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Segundo a O.M.S.- Organização Mundial de Saúde, a
verificação de condições de Higiene e Segurança consiste
"num estado de bem-estar físico, mental e social e não
somente a ausência de doença e enfermidade ".
HIGIENE OCUPACIONAL
A higiene do trabalho propõe-se combater, de um ponto de
vista não médico, as doenças profissionais, identificando os
fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o
trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais
(condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde,
segurança e bem estar do trabalhador).
HIGIENE OCUPACIONAL
O trabalho surgiu no mundo junto com o primeiro homem.
E com ele surgiram os acidentes e doenças.
Histórico
As descrições de enfermidades datam da antiguidade.
As enfermidades eram provenientes de atividades de
mineração e de obtenção de enxofre.
A primeira doença profissional registrada foi a intoxicação
por chumbo, no Século IV a.c. observada por HIPÓCRATES em
mineiros e metalúrgicos.
Histórico
Na antigüidade, pouco foi feito para
proteger os trabalhadores pois,
normalmente eram utilizados escravos nos
trabalhos mais perigosos.
Histórico
No Século I. d.c.
Um romano de renome - registrou em sua enciclopédia de
ciência natural os riscos existentes na manipulação de
enxofre e zinco.
Ele também descreveu uma máscara de proteção - feita de
bexiga - que era usada pelos trabalhadores nos serviços de
maior exposição à poeira.
Histórico
Em 1473:
Ellonberg publicou seu primeiro livro que tratava das
doenças ocupacionais e lesões dos trabalhadores nas minas
de ouro.
Descreveu os sintomas da intoxicação pelo chumbo e
mercúrio e sugeriu medidas de controle.
Histórico
Revolução Industrial
Trouxe novos riscos aos trabalhadores;
Intensificou aqueles já existentes e
Aumentou significativamente o número de
trabalhadores na indústria.
Histórico
O conseqüente aumento no número de acidentes e
doenças profissionais, fez surgir as primeiras leis
trabalhistas tratando inicialmente da limitação das
jornadas de trabalho e indenizações a serem pagas
em caso de acidente.
Histórico
1997
Ocupava o 14o lugar na lista dos países com o maior número de
acidentes de trabalho e afastamentos por doenças
ocupacionais.
O Ministério da Previdência e Assistência Social gastou em
indenizações R$ 3,9 mil reais por ocorrência relacionada à s
atividades profissionais, enquanto que as empresas gastaram
R$ 15,6 mil por ocorrência .
Brasil
Definida como “equilíbrio e bem estar físico, mental e social”
inclui:
a saúde física ou saúde orgânica, como resultado do
funcionamento do corpo humano;
a saúde psíquica que pressupõe um equilíbrio intelectual e
emocional;
a saúde social ou bem estar na vida relacional do indivíduo.
SAÚDE
É uma técnica de avaliação de todas as etapas de um
determinado processo, a fim de identificar e avaliar
os riscos que possam ser gerados, para então
implementar-se o controle necessário e,
consequentemente, realizar-se o trabalho com
segurança.
Análise de Riscos
Deve, necessariamente, incorporar a vivência, o conhecimento
e a participação dos trabalhadores, já que eles realizam o
trabalho cotidiano e sofrem seus efeitos.
Busca enfatizar o aspecto preventivo, ou seja, atuar no
controle e eliminação dos riscos na fonte, e não após a
ocorrência de acidentes e doenças.
Análise de Riscos
É um processo contínuo, que precisa ,
periodicamente, ser revisado, principalmente,
quando surgem mudanças tecnológicas ou
organizacionais nas empresas.
Análise de Riscos
Risco: qualquer situação que tenha potencial para
provocar danos ou lesões aos trabalhadores,
resultantes de doenças ocupacionais ou de acidentes
de trabalho.
Perigo: Exposição relativa a um risco.
Teoria de Riscos e Perigo
Fatores Mecânicos ou de Acidentes;
Riscos Físicos;
Riscos Químicos;
Riscos Biológicos;
Riscos Ergonômicos.
Riscos Agressivos para a Saúde:
Acidentes do Trabalho;
Doenças Ocupacionais;
Fadiga;
Envelhecimento e desgaste prematuro;
Insatisfação.
Patologias do Trabalho/ Riscos Ocupacionais
Grau de Riscos
Grau de Risco Empresa Risco Exemplo
Grau de Risco 1 Suas atividades principais não exigem esforço demasiado do
empregado.
Existe, porém em menor escala.
