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TEMPO POUCO NUBLADO MIN 24 MAX 31 HUMIDADE 45-80% • CÂMBIOS EURO 9.5 BAHT 3.7 YUAN 0.7 AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ QUINTA-FEIRA 4 DE OUTUBRO DE 2012 ANO XII Nº 2707 PUB GUARDIÕES DE TEMPLOS MANTER VIVA A TRADIÇÃO CENTRAIS Investimento Dinheiro vindo de fora aumentou em Macau FESTA DA LUSOFONIA Orelha Negra por Portugal PÁGINA 14 TÁXIS Abusos durante a Semana Dourada PÁGINA 5 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Crime continua na esfera íntima PÁGINA 2 São dados de 2010 mas são os mais recentes que os Serviços de Estatísticas e Censos disponibiliza. Macau é destino de eleição para o investimento externo. Hong Kong, EUA e Ilhas Caimão formam o trio de maiores investidores que, juntos, deram aos cofres do território cerca de 20 mil milhões de patacas. PÁGINA 3 A montra apetecível ESPÉCIES AMEAÇADAS Acabar com o consumo à mesa PÁGINA 13

Hoje Macau 4 OUT 2012 #2707

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Edição do Hoje Macau de 4 de Outubro de 2012 • Ano X • N.º 2707

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Page 1: Hoje Macau 4 OUT 2012 #2707

TEMPO POUCO NUBLADO MIN 24 MAX 31 HUMIDADE 45-80% • CÂMBIOS EURO 9.5 BAHT 3.7 YUAN 0.7

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

PUB

MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • QUINTA-FEIRA 4 DE OUTUBRO DE 2012 • ANO XII • Nº 2707

PUB

GUARDIÕES DE TEMPLOS

MANTER VIVA A TRADIÇÃO

CENTRAIS

Investimento Dinheiro vindo de fora aumentou em Macau

FESTA DA LUSOFONIA

Orelha Negra por Portugal

PÁGINA 14

TÁXIS

Abusos durante a Semana Dourada

PÁGINA 5

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Crime continua na esfera íntima

PÁGINA 2

São dados de 2010 mas são os mais recentes que os Serviços de Estatísticas e Censos disponibiliza. Macau é destino de eleição para o investimento externo. Hong Kong, EUA e Ilhas Caimão formam o trio de maiores investidores que, juntos, deram aos cofres do território cerca de 20 mil milhões de patacas. PÁGINA 3

A montra apetecível

ESPÉCIES AMEAÇADAS

Acabar com o consumo à mesa

PÁGINA 13

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2 política quinta-feira 4.10.2012www.hojemacau.com.mo

ANÚNCIOHM-2ª Vez 04-10-2012無償還能力案 第 CV3-12-0001-CFI 號 第三民事法庭

Autos de Insolvência

3º Juízo Cível

REQUERENTE: LOBO, DIANA TERESA, do sexo feminino, residente em Macau na Estrada do Cemitério, nº5, r/c.

***

FAZ-SE SABER que por despacho de 25/9/2012, proferido nos autos de Insolvência em referência, a correr termos pelo 3º Juízo Cível deste Tribunal, foi designado o dia 29 de Novembro de 2012, pelas 15:00 horas, na Sala da audiência nº.3 do 5º an-dar deste Tribunal Judicial de Base de Macau, para a reunião da assembleia de credores para verificação provisória dos créditos, relativamente à referente, devedora LOBO, DIANA TERESA acima identificada, podendo os credores desconhecidos da re-querente, até 15 (QUINZE) dias antes da data designada para a reunião, reclamarem os seus créditos por simples requerimento, mencionando a origem e a natureza de tais créditos.

FERNANDO Chui Sai On tinha dito que preferia uma medida suave para

resolver os problemas da violência doméstica e parece que a vontade do Chefe do Executivo vai ser concreti-zada. A proposta de lei sobre a violência doméstica desis-tiu de transformar esta acção num crime público, avançou ontem a Rádio Macau, numa decisão que vai contra o que inicialmente era pretendido.

Chui Sai On disse em Agosto que os casos de violência doméstica se de-veriam resolver dentro de portas, antes de serem leva-dos a tribunal. O Chefe do Executivo já tinha frisado que “o essencial é prevenir” que situações de conflito aconteçam entre casais, mas relembrou que Macau é uma sociedade tradicional chine-sa. “O essencial é ter paz em

Cecília [email protected]

HO Ion Sang é um dos mui-tos que se diz confuso

com as decisões do Governo sobre o Macau Studio City. “Foi identificado por Lau Si Io [secretário para as Obras Públicas e Transportes] como um local onde não existiria jogo”, recorda o deputado. “Em 2011, Francis Tam [secretário para a Economia

Violência doméstica não vai ser crime público. Proposta de lei muda de nome e atrasa-se

Vítimas vão continuar à esperacasa. Por isso, o melhor é optar por uma medida suave para resolver a questão e permitir que haja um período de reflexão [entre o casal]”, disse na altura.

Mas o tradicionalismo da sociedade chinesa é precisa-mente um dos motivos que leva as pessoas que lidam diariamente com casos de violência entre casais a pedir a legislação. Em 2010, altura em que se falava no início de uma auscultação pública sobre o tema, a directora do Centro Social do Bom Pastor, irmã Juliana Devoy, disse ao Hoje Macau que não é comum as mulheres pedi-rem ajuda devido à cultura conservadora da China ou por causa dos filhos. Num relatório da Polícia Judi-ciária (PJ) sobre o assunto escreveu-se também que “as vítimas acham que não devem divulgar os escânda-

los da família”, tolerando a situação e impedindo a acção das autoridades.

O projecto de lei mos-trado ao público frisava, por isso, a necessidade de passar o crime de violência doméstica de semi-público para público.

DECISÃO NÃO FUNDAMENTADAMas, transformar o crime de violência doméstica em crime público implica alte-rar o próprio enunciado do Código Penal – actualmente denomina esta violação como “maus tratos” – e traz ainda outras modificações menos aceites. Não se sabe se terá sido por isso que o IAS entendeu não haver necessidade de tratar a violência doméstica como crime público.

Conforme relembrava ontem a Rádio Macau, o ob-jectivo inicial desta proposta de lei era precisamente evitar que os maus-tratos dentro de portas sejam entendidos como um assunto que só diz respeito às famílias. Além de agilizar as queixas, o facto de o crime ser público faria com que as questões processuais não estejam dependentes das vítimas que, neste crime de situações, têm tendência a recuar contra os agressores quando estes mostram arre-pendimento.

MAIS ATRASOS Mas as mudanças ao pro-jecto de lei não se ficam por

aqui. O diploma chamava-se inicialmente Proposta de Lei de Combate ao Crime de Violência Doméstica, mas passa a ser agora “Lei de Protecção e Tratamento da Violência Doméstica”.

Para quem esperava ver este diploma aprovado o mais breve possível, as novas alterações não trazem

também as melhores notí-cias: tudo indicava que a lei chegaria a votação antes do segundo semestre e a última vez que o Hoje Macau noti-ciou a situação do diploma, em Agosto, foi dito pelo Ins-tituto de Acção Social (IAS) que o projecto de lei estava já entregue aos deputados da Assembleia Legislativa

Deputado não percebe como é que Studio Citypode ter pedido mesas de jogo em 2006

Expliquem-me lá issoe Finanças] reiterou que não tinha havido pedido para a abertura de um casino e agora, em 2012 mudam as regras.”

Numa interpelação escri-ta, o deputado recorda que em Abril de 2012, Francis Tam confirmou que só a Sociedade de Jogos de Ma-cau, a Wynn, a Galaxy e a MGM tinham pedido mesas do jogo nos novos aterros do Cotai e que Jaime Carion, director das Obras Públicas, frisou em Agosto que o uso dos lotes do Studio City só incluíam hotel e não ele-mentos de jogo. Francis Tam

afirmou outra vez no dia 14 de Setembro que o Governo não ia aceitar pedidos para mesas de jogo que viessem depois de 2008. Porém, uma semana depois, no dia 21 de Setembro, Francis Tam mudou. “Disse que o Go-verno vai receber mais cinco pedidos de casinos no futuro, incluindo o do Studio City, que já tinha pedido mesas em 2006.”

O deputado queixa-se de não perceber como é que o Studio City, que só obteve capital social em Junho de 2011, podia ter pedido mesas de jogo em 2006. “O Governo vai ex-plicar bem essa confusão ao público?”

(AL), mas, contactados por este jornal, os membros do hemiciclo diziam estar ainda à espera. De acordo com a Rádio Macau, confirma-se que o projecto só será entre-gue ao Conselho Executivo no primeiro semestre do próximo ano. Desde 2008 que está a ser estudada a implementação desta lei. - J.F.

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3políticaquinta-feira 4.10.2012 www.hojemacau.com.mo

Joana [email protected]

O investimento ex-terior em Macau tem aumentado de ano para ano

e 2010 não foi excepção. O sector do jogo continua a liderar a lista das indústrias que servem de destino ao dinheiro de fora.

No total, a RAEM re-cebeu 23 mil milhões de patacas em 2010, mais 15,79 mil milhões do que em 2009. A maioria do in-vestimento directo é prove-niente de Hong Kong – que apostou 10 mil milhões em Macau -, e o sector do jogo representou 69% do total do investimento. Este número mostra que mais 16 mil mi-lhões de patacas do que em 2009 tiveram como destino a indústria dos casinos, há dois anos. Os dados são da Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), que disponibiliza apenas o relatório de 2010, uma vez que a informação relativa ao ano passado sai apenas no mês de No-vembro.

Depois de Hong Kong, são os EUA quem mais investe em Macau, lado a lado com os investidores das Ilhas Caimão. Em 2010, os norte-americanos dirigiram 5,50 mil milhões de patacas para empresas de Macau, as ilhas pouco menos – 5,40 mil milhões.

Em 2010 existiam no território 1900 empresas que detinham investimento directo do exterior. Estas empresas empregaram mais de 98 mil trabalhadores, a maioria (93%) residentes locais.

O estudo da DSEC abrange a indústria, o sector da construção, o comércio por grosso e a retalho, hotéis e restaurantes, transportes, armazenagem e comunica-ções e as actividades rela-cionadas com o sector do jogo, que ocupam a maior fatia de investimentos. Mas se Macau continua a somar investimento vindo de fora e a aumentar o stock deste investimento, já o que as empresas de Macau apostam lá fora tem vindo a descer significativamente.

RAEM RECUANo final de 2010, o valor do stock do investimento directo do exterior atingiu os 109 mil milhões de patacas. Este montante, que traz mais 25 mil milhões do que o de 2009, inclui o investimento

Ho Ion Sang quer multa mais pesada para condutores alcoolizadosO número de condutores apanhados com excesso de álcool no sangue aumentou 88% no ano passado, revelam dados da Polícia de Segurança Pública (PSP). Por isso mesmo, Ho Ion Sang quer que o Executivo tenha mão mais pesada nestes casos. O deputado pede numa interpelação escrita que a nova Lei do Transito Rodoviário regule estes problemas de forma clara. Não é apenas o álcool que preocupa Ho Ion Sang, mas também a ingestão de drogas seguida de condução. – C.L.

Investimento directo exterior nas empresas do território aumenta em 2010

Macau é destino preferido

directo que sobrou dos anos anteriores. O sector do jogo é o que mais investimento directo do exterior recebe, somando em 2010 já 70,28 mil milhões de patacas.

As actividades financei-ras e do comércio grosso e a retalho estão em segundo na lista das preferências, mas com uma diferença grande face ao dinheiro destinado ao jogo: somam 23 mil milhões de patacas em investimento.

O stock do investimento de Hong Kong em Macau cifrou-se em 40,85 mil mi-lhões de patacas, seguido dos residentes das Ilhas Caimão – com 23,16 mil milhões – e os dos EUA, com 17,66 mil milhões de patacas.

Mas se Macau parece ser risonho para os estrangeiros que decidem investir aqui, já as empresas do território recuaram nos investimentos feitos lá fora. Em 2010,

sozinho, investiram apenas 2,50 mil milhões de patacas no estrangeiro, um total que fez com que o stock do investimento se tenha ficado apenas pelas 5,45 mil milhões de patacas, menos 2,34 mil milhões do que em 2009.

RENDIMENTOS ALTOSDa lista de investidores em Macau, além dos acima referidos, constam ainda a

China continental e as Ilhas Virgens britânicas, sendo que não há registo de qual-quer investimento português no território.

Macau, contudo, não tem as mesmas preferências nos destinos que escolhe para investir. São 57 as empre-sas locais que investem no exterior, sendo que a maior parte do investimento foi para Hong Kong, que arre-cadou 2,69 mil milhões de

patacas, seguido da China continental – 2,23 mil mi-lhões – e das Ilhas Virgens britânicas, com 857 milhões de investimento de Macau. O dinheiro da RAEM é quase totalmente (99%) canalizado para actividades não financeiras, apesar de os dados não especificarem quais.

Os investimentos direc-tos do exterior no território fizeram com que quem

investisse em 2010 tirasse cerca de 29 mil milhões de patacas em rendimentos, mais nove mil milhões que no ano anterior. Quase 64% destes rendimentos saíram de actividades relacionadas com o jogo.

Já as empresas de Ma-cau conseguiram apenas 735 milhões de patacas em rendimentos, consequência de um menor investimento no exterior.

