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GESTÃO DA CAÇA E DO ESPAÇO RURAL Curso em Regime de B-Learning 4ª edição 2012-2013 COORDENADOR: PROF. DOUTOR MÁRIO DO CARMO

Guia do Curso de Gestão da Caça e do Espaço Rural - uab.pt · o panorama do ensino a distância, permitindo a criação de espaços virtuais de ensino com designações diversas

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GESTÃO DA CAÇA E DO ESPAÇO RURAL

Curso em Regime de B-Learning

4ª edição 2012-2013

COORDENADOR: PROF. DOUTOR MÁRIO DO CARMO

Guia do Curso de Gestão da Caça e do Espaço Rural 4 ª Edição - 2012-2013

2 | P á g i n a U n i v e r s i d a d e A b e r t a

ÍNDICE

INTRODUÇÃO 3

CONTEXTO 4

PÚBLICOS-ALVO 8

PRÉ-REQUISITOS DOS FORMANDOS 8

OBJETIVOS 9

COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER 9

PLANO DE ESTUDOS E ESTRUTURA CURRICULAR 10

SINOPSE DAS UNIDADES CURRICULARES 11

METODOLOGIA E SISTEMA DE TUTORIA 25

RECURSOS DE APRENDIZAGEM, PEDAGÓGICOS E TÉCNICOS 25

AVALIAÇÃO 25

CANDIDATURAS 26

PROPINAS 26

COORDENAÇÃO 26

CONTACTOS PARA INFORMAÇÕES 26

CORPO DOCENTE - NOTAS BIOGRÁFICAS 27

ESTRUTURA CURRICULAR 31

CALENDÁRIO 32

Guia do Curso de Gestão da Caça e do Espaço Rural 4 ª Edição - 2012-2013

3 | P á g i n a U n i v e r s i d a d e A b e r t a

INTRODUÇÃO

Pioneira no ensino superior a distância em Portugal, a Universidade Aberta (UAb), ao longo dos seus 24 anos de existência, tem promovido ações relacionadas com a formação superior e a formação contínua, contribuindo igualmente para a divulgação e a expansão da língua e da cultura portuguesas, com especial relevo nos países e comunidades lusófonos.

A UAb tem procurado, especificamente, incentivar a apropriação e a autoconstrução de saberes, concebendo e lecionando cursos de 1º, 2º e 3º ciclos, formando técnicos e docentes, de acordo com uma assumida filosofia de prestação de serviço público.

Os docentes e investigadores da UAb têm desenvolvido atividades de investigação científica através da utilização das tecnologias da informação e da comunicação, concebendo e produzindo materiais pedagógicos nas áreas da tecnologia do ensino e da formação a distância e da comunicação educacional multimédia.

A oferta de ações de Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV) da Universidade Aberta é também suportada na Internet e recorre à plataforma informática Moodle, sendo desenvolvido em regime de ensino a distância online, assíncrono, com tutoria ativa e permanente, através de fóruns de discussão.

O ensino a distância é uma modalidade de ensino-aprendizagem que nasceu no final do século XIX, que a rápida evolução das telecomunicações e da informática veio alterar radicalmente, acrescentando novas e importantes potencialidades que fazem dele o regime de ensino do futuro.

A atual expansão da Internet e da Word Wide Web (WWW) e o desenvolvimento ainda mais recente dos programas informáticos de gestão do ensino-aprendizagem vieram, de facto, modificar o panorama do ensino a distância, permitindo a criação de espaços virtuais de ensino com designações diversas (centro de ensino virtual, escola virtual, etc.), onde a palavra «virtual» apenas significa que esses espaços não têm implantação e realidade físicas palpáveis.

É no espaço virtual de formação/aprendizagem da UAb que se vai desenvolver o curso de GESTÃO DA

CAÇA E DO ESPAÇO RURAL, o qual a seguir se apresenta com maior detalhe.

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CONTEXTO

A caça e o espaço rural estão interligados por razões de sociabilidade porquanto a atividade cinegética como elemento cultural estruturante de uma sociedade faz parte da idiossincrasia dos habitantes rurais.

O espaço rural é uma construção social, a partir das relações dos homens entre si e com a natureza, que não se restringem simplesmente à visão de espaço rural como um apêndice das atividades agrícolas. O conceito de espaço rural é muito mais vasto, pois engloba formas de produção, de consumo, comportamento, infraestrutura, técnicas, enfim, uma gama de fatores que, relacionados entre si, podem expressar se o meio é qualificado como rural ou não.

O futuro das zonas rurais portuguesas encontra-se condicionado pela natureza dos seus problemas de desenvolvimento e acima de tudo, pelas políticas sectoriais e territoriais que vierem a ser definidas, no quadro da Comunidade Europeia.

São hoje obstáculos ao desenvolvimento rural a continuidade do êxodo para as cidades e a emigração (embora cada vez mais temporária), a rarefação e envelhecimento da população, com problemas de sucessão nas explorações, justificados pelos baixos rendimentos agrícolas e baixos níveis de poder de compra, inversão da pirâmide de idade, desigualdade de rendimentos entre os ativos rurais e os urbanos, falta de oportunidades de emprego, demora na incorporação da mulher, deficit de serviços.

Diante de um panorama de ausência de perspetivas quanto ao futuro das atividades tradicionalmente dominantes, como a agricultura, a criação de gado e a produção florestal, generaliza-se uma insegurança e uma insatisfação profissional derivada da escassez de procura do comércio e dos serviços das vilas e cidades próximas, às quais se associa a ausência de qualidade de vida.

Apesar do papel dos agentes locais, mediante a sua atuação associativa, autárquica e cooperativa, o mundo rural é hoje confrontado, bruscamente, com a ausência de futuro e sustentabilidade de muitas iniciativas de diversificação das economias familiares e locais, com dificuldades de inserção nos mercados locais e globais.

O desenvolvimento rural abrange a agricultura, a educação, as infraestruturas, a saúde, o desenvolvimento de outras capacidades no âmbito de atividades não agrícolas, as instituições rurais e a satisfação das necessidades de grupos vulneráveis.

Na sua génese o desenvolvimento rural conduz à melhoria das condições de vida das populações rurais, de uma forma equitativa e sustentável, quer ao nível social quer ao nível ambiental, através da facilitação do acesso aos recursos (naturais, físicos, humanos, tecnológicos e de capital social) e aos serviços e do controlo do capital produtivo.

Ou seja, o desenvolvimento rural deveria corresponder a uma via para satisfazer os interesses estratégicos da agricultura e dos agricultores, por forma a recuperar a legitimidade económica, social e pública do sector. Seria, no contexto de um paradigma de desenvolvimento rural assim pensado, que se encontraria a lógica da competitividade agrocomercial, em que os agricultores saberiam tirar partido das vantagens comparativas e do valor acrescentado dos produtos com tipicidade territorial.

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Junte-se a isto o facto de o desenvolvimento rural ser por vezes “(…) invocado como fator de compensação ou indemnização para choques e perdas sofridas pelos agricultores em virtude da diminuição do apoio aos preços e mercados agrícolas”, o que “(…) tende a conotá-lo como uma função curativa transitória e assistencialista e não como via duradoura de desenvolvimento (…)”.(Francisco Cordovil).

Ou seja, a esfera agrícola e, por arrastamento, a sociedade rural têm sido sobejamente marginalizadas em prol de interesses exteriores, sejam eles comunitários ou apenas urbanos.

