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I.A. – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL OU IMBECILIDADE AUTOMATIZADA? AS MÁQUINAS PODEM PENSAR E SENTIR?. Valdemar W. Setzer Depto. de Ciência da Computação da USP www.ime.usp.br/~vwsetzer google: valdemar setzer home (Ver nesse site a apresentação completa e o artigo correspondente). TÓPICOS. - PowerPoint PPT Presentation
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Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 16/7/12
I.A. – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL OU IMBECILIDADE AUTOMATIZADA?
AS MÁQUINAS PODEMPENSAR E SENTIR?
Valdemar W. SetzerDepto. de Ciência da Computação da USP
www.ime.usp.br/~vwsetzergoogle: valdemar setzer home
(Ver nesse site a apresentação completa e o artigo correspondente)
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 26/7/12
TÓPICOS1. O ser humano é uma máquina?2. Qual a posição dos cientistas?3. Questões as serem abordadas4. Sensações e sentimentos5. O pensar6. Máquinas podem ter inteligência?7. Inteligência artificial8. Conclusões
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 36/7/12
1. O ser humano é uma máquina?
(No sentido de ser um mecanismo puramente físico)Favor responder
SIM ou NÃO
no papelzinho
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 46/7/12
1. O ser humano é uma máquina? (cont.)SIM NÃOTOTAL %SIM
1 18/09/02 UFMT, Cuiabá (BCC) 25 21 46 542 09/09/02 Facs. Dom Domênico, Guarujá (grad) 26 54 80 333 25/09/02 PUC, SPaulo (pós G Jornalismo) 6 7 13 464 12/05/03 UNOESTE, Pres. Pruente (grad SI e CC) 17 20 37 465 30/05/03 IC Unicamp (pós Gr CC) 12 24 36 336 25/08/03 UNESP, Rio Claro (BCC) 13 11 24 547 28/08/03 UNISO, Sorocaba (Bach Sist Info) 73 105 178 418 15/09/03 Centro de Cultura Judaica, SPaulo (#) 10 10 20 509 17/09/03 CEFET, Alagoas, Maceió (Tecnol. PD) 76 60 136 56
10 25/09/03 Centro Cultural Itaú, SPaulo (#) 25 48 73 3411 12/11/03 Faculdades SENAC, SPaulo (BCC) 13 9 22 5912 21/10/04 UNIP, cp. Indianópolis, SPaulo (BCC, EC...) 56 32 88 6413 20/10/05 UNESP, Rio Claro (BCC) 13 18 31 4214 18/08/08 UNISA, São Paulo (grad SI) 42 29 71 5915 15/09/08 UNISAL, Americana (grad SI, AS) 44 36 80 5516 07/10/09 UNOESTE, Presidente Prudente (BCC) 32 29 61 52
# - Público geral Totais/média 458 513 971 47
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 56/7/12
1. O ser humano é uma máquina? (cont.)Sentido usado aqui:Máquina é um sistema puramente físico com as seguintes funcionalidades:
Outras máquinas Computadores
Transformam, transportam,armazenam
Matéria, energia
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 66/7/12
1. O ser humano é uma máquina? (cont.)Sentido usado aqui:Máquina é um sistema puramente físico com as seguintes funcionalidades:
Outras máquinas Computadores
Transformam, transportam,armazenam
Matéria, energia Dados
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 76/7/12
TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. Máquinas podem ter inteligência? 7. Inteligência artificial 8. Conclusões
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 86/7/12
2. Qual a posição dos cientistas?Aparentemente, a grande maioria, senão a quase totalidade dos cientistas, principalmente os da área de I.A. e os neurocientistas, acha que o ser humano é uma máquina. Exemplos: Joahn Searle: “... in one sense, of course we are all machines [that sense in which a machine is just a physical system...]” (Minds, Brains and Science) A. Damasio: cérebros e mentes são a mesma coisa (Descartes’ Error)
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 96/7/12
2. Posição dos cientistas (cont.) J. L. Pollock: “My general purpose in this book is to defend the conception of man as na intelligent machine.” (How to Build a Person, MIT Press) J. Haugeland: “AI wants only the genuine article: machines with minds, in the full and literal sense. This is not science fiction, but real science, based on a theoretical conception as deep as it daring: namely, we are, at root, computers ourselves.” (Artificial Intelligence: the very Idea, MIT Press) R. Dawkins: “O argumento deste livro é que nós, e todos os outros animais, somos máquinas criadas por nossos genes.” (O Gene Egoísta)
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 106/7/12
2. Posição dos cientistas (cont.)Posição intermediária:John Searle: o ser humano é uma máquina, mas
o cérebro, apesar de determinar as mentes, não é um computador
O “Quarto Chinês” (“Can Computers Think?” in Mind, Brains and Science, London: Penguin 1984)
Computadores são máquinas puramente sintáticas e a mente tem semântica (compreensão).