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4 sociedade quinta-feira 4.10.2012www.hojemacau.com.mo

Rita Marques [email protected]

A taxa de ocupação dos ho-téis de Macau, maiori-tariamente de luxo, não envergonha ninguém.

Segundo dados da indústria hote-leira, em média, 90% dos 25 mil quartos disponíveis no território estão ocupados por turistas em plena semana dourada. No entan-to, os preços incomodam alguns visitantes, ainda que venham com disposição para abrir os cordões à bolsa na indústria do jogo.

Ouvidos pela TDM, alguns turistas avaliam os valores como demasiado inflaccionados. “Ge-ralmente pago mil patacas por um quarto mas agora custa mais de três mil. Tivemos de andar por aí a perguntar nos hotéis. Se

Os quartos de luxo são a alternativa em Macau mas não agradam a todos os visitantes. O alojamento económico é uma solução já reivindicada pelos continentais, que na semana dourada gostariam de arranjar quartos de baixo custo

Hotéis económicos em Macau são uma necessidade apontada por turistas

Preços incomodativos

Ouro é o negócio da ChinaNos primeiros dois dias da Semana Dourada, o negócio do Ouro está imparável. Só nos primeiros dois dias já foi vendido mais ouro aos turistas do continente do que no mesmo período do ano passado. Mas a corrida ao ouro ainda mal começou, aponta-se para que o pico das vendas esteja agora a subir, sem que se note qualquer impacto face à subida do preço do ouro. “A julgar pelo primeiro dia, há uma ligeira subida na percentagem de vendas”, disse Lee Koi Ian, da Associação de Ourives de Macau à TDM. A cosmética e os produtos de higiene são outros dos produtos que aliciam os turistas. Para os turistas que visitam Macau, a sua qualidade é melhor, há mais variedade e os preços são comparativamente mais baratos.

marcarmos na Internet fica mais caro”, conta uma jovem turista do continente, que marcou viagem em grupo, sem recurso a pacotes tu-rísticos. “É caro”, diz outra turista de meia-idade. “O meu hotel custa 700 patacas por noite.”

A DEFESA DO SECTORNo entanto, o sector defende-se. Ouvido pela TDM, uma fonte li-gada à indústria hoteleira, explica que os preços estão ajustados e cumprem as normas previstas. “Nesta altura os preços são um pouco mais caros do que o habitual. A partir de 1 de Outubro, os hotéis de três estrelas cobram cerca de mil patacas, os hotéis de quatro estrelas pedem entre mil e 2 mil. É quase o mesmo do ano passado. Há um aumento mas é bastante modesto.”

As reivindicações dos turistas mostram que é necessário apos-tar na diversificação do sector, para chegar também a diferentes tipos de turistas, apostando em hotéis económicos. Uma opor-tunidade de mercado aberta para os empresários explorarem, já que actualmente há apenas 1500 quartos pertencentes ao segmento de baixo custo.

No princípio do mês, Fanny Vong, defendia esta ideia. “Temos muito mais oferta em termos de hotéis de luxo. Queremos mais hotéis económicos. Eu diria que necessitamos de um número mo-derado. Não porque precisamos de mais turistas, mas porque ne-cessitamos de diferentes tipos de turismo”, afirmou a presidente do Instituto de Formação Turística (IFT), Fanny Vong. Desta forma, garante, chamar-se-iam interes-sados em conhecer a herança cultural e estudantes, por exemplo, identificando alguns dos grupos de turistas abrangidos que deveriam ser abrangidos por uma oferta diversificada de produtos.

Recorde-se que, o alojamento

económico foi avaliado publica-mente como uma boa aposta por Costa Antunes, director dos Servi-ços de Turismo, porque descentra-liza a oferta na cidade. E, por isso, a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DS-SOPT) já estão a realizar reuniões sobre o licenciamento deste novo segmento de baixo custo.

SEMANA DE ENCHENTESegundo previsões de Costa Antu-nes, Macau costuma receber nesta altura festiva mais turistas face e isso sempre foi esperado em compa-ração com o ano passado, até porque este ano o calendário ajudou, com os feriados que se juntaram ao fim--de-semana. Os números apontam

para três milhões de visitantes a cruzarem as fronteiras da RAEM, o que indica um aumento de 10% face ao último ano.

De acordo com dados oficiais, em 2011, por esta altura, entraram em Macau mais de 770 mil visitan-tes, oriundos sobretudo da China Continental. Em média, foram alugados 18.700 quartos de hotel por dia. No entanto, o aumento não é um problema para este pequeno território, segundo o responsável, já que as novas infra-estruturas ligadas ao turismo, bem como os acessos reforçados, fazem com que Macau possa ter mais turistas.

No entanto, para quem atraves-sa a fronteira a espera parece ser longa, nomeadamente a partir das Portas do Cerco. As visões, porém, podem ser mais ou menos pessi-mistas. “Demorou muito tempo. Esperámos cerca de 45 minutos”, indicou um turista à TDM. “Aca-bou por ser mais rápido do que esperávamos. Esperei cerca de uma hora”, indicou outra visitante.

No terminal marítimo as coisas têm estado menos agitadas, facto comprovado pelo menor número de queixas sobre tempo de espera na imigração.

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5sociedadequinta-feira 4.10.2012 www.hojemacau.com.mo

Cecília Lincecí[email protected]

SEIS motoristas de táxi foram apanhados a não cumprir as suas funções. As violações

das regras passam por abusos de tarifa e por recusa em trans-portar passageiros durante os primeiros quatro dias da “Semana Dourada”.

No mesmo período, um inspector da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) ficou ferido. Tudo aconteceu porque o ins-pector se fez passar por turista e pediu para ir de táxi de Macau até à Taipa. O taxista pediu en-tre 100 a 300 patacas e, depois do inspector se identificar, o taxista fugiu tendo atropelado o inspector. O caso está agora entregue à polícia.

A prática de taxas abu-sivas já não é uma situação excepcional. Amiúde tem-se verificado que os taxistas

Wynn Resorts Okada não pode votar na administraçãoKazuo Okada não vai poder votar na assembleia da Wynn Resorts que irá definir o novo quadro administrativo da operadora. Uma decisão de uma juiz do Nevada negou ao empresário japonês, despedido em Outubro da administração da Wynn, a reposição das suas acções na operadora de jogo. Okada pediu a sua re-colocação como o maior accionista da Wynn Resorts e chegou mesmo a nomear dois homens da sua confiança para o conselho administrativo, acusando o actual de nada fazer para “parar acções questionáveis” de Steve Wynn para “ganhos financeiros pessoais”. Okada perdeu 20% das suas acções em Fevereiro, quando a empresa decidiu retirar-lhas. A juíza decidiu a favor de Steve Wynn, algo que desagradou aos advogados do japonês, que dizem que a decisão impede que Okada tenha o direito de nomear directores independentes e que “não se importem de lutar contra Wynn, assegurando os interesses dos accionistas em primeiro”. - J.F.

Abusos de tarifas e recusa de transportar passageiros continuam

Semana pouco dourada

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gostam de abusar da situação e esquecem-se das regras. Para além de situações de festas, os taxistas cobram tarifas abusi-vas e ilegais durante os tufões.

Num cenário como o da “Semana Dourada”, em que entram no território mais de

340 mil turistas, fica assim mais difícil apanhar um táxi.

A DSAT já veio a terreiro afirmar que os seis casos de abuso foram todos descobertos por inspectores da Direcção.

Dentro da classe as críticas também se ouvem. Um taxista,

ouvido pelo Hoje Macau, apon-tou que alguns colegas ainda não sentiram a mão pesada da DSAT e espera que isso acon-teça a breve trecho para bem da igualdade de direitos. “Não é segredo nenhum, alguns táxis esperam à porta dos casinos, mostram-se disponíveis mas na verdade estão a escolher os passageiros. Penso que a DSAT não tem feito o suficiente para combater a ilegalidade.

Entretanto, o presidente da Associação dos Consumidores das Companhias de Utilidade Pública de Macau, Cheang Chong Fai, apontou que “o número de inspectores é in-suficiente para o número de táxis, e como tal isso é uma grande lacuna”. “Proponho que se coloquem nos táxis uma espécie de caixa-negra que grave a imagem e a voz do condutor, e igualmente dos passageiros, para que o sector e as autoridades possam fazer as devidas análises.”

AVISO

COBRANÇA DO IMPOSTO PROFISSIONAL (DIFERENÇA DO ANO DE 2011)

1. Avisa-se os Srs. contribuintes que a única prestação do referido Imposto (diferença do ano de 2011) é cobrada durante o mês de Outubro do ano corrente.2. No mês de pagamento, se os contribuintes não tiverem ainda recebido o conhecimento de cobrança, agradece-se que se dirijam

ao Núcleo de Informações Fiscais, situado no r/c do Edifício “Finanças”, ao Centro de Atendimento Taipa ou ao Centro de Serviços da RAEM, trazendo consigo conhecimento de cobrança ou fotocópia do ano anterior, para efeitos de emissão de 2.ª via do conhecimento de cobrança.

3. O pagamento pode ser efectuado, até ao último dia do mês de Outubro, nos seguintes locais: - Nas Recebedorias do Edifício “Finanças”, do Centros de Atendimento Taipa ou do Centro de Serviços da RAEM; Os impostos/contribuições poderão ser pagos por intermédio de cartão de crédito ou de débito emitido pelo Banco da China

ou pelo Banco Nacional Ultramarino (incluindo “Maestro” e “UnionPay”). O montante total de pagamento não pode ser inferior a MOP$ 200,00 (duzentas patacas), nem superior a MOP$ 100 000,00 (cem mil patacas). O pagamento, através de cartão de crédito ou de débito, deve ser efectuado pelo montante total da dívida, sendo apenas permitido utilizar na operação um único cartão.

- Nos balcões dos Bancos a seguir discriminados: Banco da China; Banco Comercial de Macau; Banco Delta Ásia; Banco Industrial e Comercial da China; Banco Luso Internacional; Banco Nacional Ultramarino; Banco Tai Fung e Banco Weng Hang. - Nas máquinas ATM da rede Jetco de Macau, assinaladas com a indicação «Jet payment»; - Por pagamento electrónico [“banca-on-line”], no Banco da China, no Banco Nacional Ultramarino ou no Banco Tai Fung, através dos endereços: www.bocmacau.com, www.bnu.com.mo e www.taifungbank.com, respectivamente; - Por pagamento telefónico “banca por telefone”, no Banco da China ou no Banco Tai Fung.4. Se o pagamento for efectuado por meio de cheque, a data de emissão não poderá ser anterior, em mais de três dias, à da sua

entrega nas Recebedorias da DSF, e deve ser emitido a favor da «Direcção dos Serviços de Finanças», nos termos das alíneas 2) e 3) do n.º 1 do Artigo 4.º do Regulamento Administrativo n.º 22/2008.

Se o valor do cheque for igual ou superior a MOP$ 50 000,00, deverá o mesmo ser visado, nos termos da alínea 4) do Artigo 5.º do Regulamento Administrativo acima mencionado.5. Os contribuintes podem também efectuar o pagamento através do envio de ordem de caixa, cheque bancário ou cheque por

correio registado para a Caixa Postal 3030. Note-se que não se pode enviar dinheiro, mas apenas ordem de caixa, cheque bancário ou cheque, devendo incluir-se um envelope devidamente selado e endereçado ao próprio contribuinte, a fim de se enviar posteriormente o respectivo conhecimento, comprovando o pagamento. Lembra-se que devem ser respeitadas as regras descritas no ponto 4, relativamente aos cheques.

- O envio para a caixa postal deve ser feito 5 dias úteis antes do termo do prazo de pagamento indicado no conhecimento de cobrança.6. Nenhum dos métodos acima mencionados acarreta quaisquer encargos adicionais aos contribuintes pela prestação do serviço de cobrança.7. Para a sua comodidade, evite pagar os impostos nos últimos dias do prazo. Aos 21 de Setembro de 2012.

A Directora dos Serviços,

Vitória da Conceição

ANÚNCIO

CONCURSO PÚBLICO PARA« OBRA DE REMODELAÇÃO DO 9.º ANDAR DO EDIFÍCIO

BANCO LUSO INTERNACIONAL »

1. Entidade que põe a obra a concurso: Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes.2. Modalidade de concurso: concurso público.3. Local de execução da obra: Rua do Dr. Pedro José Lobo, Edifício Banco Luso Internacional, n.º 1-3, 9.º andar, Macau.4. Objecto da empreitada: Remodelação de outro novo escritório para o Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes5. Prazo máximo de execução: 120 (cento e vinte) dias.6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do acto público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no programa do concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por série de preços.8. Caução provisória: $80.000,00 (oitenta mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovados nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).10. Preço base: não há.11. Condições de admissão: serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: Local: Gabinete para as Infra-estrutuas de Transportes sito na Rua do Dr. Pedro José Lobo, Edifício Banco Luso Internacional, n.º 1-3, 26.º andar, Macau. Dia e hora limite: dia 25 de Outubro de 2012, quinta-feira, até às 17,00 horas.13. Local, dia e hora do acto público: Local: Gabinete para as Infra-estrutuas de Transportes sito na Rua do Dr. Pedro José Lobo, Edifício Banco Luso Internacional, n.º 1-3, 11.º andar, Macau. Dia e hora: dia 26 de Outubro de 2012, sexta-feira, pelas 9,30 horas.

Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo: Local: Gabinete para as Infra-estrutuas de Transportes sito na Rua do Dr. Pedro José Lobo, Edifício Banco Luso Internacional, n.º 1-3, 26.º andar, Macau. Hora: horário de expediente; Preço: $200,00 (duzentas patacas).15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação: - Preço razoável 60%; - Plano de trabalhos 10%; - Experiência e qualidade em obras 18%; - Integridade e honestidade 12%;16. Junção de esclarecimentos:

Os concorrentes poderão comparecer na sede do Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes, sita na Rua do Dr. Pedro José Lobo, Edifício Banco Luso Internacional, n.º 1-3, 26.º andar, Macau, a partir do dia 4 de Outubro de 2012 inclusive, e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes, aos 26 de Setembro de 2012.

O Coordenador Lei Chan Tong

CATA

RINA

LAU

Page 6: Hoje Macau 4 OUT 2012 #2707

6 publicidade quinta-feira 4.10.2012www.hojemacau.com.mo

Edital no : 146/E/2012Processo no : 697/BC/2012/F, 374/BC/2011/F, 375/BC/2011/FAssunto : Demolição da obra não autorizada pela infracção às respectivas disposições do Regulamento de Segurança Contra Incêndios (RSCI)Local : Avenida 1o de Maio no 216, Edf. Jardim Kong Fok Cheong, Bloco 1, Macau.

Chan Pou Ha, subdirectora da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, no uso das competências delegadas pela alínea 7) do no 1 do Despacho no 09/SOTDIR/2009, publicado no Boletim Oficial da RAEM no 16, II série, de 22 de Abril de 2009, faz saber por este meio aos proprietários, aos donos das obras ou aos seus mandatários do local acima indicado, cujas identidades se desconhecem, o seguinte:

1. Oagentedefiscalização desta DSSOPT deslocou-se à Avenida 1o de Maio no 216, Edf. Jardim Kong Fok Cheong, Bloco 1, fracções 4o andar A, 4o andar B, 10o andar A, 10o andar B, 13o andar A e 13oandarBMacaueverificouarealizaçãodeobrasem licença cuja descrição e situação é a seguinte:

Fracção Andar Processo no ObraInfracção ao

RSCI e motivo da demolição

Sanção

1.1 A 4

697/BC/2012/F

1.1.1 Instalação de gaiola metálica na fachada do edifício junto à janela da fracção.

1.1.2 Construção de co-bertura metálica e paredes em alvena-ria de tijolo na facha-da do pátio do edifí-cio junto à janela da fracção.

Infracção ao no 12 do artigo 8o, obs-trução do acesso aos pontos de pe-netração no edi-fício.

Nos termos do no 7 do artigo 87o do mesmo regulamento, é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000.00 pa-tacas.

1.2 B 4

1.1.1 Instalação de duas gaiolas metálicas na fachada do edi-fício junto à janela da fracção.

1.1.2 Construção de co-bertura metálica e paredes em alve-naria de tijolo na fachada do pátio do edifício junto à ja-nela da fracção.

Infracção ao no 12 do artigo 8o, obs-trução do acesso aos pontos de pe-netração no edi-fício.

Nos termos do no 7 do artigo 87o do mesmo regulamento, é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000.00 pa-tacas.

1.3 A 13

1.1.1 Instalação de por-tão de correr me-tálico na fachada do edifício junto à varanda da fracção.

1.1.2 Instalação de gaiola metálica na fachada do pátio do edifício junto à janela da fracção.

Infracção ao no 12 do artigo 8o, obs-trução do acesso aos pontos de pe-netração no edi-fício.

Nos termos do no 7 do artigo 87o do mesmo regulamento, é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000.00 pa-tacas.

1.4 B 13

1.1.1 Instalação de gaiola metálica na fachada do edifício junto à varanda da fracção.

1.1.2 Instalação de gaiola metálica na fachada do pátio do edifício junto à janela da fracção.

Infracção ao no 12 do artigo 8o, obs-trução do acesso aos pontos de pe-netração no edi-fício.

Nos termos do no 7 do artigo 87o do mesmo regulamento, é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000.00 pa-tacas.

1.5 A 10 374/BC/2011/F

1.1.1 Instalação de gra-deamento metálico na fachada do pátio do edifício junto à janela da fracção.

Infracção ao no 12 do artigo 8o, obs-trução do acesso aos pontos de pe-netração no edi-fício.

Nos termos do no 7 do artigo 87o do mesmo regulamento, é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000.00 pa-tacas.

1.6 B 10 375/BC/2011/F

1.1.1 Instalação de va-randa metálica na fachada do edifício junto à janela da fracção.

1.1.2 Instalação de gra-deamento metálico na fachada do pátio do edifício junto à janela da fracção.

Infracção ao no 12 do artigo 8o, obs-trução do acesso aos pontos de pe-netração no edi-fício.

Nos termos do no 7 do artigo 87o do mesmo regulamento, é sancionável com multa de $2 000,00 a $20 000.00 pa-tacas.

2. De acordo com o no 1 do artigo 95o do RSCI, foi realizada, no seguimento de notificaçãoporeditalpublicadonosjornaisemlínguachinesaeportuguesade07/08/2012, a audiência escrita dos interessados, mas não foram carreados para o procedimento elementos ou argumentos de facto e de direito que pudessem conduzir à alteração do sentido da decisão de ordenar a demolição da obra não autorizada acima indicada.

3. Sendo as janelas e varandas da fracção considerada como pontos de penetração para realização de operações de salvamento de pessoas e de combate a incêndios, não podemserobstruídoscomelementosfixos(gaiolas,gradeamentos,etc.),deacordocom o disposto no nº 12 do artigo 8º. Assim, nos termos do no 1 do artigo 88o do RSCI e no uso das competências delegadas pela alínea 7) do no 1 do Despacho no 09/SOTDIR/2009, publicado no Boletim Oficial da RAEM no 16, II série, de 22 de Abril de2009,pormeudespachode20/09/2012exaradosobreainformaçãono 05120/DURDEP/2012, ordeno aos donos da obra ou seus mandatários que procedam, por sua iniciativa, no prazo de 8 dias contados a partir da data de publicação do presente edital, à demolição da obra acima indicada e à reposição do local afectado, à remo-çãodetodososmateriaiseequipamentosneleexistenteseàdesocupaçãodolocalacima referido, devendo, para o efeito e com antecedência, apresentar na Divisão de Fiscalização do Departamento de Urbanização desta DSSOPT, a declaração de responsabilidade do construtor responsável por essa demolição, bem como a apólice desegurocontraacidentesdetrabalhoedoençasprofissionais.Após a conclusão dos referidos trabalhos deverá ser comunicado o facto à DSSOPT para efeitos de vistoria.

4. Findo o prazo da demolição e da desocupação não será aceite qualquer pedido de demolição da obra acima mencionada. De acordo com o no 2 do artigo 139o do Có-digo do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei no 57/99/M, de 11 de Outubro,notifica-seainda que nos termos dos nos 1 e 2 do artigo 89o do RSCI, a DSSOPT, em conjunto com outros serviços públicos e com a colaboração do Corpo de Polícia de Segurança Pública, procederá a partir do termo do prazo atrás referido àexecuçãodostrabalhosacimareferidos,aexpensasdoinfractor. Além disso, tendo oprazodademoliçãoedadesocupaçãovoluntáriasexpirado,aDSSOPTdaráinícioaos trabalhos da demolição e da desocupação, não podendo ser cancelados os referi-dostrabalhosumaveziniciados.Porfim,osmateriaiseequipamentosdeixadosnolocal acima indicado serão depositados no local indicado à guarda de um depositário a nomear pela Administração. Findo o prazo de 15 (quinze) dias a contar da data do depósito e caso os bens não tenham sido levantados, consideram-se os mesmos abandonados e perdidos a favor do governo da RAEM, por força da aplicação do artigo 30o do Decreto-Lei no 6/93/M, de 15 de Fevereiro.

5. Nos termos do no 1 do artigo 97o do RSCI e das competências delegadas pelos nos 1e4daOrdemExecutivano124/2009,publicadanoBoletimOficialdaRAEM,NúmeroExtraordinário,ISérie,de20deDezembrode2009,dadecisãoreferidano ponto 3 do presente edital, os interessados podem apresentar recurso hierárquico necessário para o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, a interpor no prazo de 8 (oito) dias contados a partir da data de publicação do presente edital.

Aos 20 de Setembro de 2012 A Subdirectora dos Serviços

Enga Chan Pou Ha

EDITAL

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7nacionalquinta-feira 4.10.2012 www.hojemacau.com.mo

A colisão de duas embarcações na terça-fei-ra em Hong

Kong, naquele que foi o pior acidente marítimo ocorrido no território nos últimos 41 anos, causou 38 mortos e foram detidos sete tripulantes, revela o último balanço oficial. Um balanço anterior dava conta de 37 mortos e de seis detidos.

O acidente ocorreu às 20h23 de terça-feira quando um barco de re-creio da empresa Assets Holdings Ltd deixou a ilha de Lamma, em Hong Kong, com destino a Cen-tral para os passageiros assistirem a um fogo de artifício e foi atingido por um ‘ferry’ da empresa Hong Kong and Kowloon Ferry Holdings Ltd.

Um porta-voz da As-sets Holdings Ltd, citado na edição de ontem do jornal “China Daily”, indicou que a bordo do ferry estavam 124 passa-geiros, dos quais 121 eram funcionários da empresa e familiares.

Na sequência do aci-dente, dezenas de passa-geiros caíram à água com o impacto da colisão e 38 pessoas, incluindo cinco crianças, perderam a vida,

tendo sido identificados até ao momento 16 corpos, segundo a edição de ontem do jornal “South China Morning Post”.

Mais de 100 pessoas ficaram feridas e ontem havia ainda registo de desaparecidos em número por confirmar, de acordo com a imprensa local. Quatro sobreviventes en-contravam-se também em situação crítica e 23 em situação estável em cinco hospitais de Hong Kong.

SETE ATRÁS DAS GRADESA polícia de Hong Kong já deteve sete tripulantes das duas embarcações envolvidas no acidente por alegada violação das leis de segurança marítima.

Os detidos arriscam uma pena de quatro anos de prisão e o pagamento de uma multa de 200 mil dólares de Hong Kong, segundo o “South China Morning Post”.

Como havíamos dito na edição de ontem, o chefe do Executivo da antiga colónia britânica, Leung Chun-ying, declarou três dias de luto no território a partir de hoje e garantiu que será formada uma comissão independente para investigar as causas do acidente.

O Presidente chinês, Hu Jintao, o primeiro--ministro, Wen Jiabao, o vice-presidente, Xi Jin-ping, e o líder do Governo de Macau expressaram as suas condolências aos familiares das vítimas e apelaram ao Governo de Hong Kong para fazer tudo o que for necessário para resgatar as restantes vítimas e prestar assis-tência aos seus familia-res e sobreviventes do acidente.

O vice-presidente da empresa-mãe da Assets Holdings, Victor Li Tzar--kuoi, disse que a empresa vai oferecer cerca de 200 mil dólares de Hong Kong à família de cada uma das vítimas do acidente.

Mais de mil operacio-nais participam nos traba-lhos de resgate, naquele que foi o pior acidente marítimo ocorrido em Hong Kong desde 1971.

A companhia proprie-tária do ‘ferry’ revelou en-tretanto que a embarcação tinha sido aprovada numa inspecção em Setembro. O administrador da Hong Kong and Kowloon Ferry Holdings, Nelson Ng, ex-plicou que a inspecção ao navio, baptizado de Sea Smooth, não apontou pro-blemas na embarcação.

OS fabricantes taiwaneses de telefones móveis

preconizam para 2013 uma subida de 8,6% nas vendas, quase o dobro da perspectiva de subida mundial, indica um estudo do Instituto de Investigação Topológica da ilha, ontem divulgado.

O documento vaticina vendas de 94,5 milhões de unidades de telefones “made in Taiwan” em 2013, o que pressupõe um aumento de 8,6% sobre os 87 milhões de vendas estimadas para este ano.

A venda mundial de tele-fones móveis está calculada em 1.860 milhões de unida-des em 2013, uma subida de 4,5% face aos dados de 2012, acrescenta o estudo.

A maior subida nas vendas de telefones móveis fabrica-dos por empresas de Taiwan fica a dever-se à subida das encomendas de empresas como a Motorola, Nokia ou a Lenovo que fizeram mais

OS bancos chineses cancelaram a sua participação nas reuniões anuais

do FMI e Banco Mundial em Tóquio na próxima semana, em pleno diferendo sino--japonês, noticiou a agência Dow Jones Newswires.

A maior parte dos bancos chineses que deveriam participar nas reuniões não expli-caram a sua decisão, mas um responsável de uma das instituições invocou o disputa territorial entre a China e o Japão para jus-tificar a decisão. “É claramente por causa das relações Japão-China”, declarou um responsável de uma sucursal do Banco da Agricultura da China à Dow Jones.

O cancelamento da participação dos bancos envolve todos ou alguns encontros programados durante ou à margem das reuni-ões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), precisou a Dow Jones.

Citando fontes dos bancos chineses em Tóquio, a agência referiu que o Banco de Comunicações da China e o Banco de Construção da China não participariam igualmente nas reuniões ligadas à cimeira do FMI.

