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CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA PROGRAMA INTERDISCIPLINAR PI USINAS HIDRELÉTRICAS Autores: HOLLYDEYS SANTIAGO DE SOUZA RODRIGO RAMOS DE SOUSA Coronel Fabriciano, 29 de abril de 2012

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CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

PROGRAMA INTERDISCIPLINAR – PI

USINAS HIDRELÉTRICAS

Autores:

HOLLYDEYS SANTIAGO DE SOUZA

RODRIGO RAMOS DE SOUSA

Coronel Fabriciano, 29 de abril de 2012

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HOLLYDEYS SANTIAGO DE SOUZA

RODRIGO RAMOS DE SOUZA

USINAS HIDRELÉTRICAS

Relatório apresentado ao Curso de Graduação em

Engenharia Mecânica do Centro Universitário do

Leste de Minas Gerais, como requisito parcial para

obtenção da nota final no Programa Interdisciplinar

do Curso de Engenharia Mecânica.

Orientador : Prof. Jorge Sussumu Yamana

Coronel Fabriciano, 29 de abril de 2012

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LISTAS DE FIGURAS

Figura 1- Usina Hidreletrica de ITAIPU .................................................................................... 8

Figura 2 - Distribuição energética brasileira (fonte: Aneel) ....................................................... 2

Figura 3 - UHE Corumbá ........................................................................................................... 2

Figura 4 – Usina hidrelétrica em cortes ...................................................................................... 2

Figura 5 - UHE Santo Antonio ................................................................................................... 2

Figura 6 - Transmissão de força numa barragem ....................................................................... 2

Figura 7 - Vista Panoramica de uma barragem tipo arco ........................................................... 2

Figura 8 - Transmissão de força numa barragem ....................................................................... 2

Figura 9 – Barragem de Capanda ............................................................................................... 2

Figura 10 - Barragem tipo arco-gravidade ................................................................................. 2

Figura 11 - Transmissão de forças .............................................................................................. 2

Figura 12 - Vertedouro da UHE Corumbá ................................................................................. 2

Figura 13 - Vertedouro em corte ................................................................................................ 2

Figura 14 – Vertedouro de comportas ........................................................................................ 2

Figura 15 - Grades da UHE Campos Novos............................................................................... 2

Figura 16 - Material obstruindo a grade da UHE Itaipu ............................................................ 2

Figura 17 - Comporta sendo içada para manutenção ................................................................. 2

Figura 18 - Posição do Stop log em corte ................................................................................... 2

Figura 19 - Construção de um conduto forçado UHE Chapecó ................................................. 2

Figura 20 – Conduto forçado UHE Xingó ................................................................................. 2

Figura 21 - Conduto forçado UHE Tucuruí ............................................................................... 2

Figura 22 - Chaminé de equilibrio em corte ............................................................................... 2

Figura 23 - Layout de uma casa de força.................................................................................... 2

Figura 24 - Casa de força em corte ............................................................................................. 2

Figura 25 - Turbina Pelton em corte ........................................................................................... 2

Figura 26 - Turbina Pelton em manutenção ............................................................................... 2

Figura 27 - Turbina Francis ........................................................................................................ 2

Figura 28 - Turbina Francis em manutenção .............................................................................. 2

Figura 29 - Turbina Kaplan ........................................................................................................ 2

Figura 30 - Turbina Kaplan (Impsa) ........................................................................................... 2

Figura 31 - Turbina Bulbo .......................................................................................................... 2

Figura 32 - Turbina bulbo ........................................................................................................... 2

Figura 33 - Válvula Esfera.......................................................................................................... 2

Figura 34 - Válvula Borboleta .................................................................................................... 2

Figura 35 - Hidrogerador de Itaipu ............................................................................................. 2

Figura 36 - Substação de Furnas................................................................................................. 2

Figura 37 - Substação de Furnas................................................................................................. 2

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RESUMO

O Brasil é um país que reconhecidamente possui um elevado potencial de aproveitamento das

fontes renováveis de energia. Sua matriz energética apresenta base tecnológica hidroelétrica,

que corresponde hoje a 72% do fornecimento de toda a energia consumida no país. Este fato

se deve a abundante disponibilidade destes recursos e também a uma larga experiência de

construção, uso e manutenção, que consolidou as tecnologias empregadas ao seu

desenvolvimento. A partir da década de 70, além dos parâmetros de disponibilidade e

viabilidade técnica, outro fator passou a ser considerado: os impactos ambientais que o uso de

determinados recursos possam causar e as restrições ambientais passaram a fazer parte da

busca de outras fontes de energia renováveis. Porém a construção de pequenas e grandes

hidroelétricas ainda são à base de fornecimento de energia elétrica em nosso país, que é

considerado como um país rico em recursos hídricos. O presente trabalho orientou-se em

mostrar a geração de energia elétrica em usinas de hidroelétricas.