Atividades associativas, com
atividades de organizações políticas,
religiosas.
Grau de Risco 2
Suas atividades principais exigem mais esforço do empregado com relação à anterior.
Existe de maior intensidade, porém,
sem interferir excessivamente na
saúde do trabalhador.
Atividades recreativas, culturais e desportivas.
Exemplo: Atividade Cinematográfica.
Grau de Risco 3
Suas atividades principais já requerem
cuidados especiais.
É o caso da saúde e serviços sociais.
Atividades de atendimento hospitalar,
undustrial.
Grau de Risco 4 Empresa onde a exposição dos riscos é
intensa.
As atividades laborais são única e
exclusivamente de riscos à saúde, ao
bem-estar e á vida do trabalhador.
Indústria extrativas, siderúrgicas e metalúrgicas.
Higiene Ocupacional
Prevenção de riscos ambientais e doenças
ocupacionais.
Segurança do Trabalho
Prevenção e controle de riscos operacionais e
acidentes de trabalho.
Principais ciências dedicadas à prevenção
dos riscos ocupacionais
Medicina do Trabalho
Controle e vigilância de alterações de saúde.
Ergonomia
Organização metódica do trabalho em função do fim
proposto e das relações entre o homem e a máquina.
É a adaptação do trabalho ao homem ou seja, das
condições do trabalho ao homem.
Principais ciências dedicadas à prevenção
dos riscos ocupacionais
“A CIÊNCIA E ARTE DEVOTADA A ANTECIPAÇÃO,
RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS FATORES
AMBIENTAIS E DE STRESS ORIGINADOS DO OU NO LOCAL DE
TRABALHO, QUE PODEM CAUSAR DOENÇA, COMPROMETIMENTO
DA SAÚDE E BEM ESTAR, OU SIGNIFICANTE DESCONFORTO E
INEFICIÊNCIA ENTRE OS TRABALHADORES, OU MEMBROS DE
UMA COMUNIDADE “.
Higiene Ocupacional
Riscos envolvidos em cada atividade:
Estão relacionados com as características dos processos de
trabalho, ambiente e organização.
Uma primeira etapa consiste no reconhecimento dos principais
riscos existentes dentro de cada categoria.
Higiene Ocupacional
Reconhecimento
Conhecimento detalhado dos métodos de trabalho,
processos, operações;
Bons conhecimentos técnicos de Higiene
Ocupacional;
Toxicologia ocupacional;
Medicina do trabalho.
Reconhecimento
Para uma perfeita sistematização dos processos, faz-se
necessária a avaliação de algumas técnicas e documentos, que
podem ser bastante úteis em conjunto com as informações dos
trabalhadores:
Fluxograma de produção da empresa, contando os principais
passos para a fabricação dos produtos produzidos ou dos
serviços gerados na empresa.
Reconhecimento
Layout ou planta baixa com os principais equipamentos e
instalações;
Descrição das principais características da organização do
trabalho, equipes de trabalho, jornada de trabalho, existência
de turnos noturnos ou alternantes e, quando houver
necessidade de maior detalhamento nos locais de trabalho, a
descrição das principais tarefas e atividades realizadas pelos
trabalhadores, bem como suas frequências.
Reconhecimento
Descrição dos principais equipamentos e instalações, podendo
incluir como capacidade de produção e outras características.
Listagem das principais matérias-primas, produtos em
processos e produtos acabados, e os resíduos produzidos ao
longo do processo de fabricação, assim como sua destinação
final e formas de tratamento.
Reconhecimento
Após a identificação dos principais riscos existentes, chega-se
ao grande objetivo da análise de riscos, que é encontrar meios
para eliminar ou controlar estes riscos evitando danos à saúde
dos trabalhadores, ao meio ambiente e à saúde da população em
geral.
Reconhecimento
Palavra Chave
Prevenção
Conjunto de medidas objetivas que buscam evitar a ocorrência
de danos à saúde dos trabalhadores, por meio da eliminação e
do controle dos riscos nos processos e ambientes de trabalho.
Prevenção
Alguns fatores devem ser observados:
Fase do projeto e planajamento;
Fase de gerenciamento de riscos;
Fase de atenuação ou remediação dos riscos
Fase do projeto e planejamento
Envolve o desenvolvimento de tecnologias e processos
produtivos, por meio de suas organizações, tarefas, produtos,
equipamentos, materiais, postos de trabalho e instalações, que
fazem parte de qualquer ambiente de trabalho.