As duas cimeiras do FMI e do BM cons-tituem, através dos encontros à margem, a grande reunião anual mundial de responsá-veis financeiros, económicos e bancários.

Hong Kong Novo balanço oficial dá conta de 38 mortos no acidente marítimo

Luto para três dias

Fabricantes de telemóveis de Taiwan esperam crescimento de 8,6% nas vendas em 2013

Dobro da subida mundial

Bancos chineses cancelaram participação nas reuniões do FMI e BM em Tóquio

Uma questão sino-japonesa

pedidos de ‘smartphones’ de gama baixa, ou preços abaixo de cerca de 1.100 patacas.

Por outro lado e ainda no campo tecnológico, também as vendas de computadores portáteis e televisores de cristais líquidos irão regis-

tar aumentos significativos em 2013, com a gama de computadores a prever uma subida de 4,6% para quase 188 milhões de unidades e de cinco por cento para os televisores para 41,5 milhões de unidades.

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8 nacional quinta-feira 4.10.2012www.hojemacau.com.mo

DEPOIS de décadas de rápido crescimento, as economias asiáticas enfrentam agora pers-

pectivas mais modestas e procuram reformular-se para reduzir a de-pendência das exportações, refere o relatório do Banco Asiático de Desenvolvimento para o cresci-mento económico de 2012 e 2013.

O Banco Asiático de Desen-volvimento (BAD) refere no documento, ontem apresentado em Manila, que o crescimento económico das economias asi-áticas, onde se incluem a Índia, China e Indonésia, vai atenuar-se para 6,1% em 2012 depois de ter experimentado uma subida de 7,2% em 2011. Já para 2013, as perspectivas de crescimento são de 6,7%, acrescenta o documento.

Nos últimos documentos apre-sentados para o crescimento econó-mico da Ásia, o Banco Asiático de Desenvolvimento tinha perspecti-vado subidas de 6,9% em 2012 e de 7,3% em 2013. As previsões de crescimento económico da região não incluem a economia japonesa, considerada avançada.

O BAD disse que a China, Índia e outros países em desenvol-vimento na Ásia devem encontrar formas de impulsionar os seus sectores de serviços agora que o abrandamento económico nos EUA e Europa cortaram o apetite ocidental pelas exportações asiá-ticas. “Estas medidas são funda-mentais para a região continuar a retirar as populações da pobreza”, disse o economista chefe do Banco Asiático de Desenvolvimento, Changyong Rhee.

Dentro da região, a China

UMA empresa chinesa processou o presidente

norte-americano, Barack Obama, por a ter impedido de comprar parques eólicos situados perto de uma base militar, invocando a segu-rança nacional, noticiou terça-feira a agência AFP.

A empresa norte-america-na Ralls Corp, propriedade de chineses, e a sua filial chinesa Sany Group viram bloqueado o seu projecto de aquisição

Crescimento das economias asiáticas com perspectivas mais modestas

China a menos gás

Empresa chinesa processa Obama por proibir compra de parques eólicos

Ameaça à segurança dos EUA

deverá crescer 7,7% este ano e 8,1% em 2013, abaixo dos 9,3% em 2011. Os sectores de serviços representaram quase metade do Produto Interno Bruto da região em 2010, mas segundo o BAD precisam de se modernizar para estimular o investimento e o desenvolvimento de novos produtos, bem como diversifi-car as exportações. Segundo o

documento, a China e a Índia continuam atrás das economias avançadas na produtividade laboral, com os sectores de serviços focados nas indústrias tradicionais como o comércio por grosso e a retalho e transportes.

As tecnologias de informação e comunicação representam menos de dez por cento da economia de serviços da Ásia, abaixo do peso

de 20 a 25% nas economias avan-çadas, indica o relatório.

Adicionalmente, as barreiras reguladoras e restrições dificultam a inovação e competição em muitos sectores de serviços. “Na Índia, por exemplo, 13 órgãos oficiais regu-lam a educação superior”, refere o documento, observando que “a experiência internacional demons-tra que a reforma reguladora pode

catalisar a competição e gerar be-nefícios económicos significativos” e que essa medida deve “ser uma prioridade para os governantes”.

O BAD sugere ainda que a região leve a cabo uma reforma educativa para formar uma nova geração de profissionais, incluindo gestores de empresas, advogados, médicos, cientistas e especialistas em informática.

de quatro parques eólicos, no Estado de Oregon, por um decreto presidencial assinado na sexta-feira. No diploma, Barack Obama refere que as empresas pertencentes a chineses “poderão tomar medidas que atentem contra a segurança nacional dos Estados Unidos”.

Numa queixa apresentada na segunda-feira, num tribunal em Washington, a Ralls Corp alega que o presidente norte-

-americano “ultrapassou os limites da sua autoridade”, ao proibir a transacção da empresa, e considera como “arbitrária e caprichosa” que a mesma “apresente riscos para a segurança nacional dos Estados Unidos”.

Numa reacção à empresa, a porta-voz do Departamento do Tesouro, Natalie Wyeth, disse que a queixa “não tem fundamento” e vincou que a administração Obama “não

tem intenção de defender o dossiê com veemência”.

Para a Ralls Corp, o decreto presidencial invia-biliza um projecto “criador de empregos” no Oregon, numa altura em que “os norte-americanos têm ne-cessidade de mais trabalho”.

No comunicado, a em-presa assinala que apenas procura “um tratamento igual perante o Direito e a Constituição” dos EUA.

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9regiãoquinta-feira 4.10.2012 www.hojemacau.com.mo

O fabricante japo-nês Honda Motor está a estudar a transferência da

produção do seu modelo Fit destinado ao mercado norte--americano do Japão para o México em 2014, revelou o diário económico Nikkei.

A Honda, que exportou a partir do Japão em 2011 cerca de 67.000 Fit, 40.000 dos quais para os Estados Unidos, tem também planos para produzir no México, onde tem actualmente duas fábri-cas, a sua próxima versão do Fit, um compacto conhecido como Jazz em alguns países da Europa e da Ásia.

A transferência da pro-dução implica, segundo a empresa japonesa, a cons-trução da terceira fábrica no México, no estado de Guanajuato, centro do país, e que deverá ter capacidade para 200.000 unidades por ano.

Nos planos da Honda, a produção do Fit também poderia ser transferida para a Europa ou para a Ásia de-pois de terem sido suspensas

A Índia iniciou negocia-ções com construtores

japoneses, franceses e ale-mães para dotar a sua imensa e envelhecida rede ferrovi-ária com comboios de alta velocidade, afirmou ontem o jornal Hindustan Times.

Segundo o jornal, que cita uma fonte oficial que pediu para não ser identificada, o governo indiano iniciou ne-gociações com construtores japoneses, franceses e alemães para adquirir seis comboios com capacidade para atingir uma velocidade máxima de 325 km/h. “Tais projectos

A polícia tailandesa acu-sou de negligência os

proprietários de uma disco-teca da ilha de Phuket onde em Agosto morreram quatro pessoas, duas das quais tu-ristas, num incêndio.

Chiraphat Pochana-phan, superintendente da polícia tailandesa recordou que além dos dois mortos – dois tailandeses, um francês e um britânico – um se-gundo turista francês ficou gravemente ferido.

Com as acusações da polícia os proprietários da discoteca Tiger enfrentam uma pena máxima de 10 anos de cadeia e uma multa que pode chegar ao equiva-lente a cerca de 5,4 milhões de patacas.

Chiraphat Pochana-phan garantiu que o in-cêndio aconteceu quando a discoteca estava aberta fora do horário permitido legalmente e explicou que uma perícia feita no local determinou como causa do fogo um curto-circuito e não

Tailândia Donos de discotecaacusados de negligência

Muitas patacase dez anos de cadeia

Índia Negócio com japoneses,franceses e alemães para comprar comboios

Seis comboiosa alta velocidade

Japão Honda estuda transferência de produção do Fitpara o México. Toyota Corolla também a caminho

Fuga à valorização do iene

as produções dos modelos Civic e Accord na fábrica de Saitama, norte de Tóquio.

Em 2011 a Honda expor-tou um total de 250.000 car-ros, menos de 30 por cento da sua produção no Japão e muito abaixo das 690.000 unidades exportadas em 2007, equivalentes a 54 por cento do total da produção em todo o Japão.

O Nikkei refere ainda que também a Toyota tem planos para passar a produzir fora do Japão o seu modelo Corolla destinado aos mer-cados externos e para os quais exporta 200.000 uni-dades anualmente, tudo com o objectivo de evitar perder benefícios devido à persis-tente valorização do iene.

Com essa medida, a Toyo-ta, o principal produtor auto-móvel do Japão, limitaria a exposição da companhia às taxas de câmbio depois da constante apreciação do iene ter reduzido a sua competiti-vidade no mercado externo, além de reduzir os lucros aquando da repatriação do produto das vendas.

necessitam um longo período de gestação, mas é necessário começar por algum lado”, declarou a fonte.

No entanto, estes com-boios só poderão rolar a uma velocidade limitada, porque as infra-estruturas por enquanto não estão adaptadas às composições de alta velocidade.

O comboio mais rápido que circula actualmente na rede ferroviária indiana, o Bhopal Shatabdi, rola a 150 km/h para ligar a capital fe-deral, Nova Deli, à cidade de Bhopal, no centro da Índia.

A rede ferroviária, geri-da pelo Estado, transporta diariamente 18,5 milhões de pessoas e o comboio continua a ser o principal meio de transporte de longa distância neste vasto país de 1.200 milhões de habitantes, dos quais a esmagadora maioria não tem meios para utilizar o avião.

Mas os números em ma-téria de segurança são alar-mantes: anualmente ocorrem cerca de 300 acidentes, dos quais resultam mortos, devido a colisões e descarrilamentos.

Segundo um recente re-latório oficial, quase 15.000 pessoas morrem anualmente só a atravessar as vias, um número que o governo considerou traduzir um “massacre”.

Em 2010, 28.000 pesso-as morreram no âmbito da rede ferroviária, segundo o National Crime Records Bureau, entidade que faz o recenseamento do número de mortos resultantes de crimes ou acidentes.

um raio como defendem os advogados dos proprietá-rios do espaço.

A ilha de Phuket é um dos principais destinos turísticos do país acolheu em 2011 nove milhões de visitantes atraídos pelas suas praias de areia branca e águas transparentes e cal-

mas, e uma vida nocturna bastante animada.

Em 2009, 67 pessoas morreram e uma centena de outras ficou ferida num incêndio durante os fes-tejos de fim de ano numa discoteca de Banguecoque onde várias saídas de emer-gência estavam trancadas.

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10 quinta-feira 4.10.2012www.hojemacau.com.moreportagem

Andreia Sofia [email protected]

Cecília Lincecí[email protected]

O senhor Teng permanece sentado no seu banco de madeira enquanto espera que as horas mortas de

uma tarde de verão passem sem dar-mos por elas. Dentro do templo Kun Iam, situado a caminho das Casas--Museu da Taipa, o calor parece não existir e o cheiro a incenso queimado leva-nos a outra dimensão.

São assim as tardes do dono do espaço sagrado que herdou dos pais, que o compraram no inicio do século passado. Uma mesa larga com elementos budistas e um cheiro forte a incenso queimado fazem-nos companhia na conversa. A cozinha está abandonada com pratos por lavar. Teng está acompanhado da sua esposa e diz que não moram ali, optando apenas por fazer as suas refeições diárias.

Este casal é um exemplo das pessoas que dedicam grande parte do seu tempo a guardar espaços que representam uma das últimas imagens vivas da Macau antiga. O templo de Kun Iam é um dos três que estão sob gestão privada na Taipa, lugar que tem sete templos. Na sua maioria são geridos por associações de moradores e têm carácter público.

Embora o Governo dê uma ajuda financeira na renovação dos espaços, os responsáveis com quem o Hoje Macau falou garantem que grande parte dos fundos são obtidos por meios próprios. O dinheiro acaba por ser aplicado na contratação de funcionários, actividades tradicio-nais e limpezas.

“NÃO PENSAMOSMUITO NO FUTURO”As horas passam e a tarde começa a morrer aos poucos. Um turista entra, mas nem por isso o fio da conversa é quebrado. “Cada templo aqui na Taipa tem mais de 100 anos de história”, começa por esclarecer Teng. “Tenho outro trabalho, porque isto não pode ser um emprego para duas pessoas. Não recebemos ajuda

Outrora espaços de devoção ou de reuniões de vizinhança, os templos foram roubados pelos movimentos turísticos de uma cidade que nunca dorme. Hoje cabe aos mais velhos zelar por espaços que já não atraem os jovens, mas que mantém viva a tradição de um lugar

Fomos descobrir como são geridos os templos de Macau

Os guardiões de almasfinanceira do Governo nem de qual-quer associação, e somos nós que pagamos as despesas com a água e a electricidade.”

É nessa altura que a esposa do senhor Teng convida-nos a olhar as fo-tografias da renovação feita em 2004 com apoio do Instituto Cultural (IC).

O Hoje Macau questionou o organismo sobre os apoios dados e quantos templos estariam em pro-cesso de renovação, mas não foram fornecidas quaisquer informações.

O senhor Teng sabe que o espaço que governa não pertence aos mais novos. “Antes havia mais residentes a visitar, mas agora a maioria são turistas. Eles tentam compreender a cultura que está ligada aos templos, e usam mais o dinheiro em comida e lembranças. Os jovens já não rezam nos tempos, e só o fazem se quiserem passar nos exames.”

