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HISTÓRIA - CURSO AVANÇADO
BAQO 01 - 30.06.2011
Século XVIII - Iluminismo e Revolução.
Razão – XVII – Revolução Científica
Natureza
i. França – Homem (Iluminismo)
ii. Inglaterra – inovações tecnológica, que levam à – Revolução Industrial (1760-
1840).
- A Rev. Ind. ocorre na Inglaterra pq, desde a Rev. Gloriosa, a burguesia já
estava no poder (1688).
- Mão de obra: êxodo rural, promovido pelo cercamento dos campos.
- acumulação primitiva do capital (Marx) por intermédio de um sistema de
controle sobre outras regiões da Europa (tratados desiguais celebrados com
outras nações da Europa).
- Acúmulo de matérias primas, como o carvão.
- os ingleses não apenas aboliram a escravidão em seu território, como fizeram
pressão para que o tráfico e a escravidão acabassem em outros lugares do
mundo.
ILUMINISMO: todo autor iluminista defende esses 3 tópicos:
Liberdade:
- contrários ao absolutismo: não é racional que um indivíduo tenha poderes ilimitados
por razões genéticas. Talvez se for um déspota esclarecido.
SOLUÇÃO: divisão de poderes
Progresso:
- contra o mercantilismo
SOLUÇÃO: livre comércio
Igualdade
- contra a sociedade estamental
SOLUÇÃO: igualdade civil (só um aristocrata, que não pode trabalhar e tem muito
tempo para ficar pensando, tema possibilidade de refletir sobre o iluminismo. Caso
contrário, vc tem que TRABALHAR. A visão iluminista é elitista).
[Absolutismo + mercantilismo + sociedade estamental = ANTIGO REGIME]
Esses termos podem ser aplicados em termos sociais, econômicos....1
Rousseau não tinha uma visão muito positiva do homem, o homem só é bom no
Estado de natureza, é corrompido pela sociedade.
Vertentes do iluminismo:
Reformista: a sociedade está errada, mas posso transformá-la. A independência das 13
colônias aproxima-se do reformismo (ver a declaração de independência, que é quase
um pedido de desculpas por declarar a independência: não há grande transformação
econômica ou social). Aproximação de meios que podem adotar os princípios do
iluminismo:
- Absolutismo ilustrado (aparente paradoxo). Apesar de o iluminismo ser contrário ao
absolutismo, se o monarca não adotar os princípios iluministas, caso ele não o fizer,
ocorrerá a revolução. Em Ptgal, Espanha, Rússia, Áustria, onde ocorreu o absolutismo
ilustrado, eram locais onde não existia burguesia forte.
- As idéias iluministas são utilizadas como meio de fortalecer o absolutismo, fortalecer
o Estado.
- ocorre a adoção de medidas iluministas para fortalecer o absolutismo. O modelo
francês é o que se dissemina, a França estabeleceu um padrão que foi copiado em
todo o mundo.
O iluminismo anglo saxão tem um caráter mais pragmático, está mais preocupado com
“como faço para isso funcionar?” – checks and balances. O Frances, especulativo.
Revolucionária:
- Na Europa há reação interna e persistência do antigo regime.
Independência das 13 colônias: “the french and indian war” (1756-63)
Guerra dos 7 anos (na África e na Ásia os ingleses levam a melhor, mas na América eles
se endividam muito). Por isso, os ingleses começam a cobrar muitos impostos dos americanos
Na Europa, quem tinha terra era, necessariamente, nobre. Qdo o europeu chega na
Europa, ele quer ter TERRAS. Qdo o europeu chega na Europa e consegue terra, eles
“viram” aristocratas, há um florescimento da convivência entre os homens – que
1 Corn Laws: servem para conferir subsídios. As leis que acabam com as corn laws estimulam a
entrada de grãos e cereais de todo o mundo, sem distinção entre colônias e outros países.
Essas leis servem para abolir o protecionismo. Quanto mais baixo o preço do cereal, menos é
preciso pagar para os seus trabalhadores!
passam a ser aristocratas pelo trabalho. São todos iguais, mais em um nível alto:
predestinados. Tocqueville: a coletividade norte-americana é aristocrata.
Ato de Quebec: impede a expansão para o Oeste (quando a terra na costa acaba, os
colonos começam a expandir, e a metrópole evita).
Fim da negligência salutar
Eleito Congresso continental, de representantes das 13 colônias (1774-1787)
1776: declaração de independência
Imediatamente: Guerra contra a Inglaterra
- apoio (militar) francês, isso explode uma situação que há não era confortável (dps
ocorre a Rev. Francesa).
- quem paga a conta? (no caso da indep. Brasileira, quem paga são os banqueiros
ingleses, assim como em outros locais na América). No caso dos EUA, quem paga são
os próprios americanos. Ocorre um endividamento interno (os bens são “comprados”
dos americanos).
- após a declaração de independência, há um problema de ACEFALIA institucional
(dura 10 anos)
1787: Assembleia reunida para elaborar uma Constituição para os EUA. Preocupações:
Limitar a tirania (ppalmente o Poder Executivo – o mais próximo de um Rei) =
Executivo FRACO, só executa.
Polêmicas:
i. Representatividade:
- quem participa? A proporcionalidade era uma exigência dos grande Estados. A
solução: sistema BICAMERAL (Senado: estados / Câmara dos Deputados: povo)
ii. Escravos
- Cláusula dos 3/5: Os estados do Sul queriam que os escravos contassem para fins
censitários. Estabelecem que 5 escravos contam como 3.
iii. Ratificação
- Vs. Confederação (falta de vínculo formal, a não ser de política externa, entre os
estados) ANTIFEDERALISTAS.
- Faltariam garantias aos direitos individuais - ANTIFEDERALISTAS
- Três indivíduos ficam famosos: Jay, Hamilton, Madison: começam a escrever artigos
para jornais que favoreciam a ratificação da Constituição (“The federalist papers): são
OS FEDERALISTAS. Existia um perigo real de a Inglaterra invadir os EUA, por ex.
- “The common sense”
1789-1791: aprova a BILL OF RIGHTS
John addams – série HBO
Q.15, alternativas:
I. “regras para o governo de uma nova nação” são estabelecidas para a Constituição. O
2º Congresso redige, apenas, uma declaração.
II. C.
III. E – está na 1ª legislatura seguinte, entre 1789-91, não no corpo do texto
constitucional.
IV. C.
Q.16, alternativas:
I. C – o executivo tem DIVERSAS limitações. (política externa: é o Congresso que celebra
tratados, mas, como é difícil negociar com o Congresso INTEIRO, ele pode delegar esses
poderes ao Executivo – fast track: o congresso delega ao executivo a possibilidade de aprovar
ou vetar EM BLOCO uma série de tratados. O fast track tem PRAZO determinado. Foi inventada
para tema comerciais, na déc.1990.)
II. C – não mencionavam a escravidão da escravidão (falam, SIM, na escravidão do
tráfico).
III. C.
IV. E – os negros têm impacto devido à cláusula dos 3/5. A national association for the
advancement of coloured people é do séc.XIX para o séc.XX.
Q.17, FEDERALISTAS alternativas:
I. C.
II. C.
III. E – é exatamente o contrário.
IV. C.
Q.18, ILUMINISMO, alternativas:
I. C – religião; atraso para a razão.
II. E.
III. C.
IV. C: a ciência só avança se questionar pressupostos.
MODELO REVOLUCIONÁRIO FRANCÊS:
Para HBSBM, a Revolução francesa é uma REV POPULAR, CAMPONESA, ARISTOCRATICA,
BURGUESA
Revolução Burguesa:
Alta Burguesia: GIRONDINOS (queriam uma revolução POLÍTICA)
Pequena Burguesia: JACOBINOS (revolução SOCIAL)
Para as modificações girondinas era possível implementar as modificações por intermédio de
negociações. Para implementar as reformas dos jacobinos, mais radicais, era necessário
recorrer à força – período conhecido como o TERROR.
CRONOLOGIA POLÍTICA:
[1791/1792] 1º: 1789-1792: alta burguesia (fase moderada) – Constituições 1791 / 1792
[ANO I] 2º: 1793-1794: jacobinos (fase radical) – Constituição do ANO I [reforma agrária,
abolição dos escravos, sufrágio universal...as diferenças são entre AZUL e VERMELHO]
[ANO III] 3º: 1795-1799: girondinos (CAOS!!)
- 1796: conspiração dos iguais (Gracus Babeuf – o 1º socialista). A única coisa que
funciona nessa fase é o poder militar.
O projeto político mais moderado VENCE
LER: “os ecos da Marselhesa”
Q.19, alternativas:
I. C.
II. C.
III. E – não são sucessivos fracassos militares, mas SUCESSOS extraordinários.
IV. C. 1ª República: Girondina, começa em 1792.
Q.20, alternativas:
I. E – ocorre justamente o contrário (isso ocorre no MERCANTILISMO, não na Revolução
Ind.).
II. E.
III. E.
IV. E.
Q.21, alternativas: B (ocorre êxodo rural!)
BAQO 02 - 07.07.2011
BRASIL – período colonial
Synésio Sampaio Góis Filho: Navegantes, bandeirantes e diplomatas (principalmente
capítulos 9 a 11)
Processo de expansão territorial do Brasil: interessa o que ultrapassa a linha de Tordesilhas. 3
eixos: meridional, setentrional e central, o último é bastante diferente dos outros dois. O 1º e
o 2º têm vias fluviais claras. Apesar de os bandeirantes paulistas acompanharem rios, eles vão
andando nas margens (BANDEIRANTISMO). A Guerra dos Emboabas expulas os paulistas da
região. Entre 1710 e 1720 os paulistas fazem o 2º ciclo. Monções.
Os bandeirantes tinham desvinculação absoluta da coroa portuguesa. O
bandeirantismo não era um fenômeno político, mas econômico. O objetivo era
encontrar ouro e, para os paulistas, capturar índios. Fernão Dias começa a plantar no
caminho de Minas Gerais, pq é necessário alimentar a população que vai para lá.
Salvador, área central, importava escravos da África. São Paulo, periférico, pegava
índios – lugar perfeito para capturar índios (bandeirantismo de apresamento) eram as
missões jesuíticas, pq os jesuítas não podiam se armar para se defender. Em
determinado momento os jesuítas pedem autorização da coroa espanhola para se
armarem, e recebem essa autorização.
A coroa estimulasse que fossem além da linha de Tordesilhas para descobrirem ouro.
A coroa, não conseguindo controlar, mandava um funcionário para acompanhar os
bandeirantismo.
Fator mais escasso: mão de obra, e o bandeirantismo tem ódio mortal dos jesuítas,
que catequizavam os índios.
A imagem que ficou é uma imagem que ficou daqueles que sabiam escrever: os
jesuítas!
LENDA NEGRA: a construção da imagem dos bandeirantes foi feita pelos jesuítas
portugueses e espanhóis, de modo que os bandeirantes foram considerados
incontroláveis. Essa imagem dura até o império. Aos poucos, a imagem dos
bandeirantes começa a melhorar.
Na dec.1920/30, república velha, quem mandava nos países eram os cafeicultores,
momento de declínio do poder de SP. Os bandeirantes são mitificados. Washington
Luís propõe diversos estudos sobre o bandeirantismo, o bandeirante como um MITO
DESBRAVADOR é contruído.
Historiografia
Prédios
Monumentos
Logradouros
pinturas
A palavra “bandeira”, e a expressão “bandeirante” não eram utilizadas à época, maior
proximidade com “bandoleiros”, “ciganos” – tropas, entrada...
1616: Fundação do Forte do Presépio (Belém) - franceses tinham invadido Maranhão,
e fundam São Luís em 1612 (até 1615: França Equinocial). Uma vez expulsos, os
francess vão para a Guiana Francesa, e lá do lado está a Guiana Francesa. Por isso, é
necessário garantir a via fluvial. Algumas décadas depois, Holandeses invadem o BR
tbm.
1680: Fundação Sacramento. Os espanhóis fundam Buenos Aires no séc.XVI, já estão
na Am. do Sul. Em 1681 a colônia de Sacramento é invadida (saem no mesmo ano,
com a assinatura do acordo de Saragoza). Em 1704 os espanhóis invadem a colônia
novamente, e só saem em 1715 (com a assinatura do 2º Tratado de Utrecht).
Funda-se Montevideo, e Alexandre Gusmao manda colonos para o sul do Brasil. A
colônia de Sacramento não é devolvida (o T. de Madri não se efetiva). Sacramento é
invadida, novamente, em 1762, e é devolvida a Ptgal em 1763, pelo Tratado de Paris
(final da Guerra de sete anos).
Sacramento é invadida novamente em 1776 e em 177 é assinado o Tratado de Sto
Ildefonso, e, com ele, Sacramento fica com os espanhóis.
Sacramento (invasão/devolução): 1681/1681; 1704/1715; 1762/1763; 1776/1777 (Sto
Ildefonso)
O eixo de expansão do norte estão estabelecidos pela coroa, assim como (um pouco
menos) a expansão do sul: MITO DA ILHA BRASIL (que as bacias hidrográficas se
encontrariam em algum momento).
Dom João V:
D. João V sobe ao trono no momento de descoberta do ouro e morre quando entra em
decadência (50 anos depois). O ouro de aluvião desperta o interesse de uma
burocracia portuguesa que acha que é possível ter o domínio sobre o ouro.
Casais açorianos no sul do Brasil
pesquisa de longitude (sabia-se a distância do equador). O desconhecimento
longitudinal europeu começa a ser
TRATADO DE MADRI e Alexandre de Gusmão – precisa resolver os problemas de
fronteiras: TRATADO COMPREENSIVO DE FRONTEIRAS: sabia que a divisão
geopolítica da Península Ibérica era complicadíssima. A aliança franco espanhola tem
como contrapartida a aliança luso-britânica. Entre 1746 e 1750 Alexandre Gusmao
vai negociar o Tratado de Madri – no qual o princípio prático era o uti possidetis:em
caso de guerra na Europa, as colônias permanecerão em paz. Queria blindar as
colônias das conseqüências sistêmicas europeias.
FRACASSO:
- Dom. José (que não governava), tinha como ministro o Marquês de Pombal. Pombal
decidiu que permutaria Sacramento por SETE POVOS DAS MISSÕES. Nesse momento,
cria-se um problema seríssimo, pq existe uma grande população de índios por lá, que
teriam que se retirar! Há esse elemento humanitário. Esses índios são armados pelos
jesuítas e resistem violentamente.
- seguem as GUERRAS GUARANÍTICAS.
Consequências do Tratado de Madri:
o Curto prazo:
- não foi demarcado
- Não se entregou Sacramento
[os jesuiítas eram chamados de “o estado dentro do estado]
o POMBAL (déspota esclarecido, fortalecimento do Estado absolutista):
- 1759: Expulsa TODOS os jesuítas do Estado português
- 1761: reinos do Grão Pará e do Maranhão são extintos e unificados, em VICE REINO
DO BRASIL
- 1763: modifica a capital: Rio de Janeiro (ficava mais perto da mineração E os
espanhóis estão cada vez mais “saidinhos” lá no Prata + fica mais perto do Prata –
fortalece o SUL)
1761: Tratado de El Pardo, anulou o Tratado de Madri.
Em 1776 a Espanha reage, e criam o VICE REINO DO PRATA.
- Pedro Cevallos
- RS: SC : 7 povos
1777: assinado um tratado, no qual 7 povos e Sacramento ficam com a Espanha:
TRATADO DE STO ILDEFONSO.
o Longo prazo (do Tratado de Madri):
Uti possidetis como doutrina de resolução de conflitos lindeiros no Império e na
República.
No Prata, entretanto, os conflitos seguem:
1808-1821: Período Joanino:
- 1811: 1ª invasão da banda oriental (garantia da hegemonia no prata sobre os
espanhóis + Carlota Joaquina, que tinha sido convidada para se tornar a “rainha do
prata”)
- 1816: 1ª invasão da banda oriental (evitar movimentos republicanos)
Em 1821 é criada a província Cisplatina
Panorama cultural:
Ruptura com o insulamento cultural da América portuguesa.
- escola de música
- teatro real
- imprensa régia (relevante em 1817, 1821, 1822, 1834 – em PE, RJ, SP) – não havia
imprensa no Brasil.
- escola de Belas Artes (1816) / Academia Imperial de Belas Artes (1826). Em 1816
vem ao Brasil a Missão artística francesa, que incomodou os artistas ptgueses e luso-
brasileiros, que tinham confronto estéticos (arte acadêmica/neoclassicismo dos
franceses versus o barroco dos luso-brasileiros) e econômicos com os franceses, que
roubavam seus alunos e seus trabalhos. Os franceses, artistas da corte napoleônica,
não tinham o apoio nem de seu cônsul, alinhado com a restauração, nomeado pelo
rei Luís XVIII. Eram vistos pelo cônsul como bonapartistas perigosíssimos (Debret, por
exemplo)! A missão francesa dispersa-se, vão parar nos lugares mais longínquos do
Brasil, pintam natureza, índios, cidades, etc, enquanto os pintores portugueses e
luso-brasileiros só pintavam os aristocratas.
Q.15, alternativas:
I. Houve prevalência, mas não é absoluta.
II. Não era um objetivo geopolítico, eles não estavam ligados ao rei, o aspecto $$ era o
mais importante.
III. Em certo momento eles se armaram e começaram a se defender.
IV. Os bandeirantes iam pela via terrestre, exceção das monções – via fluvial, que
começam na 2ª década do sec.XVIII quando foram expulsos deviso à guerra dos emboabas.
PS: Jesuítas NÃO pagavam impostos!
Morro do castelo – desmontado pelo prefeito Pereira Passos:lenda de que, antes de serem
expulsos, em 1759, os jesuítas teriam escondido um grande tesouro lá!
Q.16, alternativas:
I. Foi criada como um forte em 1816, não teria como virar capital em 1822. Belém vira
capital em 1737.
II. Em cima e em baixo, a coroa está presente na expansão para o Oeste. No meio, só
existe a motivação econômica.
III. C.
IV. C.
Q.17, alternativas:
I. O termo “bandeira” é bastante posterior.
II. No norte e no sul há conflito. No meio tbm tinha espanhóis: eles estão na Bolívia, no
alto Peru. Eles chegaram a ocupar essa zona e foram destruídos por índios. Mas existem
barreiras naturais – Andes, pantanal. Os portugueses que estavam lá no meio do Brasil
estavam no meio do nada, viviam em situação precária. Se os espanhóis tivessem atacado com
uma expedição bem calculada teria varrido a presença portuguesa do mato grosso com MUITA
facilidade.
III. Em Belém, há conflito no início mas depois a situação se tranqüiliza. Mas no Prata
realmente as duas coroas têm interesse no local. Não se pode dizer que Ptgal tinha
superioridade militar (franceses estavam mais reocupadas com orleans e Sto Domingo / os
ingleses com a Jamaica e com a Guiana inglesa / os holandeses com as antilhas). Foi uma
“sorte” que os portugueses tiveram, assim como os americanos, que conseguiram se expandir
para o México.
IV. C.
Bandeira de apresamento, bandeira de prospecção e sertanismo de contrato (contratados
para serem mercenários, destruírem quilombos ou tribos indígenas – Jorge Velho é um ex.)
Q.18, alternativas:
I. O bandeirantismo já tinha começado ANTES de 1580. Quando passavam da linha de
Tordesilhas, não tinham ideia de onde era essa maldita linha – não têm relação. As bandeiras
não ocorreram por causa da união ibérica, mas existe uma relação de favorecimento: existindo
a união ibérica é mais fácil ficar no local uma vez cruzada a linha, pq a inimizade entre
portugueses e espanhóis é velada.
II. Em 1640 encerrou-se a união ibérica. Quando a notícia chegou em SP, recusaram-se a
aceitar e aclamaram Amador Bueno de Sá e grita “viva o duque de Bragança, viva o Rei de
Portugal”. Ele vai para o pátio do colégio e se exila! Temos uma elite paulista disposta a coroar
um cara em detrimento do rei de Portugal.
III. Foi positiva. Tbm foi funesta pq herdou os inimigos da Espanha (Holanda: a coroa
rompe relações, a Espanha estabelece um embargo – a Holanda tinha sido província dos
Habsburgo anteriormente). Está certo
IV. .
Q.19, alternativas:
I. .
II. O tratado de Madri é de 50, não seria possível que Sacramento tivesse sido ocupada
por décadas. De fato isso ocorre, mas há uma invasão mal sucedida. Ademais, não seria a 2ª,
mas a 3ª invasão.
III. Quem ocupa o Prata durante a maior parte da historia do prata são os espanhóis. A
bacia amazônica é, em sua maior parte, ocupada pelos portugueses. Quem DESCOBRIU a bacia
amazônica foram os portugueses. No caso do prata, quem ocupou foi os espanhóis mas quem
descobre são os ptgueses (Américo vespucio).
IV. .
Q.20, alternativas:
I. Permanece ao longo do sec.XIX. Tampouco houve entrega efetiva, devido a guerra
guaranítica.
II. C.
III. C.
IV. C.
Q.21, alternativas:
I. E.
II. E. Não era um monopólio, os franceses tiveram GRANDE dificuldade em se estabelecer
III. Houve uma missão austríaca (Von Martius, Von Spicks). IHGB
IV. .
V. E
BAQO 03 - 14.07.2011
Daniel Araújo
AMÉRICA NO SÉCULO XIX
Independência da América espanhola
Os dois principais órgãos de poder estavam na Europa, não na América.
No séc. XIX há uma alteração importante na relação império-colônia
“cabildos abiertos” (1810-1816): espécie de câmaras municipais, cuidavam de
pequenos interesses locais. Quem controla o cabildo é o branco, católico e nascido na
Espanha, os CHAPETONES. Os brancos, católicos e nascidos na América são os
CRIOLLOS, que detém o poder econômico, não político. Eles têm apenas uma pequena
participação política, que ocorre nos cabildos.
Origem: instabilidade na Espanha, devido às “Guerras Napoleônicas”.
A Espanha tem aliança histórica com a França, mesmo com a expansão napoleônica.
Com o Tratado de Fointainebleu, Ptgal é dividido entre franceses e espanhóis.
Manuel Godoi é retirado por um motim popular: “Motim de Aranjuez”, que promove a
queda de Godói.
Há uma pressão para que o Rei Carlos IV abdique em favor de seu filho (Fernando VII).
Quando Fernando VII assume o poder, sua abdicação é forçada por Napoleão, e José
Bonaparte é colocado no trono.
Entre 1808 e 1812 uma série de medidas liberais são tomadas na Espanha para que os
colonos fiquem do lado de José I (liberalismo, ideais da Revolução Francesa...). Entre
elas, a Constituição de 1812, que estabelece:
- igualdade entre os súditos das colônias: para conseguir o apoio desses súditos
- abolição de inúmeros tributos indígenas.
- fim da inquisição na América (anticlericalismo). [PS: no Brasil ocorrem visitações do
inquisidor, que recolhe denúncias e o processo final ocorre em Ptgal].
- liberdade de imprensa
Na América, criollos comandam os cabildos.
1810: Revolução de Maio (Cabildo de BAs declara-se livre - ARGENTINA). Teoricamente
esse cabildo deveria ser seguido pelos demais no Prata.
Francia e a independência do PARAGUAI (Reflexo da declaração de independência na
Argentina).
- Apoio da “metrópole interiorizada” (D. João), pq temia-se a construção de um grande
reino no Prata.
- A independência do Paraguai gera o isolacionismo do Francia, só rompido por Carlos
López, na década de 1840.
Artigas e MONTEVIDEO (entre 1816 e 21: luta de Artigas contra os luso-brasileiros).
Artigas faz uma reforma agrária radical, tira terra dos ricos para dar p/ índios e negros
libertos.
Movimentos sociais:
Rebelião de Hidalgo e Morellos (MEXICO): promove uma libertação
- “Grito de Dollores”: Virgem de Guadalupe, santa negra, defensora dos índios: i.
devolução das terras aos índios, ii. autonomia perante o México, iii. reforma agrária,
iv.igualdade entre índios e brancos. Isso faz com que os criollos façam um movimento
para acabar com o movimento. [ZAPATA: 100 anos depois, com as mesmas bandeiras].
Essa revolução foi EXTERMINADA.
Revolução de Francisco Miranda: (VENEZUELA)
- Foi estudar nos EUA, ocorre a independência; e dps na França, onde presencia a
Revolução. De volta para a América, pára no Haiti! Ocorre um terremoto e a igreja
católica fala que é um recado de Deus contra a revolução. Ele é preso e depois
executado (ele é traído, um dos traidores seria o Simon Bolívar). A elite tinha medo
dele, é visto como um movimento muito popular pelos criollos.
Em 1815 as principais monarquias da Europa promovem a RESTAURAÇÃO.
Fernando VII é restaurado no trono e...
A partir de então, ocorre o início das LUTAS DE LIBERTAÇÃO (1816-1826)
LUTAS DE LIBERTAÇÃO (1816-1826)
Fatores:
Restauração radical.
Revolução de Cádiz (1820): revolta liberal, para limitar o poder de Fernando VII – sua
base é a Constituição de 1812, que é restaurada de 1820 a 1823. O reflexo disso na
América é a luta para independência. Os criollos raciocinam; a colônia é rica e sustenta
a Metrópole, não se vê mais a metrópole como algo superior. A partir daí, pegam em
armas.
Contexto internacional: FAVORÁVEL
INGLATERRA: é favorável à independência, mas não pode falar isso abertamente pois,
em 1814, depende da Espanha para lutar contra Napoleão! Faz promessas à Espanha:
- Tratado de 1814: a Inglaterra compromete-se a não mais negociar armas com
colônias da América espanhola: na prática, porém, mandava armas para nações como
as Bahamas, e, portanto, o Tratado não servia p/ nada.
- Lei do alistamento estrangeiro: tenta frear o número de ingleses participantes das
guerras americanas, mas isso vale pouco.
Na prática, essas medidas tentam agradar o rei da Espanha, mas não são muito
efetivas.
Ocorre o apoio da opinião à independência na Inglaterra, em alguns locais da França
mas, principalmente, nos EUA.
Eua e a adaptação do isolacionismo por intermédio da doutrina Monroe.
LIBERTADORES DA AMÉRICA:
Congresso de Tucumã: reafirma a autonomia do cabildo de Buenos Aires (1816).
Plano de Iguala: declara que o será uma monarquia constitucional, Iturbide, líder da
independência, oferece o trono para Fernando VII (MÉXICO) – 1821.
O´Higgins – Chile / San Martin
Bolívar e San Martin encontram-se no Peru, região legalista, e ocorre uma batalha
simbólica na BATALHA DE AYACUCHO.
BOLIVARISMO ou PAN-AMERICANISMO:
Carta da Jamaica (1815)
- Bolívar nega a ideia de “um só país”.
- pregava uma confederação hispano-americana (nesse momento, não pensa em BR
nem em EUA).
+ consulta e cooperação
+ congresso do Panamá (1826)
- EUA, não participam efetivamente da reunião x Inglaterra (política das duas esferas,
revista Estudos históricos, sobre a América Latina – FGV - cpdoc). A política das duas
esferas era pregada pelos EUA, e buscava afastar os europeus da política americana. A
Inglaterra esvazia essa política e a Inglaterra consegue impor seus objetivos em torno
da política externa americana – pax britânica.
+ Fracasso:
i. Fragmentação
ii. Crise econômica
iii. Caudilhismo: geralmente ex criollo, detém o poder político, econômico e
social. A diferença do coronel é que o caudilho detém o poder MILITAR, ele
comanda exércitos. O caudilhismo é o poder local. Os caudilhos fragmentam o
poder na América: não há exército nacional, mas exército nas províncias, que
lutam entre si. Ocorrem brigas entre caudilhos. Gera forte instabilidade nos
países latinoamericanos.
- O caudilho manda DIRETAMENTE no país, o coronel prefere o poder local.
Mesmo na localidade, ele INDICA alguém para ser prefeito, por ex. O caudilho
gera instabilidade, enquanto o coronel gera estabilidade política. Os caudilhos
brigam pelo poder entre si, enqto os coronéis fazem associações (“políticas dos
Estados”).
iv. Guerras internas:
- Guerra do pacífico (1879-1883)
+ Chile x Bolívia (área rica em nitrato e guano - fertilizante). Disputa em região
com empresas chilenas de capital inglês. O governo boliviano confisca as
empresas e diz que vai vendê-las. No dia em que ocorreriam as vendas, o Chile
invade e, mesmo com a intervenção do Peru (do lado da Bolóvia), o Chile
vence a guerra. Ao final desse conflito o Chile conquista área da Bolívia, saída
para o mar, e até hoje existe uma negociação com relação ao território tomado
pelo Chile.
EUA NO SECULO XIX
Marcha para o oeste
Fatores
questão populacional:
- após a independência, há grande migração de europeus para a América,
devido a vários fatores (dependendo da época e da região).
questão religiosa
- mito do Mayflower (busca da liberdade religiosa no leste)
questão econômica
- terras para agricultura, matéria prima, ouro
obtenção da saída para o pacifico
A expansão não seria possível sem o APOIO DO ESTADO.
Ferrovias (ligam o leste ao oeste).
Construção de canais
Homestead act é uma das medidas para fazer com que a população ficasse no oeste
(cedem terras a um preço baixo, com a condição que a pessoa ficasse por lá durante 05
anos. O objetivo era popular. Cria-se pequenos e médios produtores).
Ideologia: destino manifesto.
As terras do oeste foram predestinadas, por deus, aos americanos. Essa doutrina une a
predestinação e o liberalismo.
COMO?
Compra: alguns territórios foram comprados (Flórida, da Espanha; Louisiana, da
França; Alasca, da Rússia).
Diplomacia (Oregon foi negociado com a Inglaterra)
Guerras (contra os donos – caso do México / contra aqueles que moravam lá, os índios
peles-vermelhas)
Obs: corolário POLK, expansionista. É lembrado como o presidente que destruiu o
México.
Guerra de Secessão
Norte x Sul
NORTE SULManufaturas AgroexportaçãoProtecionismo alfandegário (proteger sua produção da Inglaterra)
Livre comércio
Abolicionismo – maior circulação de capitais gera maior mercado consumidor
Manutenção da escravidão
Democratas do sul dominam a política, até ocorrer a....
Questão do oeste:
Acordos do Missouri (1820): entra como estado escravista. Em contrapartida, todos os
estados acima seriam livres – divide os EUA em dois.
Compromisso Clay (1850)2
Lei Kansas e Nebraska (1854) vão pedir para que houvesse um plebiscito, para decidir
se seriam anexados como escravistas ou não. GUERRA no Kansas entre abolicionistas e
escravistas, e o Partido Republicano surge nesse contexto (em 1854).
1858: campanha para o senado de Lincoln, defende o sul escravista e o norte
abolicionista. Começa a relativizar a questão da divisão norte e sul. Perde as eleições.
1859: John Brown, abolicionista que insufla revoltas a escravos.
ESTOPIM:
Lincoln é eleito presidente dos EUA.
O sul não aceita, e 9 Estados do sul formam os Estados Confederados Americanos. O
norte não aceita essa independência e ocorre a GUERRA.
O NORTE vence (indústria bélica; ferrovias, o que facilitava o escoamento das tropas;
mais gente)
2 “A guerra civil norte-americana” – Peter eisemberg. Série tudo é história, Brasiliense.
CONSEQUÊNCIAS:
1863 termina a escravidão. O SUL NÃO ACEITA E O NORTE PRECISA MANDAR TROPAS
PARA O SUL.
mais ou menos 618 mil mortos
2ª Revolução Industrial nos EUA
No sul:
- surgem os Republicanos radicais no SUL: querem inserir os negros socialmente, pq
acreditam que, se os negros votassem, o partido republicano sempre estariam no
poder.
- KKK
- leis Jim Crow: leis racistassegregacionistas
“A cabana do pai Tomás”, “Rag time”
Q.15, alternativas:
I. “Leis para inglês ver” – a partir de 1831.
II. Não há mdo predominantemente escrava, e não é regra a abolição cc emancipação
política.
III. Repartimiento é uma evolução da MITA: a comunidade indígena era dividida entre a
MITA e o repartimiento.
IV. Olhar panorâmico: durante todo o século, existe MAIS conflito do que oposição.
Questão polêmica.
Q.16, alternativas:
I. Os britânicos dominaram a Guiana INGLESA. Substituindo isso, o resto está certo.
II. .
III. Herran-Hay com a Colômbia, de 1903.
IV. .
Q.17, alternativas:
I. Missouri entra como escravista.
II. Vendiam em troca de OURO.
III. .
IV. C.
Q.18, alternativas:
I. Nesse momento, é isso que ele defende, pois não queria dividir os EUA em 1858.
II. Não é protecionismo!.
III. Não se opunha às reformas sociais, são favoráveis.
IV. .
Q.19, alternativas:
I. “Estado tampão” é uma visão ultrapassada. É fruto do nacionalismo de Artigas!
II. Os norte-americanos não intervinham, só apoiavam a independência qdo ela já estava
assegurada.
III. .
IV. C. Essa missão imediatamente não dá resultados, mas posteriormente dá
Q.20, alternativas:
I. Não são chapetones, são criollos. O rei não toma posse, assume o trono!
II. .
III. O congresso de tucumã é na argentina e a favor da independência. Se substituir
“congresso de tucumã” pelo “vice reino do peru”, a questão estaria certa.
IV. .
Q.21, alternativas:
I. .
II. Questão geográfica: quem vai pela colombia e Venezuela é o Simon Bolívar!
III. .
IV. .
V. .
BAQO 04: 04 .08.2011
Separar regência, 1º e 2º reinados.
Sistema político partidário (Partidos: só a partir da déc.30)
1º Reinado:
“Partido” brasileiro: rural, latifúndio, mais liberal
X
“Partido” português: urbano, burocracia, principalmente exército e comerciantes; menos
liberal – quer conter o liberalismo.
No Primeiro Reinado, o Partido português está no poder.
07.04: a Abdicação leva o Partido brasileiro ao poder, e passar a ser chamados de
LIBERAIS. Enquanto isso, os portugueses vão para a oposição, como RESTAURADORES
(ou pés-de-chumbo; caramurus; corcundas). Os liberais são chamados de Chimangos.
Os EXALTADOS são grupos populares que se revoltam, a partir da ideologia liberal, e
passam a ser chamados de jurujubas ou farropilhas (“qq um”). As revoltas dos
exaltados ocorrem nas zonas URBANAS, já que não existem portugueses
(restauradores) na zona rural. 1ª leva de rebeliões ocorre nas zonas urbanas. Não dá
para reprimir com o exército, pq o exército é controlado por essas forças. Por isso é
criada a Guarda Nacional.
1834: Ato adicional transforma as Rebeliões de 1ª leva em uma 2ª leva de rebeliões,
que ocorrem nas províncias: elas nascem de conflitos intra-elitistas (uma espécie de
guerra civil, na qual as elites manipulam classes populares para lutarem POR eles.
TODAS as revoltas populares começam como conflitos entre elites. Ocorrem nas
províncias.).
Em 1836
Regresso: partido conservador (1837-44: período de hegemonia conservador)
Progressistas: partido liberal (1840: golpe da maioridade)
2º Reinado: revezamento no poder, dentro de uma lógica bi-partidária.
Hegemonias no 2º Reinado:
Déc.1840: revezamento claro entre liberais e conservadores, que não existe
em 1850.
1850: hegemonia do partido conservador. Conciliação de base conservadora.
1860: hegemonia dos liberais. Experiência progressista de base liberal. (até 1868)
1870: conservadores. O sistema bipartidário é detonado com o COLAPSO da
experiência progressista, que leva à radicalização do novo Partido Liberal, que se
divide em uma facção moderada (Clube moderado) e em Clube Radical, 1868 (que
demora pouco para virar REPUBLICANO – em 1870: publicado o MANIFESTO
REPUBLICANO). Ocorre uma série de reformas liberais, gabinete do Visconde do Rio
Branco. Os liberais não têm outras alternativas a não ser buscar formas heterodoxas
de emprego, como virar jornalista... (até 1878)
- Geração de 1870 incorpora ideias significativas que atuam os liberais. Ideologias
vindas da França – lembrar da Guerra Franco-Prussiana, após a qual a França proclama
a 3ª República. Defendem o i. republicanismo; ii. Federalismo; iii. Abolicionismo. A
Guerra do Paraguai teria influenciado o surgimento dessa geração. Outros autores têm
outras teorias: para entrar no funcionalismo público era necessária uma indicação – o
gabinete x só contratava gente do partido x.... Os Republicanos da dec.1870 são
herdeiros dos liberais.
Os Republicanos: NÃO há homogeneidade.... Experiência da déc.1870 e 80 do SUL. No
Nordeste NÃO tem!!
i. RJ, 1870;
ii. SP, 1873, fundam o PRP: elite cafeicultora que se sente sub-representada;
iii. RS: defendem uma República centralizadora e unitária, os positivistas. Não são
federalistas
Quem proclamou a República não foram os republicanos, mas O EXÉRCITO
1880: revezamento entre liberais, conservadores, liberais
Os liberais foram mais capazes de chegar ao poder, e os conservadores de se manter
no poder. Na história do Império, quando sobe um gabinete liberal a probabilidade de
eles caírem é maior, e portanto a possibilidade de conflito é maior. Os conservadores
geralmente continuam sendo conservadores, mas os liberais começam a ser
conservadores, apesar de continuar no partido liberal...
15 gabinetes liberais e 14 conservadores.
No total, foram 36 gabinetes 15 liberais, 14 conservadores e 7 gabinetes MISTOS.
Os saquaremas são uma parte do partido conservador (RJ), os mais radicais, e os luzias
são parte dos liberais de SP e MG. Da déc. 1950 em diante, “luzias” e “saquaremas”
são, simplesmente, liberais e conservadores, mas isso NÃO é verdade na década
anterior.
QUIZ:
Papel dos militares na proclamação da Rep., sem eles a republica não podia ter sido
proclamada: Boris Fausto.
A Guerra do Paraguai é o início do processo que levará à proclamação da Rep: TDOOS
Abolicionismo seria fundamental para a proclamação da Rep: marxistas (monarquia e
abolicionismo seriam indissociáveis.)
A rep. Teria sido proclamada por oficiais do exército contaminados pelas ideias que
obtiveram junto aos oficiais uruguaios e argentinos q, então, começam a defender a
República. (Joaquim Nabuco, “um estadista no império”) – não é importante!! Mas
abre caminho para outras opções historiográficas.
As influências do exército brasileiro vieram da FRANÇA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O quadro político teria entrado em colapso...
Queda do Estado Novo: oficiais brasileiros foram lutar na Itália e tiveram influência de
oficiais norte-americanos, que falavam de democracia.
1820:
Partido português.
Objetivo do Partido português:
i. Conter os excessos do liberalismo
ii. Reconhecimento da independência
iii. Controlar a situação de crise econômica: a crise atingia a população mais pobre – a
inflação é indício que essa crise vai virar insatisfação. O único que não perde é o
comerciante, e mais especificamente o comerciante português – se há inflação, ele
aumenta o preço.
Antilusitanismo contribui para o 07 de abril e para o colapso que leva à abdicação em
1830
PS: Até o Ato adicional existia apenas uma facção. Após, ocore a divisão entre os liberais. Entre
37 e 62 ocorre o processo de descentralização.
1830:
Liberais: disputa entre a descentralização (1834) e a centralização (dez.1841: reforma
do CPCriminal, mas tira do juiz de paz as funções policiais, e cria o delegado de
polícia, nomeado pelo Ministro de Justiça).
1834: criação de assembléias legislativas nas províncias, juízes de paz eleitos
localmente.
Parlamentarismo às avessas: o governo faz as eleições, e não as eleições fazem o
governo.
Em 1837 começaria o tempo saquarema.
1840
Liberais: 1840
Conservadores: 40-44
Liberais:44-48
Conservadores: até 1850
HEGEMONIA DO CONSERVADORISMO
tempo saquarema (1837-62). Mesmo que haja liberais no poder, eles adotam
medidas conservadoras.
Ex: QÜINQÜÊNIO LIBERAL (1844-48)
- lei Alves Branco de 1844 ajuda o Estado a centralizar, pq aumenta a
capacidade financeira do Estado.
- Em 1845 é reincorporada a Farroupilha ao Brasil, acaba a rebelião que existia
desde a regência
- 1847: criado o Presidente do Conselho se ministros, medida centralizadora
durante o governo liberal.
- Pedro de Araújo Lima, marquês de Olinda (ele era de Pernambuco) começa a
nomear conservadores. Os liberais estavam há 5 anos no poder – quando ele
começa a nomear liberais, começa a Revolução Praieira. A Praieira será
reprimida pelo Gabinete Saquarema (o gabinete tinha 3 ministros do RJ,
representantes de um setor que se desenvolvia desde o 1º Reinado, a
economia cafeicultora – em 1837 o café torna-se muito importante na
economia brasileira, no mesmo ano começa o REGRESSO)
1850
HEGEMONIA CONSERVADORA
Conciliação: Marquês do Paraná (Honório Hermeto Carneiro Leão começa o GABINETE
DE CONCILIAÇÃO, incorporando os liberais). Dura de 1853-57
1855: HHCL aprova a LEI DOS CÍRCULOS, que estabelece que cada círculo eleitoral era
um distrito, vc passa a votar em indivíduos que vc conhece. Isso renova o
Congresso em mais de 60%.
1860: 2ª Lei dos CIRCULOS: aumenta o círculo de 01 para 03 deputados.
Essas reformas eleitorais favoreceram o retorno dos liberais ao poder.