Palavras-chave: Hidroelétrica; Recursos hídricos;

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ABSTRACT

Brazil is a recognized country by its high potential for exploitation in renewable energy. Its

energy matrix is based in hydroelectric technology, which represents 72% of the supplying of

all energy consumed in the country today. The reason is that Brazil has abundant availability

of these resources and also a wide experience in construction, use and maintenance, which

consolidated the necessary technology applied to this development. Up to the 70's, besides the

parameters of the technical feasibility and availability, another factor had to be considered:

the environmental impacts possibly caused by the use of certain resources and the

environmental restrictions that became part of the search for other renewable energy source.

However the construction of small and big hydroelectric plants are still the basis of electric

power supply in our country, which is considered as a country rich in water resources. The

present study was oriented to show the eletricity generation by hydroelectric plants.

Keywords: Hydroelectric; Hydric resources;

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................7

1.1 Tema ....................................................................................................................................8

1.2 Objetivo ...............................................................................................................................8

2 ENERGIA ..............................................................................................................................8

3 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL ..........................................................................9

4 USINA HIDRELÉTRICA ..................................................................................................10

4.1 Classificação das usinas ...................................................................................................11

4.2 Componentes de uma Usina ............................................................................................12

4.2.1 Barragem .......................................................................................................................14

4.2.1.1 Barragem tipo arco ....................................................................................................14

4.2.1.2 Barragem tipo gravidade ...........................................................................................16

4.2.1.3 Barragem tipo arco-gravidade ..................................................................................17

4.2.2 Vertedouro .....................................................................................................................18

4.2.3 Tomada d’água ..............................................................................................................19

4.2.3.1 Grades .........................................................................................................................19

4.2.3.2 Comportas e Stop-logs ...............................................................................................20

4.2.4 Órgãos de adução...........................................................................................................22

4.2.4.1 Canais de Adução .......................................................................................................22

4.2.4.2 Condutos Forçados ....................................................................................................22

4.2.4.3 Chaminé de equilíbrio ...............................................................................................24

4.2.5 Casa de força .................................................................................................................26

4.2.6 Turbinas .........................................................................................................................27

4.2.6.1 Turbinas Pelton ..........................................................................................................28

4.2.6.2 Turbinas Francis ........................................................................................................30

4.2.6.3 Turbinas Kaplan ........................................................................................................31

4.2.6.4 Turbinas Bulbo ...........................................................................................................33

4.2.7 Válvulas .........................................................................................................................34

4.2.8 Hidrogeradores ..............................................................................................................34

4.2.9 Substação ......................................................................................................................35

5 IMPACTO AMBIENTAL ..................................................................................................36

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................37

7 REFERENCIAS ..................................................................................................................38

Page 7: hidroeletricas .pdf

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1 INTRODUÇÃO

O uso da força das águas para gerar energia é bastante antigo e começou com a

utilização das chamadas “noras”, ou rodas d’água do tipo horizontal, que através da ação

direta de uma queda d’água produz energia mecânica e são usadas desde o século I a.C.. A

partir do século XVIII, com o surgimento de tecnologias como o motor, o dínamo, a lâmpada

e a turbina hidráulica, foi possível converter a energia mecânica em eletricidade. Mas o

acionamento do primeiro sistema de conversão de hidroenergia em energia elétrica do mundo

ocorreria somente em 1897 quando entrou em funcionamento a hidrelétrica de “Niágara

Falls” (EUA) idealizada por Nikola Tesla com o apoio da Westinghouse.

De lá para cá o modelo é praticamente o mesmo, com mudanças apenas nas

tecnologias que permitem maior eficiência e confiabilidade do sistema. Cerca de 20% da

energia elétrica gerada no mundo todo é proveniente de hidrelétricas. Em números

aproximados, só no Brasil, a energia hidrelétrica é responsável por 509,2 TWh. São 158

usinas em funcionamento, outras 9 usinas estão em construção e existem 26 outorgadas (com

permissão para serem construídas).Uma usina hidrelétrica, no Brasil, pode ser classificada de

acordo com a sua potência de geração de energia em dois tipos principais: as PCH’s, ou

pequenas centrais hidrelétricas que produzem de 1MW a 30 MW e possui um reservatório

com área inferior a 3 km² (Resolução ANEEL N.º 394/98), e as GCH’s, ou grandes centrais

hidroelétricas que produzem acima de 30 MW.A maior hidrelétrica do mundo era a usina de

Itaipu pertencente ao Brasil e ao Paraguai.

Situada no rio Paraná Itaipu tem uma capacidade de 13.300 MW, respondendo por

20% da demanda nacional e 95% da demanda paraguaia de energia elétrica. Mas em 2009

Itaipu perdeu seu título de maior do mundo para a Hidrelétrica de Três Gargantas que foi

construída no rio Yang-Tsé, na China. Três Gargantas têm uma capacidade de produzir 85

bilhões de KWh. Claro que os impactos ambientais destes dois grandes empreendimentos são

tão colossais quanto eles próprios: Três Gargantas engoliram 13 cidades, 4500 aldeias e 162

sítios arqueológicos importantíssimos para a China. Sem contar os impactos sobre a flora,

fauna, solo, alterações do microclima da região, ciclo hidrológico e as milhares de pessoas

que tiveram de ser realocadas.