Originado como quadro de fuga ao seu quotidiano, o espaço rural transforma-se em objeto de consumo para os citadinos, resultando daqui uma definição do rural como uma questão urbana. O imaginário urbano é, assim, o principal criador desta reconstrução, que tende a converter os recursos naturais (como o património, a natureza, a gastronomia, o sossego e a cultura local) em produtos turísticos.

Recomeça a entender-se a ruralidade como ‘reserva cultural, moral e de qualificação ambiental’. No fundo, o irromper da ruralidade funda-se na reclamação de novos valores, como sejam a importância da qualidade de vida no espaço rural, associada a uma requalificação ambiental. Desta forma, criam um conceito de rural que pouco ou nada tem a ver com a atividade agropecuária, a caça e pesca, o isolamento ou a pobreza, mas que exalta os valores da comunidade rural e as vantagens da vida no campo.

A paisagem rural portuguesa, que se desumanizou com o avanço da tecnologia, na sua diversidade e variedade de processos de transformação, reflete um mundo rural em mudança, e no qual se levantam várias das questões com diferentes combinações de potencialidades e ameaças. Assim, os desafios à gestão futura da paisagem rural portuguesa são também desafios à investigação, que deve ser inovadora e interdisciplinar.

Em síntese, os atuais princípios e medidas políticas preveem a valorização da diversificação produtiva (não só agrícola, de produção de bens alimentares e matérias primas) e a multifuncionalidade do espaço rural, assente num conjunto de atividades complementares à agricultura, como a conservação da paisagem, a revitalização do artesanato e outros ofícios tradicionais e a integração do turismo e do lazer, no qual se inclui a caça e a pesca.

Se estamos cada vez mais longe de uma união entre agricultura e desenvolvimento rural, será justo e compreensível a atribuição forçosa de novos papéis ao agricultor, em vez de se incentivar e apoiar a sua atividade tradicional?

As iniciativas diversificadas que emergem no meio rural (como o turismo, a caça, o lazer, o artesanato etc…) devem substituir a agricultura ou servirem-lhe de bengala?

Será que a manutenção da agricultura em áreas protegidas ou com interesse histórico ou patrimonial (parques naturais, sítios com interesse biológico, parque de natureza, aldeias históricas, aldeias recuperadas etc.) é uma recriação orientada para proporcionar ao citadino uma imagem cénica da vida no campo?

A caça, como recurso natural renovável, tem ainda uma componente regional que não deve ser menosprezada, pois o seu correto aproveitamento é fonte de riqueza e de bem-estar para as populações das zonas mais desfavorecidas.

O que se encontra desde há alguns anos no meio rural português é uma nova utilização do espaço que abandonou a agricultura como atividade principal e oferece aos seus utilizadores uma função muito mais associada ao lazer e ao recreio, potenciando os recursos existentes para atrair uma

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população carente de estímulos que lhe permitam libertar-se dum quotidiano urbano e repetitivo e propensa a uma certa nostalgia da natureza e do retorno ao passado.

Entre os novos usos salientam-se os passeios em todo o terreno: o turismo cultural em geral, que inclui o consumo de bens patrimoniais (desde o património edificado ao gastronómico, passando pelo artesanal e outros); a utilização dos cursos de água e albufeiras como praias e desportos náuticos; e as atividades mais tradicionais como o termalismo, a caça e a pesca.

A natureza e a paisagem rural são assim reinventadas não só para a atividade económica que nela se desenrola, mas também para atrair uma população que a visita, não dispensando, porém, todos os confortos.

Face às novas ruralidades, o campo adquiriu características de local de recreio. Como local de trabalho a ruralidade perdeu grande parte do seu significado. As terras são agora usadas para as atividades lúdicas que incluem não apenas a caça, mas outras atividades.

A exploração múltipla da caça, agricultura e turismo ou mesmo dos métodos mais eficazes para a sua maximização, surge assim no panorama rural como o novo paradigma do século XXI.

A gestão sustentável dos recursos naturais renováveis é atualmente uma aposta estratégica da Comunidade Europeia, no seio da qual vem registando um crescimento notável.

Para a maioria dos habitantes do mundo rural, a caça, na sua pura essência, consolida-se num “ vou ali já volto” que culmina na agradável surpresa da presa abatida; para o homem urbano, a caça é uma aventura e um regresso às origens.

A conveniência de promover a caça e a gestão sustentável como um elemento de conservação ambiental e valor económico agregado em áreas rurais é, sem dúvida, o suporte para um discurso que articula uma nova relação entre natureza e sociedade.

Falar hoje sobre caça, significa colocar meios técnicos à disposição das populações e ecossistemas, economia e emprego ligados aos equipamentos e infraestruturas, atividade desportiva sociocultural e de ócio, enfim, um conjunto de interações que repousam sobre a melhoria de vida e que constituem o objetivo prioritário da gestão cinegética.

Como muitos outros desportos a caça tem uma exteriorização espacial que repousa sobre a melhoria de vida e que constitui o objetivo prioritário da gestão cinegética. Na atualidade, a caça ordenada e controlada liga de modo equilibrado o habitat, agricultura e o homem; a caça constitui hoje um importante meio para a gestão do espaço rural e um excelente motor de desenvolvimento de um meio rural cada vez mais envelhecido e sem outros atrativos.

Os recursos naturais renováveis são bens ao serviço da humanidade que, por sua vez, deve fazer deles um uso cultural e social correto. Perante este novo paradigma, o caçador-produtor moderno tem a tripla responsabilidade de ser administrador do território de caça, produtor de espécies cinegéticas e caçador das mesmas.

A exploração múltipla da caça, agricultura e turismo ou mesmo dos métodos mais eficazes para a sua maximização, exige uma vertente que, na prática, tem sido sucessivamente negligenciada: a exploração racional e não a atividade exclusivamente extrativa regulada pelo mercado da lei da oferta e da procura, cuja planificação cinegética deve ser realizada por técnicos competentes para evitar o esgotamento dos recursos e gerir o meio natural.

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Todavia, no quotidiano rural, assistimos, com frequência, a pessoas não qualificadas que gerem os recursos cinegéticos exercendo a mesma pressão cinegética, temporada após temporada, e que inevitavelmente conduz à escassez das espécies cinegéticas.

Hoje a formação cinegética é uma oportunidade educativa digna, não a porta traseira de entrada no saber gerir e administrar os recursos cinegéticos. É um regime sério fundado em metodologia e em ferramentas pensadas para as matérias, para os cenários e para os públicos com que trabalha. Em muitos países a formação e a cultura cinegética são respeitadas e apoiadas como domínio capaz de intervir construtivamente na qualificação de vastos setores populacionais.

É neste cenário de desafios fascinantes, a par do conhecimento de alguns bons exemplos e sem deixarmos de lutar contra irritantes preconceitos, que temos de crescer e enfrentarmos os desafios do futuro.

Ao que fica dito acrescento o princípio da responsabilidade social que não decorre apenas de uma atitude de cidadania. Mas o impulso para a transformação do mundo rural e da economia cinegética, a não terão os que limitarem a sua função ao estreito cultivo da sua horta de saberes para consumo doméstico tanto mais que o momento difícil que o país atravessa a todos exige empenhamento, esforço e desprendimento de miúdos interesses pessoais.