1860
RENASCER LIBERAL, consegue, em 1862, juntar os conservadores moderados e formar
a LIGA PROGRESSISTA, uma espécie de coalisão supra-partidária. São herdeiros
da Conciliação.
Nada mais saquarema do que um Luzia no poder. NÃO É O CONTRÁRIO!!!
1864: criação do PARTIDO PROGRESSISTA.
Instabilidade: 7 gabinetes mistos referentes à conciliação (liderança conservadora - 1)
e referentes à Liga progressista, que era uma herança da conciliação (liderança
liberal 6).
Contexto internacional: rompimento de relação com a Ingle., Guerra do Paraguai...
14.07.1868: Queda do Gabinete Zacarias é o colapso da experiência progressista e uma
progressiva radicalização do movimento liberal.
1870: governo de Rio Branco e Caxias
DECÊNIO CONSERVADOR: ficam 10 anos no poder. Implementam REFORMAS LIBERAIS
(Visconde de Rio Branco: pai do Barão):
- Censo em 1872,
- manutenção de tropas no Paraguai
- Lei do Terço incorpora a oposição ao congresso (1874)
- reformada a reforma do CPCriminal (1874), com habeas corpus
- manda prender bispos
1878: retornam os liberais
1880
Agora, o problema é o Partido Republicano. Mas o que realmente acaba com a ordem:
MOTINS E REBELIÕES NO EXÉRCITO
- positivistas (só os que freqüentaram a Academia militar).
-
Hipótese do J. Murilo de Carvalho / S.B.Holanda (os militares têm atividade militar
constante durante o 2º Reinado e, quando deixam de ter atividade, depois da Guerra do
Paraguai, começam a querer ter representação política) /
QUESTÃO MILITAR (aparece na déc.1880): depois da morte do Marechal Osório:
ABOLICIONISMO. Proclamam a República a despeito do movimento republicano.
Liberais: 1878-84
Conservadores: 1885-88
Liberais: 1888-89
Q.15, alternativas:
I. .
II. Não há aliança formal!
III. Não dá para “aliar” chimangos e exaltados, não é um grupo separado. Os
restauradores NÃO estão no poder!
IV. Certo.
Q.16, alternativas:
I. Certo.
II. Certo.
III. O min. Durou MESES, não houve estabilidade duradoura..
IV. “definitivamente” – errado + “crise econômica”: nessas décadas ocorrem o APOGEU da
cafeicultura + lei Alves Branco, portanto não hpa crise.
Q.17, alternativas:
I. Errado.
II. CORRETO. A facção industrialista consegue aprovar.
III. ERRADO: Não é o 1º, mas o gabinete Paraná em 53.
IV. CERTO – marques de Olinda.
Q.18, alternativas:
I. Foi uma herança SIM.
II. Foi SIM.
III. Foi um período de INSTABILIDADE. Tampouco lidou bem com as turbulências
internacionais.
IV. Errado. Não há aproximação (questão christie). Tampouco há afastamento – tríplice
aliança em 65. Corrigir o gabarito
Q.19, alternativas:
I. O berço foi no RJ.
II. Errado: não estavam presentes em todas as províncias e não eram coesos.
III. Eram federalistas, os positivistas eram centralizadores; não deixaram de participar das
eleições....ERRADOO
IV. Houve radicalização SIM, CERTO.
Q.20, alternativas:
I. Não excluía qualquer possibilidade de incorporação do liberalismo...Os conservadores
implementaram agenda liberal!
II. Não governaram durante todo o período!
III. No BR o parlamentarismo foi às avessas. O presidente do conselho foi criado em 47....
IV. No momento em que surgem há, de fato, coerência partidária. MAS não há um
“crescendo na coerência”, mas é decrescente o movimento.
V. CORRETA.
Q.17, alternativas:
I. A questão religiosa tem algum impacto, mas a igreja católica brigou com o partido
conservador (Rio Branco era maçon e prendeu os bispos). Tinham medo do 2º e NÃO do 3º
reinado, pq quem reinaria seria a princesa Isabel, suuuper carola.
II. CERTA.
III. CERTA.
IV. CERTA.
V. CERTA.
BAQO 5
José Flávio Sombra Saraiva;
1871-1914
1. Alemanha:
Debate historiográfico: uma vez unificada a Alemaha, a Alemanha passaria a ser uam potência
que ameaça o status quo ou mantém o mundo multipolar? (os realistas diriam que, apenas por
existir uma nação maior, a unificação altera o status quo)
- 1871-1890 (realpolitik): o objetivo era garantir um isolamento francês, que chegou a, quase,
acntecer no início dos anos 1880. Bismarck sabia que as consequencias desse isolamento
francês deveriam advir do relaionamento com 3 potências europeias (Inglaterra, austria-
hungria e russia).
A Inglaterra: "Splendid Isolation", a Inglaterra faz apenas investidas contra a Rússia. Depois a
Inglaterra passa a dirigir o foco para a Alemanha, nao mais para a Rússia.
Austria – Hungria: dupla aliança
Rússia: Tratado de resseguro
Liga dos imperadores: ligava a Alemanha, Austria-Hungria e Rússia (1870 e 1880)
Em 1885 a Crise Búlgara faz com que a Rússia faça uma intervenção na Bulgária, havia a
necessidade de colocar uma monarquia russa lá.
Para muitos apenas Bismarck conseguia lidar com a complexidade e a dificuldade de manter o
sistema da Realpolitik. Ele fez acordos com a Austria-Hungria dizendo que ele defenderia o
império da Rússia, assim como assinou um tratado da Russia cf o qual a defenderia da Austr.-
Hung. Isso só foi possível pq ao tratados eram SECRETOS.
Segundo Sombra Saraiva, o sistema Bismarckiano não foi capaz de resolver quaisquer dos
problemas estruturais da política internacional européia (como a rivalidade entre Inglaterra e a
França, que não apenas continuou mas piorou. A 3ª República é ameaçada com o Caso
Dreyfuss, uma questão militar. Revanchismo francês.)
- 1890-1914(weltpolitik)
Começa um quadro que joga os países contra a Alemanha, alimenta rivalidades.
Há um crescendo de rivalidades, que se dá em três níveis:
i. INGLATERRA: âmbito naval – corrida naval leva a Inglaterra a tensões com a
Alemanha
ii. RÚSSIA: disputas comerciais, principalmente no âmbito agrícola, além do apoio
germânico à Áustria, devido ao pan-germanismo.
iii. FRANÇA: Marrocos (final do séc.XIX: questão Boulanger e Dreyfuss).
Franceses e Russos se aproximam e, em 1894, assinam um Tratado de Aliança Naval.
Tratado entre Inglaterra e França, após a crise do Marrocos (1904). A Entente Cordiale é
assinada em 1905, para conter a Alemanha.
Aliança entre Inglaterra e Rússia ocorre em 1907, quando temos a formação da TRÍPLICE
ENTENTE (antes: Entente cordiale).
Com a presença da Itália, em 1884, forma-se a TRÍPLICE ALIANÇA.
2. Imperialismo
Hipótese do marxismo-leninista leva o Imperialismo à etapa suprema do Capitalismo.
Para Lenin, Imperialismo é = a Capitalismo avançado. Ele está sempre se desenvolvendo e
crescendo e, em determinado momento, ele precisa transcende as fronteiras. Imperialismo
nada mais é do que a expansão do Capital.
CRÍTICAS (ao Marx.-Len.):
i. Os Fluxos de Capital são, prioritariamente, horizontais (na Europa, sobretudo). Só há
uma exceção: a Inglaterra, que garante certo equilíbrio entre o comércio com a Europa
e com o resto do mundo, ela tem fluxos de capital relevantes com o mundo todo.
ii. Periodização: até a 2ª Conferência de Berlin (a 1ª tentou resolver os problemas entre o
Império Otomano e a Rússia), em 1884-1885, MENOS de 10% da África está ocupada
por europeus. Na déc. 1890, MAIS de 90% da África estará ocupada pór Europeus.
- 1876: Segundo S.Saraiva, o marco desse processo está em 1876, quando oficiais
franceses no Senegal recebem a 1ª proposta de ocupação do interior, ele não tem
relação íntima com a tal expansão capitalista.
- 1884-1885: CONFERêNCIA DE Berlin: blindagem do sistema europeu das
contaminações na África. São estabelecidas REGRAS para a ocupação do território
africano:
+ princípio da ocupação efetiva
+ livre-navegação do Rio Congo
São regras cujo objetivo não é a ocupação da África
iii. As rivalidades políticas européias NÃO determinam disputas econômicas (e vice versa).
Ex: NÃO HÁ CONFRONTO ANGLO-AMERICANO: a ppal disputa comercial e financeira
entre 1871 e 1914 foi uma disputa pelo mercado consumidor e pela exportação na
América Latina, pela Inglaterra e EUA. Se as disputas imperialistas levassem a conflito,
a grande guerra teria sido travada entre Inglaterra e EUA, e isso não ocorreu. A
Inglaterra está disposta a aceitar um aumento da ingerência dos EUA na Am. latina.
Tratado Clayton-Buller (os EUA criam a República do Panamá e estabelecem que o
canal será panamenho, pelo Tratado )
3. 1a Guerra Mundial
a. Para os marxistas, foi causada por disputas imperialistas.
b. Kissinger enfatiza a queda de Bismarck e o processo de unificação alemão
c. Alianças militares (“Paz armada”: armadilha, para os realistas)
d. Nacionalismos: período de nacionalismos exacerbados provoca o caos
e. CRISE dos BALCÃS, devido ao colapso do Império Otomano, que vinha se
enfraquecendo devido às ideias nacionalistas. Após perder diversos territórios, e a 1ª e
2ª Guerras Balcânicas, os Balcãs são um barril de pólvora que provocará a 1ª GM.
Segundo S.Saraiva, as Forças profundas (a ascensão do capitalismo alemão, que desbanca o
capitalismo francês e inglês, é o motivo da 1ª GM). Ocorreria o PROTECIONISMO: os Junkers
(agricultores alemães) fazem uma aliança com o setor industrial alemão = trigo + aço =
protecionismo contra produtos primários russos.
- Exceções: a Inglaterra NÃO promove o protecionismo. Além disso: a Alemanha ultrapassa a
França e a Inglaterra (deixa de ser a “fábrica do mundo”, é ultrapassada inclusive pelos EUA)
em diversos aspectos. A Inglaterra, porém, continua sendo o “Banco do Mundo”.
- A Inglaterra mantém a hegemonia financeira.
Q.15, alternativas:
I. 5 potências: Ingl, frança, Rússia, Austria-hungria e a Prússia.
II. .
III. .
IV. O sistema não era simples. Além disso, NÃO conseguiu resolver os problemas.
Q.16, alternativas:
I. .
II. Os blocos são posteriores.
III. Participou! Na Ásia, (disputa da Manchuria com o Japão, guerra russo-japonesa). Só 2
potencias européias dividiam a Ásia, a Inglaterra e a Rússia, uma grande potência terrestre que
ocupava a Ásia quase inteira!
IV. Na Conf. De Berlin é isso que a Inglaterra fala. Ao final de déc.80 Ptgal faz o “mapa cor
de rosa”, junta Angola e Moçambique em um só grande espaço. Ingleses cercam Lisboa e
obrigam os portugueses a voltar atrás. O nacionalismo português ocorre nesse quadro. As
tensões ocorrem após a Conferência de Berlin.
Q.17, alternativas:
I. “total de investimentos globais” – é essa a parte errada.
II. .
III. .
IV. .
Q.18, alternativas:
I. Não há ideologização do capital (“pecúnia no ollet”). Há, SiM, uma recusa do capital
inglês em investir na Rússia, isso está certo.
II. Não é uma política individual do Bismark, ele perde para os Junkers.
III. Não há estruturação de guerra entre EUA e Inglaterra. Em 1902 ocorre um bloqueio na
Venezuela, ela dá calote e há um cerco naval que, inclusive, afunda um navio venezuelano. Os
argentinos sugerem a Doutrina Drago. O BRB discorda da Doutrina, não queria secar o fluxo de
capitais internacionais, além disso o BR era credos do Paraguai desde a Guerra, não queria ser
proibido de cobrar a dívida violentamente (ela é perdoada por Vragas na Déc.1940).
IV. .
Q.19, alternativas:
I. .
II. .
III. .
IV. .
Q.20, alternativas:
I. .
II. .
III. Não é possível a aproximação do Império Otomano, inimigo da Rússia, e o Bismarck
estava buscando uma aproximação da Rússia. Tanto a aproximação do Imperio Otomano como
da Bulgária é possível uma aproximação ao Império Otomano, que, na 1ª GM, tinha sido
armada pelos alemães. Não é característica da realpolitik, mas da weltpolitik.
IV. .
Q.21, alternativas:
I. .
II. Plano Schiliefen: evitar que fosse necessária que a Alemanha fizesse uma guerra em 2
frentes. Era mais fácil resolver a frente francesa, a Alemanha tinha um prazo de 6 semanas
para ocupar Paris. Precisariam passar por um bosque que fica na fronteira com a Bélgica. Não
seria possível ir de frente devido à distância (a linha Magineau era da 2ª Guerra Mundial!!). Só
que a Inglaterra tem um tratado com a Bélgica da déc.1830 – a Belgica teria sido criada para
evitar invasões inglesas, e o território belga era uma linha sagrada para os ingleses. A
Inglaterra, portanto, declara a Guerra não pela tríplice entente, mas por causa da neutralidaed
belga.
III. ..a
IV. .
BAQO 06 -18.08.2011
O BRASIL REPUBLICANO (1889-1945)
Primeira República (1889-1930)
MOVIMENTOS SOCIAIS
Guerra de Canudos (Antônio Conselheiro, advogado)
Antonio Conselheiro junta o discurso messiânico e o anti-republicanismo. Ele
criticava a República, as altas taxas cobradas pelo governo, a falta de apoio à
população, mas é demais falar que ele era monarquista. O coronel é contra AC pq
perderia mão de obra e voto. A Igreja será contra ele pq seu discurso concorre
com o discurso da Igreja.
Guerra do contestado (fronteira entre SC e Paraná)
É uma região rica, q vem de 3 fatores;
i. madeira nobre (madeireira lumber – posseiros expulsos de suas terras)
ii. erva mate
iii. investimento-anglo-americano em uma ferrovia, que também gera uma maior
valorização da terra. No momento em que a ferrovia fica pronta, os trabalhadores
ficam desempregados.
O monge J. Maria diz que ELE vai voltar (ELE being D. Sebastião)
AC tbm usa D. Sebastião (texto: “O Brasil Republicano”, compara as guerras de
Canudos e do Contestado). As situações são diferentes, mas o messianismo está
presente em ambos
Cangaço
Fenômeno do Nordeste brasileiro
Banditismo social (Hobsbawm);
Teria como principal alvo o coronel, mas às vezes atua em seu favor – por isso a
ideia de banditismo do HBSB não é, necessariamente, verdadeiro.
Como fenômeno social, acaba na Era Vargas.
Revolta da Vacina (RJ-1904)
A febre amarela é um problema, a peste negra tbm.
Reforma Pereira Passos: ampla reforma, modernização do RJ, inspirada na reforma
de Paris
Epidemia de varíola é combatida com algo bastante moderno para a época: a
VACINA. Oswaldo Cruz consegue a aprovação da vacinação obrigatória no dia
10.11.1904, o ESTOPIM. Os excluídos do processo de modernização revoltam-se.
Jovens militares aproveitam a situação para lutar contra o governo, eram
positivistas: os militares teriam que promover a renovação da República.
INTERPRETAÇÕES:
i. F. Foot Haoman: A revolta da vacina seria uma gota d´agua depois do “bota
abaixo”.
ii. J.M de Carvalho: A formação das almas. A Revolta acontece devido à questão
moral: os pais de família resistem à vacinação obrigatória (a vacina precisava Sr
dada no braço, e oferecer o braço nu aos agentes sanitários era demais para a
época).
iii. Sidney Chaloub: “Cidade Febril”: a revolta ocorreria devido ao medo da vacina
em si. Além do tamanho da seringa, o governo não se preocupou em explicar o que
é a vacina, em fazer a conscientização da população. A desinformação, junto ao
autoritarismo do governo, que não explica à população, pobre e desinformada,
sobre o que era a vacina, acarreta a Revolta. Ocorre a repressão e o fim da
obrigatoriedade da vacina.
Filme “limite”, déc.1930.
A história da vida privada brasileira, vol.IV. escritora
REVOLTA DA CHIBATA (RJ-1910)
Resquício de uma sociedade aristocrata na Marinha.
Brancos, filhos da elite brasileira, recrutavam população pobre e mestiça e, para
puni-los, utilizavam chicotes.
O BRB moderniza a marinha. Vêm ingleses para ensinar os brasileiros, e os
marinheiros ingleses mostram as condições dos marinheiros na Inglaterra, mto
melhores, e sem chibatadas.
Líder: João Cândido lidera revolta dos marinheiros, que prendem os oficiais dos
navios, manobram os navios e voltam os navios para a cidade, com canhões
apontados para a cidade. Exigiram do governo (i) o fim dos castigos, (ii) de
alojamento, soldo e (iii) a anistia geral.
Hermes da Fonseca, marechal, em um 1º momento, não negocia. Qdo começam a
atirar na cidade, aceita. Dps ele viola a anistia. Os marinheiros são mortos e um
dos únicos que sobrevive é João Cândido. Ele está no clube do automóvel clube em
1964, naquele discurso do Goulart.
MOVIMENTO OPERÁRIO.
A versão clássica é que o movimento tem influencia de imigrantes. Os que não
acham isso: (i) influência dos negros; (ii) a maior parte dos imigrantes vinha do
campo, será que eles trariam tanta influência assim para o movimento?
Frágil em um país agrário
Divisão ideológica:
i. Em 1890, o SOCIALISMO é a 1ª influência ideológica (“A Invenção do
trabalhismo”, da Angela de Castro Gomes. Ela diz que Vargas pegou uma influência
do movimento operário da 1ª República, e por isso faria tanto sucesso entre os
trabalhadores). Em 1890, os socialistas não trazem NADA para o movimento
brasileiro. O que prevalece é o ANARCOSSINDICALISMO; os sindicatos seriam
fundamentais para derrubar o governo e implementar a anarquia no Brasil, é um
sindicato de resistência, não tem viés de negociação com o governo; querem
romper com o governo e com o capitalismo, o que era a sua força e fraqueza; ou
vc ganha tudo (derruba o governo) ou nada.
- Na greve de 1917 o operário paulista consegue 20% de aumento, mas a inflação
era maior...Poucos resultados + vitória do socialismo na Rússia = declínio do
anarquismo no Brasil e fortalecimento do socialismo. O maior símbolo do
fortalecimento do socialismo é a criação do PCB (partido comunista do Brasil), em
1922, cujo objetivo é conquistar o Estado, não derrubá-lo, tem viés eleitoral. Seu
grande problema é sua colocação na ilegalidade 3 mmeses dps da criação – criam
o BOC como fachada (Bloco Operário Camponês).
- Lei Adolfo Gordo: 1907, qq estrangeiro que participasse de qq atividade sindical
seria expulso do Brasil.
PEB
Tratado Blaine-Mendonça (1890).
Brasil: vantagens
i. Busca de um mercado para cana-de-açúcar
ii. Aproximação política. Problema: a maior renda que vinha para o governoo
federal era de arrecadação de tarifa alfandegária..
iii. O legislativo opõe-se ao Tratado, assinado pelo Executivo, pq achava que a
contrapartida, para o Brasil, era insuficiente. O Tratado é denunciado em 1894
para aumentar, unilateralmente, diversas tarifas. É um exemplo clássico de
oposição entre o legislativo e o executivo.
Legado Americanismo:
O Barão prefere acordos bilaterais. Queria dos EUA, no mínimo, a neutralidade
com relação aos acordos de fronteiras negociados pelo Brasil.
Acreditava que os norte-americanos seriam fundamentais para defender o Brasil
do imperialismo europeu. Doutrina Monroe (A América para os Americanos).
Incremento do comércio. O símbolo desse americanismo será a embaixada nos
EUA. O embaixador será Nabuco (Ricúpero).
Diplomacia do prestígio: (i) 2ª Conferência Panamericana no RJ – é a 1ª vez que um
secretário norte-americano vem ao Brasil. Em Haia, Rui Barbosa difere da opinião
dos EUA – isso separa Nabuco do Barão, pq Nabuco discordou do envio de Rui
Barbosa p/ Haia.
Brasil na 1ª Guerra Mundial:
Inicial neutralidade
i. Americanismo é um argumento válido.
ii. Rui Barbosa acreditava na ideia de diplomacia do prestígio, necessidade de o
Brasil entrar nesse evento e participar dos tratados de paz:
- Rui Barbosa x Lauro Müller ()
iii. .Torpedeamento de navios brasileiros na Europa, o que vai fomentar as
pressões populares para a entrada do Brasil na guerra
iv. Pressões franco-britânicas: grandes investimentos, queriam que o Brasil
cortasse qq relação comercial com a Alemanha. É uma questão comercial
v. “Navios surtos” (termo de Eugênio Garcia) – navios alemães atracados no
Brasil, o Brasil confiscaria esess navios se entrasse na guerra, como espólio de
guerra – 46 navios. Pragmatismo, muito mais do que o americanismo: é
extremamente benéfico confiscar esses navios para o Brasil, pq eles valem MUITO
$$.
ERA VARGAS: 1930-1945
Assassinato de João Pessoa, estopim para a Revolução de 1930.
GOVERNO PROVISÓRIO: 1930 a 1934 (Não tem Constituição, governa por Decreto)
Desestrutura o governo oligárquico
Autoritarismo
Cria o cargo de interventores estaduais (geralmente ex-tenentes)
Valorização artificial do café (café em baixa no cenário internacional
devido à recessão)
Cria o Ministério da Revolução: cuida do Trabalho, Indústria e Comércio.
Já existiam leis trabalhistas na 1ª República, mas as primeiras que valerão
de fato são as do governo Vargas.
Controla os trabalhadores pela lei de sindicalização, que cria sindicato
único por categoria e por região. Surge a figura do pelego, que fará no
sindicato o que o governo quer.
Revolução Constitucionalista de 1932 : SP esperava o apoio de RS e MG,
mas Vargas promulga o código eleitoral, prometendo a Constituição.
Nesse momento, tira a principal bandeira de SP. Militarmente Vargas
ganhou, mas politicamente SP ganha: terá um interventor paulista e a....
Constituição de 1934, além do
i. Federalismo
ii. fim da unicidade sindical
GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-1937)
Polarização política:
AIB(integralismo)
ANL(frente anti-fascista)
Vargas usa essa disputa para continuar no poder
Discurso anti-comunista
Ilegalização da ANL (ele usa a AIB para acabar com a ALN e, depois, fecha a AIB).
Intentona comunista – 1935: FRACASSO (ocorre em Natal, Recife, RJ)
GV usa o Tribunal de Segurança Nacional para reprimir todos os comunistas.
Desmantela o PCB e propaga o MEDO VERMELHO.
Plano Cohen (1937) e...
ESTADO NOVO (DITADURA – 1937 A 1945)
PEB
Gelson Moura: eqüidistância pragmática.
Por estar eqüidistante, o Brasil consegue uma série de benefícios.
Política da boa vizinhança:
- OCIAA (Rockefeller cria a Agência), que muda a imagem dos EUA perante a América
Latina.
- Disney (José carioca) x Carmem Miranda
Política de Barganhas
(discurso de GV no barco Minas Gerais)
O Brasil consegue 25 milhões de empréstimos para fazer a CSN (Companhia
Siderúrgica Nacional). (EUA: empresa siderúrgica nacionalizada por Cárenas no
México) (BR cria a aeronáutica)
BR na 2ª GM
i. Venda de matéria prima (quartzo, areias ____ e borracha – “guerra da borracha”, as
colônias asiáticas que vendiam borracha para os EUA foram tomadas
ii. Os EUA precisavam das nossas bases no Nordeste (“o trampolim para a vitória)
– GV: pode ter base aqui, mas nós queremos modernizar os aeroportos...
iii. Pressões pela democracia[Ingleses não queriam tropas brasileiras na Europa.
Os americanos forçam a entrada do BR na guerra (ARG: oficiais unidos chegam ao
poder na Argentina. Eles flertam com o fascismo. Os EUA não querem fascistas por
aqui – Perón!)].
REFLEXOS:
Pressões pela democracia.
Ângela de Castro Gomes: nesse momento GV aproxima-se do povo brasileiro, INVENTA
o TRABALHISMO:
i. CLT
ii. Justiça do Trabalho
iii. Ideologia do Trabalho (qto mais a pop. Trabalha, mais o Brasil cresce)
iv. Salário mínimo
v. Hora do Brasil (o ministro explicando a CLT 3 vezes na semana, pq o povo
brasileiro é analfabeto)
Quando chega a democracia, o povo: QUEREMOS DEMOCRACIA, MAS QUEREMOS GV
NO PODER.
Q.15, alternativas:
I. Mudando contestado por Canudos estaria certo.
II. Hermes da Fonseca, não Afonso Pena.
III. 2 formas de manifestação das camadas mais baixas.
IV. Lei celerada; Washington Luís acaba com o estado de Sítio do governo de Artur
Bernardes. Cria a Lei para restringir as atividades partidárias e manifestaçõoes contra o seu
governo. Aliás, foi criado no 2º reinado e será exterminado depois da Primeira República..
Q.16, alternativas:
I. .
II. .
III. O Brasil não será neutro até o final do conflito. Além disso, a historiografia dá ênfase
ao pragmatismo.
IV. Busca pelo bilateralismo. Além disso, o Acre NÃO foi comprado – permuta desigual:
como indenização o BR vai pagar 2 milhões de libras.
Q.17, alternativas:
I. Dentro da classe trabalhadora existem os anarquistas que contestam o socialismo.
II. Não quer negociar, mas derrubar o Estado e acabar com a burguesia.
III. .
IV. .
Q.18, alternativas:
I. Pluralidade sindical!
II. Forma d Vargas trazer o trabalhador para o sindicato.
III. A questão social NÃO é vista como uma questão de polícia, mas de política. O principal
alvo do tribunal são os comunistas..
IV. .
Q.19, alternativas:
I. .
II. Durante a ditadura não tem direito político, mas social.
III. Esse plebiscito nunca ocorreu. Estava previsto na Constituição mas foi ignorado.
IV. .
Q.20, alternativas:
I. .
II. .
III. .
IV. Não é esse congresso, mas a Conferência dos Chanceleres do RJ. O de Chaputepec
delineia o pós 2ª GM. (1945).
Antonio Pedro Totta, Imperialismo sedutor (sobre a política da boa vizinhança)
Q.21, alternativas:
I. Doutrina Monroe.
II. Big Stick.
III. Big Stick.
IV. OK!
V. Big Stick
BAQO 07
PANORAMA SINTÉTICO DO PENSAMENTO REALISTA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
(SEGURANÇA / GUERRA).
1ª Guerra Mundial: institucionalização da disciplina de RI na França (escola francesa
das Ris – Pierre Renouvin) e no País de Gales (E. H. Carr). 2 preocupações dos teóricos:
a. Pq acontecem as guerras?
b. Como evitá-las?
Livro de Norman Angel – “A grande ilusão”: perde a guerra até quem ganha, a guerra é
uma grande ilusão. O livro, anterior à 1ª GM, tem grande impacto após seu acontecimento.
Após a 1ª GM surge o PENSAMENTO IDEALISTA nas Relações Internacionais. O
pensamentop idealista enfatiza o aspecto de “como evitar as guerras”, falando,
principalmente, de:
Direito Internacional
Instituições
Desarmamento
Anos 20 e o pensamento idealista:
14 pontos de Wilson
Liga das Nações (conseqüência dos 14 pontos)
PACIFISMO:
- 1928: Pacto Briand-Kellog
- Appeasement
Anos 30-40: crítica ao idealismo
“20 anos de crise” – E. Carr. Não é um livro realista, que se desenvolve, em forma
teórica, com um livro de Hans Morgenthau (“Politics among nations”, de 1949).
Para Mongenthau, o PODER é a base teórica das Ris, e as Relações Internacionais
tornam-se interestatais: os ESTADOS são os grandes agentes. O poder e o Estado são
essenciais para essa configuração, e a Balança de Poder relaciona esses dois agentes.
Guerra: enquanto a balança de poder está equilibrada, as guerras são improváveis. Se
a balança se desequilibra, ocorrem guerras sistêmicas. Basta uma das potências estar
insatisfeitas com o sistema internacional, mesmo em um sistema multipolar, o sistema se
torna instável.
Embate entre o pensamento realista e idealista nos anos 1940: 1º DEBATE (é
importante pq contextualiza o período, e atinge o cara da banca...).
Estruturalistas: querem matematizar e colocar de maneira científica o estudo da
Guerra: H. Kissinger, Herz, K. Waltz.
Para Waltz, o que importa é a teoria geral das RIs, na qual o Estado é o centro. Não
importa, para a teoria das Ris, o comportamento interno dos Estados, para isso serve a
ciência política. Todo Estado quer sobreviver (diferença entre os estruturalistas
defensivos e os ofensivos, segundo os quais o Estado quer conquistar).
Em 1959, Waltz publica “Man, the State and War”, no qual sistematiza o fenômeno de
pq ocorrem as guerras.
i. As guerras acontecem pq o homem é MAU (explicação de 1ª imagem: o homem). Os
idealistas interpretam da seguinte maneira: melhorando o homem, a guerra acaba;
outros falam que, desarmando os homens, a guerra acaba.
ii. Para Waltz, o Estado é culpado pq é tomado por ideologias negativas (explicação de
2ª imagem). Os idealistas vêem isso como a possibilidade de educar o Estado. A
explicação de Waltz serve aos idealistas e aos realistas, mas a explicação de 1ª e 2ª
imagem são hegemônicas para a teoria das RIs.
iii. A 3ª imagem seria o SISTEMA, que cria uma abstração teórica – quem cria as
características do sistema são as grandes potências: o sistema é caracterizado pelo
número de potências, se são 2 potências, o sistema é bipolar, se são muitas, é
multipolar. Segundo Waltz, os sistemas bipolares são mais estáveis.
Momento histórico: GUERRA FRIA
Para os realistas, o problema NÃO é o homem
Depois da 2aGM, fica claro que os realistas estavam certos em muitas coisas: o que
move o mundo é o PODER. O realismo identifica que o inimigo de meu inimigo será, SEMPRE,
meu amigo. Não tem ideologia ou moral: se vc não faz isso, vc não sobrevive – em 1945, o
objetivo é acabar com o nazismo, não importa se os EUA são capitalistas e a URSS não. Os
países querem sobreviver. A Inglaterra recua e declina voluntariamente do plano
internacional, ela não faz parte do conselho das potências nas Guerra Fria, pq os custos eram
muito altos. URSS e EUA ficam sozinhos, e, apesar de tentarem ser amigos, não conseguem.
Para os realistas, isso seria uma conseqüência do bilateralismo, e, por isso, vão se enfrentar.
1979: “Fear of International Politics”, Waltz.
PENSAMENTO REALISTA: aplicação
Na 1a Guerra Mundial:
Consequências para o sistema da Grande Guerra:
Valorização do pensamento idealista (14 pontos, LDN, Briand-Kellog...)
Política externa:
a. Vencedores
- EUA saem diferentes da 1ª GM, e adotam postura isolacionista. Segundo os
realistas, isso é ruim, pq são eles que determinam as regras do jogo da balança de
poder, e isso desequilibra o resto. Seria uma irresponsabilidade pq, por mais que
se escondam, eles continuam sendo alvo de invasores potenciais.
Nos anos 20, os EUA se isolam devido à mudança no governo – republicanos
entram no governo, o isolacionismo é executivo, e dura até a déc. de 30, com a
eleição de Roosevelt, um sucessor natural de Wilson. Ele deveria viabilizar,
novamente, o isolacionismo Wilsoniano. Nos anos 30, porém, o Congresso é
republicano – o isolacionismo é legislativo. Neutrality Acts, que são revogados na
déc.1940.
- Inglaterra: Liga das Nações. Moderada – não foi muito afetada pela 1ª GM.
- França: Liga das Nações. Junto com os belgas: invasão do Ruhr. Enfatizava uma
visão mais punitiva
PS: Para os clássicos, é um fruto do esforço, para os realistas estruturais é quase
uma regra.
- URSS: criada em 1922: isolamento. Aproxima-se da Alemanha de Weimar, no
Tratado de Rapallo (1922).
b. Derrotadas
- Alemanha: adota postura de isolamento internacional. Será isolada até 1924/25,
quando saem os resultados da Conferência de Locarno, que a convidam à LDN
(que ocasiona a saída do BR). Paz Cartaginesa – jogaram sal para evitar q qq coisa
crescesse por lá (Invasão do Vale do Ruhr).
- Áustria: REPÚBLICA!
- Hungria: REPÚBLICA!
- Bulgária: REPÚBLICA!
- Império Otomano: REPÚBLICA! Só se torna uma República em 1923 (Tratado de
Sèvres) – é o Tratado de Versalhes para o Império Turco Otomano: cede a Grécia,
todas as ilhas e não foi aceito por uma parcela da população, com uma visão
ocidentalizada e modernizante – os jovens turcos, que haviam participado da 1ª
Guerra Mundial. Destruiu-se a reputação de Churchill, o general Mustafá Kemal
(muda de nome dps Kemal Ataturk) torna-se figura importante. A Grécia entra em
guerra com a Grécia, os gregos decidem aceitar a pacificação e a República Turca é
criada. Em 1923, o presidente da Grécia era Elefterior Venizelos. O Tratado de
Sèvres é modificado e é assinado o Tratado de Lausanne.
Na 2a Guerra Mundial:
CAUSAS:
Primazia da 1ª Imagem até meados dos anos 1950, no imediato pós-GM: Adolf Hitler. (E.
Hobsbawm fala que a causa da 2ª GM é de fácil identificação: Adolf Hitler).
Livro de Wlliam Shirer: “A Ascensão e Queda do 3º Reich”. Ele enfatiza os aspectos
estruturais que envolvem o expansionismo alemão, que seria estrutural.
CONSEQUÊNCIAS:
A. GUERRA FRIA
Segundo os realistas, a bipolaridade é mais estável do que a multipolaridade, pq tem menos
variáveis. Quando se tem muitas potências no sistema, qq equilíbrio depende de algo
extremamente volátil, sujeita a mudanças. Quem define o sistema internacional, na Guerra
Fria, é a Rússia e são os EUA: se o mundo inteiro estivesse do lado de um ou de outro país,
o mundo continuaria bipolar. Não é necessário se preocupar em multiplicar alianças. A
variável é, SEMPRE, a RELAÇÃO BILATERAL.
Essa relação bilateral tem a ver com a TECNOLOGIA MILITAR, e o “equilíbrio do terror” (“A
paz e improvável, a guerra é impossível – Raymond Aron. “Qto mais vc dissemine e difunda
as armas nucleares, melhor” - Waltz).
- de 1949- 1950´s: temos equilíbrio do terror. A Guerra da Coreia para por causa da bomba
atômica.
- déc.1960´s: ICBM´s – a quantidade de ogivas que consigo jogar em seu território e em
quantos minutos (intercontinental ballistic missile)
- déc. 1970´s: détente: Kissinger. Kissinger é TOTALMENTE realista – não temos idealismo,
mas PODER. A situação norte-americana depende da relação de poder que tem com os
outros Estados e ponto! Sistema no qual vc abdica de construir ferramentas de defesa:
MAD. [SALT: Limitation de n. de ogivas]
- déc. 1980: Reagan investe em tecnologia de defesa. “Star wars”.
B. DESCOLONIZAÇÃO
1. Decadência das potências colonialistas européias [1ª e 2ª GM]
2. Bipolaridade [EUA e URSS: autodeterminação dos povos]
3. Movimentos autóctones de emancipação (luta interna dos países) [1ª GM: Ásia –
Índia / 2ª GM: África]
4. A criação da ONU dá legitimidade aos países e, eles, à ONU: há legitimidade mútua.
Conselho de Tutela (déc. 1960: DAG Hammrskjöld, sueco, secretário geral da ONU,
morre no Congo)
5. Holocausto (depois que os alemães matam judeus, é difícil dizer que a Europa é mais
civilizada do que os africanos. “holocausto” = sacrifício a Deus. Shoah! = a grande
tragédia ).
Q.15, alternativas:
I. Na 1ª década, isso é verdade.
II. C.
III. C.
IV. O problema é a palavra “coerência”: a Alemanha assina o pacto anticominterm com o
Japão em 37 e Pacto com a URSS em 1939!
Q.16, alternativas:
I. C.
II. C.
III. E: não tem sistema colonialista, é, justamente uma crítica.!
IV. O grande centro de disputa, na dec.50 e 60, era a Europa e, em 2º lugar, a Ásia. A Am.
Latina e África tem disputa ideológica dps da Revolução Cubana, ou seja, na dec. de 60 (e na
áfrica é em 1970, com a descolonização das colônias portuguesas).
Q.17, alternativas:
I. Na Am. Latina HOUVE propostas; panamerianismo bolivarista. Dps, monroista. Na
África, OUA – UA (União Africana). E
II. C.
III. C.
IV. E.
Q.18, alternativas:
I. C.
II. C.
III. Política externa americana antes da 2ª, durante e depois: MARCADA pelo anti-
semitismo. Quase TODOS os países tinham políticas antisemitas (navio EXODUS foi impedido
de atracar em 7 países e precisou voltar para a Alemanha). Viviam em guetos, não eram um
grupo importante e representativo. O problema dessa questão está no “pós-holocausto”, mas
não houve posição imediata. Isso aparece até 1967, na Guerra dos 6 Dias. Até então, Israel era
um Estado socialista, sionista para os EUA, a política externa americana apoiou uma
intervenção com Nasser! O item está incorreto na 2ª parte.
IV. E.
Q.19, alternativas:
I. A Bolívia grande potência?? Quem perdeu a Guerra do Chaco foi a Bolívia, não
Paraguai!
II. C. Quem vence é o Paraguai, houve diversas tentativas de mediação que foram
impedidas. A demarcação das fronteiras é muito importante para o governo brasileiro. A
posição argentina é que, se houver mediação, eles fariam essa mediação.
III. Manuel Gondra: política externa Paraguai na dec. 1920.
1870-1904: hegemonia política brasileira (final da Guerra do Paraguai)
Até 1876, tropas brasileiras no país.
Intervenção militar no Paraguai em 1894.
Hegemonia argentina em termos econômicos, por questões logísticas – eles precisam
passar pelo Prata.
1904: Barão – para ele, NÃO deve haver intervenção. Em 1904 chega ao poder uma
facção pró-argentina.
Apesar de realista, o Barão era coerente: abre mão da hegemonia do BR no Paraguai em
prol da estabilidade na região: “Gâmbito do Rei” (F. Doratiotto).
1904-1966:
1º momento: Hegemonia argentina absoluta.
2º momento: Hegemonia argentina
- Ocorrem tentativas sucessivas de aproximação com o Brasil
Em 1966, no BR: Castelo Branco / no Paraguai: Stroessner. Assinam um Tratado, conhecido
como a Ata das Cataratas, para a apropriação conjunta do potencial hídrico (que viria a ser
a Hidrelétrica de Itaipu). É uma evidência significativa da tensão entre Brasil e Argentina.
Na presidência do Gondra, buscou-se aproximação com o Brasil para a constução de
uma ferrovia entre Br e Paraguai. Essa aproximação não foi frutífira devido a:
i. Instabilidade política
ii. Instabilidade econômica
iii. Tensões entre a Bolívia e o Paraguai, que fazem com que o Brasil fique NEUTRO no
conflito, principalmente entre 1932-35: CHACO.
A Guerra do Chaco significa, para o Paraguai, uma aliança inequívoca com a Argentina para
ter fornecimento.
iv. Chanceler José Carlos Macedo Soares.
Q.20, alternativas:
I. E: Obviamente foi afetada - ISI.
II. CERTA. Os EUA entraram na Guerra contra a opinião pública, e precisava conquistar a
opinião pública para conseguir entrar na guerra – Telegrama Zimmermann: enviado para o
México (dps da guerra civil), descoberto por espiões ingleses e dá uma desculpa para o
presidente entrar na guerra.
III. E: Claro que não foi restrita na região setentrional.
IV. Os árabes participaram - Laurence. Inglaterra entre a Inglaterra e a França, NÃO a
Russia – Tratado de Sykes-picot, que dividia o oriente médio em áreas de influencia
V. Não houve aliança nipo-germanica.
Q.21, alternativas:
I. E. Império Otomano
II. C.
III. [discussão - anulada].
IV. C.
V. E: o BR estava entre a América e a Europa.
BAQO 08
Q., alternativas:
I. .
II. .
III. .
IV. .
V. .
Q., alternativas:
VI. .
VII. .
VIII. .
IX. .
X. .
Q., alternativas:
XI. .
XII. .
XIII. .
XIV. .
XV. .
Q., alternativas:
XVI. .
XVII. .
XVIII. .
XIX. .
XX. .
Q., alternativas:
XXI. .
XXII. .
XXIII. .
XXIV. .
XXV. .
Q., alternativas:
XXVI. .
XXVII. .
XXVIII. .
XXIX. .
XXX. .
Q., alternativas:
XXXI. .
XXXII. .
XXXIII. .
XXXIV. .
XXXV. .
BAQO 09: 08.09.2011
ERA DAS REVOLUÇÕES
Revolução Francesa (1789 - 1799)
Antecedentes:
Instabilidade política: Luís XVI é um rei FRACO, contestado por sua população,
enquanto a França tem o iluminismo MAIS forte da Europa! Essa oposição é um dos
pontos que gera essa instabilidade política no último quarto do século XVIII na França.