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8

De fato as usinas hidrelétricas são uma fonte renovável de energia, mas isso não

significa que sejam ambientalmente corretas e nem que são menos nocivas que outras fontes

unanimemente nocivas. Uma tentativa de minimizar os impactos das hidrelétricas é a

substituição dos grandes empreendimentos por PCH’s, porém esse é ainda um tema bastante

controverso já que mesmo que em menor escala, as PCH’s também causam impactos.

1.1 Tema

Usinas hidroelétricas ou hidrelétricas.

1.2 Objetivo

Apresentar de uma forma sucinta o funcionamento de uma usina hidroelétrica, bem

como os equipamentos e a estrutura para geração de energia utilizando-se recursos hídricos.

2 ENERGIA

Energia vem da palavra grega enérgeia, que quer dizer “força em ação”. Existem

muitas fontes de energia na natureza: a luz do sol, o vento ou a água, por exemplo, são fontes

inesgotáveis que produzem energia limpa, não poluente. Na natureza, a energia está em toda

Figura 1- Usina Hidrelétrica de ITAIPU

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9

parte: na força das quedas d’água, nas plantas, nos animais, na erupção de um vulcão, na luz

do sol, nos ventos.

A produção e o consumo de energia elétrica são medidos de duas formas: demanda e

energia. A demanda é a quantidade de energia que está sendo produzida ou consumida em um

determinado instante. É medida em watt(demanda instantânea) ou seus múltiplos: quilowatt

(kW), megawatt (MW) e gigawatt (GW).Uma derivação é o MW/h, quando se refere à

demanda de um período específico.A energia, por sua vez, é o resultado da soma do que foi

produzido em um determinado período, um dia, por exemplo. É medida em watt-hora ou seus

múltiplos: quilowatt-hora (kWh), megawatt-hora (MWh) e gigawatt-hora (GWh). O modelo

energético é a forma prioritária adotada por um país para produzir eletricidade. O Brasil

decidiu que a maior parte da energia (mais de 70%) seria produzida por usinas hidrelétricas,

movidas à água. Esse tipo de usina não gera poluição.

3 BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL

A geração de energia elétrica no Brasil em centrais de serviço publico atingiu 509,2

twh em 2011, resultado 10% superior ao de 2010. Permanece como principal a contribuição

de centrais de serviço público, com 87,5% da geração total. A principal fonte é a energia

hidráulica , que apresentou elevação de 3,7% em 2010. O Brasil apresenta uma matriz de

geração elétrica renovável, sendo que a geração interna hidráulica responde por montante

superior a 74% da oferta. O gráfico abaixo apresenta a estrutura da oferta interna de

eletricidade no Brasil em 2011, vale lembrar que o balanço energético de 2012 é referente ao

ano anterior ou seja 2011.

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10

4 USINA HIDRELÉTRICA

Uma usina hidrelétrica pode ser definida como um conjunto de obras e equipamentos

cuja finalidade é a geração de energia elétrica, por meio do aproveitamento do potencial

hidráulico existente num rio. A geração hidrelétrica está associada à vazão do rio, isto é, à

quantidade de água disponível em um determinado período de tempo e à altura de sua queda.

Quanto maiores são os volumes de sua queda, maior é o seu potencial de aproveitamento na

geração de eletricidade. A vazão de um rio depende de suas condições geológicas, como

largura, inclinação, tipo de solo, obstáculos e quedas. É determinada ainda pela quantidade de

chuvas que o alimentam, o que faz com que sua capacidade de produção de energia varie

bastante ao longo do ano.

O potencial hidráulico é proporcionado pela vazão hidráulica e pela concentração dos

desníveis existentes ao longo do curso de um rio. Isto pode se dar de uma forma natural,

quando o desnível está concentrado numa cachoeira; através de uma barragem, quando

pequenos desníveis são concentrados na altura da barragem ou através de desvio do rio de seu

leito natural, concentrando-se os pequenos desníveis nesses desvios.

Eolica 0,4%Biomassa 4,7%

Importação 6,5%

Gás natural 6,8%

Derivados do petroleo 3,6%

Nuclear 2,7%

Carvão 1,3%

Hidráulica 74,0%

Figura 2 - Distribuição energética brasileira (fonte: Aneel)

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11

Uma usina hidrelétrica compõe-se, basicamente, das seguintes partes: barragem, sistemas de

captação e adução de água, casa de força e sistema de restituição de água ao leito natural do

rio. Cada parte se constitui em um conjunto de obras e instalações projetadas

harmoniosamente para operar eficientemente em conjunto.

4.1 Classificação das usinas

Os aproveitamentos hidrelétricos podem ser divididos segundo a potência, em

pequenos, médios e grandes. Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), segundo resolução da

Aneel nº 394 de 04/12/98, são empreendimentos hidrelétricos com potência superior a 1 MW

e igual ou inferior a 30 MW, com área total de reservatório igual ou inferior a 3,0 km².