Teng sabe que esta tendência dos tempos modernos o vai fazer per-manecer naquele banco de madeira enquanto tiver forças para tal. “Os meus filhos não querem trabalhar aqui, porque não se ganha dinheiro. Não pensamos muito no futuro. O

que temos a certeza é que os jovens não vão trabalhar nos templos, e só os idosos acreditam no budismo”.

TEMPLO DE TERRASegundo o website www.temple.mo, existem mais de 40 templos na

RAEM, sendo que 28 deles estão situados em Macau.

Lok Nam Tak é secretário-geral adjunto da Associação de Mútuo Auxilio dos moradores do Patane, que gere três espaços budistas. Juntamente com a senhora Chan Tak

Senhor Teng é guardador do Templo Kun Iam na Taipa Crente reza à porta do Templo de Kun Iam em Macau

Templo de Lin Kai

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11quinta-feira 4.10.2012 www.hojemacau.com.mo reportagem

Leng, vice-presidente, orgulha-se de possuir o único templo de terra do território, templo Tou Tei. “Surgiu no tempo da Dinastia Song, não só é único como é o mais antigo”.

Mas apesar disso, queixam-se da falta de visitantes. “Não há muitas pes-soas. Temos aqui uma escada a partir do Jardim de Camões e a maioria chega cá por aí”, conta a senhora Chan. “Vêm mesmo os crentes, porque a maioria dos residentes tem um buda em casa”, acrescenta o senhor Lok.

Cabe à senhora Chan comandar os destinos dos templos desta asso-ciação, mas fá-lo sem ganhar nada em troca. “Venho todos os dias, mas tenho de contratar pessoas. Temos quatro funcionários, que gerem os templos de dia e de noite, mais dois para a limpeza. Como tenho interesse nisto acabo por ficar cá muito tempo e guio-os na gestão do espaço”.

Os templos desta entidade vivem à base de auto-financiamento e o senhor Lok revela que a carteira anda à conta dos gastos. “Todos os meses gastamos cerca de dez mil patacas para os salários dos funcionários e outras despesas. Só ganhamos dinheiro através da venda do óleo de gergelim. Queremos manter o templo sem quaisquer lucros, não queremos fazer negócios. Por isso mesmo não fazemos contratos com as agências de turismo.”

Mas Lok sabe que esse ponto lhe retira visitantes e consequentes re-ceitas. “Não estamos muito bem em termos de visitas porque a maioria das agências leva os turistas ao tem-plo de A-Ma”, acrescenta. O Hoje Macau tentou ainda realizar uma entrevista com Vicente O, presidente do templo de A-Ma, mas o respon-sável não se mostrou disponível em tempo oportuno.

A IMPORTÂNCIA DA UNESCOSegundo o senhor Lok, o dia mais importante para o templo é a ceri-mónia que celebra o nascimento do buda de terra, no dia 2 de Fevereiro do calendário lunar. Aí, o espaço normalmente calmo ganha uma nova vida.

“O IC, a Fundação Macau, a Fundação Henry Fok, e diversas entidades do Governo dão algum financiamento, porque há muita gente e as pessoas famosas de Ma-cau juntam-se todas. Até a Casa de Portugal assiste à nossa

cerimónia, os portugueses gos-tam. No evento temos ópera can-tonense e várias actividades para idosos.”

O facto das crenças e costumes de A-Ma e de Na Tcha fazerem agora parte do Património Imaterial de Ma-cau, por denominação da UNESCO, leva o senhor Lok a afirmar que o futuro vai ser cada vez melhor para os templos, com o Governo “a dar mais liberdade” a este tipo de expressões culturais. “Esta cultura é levada mais a sério em Macau do que noutras cidades da China”, diz ainda. Para as próximas festividades, a associa-ção juntou esforços para convidar

Templo de Kun Iam em Macau

Templo de Kun Iam na Taipa

Templo de Tou Tei, situado na Rua de Tomás da Rosa, onde se encontra a placa referida na foto em baixo

Esta placa é a única escrita em português em todos os templos de Macau Templo de Tou Tei no Patane

um grupo de ópera cantonense da China, no valor de 200 mil patacas. A actividade é gratuita, e os turistas estrangeiros aderem.

“ANTES ERA UM PANDEMÓNIO”Tou Chan Weng é vice-presidente da Associação de Moradores de San Kio, proprietária do templo taoista Lin Kai, que surgiu como doação de moradores e comerciantes no tempo da Dinastia Qing, no século XVII. O espaço “servia como lugar de arbítrio, não apenas para quem morava aqui como para quase todas as pessoas de Macau. Os deuses eram os juízes dos conflitos entre moradores, e estes vinham para a frente do templo para discutirem.”

Este espaço, que encerra às 17h30, é hoje de propriedade pública, sendo que a associação apenas tem o direito de gestão.

Tal como os responsáveis pela associação de moradores do Patane, também Tou Chan Weng fala dos poucos visitantes e da auto-gestão em termos de fundos. Mas na opinião do senhor Lok, deveria haver mais união. “Podíamos cuidar da cultura de forma conjunta. Antes era um pandemónio e havia falta de gestão, e até os cidadãos tinham medo de vir cá. As máfias traziam muitos problemas durante o concurso dos budas. No inicio dos anos 90 gastá-mos cerca de 260 mil patacas para renovar e limpar o local”, assegura o responsável.

Sobre a falta de visitantes, o responsável pela entidade que re-presenta os moradores do Patane salienta que “uma vez a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) pensou arranjar um guia para cada templo, mas é cada vez mais difícil procurar pessoas que tenham interesse e co-nhecimentos sobre templos.”

Ao olhar para as regiões vizinhas, o senhor Lok acredita que com mais promoção governamental os templos poderiam tornar-se mais presentes na vida do turista. “Em Taiwan é feita uma boa gestão dos templos, porque os famosos dão dinheiro e as agências fazem promoção. Por isso os turistas têm interesse. Em Hong Kong e no Japão ainda se vendem fitas com frases da sorte, mas aqui em Macau não fazemos isso.”

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12 publicidade quinta-feira 4.10.2012www.hojemacau.com.mo

www. iacm.gov.mo

ANÚNCIO

“Prestação de serviço de segurança às actividades alusivasao Ano Novo Chinês de 2013 do IACM”

Concurso Público n° 1/SFI/2012

Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração do IACM, tomada em sessão, de 14 de Setembro de 2012, se acha aberto concurso público para a “Prestação de serviço de segurança às actividades alusivas ao Ano Novo Chinês de 2013 do IACM”.

O programa de concurso e o caderno de encargos podem ser obtidos, todos os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro nº 163, r/c, Macau.

O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 29 de Outubro de 2012. Os concorrentes ou seus representantes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM e prestar uma caução provisória no valor de MOP29.000,00 (vinte e nove mil patacas). A caução provisória pode ser entregue na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita na Avenida de Almeida Ribeiro nº 163, r/c, Macau, por depósito em dinheiro, cheque ou garantia bancária, em nome do “Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais”.

O acto público de abertura das propostas realizar-se-á no auditório da Divisão de Formação e Documentação do IACM, sita na Avenida da Praia Grande, nº 804, Edf. China Plaza 6º andar, pelas 10:00 horas do dia 30 de Outubro de 2012.

Macau, aos 03 de Outubro de 2012.

O Presidente do Conselho de Administração

Tam Vai Man

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13vidaquinta-feira 4.10.2012 www.hojemacau.com.mo

Cecília Lincecí[email protected]

CHEGOU ao fim mais um Festival do Bolo Lunar e o lixo festivo começa ago-

ra a amontoar-se pela cidade. Este ano o Governo da RAEM volta a promover a reciclagem das caixas de Bolo Lunar que as famílias foram deixando nos depósitos de lixo.

Durante 2011, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) conse-guiu reciclar mais de 38 mil caixas, o que equivale, em altura de caixas empilhadas, a oito Torres de Macau. Este ano, os pontos de recolha para material de reciclagem são 259, e por isso, o Gover-no acredita que vai reciclar ainda mais “torres”.

A Sociedade Ecológica de Macau (SEM) quer que o

Governo de Macau proíba defini-tivamente o consumo de espécies ameaçadas. O atum-rabilho é um dos ingredientes mais apreciados da cozinha japonesa mas também uma das espécies oceânicas mais ameaçadas.

A SEM tem estado na linha da frente de um movimento que exige que o Governo proíba a comercia-lização de toda e qualquer espécie ameaçada. Os responsáveis pelo organismo criticam o Executivo por continuar a tolerar a venda e o consumo de espécies como o atum--rabilho ou a barbatana de tubarão.

Joe Chan, presidente da SEM, em depoimentos à TDM, critica as empresas de restauração do território que ainda mantêm es-pécies ameaçadas no cardápio, insistindo que os empresários do território deviam seguir o exemplo de alguns dos mais conceituados hotéis de Hong Kong e retirar do menu iguarias como a sopa de barbatana de tubarão ou sushi feito com atum-rabilho.

Décadas a fio de pesca exces-siva deixaram o peixe à beira da extinção e levaram, por exemplo, a União Europeia (UE) a proibir a venda daquela espécie de atum mas em Macau a iguaria continua presente no cardápio de alguns dos restaurantes mais conceituados do território.

O Fundo Mundial para a Natu-reza (FMN) garante que este peixe

A Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura

(FAO) recompensou ontem, em Pequim, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, pela contri-buição para melhorar a segurança alimentar mundial e o combate contra a fome no mundo.

Num acto celebrado no Gran-de Palácio do Povo de Pequim, o director-geral da FAO - o bra-sileiro José Graziano da Silva - entregou a medalha agrícola a Wen Jiabao e destacou o trabalho do político chinês para a melhoria do meio rural. “A aceitação desta medalha é uma honra para todos

os agricultores no mundo, pois premeia um homem que dedicou a vida a melhorar a segurança alimentar no planeta”, referiu Graziano da Silva.

O primeiro-ministro agradeceu o prémio e assegurou que o aceitava “em representação do governo e do povo da China, especialmente dos 800 milhões de camponeses”.

Wen Jiabao sublinhou que é es-sencial para Pequim contribuir para três grandes desafios planetários: melhorar a segurança alimentar, cumprir os Objectivos do Milénio e manter os preços, incluindo os dos cereais, num nível estável.

Graziano da Silva sublinhou, antes de viajar para a China, que a redução para metade do núme-ro de pessoas que tem fome no mundo, incluída nos Objectivos do Milénio, está quase a ser atingida dada a contribuição do gigante asiático.

O rei Bhumibol Adulyadej da Tailândia, o papa João Paulo II, o ex-presidente francês Jacques Chirac, o ex-presidente chinês Jiang Zemin, o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e o ex--primeiro-ministro espanhol José María Aznar também foram distinguidos com este prémio.

Ecologistas de Macau exortam o Governo a retirar consumo de espécies ameaçadas

Atum-rabilhofora dos cardápios

ONU agracia Wen Jiabao com medalha agrícola

Pelo combate à fome

enfrenta um risco de extinção mais elevado do que aquele a que estão sujeitas espécies emblemáticas como o panda. A perspectiva pare-ce não incomodar os comerciantes do território que garantem que o atum que vendem não é pescado mas sim criado em viveiros.

Apesar do consumo das espé-cie no território ter disparado nos últimos anos são também cada vez mais os residentes que defendem que o Governo deve agir para proteger as espécies ameaçadas. Uma maior protecção, defendem alguns, pode até começar por algo tão simples como manter os consumidores informados sobre a origem dos produtos que lhes chegam à mesa.

Governo promove reciclagem de caixas de Bolo Lunar

Quantas Torres de Macau?O vice-presidente da So-

ciedade Ecológica de Macau (SEM), Chan Chung Meng, afirmou que o Governo precisa de ter preocupações contínuas com a reciclagem e não apenas em tempos de festa. “Penso que os cida-dãos estão a começar a ter preocupações ambientais. Muitos pretendem reciclar os seus lixos mas não sabem como e o que fazer. Está nas mãos do Governo consi-derar criar um mecanismo forte de reciclagem depois dos exemplos que tem tido depois de festas como o Festival do Bolo Lunar. A meu ver, muito mais que o papel e outros produtos, é mais urgente a reciclagem de produtos electrónicos e pilhas, como também dos vidros.”

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14 cultura quinta-feira 4.10.2012www.hojemacau.com.mo

A Festa da Lusofo-nia é já no pró-ximo mês e os Orelha Negra é

o grupo escolhido para re-presentar Portugal no 15.ª edição. De outros países e regiões onde predomina a língua de Camões também

José C. [email protected]

O MGM Macau vai receber pela quarta vez consecutiva

a festa da cerveja e da comida alemã a partir de 18 de Outubro. A festa que terá a duração de dez dias conta, para além do MGM, com a colaboração dos Serviços de Turismo de Macau (STM), do Consulado Geral Alemão de Hong Kong e da Associação Comercial Alemanha-Macau e, segundo o

Festival da Lusofonia já tem cabeças de cartaz

Sonoridades em português

Oktoberfest regressa pela quarta vez ao MGM de 18 a 27 Outubro

Sai uma caneca!