Só que ele não diz o que é “compreender” E que máquina (o ser humano) poderia ser essa
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 116/7/12
2. Posição dos cientistas (cont.)Posição intermediária (cont.):R. Penrose: o ser humano é um ser físico, mas o
cérebro não é um sistema computacional. Há processos não-físicos no mundo – deve existir um mundo platônico das idéias matemáticas (The Emperor’s New Mind)
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 126/7/12
TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. Máquinas podem ter inteligência? 7. Inteligência artificial 8. Conclusões
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 136/7/12
3. Questões a serem abordadasAs máquinas podem Sentir? Pensar como o ser humano? Ser inteligentes? O ser humano é um ser puramente físico (“máquina”)? As máquinas poderão exercer todas as atividades humanas (e melhor)?
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 146/7/12
TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. Máquinas podem ter inteligência? 7. Inteligência artificial 8. Conclusões
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 156/7/12
4. Sensações e sentimentos Sensação: uma reação interior, p.ex. sabor de algo
Doce, azedo, amargo Sensações mais sutis
Cores Medo Angústia
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 166/7/12
4. Sensações e sentimentos (cont.) Sentimento: também uma reação
interior, mas de outra natureza, mais ativa, p.ex. gostar ou não de algoSimpatia ou antipatia (básicos)Atração ou repulsão (mais
básicos) A individualidade e subjetividade das
sensações e sentimentosNinguém é capaz de sentir uma sensação
ou sentimento que outro sente
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 176/7/12
4. Sensações e sentimentos (cont.)Máquinas têm individualidade?
Máquinas analógicas Uma geladeira pode ter individualidade? O projeto e a construção são únicos para cada
modelo de máquina Máquinas digitais
A Máquina de Turing (MT) (1935)
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 186/7/12
A MÁQUINA DE TURING
CONTROLEFINITO
b 1 0 ## 0 1...
L / G
b b ...b b
Resultado:
CONTROLEFINITO
b 1 0 0# 0 1...
L / G
# b b ...bEst.At. Entrada Saída Movim.Próx.Est.
A # # D BB 0 0 D BB 1 1 D BB # 0 D BC b # E F
Estado inicial: A. Estado final: F.
#,#;D #,0;D
0,0;D 1,1;D
b,#;EA B C F
movim.gravaçãoleitura
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 196/7/12
A MÁQUINA DE TURING (Cont.)
Para maiores detalhes, ver a apresentação“A essência dos computadores”
em meu site.
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 206/7/12
4. Sensações e sentimentos (cont.)A MT é uma máquina digital abstrata com
um só tipo de instrução: (Estado atual, símbolo de entrada, símbolo de saída, movimento da cabeça, próximo estado)
Est.At. Entrada Saída Movim.Próx.Est.
A # # D BB 0 0 D BB 1 1 D BB # 0 D BC b # E F
Estado inicial: A. Estado final: F.