Esta fase é muito importante, pois um projeto malfeito
possibilita o surgimento ou agravamento de muitos riscos, que
poderão ser irreversíveis ou inviáveis economicamente.
Fase de gerenciamento de riscos
Consiste, além do reconhecimento e monitoramento
permanente das situações de risco.
No controle e melhoria contínua dos elementos do processo
de trabalhos relacionados com a segurança e saúde dos
trabalhadores.
Fase da atenuação ou remediação
Refere-se quando uma situação de riscos se transforma em
um evento, como um acidente ou doença, que pode gerar um
determinado efeito à saúde dos trabalhadores, e as medidas de
prevenção tem o objetivo de evitar que um dano maior ocorra.
Técnicas de Identificação e Análise de Riscos
Análise de Modos de Falha e Efeitos
Avalia como podem falhar os componentes de um
equipamento, estima as taxas de falhas, determina os efeitos
que poderão advir e , consequentemente, estabelece mudanças
necessárias para aumentar a probabilidade de que o
equipamento funcione de maneira satisfatória.
Técnicas de Identificação e Análise de Riscos
Técnica de Incidentes Críticos
É realizada através de uma amostra aleatória de
observadores que são selecionados com o objetivo de garantir
uma amostra representativa de operações, inseridas nas
diferentes categorias e riscos.
Técnicas de Identificação e Análise de Riscos
Técnica de Incidentes Críticos
Funciona através de entrevistas, nas quais o entrevistador
interroga os participantes que tenham executado serviços
específicos dentro de determinados ambientes, pedindo-lhes
para descrever erros e condições inseguras que tenham
cometido ou observado.
Técnicas de Identificação e Análise de Riscos
Árvore de Análise de Falhas
Permite uma abordagem sistemática de um evento muito
indesejado;
Pode fornecer a propabilidade de ocorrência e estudo e gera
os chamados “conjuntos catastróficos”;
Esta técnica é melhor aplicada em situações complexas
devido à maneira na qual os vários fatores podem ser
apresentados.
AVALIAÇÃO
Composta de medição instrumental e/ou
laboratorial da concentração do agente e
comparação dos resultados com os níveis de
exposição aceitáveis.
Limites de Tolerância
Parâmetro de referência utilizado para as avaliações,
ou seja, aquelas concentrações dos agentes químicos
ou intensidades dos agentes físicos presentes no
ambiente de trabalho, sob as quais acredita-se que a
maioria dos trabalhadores pode ficar exposta durante
toda a sua vida laboral, sem sofrer efeitos adversos à
sua saúde.
Limites de Tolerância
Esses limites são estabelecidos através de estudos
coordenados por diversas entidades, sendo que uma
das mais importantes é a AMERICAN
CONFERENCE OF GOVERNMENTAL
INDUSTRIAL HYGIENISTS - ACGIH
Limites de Tolerância
Essa entidade formada por higienistas
governamentais emite a cada ano, um livreto
denominado "THRESHOLD LIMIT VALUES and
BIOLOGICAL EXPOSURE INDICES" que contém os
limites de tolerância atualizados, bem como uma
relação de modificações ou acréscimo de novos
valores.
Limites de Tolerância
Os TLVs - limites de tolerância da ACGIH -
tornaram-se referência em todo o mundo e serviram
de base para as legislações de muitos países, inclusive
o Brasil.
Limites de Tolerância no Brasil
Antes de 1978 muito pouco se tinha de legislação
relativa à avaliação profissional.
Em 1978, foi publicada pelo Ministério do Trabalho,
a Portaria 3.214 que estabeleceu em sua Norma
Regulamentadora No. 15 → Limites de Tolerância para
uma série de agentes químicos e físicos.
Limites de Tolerância
No item 15.1 da NR 15 encontra-se a definição legal
de Limite de Tolerância:
Entende-se por limite de tolerância, para os fins
desta norma, a concentração ou intensidade máxima
ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de
exposição ao agentes, que não causará dano à saúde
do trabalhador, durante sua vida laboral.
Limites de Tolerância
Os LTs são destinados para uso na prática de Higiene
Ocupacional como guias ou recomendações no controle
de riscos potenciais à saúde e não devem ser
considerados como limites seguros entre saúde e
doença.