Não existe, porém, limite claro entre os aproveitamentos médios e grandes no que se

refere à potência total instalada. Segundo a queda, os aproveitamentos podem ser

classificados em:

CGH Baixa queda (até 25 m);

PCH Média queda (de 25 a 130 m);

UHE Alta queda (acima de 130 m);

Figura 3 - UHE Corumbá

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12

A classificação mais importante, no entanto, é quanto à característica de produção de energia

ou seja sua potencia, que é calculada através:

Sob este aspecto, podem ser classificadas em usinas a fio d’água e usinas de

acumulação.Usinas a fio d’água são as que não dispõem de um reservatório com volume

considerável, tendo como conseqüência uma produção irregular de energia, em função das

oscilações de vazão do rio.

Usinas de acumulação possuem um reservatório de porte suficiente para permitir uma

otimização da produção da energia em função da demanda. Para fazer uma regularização

eficiente, o reservatório deve ter um volume que varia de 50 a 150% da vazão anual do rio

naquele local, dependendo do regime da vazão do rio.

4.2 Componentes de uma Usina

Os principais componentes das usinas hidrelétricas, também são quase sempre os

mesmos: reservatório , barreira ou represa, onde fica armazenada a água que irá gerar a

energia e é, na maioria das vezes, aproveitado para atividades de lazer pela população, assim

como, é também o maior responsável pelo impacto ambiental de uma usina; o canal, por onde

a água passa assim que a porta (ou comporta) de controle é aberta enviando água para o duto

que a levará às turbinas, em algumas represas há também a chaminé que tem como objetivo

evitar o que chamamos de golpe de aríete. As turbinas, geralmente que fazem cerca de 90 rpm

(rotações por minuto); geradores, eles possuem uma série de ímãs que produzem corrente

elétrica; um transformador elevador, que aumenta a tensão da corrente elétrica até um nível

adequado à sua condução até os centros de consumo; fluxo de saída, (ou tubo de sucção) que

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13

conduz a água da turbina até a jusante do rio; e as linhas de transmissão, que distribuem a

energia gerada.

Figura 4 – Usina hidrelétrica em cortes

Figura 5 - UHE Santo Antonio

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14

4.2.1 Barragem

A maioria das usinas hidrelétricas utiliza uma barreira que segura a água e cria um

grande reservatório, este reservatório muitas vezes, é usado como um lago recreativo A

barragem em um aproveitamento hidroelétrico tem as seguintes finalidades principais:

Elevar o nível do rio para acumulação de água e formação de potencial

enérgético (queda);

Criar um reservatório para regularização da vazão;

Conduzir a água para um túnel, ou canal de adução (para o caso de usinas a fio

d’água).

As barragens também são utilizadas com outras finalidades tais como controle de cheias,

irrigação, navegação, abastecimento de cidades etc .

As barragens podem ser classificadas de acordo com o material utilizado em sua construção:

Barragens de Terra;

Barragens de Enrocamento;

Barragens de Concreto;

Barragens Mistas (concreto e terra ou enrocamento).

Quanto à geometria, as barragens podem ser:

- Barragens por gravidade;

- Barragens tipo arco;

- Barragens tipo arco-gravidade.

A decisão sobre o tipo de barragem deverá se fundamentar primeiro numa análise técnica e

posteriormente numa análise econômica

4.2.1.1 Barragem tipo arco

As estruturas em arco resistirem com facilidade a cargas uniformemente distribuídas

sobre seu dorso, transmitindo-as para as suas ombreiras. Nessas condições, as forças

decorrentes do impulso hidrostático são transferidas para as margens e fundo do rio. Daí, para

a sua construção, ser necessárias condições naturais especiais, ou seja: margens altas

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15

constituídas por rocha resistente e sã, fundo do rio igualmente em rocha resistente e sã. Dadas

as suas pequenas secções transversais, empregam pouco material, de forma que seu peso

desempenha papel secundário no equilíbrio estático. Podem ser construídas em betão e/ou

betão(concreto) armado.

Figura 6 - Transmissão de força numa barragem

Figura 7 - Vista Panorâmica de uma barragem tipo arco

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16

4.2.1.2 Barragem tipo gravidade

São aquelas em que o equilíbrio estático da construção, sob a ação das forças externas

(impulso hidrostático), realiza-se pelo próprio peso da estrutura, com o auxílio eventual da

componente vertical do impulso que atua sobre seus paramentos. A resultante de todas as

forças atuantes é transmitida, através de sua base, ao solo do leito do rio sobre o qual se apóia.

Os vazamentos são evitados por um núcleo de argila à prova de água ou ainda por concreto.

Figura 8 - Transmissão de força numa barragem

Figura 9 – Barragem de Capanda

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17

4.2.1.3 Barragem tipo arco-gravidade

São barragens em forma de arco mas que funcionam num misto de barragens em arco

e por gravidade. As suas secções transversais apresentam-se bem mais espessas que as das

barragens em arco, porém mais esbeltas que as das barragens de gravidade.

Figura 10 - Barragem tipo arco-gravidade

Figura 11 - Transmissão de forças

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18

4.2.2 Vertedouro

O vertedouro tem a função de descarregar o excesso de água do reservatório. Deve ser

dimensionado para que em nenhuma hipótese, mesmo durante a cheia máxima provável, o

nível de água do reservatório atinja a crista da barragem.