Quem são os Orelha Negra?De fronteiras lusas, vêm até Macau, a convite da Embaixada de Portugal na China, a mistura de sons de electrónica, jazz, soul, funk, groove e hip-hop dos Orelha Negra. Um grupo que tem bem enraizada a cultura portuguesa e vem não só representar o país no Festival da Lusofonia mas também na 4.ª Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa. Do grupo fazem parte cinco lisboetas com créditos reconhecidos, como o Dj Cruzfader, Fred Ferreira (Dias de Raiva), Francisco Rebelo e João Gomes (Cool Hipnoise) e o ‘rapper’ Sam the Kid. Tocam o chão de Macau depois de terem lançado o segundo álbum, que partilha o nome da banda. O primeiro já foi lançado em 2010, com “A Cura” como música de apresentação.

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Por este anúncio, fica a interessada,WongMei Ieng, ex-adjunta-técnica principal doEstabelecimentoPrisionaldeMacau,notificada,nostermosdon.º2doartigo93.ºdoCódigodoProcedimentoAdministrativo,aprovadopeloDecreto-Lein.º57/99/M,de11deOutubro,quepoderádeslocar-se,noprazode15dias,contadosdadatadapublicação,dentrodashorasdeexpediente,aoEstabelecimentoPrisionaldeMacausitaRuaS.FranciscoXavier,Coloane,paratomarconhecimentodoresultadodaavaliaçãofinalhomologada,referenteàAvaliaçãodoDesempenhodoanode2010edoresultadodopedidodarecuperaçãodovencimentodeexercícioperdidoporfaltaspordoençareferenteaoprimeirosemestredoanode2011.

Aos17deSetembrode2012.

ODirectordoEPM LeeKamCheong

ANÚNCIO

Faz-sesaberque,emrelaçãoaoconcursopúblicopara«TerminalsubterrâneodetransportespúblicosdepassageirosnaPraçadasPortasdoCerco–Empreitadademodificaçãodasinstalaçõesdeventilação»,publi-cadonoBoletim OficialdaRegiãoAdministrativaEspecialdeMacaun.º38,IISérie,de19deSetembrode2012,foramprestadosesclarecimentos,nostermosdoartigo2.2doprogramadoconcurso,efoifeitaaclaraçãocomplementarconformenecessidades,pelaentidadequerealizaoconcursoejuntosaoprocessodoconcurso.

Osreferidosesclarecimentoseaclaraçãocomplementarencontram-sedisponíveisparaconsulta,duranteohoráriodeexpediente,noGabineteparaoDesenvolvimentodeInfra-estruturas,sitonaAv.doDr.RodrigoRodrigues,EdifícioNamKwong,10ºandar,Macau.

GabineteparaoDesenvolvimentodeInfra-estruturas,aos26deSetembrode2012.

OCoordenadordoGabinete ChanHonKit

comunicado de imprensa da or-ganização, promete oferecer aos visitantes e residentes do território dez dias de festa recheados de genuína cerveja e iguarias alemãs.

Um conjunto de música po-pular alemã vindo de Munique actuará também durante o evento deste ano. A Högl Fun Band é uma banda que actuou no Okto-berfest de Munique durante mais de 15 anos. Dirigida pelo cantor e compositor Michael Högl, par-ticipou no Oktoberfest do Brasil,

o segundo maior do mundo que regista anualmente uma afluência de 500.000 visitantes.

Para os apreciadores do género a festa oferece um menu de pratos tradicionais alemães como pescoço de porco assado, ou ‘sauerkraut’ entre muitos outros petiscos, rega-dos com verdadeira cerveja bávara.

O Oktoberfest nasceu na Ale-manha em 1810 quando o Príncipe Ludovico ofereceu uma festa a todos os cidadãos de Munique para celebrar o seu casamento. Desde então que acontece anualmente na cidade alemã e mais recentemente em várias partes do mundo.

De 18 a 27 de Outubro a cele-bração abre diariamente no VistaII às 18h e dura até à meia-noite. A entrada é de 100 patacas com direito a uma bebida.

já se sabe quais as bandas representadas para animar as noites de 13 a 21 de Outubro.

De Angola chegam os Voga Band, do Brasil a Ban-da Zoá com Julinho Martins e Valéria Eva. São Tomé e Príncipe faz-se representar pelos Xinha e Pêpê Lima e

a música da Guiné-Bissau é trazida pelos Super Mama Djombo. De Moçambique vêm os Girassol e de Cabo Verde o Princezito. Os Fo-refront e Dr. Martin trazem os ritmos de Goa Damão e Dio até Macau e de Timor--Leste vêm os 5 do Oriente.

São nove grupos musi-cais que prometem agitar a comunidade lusófona mas também chinesa, convi-dando todos a aparecer na zona do Carmo, na Taipa, e no Largo do Senado em Macau, onde irão actuar em dose dupla.

Primeiro estão agen-dados os espectáculos no Largo do Senado, entre os dias 13 e 16. Os concertos, no sábado, começam às 19h e entre domingo e terça-

-feira arrancam às 19h30. Os portugueses Orelha Negra actuam na mais ca-rismática praça de Macau na terça-feira, dia 16.

Na zona do Carmo, junto às Casas-Museu da Taipa, os espectáculos decorrem no fim-de-semana de 19 a 21. Na sexta-feira, é a vez dos Xinha e Pêpê Lima de São Tomé a inaugurarem a noite de música lusófona, seguidos dos guineenses Super Mama Djombo e dos moçambicanos Giras-sol. No dia seguinte, os portugueses Orelha Negra são os primeiros a actuar. A segunda actuação da noite fica a cargo dos brasilei-ros Zoá, enquanto que os cabo-verdianos Princezito encerram o serão.

No último dia de festa, a música começa com os angolanos Voga Band e de-pois é a vez de Goa Damão e Diu com os Forefront e Dr. Martin. Fecham os concer-

tos da 15.ª edição os 5 do Oriente de Timor-Leste.

Tal como na edição ante-rior, complementam as actu-ações lusófonas várias bandas e grupos de dança da China.

GONÇ

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15culturaquinta-feira 4.10.2012 www.hojemacau.com.mo

A Coreia de Sul lança os argumentos, Macau ajuda com o cenário. A receita está lançada para ser um êxito de bilheteira. Tal argumento dá lucro ao território, a julgar pelo aumento de turistas vindos daquele país

Rita Marques [email protected]

DEPOIS de Macau ter batido há seis anos Las Vegas, ao nível de receitas de jogo,

quer agora ultrapassar a cidade americana no que toca a papéis em filmes e produções televisi-vas. Uma aposta que soa bem aos Serviços de Turismo, que

Luzes néon dos casinos são ás de trunfo nas telas de cinema internacionais

Cinema promove turismo em Macau

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ganham mais visitantes vindos especificamente da Coreia do Sul (um acréscimo de 20% face ao último ano), onde a região é promovida em êxitos de bilhetei-ra. “Esperamos que a cobertura de filmes e séries de televisão em revistas e jornais bem como noutros programas televisivos possa gerar mais interesse em Macau”, revelou Lew Hwan-kyu, representante dos Serviços de Turismo de Macau na Coreira do

Sul, à France Press. “É uma forma indirecta mas uma abordagem eficiente para promover a cidade.”

O recente filme sul-coreano “The Thieves”, que estreou no mês passado, é exemplo disso. Visto por 12,9 milhões sul-coreanos, o filme realizado por Choi Dong-hun, já foi apelidado de “Korea’s Ocean’s 11”, depois do êxito de Hollywood de 1960 que estreava Frank Sinatra e Dean Martin, ao desencadear uma série de produções em Las Vegas,

incluindo o ‘remake’ de 2001, com George Clooney e Brad Pitt.

MAIS REALIZADORES A CAMINHOPara já, a película que segue o rasto de coreanos e chineses que planeiam roubar um diamante, já conseguiu acumular 647 milhões de patacas nas bilheteiras. “Macau foi escolhida pela atmosfera exótica e cinemática”, explicou a produtora à France Press, algo a que não é alheio o contraste entre os novos

e reluzentes casinos e as sombrias partes antigas. “Foi bom termos um caminho natural, onde ladrões coreanos e chineses se reuniram em Hong Kong, foram para Macau para arranjar trabalho e depois da tentativa falhada, regressaram à Coreia para se vingarem”, explica Choi Dong--hun, antevendo mais realizadores a dirigirem-se à cidade. “A cidade tem cores únicas e os cineastas que procuram essa imagem única irão continuar a dirigir-se para a cidade.”

O City of Dreams é uma das principais estrelas do filme, já que surge em grande plano no filme. Um responsável do casino diz à France Press que deixar realizado-res de cinema usarem o hotel como cenário faz parte de uma estratégia para aumentar a exposição interna-cional. “O enorme sucesso do filme ajuda a promover o City of Dreams para uma audiência internacional mais alargada”, disse Sunny Yu,

Macau já foi estrela em duas séries televisivas coreanas, “Prin-cess Hours” (2006) e “East of Eden” (2008).

Sunny Yu

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16 desporto quinta-feira 4.10.2012www.hojemacau.com.mo

Sérgio [email protected]

NA sexta-feira passada a Federação Internacional do Automóvel (FIA) anunciou, em comu-

nicado de imprensa, o calendário provisório para a época 2013 do Campeonato do Mundo FIA de Car-ros de Turismo (WTCC) e o Circuito da Guia volta a constar como uma das treze corridas da temporada.

Numa altura em que nos bas-tidores crescem os rumores sobre a possibilidade do Grande Prémio de Macau voltar a ser realizado em dois fins-de-semana, como aconteceu aquando da celebração do jubileu do evento em 2003, a ronda da RAEM do WTCC está já pincelada para o fim-de-semana de 16 a 17 de Novembro de 2013.

Tal como acontece com a maioria das provas que constam

Marco [email protected]

AS festividades do Fes-tival do Meio-Outono

e a necessidade de fazer progredir o Campeonato da II Divisão da “Bolinha” obri-garam a principal prova do futebol de sete do território a parar durante duas semanas e o interregno parece não ter feito bem ao grupo de trabalho da Casa do Futebol Clube do Porto em Macau. A formação orientada por Daniel Pinto somou ontem a sua primeira derrota na presente edição da prova e desperdiçou a oportunidade de se tornar a primeira equi-

Circuito da Guia já está no calendário provisório de 2013

WTCC está para ficar

Dragões adiam decisão do apuramento

Taxi atropela FC Porto

do calendário do próximo ano, o evento do território está ainda “su-jeito a confirmação da Autoridade Desportiva Nacional”, neste caso da Associação Geral Automóvel de Macau – China (AAMC), sendo esta uma situação perfeitamente normal.

Para além de Macau, o WTCC, que deixará Marrocos e apostará na Rússia, e que arrancará em Espa-

nha na segunda semana de Março, voltará a repetir as passagens ha-bituais por Portugal e Brasil. Num ano em que a prova portuguesa do WTCC, realizada no Autódromo Internacional do Algarve, perdeu parte do apoio estatal, o Circuito da Boavista volta a figurar no ca-lendário provisório, sendo que o futuro do evento portuense ainda

não está totalmente garantido. Já o Brasil seguirá na rota da categoria com a etapa de Curitiba. O circuito de Pinhais, que recebe a caravana mundialista desde 2006, já sediou a abertura da temporada em cinco oportunidades, mas agora foi rele-gada para a fase intermediária do campeonato desde o ano passado.

A República Popular da China conserva igualmente a sua posição no calendário, mas com o Circuito Internacional de Xangai a trocar com Suzuka a sua posição no calendário, deixando de ser a última prova antes da finalíssima a realizar entre nós.

Da última reunião do Conselho Mundial da FIA também se ficou a saber que o Eurosport Events Ltd renovou contrato para continuar como promotor do FIA WTCC. O novo contrato entre a FIA e a em-presa de eventos do canal televisivo pan-europeu de desportos tem a duração de cinco anos e estará em vigor até 2017. Desde 2005 que o Eurosport ocupa esta posição e, graças à sua forte presença nos lares europeus, tem ajudado a desenvolver e a manter vivo um campeonato que nas últimas tem-poradas tem sofrido pela ausência de novas equipas de fábrica.

guarda-redes William Chu.O lance acabou por não

influir sobre o desenrolar da partida e aos 35 minutos a formação em que alinha o internacional Chan Kin Seng dilatou a vantagem, numa jogada concluída com sangue-frio por Huang Jia Fu, o atleta da República Popular da China que cha-mou a si o estatuto de melhor jogador da partida. Com a surpreendente derrota, o Futebol Clube do Porto adiou para a última ronda a decisão quanto ao nome do vencedor da Série A da “Bolinha” e vai lutar com o Monte Carlo por um lugar na final da competição.

pa a garantir a presença no mais apetecido desafio da temporada.

Nos cinco encontros que tinham disputado até ontem, os dragões do terri-tório haviam somado quatro triunfos e um empate, mas a quase imaculada campanha assinada pelo conjunto azul e branco perdeu ontem algum fulgor perante a intransi-gência e o rigor do futebol praticado pela formação do Taxi Chi Iao.

Depois de ter assinado um arranque promissor de temporada, o conjunto de matriz chinesa perdeu algu-ma margem de manobra na luta pelas posições cimeiras da Série A da “Bolinha” ao perder com o Monte Carlo e ao empatar com o Lai Chi. A quebra parece não ter afectado, no entanto, a de-terminação dos jogadores do Taxi Chi Iao no duelo frente aos líderes da competição e ontem, no terreno de jogo

do Campo do Colégio D. Bosco, o FC Porto foi o elo mais fraco, não só porque consentiu dois golos, mas também porque não con-seguiu criar oportunidades verdadeiramente relevantes.