EVOLUÇÃO DO L.T. PARA BENZENO
1920 - EUA (alguns estados) 100 ppm
1930 - EUA (limite estadual) 50 ppm
1940 - EUA (limite estadual) 35 ppm
1942-45 - EUA (limite guerra) 100 ppm
1946 - ACGIH 100 ppm
1947 - ACGIH 50 ppm
1948 – ACGIH 5 ppm
1957 – ACGIH 5 ppm
1972 – OSHA 10 ppm
1977 – OSHA 1 ppm
1978 - BRASIL 8 ppm
1990-94 - ACGIH (proposta) 0,1 ppm
1995 - ACGIH (proposta) 0,3 ppm
2002 - ACGIH 0,5 ppm
Limites de Tolerância
Nível de Pressão
Sonora dB(A)
Tempo de Exposição
Dose
85 8 horas 100 %
90 4 horas 100 %
90 8 horas 200%
80
16 horas 100%
80 8 horas 50 %
Limites de Tolerância
No item 15.1 são consideradas insalubres as
atividades que se desenvolvem acima dos limites de
tolerância.
A NR-15 estabelece Limite de Tolerância para:
Ruído contínuo e de impacto (Anexo 1 e 2);
Calor (Anexo 3);
Substâncias químicas (Anexo 11 - para 150 substâncias);
Poeiras Minerais (Anexo 12).
Limites de Tolerância
Estabelece avaliação qualitativa ou seja, insalubridade
determinada através de inspeção do local de trabalho para:
Radiações não ionizantes: microondas, Ultravioleta, Laser (Anexo 7);
Frio (Anexo 9);
Umidade (Anexo 10);
Atividades e operações envolvendo agentes químicos que não possuem
Limite de Tolerância (Anexo 13);
Agentes biológicos (Anexo 14).
Limites de Tolerância
Os limites de Tolerância estabelecidos na NR-15 foram baseados
naqueles adotados pela ACGIH, sendo que para as substâncias
químicas houve necessidade de correção dos valores para
adequação da jornada de trabalho semanal.
Os Limites da ACGIH são válidos para jornadas de 8 horas por
dia, 40 horas semanais: enquanto que no Brasil a jornada semanal
usual era de 48 horas.
Avaliação
Antes de iniciar a avaliação, o higienista ocupacional
deverá definir o objetivo dessa, podendo ser para:
verificar conformidade com o Limite de Tolerância;
verificar necessidade ou eficiência das medidas de
controle;
estudo/pesquisa.
Avaliação
Uma vez definido o objetivo, deverão ser
estabelecidos os seguintes pontos:
Onde amostrar?
Quem amostrar?
Por quanto tempo?
Com quantas amostras?
Em que período? (p.ex: dia ou noite, verão ou inverno)
Avaliação
A escolha do local de amostragem depende do
objetivo da avaliação, podendo ser:
na zona respiratória do trabalhador;
no ar ambiente;
na operação.
Tempo de amostragem
Sensibilidade do procedimento analítico empregado;
Limite de Tolerância do contaminante;
Concentração estimada.
Assim, o volume de amostra necessário pode variar de
poucos mililitros, quando a concentração estimada é
elevada, a metros cúbicos quando a concentração
esperada for baixa.
Tempo de amostragem
A duração da amostragem deverá cobrir pelo menos
um ciclo da jornada de trabalho ou da operação.
Uma técnica alternativa é amostrar em intervalos
inicialmente regulares como p.ex: alguns minutos em
cada hora.
Tempo de amostragem
Poderão existir alguns fatores restritivos ao tipo de
levantamento do ambiente de trabalho inicialmente
elaborado, como por exemplo:
Quantidade e tipo de equipamentos disponíveis;
Tempo disponível;
Precisão necessária;
Recursos de laboratório.
Medidas de Controle
Realmente necessárias e suficientes para eliminar ou
minimizar a exposição:
Fonte
Trajetória
Exposto
Medidas de Controle
FFFOOONNNTTTEEE TTTRRRAAAJJJEEETTTÓÓÓRRRIIIAAA FFFUUUNNNCCCIIIOOONNNÁÁÁRRRIIIOOO
SSUUBBSSTTIITTUUIIÇÇÃÃOO DDEE
MMAATTEERRIIAAIISS
SSEEGGRREEGGAAÇÇÃÃOO
EENNCCLLAAUUSSUURRAA--MMEENNTTOO
LLIIMMPPEEZZAA
AALLTTEERRAAÇÇÃÃOO DDEE
PPRROOCCEESSSSOO
PPRROOJJEETTOO
VVEENNTTIILLAAÇÇÃÃOO
DDIILLUUIIDDOORRAA
VVEENNTTIILLAAÇÇÃÃOO
EEXXAAUUSSTTOORRAA
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