Forte insatisfação social:
- Pirâmide Social na França:
i. Clero no topo (0,5% da população – rezam, cuidam das almas)
ii. Membros da nobreza embaixo (1,5% da população – fazem a guerra)
iii. 3º Estado (98%): eram eles que pagavam impostos. A classe que mais pagava
impostos era a burguesia, com taxação pesada. Panfleto distribuído às vésperas da
Rev.: “O que é o Terceiro Estado”, Sieyès [“O que é o 3º Estado? TUDO. O que tem
sido? NADA. O que pretende ser? ALGUMA COISA” – o 3º Estado quer ter
representatividade política. Clero e nobreza não pagam impostos, o 3º Estado arca
com todos os custos e não tem representatividade].
Crise [CAOS] econômica:
- Gastos do Rei e da Nobreza (mais ou menos 3% dos gastos. Apesar do valor baixo,
sob a perspectiva orçamentária, os iluministas usam isso para fazer propaganda
política)
- Gastos com Guerras:
i. Guerra dos Sete Anos, contra a Inglaterra. A França PERDE a guerra, perde
colônias (Índia e Quebec).
ii. Envolvimento na Revolução Americana. A França alegava que queria
conquistar o mercado americano e enfraquecer a Inglaterra. Os cofres franceses já
não suportariam participar da Guerra, mas o rei entra – há agravamento da crise.
CONTRADIÇÃO: o Rei é absolutista e financia uma revolução iluminista. [1781 ocorre
a última batalha, em Yorktown]
- A partir da assinatura do Tratado de Paris (1783, Inglaterra reconhece a
independência dos EUA), a França se aproxima da Inglaterra e assina o Tratado EDEN
RENOUVEAU (a França venderia produtos agrícolas para a Inglaterra e importaria
manufaturados da Inglaterra. A nobreza francesa, que estava no poder, pouco se
importa com a possível conseqüência, que seria a quebra das manufaturas francesas,
já que seu interesse, por possuir terras, era conseguir mercado para seus mercados
agrícolas. A balança comercial fica EXTREMAMENTE favorável à Inglaterra).
- Quebra das manufaturas.
- Grave crise Agrícola entre 1786 e 1787, devido à erupção de um vulcão que
modifica o clima europeu.
- Fome e Miséria (“se não há pão, que comam brioches”).
- A França tem uma alta dívida externa. A França NÃO TEM mais como pagar. Os
banqueiros holandeses, que emprestavam $$ para a França, param de emprestar.
O QUE FAZER PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA do caos econômico?? A solução seria cobrar
impostos do 2º e 1º Estado, o que conflita com os privilégios feudais detidos pela nobreza e
pelo clero.
Iniciam-se as “Três Revoluções” na França:
Revolta dos Notáveis (1787).
- Os nobres ficam sabendo que serão taxados, e revoltam-se contra Luís XVI, devido ao
suposto fim dos seus privilégios. Luís XVI era um rei fraco, e transfere a
responsabilidade para um órgão que não era convocado na França há muito tempo: os
Estados Gerais.
- Há grande empolgação - o Iluminismo chega às ruas. No contexto da convocação dos
Estados Gerais há campanha política para eleger os representantes de cada um dos
Estados e, com isso, a empolgação na França é muito grande com relação às
possibilidades de decisão dos Estados Gerais. Quando são efetivamente convocados os
Estados Gerais, há grande decepção, já que os Estados votam por estamento, por
Estado, não por cabeça. Os representantes do 3º Estado pedem maior representação –
é aumentada a quantidade de delegados do 3º Estado. Mas eles não querem apenas
mais deputados, querem votos por cabeça.
Revolução dos Advogados (jun / 1789).
- Alguns deputados saem dos Estados Gerais, revoltados com o sistema de votação, e,
acompanhados por alguns membros da Nobreza e do Clero, e formam a Assembleia
Constituinte.
Queda da Bastilha. 14.07.1789. [O povo só entra no processo revolucionário aqui. A
partir daqui, o povo acredita que seus problemas sociais serão solucionados. Para os
Marxistas, é aqui que acontece a Revolução.]
As fases da Revolução Francesa: [não há consenso em relação às fases, por isso não
cai de maneira tão detalhada no TPS]
i. ASSEMBLEIA CONSTITUINTE (1789-1791). Dá prosseguimento ao que já estava sendo
feito na França quando da Revolução dos advogados.
Fase Moderada
Principal objetivo: limitar o poder do Rei, acabando com os privilégios do Rei, da
Nobreza e do Clero.
Quem domina: Domínio do “Bloco Histórico” (todo o 3º Estado MAIS alguns membros
da nobreza e do clero: alta e baixa burguesia, sans culottes, membros do clero e da
nobreza que concordam com o fim dos privilégios). ATENÇÃO: inda NÃO existe a divisão
entre jacobinos e girondinos.
Destaques:
- “GRANDE MEDO” (camponeses invadem terras, queimam títulos de nobreza. O
Grande Medo deve ser controlado...)
- [para interromper essa onde de saques, ocorre a...] Abolição dos direitos feudais (os
nobres não mais terão isenção de impostos e tampouco o monopólio sobre as terras). O
Rei veta que não haja contrapartida ao confisco das terras, o que ocorre apenas no
governo jacobino republicano, no Ano II da Revolução.
- Constituição Civil do clero estabelece que os membros do clero serão funcionários
públicos franceses, e deixam de se submeter ao Papa. Há um confisco aos bens do Clero
pelo Estado francês. Parte do clero francês será contrário à Revolução Francesa (CLERO
REFRATÁRIO).
- Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão. NÃO é a 1ª Declaração da
história (a Norte Americana já existia), MAS a Declaração da França outorga caráter
universal à Revolução. [por isso a Revolução francesa seria a única de caráter ecumênico
do mundo contemporâneo para HBSBW]
- Constituição de 1791: a França passa a ser uma Monarquia Constitucional, com um
rei que REINA mas não governa, com voto censitário (apenas cidadãos responsáveis
votarão – são aqueles que têm propriedade). O Estado francês será um Estado Laico,
com divisão de poderes. Ela acaba com os privilégios, mas é extremamente
conservadora.
OBS: a partir de então (da elaboração da Constituição) não temos mais Assembleia
Constituinte, mas uma ASSEMBLEIA NACIONAL (1791-92) .
ii. ASSEMBLEIA NACIONAL (1791-1792)
As monarquias vizinhas à França temem a Revolução, e criam o EXÉRCITO CONTRA-
REVOLUCIONÁRIO, que invade a França e tem o apoio de Luís XVI, que tenta fugir da França,
volta depois de capturado em Varennes, na divisa entre a França e a Áustria, sob a custódia do
povo Francês.
iii. CONVENÇÃO NACIONAL (1792-94) Comuna Insurrecional de Paris (DIFERENTE da
Comuna de Paris dos comunistas!).
FASE RADICAL da Revolução Francesa
Domínio: Jacobino (apesar de os girondinos dominarem o começo e o final do período).
Objetivo: Revolução Política / Social (o Estado teria o objetivo de equalizar as relações
sociais)
Destaques:
- Criam o Comitê de Salvação Pública, cujo principal líder jacobino é Robespierre. [Thomas
Paine: americano entusiasta da Revolução Francesa – escreve o livro “Rights of Men”, em
1791.]. O Comitê acreditava que todos aqueles que eram contrários aos ideais da
Revolução deveriam ser punidos. Segue dessa conclusão o “Terror Revolucionário”.
- Criam um exército profissional
- Execução do Rei (Luís XVI).
- Constituição de 1793: é uma Constituição mais social do que a anterior. O voto na França
passa a ser universal (sufrágio universal). Impõe a reforma agrária. Fim da escravidão nas
colônias francesas. Pensão para viúvas e órfãos. Obrigatoriedade de um ensino público
gratuito e de qualidade para o povo.
- TERROR REVOLUCIONÁRIO: mais de 40 mil franceses são executados. Há grande cisão.
Ocorre o...
... GOLPE DO 09 TERMIDOR, que institui uma convenção girondina.
iv. DIRETÓRIO NACIONAL (1794-1799) [Diretório: 5 diretores comandam o Executivo:
geralmente 4 girondinos e 1 do pântano/planície. Os jacobinos estavam à esquerda, os
girondinos à direita e o pântano/planície no centro – esses eram fundamentais para decidir o
rumo da revolução, pois determinam quem tem a maioria]
FASE CONSERVADORA: Radicalizamos demais a Revolução
Objetivo: acabar com as medidas populares implementadas pelos jacobinos
Domínio Girondino.
Destaques:
- Constituição de 1795.
- Governo fraco, marcado por muitas denúncias de corrupção.
- Revoltas populares e nobiliárquicas, devido à insatisfação dos franceses com o governo.
i. Conspiração dos Iguais (Revolta popular, liderada por Graco Babeuf, pede igualdade
social). Foi exterminada por Napoleão Bonaparte. As revoltas populares e nobiliárquicas
NÃO serão bem sucedidas, já que a medida mais bem sucedida do período jacobino é,
justamente, a profissionalização do exército.
- Força do Exército francês [os franceses profissionalizam o exército] (Napoleão). Os
contra-revolucionários são expulsos e ainda expandem a Revolução (Napoleão domina o
Egito e partes da Itália, para assegurar mercados europeus e africanos para a França). A
repressão militar, liderada por Napoleão, expande a revolução francesa. Napoleão é í-d-o-
l-o! O governo, fraco, pede que Napoleão, popular, dê um golpe no governo –
teoricamente, o governo continuaria no poder (seria um golpe “de mentira”, mas ele
acaba dando um de verdade!).
GOLPE DO 18 BRUMÁRIO
A partir desse momento, quem governa a França não são mais os jacobinos ou os girondinos,
mas Napoleão. TERMINA A REVOLUÇÃO FRANCESA E COMEÇA A ERA NAPOLEÔNICA
ERA NAPOLEÔNICA (1799-1815)
i. CONSULADO (1799-1804) [A França é uma República dividida em 3 cônsules, o 1º era
Napoleão, quem realmente mandava. Dps ele se declara Cônsul vitalício, em 1812]
Azul: paz externa. Vermelho: organização política da França. Preto: problemas econômicos
da França.
CONSULADO:
Paz de Amiens, assinada com os ingleses / Paz de Luneville, assinada com os
austríacos(resolve a política externa)
Concordata com o Vaticano (o único que não tem exército): a França continua laica,
mas existe a catequese nos liceus (as crianças são ensinadas a respeitar Deus e
Napoleão!). Além de devolver algumas terras que foram confiscadas.
Constituição de 1799 (resolve a política interna)
Cria o Código Civil Napoleônico (não permite o direito à greve, pq restabelece a Lei Le
Chapelier, da 1ª Fase da Revolução francesa – questão 17.3 – que defende a
propriedade privada e, portanto, acredita que a greve seria uma afronta à propriedade
privada – proíbe as greves. Napoleão favorece a alta burguesia). Fala da liberdade de
expressão e de imprensa mas, na prática, nada é respeitado.
Promove a Anistia Geral aos presos políticos, que serão julgados a partir das leis de
Napoleão.
Napoleão precisa de $$:
Venda da Louisianna para os norte-americanos – já tinha perdido o Haiti, fica com
medo
promove saques
regulamente o recolhimento dos impostos (solução do problema econômico).
Napoleão espelha-se no modelo da economia inglesa – modelo de capitalismo industrial:
Cria o BANCO DA FRANÇA, que emitirá o FRANCO
Cria a SOCIEDADE DE FOMENTO À INDÚSTRIA (iniciativa privada recebe dinheiro do
governo). É o Estado francês que está promovendo a industrialização. Cederá créditos
estatais para que a economia privada promova a industrialização.
Promove a 2ª maior Reforma Agrária da história europeia (a 1ª : na Rússia). Produz
pequenos e médios produtores e proprietários que, simultaneamente, dão matéria
prima, aumentam as exportações francesas e cria consumidores para a indústria.
Para escoar melhor a produção, promove a reforma de Portos, de Paris e de Estradas.
[a burguesia apoia Napoleao por causa das Indústrias, os Sans cullotes tbm pq deu
terras, os mais pobres pq deu emprego].
A parte de preto: para a alta burguesia E para camponeses. Tbm cria emprego para aqueles
que, antes, eram radicais – sans culottes. Ele faz um governo que agrada VARIOS setores da
sociedade francesa! Ele SABE que é ídolo, e faz a seguinte proposta para o povo francês: ele
quer fazer da França um Império. 92% dos franceses concordam com ele. Napoleão, com a
popularidade em alta, sugere um plebiscito para o país. Após o PLEBISCITO começa o...
IMPÉRIO (1804-1815)3
Retomada dos conflitos (a França não tinha problemas com os conflitos europeus, mas
a Inglaterra estava em uma ilha e tinha uma marinha MUITO poderosa. Na terra a França não
tinha problemas, mas no mar...)
Retomada dos conflitos
Derrota na batalha de Trafalgar para a Inglaterra – morre o Almirante Nelson.
3 A partir do momento que Napoleão faz o Império, tentará colocar a França na hegemonia da Europa.
Bloqueio continental (1806) tbm chamado de Tratado de Berlim: a Rússia viola o
bloqueio continental pq a França não precisa dos produtos agrícolas da Europa
continental: existe uma necessidade da Europa de vender os seus produtos, e a
Inglaterra comprava produtos agrícolas e vendia manufaturados, enquanto a França
não consegue e nem é de seu interesse cumpri esse papel. A França não tinha
condições de abastecer a Europa continental, tampouco tinha interesse em comprar
produtos agrícolas da Europa continental, já que era um grande produtos agrícola.
Guerras do Bloqueio, ex (v. BAQO 3):
i. Símbolo: Campanha da Rússia (1812). O Czar destrói plantações, destrói manufaturas,
retira populações das cidades – tática da terra arrasada. “General Inverno”: o inverno
mais rigoroso do séc. XIX destrói as tropas de Napoleão, o do séc. XX destrói os exércitos
de Hitler.
Ocorrem revoltas na França, Napoleão é contestado. É criada uma 4ª coligação (Inglaterra,
Áustria, Prússia, Rússia). Napoleão assina o Tratado de Fontainebleu e vai para o exílio na Ilha
de Elba. Ocorre a restauração do Absolutismo na França, com Luís XVIII. Ele foge e faz um
breve governo (GOVERNO DOS 100 DIAS).
Na Batalha de Waterloo, Napoleão foi derrotado. Ela vai para a Ilha de Santa Helena,
no Atlântico Sul, e acaba o período Napoleônico.
CONGRESSO DE VIENA (1814-1815) 4
Potências:
INGLATERRA (ppal objetivo: manter o equilíbrio europeu, para conseguir mercado
consumidor para seus produtos. Se existe equilíbrio na terra, no continente, a
Inglaterra será hegemônica, pq tem supremacia – no MAR) + ÁUSTRIA (interesse no
equilíbrio no território do SIRG) + PRÚSSIA (deseja expandir seu território no SIRG) +
RÚSSIA (criar a grande Rússia, expansão em direção ao mar quente e à Europa oriental
{base no pan-eslavismo}) + FRANÇA (v. Cap.II de Diplomacia, Kissinger, que fala que a
incorporação da França foi essencial para assegurar a paz duradoura).
4 Para Amado Cervo: a autonomia dos Estados, estabelecida em Westfália no sec.XVII e confirmada pelos tratados de Utrecht, (1713-15)não é mais válida nesse cenário. Stá comprovado que isso não deu certo. É necessário existir uma paz tutelada.
OS PRINCÍPIOS:
LEGITIMIDADE: todos os monarcas absolutistas retirados do poder após 1792 seriam
restabelecidos aos seus tronos (o problema do rei de ptgal era não estar em seu
território, por isso eleva o Brasil a Reino Unido). É um resgate do direito divino dos
Reis – a vontade do povo será ignorada, pois o direito divino será imposto a essa
população.
CONCERTO EUROPEU: (ideia de COMPENSAÇÕES) (a França era a nação mais
privilegiada, tinha mais território). Na divisão dos territórios franceses entre as
potências, quem ganha menos território é a Rússia. Uma vez equilibrados os
territórios, há um novo mapa europeu. Território equivalente seria semelhante à
mesma força.
EQUILÍBRIO EUROPEU: se a força é = ao território, se os territórios são iguais, o
objetivo é a PAZ. Isso deu relativamente certo. Kissinger diz que a genialidade foi
incluir a França no Congresso (ler o 2º cap. Do Kissinger).
PRINCÍPIO DAS INTERVENÇÕES [polêmico]: Santa Aliança. A Inglaterra, que não
concorda com a defesa intransigente do absolutismo das outras potências, tenta
esvaziar e enfraquecer a Santa Aliança unindo-se a ela. Mas a Santa Aliança é limitada
principalmente devido à independência da Grécia, com base no nacionalismo.
Potências vitoriosas: Inglaterra (consegue o equilíbrio) e Áustria, que consegue o
equilíbrio na região do SIRG, que passa a ser chamado de Confederação Germânica,
sob a autoridade do Imperador Austríaco. A Prússia vai se fortalecendo.
PS: ler S. Saraiva (...)
Q.15, alternativas:
I. C.
A crise econômica francesa já viha de 1770 e será incrementada com a crise agrícola, o
tratado Eden...
II. E. “Assembleia de notáveis” = Estados Gerais. É pq não era objetivo dos Estados Gerais
criar uma Constituição, e sim da Assembleia Constituinte.
III. C. É o “Grande Medo”
IV. C. Tomas Paine inglês, participou da independência dos EUA e volta para a Europa,
participando da Revolução Francesa. Edmond Burke é inglês, critica a Rev. Francesa, pq ela
acabaria com as instituições e os símbolos do passado – o melhor seria o governo parlamentar
inglês. Thomas Paine escreve o livro “Rights of Men”, publicado em 1791: ele fala sobre
impostos sobre herança, educação pública gratuita como um dever do Estado francês...
Q.16, alternativas:
I. C. Está na Era das Revoluções.
II. E. Seriam os JACOBINOS – hostilidade aos ricos, segurança social ao homem pobre, não
os girondinos!
III. C. No TPS 2010 caiu!
IV. E. Não dá p/ falar que “somente atendesse interesses somente da classe média” – tem
reforma agrária, tem abolição da escravidão...
Q.17, alternativas:
I. C. Ele é preso pq defendia o governo jacobino e, quando os girondinos chegam ao
poder, acham que Napoleão está ligado aos interesses jacobinos. Na verdade ele estava
defendendo os interesses do exército como instituição.
II. E. Ela não “cria uma nobreza hereditária”, tampouco resgata antigos privilégios.
III. E. O direito de GREVE está errado, ele não é permitido.
IV. C. Ocorre principalmente após a concordata com o Vaticano.
Q.18, alternativas:
I. C. Desconsidera nações, pois resgatam o direito divino dos reis: a Polônia acaba, por
ex.
II. E. O erro está na “Europa OCIDENTAL”! A Rússia quer chegar às águas quentes.
III. C. Tem-se a restauração européia e o princípio da legitimidade. É a vontade de Deus.
IV. C. É, efetivamente, sob a autoridade do rei da Áustria.
Q.19, alternativas:
I. E. Não são reformas econômicas: não pensa em inevitável reforma econômica, mas em
reformas políticas.
II. ANULADO. Não dá p/ afirmar que a Doutrina Monroe não tinha nenhum valor efetivo,
afinal, é uma retórica política. Na prática, sem dúvida, a doutrina Monroe depende da marinha
britânica.
III. C. Existe uma crise, principalmente quando se trata da Inglaterra. Após as guerras
napoleônicas ocorrem crisem, que trazem crises sociais. A Inglaterra, após Aix La Chapelle,
abandona, por causa dos movimentos ludistas e operários – com o fantasma da revolução
social, os países se preocuparão muito mais com os problemas internos do que com os
problemas externos.
IV. ANULADO. A Inglaterra intervém INFORMALMENTE na independência grega.
Q.20, alternativas:
I. Seria filo-Jacobino. Os jacobinos conseguem a simpatia das populações fora da França.
II. CERTA.É o momento da Convenção nacional
III. Não é uma sociedade democrática. Não há democracia como herança da Revolução
Francesa – o período de maior democracia é um período de terror.
IV. Não é “nenhum benefício”. Eles foram beneficiados SIM – como a igualdade jurídica
obtida com a Declaração dos Direitos.
V. Não é alinhamento total – na 2ª Guerra da Independência os americanos queriam
mostrar que não queriam se submeter totalmente à Inglaterra. Os americanos queriam ter a
liberdade de comercializar, se quisessem, com a França.
Q.21, alternativas:
I. CERTA.
II. CERTA.
III. ERRADA. No momento em que Napoleão invade Portugal, as tropas dele apenas
passam pela Espanha, com o consentimento do rei Carlos IV e de seu ministro - Godoi.
Inclusive, eles eram aliados da França – Portugal tinha sido dividido entre França e Espanha. A
invasão é posterior.
IV. CERTA.
V. ERRADA. Luís XVIII é retirado, não renuncia. Tampouco há manutenção das conquistas
revolucionárias, pq o absolutismo é restaurado.
BAQO 10
A. Objetivos da metrópole na Colônia
Séc. XVI: objetivos da metrópole na colônia
Ocupação: cidades
Litoral
Cana de açúcar
Evitar estrangeiros no território: principalmente franceses – França Antártica em 1555.
[ocorre a União Ibérica]
Séc.XVII
Soberania:
Ingleses (Norte) [Belém, 1616]
Franceses (N) [Belém, 1616]
Espanhois (Sul) [fundação de Sacramento, 1680]
Holandeses (NE)
Restauração bragantina (1640):
Aproximação da Holanda (Tratado de Haia, 1661)
Aproximação com a Inglaterra, (Tratado de Methuen, 1703)
Séc. XVIII: ilustração
D. João V: tinha bastante $$ (o Brasil dava muito lucro à época)
Alexandre de Gusmão era o secretário particular do rei, e tratava das questões
relativas ao Brasil de 1730 a 1750. [casais açorianos foram ideia de Alex. Gusmão]
Tratava de assuntos relativos à Curia (religiosos) e à Colônia.
D. João V é substituído pelo filho (D. José I): quem governava, na prática, era o
Marquês de Pombal (1750-1777 – época pombalina).
- essa ilustração implicava dotar de maior racionalidade a administração colonial.
- a grande diferença entre D. João e o Marquês era a questão dos Tratados de limites:
GUSMÃO é o 1º estadista que ACEITA entregar Sacramento. POMBAL se recusa a
entregar Sacramento e, inclusive, fortifica a região, estabelecendo, em 1761, um Vice
Reino no RJ e, em 1763, estabelece o Rio de Janeiro como capital do Vice Reino.
B. Sociedade colonial
Pirâmide: 1. Colonizadores (no topo); 2. Colonos (senhores de escravos, de terras ou
de engenho) e 3. Colonizados (a base da pirâmide).
O fator de produção mais escasso é a mão de obra – os escravos (para ter terra, se vc
não era, originariamente, um donatário, era só tomar a terra sem dono!).
A sociedade é altamente hierarquizada sobre o monopólio: o colonizador tem
monopólio sobre o colono, o colono sobre os colonizador e os últimos sobre nada,
nem sobre a pp vida! Monopólio sobre mão de obra, sobre taxação fiscal (conflitos em
Minas Gerais), monopólio no comércio...A maneira como o monopólio era
estabelecido trazia conflitos.
MUITO mais revoltas de colonizados do que de colonos, mas a historiografia não fala
muito a respeito.
O que as brigas entre colonizadores e de colonos tentam evitar?? A participação dos
colonizados!
“A Moeda Colonial” VS. histórica econômica do Brasil (SIMONSEN)
A Moeda Colonial Histórica econômica do Brasil (SIMONSEN)
Ilmar, em “O Tempo Saquarema”.
Não tem metrópole se não existir colônia, e vice-versa. O elo da moeda colonial é o monopólio, que deve beneficiar ambos os grupos. O objetivo das elites conservadoras, seria recunhar a moeda colonial a partir de 1837 até a década de 60. Em termos econômicos, estavam satisfeitos, queriam, de um modo geral, algum grau de modificação no sistema colonial.
O Brasil teria vivido “Ciclos econômicos”. O que interessa à metrópole produzir para lucrar. Seria um pacto colonial onde produtos se sucederam. [para seus críticos, há um pacto colonial, a colônia não estava, apenas, interessada no lucro. Existiriam interesses na metrópole a na colônia, o que “dá liga” entre eles é o monopólio.]
A maior parte dos movimentos abaixo em vermelho não chegou sequer a conseguir
resultados.
SEDIÇÕES COLONIAIS
MOVIMENTOS “NATIVISTAS” (não é um nativismo propriamente dito. Na EXPULSÃO DOS
HOLANDESES os verdadeiros brasileiros unem-se para expulsar o invasor estrangeiro. A
historiografia do Império mitifica o elemento nativista)
1641: ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO DE SÁ (SP). Relações entre bandeirantes e
espanhóis. Paulistas resolvem aclamar um rei – Amador Bueno de Sá. Não ocorreu pq o pp
Amador saiu correndo e aceita a restauração bragantina. [antes: fim da União Ibérica,
restauração bragantina]. Mdo indígena.
1645-54: EXPULSÃO DOS HOLANDESES (Pernambuco). Ptgal já tinha dado o território
como perdido, quem expulsou os holandeses foram os pps colonos. Ocorre a participação
popular – de colonos e de colonizados (brancos, negros e índios).
1684: REVOLTA DE BECKMAN (Maranhão). Extração das drogas do Maranhão, era
utilizada mdo indígena. Revolta contra a disposição da coroa de não escravizar os índios. Cria-
se a Cia de Comércio do Maranhão, que teoricamente ia abastece-los de mdo, mas os escravos
africanos não chegam. Os Beckman assumem o domínio da província, mas não querem se
separar de Portugal. A questão é o monopólio da mdo.
1708-9: GUERRA DOS EMBOABAS (MG). Conflitos intra-coloniais. A coroa aparece para
restabelecer a autoridade dos emboabas. Paulistas x emboabas, a coroa portuguesa entra
quase no final, e a autoridade metropolitana é rstaurada.
1710-11: GUERRA DOS MASCATES (PE). Conflitos intra-coloniais. A coroa aparece para
restabelecer a autoridade dos mascates. Olinda e Recife.
1720: REVOLTA DE VILA RICA / FELIPE DOS SANTOS (MG). Levante com participação
popular. A repressão foi violentíssima.
MOVIMENTOS SEPARATISTAS
1789: INCONFIDÊNCIA MINEIRA (BAHIA)
1798: CONJURAÇÃO BAIANA / DOS ALFAIATES (MG)
1801: CONSPIRAÇÃO DOS SUASSUNAS (PERNAMBUCO)
1817: INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA / DOS PADRES (PERNAMBUCO)
1800: Azeredo Coutinho cria o seminário de Olinda, que tem consequencia em ambos
os movimentos pernambucanos
TRATADOS DE LIMITES
Utrecht:
De 1713: [Portugal estava do lado da Inglaterra – realismo: proteção em troca de
comércio. Espanha com a França. 1761 ocorre a assinatura do Pacto de Família.
Variável dinástica, idealismo]
- Franceses concordam com a fronteira do Rio Oiapoque para a Guiana Francesa
De 1715
- Devolução da colônia de Sacramento.
[vantagem CLARA da união Ptgal e Inglaterra. Balança geopolítica de poder: enquanto
a união de Ptgal à Inglaterra dava poder e popularidade a Ptgal, a da Espanha com a
França depreciava a Espanha, pq a Espanha tinha sido uma potência. D. João V era um
monarca poderosíssimo, enquanto a Espanha e a França estão envolvidas na guerra de
sucessão austríaca]
D.João V Fernando VI... Pobre!
$$$!!!
Era um rei estável (governava há uns 50
anos)
Tinha ACABADO de chegar ao trono
Percebe-se a possibilidade de uma guerra sistêmica entre a França e a Inglaterra. Déc:
1840: conflitos entre FR e ING na Índia, na África... A guerra ocorre em 1756-1763 (Guerra dos
Sete Anos), pela disputa da Prússia, o Pacto de Família é assinado nesse contexto. A Prússia
vence com a ajuda da Inglaterra (os inimigos da Prússia eram MUITOS, até por isso o rei da
Prússia fica conhecido como O GRANDE). É um momento extraordinário de tensão entre Ptgal
e Espanha.
Madri: 1750.
É um tratado compreensivo de fronteiras, baseado no princípio do UTI possidetis.
Aproveita-se que o rei da Espanha era casado com uma princesa portuguesa (Bárbara,
que morre em 1758).
Permuta da Colônia de Sacramento por Sete Povos das Missões
Aqui há vantagens portuguesas.
NÃO FOI DEMARCADO. Não era um tratado provisório, though.
- Não foi demarcado pq não há a entrega dos Sete Povos das Missões, devido às
Guerras guaraníticas. Marques de Pombal aproveita e não entrega Sacramento.
Sacramento será posteriormente invadido, em 1762, mas em 1763 ocorre o fim da
Guerra dos Sete Anos e Ptgal, do lado dos vencedores, recebe Sacramento de volta!
-1761: Pombal ANULA Madri pelo Tratado de El Pardo.
[Entre 1750-1777: época de Pombal. A situação de força, no período, é portuguesa. Razão pela
qual Pombal quis anular o Tratado de Madri.]
Santo Ildefonso: 1777
Primazia militar dos espanhóis: em 1776 criam o vice-reino do Prata.
1776-77: espanhóis conquistam RS, 7 povos das Missões, Ilha de Santa Catarina. [nesse
momento, é o momento em que D. Maria, a piedosa (ainda não era nem viradeira nem
louca) sobe ao trono, é um momento de instabilidade]. Ela é obrigada a aceitar o
tratado.
É um tratado PROVISÓRIO, que precisaria ser demarcado. NÃO FOI DEMARCADO.
Comissões de Demarcação foram enviadas mas elas não se entendem.
O Tratado de Badajoz não tem preâmbulo, só fala de VÁRIOS tratados que são
anulados.
PERÍODO JOANINO
Intervencionismo
1809: invasão de Caiena (até 1817)
1811 – 1813: Intervenção na Banda Oriental. [A partir de 1814, há maior autonomia da
Coroa Portuguesa no RJ, e essa autonomia comanda a invasão de 1816. Até 1814, a
Inglaterra dava proteção a Portugal contra Napoleão. Depois de 1814, ele está preso
em Elba, não tem de quem proteger e, por isso, Ptgal fica mais livre]
1816-21: incorpora como Província Cisplatina.
É uma continuação clara da geopolítica portuguesa na América. Essa dinâmica não se
modificará até o período regencial.
Q.15, alternativas:
I. C. Filipe Camarão (indio) e Henrique Dias (negro) André Vidal de Negreiros (branco)
II. C.
III. E. Há um declínio relativo pq vc só lucra se tiver monopólio. Quando os holandeses vão
para as Antilhas, há quebra do monopólio.
IV. E. é apenas no século seguinte (existe a guerra dos mascates), mas não com ideias
iluministas
Q.16, alternativas:
V. E. Estrativismo, drogas do sertão.
VI. E. Controlaram S. Luis por quase 1 ano
VII. E. Ainda existia produção de algodão, foi muito posterior.
VIII. C.
Q.17, alternativas:
I. E. Na guerra dos emboabas não há violenta repressão. Está errado pelo “tal qual”.
II. E. Não é um movimento iluminista ainda.
III. E. Contou com a arraia miúda. Não se tornaria comum.
IV. E. Base da inconfidência mineira: iluminismo. Isso NÃO está presente na revolta da vila
rica.
Q.18, alternativas:
I. C. A guerra de sucessao espanhola faz com que os franceses dominem o trono
espanhol. Os ingleses entram do lado dos habsburgos.
II. E. “completamente desfavorável” está ERRADO!
III. E. É o 2º Tratado! O de 1815...
IV. E. Um tratado de Utrecht é no Norte e o outro é no SUL – solucionado na República
por arbitragem em 1900 – o advogado brasileiro foi o Barão e o árbitro o Rei da Suíça,
favorável ao Brasil. A arbitragem de Palmas é em 1895 – Hoover e Rio Branco. A única
arbitragem ruim para o Brasil: 1830 com a Guiana Inglesa.
Q.19, alternativas:
I. E. Não há consenso historiográfico sobre N-A-D-A!!
II. C. Com a morte da rainha o príncipe regente D. João, que já estava governando há 20
anos, passa a governar, não faz muita diferença. Casamento com a princesa Leopoldina,
congresso de Viena e poder. Uma aliança entre o Império Portugues e o Império Austríaco era
muito favorável para Portugal.
III. C. Strangford foi convidado a se retirar. Houve agravamento das tensões.
IV. C. “devolução dos países”: D. João só topa devolver Caiena. Sacramento fica. A
ocupação de Sacramento começa em 1816 e, portanto, dps do Congresso. EM VIENA ele se
compromete a devolver TODOS os territórios e, à época, tratava-se, apenas, de Caiena.
Q.20, alternativas:
I. .
II. .
III. CERTA.
IV. .
V. .
Q.21, alternativas:
I. O quadro era favorável na América. Na Europa era restauração e Congresso de Viena
II. Exagerado.
III. Não. Quem bancava era a marinha inglesa
IV. O padrinho da independência brasileira era George Cunning. Cobrou honorários de
acordo.
V. CERTO. (1) indenização de 1,5 milhões de libras para o Estado ptgues e 600 para a
família real; (2) D. João e D. Pedro seriam imperadores do BR; (3) Ptgal permanece com as
nossas antigas colônias na África; (4) concessão de que a independência brasileira tinha sido
concedida por liberalidade de D. João. O negociador brasileiro que assinpu por D. Pedro foi
João Felisberto de Caldeira e, pela Inglaterra, Charles Stuart.
BAQO 11
O nacionalismo, como uma identidade, não existia antes da Revolução Francesa. A identidade
nacional é algo excludente: ou vc se sente como parte de uma nação, ou não – não há meio
termo.
Séc.XIX: surgimento do Estado burguês. O Estado gasta dinheiro para vincular o povo a
determinada cultura, língua, etc.
AS CONSEQUÊNCIAS POLÍTICAS DO NACIONALISMO EUROPEU NAS ZONAS PERIFÉRICAS
É necessário ao Estado construir essa identidade nacional, “ciumenta” e excludente, pq fica
claro para os Estados europeus que o nacionalismo é o modo mais barato de se convencer
alguém a morrer. O indivíduo morria pq ele era súdito do Rei, tinha celebrado um contrato
social com ele. No caso do nacionalismo, o indivíduo morre pela pátria – o elemento militar é
fundamental. Chega um momento em que qualquer um pode ser alistado, não apenas os
aristocratas lutarão e mandarão os pobres na frente para morrer. O nacionalismo tbm se
expande devido ao cenário cultural – o romantismo acaba com a razão do iluminismo, já que
nada faz menos sentido do que morrer pela ideia de “pátria”.
Sociedades de identidade homogênea: Japão e China [embora não existisse um
nacionalismo europeu, havia claramente uma identidade que determinava de onde o indivíduo
era]
Nesses casos, o nacionalismo se aplica devido à resistência ao imperialismo. São
distintas formas de resistência ao nacionalismo.
Sociedades de identidades não consolidadas ou heterogêneas: EUA [vazio
demográfico], Rússia, Império Otomano, Índia [É uma exceção: marajás, chefes soberanos,
aceitavam a soberania dos ingleses. A Índia viveu uma certa tolerância devido à pluralidade de
entidades soberanas – Marajás – sob a hegemonia britânica].
Nesse caso, ocorre a homogeneização forçada
JAPÃO:
Para sobrevivência política, era necessário ocidentalizar (modernizar) parcialmente a
sociedade, como método de resistência ao imperialismo.
Economia
Finanças
Sistema educacional (em menos de 20 anos, o sistema educacional deixa de se
direcionar apenas para samurais e passa a valer para TODOS os japoneses)
Forças armadas (antes: shogun)
- o colapso do shogunato começa em 1853, com o Comodoro Perry, que abre o Japão.
A legitimidade do Shogun não era religiosa (quem tinha religiosidade era o Imperador),
mas militar. Ocorre um fortalecimento do Imperador. A Revolução MEIJI, no final da
década de 1860 é um processo de centralização política que favorece o
desenvolvimento econômico japonês. É chamada de Revolução pelo alto (ou Via
Prussiana – modernização SEM revolução).
O xintoísmo foi instrumentalizado como uma religião institucionalizada do Estado. Ele
é sistematizado pelo Estado.
Consequências geopolíticas:
Na virada do século, o Japão torna-se uma potência imperialista: A Inglaterra investe
na modernização do Japão, preocupada com o principal inimigo que a Inglaterra tem
no séc.XIX: a Rússia. O principal medo da Inglaterra é que a Rússia obtenha saída para
o mar. Para isso tem 2 opções: estreitos de Bósforo e Dardanellos OU saída pelo
Pacífico. Os ingleses não podem fazer muita coisa em relação à última possibilidade
pq, com a unificação alemã, a Inglaterra começa a ficar com medo. O que a Inglaterra
quer é manter seu PIB e, para manter o equilíbrio, precisa da Rússia. Na déc. de 1870,
que se segue à revolução Meiji, a Inglaterra deixa a Rússia ter acesso aos estreitos.
Para conter a Rússia na Ásia, a Inglaterra precisa do Japão. Ao financiar a
modernização do Estado japonês, eles têm um obstáculo que atrasa o expansionismo
russo – o Japão serviria para atrasar a Rússia. O Japão não apenas tornou-se um
obstáculo aos russos, mas torna-se, ele mesmo, uma potência imperialista.
1895: Guerra sino-japonesa, vencida pelo Japão.
1904-5: Guerra russo-japonesa. Só não acabaram com a marinha russa pq Teddy
Roosevelt interveio.
Sem a presença e a consultoria técnica inglesa, o Japão não teria virado a potência
naval que virou.
CHINA
Resistência profunda e violenta à ocidentalização. Quanto mais aprofundada é a sua
identidade, mais difícil é mudar. A resistência ocorre em 2 níveis:
Nível popular: revoltas xenófobas
i. Revolta dos Taiping (déc.1850’s)
ii. Revolta dos Boxers
São todos xenófobos. Não gostam dos estrangeiros e, tampouco, uns dos outros.
Porém, o único jeito de derrotar o outro é pedindo ajuda aos ocidentais. O kuomidang,
o PCC, são ocidentalizações, mas já é tarde demais.
Enfraquecimento progressivo do Estado Chinês com a crescente presença ocidental na China.
Nível da burocracia: o confucionismo, base ideológica da burocracia: os mandarins são
esses burocratas.
Consequências geopolíticas:
1848: Break-up chinês (após as 2 revoltas): Divisão da China em áreas de influência.
1900: open door policy
- 1911: República
- 1948: Revolução Chinesa
(hegemonia ocidental – o “Século da Vergonha”)
HOMOGENEIZAÇÃO FORÇADA – não raro, mediante GENOCÍDIO
EUA
Genocídio dos nativos
Incentivo à imigração
Consequências geopolíticas:
Marcha para o oeste. Além do genocídio, ocorre a expansão do capitalismo.
- industrialização desconcentrada
- bioceaneidade
i. Ásia (Pacífico)
ii. Am. Latina (Atlântico)
Negligência britânica em relação aos EUA. Os EUA declaram que, em relação à Europa,
serão isolacionistas – é o outro lado da Doutrina Monroe. A expansão dos americanos
aumentam o comércio britânico.
RÚSSIA
Russificação das populações não russas
Consequências geopolíticas:
Marcha para o leste
- conseqüências militares da expansão do nacionalismo russo:
Vigilância britânica em relação à Rússia. Os russos já são, praticamente, metade da
Europa! Quando a Rússia se expande na Ásia, isso dificulta o comércio inglês. Era um entrave
ao desenvolvimento ao capitalismo inglês. Por isso as GUERRAS contra a Rússia.
1. Pan-eslavismo: VS. Áustria / Vs. Alemanha
2. Ásia: Vs. Inglaterra / Vs. Japão
3. Balcãs: Vs. Otomano / Vs. Inglaterra / Vs. França
Em relação ao expansionismo russo, há uma vigilância britânica constante. Em relação ao
expansionismo americano, há uma negligência absoluta.
[GUERRAS entre o Império Otomano e a Rússia]
IMPÉRIO OTOMANO
Início do século XX: Genocídio dos armênios
Nacionalismo fragmentário (qq dissidência, os russos tentam aproveitar, e então
surgem os ingleses para evitar que os russos aproveitem a “deixa”) e resistente que se
dissemina no séc.XIX
1830: Grécia fica independente do Império otomano
1840: Egito fica independente
1850: Guerra da Crimeia
Q.15, alternativas:
I. ANULADA. A expressão “colônia” é complicada, pq a Cia. das Índias administrava a
Índia indiretamente.
II. .
III. E. A fragmentação apenas acontece no séc. XX.
IV. E. A construção do canal foi feita pelos FRANCESES, não pelos ingleses!
Q.16, alternativas:
I. E. o regime seria Aberto e liberal.
II. E. “colapso” é só com o kuomidang
III. E. não nasceu socialista, eles conflitaram com o kuomidang durante muito tempo.
IV. E. Mandarim é o burocrata da centralização do império, não é autônomo, não tem
NADA a ver com o marajá.
Q.17, alternativas:
I. E. Não renegou tudo o que era ocidental. Eles incorporam apenas o que interessa na
ocidentalização
II. C.
III. E. “Fim do shogunato”. Hé fortalecimento do poder do imperador, que, até lá, era só
decorativo
IV. C.
Q.18, alternativas:
I. C.
II. E.
III. E. O apoio russo foi A Constantinopla, estavam do lado dos otomanos, eles queria
conter a expansão egípcia.