NEUTRALIZAR CRAQUES AZUISCom uma defesa experiente, o grupo de trabalho do Taxi Chi Iao acabou por neutrali-zar sem grandes dificuldades as principais referências do ataque azul e branco. Em noite pouco inspirada, Alison Brito e Christopher Nwarou assinaram alguns bons apontamentos técni-cos, mas acabaram por quase não conseguir levar perigo ao último reduto do adver-sário. Rápido na transição entre a defesa e o ataque, o Taxi Chi Iao acabou por son-dar com alguma insistência a grande área à guarda de Juninho, obrigando o brasi-leiro a mostrar trabalho num par de ocasiões. O primeiro golo do desafio acabou por aparecer, ainda assim, numa jogada de bola parada, numa altura em que o cronómetro contabilizava já os últimos segundos da primeira parte. O Futebol Clube do Porto

ainda colocou uma barreira de quatro homens no interior do seu último reduto, mas o voluntarismo dos jogadores azuis e brancos nada pode para travar o remate colo-cado de Huang Jia Fu.

Os dragões do território recolheram ao balneário em desvantagem, mas o interregno acabou por não ter efeitos visíveis sobre o futebol praticado pelo gru-po de trabalho às ordens de Dani. O sete do Taxi Chi Iao voltou a entrar melhor na partida e a criar a primeira grande oportunidade de golo, antes de Nwarou quase garantir o golo do empate num lance disputado com o

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CALENDÁRIO PROVISÓRIO

10/03 Por confirmar (Espanha)

24/03 Monza (Itália)

07/04 Por Confirmar (por confirmar)

28/04 Slovakiaring (Eslováquia)

05/05 Hungaroring (Hungria)

19/05 Salzburgring (Austria)

09/06 Moscovo Raceway (Rússia)

30/06 Porto (Portugal)

21/07 Curitiba (Brasil)

15/09 Sonoma (EUA)

13/10 Xangai (China)

27/10 Suzuka (Japão)

17/11 Circuito da Guia (Macau)

Aviso

Tendo terminado o prazo de aceitação das candidaturas ao Concurso Público - Atribuição de Moradias da RAEM aos Funcionários dos Quadros Locais de Nomeação Definitiva dos Serviços e Organismos Públicos, publicado no Boletim Oficial da RAEM n.º 25, Série II, datado de 20 de Junho de 2012, avisam-se os candidatos que, nos termos da alínea c) do n.º 2 do artigo 12º do Decreto-Lei nº. 31/96/M, a lista provisória encontra-se afixada na sobreloja da Direcção dos Serviços de Finanças, Av. da Praia Grande n.os 575-579 e 585, Edifício Finanças e também no website da Direcção dos Serviços de Finanças (http://www.dsf.gov.mo/asset/asset_houseallocate.aspx?tab=2), dado o número de candidatos ter ultrapassado os duzentos.

A Direcção dos Serviços de Finanças, em 25/09/2012

A Presidente do Júri do concurso, Chong Seng Sam

Page 17: Hoje Macau 4 OUT 2012 #2707

17futilidadesquinta-feira 4.10.2012 www.hojemacau.com.mo

[Tele]visão

Aqui há gato

Sudoku [ ] Cruzadas

APOIO DOS IDOSOSVi uma notícia e fiquei triste. Uma associação foi acusada de dar benefícios aos idosos para os atrair a participar nas manifestações no Dia Nacional. Já não foi a primeira vez que isso terá acontecido. O sucedido levou ao corte de relações entre duas associações do território que até aqui mantinham uma relação de amizade e alguém tem que ficar triste. Ou não. Vi o fulano diversas vezes a mostrar ambição mas também o vi a dar arroz às idosas. No início ainda pensei que fosse um qualquer benefício aos membros da associação. Mas, claramente, o propósito foi outro.Vi ainda um deputado fazer um requisito ao Governo, aproveitando-se das necessidades dos idosos trouxe à baila a questão do arroz. Aparentemente o deputado em questão parece não ter quaisquer problemas na vida, mas usa a demanda dos apoiantes para chamar à atenção. Será que sou um gato pessimista e faço muito barulho por nada? Talvez, mas não gosto que usem grupos vulneráveis para obtenção de benefícios ou outra qualquer ambição política. O distribuidor de arroz, entretanto, já afirmou publicamente que irá participar nas eleições de 2017, mas ficará de fora no sufrágio do próximo ano. Viva a confiança! Está em alta, o menino. Será que naquela altura os idosos que receberam arroz vão votar nele? Já ouvi várias opiniões sobre o distribuidor de arroz e na verdade é pessoa sem valor. Penso que não pode nem deve ser deputado.Kwan Tsui Hang, arrisco-me a dizer, é a deputada feminina mais forte na Assembleia Legislativa. Começou fraquinha mas ganhou elogios e posição de destaque na sociedade de Macau. Foi esperta, estudou, aprendeu e executou. Está em alta, a senhora. Aí está um bom exemplo de deputado, que cresceu com o tempo. Foi humilde e aprendeu, e agora pode vir a colher os seus frutos nas próximas eleições para a AL.Não basta criticar. Vejo que muito criticam os deputados democratas por muito chatearem o Governo e pouco fazerem em prol da população. O distribuidor de arroz é um deles e desses eu não quero. Precisamos de bons políticos que saibam pensar sobre aquilo que é melhor para a nossa vida. Não precisamos de palhaços que falam em nome do povo para benefício próprio. Roço a injustiça se disser que todos os políticos são assim, uns palhaços. Alguns, muito poucos, há que estão na AL para ajudar a população mas a maioria só está interessada nos seus benefícios. Por favor, tenham tino nessas cabecinhas. Odeio gente que insulta a minha inteligência. Miau!

Pu Yi

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Contente, saciada. 2-Mancha, mácula. Tira-se donde estava. 3-Pessoa que sobressai por seus méritos. Grande ave galinácea. (pl.). O lado do navio virado para o vento (Náut.). Conquistam. Corta, apara. 5-Abertura exterior do recto (Anat.). Tira para fora à força. 6-Instituto Superior Técnico (abrev.). De modo diferente do que devia ser. Nelas. 7-Tumores hemorroidais. Mamífero roedor da América do Sul. 8-Sofrer, magoar. Retirem-se. 9-Exprime choque de corpos (Interj.). Enxugar. Sem companhia. 10-Graúda. Veste superior de certas religiosas. 11-Que faz as coisas pela calada.

VERTICAIS: 1-Espiolhais. Produto mais ou menos fluido, contendo micróbios, que se forma nas feridas infectadas. 2-O que soa aos ouvidos (pl.). Oferecido. 3-Ausência (Pref.). Empréstimo que dever ser retribuído no mesmo género, quantidade e qualidade. Argónio (s.q.). 4-Encontras pela frente. Vislumbras. 5-Da mesma maneira. Nome dado em Itália (Toscana) aos terrenos pantanosos e insalubres, situados à beira-mar. 6-Soror. Extrai-se da água do mar. Catalão (abrev.). 7-Relativo à fauce. Cure. 8-Textualmente. Quebrei, reparti. 9-Vogal (pl.). Remediai (Fig.). Agente (Suf.). 10-Coisa que aperta e não deixa os movimentos muito livres (Fig.). Fedores (Bras.). 11-Criado grave. Empregamos.

HORIZONTAIS: 1-SATISFEITA. 2-C. NODOA. SAI. 3-AS. PERUS. LO. 4-TOMAM. CISA. 5-ANUS. SACA. U. 6-IST. MAL. NAS. 7-S. UVAL. PACA. 8-DOER. SAIAM. 9-PA. SECAR. SO. 10-UDA. MANTO. S. 11-SORRATEIRO.VERTICAIS: 1-CATAIS. PUS. 2-S. SONS. DADO. 3-AN. MUTUO. AR. 4-TOPAS. VES. R. 5-IDEM. MAREMA. 6-SOR. SAL. CAT. 7-FAUCAL. SANE. 8-E. SIC. PARTI. 9-IS. SANAI. OR. 10-TALA. ACAS. O. 11-AIO. USAMOS.

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

[ ] Cinema Cineteatro | PUB

SALA 1TED [C]Um filme de: Seth MacFarlaneCom: Mark Wahlberg, Mila Kunis, Glovanni Ribisi14.30, 16.30, 19.30, 21.30

SALA 2TAKEN 2 [C]Um filme de: Olivier MegatonCom: Liam Neeson, Maggie Grace, Famke Jassen14.30, 16.15, 19.45, 21.30

RESIDENT EVIL: RETRIBUTION 3D [C]Um filme de: Paul W. S. AndersonCom: Milla Jovovich, Michelle Rodriguez, Li Bing Bing18.00

SALA 3LOOPER [C]Um filme de: Rian JohnsonCom: Joseph Gordon-Levitt, Bruce Willis, Emily Blunt14.30, 16.45, 19.15

CHERNOBYL DIARIES [C]Um filme de: Brad ParkerCom: Jesse McCartney, Jonathan Sadowski, Kevin Kelley21.30

TDM00:05 Telejornal (Repetição)00:35 RTPi DIRECTO13:00 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h14:30 RTPi DIRECTO19:30 Resistirei20:30 Telejornal21:00 TDM Talk Show21:30 Castle22:15 Ballet Rose23:00 TDM News23:35 Reportagem Sic

INFORMAÇÃO TDM

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:30 Poplusa15:30 A Hora de Baco16:00 Bom Dia Portugal17:00 Decisão Final18:00 Vingança18:30 Moda Portugal19:00 Liberdade 2120:00 Jornal Da Tarde 21:15 O Preço Certo22:15 Portugal no Coração

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41 - HBO12:00 The Lord Of The Rings15:00 Arthur 316:45 Blue Chips18:30 Hanging Up20:10 Sucker Punch22:00 True Blood23:50 John Carpenter’S Ghosts Of Mars

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A ANATOMIA DO SEGREDO • Leslie SilbertInglaterra 1593: Três semanas antes da sua enigmática morte, o fa-moso e sedutor Christopher Marlowe goza um enorme sucesso como dramaturgo. Rival de Shakespeare e espião ao serviço da Rainha da Inglaterra, Marlowe conhece o submundo de Londres como a palma das próprias mãos. Nova Iorque, actualidade: Kate Morgan, uma jovem licenciada em história da arte, trabalha como detective numa agência privada com ligações à CIA. A hábil e encantadora Kate é contratada pelo jovem milionário Medina para desvendar o mistério de um tomo escrito há mais de 400 anos que tem em seu poder. Quando as páginas amareladas começam a desvendar os seus segredos... o que esconderá este manuscrito? O que fará com que séculos mais tarde ainda leve alguém a matar?

A ARCA • Victoria HislopTessalonica, 1917. No dia em que Dimitri Komninos nasce, um incêndio devastador varre a próspera cidade grega, onde cristãos, judeus e muçulmanos vivem lado a lado. Cinco anos mais tarde, a casa de Katerina Sarafoglou na Ásia Menor é destruída pelo exército turco. No meio do caos, Katerina perde a mãe e embarca para um destino desconhecido na Grécia. Não tarda muito para que a sua vida se entrelace com a de Dimitri e com a história da própria cidade, en-quanto guerras, medos e perseguições começam a dividir o seu povo.

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da estre laCarlos M. Cordeiro

18 opinião quinta-feira 4.10.2012www.hojemacau.com.mo

STE escriba que vos contacta a partir do alto da Serra da Estrela poderá equacionar a suspensão deste trabalho por negar-se a vi-ver num país onde se equaciona a discussão de se matar o doente.

Prefiro emigrar para o Luxemburgo ou para a Alemanha a pensar que um dia, ao ser atingido por um cancro, sida ou artrite reumatóide a minha vida será cortada para que o Estado poupe dinheiro nos medica-mentos e outros recursos médicos.

A discussão do tema tem tido raios de incredulidade, de revolta e de protesto. Já lhe chamaram o “novo holocausto”. Acon-teceu que o Ministério da Saúde solicitou um parecer ao Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida no sentido de co-lher uma opinião sobre os cuidados clínicos dirigidos a doentes com cancro, sida e artrite reumatóide. A resposta foi chocante e in-digna. O presidente do referido organismo, Miguel Oliveira da Silva, informou que o Ministério da Saúde deve limitar o acesso aos medicamentos mais caros para tratar determinadas doenças. E explica: “vivemos numa sociedade em que, independentemente das restrições orçamentais, não é possível, em termos de cuidados de saúde, todos terem acesso a tudo”. Espantoso. Sabem o que significa o “tudo”? Inclui a dignidade de quem está nos últimos meses da sua vida. E o senhor Silva interroga-se: “Será que mais dois meses de vida, independen-temente dessa qualidade de vida, justifica uma terapêutica de 50 mil, 100 mil ou 200 mil euros?”. E assim rebentou a “bomba”

O tema deixou os portugueses atónitos e preocupados. A falta de vergonha passou a ser ilimitada. Era preferível que o Governo, já que a austeridade é o seu caminho, se decidisse pela implementação de um imposto de 1% sobre o salário de cada cidadão, mas que cada um de nós tivesse a certeza de que nunca seria morto por um sistema de saúde que viesse a enveredar por uma poupança tenebrosa de medicamentos e de outros meios clínicos transformada numa autêntica máquina de morte

Mate-se o doente

do protesto. A ordem dos Médicos entendeu que se trata de uma ofensa à ética de todos os profissionais de saúde e que o relatório em causa terá de ficar na gaveta do ministro.

