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IAN HENRIQUE PINTO DIAS
ANÁLISE DO CONHECIMENTO SOBRE ESTEROIDES ANABÓLICOS
ANDROGÊNICOS ENTRE ESTUDANTES E PROFESSORES DE
ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ - MS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Corumbá-MS
2014
IAN HENRIQUE PINTO DIAS
ANÁLISE DO CONHECIMENTO SOBRE ESTEROIDES ANABÓLICOS
ANDROGÊNICOS ENTRE ESTUDANTES E PROFESSORES DE
ESCOLAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ - MS
A monografia apresentada como requisito parcial para conclusão do Curso de Educação Física para obtenção
do Título de Licenciado em Educação Física.
Orientadora:
Prof. Me. Silvia Beatriz Serra Baruki.
Corumbá-MS
2014
Dedico este trabalho a Deus que me concedeu graça para
concluir mais essa etapa, a minha namorada Jamielle que
incentivou desde o inicio e minha mãe pela força que me passou
durante esses quatro anos, e a todos os meus amigos.
Agradecimentos
Agradeço еm primeiro lugar а Deus quе iluminou о mеu caminho durante esta
caminhada. À Instituição pelo ambiente criativo е amigável que proporciona. A todos оs
professores dо curso, quе foram tãо importantes nа minha vida acadêmica е
nо desenvolvimento dеstа monografia, Ao professor Rogério que me ajudou a na escolha
deste tema. A professora Silvia Baruki que em nenhum momento mediu esforços, teve
paciência e confiança ao longo das supervisões e sempre me incentivando.
Agradeço também a minha namorada Jamielle Fernanda pessoa cоm quem аmо
partilhar а vida. Cоm você tenho mе sentido mais vivo dе verdade. Obrigado pelo carinho, а
paciência е pоr sua capacidade dе me trazer pаz nа correria dе cada semestre, AMO VOCÊ.
À minha família, pela capacidade dе acreditar e investir еm mim. Mãe, sеu cuidado е
dedicação fоі que deram еm alguns momentos, а esperança pаrа seguir, A senhora é uma
guerreira. Pai, suа presença significou segurança е certeza dе quе não estou sozinho nessa
caminhada. A minha sobrinha Kauany que sempre preparo meu Tereré durante as horas que
escrevia esta Monografia. A minha tia Luci pelo incentivo de sempre.
A todos aqueles quе dе alguma forma estiveram е estão próximos dе mim, fazendo
esta vida valer cada vеz mais а pena.
RESUMO
Nessa busca incansável pelo corpo perfeito, praticantes de atividade física desejam testar a
qualquer custo substâncias para melhorar o corpo, e acabam recorrendo os Esteroides
Anabolizantes, sem ao menos ter um conhecimento ou indicação de um profissional
capacitado para prescrever essas substâncias. O objetivo da pesquisa foi determinar o padrão
de conhecimento sobre o uso de EAA entre estudantes e professores de escolas públicas de
Corumbá. A pesquisa foi desenvolvida em Corumbá (MS) com dois grupos distintos: um
grupo formado por adolescentes de uma Escola Estadual de Ensino; e outro grupo formado
por professores de Educação Física, de várias escolas, escolhidos aleatoriamente. Foram
avaliados 31 adolescentes de 15 a 19 anos, do sexo masculino, com média de idade igual a
17,6 anos (± 0,98); e 20 professores, com média de idade igual a 34,8 (± 10,27), sendo 19 do
sexo masculino e 1 do sexo feminino. Os dados revelaram que os alunos têm um
conhecimento baseado apenas no senso comum dos EAA; e os professores que poderiam
entender mais do assunto, conhecem muito pouco, ou seja, o básico sobre os EAA. Quanto à
prevalência entre os alunos observou que 32% já fizeram o uso dos EAA e os professores
apenas 20% disseram ter consumidos esses produtos. Os medicamentos mais utilizados foram
durateston, deca-durabolin, winstrol (estanozolol) e hemogenin.
Palavras - chaves: Anabolizantes. Educação Física Escolar. Atividade Física.