IV. C. Havia cobiça franco-russa – a disputa RELIGIOSA era entre a Rússia e a França. A
Guerra da Crimeia tem origem religiosa. A Inglaterra entre por questões geopolíticas. A Áustria
fica neutra na guerra. Piemonte tbm entre, para tentar angariar território.
Q.19, alternativas:
I. C.
II. E. Capitalismo norte-americano é desconcentrado.
III. E. Em nenhum momento do século XIX podem ser considerados um Estado nação
coeso.
IV. C.
Q.20, alternativas: ANULADA
I. ANULADA.
II. E.
III. C. Em 1863, em plena guerra civil americana, o Ato de Emancipação abolia a
escravidão em alguns estados. Apenas com a 13ª (liberta os escravos) e a 14ª Emenda (fala que
os escravos podem ser eleitos, eleitores e que não pode haver discriminação, em termos
constitucionais). Entre 1865 e 77 há presença militar do norte no sul e, portanto, o norte
comanda a política. Em 1877 a eleição dos EUA empatou, e acaba a reconstrução. Um a um, os
Jim Crow Acts exclui a população negra, que, desde a sua origem, são inconstitucionais, e são
revogadas apenas na década de 1960. Na prática, portanto, não existe igualdade, mas
juridicamente sim.
IV. E.
V. C.
Q.21, alternativas: ANULADA
I. E.
II. C.
III. E.
IV. C.
V. C.
BAQO 12 – 29.09.2011
SEGUNDO REINADO (1840-1889)
1. POLÍTICA
Farroupilha, sabinada: cunho mais político / cabanagem e balaiagem: cunho mais social /
malês – revolta dos escravos.
Medo da elite brasileira: fragmentação do território brasileiro e haitianismo (medo de uma
revolta como a que ocorreu no Haiti).
CONSOLIDAÇÃO DO ESTADO
Regresso conservador
Criado o Colégio de D. Pedro II + IHGB
Golpe da Maioridade: Em 1838/39, 2 partidos (liberal e conservador) disputam o
poder, mas ambas querem a centralização. A estratégia é colocar na rua a campanha
pela maioridade. Em um primeiro momento os conservadores tentam opor-se, mas
não há o que fazer. Começa, com o golpe da maioridade, o 2º Reinado.
Reforma do Código de Processo Criminal
Restauração do Conselho de Estado.
Repressão das revoltas. [Farroupilha é reprimida, latifundiários tomam o poder no RS
até a proclamação da República. Depois tentam retomar o poder na Revolução
Federalista, no RS].
Parlamentarismo às avessas (1847): É criado o cargo de “Presidente do conselho de
ministros” – tem se o chamado “Parlamentarismo às avessas”. Livra-se dos áulicos e
passa a ter maior influência na política brasileira.
Revolução praieira. Dom Pedro intervém
Política da conciliação – a ideia não é a aliança entre liberais e conservadores, mas
fazer um ministério com os melhores, independente de serem liberais ou
conservadores. É essa a Ideia de Carneiro Leão.
1ª Lei dos Círculos (1855): estabelece o voto por “círculos” (distritos), para diminuir as
fraudes eleitorais. Proíbe que funcionários públicos participem das eleições, e
proporciona uma ampla renovação da Câmara (uns 56% são renovados). Ocorre um
renascer liberal, que formam a LIGA PROGRESSISTA em 1862. Em 1864 passam a ser o
Partido Progressista.
3º gabinete Zacarias:
Medidas:
- Abolição dos escravos da Nação
- apresenta projeto de abolição gradual da escravidão
- promove ampla reforma do exército e da esquadra brasileira.
Questão do Amazonas:
- pressões dos EUA
a. Anexações de territórios por decisões democráticas
b. Expansão territorial ilimitada
c. Oposição ao colonialismo europeu na América.
- e o Brasil?
a. Barganha nas questões de limites (ex: negocia com o Peru)
b. Mauá e a Companhia de Navegação e Comércio na Bahia Amazônica.
c. Abertura unilateral em 1866
A QUEDA do gabinete está relacionada à Guerra do Paraguai, pq Duque de Caxias
(conservador) entra em conflito com Zacarias. D. Pedro não decide e manda a decisão para
o Conselho de Estado, que escolhe Zacarias. Ele usa uma desculpa para renunciar, achando
que seria melhor sair do governo. Posteriormente, serão 10 anos de gabinetes
conservadores. A partir daí, Zacarias passa a fazer uma oposição ferrenha ao Império e
mmo ao projeto da lei do Ventre Livre, que ele próprio apoiou em seu início. Ele chegou a
publicar livros falando contra o poder moderador.
José Murilo de Carvalho: escreve artigo sobre reforma e republicanismo. [livros clássicos do
JMC: “Bestializados” e “formação das almas”. Tbm “Cidadania no Brasil”]
REFORMA / REPUBLICANISMO
Clube da Reforma: CPC e Senado Vitalício
Críticas: CPC / Senado vitalício
Manifesto: “Reforma ou Revolução”
Forma-se o novo Partido Liberal
Clube Radical
Reforma da polícia, da Guarda nacional e das eleições
Fim do conselho de Estado
O partido republicano teria abandonado TODA a agenda do Clube Radical, segundo
JMC. Para tentar atrair os latifundiários para o Partido, abandonam a agenda.
O objetivo do Partido é: República E Federalismo. Por isso a nossa 1ª República teria
abandonado completamente a sociedade.
2. ECONOMIA
A. Lei Eusébio de Queiroz
Leslie Bethel: a lei teria sido criada devido a pressões inglesas
Amado Cervo: a lei teria sido uma decisão soberana.
Conselho de Estado:
Concentrar forças no Prata (alguns navios ingleses estavam aprisionando escravos no nosso
litoral). O Brasil teria que parar de se preocupar com as questões do Atlântico e deslocar
navios para a bacia do Prata, e deixarmos de nos preocupar com a questão dos navios e do
tráfico.
Incentivo à imigração
Questão de segurança
haitianismo
Enfraquecimento dos homens de grosso trato (traficantes). LEMBRAR que, não
necessariamente, o fim do tráfico implicava no fim da escravidão – nos EUA existiam escravos
reprodutores.
B. COLÔNIAS DE PARCERIA
Latifundiário entra com a terra e as ferramentas. O imigrante entra com o trabalho.
Isso será um GRANDE fracasso. Pq?
i. Muitos imigrantes conviverão com os escravos nas fazendas, e são tratados como tal.
ii. Os imigrantes chegam endividados, e a dívida só aumenta
Os imigrantes fazer uma revolta: REVOLTA DE IBICABA.
Ocorre a intervenção do Império. Estabelecem o período de 05 anos para o contrato
de parcerias. Proíbem o endividamento do imigrante, para que ele não ficasse preso à terra
indeterminadamente. A imigração só será bem-sucedida com uma maior intervenção do
Estado, que ficou conhecida como COLONATO.
No COLONATO, o Estado brasileiro, em 1870, começa a pagar as passagens, para branquear a
população. Esse migrante será, necessariamente, assalariado, e, além disso, receberá uma
participação dos lucros. Esse projeto ocorre durante o Gabinete Rio Branco.
Contexto: na Europa, era a época de unificação na Europa, revolução médico-sanitária que
implica no aumento da população na Europa. A Lei Saraiva legaliza o voto do imigrante, do
não-católico e do negro liberto.
3. LEI DE TERRAS
Para ter terras, é necessário ter título – ou seja, precisa ter $$. Essa Lei evita que
migrantes e negros libertos tivessem acesso à terra, e permite a existência de latifundiários.
4. SURTO INDUSTRIAL ou ERA MAUÁ
FATORES:
Era do Capital inglesa. [a Inglaterra investe bastante no Brasil devido à estabilidade do país,
os outros países da América Latina estavam muito instáveis]
Auge do Café + Fim do tráfico negreiro Atlântico (o inter-provincial continuava existindo). O
dinheiro antes colocado no tráfico vai para o banco, e esse capital agora será liberado. Esse
capital será utilizado no surto industrial.
Protecionismo alfandegário (instituído pelo qüinqüênio liberal, com a Tarifa Alves Branco,
que aumenta a tarifa alfandegária para produtos, inclusive os ingleses – 1844. Muitos
relacionam essa lei com a Bill Aberdeen)
Interesses pessoais (Barão de Mauá, Irineu Evangelista de Souza). [mesmo a Inglaterra
sendo contrária ao Tráfico negreiro, algumas empresas inglesas investem em tráfico
negreiro.]
PORÉM....era só um surto! PQ?
“Fim do espírito de 1844”
- Tarifa Silva Ferraz (2ª metade déc.1850): anula a Tarifa Alves Branco. Fica muito difícil
concorrer com os produtos ingleses e os principais investidores, como Mauá, perderão
dinheiro.
5. MINERAÇÃO
Sugestão de livro: Geração de 1870 – Angela Alonso. Tem FILME do Barão de Maua!
Q.15, alternativas:
I. C.
II. E.
“pressões incisivas” NÃO!
III. E.
1º 10 e dps 12 membros. JMC critica essa visão, pois D.Pedro II não era obrigado a
consultar o Conselho de Estado.
IV. C.
Q.16, alternativas: .
I. E.
Estabelece a ideia de compra de terras – altera, não mantém!
II. E.
AC diz que não
III. E.
Não procurava atender aos desejos do adepto ao protecionismo.
IV. C.
Q.17, alternativas: .
I. E.
Regressados: negros livres que estavam no Brasil. Dps da revolta dos malês sua
presença foi impossibilitada no Brasil. Eles NÃO terão o apoio dos escravos. É a questão de
segurança, o medo de uma revolta de escravos.
II. C.
III. E. Eles se inserem na cultura local para ganhar mais $$.
IV. C.
Q.18, alternativas:
I. C. Sim, abandonando as questões sociais
II. E.
Também constava no programa liberal. Dps, o partido republicano abandona a ideia
até 1877, e o Partido liberal critica o projeto, principalmente quando é um projeto
conservador. Mas naquele momento os dois pensavam a mesma coisa.
III. C.
Existiam pequenos produtores e esses segmentos, já naquela época, pediam maior
participação política.
IV. E.
Não foi desde a formação
Q.19, alternativas:
I. ANULADA.
O CESPE não anularia. Existe um erro: é o Colégio DE D. Pedro II.
II. C.
III. C. Já na déc.1830 existe o movimento abolicionista. O mais importante para nós,
contudo, é após a Guerra do Paraguai.
IV. C.
O Conde acreditava que, entre os brancos, os portugueses eram inferiores. O país,
portanto, tendia ao fracasso! A miscigenação causaria improdutividade.
Q.20, alternativas:
I. CERTA.
II. ERRADA.
III. ERRADA. Não há estreitos laços com o romantismo europeu nesse momento histórico
IV. ERRADA.
V. ERRADA. Com o IHGB, essas obras passam a ser mais conhecidas, portanto na
déc.1870 é mais conhecida do que no início.
Q.21, alternativas:
I. .
II. .
III. .
IV. ERRADA. É em 1855, e não no gabinete Rio Branco.
V.
BAQO 13 – 06.10.2011: as contradições da Era do K
1848-1871: PRIMAVERA DOS POVOS (Revolução com ampla participação popular, com
levantes populares radicais que geraram deflagrações absolutas em diversos países, tanto em
Roma, com a expulsão do Papa, na França, na Inglaterra...É uma mobilização popular
mantendo a tradição da revolução de 1789, com ideais burgueses. Essa participação popular é
vista, pela burguesia, de uma maneira ambígua, pq, em muitos casos, saem do controle da
burguesia que, apesar de precisar da ajuda do povo, começa a perceber que o povo, sozinho,
pode ser até mais forte que a burguesia e perigoso para a pp burguesia. Essa ambigüidade
burguesa em relação à população é chamada de “CISÃO DO TERCEIRO ESTADO”. Com o
surgimento do Proletariado, não dá mais para fazer a revolução nos moldes jacobinos, pois
isso pode querer dizer sacrificar mais do que apenas o antigo regime absolutista)
A partir de então, termina a Era das Revoluções (o 3º Estado x o 1º e o 2º. A partir de 1848, a
burguesia estará de um lado e o proletariado estará em outro). Marx explica com a dialética do
Hegel, falando que a ascensão da burguesia favorece o surgimento de uma classe social que
contesta a hegemonia burguesa.
Tratam-se de levantes efêmeros (em alguns casos, duraram meses – Metternich é expulso da
Áustria e volta em poucos meses, a 2ª República Francesa durou, aoenas, de 48 a 51.) que
trazem reações conservadoras.
Na Itália (1860) e na Alemanha (1871), surgem regimes monárquicos, MAS com Constituiçã,
voto censitário (elementos liberais) – as reivindicações burguesas foram colocadas em moldes
monárquicos. Em 1871 o rei alemão é coroado Kaiser em Versalhes. A burguesia transforma-se
em reacionária, há uma acomodação conservadora da burguesia, moderada, que não precisa
mais dos revolucionários.
A partir de 1848, tem-se a cisão do Terceiro Estado. Marx publica o Manifesto Comunista – 1ª
linha: “Um espectro ronda a Europa. O espectro do comunismo”. A burguesia consegue chegar
ao poder com tranqüilidade e paz, sem jacobinização, sem guerra, pq a burguesia precisa fazer
o que mais gosta de fazer, que é ganhar dinheiro.
I. CARACTERIZAÇÃO POLÍTICA
Incorporação gradual da agenda “democratizante” burguesa ainda que sob estruturas
conservadoras.
Fim da “Era das Revoluções”.
Acomodação burguesa renega o modelo revolucionário jacobino
II. CARACTERIZAÇÃO ECONÔMICA (HBSBW chama de Era do Capital)
A doutrina liberal se torna hegemônica
Primeiro na Inglaterra e dps no plano internacional. Antes disso, a Inglaterra expandia-se
com base no mercantilismo. O liberalismo inglês é uma invenção de Adam Smith que só é
aplicada em termos políticos com Corben e Peel, quando o governo inglês adota uma
agenda de liberalismo político, com as”Corn Laws”, que abandonam, pela 1ª vez, as
vantagens tarifárias dos cereais provenientes das colônias inglesas. A partir daí, esses
territórios não têm mais vantagem. Marx diz que, até 184, quem governava a Inglaterra
eram os indivíduos que tinham poder devido ao sistema mercantil. Depois, quem passa a
ter poder é o industrial e a burguesia. Para o industrial, o que dá $$ é a mais valia
proveniente de seu trabalhador – maximizar a minha mais valia significa vender mais caro
os meus produtos. Para aumentar minha mais valia, posso diminuir os salários, MAS não
posso pagar ao meu assalariado menos do que o nível de subsistência. Por isso, não é
conveniente, para a burguesia, que o preço mínimo para sustentar o empregado suba. Por
isso, é favorável que os preços primários que serão comprados do restante do mundo
sejam os MAIS BAiXOS POSSÍVEL. Os ingleses começam a exportar liberalismo para o
mundo inteiro, a partir de 1840.
Concentração de capital (excedente de capital, que precisa ser investido em algum
lugar. Onde? Não na Inglaterra, pq já tem muuuita ferrovia por lá. Fazer uma ferrovia em locais
não explorados pode trazer uma lucratividade mais alta, MAS o risco tbm. A diferença entre
investir na Inglaterra ou no Brasil é o Estado inglês: à medida em que a burguesia é acomodada
nas estruturas políticas, ela começa a forçar a barra para EXPORTAR O ESTADO: só terei o
máximo de lucro possível se eu tiver o Estado me protegendo)
Capitalismo monopolista
Aumento da produção e inovação tecnológica
As inovações estão principalmente dos EUA. Existem inovações em outros lugares (ind.
química na Alemanha), mas está palmente nos EUA.
As inovações tecnológicas levam a crises de superprodução.
Crises financeiras: 1873 e 1896
III. CONTRADIÇÕES
ECONÔMICAS
Maior pressão para ampliar o alcance do Estado. Isso ocorre tanto no plano interno
quanto no plano internacional. No plano interno, em termos econômicos, fica claro
que a Inglaterra é uma exceção entre os países que fizeram a Revolução Industrial, que
a fez praticamente sem a ajuda do Estado. A maior parte das inovações ocorreu sem o
auxílio, sem o $$ do Estado. A iniciativa privada controlava as iniciativas. Isso não
ocorre nesse período que tratamos.
EUA: Os EUA se industrializam com muito apoio do Estado, marcha para o oeste,
Hamilton publica o “relatório sobre as manufaturas”, cria o Banco dos EUA, ele é um
notório incentivador do Estado na industrialização do BRasil. O norte é incentivador do
protecionismo, o sul defendia o livre-cambusmo e, na guerra de secessão as medidas
protecionistas são exemplos da intervenção do Estado na industrialização.
ALEMANHA: via prussiana, modernização de cima para baixo
JAPÃO: participação do Estado no desenvolvimento.
EM SUMA: o Estado está presente e, sem Estado, não há 2ª Revolução (o custo da 2ª
Revolução industrial pé MUITO mais do que para a 1ª, afinal é MUITO maiis caro fazer
siderúrgicas do que fábricas têxteis).
Há uma pressão para a minimização de riscos e presença do Estado (chama-se
“Imperialismo”, no plano internacional)
SÓCIO-CULTURAL
Questão democratizante: reformas ampliam a participação política, votos,
parlamentos...Mais gente é incorporada (é o momento da IGUALDADE, da Revolução
Francesa). A igualdade significa progressiva incorporação política de novos setores
sociais. Essa igualdade vem acompanhada ao desenvolvimento nas ciências humanas,
que justificam o RACISMO pq, para esses indivíduos, existe uma clara superioridade do
homem branco, legitimada cientificamente. Essa IGUALDADE legitimaria o
expansionismo imperialista. INCONGRUÊNCIA: simultaneamente eu falo da
necessidade de democratizar e trazer mais gente para o jogo político e tbm legitimo as
ideologias racistas.
O imperialismo serve de válvula de escape social – as pessoas iam lutar outras guerras,
saiam da Europa e iam lutar na África, na Ásia... Os fluxos migratórios no final do
séc.XIX e começo do séc.XX são imensos. Não era somente um fluxo de capitais, mas
tbm de pessoas.
IV. EXEMPLOS de contradições
1. EUA:
Tinham uma Constituição liberal (1787) – que permitia a escravidão: FEDERALISMO (o
Estado seria autônomo para decidir se quer ou não ter escravidão). A Constituição
permitia que os brancos votassem mais ou menos por escravo (para estabelecer o
número de deputados, etc, vc determina a quantidade de pessoas na população. Os
sulistas argumentavam que, como uma grande parte da população era escrava,
estabeleceu-se a cláusula dos “3/5”: cada escravo conta como se fossem 3.).
Dec. 1830: Reformas Jacksonianas (Andrew Jackson foi presidente dos EUA de 1829-
1837). Ele é considerado populista, amplia o direito de voto. É um momento de uma
agenda expansionista na política externa: durante os momento em que vc aumenta os
direitos de voto...
...ocorre, na déc.1840, o genocídio dos nativos, com a marcha para o oeste (Gon-Polk –
1945-49)
Déc. 1850: tensões entre o norte e o sul
Déc.1860: protecionismo + liberalismo político
2. FRANÇA
2 Revoluções:
1830: revolução burguesa – MONARQUIA DE JULHO
1848: 2ª República – até 1852 (II Império francês). Tem-se sufrágio universal. A França,
em 1848, era um país majoritariamente rural e, qdo vc dá sufrágio universal, o
camponês vota em quem o padre fala pq ele votar. Com ampliação do voto na França
ocorre um fortalecimento de um grupo conservador e religioso, os ULTRAMONTANOS,
que têm grande impacto na política externa francesa, que buscava prestígio
internacional – 3 exemplos: (i) Guerra da Crimeia; (ii) presença de Napoleão no México,
queriam um monarca Habsburgo no México; (iii) Itália, eram contra o Garibaldi,
defenderam o papa, expulsado por Garibaldi.
Tbm na França,
3. ITÁLIA
Monarquia constitucional
Questão romana.
Abandono / atraso do sul da Itália
4. ALEMANHA
A unificação dá-se com uma monarquia constitucional
Toma da França a Alsácia e da Lorena, e faz-se um plebiscito para perguntar se eles
querem ser alemães
Ampliam o sufrágio, ocorre o crescimento do partido socialista, que são importantes
para Bismarck conter os ultramontanos
1871-1890: Kulturkampf: homogeneização , prussianização da Alemanha, um processo
que NÃO deu certo, ocorre a resistência, principalmente do setor Católico. Ele tenta
limitar o tamanho da influência do clero, tentando fazer com que as pessoas provem
que são, primeiro, alemãs e, só depois, padres. Isso fez com que o clero alemão fosse
extremamente competente.
5. BRASIL
“Não há nada mais saquarema do que um Luzia no poder” (déc.1840)
1870: (não há NADA mais progressista do que o Visconde do Rio Branco) Reformas
liberais sob o partido conservador (incorporação gradual da agenda democratizante burguesa,
ainda que sob estruturas conservadoras)
1855: Justiniano José da Rocha (“Ação, Reação, Transação”). A AÇÃO é a ideia de
LIBERDADE, a REAÇÃO é a ORDEM. Quando se luta demais, vc é levado à anarquia, e tem-se
uma força de reação... É um ciclo:
AÇÂO – liberdade/ ameaça
REAÇÂO – ordem / tirania
TRANSAÇÂO: tentativa de acomodação das ideias democráticas burguesas sem o
processo jacobinizado revolucionário.
Em 1855: Gabinete da Conciliação.
6. JAPÃO
Revolução Meiji (1868): Revolução centralizadora, estabelecimento de um Estado forte
1890: Constituição MEIJI, com medidas ocidentais (direito a voto, liberdade religiosa –
a religião oficial era o xintoísmo, mas o Estado previa a possibilidade de liberdade religiosa. O
problema é que o Imperador era uma divindade e, portanto, não poderia ser aplicada a
Constituição para um Católico, caso contrário seria preso....)
Entre 1873-1896: GRANDE CRISE: Era dos Impérios, até 1914
V. IMPERIALISMO
Relutância do Estado de proteger o Capital fora, pq isso não é liberal (existem, porém,
interferências francesas no Egito, com o canal de Suez, na Argélia, da Inglaterra na India...).
Esse imperialismo é um que, primeiro, vai o capital [ERA DO CAPITAL] e, depois, vai o
Exército (o Estado vai para proteger o capital) [ERA DOS IMPÉRIOS, ATÉ 1914].
Q.15, alternativas:
I. E.
não foram alijados, e não necessariamente inaugurou regimes liberais burgueses
II. E.
III. C.
IV. .
Q.16 alternativas:
I. C.
Os republicanos conseguem eleger Lincoln só com o norte e o oeste
II. C.
Da guerra de secessão até a 2ª GM só dois presidentes democratas; Cleeveland e Roosevelt.
III. E.
A conquista do pacífico é em 48 e a guera civil ocorreu 20 anos depois
IV. E.
Não é pleno apoio, mas negligência
Q.17, alternativas:
I. C.
II. E.
Shogunato não é centralizado.
III. E.
Nagazaki, feitoria dos holandeses, que permite o comércio 1 vez por ano. O fechamento
econômico não era absoluto. Pós Tokugawa, a primazia era dos americanos, e antes, os
portugueses.
IV. C.
Q.18, alternativas:
I. E.
Não tem sucesso marcante
II. E.
Não é Luis Felipe, era Luis Bonaparte
III. C.
IV. .
Q.19, alternativas:
I. C.
II. .
A partir da 2ª, EUA e Japão entra, a primz
III. E.
NÃO desestimulava a circulação de pessoas. O capitalismo que limita a circulação de pessoas é
o do século XX (passaporte, visto...).
IV. E.
As teorias cientificistas não eram NADA igualitárias
Q.20, alternativas:
I. C.
II. ERRADA.
Não passou nem uma década para os ex-inimigos fazerem as pazes
III. C. Guerra franco-prussiana e guerra das seis semanas (contra a Áustria)
IV. C.
V. C.
Q.21, alternativas:
I. C.
II. C.
III. C.
IV. ERRADA. A Italia alinha-se com a Alemanha.
V. C. Há territórios que falam italiano na Suíça, na Croácia (Itália irridenta - ?)
O Reio da Italia é criado em 1861. O plebiscito é em junho de 1946, revoga a monarquia da
Itália.
BAQO 14 – 13.10.2011
(ver o artigo do qual ele falou)
A. Cronologia Tradicional
1889 – 1902: ANTES
1902 – 1912: BARÃO
1912 – 1930: DEPOIS (medievalização, é um período que ninguém estuda)
B. Diretrizes da PEB no Governo Provisório
Maior ênfase ao americanismo (Americanismo de tipo urbano, que não se restringe
aos EUA, mas se estabelece em uma perspectiva de toda a América)
Republicanização da PEB
Clodoaldo Bueno fala em kantiana – repúblicas não fazem guerras entre si.
C. 1ª Conferência Interamericana (1889-1890)
Quintino Bocaiúva: “Dar espírito Monroísta às diretrizes do Império”
Arbitragem; os EUA querem formar um tribunal arbitral permanente e irrecorrível,
com sede em Washington, para solucionar os conflitos no continente. O BR aceita o
princípio da arbitragem (uma modificação das diretrizes do Império), mas não
concorda com a permanência do tribunal. O BR fica entre Buenos Aires e Washington,
e aceita o princípio arbitral sem endossar o tribunal permanente.
D. RELAÇÕES BR-ARGENTINA
Relações tensas, que quase levaram à guerra.
Uma das razões era comercial. MAS o problema principal com os Argentinos tinha a
ver com a questão das fronteiras entre ARG e PAR, que tinham sido o foco da discórdia
na déc.70.
Questões lindeiras com a ARG: em setembro de 1889 o Império decide dar um prazo
de 03 meses para o solucionamento da questão. Caso contrário, a questão será levada
à arbitragem. A questão não foi solucionada pq, 2 meses dps, proclama-se a República.
Logo depois, o chanceler, Quintino Bocaiúva, visita o Prata.
Em 1890, na capital Uruguaia, Bocaiúva assina o Tratado de Montevideo, que cria um
sério problema para o BR. Nesse tratado, a zona meridional do país, no Rio Grande do
Sul, é dividida “salomonicamente”. Uma parte do território brasileiro ficaria meio
isolada do restante do Brasil, o que possibilitaria a separação do território. O tratado
foi acusado pela imprensa, pelos militares e por todos no Brasil.
O novo tratado não é ratificado: Barão de Lucena (latifundiário do nordeste) fica com
Deodoro até a sua renúncia. O Barão de Lucena forma um gabinete. Ele nomeia outros
latifundiários do nordeste para fundar um gabinete republicano – eles eram,
invariavelmente, monarquistas. Não representam a nova vinculação de poder
existente. O legislativo está muito mais preocupado em elaborar uma nova
Constituição.
1890: A questão é levada à arbitragem. O árbitro será o presidente dos EUA.
[de um modo geral, no Império, tudo é negociado bilateralmente. Do mesmo modo,
durante o período de Rio Branco. O período do qual tratamos é uma exceção, o “passo
fora da cadência]
E. RELAÇÕES BR-EUA
O BR NÃO assinava tratados comerciais (era uma tradição). Agora, isso muda, o BR
começa a assinar tratados com os mais fracos, para se proteger. 2 fases da política de tratados:
na 1ª, nos recusamos a assinar, por medo; na 2ª, assinamos tratados com os fracos, para não
sair perdendo.
1891: Assinatura do Tratado Blaine-Mendonça:
Era a ÚNICA maneira de o governo brasileiro tentar evitar as conseqüências da tarifa
Mc Kinley (um dos deputados republicanos mais importantes, que viria a ser
presidente dos EUA – o país que não fizesse acordo de reciprocidade com os EUA
estaria sujeito a tarifas protecionistas).
Abria-se o mercado americano para o AÇÚCAR brasileiro (tínhamos concorrentes, e
eles tinham vantagens tarifárias - CUBA). Logo dps os EUA assinam um tratado similar
com a Espanha, o que mantém as preferências tarifárias de Cuba, uma de suas
colônias. (o açúcar é extremamente importante para o Nordeste, o acordo serve aos
interesses de quem está no poder. Com a assinatura desse tratado a situação agrava-
se muito – a Constituição do Império obrigada a ratificação apenas em questões de
fronteiras, e começa uma briga sobre as prerrogativas da Assembleia Constituinte no
Congresso – aí começam as discussões a respeito da ratificação. Isso leva ao
fechamento do Congresso pelo Deodoro da Fonseca. Um outro país da América do Sul
teve situação parecida – precedente do Chile, BALMACEDA).
Precedente Balmaceda (EUA ficam do lado do Executivo, Deodoro sabe que precisa
ficar do lado dos americanos, caso haja uma Guerra Civil).
“Adoçar a boca do árbitro” (S. Topik)
(Embora denunciados por ambos os países em 1894, servem de precedente para o
adensamento das relações entre BR e EUA, que serão essenciais para o governo de
Deodoro, devido à Revolta da Armada – na qual houve intervenção estrangeira. Os
EUA enviarão a “esquadra Flint”, que, no final, não veio [a marinha brasileira revolta-
se, e, para controlar essa revolta, é necessário ter outra marinha.])
F. AS ARBITRAGENS
i. 1895
Contra os argentinos (Questão de Palmas). Os argentinos chamam de “Missões”.
Árbitro: presidente dos EUA (democrata).
Advogado: Rio Branco
ii. 1900
Contra a França (Questão do Amapá).
Árbitro: Presidente da Confederação Helvética
Advogado: Rio Branco
iii. 1904
Contra a Inglaterra (Questão Pirara).
Árbitro: rei da Itália
Advogado: Joaquim Nabuco
Rio Branco achava que arbitragens eram uma “questão de sorte”. Depois de 10 anos
desempregado, Joaquim Nabuco vai p/ a Inglaterra trabalhar como advogado do Brasil.
Em ambas as questões nas quais o BRB foi advogado, a questão era IDENTIFICAR
CORRETAMENTE O ACIDENTE GEOGRÁFICO DOS TRATADOS COLONIAIS. No caso da questão
de Palmas, Madri, 1750. No caso da questão do Amapá, o Tratado de Utrecht, de 1713
(identificar qual é o rio – “Rio IAPOC”). O BRB quer convencer o árbitro que o Rio é o
OIAPOQUE. O advogado quer convencer o árbitro que o Rio é o ARAGUARI (IAPOC significaria,
apenas, “água que corre para o mar”, portanto poderia ser QQ rio). Guess Who won??
Na questão do Pirara, o UTI possidetis brasileiro não era inequívoco. Nabuco precisará
usar um argumento jurídico, livro “Direito do Brasil”. Princípios do Inchoate (se o uti possidetis
não é inequívoco, pelo menos ele existe. Portugueses ocuparam a região, ainda que não o
façam no momento. Os ingleses apenas apareceram por lá em 1830). Os ingleses usam
argumentos humanitários, os brasileiros estariam escravizando índios, é a ápoca da Bill
Aberdeen. Watershed (compartilhamento das águas). Foi uma tentativa de argumentar que a
região tinha ocupação intermitente dos portugueses. Vitorio Emanuel achou que o melhor era
dividir o território – 60% para os ingleses, 40% para os brasileiros – as coordenadas geográficas
foram mais interessantes para os ingleses do que para o Brasil. Trata-se de uma discussão
jurídica – em 1894/5, esse argumento não estava na moda, devido à Conferência de Berlin
tinha decidido que, antes de começar a brigar, era necessário haver OCUPAÇÃO EFETIVA. Já
que ninguém tinha ocupação efetiva, Vitório Emanuel não concordou com os argumentos. Por
comparação, parece que Nabuco foi derrotado, mas, na verdade, ele não perdeu tanto assim,
apenas houve divisão do território.
G. A POLÍTICA EXTERNA DO BARÃO.
Americanismo pragmático
(a ideologia não está, necessariamente, dissociada do pragmatismo. O pragmático é utilitário).
O americanismo tem um fim utilitário:
i. Conter a rivalidade com a Argentina, com base na ALIANÇA NÃO ESCRITA (o BR apoiava
os EUA, os EUA apoiavam o BR). Ex:
Os ARG propõem a Doutrina Drago, e o BR cc EUA recusam-na (doutrina de caloteiros)
Serve para melhorar a imagem do BR depois da Proclamação da República. Logo
depois ocorre o Encilhamento. Floriano começa com a Revolta Federalista e a Revolta da
Armada, e precisou de ajuda dos EUA. A imagem do BR está péssima. Com Prudente de
Moraes, a situação piora – tentativa de assassinato.
ii. Diplomacia de Prestígio.
O BR abre a 1ª embaixada, em 1905, em Washington. Nabuco é o embaixador. 3 meses
depois, a legação do RJ dos EUA é elevada.
Em 1906, ocorre a 3ª Conferência Interamericana, presidida por Nabuco, no RJ. O BRB
fez o discurso de abertura, e falou da influência da Europa na América Latina, na
presença dos americanos (!). Esse discurso europeísta mostra os elementos pragmáticos
do Barão.
iii. Questão das fronteiras
Outro problema para a aplicação do americanismo. Essa questão demonstrava que FR,
ARG e ING já tinham solucionado. Qq negociação, agora, teria negociações favoráveis ao
BR. O BRB opta por negociar fronteiras por negociações bilaterais, já que, agora, os
países eram mais fracos. Só teríamos problemas se o país mais fraco unisse-se aos EUA.
A Questão do Acre foi um exemplo disso, por causa do Bolivian Syndicate. O BRB tentará
neutralizar a influência dos EUA dando $$ para eles e tirando os EUA da região. Em
questões de fronteiras, precisamos assegurar a NEUTRALIDADE dos EUA. MAS eles
tinham grande dificuldade em chegar lá.
Na negociação com a Bolívia, a questão foi séria. O presidente Pando mobilizou tropas,
e o governo brasileiro tbm. Só que a maior parte das nossas tropas estava no RS –ou
seja, mobilizamos tropas, mas elas demorarão horrores para chegar. Isso acelera o
processo de negociação. O problema da Bolívia: acesso ao mar. O BRB oferece à Bolívia
um pequeno território (no Mato Grosso) para obter acesso ao mar: acesso ao rio
Mamoré, perto do Madeira, faremos uma ferrovia, chega em Belém, vai pro mar – na
falta de tu, vai tu mesmo. Pando topa o território. Ocorreu uma permuta desigual, com
compensação financeira. Os EUA ficam neutros. Quem NÃO aceita essa solução é Rui
Barbosa, é completamente intransigente quanto à cessão de território.
iv. Desejo de evitar o Imperialismo europeu.
O BRB já tinha tido experiências radicais com o Imperialismo na época que exerceu seu
último posto na Europa (em Berlin).
- 1895: ingleses ocuparam Trindade (seria terra nullius)
- 1892: questão Drago
- 1905: caso Panther
Doutrina Monroe: em 1823 não tinha dentes. Agora: BIG STICK, os EUA tornaram-se
uma potência.
Cada elemento da política externa do BRB tem um elemento pragmático. Os EUA
seriam uma potência ao norte, o BR no sul.
BR x ARG em questão de imigração, questões comerciais, corrida naval (há um
rearmamento naval, feito a partir da 2ª metade da 1ª década de 1900, quando o BRB
encomenda os encouraçados – Dreadnauchts - da Inglaterra).
1910: o presidente era Nilo Peçanha – era o vice-presidente, pq o anterior morreu
(BRB) x Alcorta – dps da morte de Manuel Quintana, que, por sua vez, sucedeu Julio
Roca [era amigo de Campos Salles]. O chanceler argentino Zeballos - deu piti quando os
americanos deram o laudo).
Com a eleição de Roque Sanz Peña e Hermes da Fonseca, volta a haver um período de
aproximação entre BR e ARG.
1910; o rearmamento naval foi desmontado habilmente pelo BRB, o que não ocorreu
na déc.1920, quando houve o isolamento regional do BR, que foi acusado pelos ARG
de ser uma potência expansionista (ppalmente naval) – e convenceram os nossos
vizinhos. Isso devido a uma missão naval americana (tbm missão militar francesa). Dps
dos 14 pontos de Wilson e do fim da 1ª GM, o Brasil fez acordos secretos com EUA e
FR. 1928: Pacto Briand-Kellog proscreve a Guerra. Em 1922, na Conferencia Naval de
Washington, limita a tonelagem de navios de EUA, UK, Japão e França, além de aviões.
O BR renega os princípios de Washington e fala que isso não vale para a América
latina. Na Conferência Interamericana de Santiago, de 1923, o BR fica totalmente
isolado, o país seria um país expansionista e agressivo. Dps, com a confirmação de
contatos entre BR e FR/EUA para a compra de submarinos, isso queima ainda mais o
filme do BR.
Conferencias Interamericana: 1ª: 1889, Washington/ 2ª: Ciudad de Mexico, 1903/ 3ª:
RJ, 1906 / 4ª: Buenos Aires, 1910. (1ª Guerra Mundial) / 5ª: Santiago, 1923 / 6ª:
Havana, 1928 / 7ª: Montevideo, 1933 / 8ª: Lima, 1938 /9ª: Bogotá, 1948, onde foi
criada a OEA /10ª Caracas, 1952
42 (rompe relações com a Alemanha) e 47 (cria oTIAR), no RJ, são Conferências
especiais de ministros das RIs
Santiago, em 23, negocia a questão das arbitragens.
Pacto Gondra:
Q.15, alternativas:
I. C.
II. C.
III. C.
IV. E. Não tem nada de cordial na figura de Zebalos
Q.16, alternativas:
I. C.
II. C.
III. C.
IV. E. Não era de praxe, não tinha sido proposto.
Q.17, alternativas:
I. C. Das questões de arbitragem, essa é a mais séria.
II. C.
III. C.
IV. E.
Q.18, alternativas:
I. E. a formação político-intelectual à época era, efetivamente, semelhante – era
homogêneo. Foram SIM jornalistas, historiadores e parlamentares. Nabuco era liberal e o BRB
era conservador. O BRB defendia apenas discretamente a monarquia.
II. E.
III. E. O BRB discursa falando da Europa p/ sacanear Nabuco e os EUA.
IV. E. Nabuco morre em 1910, quando o BRB morre em 1912.
Q.19, alternativas:
I. C.
II. C. 1914 - Conferencia de Niagara Falls: precursora informal do que, no ano seguinte,
veio a chamar-se Pacto ABC (Argentina, Brasil e Chile), que só se estabeleceu em 1915. Os
países se articulam para fazer ingerências sobre o reatamento das relações diplomáticas entre
EUA e México (Francisco Madero, presidente do México, foi derrubado e assassinado pelo
general Huerta, e o governo dos EUA manda bombardear o Porto de Veracruz).
III. E . O rearmamento naval argentino é encomendado nos EUA, enquanto o BR se
rearma com a Inglaterra. Normalmente, o BR está do lado da Inglaterra e a ARG dos EUA,
exceto nessa questão.
IV. C.
Q.20, alternativas:
I. E.
II. E. Quem presidiu foi Nabuco. Além disso, NÃO tem tratado bilateral, pq a aliança á
NÃO ESCRITA.
III. E. O BR foi acossado na Conferencia de Santiago, em 1923. Na de 1910, o Uruguai
estava do lado do BRB, devido ao compartilhamento das águas do rio Jaguarão. Nesse
momento, o Uruguai está do nosso lado, o que não ocorre na década de 1920.
IV. C.
V. E. A de 42 é uma conferencia de ministros, não interamericana.
Q.21, alternativas:
I. E.não aceitou a troca de territorios
II. E. o governo boliviano já tinha reconhecido
III. C.
IV. E. houve mobilização militar de ambos os lados
V. E. houve divisão.
BAQO 15 – 20.10.2011
A China, no século XIX, é dividida em diversas áreas de influência
SOCIALISMO REAL NO SÉC. XX
ANTECEDENTES:
República Chinesa (1912)
[a reforma dos 100 dias foi feita, era modernizadora, mas não foi efetuada pela imperatriz,
mas por seu sobrinho. Ela, depois, deu um golpe]
[Senhores da Guerra: senhores feudais, fazem com que a China tornese anárquica. Na
tentativa de conseguir auxílio internacional contra os senhores da guerra, a China entra na 1ª
Guerra Mundial (em 1917), mas, nos Tratados de Paz de Paris, poucos são os resultados para a
China.]
Movimento 04 de maio: reação popular contra as poucas conquistas da China com os
Tratados de Paz, era um movimento que contestava a participação do governo naquelas
conferências e contra as potências mundiais e a relação delas com a China.
1ª Guerra Civil (1924 - 1927)
KMT + PCCH (consegue a adesão do grande operariado das cidades chineas) x “senhores”
Porém....
- Ocorre a morte de Sun Yat-Sem. Com a sua morte, ocorre um diálogo dentro do Kuomitang,
sobre se mantém-se a união com os comunas ou não. Chiang Kai-Chek discorda da união com
os comunistas.
- Tomada de Pequim pelos comunistas (pelo PCC, em 1926): movimento operário liderado pelo
PCC. Sun Yat-Sem comprova a sua tese, de que os comunistas não eram confiáveis.
2ª Guerra Civil (1927-1937)
KMT + “senhores” x PCCH
Destaques:
i. Repressão ao PCCH nas cidades
ii. Problema externos: o Japão ocupa a Manchúria, faz um protetorado, e coloca o último
imperador da China como chefe do executivo da Manchúria. O Japão alega, juridicamente,
que estão dando autonomia para a região da Manchúria. Ele será um fantoche, será
controlado pelo Japão. Nesse meio tempo, o KMT deixa a Manchúria de lado, e diz que os
inimigos são os comunistas.
iii. “Longa Marcha” (1934-1935): união entre PCC e campesinato é fortalecida E a figura
do Mao-Tsé Tung é fortalecida dentro do PCCH
2ª FRENTE NACIONAL ou FRENTE ÚNICA BEM CHINESA (1937-1946): O Japão passa a
fazer ataques sobre a China. Uma proposta do PCCH é fazer uma união com os senhores da
guerra e o KMT, o que ocorre a partir de 1937. O inimigo, agora, é o outro.