É caso para perguntarmos onde acaba o racionamento ético? E se for um ano? Já vale a pena? E dez anos? No fim, não vamos todos morrer? E se forem 20 mil euros? E se o doente tiver recursos para pagar o tratamento, pode viver mais uns meses? E que tal aprovar um quadro para o tempo merecido de vida com os valores corres-

pondentes? Quanto vale o nosso inabalável instinto de sobrevivência? Quando passará a contabilidade a ser uma fria máquina de morte? Às inúmeras perguntas sem respos-ta, poderemos adiantar que o parecer do presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da “morte” não é mais que uma atitude contabilística que legaliza um certo tipo de eutanásia. Ninguém pode saber quando acaba a vida e também ninguém tem o direito de decidir pelo seu fim.

Não há dinheiro para os doentes com cancro, sida ou artrite reumatóide, então, Portugal bateu no fundo. E sendo assim, há que tomar medidas radicais, como por exemplo, extinguir as Forças Armadas. Que se vendam os submarinos, os F-16 e os blindados. Terminemos com a despesa monstruosa do exército, marinha e força aérea. Portugal não tem dinheiro nem para mandar cantar um cego e é líquido que não irá manter uma guerra com qualquer país. Então, que o realismo dê lugar à gritante ideologia liberal de que a vida humana se limita a uma simples máquina registadora.

O tema deixou os portugueses atónitos e preocupados. A falta de vergonha passou a ser ilimitada. Era preferível que o Governo, já que a austeridade é o seu caminho, se de-cidisse pela implementação de um imposto de 1% sobre o salário de cada cidadão, mas que cada um de nós tivesse a certeza de que nunca seria morto por um sistema de saúde que viesse a enveredar por uma poupança tenebrosa de medicamentos e de outros meios clínicos transformada numa autêntica máquina de morte.

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bairro do or ienteLeocardo

19opiniãoquinta-feira 4.10.2012 www.hojemacau.com.mo

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Fernando Eloy; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Carlos M. Cordeiro; Correia Marques; David Chan; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Jorge Rodrigues Simão; José Pereira Coutinho, Leocardo; Maria Alberta Meireles; Mica Costa-grande; Paul Chan Wai Chi; Vanessa Amaro Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

UANDO cheguei a Macau, e já lá vão uns bons vinte anos, fui acometido da maior das ingenui-dades – pensava que pelo menos a maioria da população falava português. Afinal este ainda era

um aquartelemento lusitano, o fim do fa-moso império português. Dissipada essa ilusão, acreditei que pelo menos os mais jovens falavam inglês. Puro engano. Andei um bocado perdido até aprender algumas palavras em chinês, nem que fosse apenas os nomes das comidas, de maneira a não morrer de fome. Em Macau falar uma língua estrangeira é privilégio de poucos. Apenas daqueles cujos pais investiram numa educação no estrangeiro, uma espé-cie de ratice que na cultura chinesa nem sempre é bem aceite. O mais importante é que os jovens aprendam quanto mais cedo possível o maior número de caracteres chineses, como se um futuro emprego dependesse disso. Não cabe na cabeça de ninguém minimamente civilizado este con-ceito: quanto melhor se sabe uma língua, mais acessível é o mercado de trabalho, ou que aprender mais que uma língua leva a que no fim não se consiga dominar ne-nhuma delas – outro preconceito utilizado como argumento.

Não surpreende que a Escola Portu-guesa tenha encontrado tantas dificuldades nestes anos iniciais depois da fundação da RAEM, e tenha perdido tantos alunos desde a sua criação. Ninguém acreditou, ou investiu, no ensino em português. O con-ceito que vigorava era o mais básico que se possa imaginar: isto agora é a China, e quem não sabe falar chinês está “tramado”. Isto levou a que muitos macaenses – que estudaram no ensino corrente em língua portuguesa - inscrevessem os filhos em escolas chinesas, mesmo herdando os nomes portugueses dos pais. Um cenário demasiado pessimista, pois uma vez que foi garantida pelos executantes da transição que Macau manteria as suas características

Não me incomoda que as pessoas se adaptem às novas circunstâncias, ou que se preparem para o futuro, se bem que ainda longínquo. Mas se queremos que Macau se mantenha dentro da sua originalidade, para quê cumprir sermões que nunca foram encomendados?

Pimenta na língua

únicas. Abandonar a cultura ocidental, nomeadamente a portuguesa, era assinar uma sentença de morte e receber de braços abertos uma eventual integração no regaço do Continente. Isto seria fazer de Macau apenas uma extensão de Zhuhai, só que com mais vantagens, as tais consagradas na Lei Básica. Mas com tal passividade, até quando seria isso possível?

Não me incomoda que as pessoas se adaptem às novas circunstâncias, ou que se preparem para o futuro, se bem que ainda longínquo. Mas se queremos que Macau se mantenha dentro da sua origi-nalidade, para quê cumprir sermões que nunca foram encomendados? Às vezes somos vergados pela batuta patriótica do “a China quer assim”, sem que a própria China nos tenha dado qualquer orientação nesse sentido. Algumas das decisões são feitas na base do chico-espertismo, da an-tecipação daquilo que agrada ao Governo Central. É por isso que Macau é sempre considerado o bom aluno desta coisa complicada que é o segundo sistema. É verdade que muito boa gente sofre dessa coisa que é o orgulho nacional, mas será mesmo assim? Será que os peitos-feitos que se consideram chineses acreditam no que lhes está a ser vendido?

Como dizia Goethe, “quem só conhece a sua própria língua, não conhece nem a sua língua”. E é sempre bom conhecer outra(s) língua(s), nem que seja apenas para encher a cabecinha de mais qualquer coisa. Apren-

der uma língua estrangeira implica ainda aprender outra cultura, descobrir coisas novas. É um facto que a nossa língua é também a nossa identidade, mas aprender outras não significa que a estamos a per-der, ou a hipotecá-la. Não é verdade que é fundamental aprender mandarim para se poder entender com um chinês; ninguém deixa de fazer negócios ou de se entender, se isso for mesmo necessário, por causa da barreira linguística. É deprimente conhecer um jovem – chinês ou qualquer outro – que em pleno século XXI não tenha pelo menos umas noções de inglês, o que lhe facilitaria muito a vida numa ida ao estrangeiro, ou no contacto com gentes e culturas diferentes. É preciso soltar a língua, e sobretudo abrir essas cabecinhas e pôr lá dentro qualquer coisa que vai para além dos nossos próprios horizontes.

Q

Quando cheguei a Macau, e já lá vão uns bons vinte anos, fui acometido da maior das ingenuidades – pensava que pelo menos a maioria da população falava português. Afinal este ainda era um aquartelemento lusitano, o fim do famoso império português

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quinta-feira 4.10.2012www.hojemacau.com.mo

car toon por Steff

Trabalhadores indonésios em greveMais de dois milhões de empregados de fábricas, da Indonésia, estão em greve por todo o país. O anúncio foi feito pela união de trabalhadores, sublinhado que estes exigem com esta paralisação uma melhoria nas condições de trabalho. Em causa encontram-se pelo menos duas medidas: um aumento salarial e a mudança na lei da contratação de trabalhadores temporários, no qual actualmente estes podem ser contratados pelo período de um ano (à tarefa), sem receber qualquer tipo de benefício. Segundo um porta-voz das autoridades da polícia, Agus Rianto, centenas de milhares de trabalhadores, de mais de 700 empresas de 80 estados, encontram-se nas ruas.

Mata-bicho em Romaa 5000 patacasA autarquia da cidade de Roma, capital italiana, aprovou um regulamento que prevê multas até 5000 patacas para quem seja apanhado a comer sandes ou a beber refrigerantes perto dos monumentos da cidade. Este pedido é feito em muitos locais da cidade, mas a verdade é que várias pessoas, sobretudo turistas, continuam a comer e a deixar lixo junto a locais marcantes como as fontes, praças ou igrejas. Pelo que a autarquia decidiu endurecer a luta. Quem quiser continuar a fazê-lo pode acabar a desembolsar. Uma sandes que sairá cara, portanto. Segundo o comunicado oficial, passará assim a ser “proibido parar para comer e beber em áreas que possuem um valor histórico e arquitectónico especial sejam reservadas exclusivamente como lugares para desfrutar da paisagem”.

ISCSP adverte aluno que insultou Passos CoelhoO Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) decidiu aplicar uma advertência “sem consequências disciplinares” ao estudante que insultou e assobiou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Tudo aconteceu no passado dia 28 de Setembro, quando Passos Coelho visitou o ISCSP. O aluno apupou o chefe do governo, o que causou mal-estar. Apesar de condenar “as expressões impróprias” do aluno, o ISCSP não vai aplicar sanções disciplinares, ao contrário do que chegou a ser avançado. Recorde-se que na sequência dos insultos o jovem foi confrontado por um segurança, que acabou, por sua vez, por impedir que os jornalistas filmassem a incidente.

Macau 42 fracções económicas foram devolvidas O Instituto de Habitação

(IH) afirmou que, até dia 17 de Setembro, 42 habitações económicas foram devolvidas pelas famílias. Razões pessoais, unidades inadequadas e dificul-dades em obter empréstimos hipotecários foram as justifica-ções apontadas pelo organismo. Entre as unidades, 21 são do Edifício da Tranquilidade, em Macau, 19 são do Edifício do Largo da Taipa, uma é de um edifício de Seac Pai Van e outro do Edifício da Habitação Social da Ilha Verde. O IH disse ainda que as unidades devolvidas vão ser transferidas para outras famílias em lista de espera. O deputado Au Kam Sam quer que o Governo investigue as verda-deiras razões por detrás das de-sistências. “Acho que o Governo não devia limitar-se a cancelar as inscrições, devia investigar as razões subjacentes. Pode ser que a qualidade do apartamento não seja suficientemente boa, os desenhos das fracções podem ser maus ou podem existir ainda outras razões.” Os Kai Fong, por sua vez, justificam o acontecimento com a melhoria da situação económica da popu-lação. “Muitas pessoas estão à espera da habitação pública há anos e só agora é que puderam escolher. Durante estes anos, alguns deles têm uma situação financeira mais confortável”, explica um dos representantes. Segundo a lei, quando o candi-dato abdica da habitação pública é obrigado a pagar uma taxa ao Governo equivalente a 1% do custo da fracção. Além disso, o IH também revelou que, entre 1993 e 2011, houve 59 casos de arrendamento ou revenda ilegal das habitações económicas ou mesmo livre transferência que foram punidos. Destas, foram cancelados contratos a proprie-tários de vinte unidades. - C.L.

Ministro das Finanças anunciou medidas alternativas à mexida na TSU

Portugal esteve perto da bancarrota

CENSOS

O ministro português das Finanças, Vítor Gaspar, explicou on-tem, em conferência

de imprensa, que na reunião do Ecofin, a 8 e 9 de Outubro, está em causa a aprovação da sexta tranche da ajuda externa e que se pretende que o programa termine em meados de 2014, como estava previsto. “Estivemos à beira da bancarrota, a um passo de não ter condições de honrar compromis-sos internacionais, pagar salários e pensões”, afirmou. “Graças à credibilidade que conseguimos temos melhores perspectivas de acesso ao mercado”, acrescentou, realçando que Portugal regressou hoje aos mercados de obrigações.

Depois falou da consolidação orçamental. “Do ponto de vista orçamental o ajustamento tem sido muito significativo. O défice estrutural primário diminuiu cer-ca de seis pontos percentuais em

2011 e 2012. É um ajustamento sem precedentes. Aproximada-mente dois terços do esforço estarão concluídos até a final de 2012. Resultado conseguido através de medidas na ordem dos 10% do PIB”.

E continuou. “A redução da

despesa pública é inquestioná-vel. Não tem paralelo”, garantiu Vítor Gaspar. “Em 2012 ficará abaixo dos valores previsto. A previsão de redução era de 4,1%, hoje estimamos redução de 5%. Despesa corrente ficará cerca de 700 milhões abaixo do orçamentado.”

A quebra da massa salarial tem-se manifestado em receitas menores no IRS e contribuição para Segurança Social, referiu o ministro. “Será na ordem dos 3 mil e 300 milhões de euros. Para respeitar os 5% serão necessárias as medidas que iremos adoptar até fim dos ano: do lado da despesa, suspensão de projectos de investimento, contenção na Segurança Social; do lado da receita, agravamento da tributação de rendimentos e mais valias em imóveis de valor igual ou superior a 1 milhão de euros.”

FALECIMENTOWillian Martins Leite “Pocho”

A família de Willian Martins Leite, comunica a todos os amigos e conhecidos, que este faleceu no Brasil, no passado dia 2, vítima de doença prolongada.Willian Martins Leite ficou conhecido no mundo do futebol por Pocho e representou, entre outros clubes, o Sporting Clube da Covilhã entre 1985 e 1988, na 1.ª Divisão de Portugal. Depois de Portugal seguiu-se Macau onde Pocho terminou a sua carreira de jogador, tendo sido posteriormente treinador da selecção de Macau.