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 9
1.1 JUSTIFICATIVA........................................................................................................................11
2 OBJETIVOS ..................................................................................................................................12
2.1 Objetivo geral ............................................................................................................. 12
2.2 Objetivos específicos .................................................................................................. 12
3 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................12
3.1Histórico ...................................................................................................................... 12
3.2 Mecanismos de ação....................................................................................................................13
3.3 Efeitos colaterais .........................................................................................................................14
3.4 Doping no esporte .......................................................................................................................15
3.5 A Busca pelo corpo ideal .............................................................................................................16
3.6 Educação Física Escolar e Promoção da Saúde ............................................................................17
4 METODOLOGIA ..........................................................................................................................18
4.1Tipo de pesquisa .......................................................................................................... 18
4.2 Participantes ............................................................................................................... 19
4.3 Coleta de dados .......................................................................................................... 19
4.4 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ............................................................ 19
5 RESULTADOS .............................................................................................................................20
5.1 Resultados da pesquisa com os alunos ........................................................................ 20
5.2 Resultados da pesquisa com os professores ................................................................. 22
6 DISCUSSÃO .................................................................................................................................25
7 CONCLUSÃO ...............................................................................................................................27
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................................28
9 REFERÊNCIAS.............................................................................................................................29
Apêndice 1........................................................................................................................................31
Apêndice 2........................................................................................................................................32
9
INTRODUÇÃO
Atualmente, a atividade física é considerada como um dos mais eficientes elementos de
promoção da saúde, levando jovens e adolescentes a procura de academias de ginásticas com
o propósito de buscarem o corpo que a sociedade impõe como ideal. Dentro dessa expectativa
o uso indiscriminado dos Esteroides Anabolizantes tornou- se um problema de saúde publica.
Nessa busca incansável pelo corpo perfeito, praticantes de atividade física desejam
testar a qualquer custo substâncias para melhorar o corpo, e acabam recorrendo aos Esteroides
Anabolizantes, sem ao menos ter um conhecimento ou indicação de um profissional
capacitado para prescrever essas substâncias. A utilização por indivíduos que desejam
aumentar suas performances ou para fins estéticos tem sido constante em várias academias da
região.
No entanto, o uso do Esteroide Anabolizante antes restrito apenas atletas, com passar do
tempo se estendeu para a classe considerada recreativa. Ou seja, aqueles que praticam
musculação sem a intenção de competir, com intuito apenas de adquirir um corpo musculoso
ou definido (SANTOS 2007).
Os Esteróides Androgênicos Anabólicos (EAA) são uma família de hormônios
esteróides similares aos hormônios esteróides naturais como a testosterona. O hormônio
testosterona apresenta duas formas de ação: anabólica e androgênico (SANTOS 2003). A ação
Anabólica compreende o aumento de síntese protéica e hipertrofia muscular. A ação
Androgênica está relacionada aos caracteres sexuais secundários, correspondendo à
ginecomastia ou crescimento de mamas, nos homens; e nas mulheres, o engrossamento da
voz, pelo facial e corporal (ROBERGS E ROBERTS, 2002).
A função dos EAA é auxiliar no metabolismo, recuperar as fibras musculares mais
rapidamente, e fazer renovação de novas células fazendo com que o corpo tenha uma
recuperação mais rápida (SANTOS, 2003). Segundo Winters (1990 apud ARAÚJO, 2003,
p.17) a administração de esteroides aumenta a massa livre de gordura e a força muscular;
reduz a gordura corporal; melhora capacidade aeróbica e facilita a recuperação em exercícios
extenuantes.
