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HISTÓRIA ORAL E MEMÓRIAAULA IV
Jose Miguel Arias NetoCDPH/DH/HIS
• Filme: Londrina, 1959 Memória dominante dos textos postas em imagens cunha identidade.Outro tipo de imagem: fotografia
Londrina , anos 30
LONDRINA ANOS 40 - 50
IDENTIDADE – MEMÓRIA - HISTÓRIAIdentidade
Até anos 50 – domínio da filosofia/ adm policial (carteiras de identidade/ identificação suspeitos) – Séc. XIX – Indivíduo.
Erik Erikson – (anos 40, final da II Guerra) – psicologia:
• Dialética do processo de socialização do indivíduo e do migrante
• Identidade pessoal x identidade social
Anos 60 – De conceito de historia de vida de um indivíduo a conceito que descreve as transformações das coletividades ( identidades coletivas)
• Renascimento étnico de raças não miscigenadas das culturas imigrantes nos EUA – redescobrimento de raízes culturais no exterior
• Conselho de Pesquisa em C. Sociais dos EUA: pesquisa sobre a identidade política de países em desenvolvimento, onde estados de perfil colonial/culturas tribais – não alcançam padrões de democracia sem a construção de culturas políticas nacionais
• Identidade coletiva européia x pluralidade de tradições culturais sem vontade de integração. 1973 – Documento sobre Identidade Européia – lugar da Europa no mundo/poder global
• Filosofia – Neohegelianos de esquerda e de direita: identidade com racionalidade/ atos comunicativos/ cooperação transnacional X volksgeist ( identidade própria x identidade estrangeira)
Anos 80 – Identidade coletiva ( difusão s/ precisão terminológica)
Entre-Guerras: conceito de identidade para o domínio da cultura e da política
• Carl Schmitt – 1922 – Teologia política: democracia: identidade de governantes e governados. Democracia- princípio regulador dentro de uma entidade social homogênea. Líder político- verdadeiro representante.Identidade essencial: ditadura democrática. Homogeneidade social – versão biológica e racista – Leis de Nuremberg/ Holocausto
• George Lukacs, 1923 História e consciência de classe. Último estágio do processo histórico: quando proletariado percebe a sua transformação/identificação em sujeito-objeto da história. Proletariado é conservador. Assim, os intelectuais revolucionários – atribuem consciência à classe. Radicalismo autoritário dos intelectuais.
• Aldous Huxley, 1932 – Admirável Mundo Novo
Estado Global ( síntese do fordismo, darwinismo, cultura drogas e dos meios de comunicação): abolir sociedade e história e perpetuar comunidade baseada em um sistema de castas aceito por todos (comunidade, identidade e estabilidade).Identidade coletiva: desigualdade genética e pedagogicamente programadaFormações totalitárias/ sociedade de massasMídia: produção de realidades/ identidades/ memória e historia
• Freudusa o termo identidade como imigrante- construção da alma, poderes emocionais e sentimentais obscuros, impossibilidade de uma consciência clara.Integração não é identidade. Identidade fadada a persistir.Identidades diversas culturas x estruturas materiais objetivas ( identidade relacionada ao poder – regional, nacional etc)
• Halbwachs, Maurice.
Memória – lembrança significativa. Processo socialmente condicionado de reconstrução que se apoia em estruturas sociais e rituais de comunicação.
Lembrança – espaço social do presenteIdentidade social. Identidade coletiva – memória de grupos, memória presente não neutralizada pelo universalismo da História científica.
Resposta aos conceitos de identidades homogeneas. Nazismo. Formações totalitárias modernas.
História X Memória
HISTORIA X MEMÓRIA
• Relação positiva – história enriquece representações da memória coletiva. Pensa a si e sua relação com o passado
• Relação negativa – história se volta contra a memória. Função de construir um saber sobre o passado como verdade.
• Fundação da História como disciplina
Condenação da Memória como ideologia. História se firma como saber verdadeiro sobre o passado – Século XIX radicaliza o feito de Tucídedes na Antiguidade. A Historia contra a Memória.
• Passado – condição concreta da existênciaHistoriador fala a partir de documentos – crítica e análise
• Historia produto social – lugares sociais da historia. Interação com memória e representações coletivas
• Produção social mediada pelos lugares
Historia e suas relações com poder – destruição das memórias coletivas. Visão particular – Verdade universal.
Lugares de memória: complexidade dos grupos/ conflitos/ ações
Memória
• Subsistente: o que sobrevive do passado no presente/ Sentido de preservação e reprodução da sociedade
• Princípio ativo: trabalho, reflexão sobre o passado. Instrui ação de indivíduos, grupos e sociedades/ Sentido da diferença, das transformações, da afirmação da eficácia transformadora do tempo. Futuro. Poder humano sobre a história. Desnaturalização do tempo.
• Memória coletiva
campo de conflitos: memória hegemônica X memórias de grupos
Grupos dominantes: sua própria memória
• História ( disciplina)
memórias distintas / contraditorias
lugares da história: um modo de memória
impulsos internos/externos – sociedade/ teorias da história
Sínteses globais múltiplas e não unívocas
BIBLIOGRAFIA• HALBWACHS, M. La mémoire collective. Paris: PUF, 1950.
• JANOTTI, M.L.M. & ROSA, Z.P. História oral: uma utopia? Revista Brasileira de História. São Paulo, v 13, n 25/26, p. 7-16 , set/92-ago/93.
• LEFORT, C. As formas da História. São Paulo: Brasiliense, 1978.
• ALBERTI, Verena. Fontes orais: histórias dentro da história. In PINSKY, Carla B. (Org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2005.
• GUARINELLO, Norberto Luiz. Memória coletiva e história científica. Revista Brasileira de História. São Paulo, v 14, n 28, 1994.
• NIETHAMMER, Lutz. Conjunturas de identidade coletiva. Projeto História São Paulo, n 15, 1997.