Não obstante, a presença do homem não é inócua para os ecossistemas. Esta circunstância permite uma reflexão sobre a necessidade de encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento turístico e os limites de troca aceitável que permitam a sobrevivência e renovação dos recursos.

A gestão eficaz dos recursos cinegéticos é um requisito básico para a conservação da natureza e da biodiversidade. A gestão ordenada alcança a compatibilidade entre os diferentes usos, agrícolas ou não, do ambiente natural selvagem, ao mesmo tempo que assegura a conservação da fauna.

O curso de GESTÃO DA CAÇA E DO ESPAÇO RURAL é singular, ainda que essa singularidade não é fácil de entender e nem mesmo, às vezes, de aceitar, num país não raro movido pela atrevida ignorância que pensa que a gestão da caça se confunde com largadas de animais para os campos, na expectativa de que a natureza os conserve para a atividade cinegética.

Ser gestor cinegético é governar o território de caça em harmonia com o espaço rural que o limita, com o desejável e insubstituível apoio da comunidade rural, decidir com ponderação e estratégia, olhar a sociedade, conhecer o rosto da sua identidade, não ceder à deslumbrada tentação de importar modelos que a desfiguram. Gerir é também administrar: prestar serviço, trabalhar para os outros.

Para manter viva a atividade cinegética, o caçador-produtor-moderno tem uma missão complicada no quadro rural que se avizinha: compete-lhe administrar os recursos cinegéticos no pressuposto iniludível de os aumentar; deve garantir para as gerações futuras a sustentabilidade da atividade cinegética. É neste compromisso que reside o futuro da caça.

Está, pois, patente um vivo sentimento de oportunidade de dinamizar a gestão da caça e do espaço rural em Portugal, fazendo corresponder a esse interesse as práticas de investigação, no plano da organização institucional e na formação dos gestores cinegéticos.

Neste pressuposto, o curso vem ao encontro de gestores de caça, promotores e organizadores de eventos no mundo rural que, no seu dia-a-dia, lidam permanentemente com problemas cuja formação é preciso encontrar

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Confiamos que este curso ajude todos os formandos a compreender a necessidade de gerir adequada e tecnicamente os seus recursos cinegéticos, melhorando o habitat e conservando a biodiversidade, reforçando a partilha de saberes e as redes institucionais.

O curso configura‐se em regime on-line, sendo o formando integrado numa comunidade de aprendizagem, dispondo de acesso permanente a textos e atividades, à troca de experiências e debates com os seus pares, sendo ainda assegurado o apoio, orientação e tutoria on-line por parte de docentes qualificados.

PÚBLICOS-ALVO

São destinatários deste curso:

Licenciados nas áreas de Engenharia Agronómica; Engenharia Florestal, Medicina Veterinária; Gestores das unidades das Zonas de Caça ou de Turismo da Natureza e do Espaço Rural; Empresários e dirigentes de empresas agrocinegéticas; Todos aqueles que desejem atualizar e ampliar conhecimentos em domínios científicos das áreas das Ciências Agrárias, Biologia e Conservação da Biodiversidade.

PRÉ-REQUISITOS DOS FORMANDOS

Consideram-se importantes fatores de frequência no âmbito deste curso:

Motivação dos formandos e a sua disponibilidade total para interagir com os formadores na colocação de questões ou dúvidas sobre as matérias e disponibilidade de tempo para estudarem os conteúdos, elaborarem todas as atividades sugeridas, as autoavaliações propostas.

Cumulativamente, os formandos devem possuir:

Habilitações ao nível da escolaridade ou experiência profissional considerada relevante;

Conhecimentos e prática de informática como utilizadores, em ambiente Windows;

Conta de correio eletrónico ativa e alguma prática na sua utilização;

Disponibilidade de cerca de 12-15 horas/ semana para participação nos fóruns de discussão e nos chats; realização de autoestudo dos conteúdos disponibilizados online e/ ou em CD-ROM; cumprimento das tarefas determinadas e elaboração das autoavaliações e avaliações formativas e sumativas.

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OBJETIVOS

Com este curso pretende-se:

Desenvolver competências de formação avançada nos gestores de caça e do espaço rural;

Formar e capacitar os trabalhadores das zonas de caça e do turismo rural através da formação e aperfeiçoamento técnico e científico, com vista a ocupação de cargos especializados e de lhes garantir uma capacidade competitiva, face à crescente procura de qualidade a nível interno.

Promover a excelência da formação avançada em gestão do espaço rural, face aos novos desafios da conservação da natureza e da biodiversidade, reconhecida pelos empresários, gestores dos recursos de caça e de turismo rural.

Harmonizar a caça e a conservação do meio natural, através da fruição dos Recursos Cinegéticos, sem prejudicar a preservação da biodiversidade;

Mentalizar os gestores, proprietários e caçadores para a conservação da Natureza;

Promover modelos de gestão técnica que permitam a caça sustentável;

Proporcionar aos formandos competências no domínio das TIC que lhes permitam desenvolver tarefas de pesquisa e de exploração da plataforma Moodle.

COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER

No final da ação de formação, os aprendentes devem ter adquirido conhecimentos e

desenvolvido capacidades que os habilitem a:

Constituir uma fonte de informação atualizada de todo o referente à gestão de espécies cinegéticas, partindo de conhecimentos básicos de ecologia, de biologia das espécies cinegéticas, ecossistemas e legislação;

Desenvolver as capacidades de gestão e liderança necessárias aos novos contextos de gestão sustentável dos recursos naturais em que o espaço rural se insere;

Mobilizar os conhecimentos relativos aos instrumentos teóricos e metodológicos necessários para o desempenho das funções de gestor de caça ou de turismo da natureza;

Identificar e utilizar instrumentos tecnológicos e técnicos necessários para uma administração e gestão cinegética eficiente e moderna;

Elaborar e utilizar instrumentos diversificados para o desempenho das suas funções profissionais;

Desenvolver uma atitude crítica de reflexão pessoal e profissional conducente a um processo de autoformação que se enquadre numa perspetiva de gestão e aperfeiçoamento profissional permanente;

Enunciar as principais características ecológicas das espécies cinegéticas;

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Caracterizar a gestão dos habitats;

Aplicar os princípios básicos de ordenamento cinegético;

Conceber a vigilância e proteção das espécies cinegéticas;

Aplicar técnicas de melhoria dos recursos cinegéticos;

Elaborar planos específicos de gestão de caça e métodos de censo;

Enumerar características de zonas de caça;

Enunciar condições de repovoamentos, introduções e reintroduções;

Enumerar e aplicar ações preventivas nas doenças infeciosas e parasitárias das espécies cinegéticas;

Alertar para o consumo de carne de caça e os seus efeitos na saúde pública;

Elaborar modelos de gestão técnica que potenciem os recursos cinegéticos, ao mesmo tempo que favoreçam a conservação da biodiversidade;

Conhecer as perspetivas futuras da caça e do desenvolvimento rural, tendo em conta as novas técnicas, filosofias e políticas.

PLANO DE ESTUDOS E ESTRUTURA CURRICULAR

O plano de estudos do Curso estrutura‐se em duas componentes:

Formação teórica geral (a funcionar em classe virtual);

Formação prática, que consiste em saídas de campo presenciais.

O curso adota assim um regime de ensino em b-learning.

Os postulados subjacentes a estas dimensões da formação operacionalizam‐se em saberes organizados por uma unidade de formação online seguida de seis unidades de formação que pressupõem um nível de exigência e uma carga de trabalho global que se traduz em 228 horas de trabalho.