Os efeitos colaterais pelo uso abusivo de EAA compreendem aspectos físicos e
psicológicos. Bompa (2000) afirma que efeitos adversos potenciais em homens incluem a
ginecomastia, retenção hídrica, acne, alterações da libido, o aumento de agressividade. Em
mulheres, podem ocorrer a amenorréia e outras irregularidades menstruais, bem como os
efeitos masculinizantes, como o engrossamento da voz, calvície, diminuição das mamas e
10
alargamento do clitóris. Tais efeitos podem ser irresistíveis. Com relação aos efeitos
colaterais psicológicos Santos (2003) nos diz que
[...] um efeito colateral muito evidente é o distúrbio mental de
comportamento. Uma que um atleta experimento o aumento da força e do
peso associado com o uso de esteróides, torna-se difícil parar. Percebendo
que não se pode manter todos adquiridos, a dependência mental instala-se[...]
( SANTOS, 2003, p; 40).
Ribeiro (2008) afirma que, em adolescentes, os efeitos podem ser maturação esquelética
precoce com o fechamento das epífises ósseas, baixa estatura e puberdade acelerada, levando
ao crescimento raquítico, variações de humor incluindo a raiva e agressividade levando a
episódios violentos como suicídios e homicídios.
A testosterona, o mais potente hormônio sexual masculino, vem sendo descrita ao longo
dos anos como o hormônio que poderá contribuir para regredir a incapacidade funcional do
homem envelhecido, no período da andropausa. Entretanto, muito ainda deve ser estudado,
não somente no que diz respeito à ação dessas drogas no organismo, mas também sobre os
métodos de controle dos usuários. É necessário estar sempre atento ao volume cada vez maior
da utilização dos anabolizantes, o que torna este um dos maiores problemas relacionados à
prática esportiva, competitiva ou recreativa (JUNIOR, 1997).
O estudo abordou o conhecimento de alunos e professores sobre os EAA, as possíveis
consequências do seu uso e a capacidade dos professores orientarem seus alunos e atuarem
nesse processo de ensino aprendizagem, para desmitificar esse assunto e esclarecer as
dúvidas. Os professores devem discutir sobre os EAA para que os alunos tenham visão crítica
e possam tomar decisões corretas e seguras. E, dentro desse contexto, mostrar as diferenças
entre os EAA e os Suplementos Alimentares.
A abordagem desta pesquisa levanta a seguinte problemática: Os alunos estão
conscientes dos riscos do uso indiscriminado dos EAA para a saúde? Os professores discutem
em sala de aula os temas “Esteroides Anabolizantes” entre os alunos? A pesquisa compreende
uma investigação para verificar o perfil dos alunos e professores avaliados, quanto ao uso e ao
conhecimento desses produtos e avaliar o papel do professor em oportunizar informações
seguras que orientem os alunos a não usarem esses produtos, evitando assim, doenças ao
longo da vida.
11
1.1 JUSTIFICATIVA
Nas últimas décadas, homens e mulheres procuram a obtenção pelo corpo perfeito. O
corpo tornou-se alvo de uma atenção redobrada, com a proliferação de técnicas de cuidado e
gerenciamento do mesmo, tais como dietas, musculação e cirurgias estéticas. Esse mercado
cresceu consideravelmente, ao compará-lo com outras áreas. O avanço tecnológico propiciou
aos indivíduos aproveitarem este progresso como recurso estético relacionado à saúde,
satisfazendo os desejos desse corpo perfeito, muitas vezes influenciados pela própria mídia.
Essa tendência trouxe algumas vantagens para o homem, mas por outro lado, os problemas
em relação à saúde aumentaram (CÔRTES, 2012).
Segundo Bizzo e Moutinho (2012) homens e mulheres investem cada vez mais
tempo, energia e recursos financeiros no consumo de bens e serviços destinados à construção
e manutenção corporal, na busca do “corpo sarado/perfeito”. Não alcançar essa meta gera a
insatisfação das pessoas, com seus corpos, e por isso procuram consumo das chamadas
“drogas da imagem corporal”, entre as quais se incluem os EAA.
A busca da imagem ideal, representada no corpo “perfeito” e no seu desempenho,
tem levado os jovens adolescentes a buscarem a concretização de seus ideais narcísicos
através do uso de EAA (SILBER e SOUZA, 1998). O uso de drogas anabolizantes é mais
comum entre culturistas recreacionais do que entre atletas em geral. Elas são mais utilizadas
para melhorar a aparência do que para melhorar o desempenho, usando comumente para fins
estéticos (BOMPA, 2000).