PCCH + KMT + “senhores” x Japão.
- O PCCH está se reestruturando.
- PCCH faz “guerra de guerrilhas”
- após as bombas atômicas, retirada do Japão.
Após a 2ª Guerra Mundial:
China na ONU, como membro do CS.
Tentativas de conciliação foram FRACASSADAS
3ª Guerra civil (1946-1949)
O KMT terá apoio e armas dos EUA. Mas o KMT, dividido internamente, retira-se para
Taiwan em 1949, assim como os investimentos capitalistas. Os americanos lideram um
bloqueio naval à China, alegadamente para evitar um possível ataque a Taiwan (TERMINA
APENAS NA DÉCADA DE 1960).
KMT – Taiwan x PCCH – Revolução.
PRIMEIROS PASSOS:
Depois da revolução, ocorre uma aproximação com o Partido Comunista da União
Soviética (PCUS). Eles não têm $$ para bancar a revolução chinesa, emprestarão $$ a juros de
mercado.
Lei da Reforma Agrária: cada família tem 0,4 hectares, e parte da produção fica no
mercado interno.
Faz reformas sociais (retificação da sociedade chinesa – por ex.: achavam que a
prostituição era uma questão do capitalismo, consumo do ópio)
Nacionalismo é incrementado durante a Guerra da Coreia (reafirma à China a opção de
Mao-Tsé Tung, dizendo que a China tinha DOIS inimigos: os EUA e o Japão).
1º PLANO QUINQUENAL (1953-1957)
Como?
Empréstimos soviéticos
Extrema exploração no CAMPO, é o trabalho do campo que financia o plano quinquenal.
Destaques:
Ind. de base
Energia + transporte
Devido à exploração no campo, há diversas críticas. Em um primeiro momento, ele tenta o
diálogo... Será o...
...MOVIMENTO DAS CEM FLORES (1956-57): Mao convida os intelectuais para o debate.
Porém...
Esse debate foge ao controle: há críticas ao comunismo, como sistema.
- greves nas cooperativas
- abandono de cooperativas
- Mao-Tsé fica MUITO fragilizado, pq há ataques a ele como líder
Ele faz uma CAMPANHA ANTIDIREITISTA
GRANDE SALTO PARA FRENTE (1958-1960)
Objetivo de Mao-Tsé; industrializar a China com indústrias de base, com ênfase na
siderurgia. A ideia é difundir o modelo de siderurgia para a China inteira.
Comunas Populares: o camponês volta a ser funcionário do Estado, recebendo um
salário fixo, o que desagrado os camponeses
Pequenas Siderúrgicas: (i) ao acabar com as cooperativas, ocorre uma desestabilização
do sistema, pq não há mais como explorar o campo, que não produz mais nenhum bem. Há
tbm uma questão climática, e a safra de 57/58 não dão certo; (ii) as siderúrgicas têm uma
qualidade péssima, pq os camponeses não têm qualificação para trabalhar na siderúrgica.
O Grande Salto para Frente é abandonado em 1960
Na política externa, a URSS nunca tratou a China como parceira, mas como satélite. MTT entra
em rota de conflito com a URSS, o que resulta no....
ROMPIMENTO SINO-SOVIÉTICO (1958-62)
Divergências entre URSS e China:
Questões econômicas:
- a China criticava a URSS pq cobrava mtos juros do $$ emprestado
- a URSS queria que a China tivesse indústrias de bens de consumo, pq eles já tinham
indústrias de base. Para MTT isso não era interessante.
Questões Ideológicas: centralização na China x URSS: Kruchev critica Stalin, a partir da
denúncia do acordo entre Stalin com Hitler, e o acordo incluiria comércio, bases do Tratado
de Rapallo, denuncia a repressão aos opositores, critica o culto ao líder...MTT diz que
Kruchev seria um revisionista – ele seria um vendido do CAPITALISMO, era uma crítica da
aproximação da URSS aos EUA.
Questão Nuclear: a URSS alega que não pode passar a tecnologia nuclear para a China pq
ela já estaria fazendo acordos com os EUA, e os chineses acham isso um absurdo.
Questões Lindeiras: a China tinha aceitado a República Popular da Mongólia. Quando
ocorrem conflitos entre China e Índia pela questão das fronteiras, a URSS fica do lado da
China...
[PS: no BR: PCB (Partido Comunista Brasileiro), e o PC do B, ligado à China, faz a Guerrilha do
Araguaia...]
MTT passa a ser uma figura simbólica, e fica pensando em um modo de voltar a centralizar o
poder em suas mãos. Isso ocorre com a....
REVOLUÇÃO PROLETÁRIA CULTURA (1966-1976)
MTT diz que quer fazer uma democracia direta – eu valorizo o trabalho manual/braçal.
Meus críticos, os burocratas, nunca araram a terra. Vou priorizar você, do campo. Vou criar as
“guardas vermelhas”, vcs irão fiscalizar a Revolução. No Livro Vermelho seria a solução para
todas as dúvidas dos campesinos.
Quando MTT morre, a Rev. Cultural perde força, volta ao poder a ala moderada do
PCCH, com Deng Xiaoping, que colocará na China o “Socialismo de Mercado”.
[Internacional Comunista, em relação ao PCCH, na déc.30: não acreditava que a China
conseguiria fazer uma Revolução. Eram favoráveis, no caso da China, a um governo de coalisão
nacional.]
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REVOLUÇÕES RUSSAS (1917) [Daniel Arão, autor BR indicado]
Foram duas revoluções: em Fevereiro e em Outubro
ANTECEDENTES
Czarismo: uma espécie de absolutismo. Nicolau II, auxiliar Rasputin. Há um anacronismo
político na Rússia. Nesse regime, de base rural, a oposição é clandestina.
Oposição clandestina.
- Grupos ligados à burguesia: kadetes
- o maior partido, do Socialismo Revolucionário, era forte no campo, herdeiros do
populismo russo. Acreditavam que a Rússia precisava ser governada por uma comuna rural.
- nas cidades, tem-se o Partido Social Democrata do Operariado Russo, e ele rompe quando
uma minoria, os MENCHEVIQUES, acredita que a Rússia precisaria, primeiro, passar por
uma Revolução burguesa para, apenas depois, passar por uma Revolução socialista.
- BOLQUEVIQUES, liderados por Lenin e Trotsky, acreditavam que era necessário fazer a
Revolução imediatamente, e que a revolução deveria ser mundial, não apenas russa.
- Mencheviques x Bolcheviques
- a população continua amando o Czar, que é o escolhido de Deus.
Guerra da Manchúria (Rússia x Japão): o Japão tem a 2ª Revolução Industrial (Era Meiji). A
partir do...
... Domingo Sangrento, inicia-se uma série de manifestações que leva à quase queda do
Czar. É um ensaio geral de 1905.
- o Czar legaliza os Partidos + Duma (parlamento) +legaliza tbm os soviets (conselhos
populares, em que o povo russo pode discutir questões polílicas, econômicas). Depois que
ele percebe que não vai cair, volta a ser centralizador e fecha td de novo.
PAN-ESLAVISMO
A Rússia entra na Tríplice Entente, e graças a um cara chamado Gravilov, que mata o
arquiduque Francisco Ferdinando, a T. Entente entra na 1ª Guerra Mundial. Entram em
guerra contra um dos exércitos mais fortes do mundo, o alemão.
Ocorre o CAOS:
i. Mortes
ii. Insurreições militares (tds sabem que eles não tem chances de derrotar o exército
alemão)
iii. econômico
Crise Política leva à QUEDA do CZAR. Ocorre a 1ª Revolução Russa, de fevereiro.
1ª REVOLUÇÃO RUSSA, REVOLUÇÃO DE FEVEREIRO:
Governo provisório (fev-out)
Ele é comandado pela Duma, que tem como maioria os kadetes e os mencheviques
Esse governo legaliza os partidos, dá liberdades individuais.
MAS: ele NÃO retira a Rússia da 1ª Guerra Mundial (acredita que conseguirá mais mercado
consumidor e matéria prima mais barata); consequentemente, NÃO melhora a economia;
NÃO faz a reforma agrária, que o povo russo tanto deseja.
O governo será MUITO bom para os bolcheviques: Lenin, Trotsky estavam no exílio. Quando
eles voltam, dizem que não têm nenhuma relação com o governo provisório, e que o povo
russo precisa de 3 coisas:
i. PÃO – solucionar o problema da fome
ii. PAZ – retirar da G.M
iii. TERRA – reforma agrária
Com os bolcheviques, “todo poder [será dado aos] aos soviets”
2ª REVOLUÇÃO RUSSA, REVOLUÇÃO DE OUTUBRO:
O 1º líder será Lenin
Governo Lenin: 1917-1924
Retira a Rússia da Guerra (Acordo Brest-Litowski)
Não paga a dívida externa, seria uma dívida herdada do Czar. Ele mata TODA a família do
Czar.
Faz a reforma Agrária
Guerra Civil (1918-1921)
- Brancos (têm apoio estrangeiro) x Vermelhos, os bolcheviques (têm o Estado – confiscos,
mta miséria, tds iguais na pobreza – o “comunismo de guerra”)
- A Ucrânia faz parte da URSS. Na Ucrânia, o Exército preto (anarquistas). Vermelho + preto
gera VITÓRIA. Os bolcheviques VENCEM. VITÓRIA.
- Adoção da ANEP: capitalismo (agora já é URSS) + comunismo. Ocorre uma recuperação da
economia. Lenin morre e, após sua morte, ocorre uma corrida para virar líder
Stalin (em NENHUM momento ele nega a Revolução Mundial, apenas acha que precisa,
primeiro, fazer a Revolução na URSS. Tinha MUITO carisma, conquista Roosevelt. Stalin
NUNCA saiu do Império russo, mesmo no momento mais feroz de repressão, enquanto
Trotsky foi para o exterior. Além disso, Trotsky era judeu, e o anti-semitismo por lá era
complicado) x Trotsky (não tinha carisma).
STALINISMO (1924-1953)
Autoritarismo - centralização do poder (que já começara com Lenin)
Repressão (Gulags – “arquipélago Gulag”)
Planos Quinquenais: o Estado diz o que / quanto e como produzir.
GOSPLAN: órgão do governo coloca metas muito altas. Muitos trabalhadores levavam
essas metas a sério (Stankov foi um cara que bateu TODAS as metas).
“Stankmanovismo”: exploração da mão de obra da população
Coletivização forçada foi o grande calcanhar de Aquiles dos planos qüinqüenais.
Q.15, alternativas:
I. C. Se ele quer se aproximar do PCC faz medidas para o proletariado
II. E. Não ocorre essa associação na 1ª Guerra Civil
III. C. É a Frente Única bem chinesa.
IV. E. Tratado Naval de Washington, 22, regulava a tonelagem de navios de guerra. A
Alemanha está FORA desse acordo, e nesse acordo eles falam de uma autonomia da China,
que é reafirmada posteriormente.
Q16, alternativas:
I. C. Se eles estão juntos, parte do exército do PCC será incorporado ao exército da
China.
II. E. A grande questão da Revolução chinesa é uma aliança do PCC com o campesinato.
III. E. Os soviets NÃO mandaram armas, a URSS está em processo de reconstrução,
tampouco existiu neutralidade americana durante o conflito.
IV. C.
Q17, alternativas:
I. E. Se dependesse dos investimentos soviéticos, o plano seria fraquíssimo. Tampouco
há fim do bloqueio naval.
II. C. retomada da aliança PCC + URSS.
III. E. Não ocorre a exclusão inicial dos capitalistas. Tampouco o movimento das 100 flores
(movimento democrático) tem como conseqüência a Revolução Cultural (centralização de
poder nas mãos do Mao).
IV. C.
Q18, alternativas:
I. C. A população russa revolta-se, o Czar manda matar td mundo, perde a legitimidade,
o que quase leva à sua queda.
II. C.
III. C. [texto do Amado Cervo, no livro do S. Saraiva; ressalta que, após o final da guerra
civil com a ANEP, diferencia-se a 3ª Internacional do Estado russo]
IV. E. Não há eliminação da ppdade privada e livre comércio. O resto está certo
Q19, alternativas: ANULADA
I. E. A coletivização forçada não foi amplamente aceita pelo campesinato.
II. C.
III. E. O stankanovismo NÃO é essa repressão.
IV. C.
Q.20 alternativas:
I. E. Não é o início da penetração, as ideias comunistas começam com o marximo na
Europa ocidental, e depois chegam no oriente.
II. CERTA.
III. E.
IV. E.
V. E.
Q21, alternativas:
I. E. Ucrânia e Bielorrúsia são repúblicas soviéticas. Lembrar do exército preto, da
Ucrânia, que fez a revolução junto com Lênin
II. CERTA. Com base nos acordos secretos, negociados por Krushev, na década de 1950
III. E. A invasão da Polônia ocorre 7 meses depois do Pacto Ribentrop-molotov (não é
“logo depois”). A Áustria NÃO existia como um Estado autônomo, tem-se o 3º Reich.
IV. E. Não há governo democrático na Itália!! Os fascistas estavam lá.
V. E.
BAQO 16 – 27.10.2011
Constituição de 1937 (modelo autoritário, intervencionista. Acaba com os
governadores dos estados)
Não previa vice-presidente (conselho da República fazia o papel do presidente, em sua
ausência)
Previa congresso nacional (não esteve em funcionamento de 1937 a 45)
1938: decreto proibia a organização de partidos políticos (provoca controvérsias com a
Alemanha nazista, contrário ao fechamento do partido nazista do Brasil. Leva tbm a
uma controvérsia notória entre o governo e a Ação Integralista Brasileira, que tenta
derrubar Vargas, e não consegue).
Anos 40: à medida que o governo perde poder, dá indícios de abertura.
1945:
Eleições gerais para presidente, convocadas para o final do ano e retorno da legalidade
dos partidos políticos:
UDN (oposição liberal do Vargas) PSD (partido da situação. Era muito mais forte nos estados)
Oposição liberal e urbana ao regime Institucionalização partidária dos interventores e da burocracia do estado-novo
Os partidos devem ser NACIONAIS: não quer partido estadual, como na República
Velha. Para ser considerado partido, é necessário ter representação em, pelo menos, 5
estados do país
Durante a campanha eleitoral, surge o “queremismo”.
1945: Dutra é eleito.
1946
GOVERNO DUTRA (1946-51)
Na Constituição, o mandato presidencial de 5 anos e legislativo de 4 anos. As eleições
de 1950 são as únicas eleições na qual o presidente consegue influenciar a escolha do
legislativo (apenas ocorreriam concomitantemente a cada 20 anos, e, em 1970, já tínhamos
ditadura...).
1946: Eleição para um congresso constituinte: o PTB surge a partir do movimento
queremista.
i. PTB: 9%
ii. UDN: 28%
iii. PSD: + de 52% - Dutra era do PSD
Mesmo que Dutra não tivesse o apoio de nenhum dos outros partidos, conseguiria
aprovar qq coisa.
PCB foi cassado pelo TSE - Dutra cassou o 4º maior partido da Câmara dos Deputados –
o Partido Comunista. Usam o anti-comunismo, não seria um partido “nacional”, cf. o
espírito da lei, mas respondem à Internacional Comunista.
O que fazer com os deputados do PC que foram eleitos? O Congresso decide cassar o
mandato dos parlamentares comunistas.
[Na prova: quando se ala de Política externa, damos primazia ao Executivo, pq é assim que
funciona... Papel de partidos políticos na elaboração da política externa pode ser um
diferencial.]
O PC foi cassado, o PTB tem menos de 10% - dois partidos progressistas. Os dois
partidos que sobram são partidos conservadores. A política externa é, portanto,
conservadora. Sua política era liberal, alinhada aos EUA. A representação do
legislativo reforça e vai de encontro às políticas do Executivo, que não ocorreu em
outros governos. Executivo e Legislativo estão, nesse caso, “remando para o mesmo
lado”.
GOVERNO VARGAS (1951-54)
1950: ELEIÇÕES. PTB: 16%; PSP: 7% = + 20% VS. UDN: Banda de Musica (oposição).
[Jânio Quadros e Collor caíram pq não tinham bases sólidas, não tinham maioria no
Congresso.... ]. O PSD é ESSENCIAL à governabilidade (37% do Congresso Nacional), só ficará ao
lado do governo se tiver cargos. O PTB, partido do presidente da República, tem 1 (um)
ministério – do Trabalho, o PSD tinha 5 (de 11) ministérios (Fazenda, Agricultura, Relações
Exteriores...). Vargas não faz o que quer, mas o que pode, pq ele depende do PSD, e, sem
governabilidade, ele vai cair, o que efetivamente acontece.
A oposição ao governo Vargas coloca-se contra ele inclusive quando seu governo é
liberal.
PSD: candidato – Cristiano Machado – cristianizar é um candidato abandonado pelo
próprio partido...
CAFÉ FILHO (1 ano e meio do governo)
Governa com bases semelhantes das que haviam no governo GV.
As eleições são em out.1954 – a coisa mais significativa para os resultados dessas
eleições é a morte de Vargas. As eleições mantiveram quase inalterado o quadro partidário
no Congresso Nacional.
1954: ascensão modesta do PTB (ganha 2 deputados). O PSP vai de 6,5 para 10%.
Não teve apoio do PTB e do PSD. A UDN apóia. A base do governo é a UDN, com 23%
dos deputados, o que não é suficiente para dar quórum. Relações Exteriores: ministro Raul
Fernandes, política conservadora, liberal, de alinhamento com os EUA.
Se vc não tem apoio do Congresso, vc CAI. Em 1955, com a Novembrada, o Min. Da
Guerra, Lotte, derruba Carlos Luz, presidente interino, que estava substituindo Café Filho,
afastado por motivo de doença. Para essa intervenção militar, há uma legitimação do
Congresso ao afastamento de Carlos Luz e café Filho. Se ele tivesse maioria, o Congresso não
teria apoiado – relevância notória, legitimar o afastamento do presidente da República, como
farão em 61, para evitar uma guerra civil no país, qdo sugerem uma emenda. Em 1964, há
apoio ao golpe militar, assumida pelo presidente do Congresso, Ranieri Mazzili. O golpe militar
tem componente civil, por isso a historiografia fala de “golpe civis e militares”.
GOVERNO JK
Tem situação diferente da do Vargas. JK é do PSD. Tem-se, pela 1ª vez de modo formal
na história do Brasil, uma aliança do PSD com o PTB. Para topa a aliança, o PTB pede a vice-
presidência, para a qual é indicado Jango. Para a maior parte dos pessebistas, Jango era
praticamente inaceitável, mas, como a aliança era necessária, foi preciso engolir. Em uma
aliança, tem-se um poder de barganha desproporcional.... No governo JK, o PTB fica com os
ministérios do Trabalho e da Agricultura.
O BR era, na década de 50, um país rural. A base eleitoral do PTB estava nas cidades
(operários). A base da UDN tbm estava nas cidades. A base do PSD estava no campo. Mesmo
assim, o PTB fica com os ministérios do trabalho e da Agricultura pq estava pensando no futuro
(dps vêm as ligas camponesas...). Como o presidente é do PSD, consegue abafar as
reivindicações sobre reforma agrária.
Em 1963, no governo Jango, haverá política de direitos trabalhistas para os
camponeses.
A aliança entre PSD e PTB é difícil. Sob a perspectiva ideológica, a aliança óbvia seria
PSD + UDN, os dois conservadores, contra um partido progressista, o PTB. Sob a perspectiva
geográfica, PTB+UDN, partidos urbanos, contra o PSD, um partido majoritariamente rural.
Nenhuma das duas alianças ocorreu. A aliança que ocorreu foi entre PTB+PSD, irracional sob a
perspectiva ideológica e geográfica: o que a explica é a história: os partidos foram fundados
pelo mesmo pai: GV – pai dos pobres e dos ricos.
1962 - Plano de Metas: desenvolvimento e industrialização – promovidos pela “ala
moça”, o grupo mais jovens dos deputados do PSD, defendem o desenvolvimentismo e a
aliança com o PTB, ainda que não tivessem o apoio de toda a bancada do PSD. O partido vai se
enfraquecer, o governo consegue industrializar um país e, na déc.1960, tornou-se um país
majoritariamente urbano. Em 1962, temos o PSD com 30% do eleitorado e o PTB tbm! Não é
mais uma aliança assimétrica, agora quem é o presidente da República é o João Goulart: o
Executivo do PTB.
O PTB começa a defender uma agenda mais radical, começa a falar em Reforma
Agrária, com amplas chances de conseguir viabilizá-la. O PSD fica PUTO, há um conflito aberto.
UDN – musical q banda de música. O grupo “bossa nova” da UDN é a ala que apóia o
governo, e é desenvolvimentista.
Nas eleições de 1962, o PTB tem 29% do eleitorado (ganhou 20%). O PSD tem 30%
(perdeu 22%). O governo JK é contra os pps interesses do partido.
Em 1964, temos um golpe militar, com alteração radical do Congresso Militar. Ocorrem
sucessivos expurgos no Congresso – enfraquece o PTB.
1965: AI-2: bipartidarismo.
AI-4: Aliança Renovadora Nacional (ARENA) tem, aproximadamente, 65% e o MDB
(34%). Boa parte do PTB foi para o MDB, mas tbm tinha um pessoal do PSD.
Dez.1968: derrota do governo no caso Márcio Moreira Alves. Para os militares, a elite
civil e a ARENA serviam para assinar embaixo do que eles queriam. Quando a ARENA recusa
aceitar, os militares fecham o Congresso. No final de 1969, o Congresso volta, para ratificar a
eleição do Médici – mantém o padrão das decisões autoritárias do Exército, que, contudo,
buscam legitimidade por parte do Congresso. [eleição do Geisel, UIysses Guimarães é
candidato da oposição].
Sistema de eleição: não era necessária uma intervenção dirata nas eleições – as
pessoas elegiam o legislativo, que não tinha muita importância. Os cargos no Executivo não
eram preenchidos por intermédio das eleições, apenas os prefeitos de cidadezinhas pequenas.
Os militares queriam ter a imagem de normalidade, afinal, estávamos dentro do sistema
capitalista. Eles tbm eram favoráveis às regras e, portanto, não fazia sentido, simplesmente,
fraudar as eleições..
PS: O Congresso será novamente fechado com o Pacote de abril, em 1977, por 14 dias.
Depois da derrota eleitoral da ARENA em 74, Geisel quer que isso não ocorra em 1978.
São criados os SENADORES BIONICOS: eram eleitos pelas assembléias legislativas estaduais
1979: retorno ao pluripartidarismo
Déc.1980: reorganização da maior parte dos partidos políticos brasileiros
1984: não aprovação da Emenda Dante de Oliveira
1985: Eleição indireta, feita pelo Congresso, de Tancredo Neves (PMDB, herdeiro
direto do MDB. À exceção do PT e do PFL, os partidos são herdeiros. A ARENA virou PDS, e
ainda tinha maioria no Congresso – MAS não havia um partido coeso. Há uma cisão do PDS:
Maluf e Andreazza. Maluf suborna todos o do PDS. Quando Paulo Maluf é eleito, o pessoal se
divide, e alguns passam a apoiar Tancredo. Tancredo aceita que Sarney (faz parte da Frente
Liberal, não tem partido) seja seu vice. MAS Tancredo MORRE. PS: Sarney: apoiou TODOS os
governos do Executivo brasileiro, exceto dois: João Goulart e Fernando Collor de Melo. Ambos
caíram. Coincidência?? Ele SABE que, para governar, é necessário ter maioria no Congresso. Ele
precisa, portanto, de base de apoio – o PMDB.
Plano Cruzado: em 84 a mobilização popular foi contra o governo e, em 86, a
mobilização foi favorável ao governo. O PMDB consegue TODOS os governadores do Brasil,
exceto 1.
“a Década de 1986-1994”: Década de hegemonia do PMDB.
Em 1994: Plano Real.
1995-2003: hegemonia do PSDB
2003-2011: hegemonia do PT
Q15, alternativas:
I. Errado.
II. Errado. Não podia ter certeza da maioria pq, qd foi eleito, não tinha congresso.
Tampouco foi a mma eleição – em 45 elege-se o presidente e, depois, parlamentares.
III. Certo.
IV. Certo. Dutra foi eleito em 45, dentro dos marcos de 1937. A Constituição de 46 prevê
vice-presidente – o vice de Dutra, eleito em 46, era i interventor catarinense, durante o Estado
novo: Nereu Ramos.
Q16, alternativas:
I. Errado. Deputados classistas são da Constituição de 34
II. Errado. Não tem NEM maioria folgada, nem a oposição tem escassa representatividade
III. Errado. O PTB tinha UM ministério só.
IV. Errado. Não é SEMPRE, em determinado momento apoiaram a criação da Petrobrás...
Q17, alternativas:
I. Errado. Não há homogeneidade, por conta da Ala Moça. O grupo majoritário não era a
favor do desenvolvimentismo, eram mais preocupados com coisas relacionadas com os
estados.
II. Certo. Vitória monumental do PTB, que sai de menos de 20% para 30.
III. Certo.
IV. Certo.
Q18, alternativas:
I. Certo.
II. Errado. “Meados”: o governo efetivamente ganhou a maioria, por intervenções
discricionárias do Executivo no Legislativo, por intermédio de expurgos. Não foi por eleições.
III. Certo. No início – eleições de 62: resultado foi crescimento monumental do PTB, que
fortalece o governo – Jango, PTB
IV. Certo.
Q19, alternativas:
I. Errado. O Congress foi fechado no pacote de abril em 77
II. Errado.
III. Errado. Não era crescente, mas decrescente
IV. Errado. Senadores biônicos NÃO foram eleitos diretamente pelo voto popular, mas
indiretamente.
Q20, alternativas:
I. Errado. Não manteve autoriarismo (em 1985, foi aprovada a emenda 25 à Constituição
de 69, o “emendão”, um pacote de medidas democratizantes, como a intenção do Executivo
nos sindicatos, reata relações com Cuba e permite o retorno dos Partidos Comunistas – PCB e
PC do B)
II. CORRETO.
III. Errado. Ulisses Guimarães.
IV. Errado. Não arrefeceu completamente
V. Errado. O PT consegue se viabilizar eletoralmente
Q21, alternativas:
VI. Certo.
VII. Certo.
VIII. Certo.
IX. ERRADO. Não. O PT surge do movimento sindical e de intelectuais da USP. Isso tbm
vale para o PFL, dissidência do PDS.
X. Certo.
BAQO 17- 03.11.2011 (base: 4 primeiros capítulos da Era das Revoluções)
A POLISSEMIA DO LIBERALISMO: o liberalismo tem DOIS âmbitos, o político e o
econômico.
O liberalismo Frances, da fisiocracia, concertava-se na riqueza proveniente da terra, e
concentrava-se na liberdade de comércio. A escola clássica escocesa de Adam Smtih dá
ênfase mais na liberdade de iniciativa do que na liberdade de comércio – ela é, apenas,
fundamental se o indivíduo for um produtor de uma gradne zona agrária, ele defendia, até, a
intervenção do Estado na economia em alguns cassos. A inovação tecnológica, para ee, era
MUITO importante.
No Brasil, o liberalismo chega muito cedo, e a ideologia liberal deveria ter servido para
contestar o mercantilismo. O Visconde de Cairu (José da Silva Lisboa) defende a monarquia
absolutista – é liberal economicamente falando MAS, sob a perspectiva política, não era
NADA liberal.
Ricupero diz que, APENAS de 1808 a 1810, fomos verdadeiramente liberais, pq NÃO havia
adoção de medidas discriminatórias em relação aos países [artigo]. Depois de 1810 as
vantagens são da Inglaterra.
Abertura dos portos a “Nações amigas”: potencialmente, QUALQUER país com relações com
Portugal, NÃO É apenas a Inglaterra – os EUA, por exemplo, vem p/ cá.
Na prova, em 80% dos casos, quando se fala em “liberalismo” estamos falando em
liberalismo econômico. MAS é possível que esteja falando em liberalismo político, ATENÇÃO.
Liberalismo...
1. Político: na Europa e nos EUA, o liberalismo político é muito mais destacado do que o
liberalismo econômico – aumentar os direitos políticos, na maior parte das vezes vai,
inclusivamente, defender a intervenção do Estado na economia.
Constituição
Direitos Fundamentais
Contratualismo
Governo representativo
Eleições
i. 1º momento: Revolução inglesa (1640-1688) - ÁPICE
ii. 2º momento: Revolução Francesa (1789-99) [iluministas: Montesquieu, Rousseau,
Locke] . Na Inglaterra não há grandes transformações políticas, mas SIM econômicas.
iii. 3º momento: Revoluções de 1830, 1848 [liberais: John Stuart Mill etc]
- Inglaterra: Cartismo (ampliação da representatividade eleitoral – maximização da
participação popular). Apesar de terem sido reprimidos, eles conseguem
implementar 6 dos 7 pontos, até 3 décadas depois (salários para deputados, eleições
periódicas, votos censitários...O ÚNICO ponto não implementado seria a eleição
anual do Parlamento).
- EUA: reformas jacksonianas (ampliação da representatividade eleitoral)
2. Econômico
Livre iniciativa
Limitada Intervenção estatal
Livre-cambismo
Progresso e inovação tecnologia
A Revolução Industrial não se traduz na aplicação do liberalismo econômico como a
Revolução Francesa transformou-se na aplicação do liberalismo político. A Rev. Industrial
culminou em um processo longo: o liberalismo de Adam Smith não tem aplicação no
momento, a burguesia inglesa tem terras, há representatividade no Parlamento de pessoas
que mercantilizaram a terra, que tornaram a terra uma mercadoria e, ao contrário do resto da
Europa, a Inglaterra criou o mercado fundiário nos séc.XVII.
Durante a 1ª Revolução Industrial há, portanto, um conflito no Parlamento entre a
BLACK England (representantes da Indústria) e a GREEN England (representantes da
aristocracia fundiária. Debate entre livre cambismo e protecionismo: o protecionismo é
defendido pela GREEN England – normalmente, a indústria seria protecionista, mas eles não
têm concorrente, querem diminuir o preço dos bens agrários para pagar menores salários aos
seus trabalhadores, para aumentar a mais-valia. O Liberalismo leva à revogação das Leis dos
Cereais. A Inglaterra não está criando mercado consumidor, o mercado para têxteis (roupas) já
existe! Apenas na 2ª Revolução Industrial, assim como a 3ª, cria-se um mercado de consumo
que não existia antes (tecnologia – carros: cria-se uma nova demanda, há necessidade de
criação de estradas... O carro cria a demanda). A Inglaterra passa a proteger EM MASSA algo
que TODO O MUNDO consome (colher, garfo). Na França, com o Colbertismo, as coisas eram
feitas para a ELITE, as roupas/perucas/cadeiras do Luís XVI eram CARAS e feitas por artesãos.
Hobsbawm: capacidade tecnológica e investimentos no setor cervejeiro da
Bélgica/Gales. Não é uma necessidade global, e, apesar do refinamento da tecnologia, não
teve impacto global.
1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Segundo Hobsbawm, NÃO foi exclusivamente inglesa: há nichos industrializados em
outras regiões da Europa.
Os ingleses produziram para as massas e, ao fazê-lo, tornam a Revolução global.
A Inglaterra NÃO proíbe a circulação de ideias, de tecnologia. Mesmo usando a
máquina, porém, não era possível saber como ela funcionava – alguns dos princípios dessas
máquinas são explicados pelos cientistas apenas 50 anos depois. Como, então, pegar essa
tecnologia e exportá-la? A DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO INDUSTRIAL OCORRE POIS A
INGLATERRA EXPORTA TÉCNICOS E TECNOLOGIA. Mito: a 1ª Revolução Industrial NÃO É fruto
da inovação tecnológica – as técnicas são feitas sem NENHUMA base científica. O empiricismo
não estava na educação – apenas as universidades escocesas.
A educação superior seria avessa à educação – com exceção da Escócia, faz com que a
Revolução industrial tenha uma tecnologia advinda de um conhecimento empiricista.
No antigo regime continental europeu proibia-se a circulação de ideias... O iluminismo
francês é debatedor, o inglês é solucionador de problemas. Quem vai para as universidades é a
burguesia, NÃO a aristocracia.
Em um determinado momento, seria inevitável ter uma crise econômica, pq a
acumulação de capital é MUITO grande. Na Inglaterra, a alta inflacionária acaba com o valor.
MARX: em O Capital, diz que um dos diferenciais da Inglaterra foi não gastar o dinheiro
que tinha. Eles tampouco tinham ONDE gastar, pq a produção era, efetivamente, para as
MASSAS – o que um burguês ia comprar, 1.000 colheres?? Onde eles gastarão dinheiro??...
...NAS FERROVIAS. O setor financeiro é fundamental para viabilizar esses
investimentos. Segundo HBWN, as ferrovias eram um investimento ruim, pq o retorno era a
MUITO longo prazo. Elas absorvem uma quantidade gigantesca de investimentos, pq são
CARAS, mas estão na moda. Apesar de serem muito caras, elas se universalizam MUITO rápido.
Última vez que FR x INGL, disputando hegemonia econômica; Guerras Napoleônicas...
GUERRAS NAPOLEÔNICAS (1799-1815)
1º momento: Internacional
Disputa pela hegemonia político-econômica no continente.
Napoleão faz o BLOQUEIO CONTINENTAL – modelo mercantil, do séc.XVII/XVIII: é um
exemplo do estabelecimento da hegemonia francesa que, inclusive, beneficiou algumas áreas
da Europa, aquelas que já estavam industrializadas e, com o bloqueio continental, deixam de
concorrer com a Inglaterra (é a “lei Alves branco avant a l´être”). O Bloqueio terá apoio de
regiões como a Saxônia, já com indústrias ativas.
Liberdade dos mares: Quando os americanos reclamam que um navio deles foi preso,
Napoleão desculpa-se. Quando eles falam isso pq a Inglaterra, eles falam “so sorry,
estamos em guerra”. Os EUA declaram guerra à Inglaterra em 1811, dura até 1814 (seria a
2ª Guerra de Independência, indiretamente apoiando Napoleão).
Os indivíduos das camadas médias eram simpáticos a Napoleão. Essas pessoas apóiam
intelectualmente Napoleão, mas esse apoio não serve para NADA durante a guerra.
Em terra, a Grande Armée é imbatível, o que tem relação com a Revolução Industrial.
O alistamento em massa criado pelos jacobinos transforma TODA a população da
França em militar em potencial, o que não era uma possibilidade p/ a galera do Antigo
Regime, pq, se vc dá armas para a população, ela te tira do poder.
Embora haja exércitos tecnicamente muito melhor nos outros países europeus, a
quantidade de pessoas lutando pelo exército de Napoleão era MUITO melhor.
Ademais, os franceses eram MUITO empolgados, lutavam pela pátria
(NACIONALISMO), enquanto a galera dos outros países lutavam pelo Rei. Além disso, o
exército napoleônico luta contra TODO mundo, enquanto o pessoal dos outros países
lutam de 3 em 3 anos – contra os franceses. Para ser um soldado, nesse contexto, a
galera precisa atirar – a preparação não era muito duradoura. No caso da marinha, a
coisa não é bem assim, é necessária MUITA preparação. Os oficiais da marinha
francesa, da aristocracia, foram, em grande parte, guilhotinados. Por isso Napoleão
perde no mar e, em geral, não perde na terra.
Na marinha, a França perde grande número de oficiais aristocratas, coisa que NÃO
aconteceu na Inglaterra. Conhecimento técnico é essencial para a marinha, não
adianta jogar a galera lá.
Napoleão força alianças. Em vários momentos durante o período das guerras
napoleônicas Napoleão alia-se às potências que irão tirá-lo do poder depois.
Não interessava aos Estados europeus a existência de territórios minúsculos na
Europa. O fim do SIRG tem impacto em termos de restauração: A restauração é um novo
equilíbrio de poder e um novo mapa da Europa.
Sociedades Secretas espalham-se da França para várias regiões (os intelectuais
favoráveis a Napoleão não podiam publicar livros para dizer isso, senão seriam presos – nos
regimes monárquicos). Das sociedades secretas saem obras sobre Liberalismo e Nacionalismo.
Essas sociedades terão influência em
i. 1820 (os levantes fracassem, pq foram reprimidos pela Santa Aliança). Apenas a
Independência grega teve sucesso, colaborou para a fragmentação da Santa Aliança.
ii. 1830: início dos regimes burgueses
iii. 1848 (Primavera dos Povos).
Déc.1830: democratização nos EUA (reformas jacksonianas, ampliação dos direitos de
voto). Inglaterra (cartismo, que, apesar de derrotado politicamente, incorporam a agenda do
cartismo posteriormente), França (Luís Felipe, o Rei burguês – monarquia constitucional).
2º momento: NACIONALISMO (em termos estéticos: romantismo, visão ideologizada do
passado)
A burguesia abandona o projeto internacional e adota uma postura nacionalista, a
partir de 1815 (derrota de Napoleão).
Os socialistas passam a ter um projeto internacional. Na década de 1820/30, o que
existe é o socialismo utópico.
Socialismo Utópico: renega o capitalismo MAS tem uma matriz iluminista MAIS do que
uma matriz romântica. O iluminista é otimista, e=olha para o futuro, para o progresso,
enquanto o romântico é pessimista, olha para trás. Eles eram EVOLUCIONISTAS e acreditavam
em uma transição para o socialismo que se daria pacificamente através de um exemplo (eu
darei um exemplo e a burguesia verá que o socialismo está a favor de TODAS as classes, não
apenas de uma). Socialistas utópicos famosos: Conde de Saint Simon faz uma igreja, ele era
descendente de Carlos Magno, era riquíssimo. Robert Owen faz uma fábrica como uma
comunidade, que faliu. Furrier – falastério. Kibutz em Israel é uma sociedade utópica do tipo
socialista que desejava dar exemplo. Ferrian Society é outro exemplo.
Socialismo Científico: Para MARX, só se chega ao socialismo por intermédio da luta de
classes, e o proletariado do mundo inteiro deve se unir – processo de internacionalização do
proletariado.
Socialismo Utópico x Socialismo Científico
Q15, alternativas:
I. C.
II. E.
III. C.
IV. E.
Q16, alternativas:
I. E. A Revolução Industrial foi quase espontânea, empírica, não tinha embasamento
técnico
II. C. Os primeiros são a burguesia industrial. Green England x Black England.
III. E.
IV. C.
Q17, alternativas:
I. E. Os EUA entraram em uma guerra com a França
II. C.
III. C. Dependendo do incentivo, a preparação de um soldado pode ser imediata – se
alguém estiver invadindo...
IV. C.
Q18, alternativas:
I. C. País multisoberano: mais de um chefe de Estado. Atualmente, Andorra tem 2 chefes
de Estado: o Bispo e o Presidente da França. MAS no SIRG existiam várias rugosidades desse
tipo – não significa que acabou, mas diminui imensamente.
II. C.
III. C. Fica com, praticamente, todas as colônias francesas
IV. E. A Louisiana é vendida, Haiti, independências na América são fruto disso...
Q19, alternativas:
I. E. A Grécia é a ÚNICA exceção, de resto foram derrotados.
II. C.
III. C. Hobsbawm fala que é o único momento da historia onde há concomitância de
movimentos na Inglaterra e no continente, é possível fazer uma comparação com os
acontecimentos na Inglaterra e no continente.
IV. E. As sociedades secretas tinham projetos nacionais – como seria possível
internacionalizar sociedades secretas?? Não há hierarquia, não há comunicação ou articulação
entre eles, não há projeto internacional.
Q20, alternativas:
I. ERRADO. Mill era liberal POLÍTICO, quer ampliação dos direitos de representatividade
eleitoral, NÃO tem NADA a ver com economia
II. C.
III. C.
IV. C. Fala de explosão demográfica, mas fala tbm sobre economia
V. C. Visconde de Cairu, publica diversos livros e dissemina a obra de Adam Smith (1808).
Q21, alternativas:
I. E. NÃO aceitavam o capitalismo, isso seria a social democracia após a Guerra Mundial
II. E. Não eram radicais
III. CERTO.
IV. E. Existe SiM um impacto significativo, até no século XX.
V. E. Não eram rurais, tampouco queriam voltar ao passado.
BAQO 18 América Portuguesa (Brasil Colônia).
AMÉRICA PORTUGUESA
1. Período Pré-Colonial: 1500-1530
(à época, não há nenhum projeto de colonização portuguesa no Brasil. Os lucros das viagens
ao Oriente ainda eram MUITO altos. O Brasil será apenas um ponto político estratégico para se
chegar às Índias. Além disso, como aparentemente não há metais preciosos no Brasil, não há
intenção de colonização.)
Estanco: uma espécie de monopólio sobre determinado produto.
Produtos: animais, peles, pau-brasil
Escambo: troca de produto por produtos e de produtos por trabalho.
Feitorias: não há lutas contra os africanos, os portugueses irão negociar com os
africanos. [Portugal vai COMPRAR escravos dos africanos e traz para o Brasil. É um comércio
com as chefias africanas para que elas comercializassem com Portugal, que tem
CONCORRENTES – Holanda, por exemplo]. Cabo Frio, no RJ, e São Vicente são as primeiras.