Em usinas de baixas descargas, o vertedouro consiste numa soleira com crista

arredondada situada numa determinada elevação. Toda vez que o nível da represa exceder o

nível da soleira, o excedente de água escoa para jusante. Este tipo de vertedouro no entanto

tem capacidade limitada de escoamento.

Para rios com vazões acima de 1000 m3/s são usados vertedouros munidos de

comportas o que permite variar a vazão escoada através do vertedouro sem que haja variações

no nível do reservatório.

O projeto de um vertedouro exige um estudo detalhado tanto em modelo matemático

como em modelos físicos reduzidos, para checar a estabilidade da obra, da formação do jato,

das comportas, da operação do vertedouro, entre outros itens. Se o vertedouro não for bem

dimensionado, a força da água pode danificar a sua estrutura, fazendo com que a barragem se

rompa, provocando graves acidentes, com danos não só para o meio ambiente, como para a

agricultura e os seres humanos que habitam a área atingida.

Figura 12 - Vertedouro da UHE Corumbá

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19

As comportas normalmente utilizadas são do tipo segmento, também chamadas de

comportas de setor.

4.2.3 Tomada d’água

A tomada d’água tem finalidade de captar a água para conduzi-la às turbinas, na

tomada dágua é composta de vários equipamentos e dispositivos para condução da água. A

tomada pode ser ligada diretamente à turbina forçada que leva a água à máquina ou,

dependendo da topografia do local, pode descarregar a água captada em um canal aberto de

adução ou em uma tubulação de baixa pressão que transportará a água até o local mais

adequado para a implantação da tubulação forçada. Ela basicamente é composta de :

4.2.3.1 Grades

Na entrada da tomada d’água, estão posicionadas GRADES, cuja função é impedir a

entrada de troncos ou outros corpos que possam danificar as turbinas. As GRADES são

construídas de barra de aço verticais, apoiadas em travessas horizontais. As distâncias entre as

barras dependem do tipo e tamanho das turbinas, como mostrado abaixo:

Tubinas Pelton - 1/5 do diâmetro do injetor

Turbinas Kaplan de Porte Médio e Turbina Francis - 5 a 8 cm

Turbinas Kaplan de Grande Porte - 5 a 15 cm

Figura 14 – Vertedouro de comportas Figura 13 - Vertedouro em corte

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20

As grades devem ser limpas regularmente, normalmente por equipamento automático.

4.2.3.2 Comportas e Stop-logs

As comportas utilizadas nas tomadas d’água tem a função de bloquear o fluxo de água

das turbinas em caso de paradas para manutenção ou mesmo em caso de emergência (disparo,

ruptura do conduto forçado etc.), ao menos que exista uma válvula de emergência na entrada

da turbina. São geralmente planas, do tipo Vagão ou do tipo Lagarta (com rodas).Uma

comporta compõe-se basicamente de três elementos:

Tabuleiro: é um elemento móvel que serve de anteparo à passagem da água e é

constituído de paramento e vigamento. A chapa de revestimento do tabuleiro diretamente

responsável pela barragem de água é denominada paramento;

Peças fixas: são os componentes que ficam embutidos no concreto e servem

par guiar e alojar o tabuleiro e redistribuir para o concreto as cargas atuantes sobre a

comporta;

Mecanismo de manobra: é o dispositivo diretamente responsável pela abertura

e fechamento da comporta.

São utilizados para permitir a revisão e manutenção das comportas com o reservatório

cheio. Os Stop-logs são manobrados com o auxílio de uma viga pescadora que, por sua vez, é

suportada pelo pórtico da usina.

Com o intuito de diminuir o peso a ser manobrado, os stop-logs são compostos de uma

série de elementos horizontais separados. Este arranjo também permite a utilização de

menores pórticos.

Figura 15 - Grades da UHE Campos Novos Figura 16 - Material obstruindo a grade da UHE

Itaipu

Page 21: hidroeletricas .pdf

21

STOP LOG

Figura 18 - Posição do Stop log em corte

Figura 17 - Comporta sendo içada para manutenção

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22

4.2.4 Órgãos de adução

O órgão de adução tem a finalidade de interligar a tomada d’água às turbinas

hidráulicas.Podem conduzir a água ao ar livre bem como por condutos forçados.

4.2.4.1 Canais de Adução

São canais, geralmente com perfil trapezoidal, utilizados em usinas de pequeno porte

com a função de levar a água do reservatório até um ponto próximo da casa de força, quando

então a água será transportada através do conduto forçado até a turbina.

4.2.4.2 Condutos Forçados

São tubulações que ligam a tomada d’água às turbinas. Podem ser embutidos ou

expostos. Seu dimensionamento é feito com base nos dados relacionados a pressão,

velocidade e vazão da água, nestes condutos podem ocorrer perda de carga. DARCY e

WEISBACH (1845), após inúmeras experiências, estabeleceram uma das melhores equações

empíricas para o cálculo da perda de carga distribuída ao longo das tubulações. ROUSE

(1946) denominou a equação de Fórmula de Darcy-Weisbach, que, também, ficou conhecida

por Fórmula Universal para o cálculo da perda de carga distribuída.