Os EAA podem ser usados de forma injetável e oral. As formas de comercialização são
inúmeras, desde o mercado negro, laboratórios clandestinos ou até mesmo dentro de
academias. Essas falsificações contêm preparações farmacêuticas, drogas feitas em
laboratório de fundo de quintal, drogas veterinárias, vitaminas, substâncias inertes e, em
alguns casos, drogas injetáveis feitas de óleo ou água colorida (BOMPA, 2000).
Outro fator agravante é o uso sem orientação de um médico. Segundo Neto (1997), a
automedicação faz parte da cultura brasileira, o que nos mostra uma grave falta de
conscientização. Dosagens elevadas de medicamentos de qualquer natureza, mesmo aquelas
substâncias sem contra indicações, podem ocasionar efeitos colaterais e em alguns casos levar
à morte. A orientação médica é eficaz para se saber qual medicamento é mais indicado, qual a
dosagem correta e quando é a hora de cessar o seu uso. Só assim evitam-se riscos e
consequências à saúde.
O uso abusivo e as altas dosagens no período de administração dos EAA podem
ocasionar a morte. Santos (2003) afirma que o abuso por longo período de uso de EAA pode
12
levar o usuário à morte em consequência a trombose cerebral, infecções por depressão da
imunidade, infarto cardíaco, hemorragia hepática, metástase de tumores da próstata e do
fígado e sangramento de varizes no esôfago.
Perante essa prerrogativa, vê-se como necessáriaa interferência do professor de
Educação Física em relação a esse conteúdo, por meio de a interpretação e explicação para
seus alunos sobre os temas que se encontram interligados à imagem corporal. A inclusão de
uma matéria sobre os EAA, na grade curricular, tornaria os alunos mais críticos em relação ao
assunto (BRASIL, 2000).Guedes e Guedes (1997) alegam que um novo papel pedagógico
deve ser adotado pelo professor de Educação Física, tendo uma visão favorável a promoção
da saúde por meio das atividades que envolvam as experiências dos educandos, como objetivo
de formar cidadãos mais saudáveis, ativos e conscientes, desempenhando um papel
importante na vida do adolescente como futuro cidadão.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Determinar o padrão de conhecimento sobre o uso de EAA entre estudantes e
professores de escolas públicas de Corumbá.
2.2 Objetivos específicos
Avaliar o conceito e/ou entendimento sobre os EAA, por parte de professores e
alunos;
Identificar a prevalência do uso de EAA, entre os alunos e professores;
Evidenciar os EAA mais utilizados; e
Verificar a utilização desse tema como conteúdo nas aulas de Educação Física.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1Histórico
A busca pela força humana é antiga e os acontecimentos sobre o uso EAA ocorreram
desde a Grécia antiga como, pois.
Os antigos gregos faziam o uso de cogumelos alucinógenos, e os
gladiadores no Coliseu, em Roma, tomavam estimulantes para
superaram a fadiga e os machucados. Alguns Índios da América do
Sul mastigavam folhas de coca para aumentar sua resistência física e força de trabalho. E hoje vemos o esporte com drogas desenvolvidas
13
com a tecnologia de recombinação de DNA. (CATLIN; HATTON;
YESALIS; BAHRKE; pág.03)
Segundo Leighton (1987), a mitologia grega confere o início do exercício de peso a um
homem chamado Milo, que viveu na Grécia. De acordo com a história, Milo queria se tornar o
homem mais forte do mundo. Para conseguir essa meta ele começou levantando um bezerro
quando ainda era jovem. À medida que o bezerro crescia, Milo aumentava sua força; e quando
o touro atingiu a idade adulta, Milo já havia atingido força suficiente não só para levantar o
animal, mas também para carregá-lo nos ombros. Essa é a história mais antiga e divulgada
como o início do treinamento de força.