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 216/7/12
4. Sensações e sentimentos (cont.) Máquinas digitais (cont.)
A Máquina de Turing resolve qualquer problema computacional (tese de Church-Turing)
A universalidade da Máquina de Turing (MT) e das máquinas digitais Dadas capacidade e velocidade suficientes, qualquer uma pode
simular qualquer outra Como as máquinas não têm individualidade ou
são universais e os sentimentos são estritamenteindividuais,
MÁQUINAS JAMAIS TERÃO SENTIMENTOSMÁQUINAS JAMAIS TERÃO SENTIMENTOS
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 226/7/12
4. Sensações e sentimentos (cont.) Não se sabe cientificamente o que é ter sensações e sentimentosNão se sabe cientificamente o que é ter sensações e sentimentosJohn Haugeland, John Haugeland, Artificial Intelligence: The Very Idea.Artificial Intelligence: The Very Idea. MIT Press, 1987, p. 235: MIT Press, 1987, p. 235: É surpreendentemente difícil avaliar a relevância dessas questões [os vários É surpreendentemente difícil avaliar a relevância dessas questões [os vários tipos de sentimentos] na Inteligência Artificial. Até mesmo a sensação, que tipos de sentimentos] na Inteligência Artificial. Até mesmo a sensação, que deveria ser de alguma forma o caso mais fácil, produz uma perplexidade deveria ser de alguma forma o caso mais fácil, produz uma perplexidade profunda. Não se pode negar que as máquinas podem 'ter sensação' do que profunda. Não se pode negar que as máquinas podem 'ter sensação' do que as rodeia, se tudo o que isso significa é discriminação – dar respostas as rodeia, se tudo o que isso significa é discriminação – dar respostas simbólicas em diferentes circunstâncias. Olhos elétricos, termômetros digitais, simbólicas em diferentes circunstâncias. Olhos elétricos, termômetros digitais, sensores de tato, etc., são comumente utilizados como órgãos de entrada sensores de tato, etc., são comumente utilizados como órgãos de entrada [[inputinput] em toda parte, de brinquedos eletrônicos aos robôs industriais. Mas é ] em toda parte, de brinquedos eletrônicos aos robôs industriais. Mas é difícil imaginar que esses sistemas sentem na verdade qualquer coisa quando difícil imaginar que esses sistemas sentem na verdade qualquer coisa quando reagem a estímulos impingidos a eles. Apesar de o problema ser geral, a reagem a estímulos impingidos a eles. Apesar de o problema ser geral, a intuição é mais clara no caso da dor: muitos sistemas complexos podem intuição é mais clara no caso da dor: muitos sistemas complexos podem detectar danos internos ou mal funcionamento e até mesmo adotar medidas detectar danos internos ou mal funcionamento e até mesmo adotar medidas corretivas; mas será que eles sentem dor? Parece incrível, mas o que corretivas; mas será que eles sentem dor? Parece incrível, mas o que exatamente está faltando? Quanto mais penso sobre essas questões, menos exatamente está faltando? Quanto mais penso sobre essas questões, menos fico convencido de que sequer sei o que isso significa (o que não quer dizer fico convencido de que sequer sei o que isso significa (o que não quer dizer que acho isso sem sentido).que acho isso sem sentido).
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 236/7/12
TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Os filmes Bicentennial Man e AI 3. Qual a posição dos cientistas? 4. Questões as serem abordadas 5. Sensações e sentimentos 6. O pensar 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 246/7/12
5. O pensar O que é pensar? Envolve semântica
O “Quarto Chinês” de John Searle Um computador é como o operador do QC
Pois trata tudo sintaticamente (estruturalmente) Segue regras e não “compreende” nada Mas Searle não diz o que é “compreender”
Sempre envolve conceitos Ex: o que vocês estão percebendo visualmente
na entrada da sala?
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 256/7/12
5. O pensar (cont.)A resposta, certamente unânime, foi “UMA
PORTA”ERRADO!