Têm 2 funções principais:
i. Armazenam produtos
ii. Proteger o território brasileiro
O comércio com a Ásia entre em decadência. Pq? Pq Ptgal tem concorrência e Pq o
lucro diminui, justamente devido à concorrência com os outros europeus. Por isso, Ptgal
precisava de um novo local para obter capital, e esse lugar era o Brasil.
Expedição de Martim Afonso de Souxa (1530-1532). Essa expedição i. expulsa os
invasores (o rei da França não admitia a divisão do território por Ptgal e Espanha).
2. PERÍODO COLONIAL
A. ADMINISTRAÇÃO
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS:
Divisão do território em 15 Capitanias hereditárias, estabelecidas em 1532 e extintas
na década de 1750, com o Marquês de Pombal.
A figura central é o Capitão Donatário, um fidalgo, nobre português. A ideia é mandar
para suas colônias nobres da 1ª linhagem, MAS nem sempre isso é possível.
O Donatário recebe a capitania pela Carta de Doação
Foral: conjunto de regras, direitos (cobrar impostos) e deveres (povoar o território) do
donatário. Para isso, o donatário divide o território em SESMAIAS.
A doação de Capitanias é um misto de mercê (um favor feito ao donatário) e recursos.
Fracasso e Sucesso das Capitanias: alguns autores colocam outras capitanias como
bem-sucedidas, além das “de sempre”. O governo português altera esse sistema, que
irá manter-se durante muito tempo MAS coexistirá com o Governo Geral
GOVERNO GERAL (1548-1808)
Tentativa de centralização do poder por partes de Portugal.
Ainda existem as Capitanias Donatárias e as Capitanias Reais. O governo português irá
negociar com as famílias desses donatários originais e irá comprar as capitanias deles.
Esses capitanias reais eram administradas pelo Capitão Mor.
“Guerras Justas”, autorizadas pelo Papa: relaiconada com o espírito de Cruzadas do
português, contra infiéis, que resistiam aos portugueses. É possível executar OU
aprisionar os índios que resistirem. Daí vêm os jesuítas (utiliza-se, para isso, “a espada
e a cruz”. O Padre Manuel da Nóbrega vem a Salvador e constrói a 1ª igreja jesuíta da
América.
Órgãos criados:
i. Bispado da Bahia (1551)
ii. Tribunal da Relação da Bahia (1609). É o órgão jurídico.
iii. Câmaras Municipais (= “Câmaras dos Homens Bons”) (1606): espaço de negociação
entre colonos e metrópole. Só pode participar o “homem bom”: 1º exclui-se quem não é
“puro de sangue” – negros, índios, judeus, os que NÃO utilizam as mãos para obter o
sustento. O órgão TEM autonomia, e Ptgal incomoda-se com essa autonomia. Por isso
manda o Juiz de Fora.
- Juiz de Fora (1696): enviado pela coroa para controlar as Câmaras, mas ele é absorvido
pela rede de poder brasileira.
- Conselho ultramarino (1642): clara influência da União Ibérica. Existia um órgão que
controlava TODA a América Espanhola (o Conselho das Índias). O C. Ultramarino é uma
tentativa de padronização administrativa. Ele vai organizar as colônias.
OBS:
Criação do estado do Grão-Pará e Maranhão (1621). Em 1612 os franceses invadiram o
Maranhão. De 1612 até 1615 há a França Equinocial, para uma base para a pirataria no
Caribe e para ter base para chegar às minas de S. Luís de Potosí. Por isso, era
interessante para a Espanha ocupar essa região.
1645; o Brasil ganha o status do Estado do Brasil, que seria um principado. Quem
administra o Brasil, teoricamente, é o herdeiro do trono português – D. Pedro.
PERÍODO POMBALINO (1750-1777)
Pombal cria as Juntas de Comércio
i. Créditos do erário: é a própria coroa que incentivará a construção de manufaturas.
ii. Incentivos à diversificação agrícola
iii. Transferência da Capital ao RJ (1763). Pq? (Maria Fernanda Vicario – RJ capital)
a. Motivos de defesa (da região meridional e central do território brasileiro –
ouro/diamante e espanhois)
b. Articulações políticas e administrativas que o RJ proporcionaria. O ouro está
em Minas, portanto é melhor fiscalizar a região que fornece o ouro.
c. Sob a perspectiva econômica, além do ouro, o RJ é o ppal porto para a
recepção de ESCRAVOS.
iv. Pombal promove o enfraquecimento do Conselho Ultramarino. A excessiva
centralização no Conselho Ultramarino dificultaria o desenvolvimento.
v. Fim das Capitanias: NÃO foram todas as 12 capitanias existentes absorvidas por
Pombal – a exceção é São Vicente, que apenas em 1792 voltará para o erário (p/
Portugal).
B. ECONOMIA
Principal produto: AÇÚCAR
Motivos:
i. “status” de especiaria
ii. Experiências anteriores (nos Açores)
iii. Solo e clima favoráveis
OBS: crises de fome NÃO necessariamente estão ligados à crise do açúcar.
Outras Atividades:
Cachaça: dirigida ao mercado externo. Ela é MUITO mais barata do que a atividade
açucareira (montar um engenho é MUITO cara). Ela será exportada para Portugal e
para África, onde era trocada por negros. “Revolta da Cachaça”: 1655, é uma típica
revolta anti-fiscalista no Brasil, contra o Salvador de Sá, governador do RJ, que queria
um monopólio do comércio de escravos. Foi ele que organizou a retomada de Angola
dos Holandeses
Tabaco: era MUITO exportado para Portugal e, posteriormente, para a África. Tbm é
MUITO mais barato para produzir do que a Cana-de-açúcar. Ele será mais forte nos
locais onde há muito escravo.
Pecuária: vista pela historiografia como atividade complementar à ind. açucareira. Ela
é MUITO forte no vale do S. Francisco. PQ:
i. Era proibida no litoral, reservado ao açúcar e, portanto, ajuda na interiorização.
ii. Ela cede tração para o engenho
iii. Principal transporte (carro de boi). O gado leva o produto do interior para o litoral,
para sua exportação
iv. Alimento
Mão-de-obra principal: escrava, 1º de negro africano e, depois, de indígenas. O
“vaqueiro” era livre, mas a mdo ao redor dele era escrava.
Renascimento Agrícola:
Fatores:
i. Revolução Industrial na Inglaterra – urbanização
ii. Reformas pombalinas. Dentro delas há incentivo à diversificação.
iii. Lutas de libertação na América: Revolução Americana (1776), que desestrutura a
produção de cana-de-açúcar no sul dos EUA E as revoltas de escravos nas Antilhas.
Mão-de-obra:
- “Negro da terra”: o índio (era difícil escravizar pq existia uma quantidade pequena de
índios, em relação à Am. Espanhola; eles eram nômades; existia um choque
bacteriológico; temos o apoioqa recusa da Igraja Católica, pois o índio não teve
contato com afé, e pode ser salvo. Tese de Flamarion). O caso do negro africano é
diferente: a escravidão existe na África desde o séc.IX – há posse comunal da terra, e a
sua possibilidade de explorar a terra depende da quantidade de pessoas que vc
consegue arregimentar. (etnias, NÃO usar “tribos” na África).
- A Igreja católica, por sua vez, NÃO protege o negro, pq ele NÃO tem alma. Seriam
descendentes de Cam, amaldiçoado.
“Negro da terra” x “escravidão africana”.
“Tempo Saquarema”:
- divide a sociedade entre colonizadores, colonos (proprietários de terras e /ou de
escravos) e colonizados (homens livres) - (hierarquia na sociedade colonial).
- Gilberto Freyre fala que o que interessa é o engenho, no qual divide, apenas,
senhores e escravos. Ele fala de “bipolarização social”.
Preconceitos em Portugal: desmerecimento das atividades mercantis – o mercador era
sujo. Estado moderno: transição entre feudalismo e capitalismo (Marx). É um
momento no qual a burguesia está ascendendo, mas quem comanda o Estado tem
preconceito em relação às atividades comerciais.
VER: Coleção da Unesco sobre história da África, 8 volumes.
“Algodão, Bequimão, Maranhão” (!)
Q15, alternativas:
I. E. Só está errada a parte do “parlamentar”
II. C.
III. E. Mascates NUNCA serão a primeira opção.
IV. E. “Servidão do nativo” não existe, há escravidão. OK: distribuição de terra. NÃO:
centralização política, mas descentralização.
Q16, alternativas:
Capitanias reais; controladas diretamente pelo governo portuguÊs, não pelos donatários
I. C.
II. C.
III. C.
IV. E. Só participavam os homens bons – os mascates NÃO. O termo “homens livres” não
corresponde a “homens bons”.
Q17, alternativas:
I. E. Esses portugueses casarão com filhos dos nobres africanos.
II. C. Jesuíta contrário à escravidão – Bartolomeu de lãs Casas (Am. Espanhola); Manuel
da Nóbrega.
III. C. Historiografia nova: John Thornton (“África e os africanoa”). Essa folga de um dia
negociada EXISTE no mundo colonial.
IV. E. A mão-de-obra NÃO era livre. Os indígenas SIM tinham peso.
Q18, alternativas:
I. C.
II. C. Ele auxiliou a expulsão dos franceses do Maranhão e, a partir de 1815, irá pq
Amazônia. D. Pedro Teixeira é mais famoso, o Sinésio Sampaio fala dele.
III. E. Não é mais onerosa, além disso destinava-se ao mercado externo.
IV. E. NÃO é de cunho iluminista, o resto está certo.
Q19, alternativas:
I. E. Não é exclusivamente, há crise de fome mmo em períodos de expansão do açúcar.
II. C. Está incompleta, mas NÃO errada.
III. E. NÃO aumentou, mas o sistema de capitanias FOI extinto. Fora isso, não foram as 12,
mas 11.
IV. C. Muitas fazendas de açúcar tornarã-se fazendas de café, é a mma estrutura
Q.20, alternativas:
I. CERTO.
II. ERRADO. Durante TODO o período colonial há escravização do índio.
III. ERRADO. Juramento de Tomar, 1581. Ptgal mantém autonomia administrativa.
IV. ERRADO. 1º tem o Conselho, dps tem a extinção das Capitanias
V. ERRADO. Seria a Insurreição Pernambucana, NÃO a Guerra Guaranítica. Livro: A
invenção do exército brasileiro, Celso Castro.
Q21, alternativas:
I. ERRADO.
II. ERRADO.
III. ERRADO. Aumenta.
IV. CERTO. Desclassificados do Ouro, Laura de Mello Souza.
V. ERRADO.
BAQO 19 – AMÉRICA LATINA NO SÉCULO XIX
MÉXICO:
Séc. XIX:
Sant’ Ana: torna-se o grande líder militar do México versus os EUA (em 1835, 1845,
1847, 1848 e 1853). Ele era conservador, militar, queria manter a influência da igreja,
do clero, e tenta defender a soberania mexicana com armas limitadas – perdeu TODAS
as vezes. O Texas é incorporado aos EUA em 1845-1847. O México perde uma grande
parte de seu território no ano de 1848, depois que os americanos bombardeiam o
porto de Vera Cruz e obrigam a assinatura do Tratado Guadalupe-Hidalgo (1848).
- 1853: faixa de Gatsen, vendida nesse ano. O governo do Sant’Anna entre AM colapso.
Começa “La Reforma”: colapso do santanismo e ascensão dos liberais.
- A década de 1950 assiste a ascensão dos liberais – projeto liberal constitucionalista,
queria enfraquecer os poderes dos militares E da Igreja, e retirar seus privilégios
estatais. Queria instituir um Estado Laico. [é semelhante o que ocorre na Argentina,
contra Rosas. Influência notória, em ambos os casos, da Primavera dos Povos. No
Brasil, a Revolução Praieira é, também, influenciada por esses ideais. No Brasil,
diferentemente dos outros países, não há uma reforma constitucional, mas há uma
série de projetos da Liga Progressista, que não consegue implementar essas propostas,
que apenas serão implementadas pelos conservadores na déc.1870. No Brasil, mesmo
a experiência liberal é matizada, não há “quebra-pau”].
- Constituição de 1857: implementa o Estado Laico, igualdade, implementa a agenda
liberal, e NÃO é aceita pelos conservadores. Os conservadores, herdeiros do
santanismo, pegam em armas, mas são derrotados pelos liberais.
Bento Juarez (reformista) morre em 1870: eleito presidente da República na déc.1860.
Ele é indígena, é o primeiro presidente mexicano sem formação militar, era jurista e foi
alfabetizado em espanhol só depois de saber falar língua indígena. Ideia de
miscigenação/mestiçagem [enquanto isso, no Brasil, falava-se que a única
possibilidade de progresso era o branqueamento da população].
- 1862: sob intervenção estrangeira (Espanha, Inglaterra e França – a intervenção foi
feita por motivos financeiros, por questão de dívida), o governo Juarez negocia a
desocupação. Após a negociação, a Espanha e a Inglaterra vão embora, mas fica o
exército francês, comandado por Napoleão III, que cunha a expressão “América
Latina”. A França usa essa intervenção com cunho financeiro, que já tinha sido
solucionada com a negociação, em uma intervenção política. Eles mantém os soldados
e começam a atacar o México (1862-63), Bento Juarez vira um presidente itinerante e
forma um governo do tipo “Formosa”, resistente.
- 1863-1867: intervenção francesa (só é possível pq os EUA estão em guerra civil).
- Ocorre a restauração da monarquia mexicana, com o apoio dos conservadores. O rei
será o Príncipe Maximiliano, de Habsburgo. Ele convida Bento Juarez para ser seu 1º
Ministro, que, por sua vez, não aceita o convite. Maximiliano diz que qq pessoa
contrária ao regime será fuzilado – e o pp Maximiliano será fuzilado qdo os mexicanos
tomam o poder.
- Doutrina Monroe: elemento defensivo (não pode ter intervenção estrangeira em
países que não são seus!); mas passa a ter, cada vez mais, elemento ofensivo.
- A expulsão dos franceses com apoio norte-americano consolida a influência
americana no México.
- 1867: restauração republicana, com plena inserção dos ideias liberais – a igreja terá
seus bens confiscados.
- 1876: Porfirio Diaz é eleito presidente do México.
Porfirio Diaz: 1876-1910 PORFIRIATO – entre 1880 e 1884 há um outro presidente, pq
a reeleição era proibida pela Constituição. Ele elege um sucessor e, qdo termina seu
mandato, altera o mandato na Constituição e, depois, possibilita a reeleição.
- Modernização conservadora
i. POSITIVISMO – modernizante; Estado laico
ii. Capital estrangeiro
iii. Questão social há concentação fundiária sem precedentes – questão Agrária:
índios e grupos populares que foram expropriados durante o governo Porfírio
Dias (“EJIDOS”), que estão contra as modificações liberais feitas em seu
governo.
ARGENTINA
1828-53: ROSAS
Base conservadora, igreja, socidade patriarcal. Ele é o caudilho de Buenos Aires, no
restante do país há oposição a ele. [havia também oposição de liberais – Alberti, Mitre,
Sarmiento]
Ele era um FEDERALISTA, até chegar ao poder, com oposição de URQUIZA (federalista)
[ocorre a batalha de Monte Caseros]
1853-1862: período de instabilidade, que se segue à derrota de Rosas (a força
centrífuga do país é Buenos Aires). B. Aires x Confederação
1862-1868: Bartolomeu Mitre (ele sai da Guerra do Paraguai no meio dela)
1868-1874: Sarmiento (livro: “Facundo”, um panfleto anti-rosista)
1874-1880: Avellaneda (era ministro da educação de Sarmiento)
Os três (Mitre, Sarmiento, Avellaneda) são liberais, contratualistas, anti-clericais,
defensores da imigração e de uma ampla reforma educacional. No México há guerra
civil por causa da questão da igreja. No Brasil há a “Questão Religiosa”.
Mitre foi candidato à sucessão e perde para Avellaneda. Tenta fazer um golpe contra
ele, que não dá certo. Ele é preso, capturado, será julgado por uma corte marcial e
condenado à morte. Avellaneda perdoa e Mitre funda um jornal (“La Nación”).
Guerra do Deserto: General Julio Roca [No México, está ocorrendo a concentração
agrária, colocando terra nas mãos dos latifundiários. Os argentinos matam os índios,
os mexicanos tiram as terras deles].
1880-1886: Julio Roca.
1886-1890: Celman - é o cunhado de Roca.
Revolução do Parque (União cívica nacional, sob influência de Mitre x União cívica
radical – Leandro Alem e Hipóliro Irigoen). O objetivo era a reformulação da
Constituição e MODIFICAÇÃO do SISTEMA ELEITORAL, que, à época, favorecia os
caudilhos latifundiários, em detrimento das zonas urbanas. Os setores urbanos
modernizadores são representados por camadas médias.
- esses caras só chegarão ao poder em 1910 (os caras da união cívica radical)
1890-1892: Carlos Pelegrini (pai de Sans Peña)
1892-1895: Luis Sanz Peña
1895-1898: José Evaristo Uriben
1898-1904: Julio Roca
Rosas é como Sant’Anna.
Roca é como Porfirio Dias.
No México e no Brasil, a independência foi feita de maneira negociada. Nos dois países
instaura-se uma monarquia.
Na independência brasileira, a negociação ao processo da independência tem apoio
dos portugueses e de alguns brasileiros. Depois que a independência é feita, os dois grupos
começam a lutar entre si. O mesmo ocorre no México – Iturbide cai e Sant’Anna sobe – ele é
eleito presidente da República diversas vezes. No México, os liberais, quando chegam ao
poder, viram conservadores (questão da reeleição)
GUERRA CIVIL NO CHILE (1891 – fev a novembro)
Congresso x Balmaceda (intervenção econômica e modernização)
O Congresso (setores conservadores, liberais, depõem Balmaceda no início de 1891)
O governo vai para o norte (Governo Congressual de Iquique)
A Bolívia: não tinha sido assinado acordo para acabar com a Guerra do Pacífico – os
bolivianos param de negociar com Balmaceda e começam a negociar com o Governo do
congresso. A Argentina tbm faz isso, para solucionar a questão das fronteiras
Os EUA apóia Balmaceda, navalmente. Mesmo assim, o Congresso VENCE -
ANTIAMERICANISMO.
Balmaceda pede exílio na embaixada da Argentina, e se mata logo em seguida.
O presidente brasileiro é Deodoro da Fonseca.
Q15, alternativas:
I. C.
II. C. A intervenção estrangeira continua, mas ela é, APENAS, francesa.
III. E. 1º: ele não é militar, mas advogado. 2º: ele já era presidente com a intervenção
estrangeira é deposto – a ordem cronológica está errada.
IV. E. O governo Juarez, embora houvesse xenofobia em relação aos francesas, não existia
em relação aos amercianos, que o ajudou.
Q16, alternativas:
I. E. É um regime de industrialização acelerada
II. E. eles eram positivistas, NÃO havia apoio da igreja católica.
III. C.
IV. C.
Q17, alternativas:
I. E. Se matou
II. C.
III. C.
IV. E. A última década da política extrena chilena NÃO é americanista. Livro: “By reason or
by force”, autor americano.
Q18, alternativas:
I. E. NÃO rompe com a igreja, apenas os liberais. Tampouco tem apoio dos liberais, que
estão exilados. É um governo conservador, uma ditadura.
II. E. Era representante da facção federalista, e foi bastante bem-sucedido.
III. C.
IV. C. O governo brasileiro fez uma proposta para os ingleses e franceses para fazer uma
intervenção conjunta. O governo brasileiro precisara fazer uma intervenção com Urquiza.
Q19, alternativas:
I. C.
II. C.
III. E. No plano interno, Sarmiento já era um regime constitucional consolidado. Mitre:
aproximação com o Brasil. Em 1870; paz conflituosa, pq fazemos uma paz em separado com os
paraguaios, com medo que os argentinos anexassem o Chaco. NÃO há ideia de continuação.
IV. C. Os liberais controlam, SIM, o governo brasileiro em 62. No Brasil os liberais TBM
estão no poder. Nesse caso, os liberais no poder dos dois lados favorecem a aproximação
entre os dois países (Doratiotto).
Q20, alternativas:
I. ERRADA. O governo chileno participa mas ameaça, a todo tempo, sair da Conferência.
O Chile NÃO discute a questão da tomada de territórios
II. CERTA. O governo BR apóia, SIM, a proposta de Luiz Sanz Peña, pq o tribunal seria
permanente e em Washington.
III. CERTA.
IV. CERTA.
V. CERTA.
Q21, alternativas:
VI. ERRADA. Mitre não abandona a vida política.
VII. CERTA.
VIII. CERTA.
IX. CERTA.
X. CERTA.
BAQO 20:
RELAÇÕES BR-ARGENTINA
Século XIX
Anos 30: imobilismo / apaziguamento
Hegemonia de Rosas nas décadas de 1830 e 40
Início dos anos 40: tentativa fracassada de aproximação
2ª metade dos anos 40: crescente tensão, portanto há uma busca de aliados
Europa: NÃO
Colorados no Uruguai
Urquiza (ARG)
Anos 1950: hegemonia e indefinição entre B. Aires e a Confederação
Hegemonia do Brasil
Anos 1960: Aproximação ideológica e contenção paraguaia – concertação e aliança
Anos 1970: tensões bilaterais
Finais dos anos 90/anos 80: distensão e “encabulamento” das questões lindeiras
[quando o Paraguai torna-se o Paraguai, ele deixa de ter relevância para Br e Arg.]
Proclamação da República: Reaproximação ideológica.
No final da déc.80, há um ensaio universalista: o Prata é importante, mas não é mais uma
prioridade.
Lugar do Paraguai na Política externa brasileira
Até os anos 40: o Paraguai era isolacionista.
Ao longo dos anos 40: governo Lopes, com aproximação entre Br e Paraguai
Anos 50: aproximação entre Argentina (a ARG está dividida) e Paraguai.
Anos 60: caminho para a tripolaridade (boa expressão para a 3ª fase)
i. crescente tensão nas relações BR e Paraguai, relacionadas com uma busca de maior
autonomia por parte do Paraguai.
ii. Postura expansionista [Uruguai no início dos anos 60: B. Berro e Aguirre]
Anos 70: o foco de rivalidade entre o BR e a ARG (1869-1876) é, justamente, o
Paraguai. É um problema territorial, há um respaldo imperial à integridade territorial
paraguaia.
O Paraguai PERDE espaço na agenda bilateral BR-ARG. O Prata deixa de ser a
prioridade d agenda da PEB.
Embaixador Cardim: No império, a política externa brasileira era voltada para o Prata.
A partir do BRB, a política é direcionada ao hemisfério, até 61. Dps disso, passa a ser globalista.
Lugar do URUGUAI na Política externa brasileira
Foco de tensão e rivalidade regional entre Ptgal-Esp e BR-ARg. Isso é a norma durante
o séc.XIX, até a déc.1850.
De 1860-1851: o Uruguai é motivo direto ou indireto das rivalidades entre RJ e B.Aires,
herdadas das rivalidades coloniais ibéricas.
Entre 1845-1851: crescente prevalência dos interesses gaúchos na derrota de Oribe /
Rosas. Isso ocorre por razões econômicas. O interesse majoritária na estabilização do Uruguai
tem a ver menos com o interesse da Corte no RJ, há uma concertação de interesses entre o Rj
e os gaúchos. É interessante economicamente que Oribe/Rosas sejam derrotados. Com o fim
da Farroupilha, seus oficiais são incorporados ao exército, e a província foi incorporada.
Déc 50: Hegemonia brasileira – “diplomacia do patacão”. [Na déc.40 houve
intervenção em MDV e B. Aires da Inglaterra e França, para tentar garantir a hegemonia no
Uru e Arg, mas não tiveram sucesso. Quando o BR faz isso ele consegue e garante hegemonia,
o ministro da época virou “Visconde do Uruguai” – legitima uma posição expansionista, que
não se dá apenas no âmbito militar e político, mas econômico, substituindo a Inglaterra e a
França nesse papel. Diante da vitória notória do BR, a Arg não faz N-A-D-A: está totalmente
fragmentada. Na déc. 1860 a ARG está preocupada com o Paraguai, não mais com o Uruguai.
Ou seja, dps de 1860 há hegemonia brasileira no Uruguai, e a ARG não tem como reagir...
O Uruguai só volta a ser foco das rivalidades entre BR e ARG com o BRB, mesmo assim
mantendo a influência brasileira. Fica claro, em 1909, que a ARG está se aproximando do
Uruguai para viabilizar os temas da 4ª Conferência Panamericana, em 1910, em Buenos Aires.
1890: Tratado de Montevideo, entre Br e ARG.
Na 1ª metade do séc.XIX, o foco das disputas é o Uruguai. Na 2ª metade, o foco é o Paraguai.
Detalhamento das relações BR-ARG
1830: imobilismo / apaziguamento (época da regência, nós não nos movemos) – não
nos opusemos abertamente às pretensões de Rosas.
Motivos para o imobilismo:
i. Forças centrífugas. Ex: Farroupilha
ii. Crise institucional: centralização e descentralização
iii. Déficit financeiro]
iv. Tensões crescentes com a Inglaterra
v. Enfraquecimento das forças armadas
39-51: guerra civil uruguaia (“Guerra Grande”
1840:
Rosas (blancos – Oribe)
VS.
Montevideo (colorados – Rivera) – Simpático à Farroupilha.
Apoiados por Inglaterra e França
Ingleses mandam um navio subir o Prata e fazer comércio, diretamente, com as
províncias do norte.
1843: diante da falta de opções do Brasil, assina um tratado com Rosas. Há uma
tentativa efêmera de aproximação entre o Império e Rosas (que consegue neutralizar a
influência da Inglaterra e da França, além de neutralizar o Império brasileiro).
1844: o Tratado já está assinado, Rosas não ratifica o tratado
Pós 1845: Fim da Farroupilha – crescente demanda por intervencionismo
1851-52: intervenção contra Oribe-Rosas
6 Tratados Uruguai / Brasil
Déc.1850: B. Aires (Mitre) e Confederação (Urquiza). O Br começa a distanciar-se de
Urquiza e aproximar-se de Mitre, mas não tem participação direta do Brasil. De fato, a posição
brasileira, em termos diplomáticas, é um pouco incerta. [ver batalha de Cepeda e Pavón]
Déc.1860: 1862 – liberais no poder no Império e na Argentina
1863: Aguirre derrubado no Uruguai (Blanco)
BR + Arg – Colorados (Venancio Flores).
Td isso favorece a aproximação. Em 1865 é assinado o Tratado da Tríplice Aliança.
1868: muda o governo no Brasil e na Argentina (Mitre é substituído por Sarmiento).
Mitre continua sendo relevante para a formulação da política externa.
1868-1874: presidente da Argentina é Sarmiento [o Império respalda a posição do
GILL, apesar de ter assinado, em 1873, acordo bilateral de apoio à posição argentina com o
enviado especial ao RJ, Bartolomeu Mitre].
Aos poucos, no início do governo Avellaneda, Gill, interessado na retirada das tropas
imperiais de Assunção, procura se aproximar da Argentina e em 1875 assina um acordo no
qual o Brasil não teve participação (mas não irritou mto o governo), que seria levado à
arbitragem de Hayes (1878). Uma vez assinado o Tratado, o BR acha que não há mais ameaças
em curso, e o Brasil retira as tropas (1876).
(Zacarias Vasconcelos cai dps da Guerra do Paraguai)
1868-1878: Conservadores do poder no Brasil
TENSÕES CRESCENTES, devido a:
i. Nova posição anexacionista da Argentina. (ex: Carlos Tevedor. Em 1869: queremos o
Chaco!).
ii. Paz em separado (1872)
Q15, alternativas:
I. C.
II. E. No início da dec. 40 há um ensaio de aproximação, e o rosas “finta” o BR.
III. C.
IV. E. Dps de 50, a hegemonia brasileira não pode ser contestada por B.Aires, pq eles
estão fragmentados.
Q16, alternativas:
I. C. No caso da Arg, a impopularidade do Mitre é notória; no BR cai o regime
progressista, e Flores – se vc NUNCA ouviu falar é pq ACONTECEU, pq historiador NÃO é
criativo – não deixe em branco a questão, o mais criativo na história é a realidade, quem
mata pessoas fora do lugar é o Tarantino!
II. C. Não houve ruptura da Tríplice Aliança, isso só ocorre após 1872. O que ocorre é um
engajamento menor.
III. C.
IV. E. castrense – militar. Defesa de democracia – dão cabo ao Estado novo e são
influenciado pelos EUA. [Joaquim Nabuco defense, em O Estadista do Império, essa posição].
Q17, alternativas:
I. C.
II. C.
III. C.
IV. E. Não é importante para o BR nem para a Arg. O Paraguai não vira satélite político.
Q18, alternativas:
I. C.
II. E. A superioridade argentina só se torna patente após a proclamação da República. Dps
da guerra do Paraguai há superioridade naval brasileira, e a Arg começa a comprar navios –
não há uma corrida naval pq é um período de aproximação, mas há armamento.
III. C.
IV. C.
Q19, alternativas:
I. E. Não tem hegemonia liberal nessa década, é compartilhada. Tampouco há abandono
da postura globalista.
II. C. Houve uma proposta de acordo comercial (época da tarifa McKinley), mas não deu
certo.
III. ANULADA. Há, sim, ascensão dos cafeicultores paulistas. O ppal mercado era, sim, os
EUA. Essas coisas estão ligadas entre si. MAS esse “com a proclamação da república” pode ser
entendido como o período imediato, e a ascensão dos cafeicultores é imediata.
IV. E. Foi uma viagem particular, NÃO é uma política deliberada dos gabinetes, que
criticavam essas viagens.
Q20, alternativas:
I. CERTA.
II. CERTA.
III. CERTA.
IV. ERRADA. Não é uma prioridade.
V. CERTA.
Q21, alternativas: ANULADA
I. ERRADA. É o marxismo. A teoria da dependência diz que não há vitimação, é a elite
responsável.
II. .
III. .
IV. .
V. ERRADA.
BAQO 21
MOVIMENTO OPERÁRIO (séc.XIX)
ORIGENS
Rev. Industrial = capitalismo maduro
“Capitalismo selvagem”
14 a 16 horas de trabalho diário
Baixos salários
Exploração da mdo infantil e de mulheres
Transformação nas relações sociais
Disciplinamento da mdo
“Sistema de Speenhanlad (1795-1834): a base desse sistema era o Direito à Vida (o
salário era muito baixo, e os trabalhadores não conseguiriam sobreviver com esse
salário. As paróquias dariam $$ - é um incentivo para a burguesia pagar salários ainda
mais baixos para o trabalhador, pq saber que haverá um subsídio complementar ao
trabalhador. 1834: a burguesia chega ao poder, querem um sistema de maior
liberdade para escolha dos trabalhadores
Uso do esporte para disciplinar a mdo (a burguesia tenta ensina o trabalhador a
respeitar as leis).
PS: “Manchester United” – o termo “united” vem do unionismo, das fábricas.
Há aumento da quantidade de sindicatos e, quanto maior a quantidade de operários,
maior a quantidade de policiais. [no Brasil não tem movimento operário, mas tem
polícia para reprimir o elemento perigoso, que, no nosso caso, seria o negro livre].
Reações dos trabalhadores;
Combinations acts x GREVE.
Ludismo [análise do ludismo no livro “Pessoas extraordinárias, do HBSW]. O ludismo
seria um movimento para fazer pressão sobre a burguesia, mas não teria sido
inventado pelo ludismo, artesãos, mineradores já tinha utilizado a “tática da arruaça”
como forma de negociação. Eles não quebrarão apenas as máquinas, mas tbm
produtos finalizados, propriedades da burguesia HBSBW]
Hostilidade às máquinas (símbolo dos novos tempos industriais, do capitalismo e da
transformação das relações sociais – vc quer destruir as máquinas para acabar com
essas transformações. Grande parte da opinião pública apóia, assim como os donos
das manufeturas (eles percebem que elas estão em processo de extinção e, por isso,
são hostis em relação às máquinas. [Ato da quebra de máquinas – o governo inglês
executaria qq trabalhador preso pela quebra de máquinas]
Cartismo – para alguns, seria uma forma de amadurecimento do trabalhador inglês,
que percebe que, para que sua qualidade de vida melhore, ele precisa negociar
diretamente com o Parlamento. Seria, tbm, uma reação às reformas de 34 (essas
reformas alteram a quantidade de votantes na Inglaterra, MAS somente a burguesia e
a nobreza podem votar)
- Cartas do Povo: falam em abolição da qualificação: VOTO universal, secreto e
remuneração para parlamentares (não adianta o povo poder votar, se eles não
conseguem se sustentar como deputados (à época, eles não ganhavam salário).
- greve geral de 1842; auge do movimento cartista
- reação do Parlamento inglês; tem repressão, mas, acima de tudo, o Parlamento criará
leis para diminuir o grau de revolta dos trabalhadores (as 1as leis trabalhistas são
resultado das reivindicações cartistas, estabelecem jornada de 10 horas de trabalho e,
depois, regulamentam o trabalho infantil.
SOCIALISMO UTÓPICO
Antecedentes:
Rousseau: o 1º homem que cercou uma terra seria responsável pelas guerras; todo
homem teria direito de escolher o seu representante.
Conspiração dos Iguais (liderada por Graco Babeuf): considerada movimento precursos
do socialismo, falam em igualdade
NÃO há doutrina
Filósofos:
Saint Simon: A sociedade seria dividida entre sábios, proprietários e os sem-
propriedade
Robert Owen: promove medidas sociais na administração de suas empresas
(estabelece o combate ao alcoolismo em sua empresa, estabelece uma escola de
qualidade, fiscalização da higiene). Vai para o axílio (EUA). New Harmony
Fourrier: criou FALANSTÉRIOS (Cooperativas agro-industriais). Poucos falanstérios na
França, mas muitos nos EUA.
As Revoluções de 1848 são influenciadas pelo Socialismo utópico (no Brasil: Revolução
Praieira).
SOCIALISMO MARXISTA
ORIGEM: Manifesto Comunista.
Liga dos justos.
Destaques:
- Materialismo histórico: visão da história ligada à perspectiva econômica. Marx
justifica sua teoria por intermédio da história.
- Com a chegada da burguesia ao poder: MAIS VALIA – lucro obtido através da
exploração da força de trabalho
- BIPOLARIZAÇÃO SOCIAL: a burguesia consegue o seu lucro explorando a força de
trabalho, e, enquanto existir o capitalismo, existirá a mais-valia.
- Exército de Reserva: massa de desempregados (enquanto existir o capitalismo,
existirá o exército de reserva, para manter baixo o saalário daqueles que estão
trabalhando).
- A única salvação do trabalhador é a promoção da LUTA DE CLASSES: o trabalhador
pegando em armas para lutar contra a burguesia. Depois que esse trabalhador pegar
em armas e derrotar a burguesia, na chamada Revolução Socialista...
REVOLUÇÃO SOCIALISTA
Ditadura do Proletariado: TEM desigualdade na ditadura do proletariado, permanecem
algumas estruturas burguesas, até que se chegue ao comunismo (o ponto final, sem
Estado, com igualdade).
FIM da propriedade privada dos meios de produção.
Na 2ª metade do séc.XIX há uma confusão entre os termos socialismo e comunismo –
isso NÃO vai anular uma questão no TPS!
ANARQUISTAS
Luta contra o estado
Destaque: Bakunin (fala que todos os meios para derrubar o Estado são válidos.
Terrorismo
Objetivo: comunismo
Ações:
I Internacional (1864-76): briga entre sindicalistas (mais pragmáticos) e marxistas
(resultado mais sólido, a longo prazo) e os anarquistas brigando com os marxistas. Os
anarquistas são expulsos e, logo depois, a I Internacional termina. Marx participa, briga
com Bakunin.
II Internacional (1879-1914):
- hegemonia do reformismo (é possível chegar ao socialismo por intermédio de
eleições, esses deputados criarão leis para os trabalhadores e irão, aos poucos,
conquistando o poder.
- Hegemonia do Partido Social-Democrata alemão
- Lênin e Rosa Luxemburgo: viés mais radical.
[Bolcheviques x Bolcheviques (queriam manter a lógica da reforma, revolução
gradual)] Mussolini rompe com o socialismo!
III Internacional (comunista) (1919-1943). KOMINTERN (Socialistas: não ligados aos
bolcheviques ROMPEM com os comunistas, os ligados aos bolcheviques). Nesse
momento, ocorre a I Internacional SOCIALISTA.
PCB – Partido Comunista do Brasil, em 22, era ligado à III Internaiconal, e tinha um viés
reformista, para se adaptar às características brasileiras.
COMUNA DE PARIS
ORIGEM: Guerra Franco-Prussiana gera a humilhação nacoinal
Liderança da Guarda Nacional, o exército francês está em frangalhos, mtos generais
foram presos. Ocorre a Conquista de Paris. [Governo paralelo em Versalhes].
Tem-se um governo proletário [Marx critica a Comuna de Paris]. Viés muito mais
jacobino do que marxista. Diversas conquistas dos trabalhadores (pensões para viúvas
e órfãoes, jornadas de 8 horas).
Forte repressão militar. O governo de Versalhes faz um armistício com Bismarck, libera
os generais franceses presos, e o governo de Versalhes cerca Paris. (entre os
prussianos e os comunistas, ficamos com os prussianos. Alimenta o revanchismo
francês).
ENCÍCLICA RERUM NOVARUM
1891: Doutrina Social da Igreja Católica, que quer conter o avanço socialista na classe
operária. NÃO se pode falar de uma lógica socialista da Igreja.
Apenas na Déc.1960, com a Teologia da Libertação, há influência esquerdista na Igreja
Católica.
Q.15, alternativas:
I. E. O subsídio continua sendo pago, mas a burguesia vai desestimular seu pagamento.
II. E. Em 1724 tecelões já faziam isso (negociação da arruaça) e em 1740, os mineradores.
Tampouco foi “dominado pela burguesia industrial”. HBSBW: a respeito do ludismo,
primeiramente vem a questão pragmática e, só depois, a hostilidade.
III. C. Tbm existe esse víeis, já que as manufaturas estavam sendo extintas.
IV. C. Algumas das agendas do Cartismo foram bem sucedidas.
Q.16, alternativas:
I. C.
II. E. Não é uma doutrina e NÃO atacava a propriedade privada. Tinha SIM centralidade –
o trabalhador tomando o poder, a mma ideia dos jacobinos.
III. C.
IV. E. Não há uma “oposição romântica”. Socialistas utópicos acreditavam que conseguiam
conciliar a propriedade. Tbm está errado que eles não conseguiram colocar em prática.
Q.17, alternativas:
I. C. “fusão dos termos”. O capitalismo acabou – a partir da Revolução – e a fase inferior
é o socialismo, e a superior é o comunismo.
II. C.
III. E. Ele NÃO ignora a produção liberal anterior, elogia os liberais, inclusive Ricardo, e, a
partir dos liberais, faz a sua teoria. Tampouco inventa os conceitos de “valor de uso” e de
“valor de troca”, e acrescentará a eles o conceito de mais valia.
IV. E. Para Lenin, a sociedade socialista NÃO é livre, a liberdade ocorrerá depois. No 1º
momento, há, SIM, resquícios da sociedade burguesa. A eliminação completa ocorrerá,
apenas, no comunismo.
Q.18, alternativas:
I. E. Proudhon nÃO fala em terrorismo. Ele prega, justamente, a luta contra o Estado..
II. E. “aproximando-se do marxismo” está errado para a encíclica Rerum Novarum.
III. C.
IV. C.
Q.19, alternativas:
I. C. A criação de regras no futebol estabelece ordem. [futebol americano é uma negação
do imperialismo inglês]
II. C. DETALHE: Vargas consegue pegar uma data de protesto e transformá-la em uma
data de comunhão entre o Estado e o trabalhador.
III. E. NÃO é baseado na teoria marxista, tampouco há abolição do Estado, é um estado
controlado pelos trabalhadores de Paris. O resto está certo.
IV. C. 1º cercaram. Dps, há uma caristia, mas há combates.
Q.20, alternativas:
I. ERRADA.
II. ERRADA. Crise de 1873, só superada em 1896 (1ª crise do capitalismo, não há
expansão econômica!)
III. ERRADA.
IV. ERRADA. Cartismo NÃO é socialista, tampouco há barganha, tem-se GREVE, cc
repressão da burguesia.
V. CERTA.
Q.21, alternativas: ANULADA – era para ser a INCORRETA
I. .
II. .
III. .
IV. .
V. .
BAQO 22 – 08.12.2011
POLÍTICA EXTERNA ERA VARGAS
BASES
Nacionalismo + desenvolvimento (a política externa brasileira deve estar voltada a um
desenvolvimento autônomo).
Economia. Cenário de dificuldades na exportação do café.
Política de valorização artificial do café (durante a 1ª República, eram os latifundiários
que controlavam essa política, agora será o Vargas). Cota do sacrifício: objetivo de
desistimular novas lavouras, 40% era vendido para o Estado. Quem controlará o
comércio do café será o Estado. Para auxiliar essa política ele criará o Instituto
Nacional do café (1931); em 1933 vira Departamento Nacional do caafé (aqui, a
política do café é totalmente controlada pelo governo).
Incentivo à diversificação agrícola
- Cria-se Institutos nacional (i) do cacau; (ii) do açúcar/álcool
Industrialização nacionalista; quem controla os principais setores da economia será o
capital nacional, seja ele privado ou público (quem irá bancar as indústrias mais
dispendiosas será o Estado).