Em 1848, o pesquisador alemão Arnold Berthold realizou um experimento na qual a
retirada dos testículos de galos jovens levava a diminuição da crista e perda das penas e da
função sexual. Os resultados da pesquisa sugeriram que os testículos secretavam uma
substância no sangue que regulava o desenvolvimento e a manutenção das características do
macho (KOCHAKIAN, 1990).
Winters (1990) verificou que a administração de testosterona em homens
hipogonádicos levava a diminuição da excreção de nitrogênio na urina e o aumento da massa
muscular.
Bompa (2000), afirma que, por volta dos anos 50 a testosterona e seus análogos (a
metandrostenolona ou Dianabol), passaram a ser usados. Os atletas do leste europeu foram os
primeiros a utilizá-los. Logo em seguida, outros países também passaram a usar tais
substâncias, se tornando uma febre entre os atletas do mundo inteiro. Para Junior (1987), a
utilização massiva e epidêmica dos esteróides anabolizantes por esportistas provocou, por
parte do National Institute Drug Abuse nos Estados Unidos da América em 1989, esforços no
sentido de reclassificar os esteroides anabolizantes como substâncias controladas.
3.2 Mecanismos de ação
Os hormônios são substâncias químicas secretadas na corrente sanguínea pelas
glândulas endócrinas. Provocam efeitos nos tecidos e posteriormente alteram as atividades de
vários tecidos, ocorrendo hiperplasia, neoplasia e hipertrofia (ROBERGS E ROBERTS,
2002).
Os EAA são uma família de hormônios esteróides similares aos hormônios esteroides
naturais como a testosterona. O hormônio testosterona apresenta duas formas de ação:
anabólica e androgênica (SANTOS, 2003).
14
Na década de 1950 foi descoberta que a testosterona tinha duas qualidades distintas a: a
ação anabólica que compreende o aumento de síntese protéica e hipertrofia muscular; e a ação
androgênica que está relacionada aos caracteres sexuais secundários (ginecomastia ou
crescimento de mamas, nos homens; e o engrossamento da voz, crescimento facial e corporal,
nas mulheres) (ROBERGS E ROBERTS, 2002).
De acordo com SANTOS (2003 p. 28):
Quando um atleta usa anabolizante, há muitas partículas de hormônio masculino no
citoplasma. Isso acelera a atividade da célula e provoca a síntese de mais proteínas
que o normalmente observado em um organismo sem substâncias. Algumas dessas proteínas musculares são actina e miosina, que são produtoras de energia. Como as
células musculares não se multiplicam, embora alguns trabalhos defendam a sua
hiperplasia (multiplicação da célula muscular), elas ficam hipertrofiadas de proteínas
que crescem mais que o normal. A massa muscular e a força aumentam cerca de três
a quatro semanas.
3.3 Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais são de curto e longo prazo. Destacam-se acne, dor de cabeça,
queda de cabelo, oleosidade cutânea, impotência e insônia. Os efeitos colaterais em longo
prazo são hipertrofia prostática, hepatotoxidade, hipertensão e lesões nos ligamentos, já que
os tendões não acompanham o crescimento dos músculos. O aumento dessas enfermidades vai
depender da quantidade de esteróide utilizado ou da pré disposição de cada individuo para
desenvolver esses efeitos (GRINSOPOON, 2006).
Em adolescentes pode ocorrer a puberdade acelerada, fechamento precoce das epífises
ósseas, acarretando baixa estatura ou um crescimento raquítico, acne e calvície precoce.
Todos os efeitos citados ocorrem de indivíduo para individuo, quanto ao tipo de esteróide
consumido e em relação ao tempo e uso, entre outros. E por último, pode ocasionar o
desenvolvimento extremo das características sexual secundária denominada hipervirilização
(GRINSOPOON, 2006).
Nos homens, o uso de esteroide pode levar a redução na produção de testosterona,
atrofia dos testículos, câncer de próstata e ginecomastia. Isso ocorre devido ao excesso, que é
convertido pelo corpo em hormônio feminino (estradiol). Esse hormônio age no tecido
mamário masculino, fazendo aumentar o volume. Em alguns casos o aumento das mamas
pode ser irreversível, sendo necessária uma cirurgia. Outro efeito colateral é a predisposição
para a formação de tumores hepáticos, caracterizados pela formação de cistos repletos de
sangue dentro do fígado (LAWRENCE etal., 2006).