NÃO SE PERCEBE VISUALMENTE UMA PORTA pois “porta” é um conceito
O que se percebe visualmente são impulsos luminosos
O pensar funcionacomo ponte entre a percepção e um conceitocomo ponte entre dois conceitos (“associação
de ideias”)
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 266/7/12
5. O pensar (cont.)
PercepçãoSem que o pensar faça associação com
um conceito, não se percebe nada!Ex. do hexágono com diagonais
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 276/7/12
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 286/7/12
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 296/7/12
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 306/7/12
5. O pensar (cont.) Percepção (cont.)
Sem a associação com um conceito, por meio do pensar, não se percebe nada! (cont.) Ex. do sapateiro J.B. (em Catching the Light, de
Arthur Zajonc) O pensar completa a percepção
Entra em contato com a essência das coisas, inatingível para Kant (Das Ding an Sich) pois para ele o pensamento era mecânico e
portanto limitado erro que persegue a ciência e a filosofia até hoje
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 316/7/12
5. O pensar (cont.)
O pensar pode ser objetivo Todos chegaram ao conceito de porta Toda a matemática é objetiva
pois é puramente conceitual Lembrar que o sentir é sempre subjetivo
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 326/7/12
5. O pensar (cont.) “Nosso pensar nos une ao mundo; nosso sentir nos reconduz a nós próprios, fazendo de nós um ser individual. Se fôssemos apenas seres pensantes e dotados de percepção, a nossa vida transcorreria numa indiferença total. Se apenas nos reconhecêssemos como Eu, nosso Eu nos seria completamente indiferente. Apenas por que, além de reconhecer a nós mesmos, sentimos também o nosso ser, somos entes individuais, cuja existência não se esgota em estabelecer relações conceituais entre as coisas, mas possui também um valor particular em si mesma.”
Rudolf Steiner, A Filosofia da Liberdade, p. 80.
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 336/7/12
5. O pensar (cont.) O pensar tem características únicas no
universoPensar sobre o pensar
Rudolf Steiner em A Filosofia da Liberdade: “Estado de exceção”
Única atividade em que o objeto da ação pode ser idêntico à própria ação
É autossuficienteNão é preciso outra atividade além do pensar para se
pensar sobre o pensarR. Steiner: Razão do Cogito, ergo sum de Descartes
Um fulcro, ponto de apoio de certeza pessoal!
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 346/7/12
5. O pensar (cont.) Podemos vivenciar no pensar a liberdade
(livre arbítrio)Ex.: Imaginar o movimento do braço na
horizontal O pensamento pode ser autodeterminado
ATENÇÃO:Vivenciamos o livre arbítrio no pensar, mas na
realidade ele existe na VONTADE (QUERER) DECISÃO de pensar o que se quer Portanto, livre arbítrio é querer o que se quer!
Isto é, o que se acha justo Não é uma tautologia!
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 356/7/12
5. O pensar (cont.) Autodeterminação livre do pensamento
Pensar o que se vai pensar em seguida, e concentrar-se nisso Autodeterminação livre é totalmente impossível nas
máquinas Determinadas pelas leis físicas seguidas por suas funções
no caso da máquinas digitais, por seus programas e circuitos que interpretam as instruções dos programas determinismo e não determinismo na Máquina de Turing
Máquinas analógicas: não-determinismo devido à aleatoriedade Mas nossa vivência é que o pensamento consciente não é aleatório
a,b;M
a,c;M'
s1
s3
s2
Duas transições não determinísticas:
s2 ≠ s3 e/ou b ≠ c e/ou M ≠ M'
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 366/7/12
5. O pensar (cont.)Máquinas projetadas e construídas jamais
terão liberdade!A falta de liberdade provém da sujeição às leis
físicas e da falta da autodeterminaçãoSe uma máquina tivesse liberdade, não faria o
que dela desejamosAtenção: para um materialista, o ser
humano NÃO pode ter livre arbítrio! A não ser que seja um materialista incoerente...