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SINOPSE DAS UNIDADES CURRICULARES

MÓDULO 0: INTEGRAÇÃO E AMBIENTAÇÃO

AO CONTEXTO DO E-LEARNING ENG.º DIAS GASPAR (10 HORAS)

Esta Unidade Curricular (UC) tem por objetivos a socialização dos participantes e a criação de “um grupo” de trabalho, a familiarização com a utilização do software de gestão do curso, de forma a adquirirem as competências necessárias à exploração eficaz de todas as suas funcionalidades de intercomunicação, em especial as assíncronas, necessárias à frequência do curso.

Será explicada e treinada a forma como pesquisar “depressa e bem” informação na Web e será pedido aos participantes a procura (na Web) de informação relevante sobre os temas que constituem as matérias do curso. A UC é de natureza prática, com uma orientação centrada no saber‐fazer.

No final desta unidade de formação, os formandos deverão ter adquirido competências nas seguintes domínios:

No uso dos recursos tecnológicos disponíveis no ambiente online (saber-fazer);

Confiança e socialização online (formal e informal) nas diferentes modalidades de comunicação disponíveis no ambiente virtual (saber relacionar-se);

Em diferentes modalidades de aprendizagem e trabalho online (aprendizagem independente, aprendizagem colaborativa, aprendizagem a pares, aprendizagem com apoio de recursos);

Comunicação da presença social através da interação em contexto informal;

Gerais de utilização da Internet (comunicação, pesquisa, gestão do conhecimento e avaliação de informação) no ambiente virtual onde irá decorrer o curso (uso efetivo do correio eletrónico, saber trabalhar em grupos online, saber fazer pesquisa e consulta de informação na Internet);

Regras de convivência social específicas da comunicação em ambientes online.

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OBJETIVOS

Nesta unidade de formação aborda‐se a evolução da atividade cinegética e a organização administrativa da caça em Portugal, o processo legislativo que legitima do setor da caça; será feita uma breve alusão à gestão das populações de espécies cinegéticas; por último, uma referência aos requisitos que permitem o exercício da caça no território nacional.

MÓDULO 1: HISTÓRIA, CULTURA E TRADIÇÃO

CINEGÉTICA EM PORTUGAL PROF. DOUTOR MÁRIO DO CARMO (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Elaborar uma visão historiográfica sobre a cinegética, a sociedade local e os seus protagonistas;

Reconhecer as diferentes linhas de pensamento que caracterizam o paradigma da caça como fenómeno multifacetado (social, económico, ecológico, antropológico, geográfico, sociológico, jurídico, histórico, literário e desportivo);

Utilizar criteriosamente fontes de informação, designadamente obras de referência e textos disponíveis em linha;

Dominar metodologias e técnicas de trabalho intelectual que potenciem a autoformação e a educação permanente;

Desenvolver uma atitude crítica de reflexão (pessoal e profissional) conducente a um processo de autoformação que se enquadre numa perspetiva de gestão e aperfeiçoamento profissional permanente.

CONTEÚDOS:

História, cultura e tradição cinegética em Portugal.

Considerações gerais sobre a problemática e importância da caça.

Fontes bibliográficas.

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MÓDULO 2: A GÉNESE DA CAÇA PROF. DOUTOR MÁRIO DO CARMO (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Conhecer e refletir sobre a génese da caça em Portugal;

Identificar os terrenos cinegéticos e terrenos não cinegéticos e as diferentes zonas de caça; Analisar o significado da caça ordenada e caça não ordenada. CONTEÚDOS:

Problemática territorial. Caça ordenada e sustentável. Organização Local da Caça. Turismo Cinegético. Prejuízos Causados pelas Espécies Cinegéticas. Caça Tradicional. Evolução do Regime Cinegético Especial. Usos e Abusos dos Concessionários. Valor da Caça.

MÓDULO 3: GESTÃO DAS POPULAÇÕES DE ESPÉCIES

CINEGÉTICAS PROF. DOUTOR MÁRIO DO CARMO (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Identificar as populações de espécies cinegéticas e avaliar a sua dinâmica;

Efetuar censos populacionais;

Realizar as estatísticas das populações cinegéticas. CONTEÚDOS:

Populações de espécies cinegéticas. Dinâmica das populações. Valorização da densidade e outros parâmetros. Modalidades e técnicas para monitorizar os efetivos populacionais. Métodos absolutos e relativos. Índices de abundância. Estatísticas vitais das populações cinegéticas de caça menor e caça maior.

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MÓDULO 4: EXERCÍCIO DA CAÇA

PROF. DOUTOR MÁRIO DO CARMO (5 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Identificar as disposições gerais e os requisitos que permitem o exercício da caça no território nacional;

Conhecer a documentação necessária para o exercício da caça; identificar os auxiliares e meios de caça;

Identificar a detenção, comércio, transporte e exposição de espécies cinegéticas;

Identificar os animais prejudiciais à caça, pesca e agricultura; respeitar os períodos, processos e condicionantes venatórios. CONTEÚDOS:

Exercício da caça. Requisitos, períodos, processos e condicionantes venatórios.

Nesta unidade de formação estudam-se as espécies cinegéticas e o exercício da caça, como sendo parte de um binómio que associa o princípio da biodiversidade e da conservação da natureza com disposições gerais que permitem a atividade cinegética

MÓDULO 1: BIOLOGIA DAS ESPÉCIES CINEGÉTICAS

PROFª. DOUTORA SÓNIA SEIXAS (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Caracterizar as especificidades biológicas das espécies cinegéticas e a sua distribuição em Portugal;

Distinguir os hábitos alimentares;

Identificar a época do ano em que se reproduzem;

Descrever os comportamentos reprodutivos. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Cervídeos (veado, corço e gamo), o javali e o muflão.

Galiformes (perdiz-vermelha e codorniz) e espécies introduzidas (faisões).

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15 | P á g i n a U n i v e r s i d a d e A b e r t a

Lagomorfos (coelho e lebre).

Columbiformes (pombo-torcaz, pombo bravo, pombo da rocha, rola‐comum e rola turca); a galinhola; os tordos (tordo‐comum, tordo‐ruivo, tordo‐zornal e tordeia); o estorninho‐malhado e as aves aquáticas (pato-real, marrequinha, arrabio, piadeira, galeirão‐comum, galinha-d’água).

MÓDULO 2: GESTÃO DA PREDAÇÃO

PROF. DOUTOR MÁRIO DO

CARMO (16HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Compreender a importância do fenómeno da predação exercida sobre as espécies cinegéticas e a sua gestão numa perspetiva racional e integrada;

Assimilar o princípio de que os predadores são os "controladores de qualidade" da comunidade em que se inserem, favorecendo com a sua ação a manutenção de populações cinegéticas saudáveis.

Preparar os gestores de caça para o tratamento adequado da predação, através do emprego de métodos homologados de controlo de predadores por captura não cruel;

Identificar os principais predadores das espécies cinegéticas;

Conhecer as características das armadilhas para predadores;

Aplicar as armadilhas para predadores (armadilhas de jaula; tiro);

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Aves predadoras: situação e impacto nas espécies cinegéticas.

Predadores terrestres: impacto da predação sobre as espécies cinegéticas.

Gestão da predação como garantia da perpetuidade das espécies e populações envolvidas.