Mcardle et al. (1999) em pesquisa afirma que:
Um dos efeitos sérios dos androgênios sobre o fígado ocorre quando este órgão (ocasionalmente o tecido esplênico) desenvolve lesões localizadas cheias de sangue
15
(cistos) uma condição denominada peliose do fígado. Apesar de que pacientes
tomarem esteróides por um período mais longo que os atletas, alguns atletas tomam
esteróides intermitentemente durante vários anos, com uma posologia que ultrapassa
os níveis terapêuticos típicos (50 a 200 mg por dia).
De acordo com Santos (2003):
As mortes que têm sido associados aos esteroides anabolizantes parecem ser
decorrentes do uso continuo prolongado ou de doses abusivas. As causa dos óbitos
foram infartos cardíacos, trombose cerebral, hemorragia hepática, sangramento de
varizes do esôfago, miocardiopatia, metástases de tumores da próstata e do fígado,
infecções por depressão da imunidade ou contaminação por medicamentos
falsificados.
3.4 Doping no esporte
Segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) (2010, p. 15), o doping é:
A utilização de substâncias ou métodos capazes de aumentar
artificialmente o desempenho esportivo sejam eles potencialmente
prejudiciais à saúde do atleta ou à de seus adversários, ou contrário ao
espírito do jogo. Quando duas destas três condições estão presentes, pode-
se caracterizar um caso de doping, de acordo com o Código da Agência
Mundial Antidoping (AMA).
Devido ao uso abusivo de substâncias químicas proibidas, o Comitê Olímpico
Internacional (COI) criou em 1967 uma comissão formada por médicos para combater o
crescimento do doping no esporte. Através da análise da urina do atleta, é possível detectar as
cinco primeiras classes de substâncias proibidas.
Estimulantes: agem direto sobre o sistema nervoso central, fazendo o mesmo
efeito da adrenalina. As substâncias são: pseudoefedrina, efedrina, anfetamina,
cocaína e cafeína.
Narcóticos e Analgésicos: atuam no sistema nervoso central, diminuindo a
sensação de dor. As substâncias são: morfina, codeína, propoxifeno, petidina.
Esteróides Anabolizantes: agem aumentando o tamanho dos músculos.
Diuréticos: atua aumentando a produção e a excreção, causando a perda de
peso. São usados também para o mascaramento de doping. As substâncias são:
triantereno, hidroclorotiazínicos, furosemida.
Betabloqueadores: agem diminuindo a pressão arterial e ajudam a manter
estáveis as mãos do atleta. É usado em competições como o tiro. As substâncias
são: propranolol e atenol.
A partir de 1992, o COI passou a coletar amostras de sangue para averiguar a presença
de alguma droga que não tivesse sido detectada na urinados atletas.
16
Em 1993, foi criado o Conselho Nacional de Desportos, pela Lei nº 8.672/92, que, em
seu art. 5º, fixou como atribuição do mesmo estabelecer normas que garantam direitos e
impeçam a utilização de meios ilícitos nas práticas desportivas (PUGA, 2008).
A legislação no Brasil iniciou com uma deliberação do já extinto Conselho Nacional de
Desportos (CND). Sobre o tema, escreve Rocha (1999, p. 104):
No Brasil, a primeira legislação a tratar do doping foi à deliberação nº 5, de
18.1.72., do Conselho Nacional de Desportos (CND), órgão do então
Ministério da Educação e Cultura (MEC). Esse documento dispunha sobre o
combate ao emprego do doping em atletas, listava substâncias proibidas e
previa penas, determinando às Confederações e suas filiadas o controle da
dopagem através de comissões próprias.
3.5 A Busca pelo corpo ideal
Na procura pelo corpo perfeito atletas e praticantes de atividades ficam disponíveis e se
sujeitam a qualquer recurso para atingirem seus objetivos. Os recursos ergogênicos utilizados
na maioria das vezes são incentivados pelos próprios patrocinadores, porque quando se trata
de esporte de alto nível a concorrência é maior (FELICIO, 2010).