P. ex., preza a liberdade (acadêmica, de pesquisa, ...) Ainda bem que a maior parte deles é incoerente!
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 376/7/12
5. O pensar (cont.) Para quem parte da hipótese de que o ser humano
pode ter livre arbítrio (pelo menos no pensamento) máquinas JAMAIS vão pensar como ele Podem no máximo simular certos tipos de pensamentos
como os algorítmicos
Distorção do que é “pensar”: “Machines as simple as thermostats
can be said to have beliefs”John McCarthy
(Inventor da expressão “Inteligência Artificial”!)“Ascribing mental qualities to machines” (1979)
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 386/7/12
5. O pensar (cont.) Cérebro
Do ponto de vista científico, o máximo que se deveria dizer é que certas áreas dele participam de certos processos mentais Dizer que processos mentais são gerados pelo
cérebro é pura especulação Não corresponde às evidências pessoais!
Cérebro reflete as sensações, os sentimentos, a vontade e o pensamento para a consciência Pensar = refletir !!!
Hipótese de trabalho fundamental: o pensamento não é físico Pode depender mais, ou menos, do cérebro físico
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 396/7/12
TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. O ser humano é um sistema físico? 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 406/7/12
6. O ser humano é um sistema físico? Sensações e sentimentos individuais e
a liberdade do pensamento Levam à hipótese de trabalho de que
NÃO SOMOS SERES PURAMENTE FÍSICOS(SUJEITOS APENAS A LEIS FÍSICAS)Isso não contradiz fatos científicos conhecidos da neurociência
Também como conseqüência dessa hipótese,
O SER HUMANO NÃO É UMA MÁQUINA Minha concepção radical:
NADA no ser humano é mecânico ou puramente físico Ex.: o braço não é uma simples alavanca
NADA nos seres vivos é puramente mecânico, físico
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 416/7/12
6. O ser humano é um sistema físico? Em particular não são puramente físicos
Pensar, sentir e querer Memória Consciência Autoconsciência
Atenção: essas hipóteses não limitam a pesquisa, pelo contrário, expandem-na! Não abdicam do racionalismo
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 426/7/12
TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Qual a posição dos cientistas? 3. Questões as serem abordadas 4. Sensações e sentimentos 5. O pensar 6. O ser humano é um sistema físico? 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 436/7/12
7. Máquinas podem ter inteligência?Depende da noção de “inteligência”! Se for simplesmente jogar bem xadrez, as
máquinas podem ser “inteligentes” Ver meu artigo sobre xadrez eletrônico Mas nem todas as pessoas inteligentes jogam xadrez
bem Precisamos de algo muito mais amplo
O Teste de Turing [TT] (1950) Descrição É comportamental
Compara os comportamentos exteriores da máquina e do ser humano
“Quarto Chinês” do Searle não é comportamental! É lingüístico
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 446/7/12
7. Máquinas inteligentes? (cont.) Extensões do TT (Hanard)
Total Turing Test (TTT) TT + outros comportamentos
Total Total Turing Test (TTTT) TTT + indistinguibilidade corporal
Howard Garder: Inteligências Múltiplas Lingüística Musical Lógico-matemática Corporal
cinestésica Espacial Intrapessoal
Interpessoal (D. Goleman: Emocional)
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 456/7/12
7. Máquinas inteligentes? (cont.) Gardner estendeu depois para 20
P. ex. Interpessoal para Liderança Manter relações sociais e preservar amigos Resolver conflitos Ser capaz de fazer análise social
Minha classificação 1. Inteligência incorporada
No corpo humano, nos animais, plantas e até minerais Infinita sabedoria na natureza
Constantes físicas, distância da Terra ao Sol etc. Todos os seres vivos etc.