Equidistância Pragmática [autor: Gelson Moura] – (1935-1941)
Vargas promove barganha nacionalista
Relações entre BR e América Latina
1. ARGENTINA
o Antecedentes:
Rivalidade nos tempos do Barão
1914: Conferência de Niagara Falls
Pacto ABC: Pacto anti-bélico de cooperação e consulta (1915): tentativa de
entendimento entre Argentina, Brasil e Chile. Só o BR ratificou, os outros países não
Anos 1920: retorno das tensões (Argentina fala que o Brasil está promovendo uma
corrida armamentista na América)
o Cordial amizade entre brasileiros e argentinos na déc.1930
Brasil é um país frágil no Prata (região que, no séc.XIX, tinha hegemonia brasileira. No
período do Barão, o medo era de um ataque imperialista, é deficiente na marinha de
guerra, e isso será solucionado nos anos 30. Na Conferência Naval de 1922 há um
desejo brasileiro de melhorar a marinha, mas o Prata não é o foco).
Argentina: teme um ataque chileno (disputas territoriais na Patagônia entre CH e ARG,
os argentinos achavam que o Chile estava se aproximando do Peru e da Bolívia para
fazer algo contra a Arg. A Arg tenta neutralizar essa situação aproximando-se do Brasil.
Para BR e ARG seria interessante uma acomodação das relações.
o Tratados:
Anti-bélico (1933)
Comercial - trigo argentino e mate brasileiro - (1934)
o Porém...com a GUERRA DO CHACO, volta a desconfiança entre BR e ARG
GUERRA DO CHACO: 1932-1935
Antecedentes:
i. A Espanha não definia fronteiras, TUDO era América espanhola (uti possidetis jure)
ii. Ocupação argentina após a Guerra do Paraguai (“A Grande Guerra”, cf. ao argentinos).
Protagonistas da Guerra do Chaco:
- Bolívia: segundo o documento que criava a audiência de Charcas (território criado em
1559), a região do Chaco Boreal seria boliviana. Esse era o alvo boliviano.
- Paraguai: Missões + Cédula Real (1617)
Motivos para a Guerra:
i. Violação de tratados anteriores
ii. Questão nacional: os dois países querem esquecer problemas do passado (PAR: quer
enterrar o vexame que foi a guerra do Paraguai) (BOL: perde o acesso para o Pacífico e
perde territórios para o Brasil no Tratado de Petrópoles).
iii. Descoberta de petróleo na região do Chaco.
o Estopim: ocupação boliviana em 1932 (soldados treinados na altitude, no frio, por
general alemão. Quando descem para o Chaco, não se acostumam à altitude).
oVitória militar paraguaia no campo de batalha. Depois, ocorrem longas negociações para
saber qual território ficará com o Paraguai e com a Bolívia. A Sociedade das Nações
recomendará uma COMISSÃO NEUTRA para a paz.
oA COMISSÃO NEUTRA trabalhará por 3 anos (os países que integravam não eram tão
neutros assim, muitos latino-americanos. Será assinado o Tratado de Paz de Buenos
Aires, em 1938. [medo do Brasil: perder território. Acre – permuta desigual: o BR deu o
Acre e o Brasil dará à Bolívia o “Triângulo da Terra”, + indenização, e o BR fez a Madeira-
Mamoré. Se o Paraguai ficasse com aquele pedaço de terra, poderíamos ter novo
conflito. Por isso o BR queria resolver essa questão].
Brasil e a questão do Acre:
Brasil – ARG: acordos ferroviários, petróleo. Dizem que a guerra foi muito
proveitosa para brasileiros e para argentinos.
QUESTÃO LETÍCIA: (1934)
Protagonistas: PERU e COLÔMBIA (americanos intervém em prol da Colômbia para
compensa-la da terra perdida com a Independência do Panamá)
Destaque: Afrânio de Mello organiza a Conferência de Paz, no Rio de janeiro.
Protocolo de Amizade é resultado da Conferência: não há alteração substancial
Reafirma o Tratado Salomón-Lozano (12 anos antes).
O objetivo principal da diplomacia brasileira na Era Vargas era manter as fronteiras
resolvidas na 1ª República
PERIODIZAÇÃO
1. EQUILÍBRIO POSSÍVEL (1935-1939)
Tratado de Reciprocidade com os EUA
Política da Boa Vizinhança (apresentada na VII Conferência Panamericana,
Montevideo, 1933). O Br é um dos ppais alvos.
Aproximação crescente com os países do Eixo: Comércio Compensado, realizado com a
Alemanha e com a Itália. 5
1937-1938: lançado o Plano Naval Brasileiro. O Brasil compra submarinos da Itália, e
teremos, também, a construção de navios nacionais, com armamento norte-
americano e alemão (Krupp).
Final da déc.1930: 1938, na VIII Conferência Panamericana (Lima), o BR reafirma sua
lógica americanista e, mesmo assim, continua tendo comércio com os países europeus.
1939: Missão Aranha. Missão comercial do Oswaldo Aranha para os EUA. Ele acerta
uma série de empréstimos entre o BR e os EUA (NÃO tem protecionismo). Ele
promete, em troca desses empréstimos, uma maior liberalização do comércio e uma
diminuição do comércio compensado com a Alemanha (que, contudo, ocorrerá
anyway, de forma natural, devido à eclosão da 2ª GM).
Caso Ritter (1938): depois do golpe do Estado Novo, Vargas fecha os partido políticos.
Isso atinge o Partido Nazista brasileiro, do sul do BR. Quando a atividade desses caras é
proibida, Hitler protesta e Vargas acha que essa intromissão é absurda. MAS NÃO há
rompimento entre Br e Ale na déc.1930. Ritter chega a colocar na mesa a questão do
comércio compensado, mas isso não chega a acontecer. As relações se estremecem,
mas não chegam a romper.
2. EQUILÍBRIO DIFÍCIL: 1939-1941
Bloqueio do Atlântico
5 [com o golpe do Estado Novo, ALE e ITA acham que as relações com o Br vi melhorar. Os norte-americanos apenas se preocupavam com a influência da AIB no governo Vargas, Washington não tem nenhum problema com o golpe do Estado Novo, a política da boa vizinnhança não tinha qq apego à democracia]
Gera dificuldades no comércio compensado
- Ex: Navio Siqueira campos é confiscado pela Inglaterra, pq ele continha armas alemãs.
Os americanos chegam para liberar o navio, o que traz tensões ás relações BR-ARG
Aumento do comércio com os EUA
1940-1941
Discurso no Encouraçado Minas Gerais (GV elogia as “nações fortes”, justo qdo Hitler
está em ascensão!).
Financiamento americano da CSN - empréstimos à Companhia Siderúrgica Nacional no
valor de US$ 25 milhões.
Comissão Militar Mista Brasil-EUA
Lend and Lease acts
07.12.1941: Ataque a Pearl Harbor. O Brasil condena a atitude. As bases do Nordeste
eram FUNDAMENTAIS para os EUA. Não existia nenhum avião americano com autonomia
suficiente para sair dos EUA e chegar no norte da África. GV barganha para deixar.
Bases Aéras ppais: Natal, recife e Belém.
3. EQUILÍBRIO ROMPIDO
III Conferência dos Chanceleres (RJ)
Os americanos queriam rompimento imediato das relações da América Latina com o
Eixo. A ARG não concorda.
Vargas rompe com o Eixo
Ataques alemães a navios brasileiros (1º longe, dps aqui perto do Brasil).
Pressões (i) populares, (ii) militares, (iii) americanas (para que o BR entrasse na guerra).
Inglaterra fala que o BR só vai atrapalhar
Golpe de oficiais na Arg, que flertam com o fascismo. Os americanos insistem ainda
mais que o BR entre na guerra.
Dicotomia entre a posição interna (ditadura) e externa (luta CONTRA as ditaduras).
Para Vargas, o BR é uma democracia social, NÃO uma ditadura.
Movimentação nacional – entrevistas do José Américo. A Constituição de 1937 não
deveria valer, pq não houve referendo.
Vargas “inventa o trabalhismo” – a abertura é inevitável. Percebe que ele se garantiria
se fizesse uma abertura junto ao povo.
Q15, alternativas:
I. C.
II. E. Há, sim, precedentes históricos (Pacto ABC de não agressão, consulta a não
agressividade)
III. E. Essas esquadras bem aparelhadas eram da ARG, não do BR
IV. C. Linha Apopores-tabatinga
Q16, alternativas:
I. E. Não dá p/ condenar uma aliança informal. E a aliança é, na verdade, entre ARG e
Paraguai.
II. E. Ele quer neutralizar essa conquista do Paraguai para que a questão do Acre não
fosse tocada.
III. C.
IV. C. Muniz Bandeira – Livro sobre ARG, EUA e BR.
Q17, alternativas:
I. E. Não é comércio soviético, mas com a Alemanha. E eles abandonam, sim, a lógica
intervencionista.
II. E.
III. C. Existia diplomacia paralela até a ilegalização da AIB. Depois da ilegalização da AIB
essa diplomacia deixa de existir.
IV. E. Não existia unidade nas forças armadas, eram germanófilos x americanistas. É o
maior temor dos americanos da aproximação entre BR e Eixo.
Q18, alternativas:
I. C.
II. E. NÃO existe rompimento diplomático nesse momento.
III. C. Os navios são nacionais SIM, foram produzidos aqui.
IV. E. Não há protecionismo, foi obrigado a alterar o comércio compensado, e não obteve
poucos resultados.
Q19, alternativas:
I. ANULADA. Vargas faz o discurso no Minas Gerais e sabia que as relações entre Br e
ALE não eram as mmas, se comparadas ao cenário antes da 2aGM, e tenta passar ao mundo
que as relações são eqüidistantes.
II. C.
III. E. Isso não vai acontecer. Era o que os EUA queria, mas não ocorre devuido à ARG e ao
Chile.
IV. E. O BR não estaria presente nas Conferências de paz.
Q20, alternativas:
I. ERRADA.
II. ERRADA.
III. CORRETA.
IV. ERRADA.
V. ERRADA.
Q21, alternativas:
I. ERRADA.
II. ERRADA.
III. ERRADA.
IV. ERRADA. Nessa momento, não há alinhamento aos EUA, há pragmatismo.
V. CORRETA.
BAQO 23 – 15.12
Q, alternativas:
VI. .
VII. .
VIII. .
IX. .
X. .
BAQO 24 – 05.01.2012
(VER prova de História – 3 questões de 1947-67)
BRASIL CONTEMPORÂNEO
Governo Café Filho (pós-suicídio de Vargas)
A. MOTIVOS PARA A INSTABILIDADE POLÍTICA NO INÍCIO DOS ANOS DE 1950:
Fragilidade da base governista.
PSP: vice pouco confiável
PSD era um partido fisiológico (enqto vai bem, apoio o presidente, qdo começa a ir
mal, passo a apoiar os militares).
Oposição aguerrida, exemplificada pela UDN, ppalmente por Carlos Lacerda (a
chamada Banda de Música).
Imprensa majoritariamente opositora, hostil ao governo (a única exceção era o jornal A
Última Hora).
O presidente perde o apoio do Clube Militar (“Manifesto dos Coronéis”, contrário à
política econômica – e à “política política” do governo).
Crescimento econômico, apesar da inflação. O período é de crescimento econômico,
não há crise nesse âmbito. Isso demonstra que GV teve sucesso em sua política de
arregimentar recursos. MAS: com Eisenhower no poder, GV começa a perder apoio
econômico.
*A CRISE É MAIS POLÍTICA DO QUE ECONÔMICA*
Crise do Salário Mínimo (Jango foi demitido e o salário mínimo é aumentado em 100%.
CPI da Última Hora (jornal)
Questão do Petróleo
Crise de Agosto de 1954 (tentativa de assassinato). Leva ao SUICÍDIO de GV.
Em outubro ocorreriam as eleições legislativas.
B. GOVERNO CAFÉ FILHO (agosto 1954 a nov.1955)
PTB e PSD negam apoio ao Café Filho. Ele terá que governar com a UDN.
Americanismo baseado em política de aproximação com Washington, para diminuir as
tensões que existiam no governo Vargas. Raul Fernandes (governo Dutra: política subserviente
aos EUA).
Ministro da Fazenda: Eugenio Gudin
Café Filho REVOGA a Lei de Remessa de Lucros
Crise de supervalorização artificial do café (Vargas disse que o café tinha um preço
mínimo, o que vai contra a comercialização do café). Café Filho REVOGA a política do
Preço Mínimo.
Pesquisa “Átomos para a Paz”; criação do CNPq. Das 3 armas, a mais beneficiada foi a
aeronáutica, que havia sido pivô da crise de agosto de 1954, com a República do Galeão.
Alterações no Acordo Militar de 1952 e no reaparelhamento da F.A.B.
SUMOC 113: atração de investimentos estrangeiros.
Aproximação Brasil-BOLÍVIA: Café Filho encontra o presidente da Bolívia, Victor Paz
Estenssoro, em 1955 inaugura-se a Ferrovia. A política boliviana, que era voltada para o
pacífico, passa, no século XX, a voltar-se para o Atlântico, pq perdeu a saída para o mar. O
interesse brasileiro é na ferrovia e no petróleo.
A NOVEMBRADA
JK é eleito com 40% dos votos, e a UDN contesta essa vitória, querendo negar a sua
posse. A UDN já tinha tentado isso antes.
2 golpes preventivos, feitos pelo General Lott, para garantir a posse de JK. 1º contra
Carlos Luz e dps contra café Filho. Os Golpes foram militares, mas ambos foram legitimados
pelo Congresso.
Antes de JK tomar posse ocorre outro episódio
REVOLTA DE JACAREACANGA
FAB tenta impedir a posse do presidente, e é reprimida.
C. JUSCELINO KUBITSCHEK (1956-1961)
Fala-se muito do aspecto econômico do governo (50 anos em 5, por ex.).
Todos os aspectos de instabilidade do governo anterior permanecem.
MOTIVOS PARA A MAIOR ESTABILIDADE DOS ANOS JK
Base governista mais estável (a aliança entre o PTB e o PSD ocorre desde a eleição).
Agora, o cabeça de chama era do partido majoritário, o PSD.
O presidente coloca Jango como vice, o que garante o apoio do PTB. O PTB dobra o
número de ministros (agora são 2: trabalho e agricultura).
Estabilidade nas Forças Armadas: Lott NÃO será ministro durante todo o governo, mas
ele é um líder perante as forças armadas.
A marinha é “subornada”, com a compra do 1º Porta Aviões (que será chamado de
Minas Gerais).
Anistia aos rebeldes de Jacareacanga.
Conciliação – consegue pacificar, ainda que haja problemas: é possível a conciliação
com os militares, com a oposição (“Bossa Nova” da UDN) e com os movimentos sócio-
políticos.
- Ligas camponesas
- movimento operário
- Partido Comunista (que estava na ilegalidade desde 1947, e só volta à legalidade
posteriormente). Qdo o presidente rompe com o FMI, os comunistas vão às ruas em
sua defesa.
Em termos políticos, o governo é genial.
A política externa é um reflexo dessa conciliação, e é coerente com ela. É em cima do
muro, em todos os campos. Essa política (“Avanços e recuos”) é criticada pq foi abertamente
influenciada pela PEI, que tenta aproveitar todas as oportunidades que a política do JK tinha
aberto. A PEI NÃO é uma ruptura, mas uma continuidade, pq, afinal, a política externa é uma
política de estado, NÃO de governo.
ANTECEDENTES DA PEI NO GOVERNO JK:
Política africanista: ao menos uma retórica favorável à descolonização. Na prática,
vota a favor das potências imperialistas. (“Sanção Social”: o BR era contra o apartheid, mas era
uma questão de soberania, o governo não intervém).
Tensões com Lisboa: [gov.Br x gov.potgues, no governo JK]:
i. RETÓRICA FAVORÁVEL Á DESCOLONIZAÇÃO: A. Asilo diplomático do candidato de
oposição ao candidato do Salazar, o cara busca asilo político na embaixada brasileira
(Álvaro Lins era embaixador em Lisboa e decide dar asilo político ao Delgado de Carvalho).
O governo português fala que o cara pode fazer o que quiser, que não dará garantia
nenhuma. A situação é resolvida com um acordo de cavalheiros, e Álvaro Lins é demitido.
Negrão de Lima é contratado para o cargo, fala que Ptgal trata bem todas as suas colônias
africanas. B. General seqüestra um navio português em Angola, e vem para o Brasil, falando
que vai derrotar o Salazar (janeiro de 1961, Jânio Quadros está tomando posse). O cara
desembarca em Recife, inusitadamente. JQ interrompe a posse para autorizar o cara a
desembarcar em território brasileiro. É dessa maneira hollywoodiana que começa a PEI.
ii. 1958: BR reata relações comerciais com a URSS. Só reata as relações diplomáticas em
1961.
iii. 1958: OPA. Multilateralismo, posição mais globalista, com prioridade para a América
Latina.
D. A POLÍTICA EXTERNA INDEPENDENTE
DIRETRIZES;
Autonomia
Autodeterminação
Diversificação de parcerias
Globalismo
Prioridade para a América Latina
A conciliação entre o capital nacional e internacional começa no governo JK.
Ênfase nas continuidades: Santiago Dantas (convidado por Afonso Arinos para ser embaixador
do BR em Washington. No dia seguinte, JK renuncia. O Jango assume como parlamentarista e
convida Santiago Dantas, e ele convida Afonso Arinos para ficar. A UDN não deixa. Santiago
passa a ser ministro das Relações Exteriores e faz com que Afonso Arinos seja embaixador em
Washington. Santiago tem ótima fluência nas burocracias nacionais. Ele começa a ser o
ministro da PEI). Ele é MRE de 1961 a 1962.
FUNAG: publicou um livro com discursos de Santiago Dantas.
Ele é tido como esquerdista – contrário à expulsão de Cuba na OEA, conferência de Punta Del
Esta (na verdade, o BR se absteve, mas defendeu a ideia de autodeterminação). Também
ocorre em seu mandato o reatamento das relações diplomáticas em 1947.
Qdo Santiago assume como ministro, ele começa a se tornar cada vez mais perigoso, ele está
no meio, em um cenário de polarização. Ele é odiado pela esquerda radical e pela direita
radical, justamente pq ele é um exemplo da moderação. É o fracasso de uma democracia
brasileira pela via média.
Atuação da Santiago Dantas como Ministro da Fazenda (nomeado por Jango): política
ortodoxa de corte de gastos. TODAS as categorias do funcionalismo público querem aumento
de salário (a inflação chega a 50%). MAS tem uma categoria que, se não é satisfeita, vai direto
para o presidente. É concedido aumento aos militares, devido ao temor do presidente de ser
derrubado. Ele é derrubado anyway. Morre em 1964.
E. RELAÇÕES BR-ÁFRICA DO SUL
Até 1985: crítica ao Apartheid em termos retóricos. Só e POR CAUSA da
REDEMOCRATIZAÇÃO a política externa brasileira para a África do Sul tornar-se-á relevante.
Com a REDEMOCRATIZAÇÃO, o goevrno abre mão de uma política soberanista e faz
boicote à África do Sul.
Até dec.1960, os EUA tinham maioria na Assembleia Geral. Depois, qdo o terceiro
mundo “invade”, a Assembleia Geral começa a tomar decisões contrárias aos interesses dos
EUA. Súmula da déc.1970 contra o apartheid na África do Sul.
Q.15, alternativas:
I. C.
II. E. Não há desentendimento, mas aproximação. Café Filho de esquerda – OK.
III. C.
IV. E. Adolpho Justo Bezerra de Menezes foi enviado como observador.
Q16, alternativas:
I. E. Os acordos de Roboré foram feitos por cartas, acordos de cavalheiros. Não é um
momento de afastamento, mas de aproximação.
II. E. O presidente NÃO era impopular, e ele NÃO tinha incapacidade de articulação,
muito pelo contrário.
III. E. Exceto a frase “marcado por greves constantes”, o resto está tudo errado.
IV. E. Ele fazia parte da “Bossa Nova”. Ele só se torna governador da Guanabara a partir de
1962.
Q.17, alternativas:
I. C.
II. E. Não podia liderar a frente ampla pq estava MORTO desde 1964. Ademais, a Frente
Ampla foi composta por Jango, JK, Lacerda
III. C.
IV. E. A taxa de crescimento do governo brasileiro foi ZERO (8% em 61, 4% em 62 e ZERO
em 63). Mas está errado pq foi adotada uma política ORTODOXA.
Q.18, alternativas:
I. C.
II. C.
III. C.
IV. E. Ele CONCEDE o aumento salarial.
Q.19, alternativas:
I. E.
II. E.
III. E. NÃO houve ruptura das relações diplomáticas.
IV. C.
Q.20, alternativas:
I. CERTA.
II. ERRADA. NÃO são os mesmos movimentos sociais. NÃO é a renúncia de Jango, mas de
Jânio. Ele tampouco renuncia no dia 24, mas no dia 25 de agosto.
III. CERTA.
IV. CERTA. Revolta de Aragaças, pq Jânio renuncia a candidatura, e ele volta atrás.
V. CERTA.
Q.21, alternativas:
I. CERTA.
II. CERTA.
III. CERTA.
IV. ERRADA. O governo Vargas, JK e Jânio crescem significativamente, Apenas no final do
governo Jango começa a cair. O declínio não ocorre devido a motivos econômicos, mas plíticos.
V. CERTA.
BAQO 25
1. Paraguai
1.1. Independência (1811) - a independência do Paraguai é reflexo da independência da
Argentina
Governo francia (1813-1840). Duante TODO o governo do Francia não houve
reconhecimento da independência de Paraguai (o 1º país a reconhecer a
independênica do Paraguai foi o Brasil, em 1844)
I. Isolacionismo, devido a um receio do expansionismo brasileiro, de um lado, e,
ppalmente, da Argentina.
II. Início da abertura: governo Carlos A. Lopez (1844-1862)
Aproximação dos ingleses
Exportador de erva-mate
1.2. Relações Brasil-Paraguai
BRASIL: 3 objetivos distintos (durante TODO o século XIX)
i. Livre navegação: acesso às províncias mais longínquas, em virtude da
precariedade das vias terrestres.
ii. Questão de LIMITES: o BR não busca ratificar suas fronteiras em termos
nacionalistas, mas nos moldes de um paradigma colonialista do século XVIII. A
ideia é demarcar limites ppalmente defensivos. Nesse momento essa ideia é
importante pq existe um expansionismo argentino, que deve ser limitado.
iii. Ideia de CONTENÇÃO da ARGENTINA.
1844: reconhecimento da independência do Paraguai pelo BR. O reconhecimento do
Paraguai é uma maneira de cercear os avanços da Argentina nesse momento. Há
grande instabilidade interna na década de 1840, por isso o BR não consegue se opor a
Rosas, então foi esse o instrumento utilizado pelo governo brasileiro. O Paraguai, para
o Brasil, é um Estado-tampão. [Para o concurso, o grande exemplo de um Estado-
tampão é o Uruguai, MAS, sob a perspectiva de um estado que quer se defender dos
argentinos, faz sentido considerar o Paraguai um E-tampão. Tailândia, Indochina, na
Ásia, e podem ser considerados estados-tampão – Afeganistão, em relação à Rússia].
A. 1864-1870: GUERRA DO PARAGUAI [livro publicado editorial tiempo y historia –
missão Cavalcante, artigo do doratiotto]
Tríplice aliança (BR, ARG e URU) x Paraguai (tentativa de desenvolver o “Grande
Paraguai”, representante do povo guarani).
VITÓRIA da Tríplice Aliança. O BR tenta negociar SEPARADAMENTE o Tratado de paz
com o Paraguai (pq tenta resolver um de seus objetivos diplomáticos: a contenção da
Argentina).
1872: BR negocia a paz em separado, assinando um Tratado de Paz, que soluciona a
questão da livre navegação (no rio Paraná e no rio Paraguai) e resolução da questão
de fronteira.
A fronteira com o Paraguai vai “... desde o salto do Guairá até a Foz do rio
Iguaçu”. Isso deixa em suspenso uma questão: o salto do Guairá pertence a
quem? Isso foi rediscutido no governo Castello Branco, o que é resolvido com
as cataratas, na déc.1960.
Relação Argentina-Paraguai: a Argentina tenta anexar uma porção do território
paraguaio. Ocorre uma arbitragem, presidida pelos EUA (R.Hayes), que dá
ganho de causa ao Paraguai.
B. REPÚBLICA
Interferências do BR na política externa paraguaia:
B.1. Governo Floriano Peixoto (1891-1894)
Missão Cavalcanti (durante o governo J. Gonzáles – 1890 a 1894). Cavalcanti é o
ministro designado pelo Brasil para trabalhar no Paraguai. Gonzáles é do partido
colorado (tradicional aliado do Brasil). MAS no governo de Gonzáles isso não ocorre,
pq a economia paraguaia está desestabilizada, e, simultaneamente, o BR está
cobrando dívidas de guerra do Paraguai! Por isso Cavalcanti tenta interferir de maneira
mais assertiva na política paraguaia. González tinha Decoud, ministro da fazenda,
apoiado pela Argentina. Caballero (candidato à oposição) e Egusquiza. A missão
Cavalcanti apóia a chegada de Egusquiza ao poder, que é mais próxima ao Brasil.
Gonzales é, em certa medida, um colorado “fajuto”. Ocorre um golpe militar,
patrocinado pelo Brasil, e liderado por Egusquiza. O resultado da Missão é uma
intervenção bem sucedida no Paraguai, que faz com que Gonzáles saia do poder, e
coloca Egusquiza no poder do país.
Observação: Na déc.1940 temos atuação predominantemente colorada. Os colorados estão no
poder até 2008 (com Lugo). Até lá, tem-se um ambiente favorável à aproximação BR-Paraguai.
A chegada do Lugo ao poder reflete os nacionalismos difundidos na América do sul na dpecada
de 1990, além de refletir a problematização da aproximação entre Br e Paraguai.
GOVERNO EGUSQUIZA (1894-1898)
B.2. Governo DUTRA
Nova missão, 1947, captaneada por Francisco Negrão de Lima (MRE de JK). O marco é
a construção da Ponte da Amizade.
Busca mediação diante de uma conjuntura de Guerra Civil observada no Paraguai, que
opõe LIBERAIS e COLORADOS (durante o governo H. Moringo, 1941 a 1948). Moringo
NÃO aceita a mediação. MAS o governo Moringo tem força militar suficiente para
vencer os liberais. Os colorados, portanto, continuam no poder. A Guerra Civil é em
1947.
Mário Gibson Barbosa negocia as cataratas.
Governo Médici: o MRE é MGB, em 1973 assina o Tratado de Itaipu.
Guerra do Chaco: aproximação do Brasil ao Paraguai e à Bolívia (mais a esta última, em virtude
da simpatia da Argentina em relação ao Paraguai).
Observação: Vargas é o 1º presidente brasileiro a visitar o Paraguai, em 1941.
C. ITAIPU
C.1. Aproximações entre BR e Paraguai desde o Governo Vargas.
1941: Vargas visita o Paraguai. Estabelece uma série de benfeitorias em termos
estruturais no Paraguai (agências bancárias no Paraguai, Porto de Santos para escoar a
produção Paraguaia, que terá mais opções).
C.2. Governo JK
Marca o início da construção da Ponte da Amizade, que terminou, foi inaugurada, no
governo Castelo Branco (1965).
C.3. Governo Castelo Branco
Retomada do “...desde o salto do Guairá”. Especialistas enviados para analisar a
potência energética do Salto do Guairá (e a reação dos paraguaios é: o Salto é nosso!).
1966: Mário Gibson Barbosa envolvido na Ata das Cataratas.
Aproximação BR-Paraguai x Argentina (que não teria condições de aproveitar do
potencial enrgético). A Argentina, nesse momento, problematiza a relação com o
Brasil. Em 1989 ocorre o Acordo Tripartite, quando se anuncia uma nova aproximação
entre Br e ARG (até nuclear).
1973: Tratado de Itaipu (MGibsonB: perspectiva da criação de Itaipu). No governo
MÉDICI.
1984: inauguração de Itaipu.
2. BOLÍVIA
2.1. Independência
San Martin e Bolívar fizeram a independência do Peru (de baixo para cima e de cima
par abaixo). Peru é o epicentro administrativo da América espanhola. (“É necessário
neutralizar o Peru”). Bolívar fará com que o Alto Peru torne-se a Bolívia. É um modo de
enfraquecer o vice-reino do Grão-Peru. Não há liderança única.
1825; General SUCRE é responsável pela independência da Bolívia
2.2. Características da Bolívia como Estado:
a. Voltada para o Pacífico
Papel importante da Audiência de Charcas (um tribunal localizado naquilo que, agora,
é La Paz): ponto de partida para a relevância de La Paz como centro de ocupação do
território. La Paz não é uma cidade litorânea – ideia de obstáculo geográfico da
Cordilheira.
Barreira geográfica : Cordilheira dos Andes.
Escoamento da Prata : ocorre, não só, pelo rio da Prata, mas por alguns portos no
Pacífico, no porto de Arica (Chile) ou de Guayaquil (Equador).
b. Aproximação do Atlântico
B.1. Missões religiosas
Chiquiros
Mojos
B.2. GUERRA DO PACÍFICO (1879): Chile x Bolívia e Peru [associação entre Chile e
Inglaterra, luta por fertilizantes (!)].
A Bolívia PERDE o acesso ao Pacífico.
FERROVIAS: A Bolívia tenta se aproximar do Atlântico construindo ferrovias
(ex: Corumbá-Sta Cruz de La Sierra; Madeira-Mamoré NÃO foi concluída...). BR e
ARG se aproximam
NAVEGAÇÃO FLUVIAL: rios como o rio Paraguai (origem da Guerra do Chaco,
BOL x PAR – 1932 a 1935: busca, pela Bolívia, de acesso ao Rio Paraguai,
importante para chegar ao Prata). A ARG intermedeia o conflito. [qdo o BR tenta
intermediar, oferece ferrovias – qdo o BR não oferece ferrovias, oferece a livre
navegação].
2.3. Relações BR-BOL
A. Questão de Limites
a.1. Questão de Chiquitos: 1825
(situados na parte oriental do território boliviano, eles PEDEM para fazer parte
do Brasil!). NÃO é o BR que busca essa incorporação, mas um governo provisório
do Mato Grosso. Ocorre uma tentativa invasão, que não se desdobra e, como
resultado, é vetada pelo Imperador (eles invadem e voltam).
a.2. Tratado de Ayacucho: busca a resolução dos limites, 1867 (não é definitiva, ainda
ocorre a problemática com o Acre).
I. O BR estabelece fronteiras:
O BR negocia com o uti possidetis.
O BR tem amplos ganhos territoriais
II.Livre Navegação na Bacia Amazônica, por SEIS ANOS (o BR já tinha liberado a
navegação do RIO Amazonas, mas esse rio NÃO passa pela Bolívia. Para chegar até ele
é necessário passar por outros rios!). [discussão interna no Brasil: posição Saraiva, que
entendia que a navegação dos afluentes tbm deveriam ser internacionalizadas x
Nabuco, que não queria abrir os afluentes para a livre navegação, já que o país teria
uma boa posição para barganhar com seus vizinhos).
a.3. Questão do ACRE: fortemente povoado por brasileiros, após o boom da borracha,
ao longo dos rios.
[entre 1867 e 1903, ocorre o boom da borracha, e aquela região quase NADA povoada,
passa a ser ocupada por brasileiros]
O BR fecha o rio Amazonas à navegação dos EUA. Não se recorre à arbitragem. Ocorre
negociação direta, em termos bilaterais, entre BR e BOL. Essa negociação ocorre nos
termos do Tratado de Petrópolis.
Com o T. de Petrópolis ocorre a Permuta desigual com compensação financeira (3 mi
de libras pagas à BOL). O BR ganha 190mil kms. O BR cede pequenos territórios.
Ferrovia Madeira-Mamoré.
B. QUESTÃO ENERGÉTICA
b.1. Petróleo (Pró-Chaco: 1938): NÃO FUNCIONA a tentativa de troca da exploração do
petróleo em troca de ferrovias.
1955: inauguração da ferrovia Corumbá-Santa Cruz. Marca a aproximação entre BR e
Bolívia (notas reversais: processo de negociação SEM interferência do legislativo): os
Acordos de Roboré marcam essa negociação para a exploração do petróleo boliviano.
b.2. Gás natural
A BOL passa a exportar gás natural para a ARG (1972)
1974: Carta de intenções BRA-BOL.
Inauguração do gasoduto BR-BOL em 1999.
Q15, alternativas:
I. E.
II. C. O 1º presidente é Fulgencio Yegros.
III. E. BR é o 1º país
IV. E. O PAR é um país isolado do mundo, ele não consegue. Ademais, a navegação do
Prata NÃO está resolvida nesse momento.
Q.16, alternativas:
I. E. A Arg quer aproveitar tbm da aproximação BR-Paraguai. Essa aproximação AFASTA a
ARG do BR, NÃO aproxima.
II. C.
III. E. Em um 1º momento, temos argentinos.
IV. E. Essa missão não tem NADA a ver com aproveitamento energético, mas manter o
poder do governo.
Q.17, alternativas:
I. E. Isso é historiografia da década de 60!
II. E. Pq o fim da guerra é em 1870, com a morte de Solano Lopes. A retirada das tropas é,
sim em 1876.
III. E. Ppalmente a Missão Cavalcanti é um exemplo da intervenção brasileira. No séc. XX o
BR se retrai com relação ao Paraguai.
IV. C. Sob a perspectiva do império britânico, o Uruguai era um estado tampão, e sob a
perspectiva brasileira o Paraguai é um Estado tampão.
Q.18, alternativas:
I. C.
II. C.
III. C.
IV. C.
Q.19, alternativas:
I. C.
II. E. Ainda falta o Acre!
III. E. Ela não tinha perdido ainda a saída para o mar (Ayacucho é em 1867, ela parde a
saída para o mar em 1979).
IV. E. Roboré Não ocorreu no séc.XIX.
Q.20, alternativas:
I. .
II. ERRADA. O BR NÃO vai tentar resolver conflitos fronteiriçoes com o Paraguai nesse
momento.
III. .
IV. .
V. .
Q.21, alternativas:
I. CERTA.
II. E. M.Mamoré não é construída nesse momento.
III. E. Não houve fracasso, foi bem sucedido.
IV. E. Zuazo foi presidente na déc.50
V. E.
BAQO 26 – 19.01.2012
A POLÍTICA GAÚCHA NO IMPÉRIO E NA REPÚBLICA VELHA
I. Farroupilha
II. Revolução Redentora de 1923
III. Revolução Federalista (1893 – governo Floriano Peixoto) – causa da Ver. Redentora
Guerra dos Farrapos
a. Causas:
i. Crescente dificuldade de escoamento da produção para o mercado interno. (A
economia gaúcha era voltada para o mercado interno. Começam a entrar carnes
uruguaias no porto do Rio de Janeiro, era mais fácil em virtude de questões logísticas –
indústrias saladeiras salgavam as carnes. As carnes brasileiras pagavam imposto de
15%, desde a lei Bernardo de Vasconcelos, que uniformiza a alíquota de 15% para
TODAS as nações).
Indústrias estancieiras, que trazem gado a pé, pagavam MUITOS impostos, pq iam do
RS para SC, p/ SP e p/ RJ, e tinham q pagar nessas travessias. Sofriam com a
concorrência do gado uruguaio e argentino.
ii. Ato Adicional de 1834 evidencia aos gaúchos a debilidade do governo central.
Bento Gonçalves e Bento Manuel eram lideranças do RS. Bento Gonçalves reúne-se
com Feijó, pq havia denúncias que ele estava mancomunado aos inimigos do Brasil
iii. Guerra da Cisplatina (de 1925 a 1928).
Importância da cavalaria no século XIX: TODA a cavalaria brasileira era gaúcha, era
lógico, estrategicamente, manter a cavalaria no RS. As guerras eram decididas pela
cavalaria. O BR PERDEU a Guerra da Cisplatina pq os gaúchos não conseguiram ganhar
a província rebelde (q feeeeio...)!
Desprestígio gaúcho no governo chimango (moderados. Os exaltados são os
“farroupilhas”).
Custo financeiro e humano. As consequências ruins da Cisplatina atingiram ppalmente
o RS, que perdeu muitos homens e gastou muito $$.
República Rio-Grandense: 1835 a 1845.
b. A PEG (Política Externa Gaúcha) da República Rio Grandense
Recordar é viver:
20.set.1835: Tomada de Porto Alegre
1836: República Piratini. O presidente será Bento Gonçalves. Foi uma escolha
desastrosa pq ele NÃO podia assumir a presidência, pq estava PRESO em uma
das primeiras batalhas! Foi levado para a Bahia.
1837: Fuga de Bento Golçalves.
1837: Feijó renuncia em virtude da fuga de Bento Gonçalves.
Política Externa:
1º momento: Até o final dos anos 1830, Bento Gonçalves tenta aliança com os
blancos de Oribe. Indiretamente, estou me aproximando de Rosas.
Final dos anos 1830 essa situação começa a se modificar. Não estava sendo
vantajoso estar do lado de Oribe (Rosas era Federalista, e os farroupilhas eram
federalistas também). Em uma primeiro momento era uma união ideológica,
defendiam as mesmas ideias. MAS a aliança não era muito pragmática...
...2º momento: aproximação e aliança com Rivera. Há um problema de
dificuldade de escoamento do charque, cuja solução passava pelo litoral
uruguaio [o único jeito de vender o charque é pelo litoral. Mas não dava p/ ir
pelo litoral gaúcho, pq ele é controlado pelo Império – a marinha gaúcha não
era exatamente primorosa. Portanto, há bloqueio e não há chance de escoar o
charque, a menos que os gaúchos escoem o charque por via do Uruguai. O RJ
comprava o charque. Por esse motivo os gaúchos não adotaram uma política
isolacionista, já que precisavam dos uruguaios.].
Observação: Montevidéu fica cercado por 10 anos, por causa da guerra, e fica
impossível escoar desse jeito.
Transição da República Rio Grandende para aproximação que traga “mais
frutos”, com Frutuoso Rivera (tu tu tsh!). Uma espécie de “Bandung Platina”,
tenta juntar os inimigos do Rosas (Unitaristas, dissidentes, liberais) e a
República Rio Grandense.
1843: Rosas tenta aproximar-se do Brasil. É assinada uma Aliança Militar. Essa
Aliança malogrou, pq a Argentina é traiçoeira: Rosas volta atrás. As elites
políticas do Império abandonam Rosas – a hegemonia de Rosas é perigosa
tanto para o Império como para os farroupilhas. Por isso, os farroupilhas aliam-
se ao Império.
c. O FIM
Temor da hegemonia de Buenos Aires no Prata
Estrangulamento econômico, resolvido pelos gaúchos por intermédio de um
inusitado contrabando – os gaúchos vendem carne para o próprio governo!
Caxias NÃO dá trégua aos farroupilhas: sabia que a superioridade terrestre brasileira
é grande, fica atacando as regiões controladas pelos farroupilhas. Assim, começa a
prejudicar os interesses dos latifundiários, que começam a perder dinheiro, e pensam
que, talvez, seja melhor aliar-se ao Império. Um desses nomes é o de Bento Manuel
(que mudou de lado umas 3 vezes durante a guerra).
Atração de comandantes rebeldes
1844: RETORNO do gabinete LIBERAL ao poder, por 5 anos! Com eles é mais fácil de
negociar.
LEI ALVES BRANCO: teve mais aspectos pragmáticos do que práticos, simboliza que o
governo está preocupado em proteger o mercado interno – COMPROMISSO COM A
PROTEÇÃO DO MERCADO INTERNO, que era, afinal, o objetivo dos farrapos.
Problema: questão dos escravos que lutaram na Farroupilha. Há uma reivindicação
de dar alforria aos escravos que lutaram como soldados na farroupilha – regimentos
inteiros de negros (muitos escravos fogem de suas fazendas para tentar lutar lá e,
consequentemente, serem alforriados. Uma alforria traria a seguinte mensagem:
“fuja de sua fazenda e lute contra o governo que vc será livre!”). A solução foi a mais
pragmática possível: ter uma batalha final:
BATALHA DE PORONGOS: Massacre!!!! Os negros são, quase todos, mortos.
Davi Canavarro, acusado de ser o mentor do massacre, assinou a
reincorporação e a paz, em jan.1845.
d. CONSEQUÊNCIAS:
Crescente pressão gaúcha pelo intervencionismo:
1851: Intervenção contra Oribe.
1852: Manuel Osório faz uma intervenção contra Rosas, ao lado de Urquiza.
Nesse momento, ocorreram diversas guerras na Europa e nos EUA que demonstraram
a necessidade de artilharia. A cavalaria começa a perder a utilidade. Surge a necessidade de
um oficial instruído, com conhecimento estratégico e de guerra: um oficial científico, educado
na Academia de Guerra do RJ. Um jovem qualquer do RJ fica em posto de controle e os oficiais
gaúchos simplesmente vão embora – a honra gaúcha fica ameaçada, era um desprestígio.
Queda do gabinete Zacarias.
Ao final da guerra do Paraguai, há ENORME concessão de títulos de nobreza aos
gaúchos, que estão putos, para aplacar a ira. Resolve um pouco.
Filme: cavalo de guerra, sobre a 1ª Guerra Mundial. Mostra a inutilidade da cavalaria à época.
Dinâmica da Terceira fase: detalhes da história da política externa brasileira. Schade...
Q.15, alternativas:
I. E. NÃO há constante por parte dos farrapos, e o Império aproxima-se de Rosas em
1843.
II. C.
III. C.
IV. C.
Q.16, alternativas:
I. E. Dps da Farroupilha há pressão cada vez maior para uma intervenção.
II. E. Não é uma posição de crise – apogeu do café, melhora da arrecadação com as
tarifas Alves Branco. Há tranqüilidade econômica.