Sendo:

j = perda de carga unitária em m/m;

V = velocidade média do escoamento em m/s;

D = diâmetro do conduto em m/s;

L = comprimento do conduto em m;

g = aceleração da gravidade = 9,81 m/s2;

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23

f = coeficiente de perda de carga, obtido pelo Diagrama de Moody.

O coeficiente de perda de carga f é um adimensional que depende basicamente do regime de

escoamento.

Figura 20 – Conduto forçado UHE Xingó

Figura 19 - Construção de um conduto forçado UHE Chapecó

Page 24: hidroeletricas .pdf

24

4.2.4.3 Chaminé de equilíbrio

A chaminé de equilíbrio é uma estrutura, em concreto ou aço, constituída de um

reservatório cilíndrico, de eixo vertical, implantada entre o trecho de adução de baixa

declividade, constituído por uma tubulação em baixa pressão e o trecho de adução de grande

declividade, constituído por uma tubulação forçada.

A chaminé de equilíbrio tem como finalidade amortecer os efeitos dos aumentos de

pressão e velocidade da água no interior da tubulação forçada causados pelo golpe de aríete

durante um acionamento rápido do dispositivo de fechamento da turbina .

Tem também a função de armazenar a água que penetra no seu interior durante o

refluxo resultante do aumento de pressão, liberando-a para a turbina quando o dispositivo de

fechamento abrir novamente.

Quando necessária a sua instalação, a chaminé de equilíbrio deve ficar o mais

próximo possível da casa de máquinas, a fim de reduzir o comprimento da tubulação forçada

e, com isso, diminuir os efeitos do golpe de aríete

Conduto forçado

Figura 21 - Conduto forçado UHE Tucuruí

Page 25: hidroeletricas .pdf

25

A condição para que não haja necessidade da instalação de uma chaminé de

equilíbrio é conhecida pela relação:

Onde:

La = comprimento total do sistema de adução

H = queda bruta

Ambos os parâmetros tomados com a mesma unidade de dimensão linear.

O golpe de Aríete acontece quando a pressão normal no interior de uma tubulação

forçada sofre variações quando há mudanças súbitas de descarga. Essas mudanças são

resultantes de fechamentos ou aberturas rápidas, parciais ou totais, do dispositivo de

fechamento da turbina.

As variações de pressão podem ser positivas ou negativas, conforme o engolimento da

turbina diminua ou aumente repentinamente. Atuam em todos os pontos da tubulação forçada

situados entre a turbina e a boca livre da tubulação situada na tomada d’água, câmara de carga

ou chaminé de equilíbrio.

H

La

Figura 22 - Chaminé de equilíbrio em corte

>5

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26

4.2.5 Casa de força

A casa de força tem a finalidade de alojar e proteger os equipamentos de geração e

seus auxiliares e possibilitar sua montagem e eventual desmontagem e manutenção.Há 3

possibilidades de configuração de umacasa de força , que varia muito quanto ao custo do

projeto e condições geologicas e topograficas.:

Casa de Força Fechada: construída a céu aberto, com superestrutura que

suporta o teto e as vigas para os trilhos da ponte rolante;

Casa de Força Semi-aberta: Sem superestrutura que suporte o teto e com

pórtico no lugar das pontes rolantes;

Casa de Força Subterrânea: Em caverna ou aterrada.

O arranjo da casa de força deve ser feito de forma a minimizar o custo da obra civil e

em função das dimensões dos equipamentos de geração (turbinas e geradores), porém de

forma a acomodar os auxiliares e demais equipamentos que vão dentro da mesma, tais como

os de comando e controle, proteção, sistema de regulação da turbina, sistema C.C., sistemas

de esvaziamento e drenagem, sistema de abastecimento de água, central de ar comprimido,

central de tratamento de óleo etc.

Figura 23 - Layout de uma casa de força

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4.2.6 Turbinas

As turbinas hidráulicas dividem-se diversos tipos, sendo quatro tipos principais:

Pelton, Francis, Kaplan, Bulbo. Cada um destes tipos é adaptado para funcionar em usinas

com uma determinada faixa de altura de queda e vazão. As vazões volumétricas podem ser

igualmente grandes em qualquer uma delas mas a potência será proporcional ao produto da

queda (H) e da vazão volumétrica.

Em todos os tipos há alguns princípios de funcionamento comuns. A água entra pela

tomada de água à montante da usina hidrelétrica que está num nível mais elevado e é levada

através de um conduto forçado até a entrada da turbina. Então a água passa por um sistema de

palhetas guias móveis que controlam a vazão volumétrica fornecida à turbina. Para se

aumentar a potência as palhetas se abrem, para diminuir a potência elas se fecham. Após

passar por este mecanismo a água chega ao rotor da turbina. Nas turbinas Pelton não há um

sistema de palhetas móveis e sim um bocal com uma agulha móvel, semelhante a uma

válvula. O controle da vazão é feito por este dispositivo.