A utilização dessas drogas por recreacionistas que desejam aumentar a performance
física, ou apenas para fins estéticos, tem sido constante em academias de todo o mundo. Os
EAA se tornam uma alternativa para aumentar a força e o ganho de massa muscular; e
melhora no desempenho físico. Os principais usuários são fisiculturistas, halterofilistas ou
atletas que desejam apenas melhorar a aparência (YESALIS et al.1999).
Segundo estudos realizados pela Universidade de Brasília o uso indiscriminado de
Esteroides Anabolizantes necessita ser divulgado para a população, a fim de esclarecer sobre
os efeitos colaterais causados pelo uso, em longo prazo (PEREIRA e FUNGHETTO, 2008).
Outras substâncias como o álcool, o tabaco e outras drogas psicoativas afetam a saúde,
mas o anabolizante tornou-se uma preocupação de saúde pública. Segundo dados do
Ministério da Saúde sabe-se que o consumidor preferencial está entre 18 e 34 anos, e
frequentemente do sexo masculino. E os principais medicamentos à base dessas drogas e que
são utilizados com fins estéticos são: Durasteston, Deca-Durabolin Winstrol e o GH
(Hormônio do Crescimento)(PEREIRA e FUNGHETTO, 2008).
Os EAA mais utilizados no Brasil, por via oral e injetável, são: Oxandrolona (Anavar),
Undecanoato de Testosterona (Androxon), Decanoato de Nandrolona (Deca-Durabolin),
Propionato de Testosterona, Fenilpropionato de Testosterona, Isocaproato e Caproato de
Testosterona (Durateston), Estanozolol (Winstrol),Trembolona (Parabolan), e Hormônio do
Crescimento (GH).
17
Uma das formas que essas drogas chegam ao Brasil é através da Bolívia e Paraguai.
Entram de forma ilegal sem nenhuma fiscalização e encontram revendedores ou usuários que
indicam médicos ou nutricionista para que possam prescrever o seu uso. Algumas dessas
substâncias são fabricadas em laboratórios clandestinos, às vezes sem nenhuma higiene ou
misturadas com outras drogas (GALDURÓZ; NOTO; CARLINI, 2004).
3.6 Educação Física Escolar e Promoção da Saúde
A Carta de Aprovação da Política Nacional de Saúde define Promoção da Saúde como a
busca pela qualidade de vida por meio de hábitos saudáveis e ativos, sendo contrário ao risco
e debilitação por qualquer fator que implica na perda de saúde (BRASIL, 2006). De acordo
com aOrganização Mundial Saúde (OMS):“Saúde é o bem estar físico, social emocional,
nesse sentido a saúde deve ser observada como um conjunto de condições que tenham como
objetivo a qualidade de vida e reprodução do modo saudável”(OMS, 2002 apud
PEREIRA,2008, p.8).
Guedes (1999) afirma que a promoção de saúde, dentro da Educação Física Escolar tem
como principal objetivo discutir a fundamentação teórica e prática na idéia de mostrar os
hábitos saudáveis e não saudáveis aos alunos. Afirmando essa teoria Devide (1996) diz que
um dos princípios para a vida saudável é a educação que aborde a temática saúde.
Se pensarmos na escola como promotora de saúde, devemos incluir a idéia de que
saudável esteja associada a todos que convivem no âmbito escolar. Porém, além da escola ter
uma função pedagógica especifica, tem uma função social e política voltada para a
transformação da sociedade como um todo. O período escolar é fundamental para trabalhar a
saúde na perspectiva da sua promoção, por que crianças, jovens e adultos que aí se encontram,
vivem momentos em que os hábitos e as atitudes estão sendo criados(OMS, 2002 apud
PEREIRA, 2008, p. 2).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais(BRASIL, 1998a) são abordados como fator de
promoção e proteção à saúde e estratégia para a conquista dos direitos de cidadania. Sua
inclusão no currículo responde a uma forte questão social.Segundo PCN “A escola, sozinha,
não levará os alunos a adquirirem saúde. Pode e deve, entretanto, fornecer elementos que os capacitem
para uma vida saudável.” (BRASIL,1998a, p.27).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio contemplam as drogas como um
dos sub-temas da saúde pela vulnerabilidade dos adolescentes e pelo fato de ser esta a fase da
vida na qual os comportamentos em grupos exercem influência sobre as escolhas individuais.
