisnãosesobreponhamàqualidadedotrabalhoexecutado;e (c)Preverrecursossuficientesparaodesenvolvimento,
documentação e suporte das políticas e procedimentos de controlo de qualidade.”
• As recomendações decorrentes das ações de controlo de qualidade inter-nas e externas devem ser implementadas tempestivamente pela firma deauditoria;
• Afirmadeauditoriadeveterumprocessodeavaliaçãointernasobreasatis-fação dos colaboradores ao nível da qualidade da auditoria;
• Afirmadeauditoriatemimplementadosprocedimentosquepermitempre-venir e mitigar eventos que deram origem a processos judiciais ou contraor-denações relacionados com a atividade de auditoria;
• Aliderançadafirmapromoveaqualidadedaauditoriadeformaconsistentee transversal cumprindo os requisitos previstos na ISQC110. l
52
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
Apessoaoupessoasqueconduzemaauditoria,geralmenteosócioresponsávelpelotra-
balhoououtrosmembrosdaequipadetrabalhoou,seaplicável,àfirmadeauditoria.
Umoumaisarquivosououtrosmeiosdearmazenamento,emformafísicaoueletrónica,
contendo os registos que integram a documentação de auditoria relativa a um trabalho
específico.
DefiniçãoconformeprevistanoRegimeJurídicodaSupervisãodeAuditoria.
Todos os sócios e pessoal que executam o trabalho, incluindo quaisquer indivíduos desig-
nadospelafirmaouporumafirmadaredequeexecutamprocedimentosdeauditorianes-
se trabalho.
Inclui todos os peritos envolvidos no projeto de auditoria nos termos previstos na Norma
Internacional de Auditoria 620 – Usar o trabalho de um perito do auditor.
Um profissional individual, parceria, sociedade ou outra entidade de auditores
profissionais.
Corresponde a um método de mensuração do grau de envolvimento de um colaborador nas
atividadesdeumaorganizaçãoouunicamenteemumdeterminadoprojeto(Ex.1FTEsigni-
ficaumcolaboradoratempointeirodedicadoaumatarefa).
Inclui todas as categorias responsáveis pela revisão do trabalho, excluindo o sócio respon-
sável pela auditoria (por exemplo, Other partners, Associate Partners, Senior managers,
managers).
Umprocessoqueabrangeaavaliaçãocontinuadosistemadecontrolodequalidadedafir-
ma, incluindo inspeções periódicas a uma seleção de trabalhos de auditoria concluídos,
concebidoparaproporcionaràfirmaumasegurançarazoáveldequeoseusistemadecon-
trolodequalidadeestáaoperarcomeficácia.Esteprocessopodeserasseguradopelapró-
priafirmadeauditoriaouporumafirmapertencenteàsuarede.
GLOSSÁRIOPARA EFEITO DO PRESENTE GUIA:
AUDITOR
ARQUIVO DO DOSSIÊ
DE AUDITORIA
ENTIDADE DE
INTERESSE PÚBLICO
EQUIPA
DE AUDITORIA
ESPECIALISTA
FIRMA DE
AUDITORIA
FULL TIME
EQUIVALENTS
(FTE)
GERENTE
PROCESSO DE
MONITORIZAÇÃO
INTERNA
53
GUIA DE APLICAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE DA AUDITORIA
Noqueserefereàscontasindividuais,correspondeaotrabalhorealizadopeloauditorde
acordo com as normas internacionais de auditoria, resultando na emissão de uma opi-
niãosobreascontasindividuaisdaentidadeauditada(CertificaçãoLegaldasContase/ou
Relatório de Auditoria). No que se refere às contas consolidadas, em 2020, corresponde
aotrabalhorealizadopeloauditordeacordocomasnormasinternacionaisdeauditoriana
componente do grupo económico com o maior número de horas incorridas pela equipa de
auditoria.
Umsócio,outrapessoadafirma,pessoaexternaadequadamentequalificadaouumaequi-
pa constituída por estes indivíduos, nenhum dos quais é membro da equipa de trabalho,
comexperiênciaeautoridadesuficienteeapropriadaparaavaliarobjetivamenteosjulga-
mentossignificativosqueaequipadetrabalhofezeasconclusõesaquechegouaoformu-
lar o relatório.
Sócioououtrapessoanafirmaqueéresponsávelpelotrabalhodeauditoriaepelasuaexe-
cuçãoepelorelatóriodoauditoremitidoemnomedafirma,equegoza,quandonecessá-
rio,deautorizaçãoadequadaconcedidaporumorganismoprofissional,legalouregulador.
Variações de valor igual ou superior, em termos absolutos, a 10%. l
PROJETO DE
AUDITORIA
REVISOR DE
CONTROLO DE
QUALIDADE
SÓCIO
RESPONSÁVEL
PELO TRABALHO
VARIAÇÕES
SIGNIFICATIVAS
GLOSSÁRIO
GUIA DE APLICAÇÃODE INDICADORES
DE QUALIDADE DAAUDITORIA
JANEIRO | 2020
IQAProjeto 2019
AQIProject 2019