Figura 24 - Casa de força em corte

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Por transferência de quantidade de movimento parte da energia potencial dela é

transferida para o rotor na forma de torque e velocidade de rotação. Devido a isto a água na

saída da turbina estará a uma pressão bem menor do que a inicial.

A potência de uma turbina pode ser calculada pela seguinte expressão:

Onde:

P = Potência instalada (kW) ou (CV) conforme fórmula utilizada;

Q = vazão (m3/s);

Hu = altura útil (m);

g = peso específico da água (kgf/m3);

h t = rendimento total ; onde h t = h tu x h g

h tu = rendimento da turbina

h g = rendimento do gerador

O índice η é a eficiência total da turbina. A eficiência é a fração da energia total da

fonte de energia primária (no caso a água) que é convertida em energia útil (no caso potência

de eixo). As principais causas da "perda" de energia nas turbinas são:

Perdas hidráulicas: a água tem que deixar a turbina com alguma velocidade, e

esta quantidade de energia cinética não pode ser aproveitada pela turbina.

Perdas mecânicas: são originadas por atrito nas partes móveis da turbina e calor

perdido pelo aquecimento dos mancais.

Tipicamente turbinas modernas têm uma eficiência entre 85% e 99%, que varia

conforme a vazão de água e a potência gerada.

4.2.6.1 Turbinas Pelton

emCVnHQg

ptu

75

...

)(...81,9 emkWnHQp tu

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29

São adequadas para operar entre quedas de 350 m até 1100 m, sendo por isto muito

mais comuns em países montanhosos.

Este modelo de turbina opera com velocidades de rotação maiores que os outros, e tem

o rotor de característica bastante distinta. Os jatos de água ao se chocarem com as "conchas"

do rotor geram o impulso. Dependendo da potência que se queira gerar podem ser acionados

os 6 bocais simultaneamente, ou apenas cinco, quatro, etc. O número normal de bocais varia

de dois a seis, igualmente espaçados angularmente para garantir um balanceamento dinâmico

do rotor. Um dos maiores problemas destas turbinas, devido à alta velocidade com que a água

se choca com o rotor, é a erosão provocada pelo efeito abrasivo da areia misturada com a

água, comum em rios de montanhas. As turbinas pelton, devido a possibilidade de

acionamento independente nos diferentes bocais, tem uma curva geral de eficiência plana, que

lhe garante boa performance em diversas condições de operação.

Figura 25 - Turbina Pelton em corte

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4.2.6.2 Turbinas Francis

São adequadas para operar entre quedas de 40 m até 400 m. A Usina hidrelétrica de Itaipu assim

como a Usina hidrelétrica de Tucuruí, Furnas e outras no Brasil funcionam com turbinas tipo

Francis com cerca de 100 m de queda d' água.

Figura 26 - Turbina Pelton em manutenção

Figura 27 - Turbina Francis

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4.2.6.3 Turbinas Kaplan

São adequadas para operar entre quedas de 20 m até 50 m. A única diferença entre as

turbinas Kaplan e a Francis é o rotor. Este se assemelha a um propulsor de navio (similar a

uma hélice) com duas a seis as pás móveis. Um sistema de embolo e manivelas montado

dentro do cubo do rotor, é responsável pela variação do ângulo de inclinação das pás. O óleo é

injetado por um sistema de bombeamento localizado fora da turbina, e conduzido até o rotor

por um conjunto de tubulações rotativas que passam por dentro do eixo.

O acionamento das pás é acoplado ao das palhetas do distribuidor, de modo que para

uma determinada abertura do distribuidor, corresponde um determinado valor de inclinação

das pás do rotor. As Kaplans também apresentam uma curva de rendimento "plana" garantindo bom

rendimento em uma ampla faixa de operação.

Figura 28 - Turbina Francis em manutenção

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Figura 29 - Turbina Kaplan

Figura 30 - Turbina Kaplan (Impsa)

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4.2.6.4 Turbinas Bulbo

Operam em quedas abaixo de 20 m. Foram inventadas inicialmente, na década de

1960, na França para a usina maremotriz de La Rance e depois desenvolvidas para outras

finalidades. Possui a turbina similar a uma turbina Kaplan horizontal, porem devido à baixa

queda, o gerador hidráulico encontra-se em um bulbo por onde a água flui ao seu redor antes

de chegar às pás da Turbina.

Figura 32 - Turbina Bulbo

Figura 31 - Turbina bulbo

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4.2.7 Válvulas

São equipamentos que, instalados na entrada da caixa espiral, servem para bloquear a

passagem d’água do conduto para as turbinas. São utilizadas principalmente em

aproveitamentos que tenham conduto único para várias unidades e tem duas funções

principais:

Isolar a turbina do conduto para permitir a manutenção da unidade;

Bloquear rapidamente a vazão de água pela turbina em caso de emergência.

4.2.8 Hidrogeradores

São equipamentos acoplados a turbinas hidráulicas que irão transformar a energia

mecânica em energia elétrica. A potência unitária de cada gerador, a posição do eixo e a

rotação são definidas em função da turbina escolhida.