Impacto da predação na caça menor: predadores generalistas, oportunistas e especialistas.

Gestão da predação e conservação: técnicas de controlo dos predadores.

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MÓDULO 3: CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E BIODIVERSIDADE PROFª DOUTORA PAULA

NICOLAU (15 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Aprofundar o novo sentido do conceito de proteção como a integração da conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável nos territórios locais e regionais, ou seja a integração das áreas protegidas com a sua população e paisagem envolvente;

Identificar os Recursos biológicos como matéria-prima para as atividades humanas e reserva de usos potenciais;

Compreender a importância das políticas de conservação da natureza e da biodiversidade;

Entender que as sociedades humanas dependem profundamente dos serviços dos ecossistemas e da biodiversidade;

Compreender que a criação, uso e gestão de áreas protegidas pode simultaneamente implicar a proteção “para” (por exemplo, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento local), mas também o incentivo da atividade cinegética e da proteção “do” crescimento económico e da pressão do imobiliário.

Refletir se a integração da população local na equação da conservação promove os meios através dos quais a proteção, o ordenamento e o desenvolvimento destas áreas podem ser alcançados.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

A consciência ambiental e a intervenção crescente nos domínios da conservação da Natureza e da gestão das áreas protegidas.

Nesta unidade de formação descrevem‐se os princípios elementares do ordenamento cinegético do território de Portugal, identificação e gestão dos habitats e das populações das diferentes espécies cinegéticas (vigilância e sua proteção), sendo importante não só saber fazer um plano de gestão de caça mas sobretudo saber agir em situações de emergência ou de risco de sustentabilidade do aproveitamento cinegético.

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MÓDULO 1: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORDENAMENTO

CINEGÉTICO PROFª. ENGª MADALENA MIGUEL (5 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende-se que o formando tenha capacidade para:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Elaborar o plano de ordenamento e gestão cinegética;

Definir métricas de medição da eficiência da gestão para promover a gestão sustentada e assegurar a conservação do património cinegético;

Identificar as condicionantes técnicas/jurídicas;

Identificar os requisitos exigidos para a concessão/ transferência de gestão da caça.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Princípios básicos de ordenamento cinegético.

Instrumentos de gestão.

Gestor técnico e as suas atribuições.

Responsabilidade gestora dos caçadores.

MÓDULO 2: HABITATS DAS ESPÉCIES CINEGÉTICAS PROFª. ENGª MADALENA MIGUEL (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende-se que o formando tenha capacidade para:

Com este Módulo pretende-se que o formando tenha capacidade para:

Desenvolver a articulação entre a caça e a agricultura;

Avaliar as potencialidades do meio natural;

Implantar corretamente a alimentação artificial.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Parâmetros para avaliar o estado de um habitat das diferentes espécies cinegéticas.

Gestão dos habitats.

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Impacto das atividades agrárias sobre os habitats das espécies cinegéticas. Problemas e soluções habituais.

Procedimentos de melhoria do habitat das espécies cinegéticas: construções e instalações, materiais empregados; refúgios, comedoiros e bebedoiros, sementeiras; melhoria da alimentação natural, desmatações, alimentação complementar.

MÓDULO 3: VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO DAS ESPÉCIES

CINEGÉTICAS PROF. ENGª MADALENA MIGUEL (5 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Vigiar e proteger as espécies cinegéticas;

Controlar os predadores;

Aplicar métodos legais de controlo de predadores;

Avaliar os efeitos indesejados dos controlos;

Aplicar as recomendações científicas sobre a matéria.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Vigilância e proteção das espécies cinegéticas: sistema, técnicas, e procedimentos.

Controlo de predadores: espécies generalistas e especialistas.

Métodos autorizados para o controlo de predadores.

Efeitos indesejados dos controlos não seletivos.

Recomendações teóricas e práticas.

MÓDULO 4: PLANOS ESPECÍFICOS DE GESTÃO PROFª. ENGª MADALENA MIGUEL (5 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Com este Módulo pretende-se que o formando tenha capacidade para identificar a melhor opção de alimentação (alimentação natural versus artificial); identificar os métodos de avaliação e homologação de troféus de caça maior; gerir as populações segundo o objetivo de gestão: qualidade ou quantidade.

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CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Planos específicos de gestão: caça maior (javali - controlo de danos na agricultura e a outras espécies cinegéticas provocados; veado - quantidade versus qualidade; gamo e corço). Caça menor: a perdiz-vermelha, o coelho-bravo, a lebre, o pombo-torcaz, a rola-comum. Alternativas para regular a pressão sem deixar de caçar. Paradigma de caçar para conservar.

MÓDULO 5: TÉCNICAS DE MELHORIA DOS RECURSOS

CINEGÉTICOS PROFª. ENGª MADALENA MIGUEL (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende-se que o formando tenha capacidade para:

Aplicar os métodos utilizados para a introdução das várias espécies de acordo com as exigências cinegéticas e ambientais;

Caracterizar os princípios da criação de caça em cativeiro;

Identificar os requisitos legais; avaliar as consequências dos equívocos dos repovoamentos imponderados.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Técnicas de melhoria dos Recursos Cinegéticos.

Repovoamentos cinegéticos com espécies de caça menor e caça maior.

Adequação das zonas a repovoar, condições do território, espécies, procedência e transporte de animais, aclimatação e solta, requisitos legais.

Erros frequentes que se cometem nos planos de repovoamento.

MÓDULO 6: SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA PROFª. DOUTORA SANDRA CAEIRO (5 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Identificar as potencialidades dos sistemas de informação geográfica no âmbito da gestão da caça e espaço rural.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Conceitos fundamentais que servem de base ao desenvolvimento dos Sistemas de Informação Geográfica.

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Principais funcionalidades de um SIG no âmbito da monitorização dos efetivos populacionais cinegéticos.

Nesta unidade de formação procura‐se descrever a problemática das doenças da caça (epidemiologia e infeção) bem como os benefícios e os cuidados a ter com o consumo de carne de caça.

MÓDULO 1: PROBLEMÁTICA GERAL E ESPECÍFICA PROFª. SOFIA DUARTE (5 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Avaliar as implicações das infeções microbianas, víricas e fúngicas no consumo da carne de espécies cinegéticas.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Introdução.

Problemática geral e específica.

Principais problemas que afetam as espécies de caça.

Considerações genéticas e sanitárias em relação às populações cinegéticas.

Aspetos ligados à legislação nacional e comunitária.

MÓDULO 2: EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECIOSAS E

PARASITÁRIAS DAS ESPÉCIES CINEGÉTICAS PROFª. SOFIA DUARTE (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Identificar e analisar as principais doenças animais e o respetivo enquadramento com as espécies pecuárias e domésticas. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

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Epidemiologia das doenças Infeciosas e Parasitárias das espécies cinegéticas.

Doenças emergentes e reemergentes (Doenças Rubras dos Suídeos, Febre Aftosa).

Doenças multifatoriais. “Code sanitaire pour les animaux terrestres 2008”.

Doenças dos Leporídeos, Suídeos, Cervídeos e Aves.

Agentes, difusão das doenças e papel dos Gestores da caça no cumprimento das normas regulamentares.

MÓDULO 3: ZOONOSES PROFª. DOUTORA MADALENA

VIEIRA PINTO (5 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Caracterizar os problemas de Saúde Pública na área das zoonoses relacionadas com as espécies cinegéticas e com os canídeos.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

As Zoonoses.