O corpo humano é a maior maravilha física do universo Máquinas também têm
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 466/7/12
7. Máquinas inteligentes? (cont.) Minha classificação (cont.)
2. Inteligência criativa O que é criatividade? Domenico di Masi:
Criatividade = Fantasia + Concretividade Fantasia: ter novas ideias – podem ser malucas Concretividade: saber realizar algo social ou
pessoalmente útil Só fantasia: diletantismo Só concretividade: burocracia
Inteligência criativa é a que envolve ter novas ideias e conseguir realizar algo útil com elas
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 476/7/12
7. Máquinas inteligentes? (cont.) Na minha concepção de mundo, máquinas
jamais terão inteligência realmente criativa Não têm fantasia
“Novas” idéias são fruto de combinações previamente programadas
Não têm concretividade ampla Pois para isso é necessário ter bom senso (noção de
utilidade), que não é formal Podem ter a concretividade de realizar algo
burocrático que um ser humano achou útil Além de tudo, a inteligência depende do
pensar, e na minha hipótese ele não é físico, de modo que também nesse sentido máquinas jamais serão inteligentes
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 486/7/12
TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Os filmes Bicentennial Man e AI 3. Qual a posição dos cientistas? 4. Questões as serem abordadas 5. Sensações e sentimentos 6. O pensar 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 496/7/12
8. Inteligência artificial
Searle: Strong AI Dá ênfase às analogias entre seres humanos e máquinas Visão extrema: o cérebro é um computador, e a mente o
seu programa Newel e Simon “Inteligência é somente uma questão de manipulação de
símbolos” “Um sistema físico de manipulação de símbolos é necessário e
suficiente para se ter uma ‘ação inteligente em geral’ ”
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 506/7/12
8. Inteligência artificial (cont.) J. Fetzer: “Na tese da strong AI, computadores
possuem mente quando estão executando programas...” (Computers and Cognition: why Minds are not machines)
J. Pollock: “Strong AI é a tese de que nós podemos construir uma pessoa (uma coisa que realmente pensa, sente e é consciente), por meio da construção de um sistema físico ao qual se dê a Inteligência Artificial adequada”
Weak AI Computadores são ferramentas que “podem ser úteis,
ajudar e ser valiosas no estudo da mente, mas não possuem mentes, mesmo se estão executando programas” (J. Fetzer)
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 516/7/12
8. Inteligência artificial (cont.) Não estou de acordo com a aplicação dessas
duas Minha classificação adicional
IA prática Fazer as máquinas simularem ações humanas
Para substituir o trabalho que degrada o ser humano Desde que se dê a ele um trabalho mais digno!
IA humilde Coleção de algoritmos interessantes
prunning Reconhecimento de padrões Robótica Etc.
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 526/7/12
8. Inteligência artificial (cont.)Máquinas podem executar melhor do que o ser
humano Ações mecânicas Detecção de grandezas físicas Manipulação de dados, incluindo escolhas lógicas
Não podem executar melhor Decisões baseadas em sentimentos
Ex.: leis sociais Decisões baseadas em intuições Percepção do que não é fisico
Movimentos: dos direitos humanos, para a paz, ecológico
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 536/7/12
8. Inteligência artificial (cont.) ou
Imbecilidade Automatizada?
Segundo a minha noção de“inteligência criativa”
computadores, interpretando qualquer programa, são e sempre serão IMBECIS AUTOMÁTICOSIMBECIS AUTOMÁTICOS
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 546/7/12
TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Os filmes Bicentennial Man e AI 3. Qual a posição dos cientistas? 4. Questões as serem abordadas 5. Sensações e sentimentos 6. O pensar 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 556/7/12
9. Conclusões Hipótese espiritualista
A hipótese de que o ser humano não é uma máquina, ou um sistema puramente físico, é baseada em evidências muito fortes Vistas nesta palestra
Sentimentos individuais Liberdade no pensamento
E muitas outras Forma orgânicas
incluindo simetrias (ex.: orelhas, mãos) Como elas são conservadas no crescimento e na
regeneração de tecidos?