O arranjo dos mancais da unidade muitas vezes é especificado pelo cliente e

confirmado pelos cálculos de linha de eixo, executado pela engenharia. As características

elétricas particulares são definidas pelo sistema elétrico (rede) em que a unidade irá operar.

Figura 33 - Válvula Esfera Figura 34 - Válvula Borboleta

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O gerador elétrico deve então atender às características impostas pelas condições

hidráulicas do aproveitamento e pelas condições elétricas do sistema de potência onde ele

estará integrado

4.2.9 Substação

Subestações são um conjuntos de equipamentos que comutam, mudam ou regulam a

tensão elétrica. Funcionam como ponto de controle e transferência em um sistema de

transmissão elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando os níveis

de tensão e funcionando como pontos de entrega para consumidores industriais.

Durante o percurso entre as usinas e as cidades, a eletricidade passa por diversas

subestações, onde transformadores aumentam ou diminuem a sua tensão. Ao elevar a tensão

elétrica no início da transmissão, os transformadores evitam a perda excessiva de energia ao

Figura 35 - Hidrogerador de Itaipu

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longo do caminho. Já ao rebaixarem a tensão elétrica perto dos centros urbanos, permitem a

distribuição da energia por toda a cidade. Apesar de mais baixa, a tensão utilizada nas redes

de distribuição ainda não está adequada para o consumo residencial imediato. Por isso, são

instalados transformadores menores nos postes das ruas para reduzir ainda mais a voltagem da

energia que vai diretamente para as residências, comércios e outros locais de consumo.

5 IMPACTO AMBIENTAL

Os impactos ambientais provocados pela construção de uma usina hidrelétrica são

irreversíveis. Apesar das usinas hidroelétricas utilizarem um recurso natural renovável e de

custo zero que é a água, "não poluem" o ambiente, porém alteram a paisagem, ocorrem

grandes desmatamentos provocam prejuízos à fauna e à flora, inundam áreas verdes, além do

que muitas famílias são deslocadas de suas residências, para darem lugar à construção dessa

fonte de energia. Durante a construção de uma usina hidrelétrica muitas árvores de madeira de

lei são derrubadas, outras são submersas, apodrecendo debaixo d'água permitindo a

proliferação de mosquitos causadores de doenças. Muitos animais silvestres morrem, por não

haver a possibilidade de resgatá-los. Tudo isso em nome do desenvolvimento e conforto.

Figura 36 - Substação de Furnas Figura 37 - Substação de Furnas

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O impacto socioambiental causado pelo aumento da exploração do meio vem

crescendo dia após dia, alguns autores acreditam que seja resultado do aumento da

necessidade de energia trazido pelo progresso tecnológico. Como exemplo podemos citar as

áreas degradadas para a exploração de recursos naturais em busca da geração de energia.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observando o processo de funcionamento de uma hidrelétrica verifica-se que construir

uma hidrelétrica requer muito planejamento, custo elevado e tem grande impacto ambiental,

mas por outro lado é uma fonte de energia limpa e renovável, que não depende de

combustíveis fósseis. Além disso o grande problema associado à geração centralizada de

energia, está na transmissão desta energia até os centro consumidores que a cada dia requerem

mais fornecimento e o impacto que cada hidrelétrica promove ao meio ambiente.

Uma possível solução deste problema parece estar na descentralização da geração, as

PCH´s ( pequenas centrais hidrelétricas ) que possuem baixo custo de instalação e causam

menores impactos ambientais e podem ser construídas em locais mais próximos aos centros

consumidores; e onde não existe potencial hidráulico a ser explorado, a utilização de outras

fontes alternativas de energia, como eólica, nuclear e fotovoltaica podem definir uma malha

energética mais sustentável.

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7 REFERENCIAS

http://www. infoescola.com/energia/usina-hidreletrica/

http://cidadedetucurui.com/INICIO/USINA_HIDRELETRICA_TUCURUI/

Usinas Hidrelétricas – GE do Brasil

http://www.ehengenharia.com.br/

http://www.portalpch.com.br

https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2011.pdf

http://www.agsolve.com.br/

http://eduvisilva.com.sapo.pt/minihidrica.htm

http://jie.itaipu.gov.br/

http://www.forumdeenergia.com.br/

http://pet.ecv.ufsc.br/

http://www.caldas.com.br/diversos/usinade.htm

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)

Cemig Companhia Energética de Minas Gerais – “Critérios de Projeto Civil de Usinas

Hidrelétricas” (1994).

Eletronorte Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – Projeto básico da Usina Hidrelétrica

de Santa Isabel – Critérios Gerais de Projeto Civil – Estruturas – Brasília (Fevereiro de 1986).

ITAIPU Binacional – Usina Hidrelétrica de Itaipu – Tratamento de Fundações (1982).

Bruno Ketzer , Roteiro de cálculo com auxilio de planilha eletrônica para análise de

estabilidade em barragens de concreto por gravidade.

Aymoréde Castro Alvim Filho ANEEL – Aspectos Tecnológicos das fontes de energia

renováveis.