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Hospitais e Atenção Básica: tensões,
conflitos e produção de redes.
PODER LOCAL E INOVAÇÃO NO SUS:estudo sobre a construção de redes de atenção à saúde emtrês municípios no Estado do Rio
Grande do Sul
Tese de doutorado. Unicamp. FCM/DMPS, 2002
Orientador: Gastão Wagner de Sousa Campos
Apoio: CAPES
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000309602
Introdução
Municípios rurais com menos de 10.000 habitantes. Seria de imaginar cenários de poucas disputas, de decisões fáceis para problemas pequenos onde apenas a ignorância ou a escassez de recursos justificam os problemas. Ao contrário, o estudo encontrou realidades locais complexas, recursos que possibilitam inovações, instituições e atores resistentes possibilitam inovações, instituições e atores resistentes ou impulsionadores de mudanças. Contextos ricos em contradições e conflitos que desenham as novas organizações que formam o SUS para os sujeitos que vivem nestes lugares. Tomamos como problema o fortalecimento da atenção básica e a produção de novas organizações no campo da saúde em cidades pequenas. Trata-se de uma discussão sobre o poder local, implicado com processos de produção da gestão e atenção no campo da saúde.
Figura 1: Tema da Pesquisa
FORMULAÇÃO E
IMPLEMENTAÇÃO
Inovações:na Gestão e na Atenção
ÇÃODE POLÍTICAS PÚBLICAS E
CONSTRUÇÃO DE SUJEITOS
NOVAS NOVAS ORGANIZAÇÕESORGANIZAÇÕES
NOVASNOVASCONFIGURAÇÕES CONFIGURAÇÕES
DE REDESDE REDES
Método
Teoria Seleção
Condução do caso 1
Relatório de caso 1
Conclusões dos casos
DEFINIÇÃO PREPARO, COLETA E ANÁLISE ANÁLISE E CONCLUSÃO
Teoria desenvol-vida
Seleção de casos
Protoco-lo de coleta de informações
Condução de caso 2
Relatório de caso 2
Modificação da teoria
Desenvolvimento das implicações políticas
Relatório de conclusão
Acervo de informação de casosinovadores
Figura 2 - Modelo de Estudo de Casos Múltiplos (Yin)
CONVERSANDO COM MÁRIO TESTA: SOBRE A PRODUÇÃO DE ORGANIZAÇÕES E O ‘POSTULADO
DE COERÊNCIA’,
SUJEITOSSOCIAIS
SOCIEDADE
CAMPO DE PODER DASAÚDE
PODER/SUJEITOSSOCIAIS
REDE DEORGANIZAÇÕES
POLÍTICAS PÚBLICAS
Figura 4 : Espaço de Formulação de PolíticasPúblicas e Constituição de Sujeitos Sociais
CAMPO
____
CAMPO___
ORGANIZAÇÕES DASAÚDE
O LOCAL E OS PROCESSOS DE MUDANÇAS INCLUSIVAS
•Sobre a Complexidade do
Local
• Lidar com a idéia de que o município é local de o município é local de produção e não apenas de implementação de programas leva à necessária consideração de que o espaço do município é complexo
ORGANIZAÇÕES E INSTITUIÇÕES: DÁ PARA FALAR EM ORGANIZAÇÕES
INCLUSIVAS
TEORIAS E MÉTODOS: OS MODELOS TECNO-ASSISTENCIAIS DISPUTAM A PRODUÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES.
OS SUJEITOS SOCIAIS ‘CO-PRODUZIDOS’
A RELAÇÃO ENTRE O PSF E A REFORMA DO ESTADO
Rede
• A rede de atenção local não é a soma dos equipamentos da rede de hospitais e da rede de atenção hospitais e da rede de atenção básica. É exatamente a complexidade das interconexões entre hospital e atenção básica que tem potencial para produzir uma nova institucionalidade para a saúde.
• Qual o desenho institucional da saúde? Esta institucionalidade se traduzirá em organizações, ou antes em redes e fluxos, ou até em dispositivos híbridos ( entre a ou até em dispositivos híbridos ( entre a organização e o fluxo), flexíveis e reprogramáveis? Tem o conceito de rede a potência de abrigar as propostas que queremos inscrever na luta por desenhos institucionais e organizacionais alternativos?
Centro de Atenção Integral à Saúde /CAIS- CATUÍPE:Unidade Mista / Programa de Saúde da Família
Município de Catuípe/SMS – Secretaria Estadual de Saúde – Ministério da Saúde‘ O SUS é Legal.’
ASSOCIAÇÃOCOMUNITÁRIA
CONSELHO GESTOR
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
321
14
5
FIGURA 10: UNIDADE MISTA DE CATUÍPE –Situação Atual
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE3 22 1
24h 8h 4
UNIDADE MISTA DE JÓIA
SOCIEDADE HOSPITAL SANTA LÍBERA
CONSELHO GESTOR
4SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
2
3
1
b
a
6
4
a- PORTA DE ENTRADA
b- PORTA DE ENTRADA EMERGÊNCIA1 AMBULATÓRIO
2 LEITOS DE OBSERVAÇÃO3 INTERNAÇÃO
4 CASA DE PASSAGEM 5 FARMÁCIA
Análise de Resultados
• Investir na Rede Básica e preservar o Hospital Local
• Criar estrutura local e participar da formação da rede regional
• Inovar no espaço estatal e no espaço comunitário• Inovar no espaço estatal e no espaço comunitário• A adesão a uma proposta mais geral e a
necessidade de uma marca local: um nomedisputado
• Mudar a atenção e mudar a gestão - o municípiocomo espaço de produção de tecnologias degestão e de cuidado
Conclusão
• Nossa pesquisa reitera a necessidade de novas (e mais complexas) formas de gestão para diminuir o impacto da deteriorização dos serviços de saúde na crescente crise da economia destes locais. Propostas tradicionais do campo da Vigilância da Saúde, arraigadas entre os implementadores de políticas para a atenção básica, implementadores de políticas para a atenção básica, levariam a implantação de três equipes de Saúde da Família, espalhadas pelos territórios dos municípios de Catuípe e Jóia, sem preocupar-se com o destino das organizações já existentes, no caso o abandono de hospitais comunitários locais contribuiria para um ainda maior empobrecimento destes municípios.
• No estudo em pauta, apresentamos diagramas singulares, resultados da articulação entre as lógicas e os espaços tradicionalmente hospitalares e as lógicas e os espaços da estratégia de saúde da família. Nestes locais, as necessidades do hospital tradicional não solapam mais os avanços da atenção básica e, ao mesmo tempo, os equipamentos tradicionalmente mesmo tempo, os equipamentos tradicionalmente encontrados nos hospitais dão suporte para as ações da atenção básica. As inovações na gestão local qualificam a participação dos municípios pequenos em espaços de concertação na região, contribuem para a descentralização do SUS e para a superação das iniqüidades que resultam da condição do viver em municípios pequenos.