As principais doenças zoonóticas.

A Triquinelose, a Tularémia, a Tuberculose, a Brucelose, a Raiva e a Echinococose/ Hidatidose. Epidemiologia descritiva, analítica e sintética.

MÓDULO 4: PAPEL DA INSPEÇÃO SANITÁRIA PROFª. DOUTORA MADALENA

VIEIRA PINTO ( 5 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Identificar o papel da Inspeção Sanitária na defesa da segurança alimentar.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Papel da Inspeção Sanitária (Aspetos legais).

Intervenção da Administração Pública Veterinária como garante da salubridade e segurança da caça selvagem.

Legislação, implicação e cooperação com os atores do terreno.

Doenças dos Leporídeos. Doenças das aves. Doenças dos javalis.

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MÓDULO 5: CONSUMO DA CARNE DE CAÇA PROFª. DOUTORA ANA PAULA

FERNANDES (5 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Identificar as implicações do consumo de carne de espécies cinegéticas na saúde humana;

Caracterizar os benefícios e os cuidados a ter com o seu consumo.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Consumo da Carne de Caça.

Composição nutricional dos diferentes tipos de carne de caça.

Contributo da carne de caça numa alimentação saudável.

Riscos alimentares associados ao consumo de carne de caça; relação do consumo de carne com as doenças crónicas não transmissíveis; intoxicação por metais pesados associados ao consumo de carne de caça.

Nesta unidade de formação, procura‐se transmitir aos formandos a utilidade do setor cinegético a nível socioeconómico para o desenvolvimento rural; o uso do código de boas práticas cinegéticas; despertar nos gestores de caça os benefícios acrescidos dos efeitos do turismo e do desenvolvimento sustentável no espaço rural.

MÓDULO 1: SOCIOECONOMIA DA CAÇA PROF. DOUTOR MÁRIO DO CARMO (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Compreender a importância que o setor da caça desempenha no desenvolvimento rural;

Avaliar da possibilidade da exploração da caça ser complemento (ou alternativa) ao rendimento fundiário.

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23 | P á g i n a U n i v e r s i d a d e A b e r t a

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Socioeconomia da caça: a importância do setor cinegético nos municípios para o desenvolvimento rural.

Desenvolvimento do plano de ordenamento cinegético nas explorações cinegéticas.

Regionalização cinegética. Turismo cinegético; oferta de caça e os principais destinos cinegéticos.

MÓDULO 2: TURISMO E DESENVOLVIMENTO RURAL PROF. DOUTOR MÁRIO DO CARMO (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Identificar o conceito de desenvolvimento sustentável e relacioná‐lo com o setor do turismo.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Desenvolvimento Sustentável: Breve introdução histórica;

Perspetivas económicas do desenvolvimento sustentável;

Turismo sustentável: breve introdução histórica;

Instrumentos para o desenvolvimento sustentável dos destinos turísticos.

MÓDULO 3: MULTIFUNCIONALIDADE DO ESPAÇO

RURAL PROFª. DOUTORA ANA PINTO MOURA (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Analisar as mudanças do comportamento de compra e de consumo do consumidor;

Identificar a evolução da agricultura portuguesa enquadrada nos novos desígnios das políticas agrícolas europeias;

Analisar as principais oportunidades e os principais desafios associados ao Turismo no Espaço Rural (TER);

Analisar o “produto radicional” alimentar como fator de valorização da oferta.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Multifuncionalidade do Espaço Rural.

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A emergência do novo rural.

Dinâmicas associadas à atratividade do rural.

Caracterização do TER: procura; desafios e ameaças associadas.

Valorização dos produtos alimentares.

MÓDULO 4: SUSTENTABILIDADE DO

APROVEITAMENTO CINEGÉTICO E DO ESPAÇO RURAL PROFª. ANA VARANDA (10 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Identificar os princípios fundamentais da ciência económica;

Aplicar as bases teóricas no funcionamento dos mercados tendo em conta a sustentabilidade da caça. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Princípios fundamentais de economia e gestão aplicados a zonas de caça: agentes económicos, fatores produtivos e circuito económico; oferta, procura e equilíbrio de mercado; especificidades do mercado da caça; gestão de caça e o seu ambiente "organizacional".

Esta componente assume uma vertente de interligação teórico-prática com o objetivo de aquisição dos saberes fundamentais que regulam o planeamento e a gestão dos atos de aprendizagem, bem como a sua avaliação, visando a aprendizagem e desenvolvimento do conhecimento, atitudes e competências adequadas à prática venatória e constituída por uma unidade de formação.

MÓDULO 1: COMPONENTE PRÁTICA PROFª. ANA PERDIGÃO (19 HORAS)

PROF. EDUARDO MORAIS ( 19 HORAS)

COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR:

Com este Módulo pretende‐se que o formando tenha capacidade para:

Aplicar os conhecimentos teóricos aprendidos ao longo do curso em casos práticos que lhe sejam postos à consideração;

Identificar as técnicas de gestão de caça que lhe sejam postas à consideração; Desenvolver atividades na atividade de gestor cinegético e do espaço rural.

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25 | P á g i n a U n i v e r s i d a d e A b e r t a

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS:

Saída de campo de dois dias de duração para observação dos principais aspetos a contemplar num plano técnico de gestão da caça e do espaço rural.

METODOLOGIA E SISTEMA DE TUTORIA

A metodologia seguida neste curso é a estabelecida no Modelo Pedagógico Virtual da UAb para formações avançadas a desenvolver em regime de e-learning. A forma de trabalho utilizada neste curso compreende:

• Leitura individual e reflexão sobre os conteúdos disponibilizados ou sobre temas obtidos pelos formandos,

• Partilha da reflexão e do estudo entre os formandos,

• Esclarecimento de dúvidas nos fóruns moderados pelos formadores-tutores

• Realização das atividades propostas.

A leitura e a reflexão individuais devem ocorrer ao longo de todo o processo de aprendizagem, pois sem essa componente, o formando ficaria muito limitado na sua participação nos fóruns previstos, assim como também dificilmente poderá realizar com sucesso as atividades programadas.

A aprendizagem está estruturada por Tópicos. Em cada Tópico será criado um fórum moderado pelo formador e que permanecerá aberto ao longo de todo o curso, para esclarecimento das dúvidas e das dificuldades sentidas e apresentadas pelos formandos, proporcionando assim uma possibilidade de interação permanente dos formandos entre si e com o formador.

RECURSOS DE APRENDIZAGEM, PEDAGÓGICOS E TÉCNICOS

Nas diferentes unidades de formação será pedido aos formandos que trabalhem e estudem apoiando‐se em diversos recursos de aprendizagem, desde textos escritos, livros, recursos web, objetos de aprendizagem, etc., em diversos formatos e disponibilizados na plataforma de e-learning. Embora alguns desses recursos sejam digitais e fornecidos online, no contexto da classe virtual, existem outros, como livros, que poderão ser adquiridos opcionalmente pelos formandos.

AVALIAÇÃO

A qualidade de um sistema de avaliação determina, em grande medida, a qualidade da ação formativa. Nesse sentido, adota-se um sistema de avaliação contínua, rigoroso e que minimize a componente subjetiva, sempre presente.

A avaliação em formação online tem uma importância acrescida em relação à avaliação em regime presencial em virtude da natureza particular do próprio contexto de ensino aprendizagem.