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 566/7/12
9. Conclusões (cont.) Hipótese espiritualista (cont.)
[1] http://www.revistapesquisa.fapesp.br/index.php?gal=84&type=gal&nb=6&img=1 Minha teoria de como algo não físico pode atuar fisicamente
A escolha de uma dentre várias transições fisicamente não-deterministas não requer energia
Há um modelo não físico atuando em cada ser vivo Esse modelo é da natureza do pensamento, por isso podemos reconhecê-lo
com nosso pensar
(Notar como as bordas da folha de uma Costela-de-Adão, Monstera
deliciosa, seguem uma curva característica)
(Vistas de uma Adelpha capucinus velia; notar as fantásticas simetrias
de formas e cores [1])
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 576/7/12
9. Conclusões (cont.) Hipótese espiritualista (cont.)
Evidências no ser humano (cont.) Funcionamento do corpo, “vida” Memória aparentemente infinita Vivência da liberdade, do tempo etc. Experiências de quase morte Experiências mediúnicas (telepatia foi reconhecida por
McCarthy! ). Exs: Leonora Piper (1859-1950) Chico Xavier (1910-2002)
Recordações de “outras vidas” por crianças ...
Ver meus artigos “Por que sou espiritualista” “Ciência, religião e espiritualidade”
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 586/7/12
9. Conclusões (cont.) Hipótese materialista
A hipótese de que o ser humano é uma máquina, um sistema puramente físico É “self-defeating”: não se sabe cientificamente o que é
matéria Leva a uma ciência desumana Degrada a imagem que o ser humano faz de si próprio Elimina
Individualidade ‘superior’ Livre arbítrio, liberdade Dignidade Responsabilidade Amor altruísta
Leva ao egoísmo Ver meu artigo “Consequências do materialismo”
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 596/7/12
9. Conclusões (cont.) Leva a ações
Baseadas em pensamento “maquinal”Sem sentimentos (como compaixão)Bestiais
O QUE ESTAMOS VENDO? Destruição da matéria
(paradoxo do materialismo, cf. J. Lutzenberger) Destruição da vida
Ambos, devido ao egoísmo!!!Miséria social e individual crescentes
Exs.: Aumento de problemas psíquicos e sociais, suicídios de crianças e jovens
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 606/7/12
9. Conclusões (cont.) A humanidade está em perigo
Devido ao mau uso da tecnologia Causa principal de toda essa destruição
Visões materialistas do ser humano, comoum animal (darwinismo, neo-darwinismo) uma máquina (IA)
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 616/7/12
9. Conclusões (cont.) Pior influência: em crianças e jovens Frederico Mayor Zaragoza, ex-diretor geral da
UNESCO A QUESTÃO NÃO É O MUNDO QUE VAMOS DEIXAR PARA NOSSOS FILHOS, MAS OS FILHOS QUE VAMOS DEIXAR PARA O MUNDO(Ver referência em meu artigo “Tolerância,convivência e conflitos religiosos”)
Solução: educação e auto-educação, mas com outra mentalidade em relação à prevalente hoje em dia A educação corrente induz ao materialismo
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 626/7/12
9. Conclusões (fim!)
A SALVAÇÃOSALVAÇÃO SOCIAL E INDIVIDUAL SÓ PODERÁ OCORRER A PARTIR DE UMA MUDANÇA DE MENTALIDADE:
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 636/7/12
TÓPICOS 1. O ser humano é uma máquina? 2. Os filmes Bicentennial Man e AI 3. Qual a posição dos cientistas? 4. Questões as serem abordadas 5. Sensações e sentimentos 6. O pensar 7. Máquinas podem ter inteligência? 8. Inteligência artificial 9. Conclusões
Valdemar W. Setzer – I.A. reduzida 646/7/12
I.A. – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL OU IMBECILIDADE AUTOMATIZADA?
AS MÁQUINAS PODEMPENSAR E SENTIR?
Valdemar W. SetzerDepto. de Ciência da Computação da USP
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(Ver nesse site a apresentação completa e o artigo correspondente)