III. E. A libertação dos pouquíssimos escravos que sobreviveram na Batalha de Porongos
não foi suficiente. As leis abolicionistas só começam em 1871, dps da Guerra do Paraguai (a lei
Eusébio de Queiroz NÃO era abolicionista, mas relacionada ao tráfico).
IV. E. Rivera PERDEU. Se tivesse ganhado, não haveria necesidade de intervenção.
Q.17, alternativas:
I. E. Os escravos participaram SIM.
II. E. Ela NÃO foi intransigente na defesa dos escravos negros, e tampouco foi algo
unânime na historiografia gaúcha, pq é justamente ele que assina a rendição.
III. C.
IV. C.
Q.18, alternativas:
I. C.
II. C. Caxias é nomeado “para que a guerra funcione”.
III. C.
IV. E.
O Rio Grande na 1ª República
No RS já havia oposição
Partido republicano Rio Grandense (PRR): positivista
Déc.1900:
(lideranças)
- Júlio de Castilhos (elabora a Constituição)
- Pinheiro Machado
Déc. 1910 e 1920:
- Borges de Medeiros
Versus
OPOSIÇÃO LIBERAL
- Revolução Federalista
Guerra civil aberta entre liberais e positivistas. Os positivistas do PRR ganham, com
apoio das tropas do governo de Floriano, enquanto os liberais serão apoiados pela
armada em fuga.
Como federalistas, eram influenciados (herdeiros) da farroupilha (MARAGATOS)
Os positivistas eram os CHIMANGOS, pq tinham o apoio do governo (Chimangos ou
PICA-PAUS).
A oposição liberal é derrotada pelas armas, mas não como oposição partidária.
SEMPRE houve oposição mais ou menos organizada no RS, presente no PARTIDO
LIBERAL. A chance deles chegarem ao poder chega em 1922, com as eleições
presidenciais.
1922: ELEIÇÃO PRESIDENCIAL
Artur Bernardes (PRM), apoiado pelo presidente Epitácio Pessoa
versus
Militares e camadas médias com o candidato Nilo Peçanha (apoiado por RJ, PB, BA). É
a reação republicana. Apoio gaúcho, com Borges de Medeiros.
Artur Bernardes ganha as eleições, e faz intervenção nos estados que não o apoiaram –
só NÃO no RS – Borges de Medeiros busca uma acomodação com o novo governo, aceita a
derrota e, inclusive, reprime o tenentismo.
1923: eleições estaduais.
Assis Brasil apresenta sua candidatura (ele era dissidente do PRR, que foi para o lado
dos liberais)
versus
Borges de Medeiros (PRR).
Borges de Medeiros GANHA. Assis Brasil NÃO aceita o resultado das eleições e parte
para a resistência armada (esperava uma intervenção federal a seu favor, que Artur
Bernardes o apoiasse. MAS Artur Bernardes não intervém, ele já tem problemas
demais, não quer entrar em uma guerra civil).
Borges de Medeiros envia um emissário, e é assinado o Pacto de Pedras Altas, que
previa:
i. NÃO haverá mais reeleição.
ii. Previa que não haveria intervenção no RS.
iii. A bancada gaúcha no Congresso Federal seria dividida entre oposição e
situação. Presença oposicionista nas bancadas legislativas.
1927: Getúlio Vargas na Fazenda.
1928: GV torna-se o natural candidato para a sucessão. Ele é eleito, como um
candidato de conciliação que surge naturalmente.
1929: GV conspira com Antonio Carlos de Andrada (presidente do estado de MG).
Ambos mandam emissários, que se encontram no Hotel Glória. O Pacto do Hotel
Glória dizia:
i. Se for indicado um mineiro por Washington Luís, OK.
ii. Se ele indicar QQ outro candidato, nós indicremos GV.
MG, RS, Paraíba: Aliança Liberal
WL indica Júlio Prestes, do PRP vs. GV.
Júlio Prestes GANHA. A situação ganha SEMPRE. Mas, nesse caso, em virtude do
assassinato de João Pessoa, começa uma resistência armada. Ocorre a Revolução de
1930 (3 out. a 24 de out.). Em 24 de out. ocorre a tomada de poder e um governo
provisório é instaurado.
GOVERNO PROVISÓRIO:
- ocorre a DEMISSÃO COLETIVA dos ministros gaúchos em 1931. Mostra que GV NÃO
controla o RS.
- 1932: Revolução Constitucionalista. Os paulistas acharam que os gaúchos iam apoiá-
los, mas isso NÃO ocorreu. Há oposição aberta ao governo.
Q.19, alternativas:
I. C.
II. E. O quadro político nacional é fundamental!
III. C. Nem todos apóiam Assis Brasil pq acham que ele é um traidor.
IV. C.
Q.20, alternativas:
I. ERRADO. Os tenentes foram reprimidos por Borges
II. ERRADO. Já tinha irritação dos militares, pq um civil foi nomeado para o ministério da
guerra.
III. E. não houve intervenção no RS.
IV. E. Não havia controle por GV
V. CERTA.
Q.21, alternativas:
I. .Borges Medeiros apóia Bernardes e WL.
II. .
III. .
IV. .
V. .
BAQO 27: 26.01.2012
AMÉRICA LATINA NO SÉCULO XX
1. ARGENTINA
Após breve modernização, comandada pela União Cívica Radical...
“Década Infame” (1930’s) – período conservador. (Contexto internacional; crise de 1929
e Grande Depressão).
o SÍMBOLO: Pacto Roca – Rucimán
o Exportação de carne (da Argentina) e, em contrapartida, o capital britânico
investe na Argentina.
o A Argentina teria sido “vendida” para a Inglaterra. Isso auxilia o discurso de
setores militares, que flertavam com o fascismo, e operarão o Golpe Militar:
ocorre a ...
o ... REVOLUÇÃO de 1943:
Após a “Revolução” forma-se o GOU (Grupo de Oficiais Unidos). Uma
vez no poder, passam a sofrer intervenções norte-americanas. O Departamento
de Estado dos EUA acredita que é uma questão de honra fazer com que a
Argentina rompa o isolacionismo, e entre na Guerra ao lado dos EUA.
A Argentina declara guerra ao Eixo em maio de 1945.
Perón ganha força na Revolução de 1943 – é um membro do GOU. Ele
era secretário do trabalho da Previdência Social: laborismo nacionalista. Perón
aprova uma série de medidas, construindo sua aproximação com os
trabalhadores. Críticos dizem que ele manipulou trabalhadores urbanos, recém-
saídos do campo, com suas reformas. Perón incomoda muitos membros do
GOU, inclusive é preso. Ele é libertado após protestos.
1946: Redemocratização da Argentina, após pressão americana. Perón
é eleito, com 56% dos votos, como presidente da Argentina. É uma das poucas
eleições da Argentina que não é contestada.
- A Argentina promove a substituição de importações.
- É um momento de virada, de urbanização – afluxo de camponeses, principalmente
para BA’s, para trabalhar nas fábricas (“Cabezitas negras”).
1º GOVERNO PERÓN (1946-1855)
Autodenomina-se “Amigo do Trabalhador”
Características do regime peronista:
i. Leis Trabalhistas
ii. Corporativismo da CGT (Central Geral dos Trabalhadores).
iii. Intervenção na economia
- projeto das estatais, principalmente nas indústrias de base.
- nacionalizações de ferrovias, empresas de energia, comunicações...
iv. Justicialismo (é sinônimo de peronismo. 1º foi criado o Partido Justicialista, que existe
até hoje na Argentina): promoção da justiça social
- Símbolo: Evita – Fundação Eva Peron (faz hospitais, promove políticas de assistência
aos humildes, constrói escolas).
O DESGASTE do Governo Perón:
- Crise econômica e agrícola.
- Morte de Evita (câncer).
- Conflito com a Igreja católica, que não aceitava a crescente intervenção peronista em
temas que, antes, eram dominados pela Igreja, como as Universidades. A igreja cria o
Partido Democrata Cristão, contrário ao Estado Laico de Perón. Perón responde, com
lei de divórcio, legalização de prostíbulos... A Igreja alia-se à oposição peronista,
ppalmente a setores militares, como a marinha e parte do exército.
- oposição de setores militares.
PS: assim que Eisenhower chega ao poder, Perón tenta aproximar-se dele. Não é uma
das causas de desgaste.
Um GOLPE MILITAR, conhecido como a REVOLUÇÃO LIBERTADORA, ocorre em 1955
(o poder dos militares vai até 1973).
De 1955 a 1973 há uma série de golpes militares.
Frondisi e o “espírito de Uruguaiana” permanecem até ele ser derrubado por um golpe
de Estado.
2º GOVERNO PERÓN: 1973-1976: Perón vence as eleições
Meses após assumir, em 1974, Perón morre. Sua vice, Isabelita (a esposa, dançarina)
assume. Isabelita NÃO tem o carisma de Evita, é tida como alguém querendo tomar o
lugar de Evita.
Há forte oposição popular, é vista como marionete nas mãos de seus assessores.
Contexto internacional: CRISE do PETRÓLEO – CAOS econômico!
- Inflação crescente
Ideia para dar um up na economia argentina: RODRIGAZO (MAXIvalorização do peso
argentino e DESindustrialização).
Ocorre a radicalização na Argentina.
- os MONTONEROS tentam implementar o socialismo na Argentina
VERSUS
- Triple A: Ação Anticomunista Argentina (caravanas da morte, etc)
MILITARES, apoiados pela Igreja, surgem como possíveis salvadores da pátria
GOLPE MILITAR (1976-1983)
TRIUNVIRATO: os líderes são Videla e Galtieri.
NÃO há MILAGRE ECONÔMICO na Argentina, por isso o apoio popular é difícil
(diferente do que ocorreu no BR, com uns 500 mortos e, no Chile, com uns 2000,
enquanto na Argentina foram uns 30 mil): GUERRA SUJA.
Eventos Nacionais
- COPA de 1978 na Argentina (contexto: governo de Jimmy Carter, direitos humanos).
Retratam normalidade, limpando a situação em todas as cidades. A população
comemora, óbvio, e a Copa acaba servindo de sustentáculo da ditadura.
- Malvinas: militares fomentam o aumento da insatisfação em relação às Malvinas.
Galtieri acredita que invadir as Malvinas criaria um fato consolidado para negociar as
Malvinas com a Inglaterra. Eles não esperavam que o governo da M. Thatcher
mandaria navios, em época eleitoral e tudo mais. [interesse geopolítico: petróleo,
exploração da Antártida]. Os militares são HUMILHADOS, e são obrigados a promover
a REDEMOCRATIZAÇÃO.
REDEMOCRADIZAÇÃO
A questão é: promover ou não um acerto de contas? O governo Raúl Afonsin foi
coagido por diversos ataques a bombas, comandados pelos militares.
Menem anistia diversos militares.
O ajuste de contas é retomado por Nestor Kirchner.
MÉXICO (1910-1917)
ORIGEM.
Porfírio Dias: ligado às oligarquias, privilegia o capital norte-americano. O
empresariado mexicano diz que, enquanto ele privilegiasse o capital norte-americano,
ele não iria crescer.
Eleições de 1910: momento fundamental.
- Porfírio Dias é o candidato natural
- Surge o Partido Anti-Reeleição, para tirá-lo do poder. O partido indica o candidato
Francisco Madero.
- Porfírio Dias chega a PRENDER Madero e, com muitas fraudes, VENCE as eleições.
- Logo depois ele liberta Francisco Madero, que, diretamente dos EUA, lança um plano,
o PLANO San Luís de Potosí (garante democracia, liberdades individuais, liberdade
sindical para os trabalhadores e reforma agrária). Tudo isso faz com que o povo se
revolte, e inicia-se a REVOLUÇÃO.
O PROCESSO REVOLUCIONÁRIO:
i. Revolução Madeirista
Clara hegemonia da burguesia mexicana, que, uma vez no poder, não quer dar
liberdade aos sindicatos, nem reforma agrária.
Forte tensão com os sindicatos.
Emiliano Zapata: divulga o seu Plano de Ação (Plano AYALA), que tem como lema
“Terra e Liberdade”: elaboração de uma reforma agrária, baseada nos Ejidos, posse
comunal da terra indígena que precede a chegada dos brancos espanhois.
Madero NÃO tem apoio de ninguém mais: os norte-americanos percebem que, se ele
for apoiar o empresariado mexicano, não apoiará o capital americano.
PACTO DA EMBAIXADA (EUA e setore conservadores do Exército) promovem um
GOLPE MILITAR
ii. RADICALIZAÇÃO (1914/1915)
Ditadura Militar
Intervenção dos EUA, que Não é bem sucedida. Eles patrocinaram o Golpe, patrocinam
a tomada de poder de Huerta, mas acham que ele pode patrocinar o capital inglês no México.
Os norte-americanos tinham MUITO $$ investido no México, e temiam que o governo Huerta
mudasse de posição.
Movimentos populares:
- Líderes: Zapata, Pancho Villa (ele não tem um projeto político, é muito mais anti-
americano/oligarquia do que qq outra coisa), Carranza (é conservador, consegue impor-se
no poder e comanda os trabalhos da Assembleia Constituinte, que põe fim à Revolução
mexicana).
iii. CONSTITUIÇÃO DE 1917
Na prática, apesar da previsão constitucional, NÃO há reforma agrária, igualdade
jurídica, leis trabalhistas (direito à greve)... O Estado laico é, sim, implementado – mas aí tem-
se manifestações cristãs contra o Estado laico. Nesse momento, o México chama “Estados
Unidos do México” – federalismo.
GOVERNO CÁRDENAS:
Implementa os ppais pontos da Constituição mexicana e, portanto, da Constituiçao.
Cárdenas promove o corporativismo, que tem como símbolo a Central dos
Trabalhadores Mexicanos, e promove um diálogo entre os trabalhadores e a
esquerda (a orientação da URSS era fazer frentes nacionais – Trotsky estava no
México nessa época).
Leis trabalhistas
Nacionalizações (Ex: PEMEX)[EUA NÃO gostam: “coitado do México: tão longe de
Deus, tão perto dos EUA]
Reforma agrária da história mexicana: tem como base os Ejidos
Muralismo: busca-se estabelecer conexão direta entre Cárdenas e os
Revolucionários
CUBA
Tem auxílio dos EUA no seu processo de libertação. Em troca disso, os EUA proporão
uma emenda à Constituição cubana – a Emenda Platt; “Se os interesses econômicos e políticos
dos EUA NÂO fossem cumpridos em Cuba, os EUA poderiam intervir lá. Cuba ganha o apelido
de “quintal dos EUA”
Na déc.1930, no contexto da política da boa vizinhança, os EUA suspendem a Emenda
Platt, mas começam a apoiar ditadores, como Fulgêncio Batista. Em seu governo NÃO há crise
econômica, mas crescimento econômico – um crescimento excludente. Por isso surgem
movimentos de oposição, como o Movimento Revolucionário 26 de julho, liderado pelo jovem
advogado Fidel Castro.
Castro estava exilado no México, fazem guerras de guerrilha.
Revolução cubana é uma revolução NACIONALISTA.
O governo americano não se conforma com as ações nacionalistas, como a Reforma
Agrária. A CIA faz várias operações para sabotar Fidel, que se aproxima gradualmente à URSS.
A ivasão da Baía dos Porcos é patrocinada pelos americanos, mas NÃO tem
intervenção direta da marinha americana.
filme“Che – A guerrilha”
Q.15, alternativas:
I. C.
II. C.
III. E. Ele Não mantém fortes laços com as forças armadas. Perón aproxima-se dos
republicanos
IV. E. Não tem volta do ABC e as pressões da cruzada democrática NÃO simbolizam a
união entre os dois governos.
Q.16, alternativas:
I. E. Não controla a crise econômica.
II. E. Não existe consenso, e a guerra anti subversiva incicia-se ainda no governo da
Isabelita.
III. E. Vai ser utilizado como instrumento de propaganda política.
IV. E. Já existia na Argentina. Houve discussão na ONU desde 65.
Q.17, alternativas:
I. C.
II. E. Não tinha respeito às liberdades democráticas nem aliança com o movimento
operário.
III. E. Huerta era quem estava no poder, e a intervenção norte-americana NÃO foi bem
sucedida.
IV. E.
Q.18, alternativas:
I. C.
II. C.
III. E. Não tem mariners. Era o governo JK, e não Eisennhower
IV. E. não são apenas questões sociais. Financiavam o aparelhamento de tropas
Q.19, alternativas:
I. E. É caráter NACIONALISTA. NÃO socialista!
II. C.
III. E. O governo brasileiro tinha rompido com Cuba, NÃO tinha nenhuma relação com a
Revolução cubana.
IV. E. A Revolução cubana está baseada em questões sociais, NÃO crescimento
econômico. Não tem suspensão do embargo econômico
Q.20, alternativas:
I. ERRADA. Carter é democrata e NÃO tem embaixada de Cuba nos EUA, só uma
representação.
II. CERTA.
III. CERTA.
IV. CERTA.
V. CERTA.
Q.21, alternativas:
I. ERRADA. Foi eleito
II. ERRADA. Apoio do Partido comunista
III. CERTA
IV. ERRADA. Faz reforma agrária baseada nos Ejidos
V. ERRADA. NÃO tem privatização da PEMEX, tampouco cedeu às pressões
estadounidense.
BAQO 28 – 02.02.2012
MOVIMENTOS SEDICIOSOS COLONIAIS
(ANO PASSADO: caiu principalmente colônia – TUDO na colônia é contrário à intuição)
Questão da representatividade dos comerciantes no Brasil colônia: Guerra dos
Mascates: é um conflito entre Olinda e Recife, respectivamente de latifundiários e
comerciantes – entre 1710 e 1711. O estopim é a elevação de Recife à condição de Vila (era o
local dos comerciantes), tal qual Olinda. Ocorre uma invasão dos grandes latifundiários de
Olinda, que vão até o Recife, derrubam o Pelourinho, há uma discussão a respeito da
Proclamação de uma República.
Diríamos, com esse contexto, que é difícil para os comerciantes representarem-se na
Colônia. Eles demoraram quase 2 séculos para ter representatividade política!
Bibliografia: não adianta! Charles Boxer é um exemplo, mas está em um nível de
historiografia MUITO específico. WTF! É MUITO contraproducente...
GUERRA DOS MASCATES
Pq os comerciantes tinham dificuldade de representação no Brasil Colônia?
Parte da resposta é a cultura: NÃO era uma sociedade feudalista, mas mercantilista,
capitalismo mercantil.
A estrutura da concessão de terras era análoga à medieval, ao feudalismo (capitanias
HEREDITÁRIAS). O capitão donatário divide as capitanias em sesmarias, e doa-as.
Lembrar que, na sociedade feudal, ser dono de terras significava que você era um
nobre. O burguês era um paria, um excluído (ele desobedecia Deus, praticava usura,
era do mal!). Os capitães donatários, no Brasil, eram considerados nobres, ou nobres
brasileiros. Já aqueles que lidavam com o comércio eram mal-vistos. Isso começa a se
diferenciar com Pombal, que determina que não existe mais diferença entre os
cristãos e os cristãos novos.
Questões jurídicas: na Câmara Municipal era MUITO difícil o ingresso de um
comerciante. Eram vetados. Há uma estrutura mental que discrimina o comerciante, e
dificulta dramaticamente sua participação política.
Para a coroa portuguesa, o comerciante era o elo para a acumulação mercantil de $$,
eles são um instrumento da relação metrópole-colônia, do exclusivo metropolitano.
Isso mostra porque a intervenção na Guerra dos Mascates foi favorável aos
comerciantes, os mascates. Para eles, a “nobreza” brasileira não era nobreza. Ter um
diploma de nível superior, no Império Português, fazia que o indivíduo passasse a ter
um status de Barão.
Para ocupar todos os cargos necessários, era preciso ter gente suficiente, e muitos
deles não eram nem alfabetizados. (reinóis, ou mazombos x colonos – portugueses).
Filhos de indivíduos nascidos no Brasil alcançam altos cargos na Colônia portuguesa –
um exemplo disso é Alexandre de Gusmão, secretário particular do Rei.
No séc.XVIII, o tráfico negreiro era completamente independente de Lisboa. Não
passava por Portugal, a relação era direta entre Brasil e África. O exclusivo
metropolitano era uma lei que era totalmente desrespeitada: quase todo o tráfico
NÃO passava por Portugal.!
Historiografia
Com o IHGB começam os estudos de história do Brasil
Escravo e índio não interessavam para essa elite. O resultado é que a historiografia do
século XIX dará maior relevância aos conflitos liderados por colonos, geralmente
contra a Coroa. A historiografia inventou um termo: “movimento nativista”. Ao olhar
para os movimentos sediciosos do séc.XVII e XVIII, olhamos de maneira enviesada.
Cultura estética: Romantismo indianista (entre branco, negro e índio, só é possível
escolher o último: se escolho o branco, não me diferencio dos portugueses, não posso
escolher o negro, pq é uma sociedade escravista).
Guerra dos Emboabas: não tinha NADA de oposição à Coroa portuguesa, era uma briga
por controle de zonas mineradoras, entre indivíduos da colônia.
I. Historiografia sobre a colônia
IHGB: Identidade nacional
(nacionalista)
Inventaram os “movimentos nativistas” ou “anti-fiscalista” (determinante econômico
por trás de uma questão política). Exemplos: Legitimação Regional – Batalha de Guararapes
ou Legitimação Republicana (Inconfidência Mineira e o mito de Tiradentes). A historiografia
atribui elemento político a movimentos que não necessariamente tinham esse viés.
Começam a fazer críticas.
Esses movimentos criaram a impressão ERRADA de que nesses movimentos nós não
temos separatismos, que ocorre apenas depois, com a chegada dos ideais iluministas... A
Aclamação de Amador Bueno como rei do Brasil, a proclamação de uma República,
ocorreram, SIM, nessa época.
São 300 anos de história, e SÓ 7 revoltas, sendo que algumas delas nem eram contra a
Metrópole!! A Coroa negociava muito.
II. Características Gerais
Sociedade Mercantil (mercantilismo: monopólio dos grupos sociais)
Oposição na Colônia entre os “homens bons”, que vivem da terra – o que realmente dá
prestígio, e os comerciantes: Lógica feudal.
Dependência da coroa dos colonos:
Preenchimento de cargos burocráticos.
Razões fiscais: são os colonos que produzem tudo na colônia.
Questões estratégicas: proteção do território, descoberta de riquezas (ouro, pelo
bandeirante, que eram muito independentes, a Coroa não gostava deles. Ocorre a
negociação da descoberta – é ÓBVIO que os bandeirantes já tinham descoberto ouro e
ainda não tinham contado para a Coroa: a questão é QUANDO contar para a Coroa?).
Tradição de TOLERÂNCIA e negociação da Coroa com as elites coloniais.São 300 anos
de história, e apenas 7 revoltas, algumas delas nem foram contra a Metrópole!! A Coroa
negociava MUITO com os brasileiros. Ex: Borba Gato, matou oficial, representante da Coroa
portuguesa – depois disso ele sumiu, continuou explorando o território. 10 anos depois a
Coroa portuguesa perdoa seus crimes e pede que ele lidere as explorações do ouro na Colônia.
- Anistias
- Honrarias
- Monopólios: anos depois de descobrirem o ouro, eles contam para a Coroa, sob a
condição de terem monopólio sobre determinadas coisas.
Limitada influência externa
Até 1808 era proibida a presença estrangeira no território colonial, à exceção de 4
famílias inglesas, que moravam no Rio.
III. Levantes
(A historiografia do Império considera que TODOS esses movimentos são nativistas, mas
NENHUM deles é!)
i. Aclamação do Amador Bueno, 1640 (SP): influência espanhola
ii. Expulsão dos holandeses, 1654 (PE): influência da Holanda
iii. Guerra Palmarina, décadas finais do séc.XVII (destruição do Quilombo de Palmares
pelos Bandeirantes) (PE/AL) – única liderada por escravos
iv. Revolta de Beckman, 1684 (MA) – ANTIFISCALISTA : influência da família Beckman,
holandesa.
v. Guerra dos Emboabas, 1708-1709 (MG) - DISPUTA INTRA-ELITE
vi. Guerra dos Mascates, 1710-1711 (PE) - DISPUTA INTRA-ELITE : a Coroa colocou panos
quentes.
vii. Revolta de Vila Rica, 1720 (MG) – ANTIFISCALISTA
Novos fluxos de Mineração: GO / BA / MT / RO: escassa urbanização, estrutura
administrativa limitada. Ocorreu a descoberta de novos veios de ouro nas décadas de
1710-1720.
Os movimentos na América espanhola são MUITO mais duradouros e violentos (ex: Tupac
Amaru).
IV. Os casos em Minas Gerais
1708-1709: Emboabas: aqui NÃO tem Coroa, ainda. É uma sociedade tosca, não
organizada. Logo depois dessa Guerra MG e SP separam-se.
1720: Vila Rica – levante de faiscadores: aqui a Coroa ESTÁ presente. Sociedade mais
organizada.
.
1789: Inconfidência: SOCIEDADE COMPLEXA
Separatismo Republicanismo iluminismo
Essa sequência de movimentos: é como se os brasileiros fossem do nativismo ao separatismo
ao republicanismo.
------------------------
Textos: Ilmar Galvão – Moeda colonial
Texto: “Homens de grossa ventura”: diz que a sociedade brasileira poderia ter se modernizado,
eles ganhavam MUITO dinheiro, mas sempre que conseguiam dinheiro investiam naquilo que
trazia prestígio: escravos e terras. Para ser aristocrata é preciso ter terras. A lógica da
sociedade não se coadunava com o desenvolvimento (livro: “O arcaísmo como projeto”).
“Um Eike Batista avant a l’être”
Q.15, alternativas:
I. E.
II. C.
III. C.
IV. C.
Q.16, alternativas:
I. E. Joaquim Nabuco NÃO coloca Zumbi como ícone. Tampouco Zumbi foi mártir, ele
ficou 1 ano escondido. Os caras que fugiam NÃO estava questionando a escravidão – existiam
escravos no Quilombo. O questionamento NÃO é a escravidão em si, mas o fato de EU ser
escravo – eles escravizavam os caras que, por exemplo, se recusavam a fugir!
II. C. Os paulistas chegam no Nordeste e começam a tocar o terror! Começam a atacar
Vilas e cidades.
III. C.
IV. E. NÃO há crítica à ordem escravocrata
Q.17, alternativas:
I. C.
II. C.
III. E. Faz-se uma “média”, e mantém-se o status de Recife como Vila.
IV. E. Assim como “mascates”, “a fronda dos mazombos” é um nome pejorativo.
Q.18, alternativas:
I. E.
II. C.
III. E. A Revolta dos mascates tem, sim, influência holandesa.
IV. E. São poucos os levantes e, em geral, duram pouco tempo. As que mais duraram, a
contra os holandeses e a Palmarina, não eram levantes de colonos. A
Q.19, alternativas:
I. E. A questão fiscalista existe, mas não se trata dos mesmos grupos sociais (revolta de
vila rica; garimpeiros, faiscadores x casas de fundição).
II. E. Não era nem nativista nem anti-lusitano.
III. C. Sub judice.
IV. E.
Q.20, alternativas:
I. CERTO.
II. ERRADA. Não é nada tão importante, são apenas conspirações... Não chegou a sair do
plano das ideias.
III. CERTO.
IV. CERTO.
V. CERTO.
Q.21, alternativas:
I. CERTA.
II. CERTA.
III. ERRADA.
IV. CERTA.
V. CERTA.
BAQO 29
DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA
Fatores
DECADÊNCIA DAS POTÊNCIAS IMPERIALISTAS no pós-guerra (não apnas pós 2ª, mas
pós 1ª Guerra Mundial: depois da 1ª GM, a Inglaterra terá uma contestação violenta
na Índia). Ex: Aiatolá Khomeini está promovendo a contestação à dominação inglesa.
Apesar de ser gestado após a 1ª GM, ganha MUITO mais força após a 2ª GM.
FORTALECIMENTO DOS MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL:
i. Militar: poucos milhares de africanos participam da 1ª GM, mas, na 2ª, MUITOS
participam.
- ocorre um contato técnico e experiência militar após as guerras.
ii. Político:
- Há poucas instituições de ensino na Ásia e na África, mas aquele que têm $$ investem
e mandam seus filhos estudarem na metrópole. Esses caras voltam e começam a
contestar o colonialismo.
- ocorre a formação de quadros desses indivíduos na colônia. Ex: Gandhi, MPLA –
formados pelos de dentro, de Angola, e aqueles que estão em Portugal – ocorre uma
cisão entre os que formaram o MPLA em Angola e os que estão em Ptgal. Khomeini tnm
é um exemplo disso. Alguns movimentos de libertação ocorrem sem essa interação, sem
quadros especializados (ex: Congo).
- apoio das Internacionais Comunistas (a II Internacional debate o imperialismo e a auto
determinação dos povos. A III Internacional estava esperando uma Revolução na
Europa, após a Revolução Russa: para os comunistas, a revolução não virá na Europa pq
o povo que está sendo espoliado é o povo afro-asiático: precisariam estimular a
revolução no âmbito MUNDIAL, não apenas na Europa!
iii. Pan-africanismo
- afirmam-se como negros e como indivíduos que têm direito à cidadania NAACP (1ª
organização de negros nos EUA).
- “Negritude”: ideologia da África francesa, das colônias francesas na América – uma
versão do pan-africanismo, mas é mais agressiva que ele – Fanon é um dos principais
ideólogos.
INFLUÊNCIA DOS EUA E DA URSS
APOIO DA ONU
- Desde a sua origem, a ONU fala em “autodeterminação dos povos”, algo que não
está presente na LDN.
- Salazar vai à ONU para falar da situação dos negros nas colônias de Portugal.
- A França, na maior parte de suas colônias, faz plebiscito para que as colônias decidam
se querem, ou não, permanecer ligados à França. Algumas, como a Guiana, Martinica,
querem. Outras ficam independentes. Outras, como a Argélia, precisam lutar.
AJUDA MÚTUA:
- Conferência de Bandung: 1955, Indonésia.
- Participam 29 países independentes (23 deles são asiáticos, o processo de
independência da África é posteriro).
- Luta contra o colonialismo / imperialismo
- Luta contra o racismo: não se pode lutar contra a Inglaterra e achar que eles são
melhores pq são brancos!
- NÃO se pode falar, nesse momento, a respeito do Terceiro Mundismo:
NEUTRALIDADE POSITIVA (já havia a ideia de usar a bi-polarização mundial em prol do
desenvolvimento asiático).
- 1961: Conferência de Belgrado (daí vem o 3º Mundismo).
- GRUPO DE CASABLANCA: Prega um socialismo africano
Grupo de Casablanca versus
(lideranças ligadas mais à URSS)
Grupo de Monróvia
(lideranças ligadas mais aos EUA)
- Ocorre a criação da OUA (Organização da Unidade Africana), por grupos menos
radicais: NÃO dá certo. (Nos anos 2000, há uma refundação, com Mandela, com a
Unidade Africana)
- “Regra de Ouro”: NÃO contestar as fronteiras coloniais, pq a ideia é começar a lutar
contra o imperialista europeu, NÃO lutar contra as etnias rivais. Isso, porém, ocorrerá
posteriormente...
ESTUDO DE CASOS
ÍNDIA
Líder: Ganchi (já chega na Índia como uma figura famosa. Projeta-se qdo está
trabalhando como advogado na África do Sul, e começa a lutar contra o racismo na África do
Sul. Quando volta à Índia, passa a lutar contra o imperialismo, com uma lógica de
desobediência civil).
Desobediência Civil: NÃO se aliste no exército inglês (cipaios: PAGOS para ingressar no
exército, eram “sacrificados”), NÃO usar produtos ingleses - tecidos, NÃO pagar impostos, NÃO
comprar o sal da Inglaterra – usar o sal do mar (“A marcha do Sal”).
- Liga Muçulmana (Ali Jinnah) – era CONTRA a fragmentação da Índia. Dps da 2ª GM
passa a ser a favor.
- Partido do Congresso (liderado por Nehru)
A reação da Inglaterra à Marcha do Sal é a prisão de Gandhi. Em resposta, a população
começa a atacar os guardas ingleses. Em protesto, Gandhi faz uma greve de fome, para
tentar conter a violência. Os ingleses começam a ter o Gandhi como ppal político. A
Inglaterra NÃO cedeu a independência na década de 30 em virtude da 2ª GM. Após o
término da 2ª GM, em 1947, ocorre a libertação – os ingleses convencem Gandhi a
esperar (um “hold”) um pouco com o movimento de independência.
Livro do Gandhi (“Essa noite, a liberdade”).
Gandhi era contrário à fragmentação...
Em 1947: LIBERTAÇÃO
Fragmentação
Rivalidades
GUERRA (em resposta, Gandhi começa a fazer greve de fome)
Radical hindu MATA Gandhi.
ÁFRICA DO SUL
ORIGEM: GUERRA DOS BOERES (1899-1902)
Boeres: brancos africanos. São descendentes (longínquos) dos holandeses, que fizeram
um entreposto na Cidade do Cabo. Quando a Inglaterra chega lá e tentam invadir (não
aceitam a dominação inglesa – são brancos, cristãos...). Vão para o interior – vão para
Orange e Transvaal. A Inglaterra entra em guerra contra os Boeres.
RESULTADOS: A Inglaterra mantém a colônia, e cria a União Sul-Africana (1910 – 1947
– momento no qual ficam totalmente livres da Inglaterra, entre 1910 e 1947 era um
protetorado – depois de 1947 passa a ser África do Sul). A África do Sul passa a ser um
protetorado. Quem manda são os AFRIKANERS (brancos holandeses misturados com
ingleses).
Logo depois da independência: Brancos no poder: racismo costumeiro – são poucas as
leis racistas.
Déc. 1930: PARTIDO NACIONALISTA, quer tornar o racismo mais institucionalizado.
Proposta:
- “Política da Boa Vizinhança”
- Existem 3 raças (brancos, negros, mestiços): Elas precisam criar regras para conviver
bem.
APARTHEID (1948-1994): é mais branco contra negro – a diferença entre Boeres e
Afrikaners é menos forte.
“Group Area Act”: dividem brancos, negros e mestiços, com o “teste do lápis” – no
cabelo!!!
“Lei do Passe”: para entrar na área dos brancos, os negros precisam de uma
identificação. Os negros podiam circular no território dos brancos – se estivesse por lá
em um horário inadequado, ele era encaixado na LEI ANTI-COMUNISTA (NÃO só os
negros, mas os brancos anti-apartheid, que tbm eram chamados de COMUNISTAS).
“Lei da Imoralidade”: qq tipo de relação sexual entre negros e brancos era encaixada
aqui, poderiam ser presos.
Há forte resistência negra. São MUITOS grupos étnico e lingüísticos diferentes – zulus,
etc – e essa falta de união entre os grupos negros também dificulta a resistência, sob a
perspectiva ideológica e militar. O aparato bélico do regime é MUITO grande, para
reprimir.
EUA:
Tolerância ao regime. A África do Sul faz o trabalho sujo na Guerra Fria, mata os
comunas. Isso muda progressivamente durante a década de 1970 e 1980:
i. Oposição da ONU
ii. 1965: negros ganham direitos civis nos EUA
iii. 1980: negros republicanos e democratas fazendo políticas de inclusão e
lutando contra a África do Sul. A opinião pública americana já pede ma posição
contrária dos EUA contra a África do Sul. Eles ficam cada vez mais isolada
1990’s: O FIM do APARTHEID - Le Clerc, um dos líderes brancos, começa a aceitar o
fim.
Ocorre a libertação de Mandela.
Eleições Gerais
Mandela é eleito presidente. Ele é uma figura MUITO importante para conter as
tensões. Muitos temem por sua morte.
Comissão para a Verdade e Reconciliação. A sociedade africana julgaria os excessos
praticados pelo Apartheid, há um debate para anistiar os crimes cometidos pelo
regime durante o Apartheid.
ÁFRICA PORTUGUESA
Salazar NÃO concorda em negociar com as colônias, que seriam um resquício daquele
tempo no qual Ptgal era uma potência.
MAS, na déc.1960, iniciam-se os 1os combates pela independência, quando a maior
parte das colônias africanas já ficaram independentes.
1960’s: GUERRA DOS PRETOS
PAIGC: Partido para a Independência da Guiné e de cabo Verde (comunistas)
FRELIMO: Frente de Libertação Moçambicana
MPLA: Movimento Popular pela Libertação de Angola.
FNLA: Frente Nacional de Libertação Angolana (apoiados pela China, só pq a URSS
apóia o MPLA)
UNITA: União Nacional para a Independência Total de Angola
TODOS versus o Exército de Portugal, que VENCE!
A fragilidade dos movimentos de libertação, o fato de Portugal ter uma perspectiva
que integra as colônias, e não apenas o “poder do exército português”, faz com que eles
vençam.
Influência da REVOLUÇÃO DOS CRAVOS (ABRIL/1974)
Fatores:
i. Salazarismo, mas SEM Salazar (morto). Assume Marcelo Caetano, jurista, mas sem o
carisma fascista de Salazar.
ii. Insatisfação militar: eles não veem NENHUM sentido em ficar lutando na África, Ptgal
NÃO ganha nada com as colônias – inclusive, eles gastam mais $$ na guerra do que
arrecadam com as colônias, que não conseguem explorar.
iii. Crise econômica acarreta descontentamento na população (colocam cravos no cabo das
armas, mas NÃO são pacifistas – saem com canhões pelas ruas!)
O novo governo negocia com as colônias.
Moçambique: a independência é dada para FRELIMO (só há 1 grupo), e a África do Sul
estimula a criação da ___
PAIGC: a independência tbm é dada (só há 1 grupo).
O problema está em ANGOLA, que tem mais grupos.
CASO ANGOLANO
Seria criado um governo de transição, com todos os grupos + o governo ptguês. Em 11
de novembro de 1975, ocorreriam eleições e Angola ficaria independente.
Há uma GUERRA CIVIL, e a luta é: quem vai estar em Luanda no dia 11 de novembro??
É isso que vai acontecer. Na véspera do 11 de novembro, há um cenário de destruição.
Essa guerra vai de 1975 a 2002.
GRUPOS:
FNLA: apoio do Zaire e dinheiro dos EUA (a ideia era dar $$ para qq um que não fosse
comunista!) versus
UNITA: apoio da África do Sul (se o MPLA ficasse no poder, lutaria contra o apartheid e
ia lutar a favor da independência da Namíbia) versus
MPLA: apoio de Cuba e dinheiro da URSS (VITÓRIA!)
Atuação do PCP (Partido Comunista Ptgues) junto aos jovens intelectuais de Lisboa.
Diferença entre FNLA e UNITA: “Laços de solidariedade”: em Angola, existia uma
questão étnica e geográfica, que separam os 2 movimentos.
“Cabinda”: enclave angolano: petróleo. Há um movimento separatista (atiraram contra
a seleção!)
O encerramento da Guerra Civil: Quando o líder da Unita (Jonas Savimbi) morre, a
UNITA depõe as armas. REVER.
Observação: 1988: Acordos de Nova Iorque
TODAS as influências externas sairiam de Angola, seria feito um armistício e seriam
feitas eleições.
A África do Sul compromete-se a sair de Angola e a dar independência para a Namíbia
(A sociedade das Nações passou a tutela da Namíbia para a África do Sul após a 1ª GM.
A ONU compactua com essa tutela em um primeiro momento).
Ambos ocorrem, mas Savimbi não quer sair do poder, e retoma a Guerra Civil.
VER YOU TUBE: resistência ao apartheid
Q.15, alternativas:
I. C.
II. C. Primeiros congressos pan-africanos; afirmar que os negros devem ter participação
na sociedade.
III. E. Não há essa dissociação da luta pelos direitos civis dos afro-americanos. Tampouco
acreditava que o apoio dos EUA...
IV. E. Está tudo errado.
Q.16, alternativas:
I. E. Conf.. de S. Francisco trabalha a ideia da tutela – que defende a auto-determinação
dos povos.
II. E. NÂo – o imperialismo não é fortalecido, mas contestado. Tampouco há crescente
estabelecimento de instituições de ensino superior... A opinião européia tampouco apóia o
colonialismo.
III. E. SWAPO (Herero)
IV. C.
Q.17, alternativas:
I. E. Há política africana na virada dos anos 1970 p/ 1980.
II. C. Neo-colonialismo: elite local.
III. E. NÃO há bloco terceiro mundista em Bandung. Tampouco havia tantas
independências assim
IV. C.
Q.18, alternativas:
I. E. “Política de zigue-zague” – Sombra saraiva. Americanos criticam.
II. C. “E novo” = Salazarismo.
III. E. O MPLS NÃO ganhou pq foi vitorioso nas urnas.
IV. E. Não tem apoio direto da África do Sul.
Q.19, alternativas:
I. C.
II. C. O objetivo do apartheid era tornar irreversível a situação dos negros no país. Antes
não havia segregação institucionalizada, piora a situação do negro no país.
III. C.
IV. C. “CNA”: Congresso Nacional Africano.
Q.20, alternativas:
I. CERTA.
II. CERTA.
III. CERTA.
IV. ERRADA. Não havia independência na déc.1930.
V. CERTA.
Q.21, alternativas:
I. CERTA.
II. CERTA. O veto na verda das armas ocorreu até a década de 1980.
III. CERTA.
IV. CERTA.
V. ERRADA. As atividades antiapartheid NÃO foram diminuindo, mas aumentando.
Q.18, alternativas:
VI. .
VII. .
VIII. .
IX. .
http://www.4shared.com/get/FE4FxJ3P/Acordo_Ortogrfico_-_Resumo.html
http://www.4shared.com/account/dir/YU1dnvts/_online.html?rnd=65#dir=116965604