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Os instrumentos de avaliação devem ser variados de forma a anular ou reduzir ao mínimo admissível a possibilidade de fraude intelectual quanto à autoria dos trabalhos. Deste modo a avaliação do curso contempla:

• Uma componente de avaliação contínua, sumativa, que vale 60%, i.e., um máximo de 12 valores, desenvolvida ao longo de todo o curso e baseada na realização de mini-testes no final de cada unidade de formação. Os mini-testes são constituídos por questões de seleção de resposta como, por exemplo, questões de escolha-múltipla ou verdadeiro-falso. São realizados online, com tempo limitado, e têm extensão e valorização proporcional à duração da unidade de formação a que digam respeito;

• Uma componente de avaliação final, sumativa, que vale 40%, i.e., um máximo de 8 valores, baseada na elaboração de um trabalho aplicado final (por exemplo, a elaboração de um Plano Técnico de Caça), realizado individualmente ou por grupos de 2 formandos.

Consideram‐se com aproveitamento no curso os formandos que obtiverem a classificação mínima de 10 valores, em 20 possíveis, e que tenham apresentado o trabalho final.

CANDIDATURAS

As candidaturas ao Curso de Gestão da Caça e do Espaço Rural decorrem de 3 a 23 de setembro de 2012. Serão aceites inscrições, por ordem de chegada até um máximo de 100. As inscrições são feitas através de inscrição online, acessível a partir do site da Universidade Aberta em: http://www.uab.pt/web/guest/estudar-na-uab/oferta-pedagogica/alv

PROPINAS

O preço do curso será de 480,00€ por formando, dividido em três frações de 160,00€ cada, devendo a 1ª prestação ser paga no ato da matrícula, e as restantes de acordo com as solicitações dos Serviços da UAb. O custo inclui a matrícula e material pedagógico.

COORDENAÇÃO Prof. Doutor Mário do Carmo |Coordenador Telefone: 30 000 2854 email: [email protected]

CONTACTOS PARA INFORMAÇÕES

Unidade para a Aprendizagem ao Longo da Vida (UALV) Telefone: 30 000 2851 |e-mail: [email protected]

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CORPO DOCENTE - NOTAS BIOGRÁFICAS

CÂNDIDO DIAS GASPAR

Licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica (ramo telecomunicações e eletrónica) e em Ciências Militares para a Arma de Transmissões (Instituto Superior Técnico/Academia Militar-1970) e concluiu a pós-graduação em Comando e Direção no Instituto de Altos Estudos Militares em 1980. Realizou diversos cursos relacionados com telecomunicações e eletrónica, segurança, higiene e saúde no trabalho, formação pedagógica online, formação em e-learning, gestão global e auditoria da formação profissional. É autor de obras nas áreas da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, das Telecomunicações, das Máquinas Elétricas, da Iluminação, da Climatização e da Manutenção Elétrico-Eletrónica. É professor na Universidade de Luanda, Instituto Tecnológico de Luanda, Academia Militar, Universidade Aberta e Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa. Foi autor de conteúdos e formador em cursos de prevenção de riscos na indústria. É formador, em regimes presencial e a distância (e-learning), em diversas organizações públicas e privadas.

ANA PAULA FERNANDES

Licenciou-se em Ciências da Nutrição pela Faculdade de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto; concluiu o Mestrado em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; doutorou-se em Biologia (especialidade Microbiologia) pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa; é Professora Auxiliar na Universidade Aberta. Intervém nas áreas de investigação da Epidemiologia Geral e Nutricional e Segurança Alimentar.

ANA PINTO DE MOURA

Licenciou-se em Engenharia Alimentar pela Escola Superior de Biotecnologia, da Universidade Católica Portuguesa e doutorou-se em Engenharia de Sistemas Industriais pelo Institut National Politechnique de Lorraine, Nancy, França; é Professora Auxiliar do Departamento de Ciências e Tecnologia da Universidade Aberta; é Investigadora do Laboratório Associado REQUIMTE, no grupo Segurança e Qualidade Alimentares, tendo como principais linhas de investigação o comportamento do consumidor face à segurança e qualidade alimentares, media e risco alimentar; modo de produção biológico; perceção da rotulagem alimentar; educação alimentar nas escolas; e novas atividades do rural.

SÓNIA SEIXAS

Licenciou-se em Recursos Faunísticos e Ambiente pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; concluiu o Mestrado em Estudos Marinhos e Costeiros pela Universidade do Algarve; doutorou-se em Biologia-Ecofisiologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; trabalhou alguns anos em aquacultura e colaborou em diversos estudos de impacto ambiental; atualmente é Professora Auxiliar da Universidade Aberta na área científica da Biologia.

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MÁRIO DO CARMO

Licenciou-se em História pela Universidade de Lisboa-Faculdade de Letras (1984); concluiu o mestrado em História Regional e Local (1999) e doutorou-se em História Contemporânea (2006), ambas naquela instituição, cujas dissertações abordaram o mundo rural. Foi professor na Universidade Moderna nos cursos de Organização e Gestão de Empresas, Investigação Social Aplicada e Psicopedagogia Curativa; na mesma universidade, coordenou a pós-graduação em Gestão de Caça e Turismo da Natureza (2003‐2004); é formador em diversas ações de formação. Foi investigador no INA (2002;2003) e, atualmente, no Centro de História da Universidade de Lisboa. É autor de diversos trabalhos na área da cinegética. É coordenador dos Cursos de Gestão da Caça e do Espaço Rural, e das Doenças das Espécies Cinegéticas: Prevenção e Segurança Alimentar.

MADALENA MIGUEL

Licenciou-se em Engenharia Zootécnica pela Universidade de Évora. Frequenta atualmente o Mestrado de Gestão no ISCTE/ONDEG. Cursou diversas ações de formação em gestão de caça; tem desenvolvido a sua atividade profissional na área da gestão de recursos cinegéticos e espaços rurais; na gestão de projetos de zonas de caça; na criação de modelos de gestão sustentável para rentabilizar as zonas rurais; foi autora de diversos artigos científicos sobre gestão e técnicas de caça publicados em Revistas da especialidade, entre elas a Revista Caça e Cães de Caça; atualmente desenvolve a sua atividade principal na área de alimentação animal.

MADALENA VIEIRA-PINTO

Licenciou-se em Medicina Veterinária pela Universidade de Trás-os-Montes, e doutorou-se na mesma instituição; é Professora Auxiliar da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, (UTAD) no Departamento de Ciências Veterinárias e formadora em várias ações de formação, na área da inspeção sanitária; colaborou em trabalhos de promoção, desenvolvimento e formação no domínio da higiene e segurança alimentar de caça abatida para consumo, e que correspondem a linhas de atividade científica, de ação destacada, que têm vindo a ser desenvolvidas no país pela UTAD, sendo atualmente a única entidade que fez homologar programa de curso para cumprimento dos desideratos da regulamentação comunitária; autora de vários trabalhos científicos na área da medicina veterinária.

ANA PERDIGÃO

Licenciou-se em Engenharia Florestal, pela UTAD; concluiu o estágio académico em cinegética; iniciou funções na Fencaça em 2003, na elaboração dos POEC (Planos de Ordenamento e Exploração Cinegética); aconselhamento técnico e apoio às zonas de caça; é autora de diversos artigos científicos publicados nas revistas de Caça (Calibre 12 e Caça e Cães de Caça).

EDUARDO MORAIS

Licenciou-se em Engenharia Zootécnica, pela Universidade de Évora; foi monitor da mesma instituição; é técnico da Fencaça, desde 1995, sendo responsável pela execução e apreciação

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técnica dos POEC, apoio às zonas de caça; participou em diversas reuniões no Conselho Nacional da Caça e da Conservação da Natureza, bem como em reuniões interdepartamentais sobre política de caça; é autor de diversos artigos sobre cinegética; é gestor de uma zona de caça turística no concelho de Évora.

SOFIA DUARTE

Licenciou-se em Medicina Veterinária (2007) pela Escola Universitária Vasco da Gama, Coimbra, na qual é docente nas unidades curriculares de Imunologia e Biologia Molecular do Ciclo de Estudos Conducentes ao Grau de Mestre em Medicina Veterinária. Aguarda a prestação de provas de doutoramento pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra com o título de tese Exposure assessment of Portuguese population to ochratoxin A: contaminated foods and urine levels. É autora de vários trabalhos científicos na área das determinações analíticas (micotoxinas e biomarcadores) e diagnóstico imunológico (micotoxinas e doenças infecciosas).

PAULO CARNEIRO

Licenciou-se em Medicina Veterinária em 2004 pela UTAD (1999) e concluiu o mestrado em Saúde Pública na Faculdade de Medicina de Coimbra (2006). Inspetor Sanitário (1999) da Divisão de Intervenção Veterinária de Viseu (D.I.V.V.); nomeado para a Direção de Serviços Veterinários da Região Centro – D.S.V.R.C. (2002) como Inspetor Sanitário em matadouros de Reses, Aves, Leporídeos e Caça, salas de desmancha, entrepostos comerciais e frigoríficos e unidades de produtos transformados. Coordenador de Inspeção Sanitária de Carnes (2001); desde 2003 até 2009, conjuntamente com o trabalho de Inspetor Sanitário, esteve ligado à área da Sanidade Animal, da Divisão de Intervenção Veterinária de Coimbra (D.I.V.C.), tendo oportunidade de contactar com os procedimentos de Execução dos Planos Nacionais de Erradicação de TSE’s (Encefalopatia Espongiforme Bovina - B.S.E. e Scrapie), avaliação de animais suspeitos clínicos, inquéritos epidemiológicos, abates de suspeitos e rastreabilidade de coabitantes.

Assistente convidado ( 2004) na Escola Universitária Vasco da Gama (E.U.V.G.) – Coimbra, lecionando aulas teóricas e práticas, no Mestrado em Medicina Veterinária (unidades Curriculares de Inspeção Sanitária I, Inspeção Sanitária II e Saúde Pública Veterinária). Atualmente é regente das Unidades Curriculares de Inspeção Sanitária I e II e Saúde Pública Veterinária e Coordenador Técnico-Científico de estágios finais e intercalares para as mesmas áreas.

Participou em diversos colóquios e ações de formação; tem sido Tutor/Orientador de diversos estágios intercalares e finais de alunos da Licenciatura e Mestrado em Medicina Veterinária da Escola Universitária Vasco da Gama e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Licenciatura em Engenharia Agroalimentar da Escola Superior Agrária de Coimbra, nas áreas da Inspeção Sanitária, Sanidade Animal, Saúde Pública Veterinária e Segurança Alimentar; é autor de diversas comunicações;

É autor de diversos artigos científicos sobre inspeção sanitária, entre outro, Metodologias e higiene no abate de ungulados); Procedimentos de Inspeção Sanitária post-mortem"; "Higiene e inspeção sanitária da carne de caça selvagem"; Algumas patologias encontradas no decurso da inspeção sanitária da caça".

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ANA ISABEL REIS VARANDA

Licenciou-se em Gestão de empresas, pelo ISLA, em 1999; Pós-graduada em Marketing e Negócios Internacionais (ISCTE) em 2000; MBA em Logística, pelo ISCTE (2003);membro da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas- Certificado de Aptidão Profissional nº.549887 FCE pela Universidade de Cambridge (1992);Formadora de Comportamento do Consumidor (2006);Formadora de Vendas no Mercado Externo (2008); Formadora de Inglês (2008/2009); Formadora de Pós- Venda (2010);Formadora do Curso 0352 - Atendimento (Maio 2011); Formadora do Curso 0355 - Fidelização de Clientes (Maio 2011). Assistente da Dir Financeira Responsável pelas reconciliações das transferências inter Grupo GM (Opel Portugal); bancária Caixa Geral de Depósitos - Agência Bernardo Santareno em Santarém Dan Cake Portugal SA Industria da Panificação Área Manager; De Julho de 2011 até à presente data: Salvesen Logística, Lda. (Grupo Danone); Distribuição de bens alimentares Gestora de Grandes Contas Responsável Comercial para Portugal.

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31 | P á g i n a U n i v e r s i d a d e A b e r t a

ESTRUTURA CURRICULAR

UNIDADES DE FORMAÇÃO

MÓDULOS

DOCENTES

HORAS

Ambientação online

Módulo 0: Ambientação e socialização online

Dias Gaspar

10

Atividade Cinegética

Módulo 1: História, Cultura e Tradição Cinegética em Portugal Mário do Carmo 10

Módulo 2: A Génese da Caça Mário do Carmo 10

Módulo 3: Gestão das Populações de Espécies Cinegéticas Mário do Carmo 10

Módulo 4: Exercício da Caça Mário do Carmo 5

Dinâmica das Populações de

Espécies Cinegéticas

Módulo 1: Biologia das Espécies Cinegéticas Sónia Seixas 10

Módulo 2: Gestão da Predação Mário do Carmo 16

Módulo 3: Conservação da Natureza e da Biodiversidade Paula Nicolau 15

Ordenamento e Gestão da Caça e do

Espaço Rural

Módulo 1: Princípios Básicos de Ordenamento Cinegético Madalena Miguel 5

Módulo 2: Habitats das Espécies Cinegéticas Madalena Miguel 10

Módulo 3: Vigilância e Proteção das Espécies Cinegéticas Madalena Miguel 5

Módulo 4: Planos Específicos de Gestão Madalena Miguel

5

Módulo 5: Técnicas de Melhoria dos Recursos Cinegéticos Madalena Miguel

10

Módulo 6: Sistemas de Informação Geográfica

Sandra Caeiro 5

Epidemiologia das Doenças da Caça

Selvagem

Módulo 1: Problemática Geral e Específica Sofia Duarte 5

Módulo 2: Epidemiologia das Doenças Infeciosas e Parasitárias Sofia Duarte 10

Módulo 3: Zoonoses Madalena V.Pinto 5

Módulo 4: Papel da Inspeção Sanitária Madalena V.Pinto 5

Módulo 5: Consumo da Carne de Caça Ana P. Fernandes 5

Perspetivas Futuras da Caça e do Mundo

Rural

Módulo 1: Socioeconomia da Caça Mário do Carmo 10

Módulo 2: Turismo e Desenvolvimento Rural Mário do Carmo 10

Módulo 3: Multifuncionalidade do Espaço Rural Ana Pinto Moura 10

Módulo 4: Sustentabilidade do Aproveitamento Cinegético e do E. R. Ana Varanda 10

Aulas Práticas

Módulo 1: Trabalhos de Campo Ana Perdigão 19

Eduardo Morais 19

TOTAL

234