18
Isso faz com que escola seja palco para o estabelecimento e a formação das condutas dos
alunos diante dos riscos (BRASIL, 1998a).
Para a promoção da saúde, os processos educativos têm como eixos a construção
de vida mais saudável e a criação de ambientes favoráveis à saúde, o que significa conceber a educação como processo que trata do conhecimento como
algo construído e apropriado, e não meramente a ser transmitido (BRASIL,
2006, p.22).
De acordo Funghetto et al.(2008) a educação e a saúde são campos de conhecimentos e
de práticas. A educação está associada à escola e aos processos de aprendizagem e a saúde é
identificada com os serviços de saúde e processos de adoecimento.
Segundo Mezzaroba (2002), o professor de Educação Física deve identificar em seus
alunos o que é necessário refletir para que se promova a saúde. Para a promoção da saúde, os
processos educativos têm como base a construção de vida mais saudável e a criação de
ambientes favoráveis à saúde, como algo construído e apropriado, e não apenas transmitido
(BRASIL, 1998b).É importante que a Educação Física Escolar contemple temas relacionados
à saúde, incluindo o uso indiscriminado dos EAA, para que no futuro os alunos possam ser
críticos sobre o uso proibido dessas substâncias.
O tema EAA é muito discutido nas conversas dos adolescentes, por isso a escola junto
com os professores de Educação Física e alunos devem compartilhar esse conhecimento
através de trabalhos e apresentações com o intuito de aprimorar o senso crítico sobre o uso e
os efeitos dos EAA (OSORIO, 2011).
A escola é importante na tomada de decisões e atitudes preventivas. Isso não quer dizer
que a escola deva conter em sua grade curricular aulas explicativas sobre drogas ou
medicamentos, mas cabe ao professor identificar e/ou transmitir os efeitos desses produtos
permitindo ao indivíduo distinguir as informações certas ou erradas (ABROMAVAY;
CASTRO, 2003).
A escola desempenha uma função essencial na educação com o papel de passar
informações relacionadas não só às matérias, mas sim comprometida com a formação moral
do individuo, atentando para os temas emergentes na comunidade que ela está inserida
(BRASIL, 2006).
4 METODOLOGIA
4.1Tipo de pesquisa
19
Foi realizada uma pesquisa de natureza quantitativa do tipo descritiva. Segundo
Gerhardt e Silveira (2009) a pesquisa quantitativa gera amostras consideradas representativas
da população e os resultados são tomados como se constituísse um retrato real de toda a
população alvo da pesquisa.
Tem por premissa buscar a resolução de problemas melhorando as práticas por meio
da observação, análise e descrições objetivas, através de entrevistas com peritos para a
padronização de técnicas e validação de conteúdo (THOMAS; NELSON; SILVERMAN,
2002).
4.2 Participantes
A pesquisa foi desenvolvida em Corumbá (MS) com dois grupos distintos: um grupo
formado por adolescentes da Rede Estadual de Ensino; e outro grupo formado por professores
de Educação Física, de várias escolas, escolhidos aleatoriamente.
4.3 Coleta de dados
Para a coleta de dados, aplicaram-se dois tipos de questionário: um questionário
direcionado aos alunos (Apêndice 1) e outro direcionado aos professores de Educação Física
(Apêndice 2). Os questionários foram elaborados a fim de responder a pergunta/problema,
baseado nas seguintes informações:
1) Idade;
2) Grau de instrução;
3) Já fez ou faz uso de EAA?;
4) Quais destas substâncias são classificadas como EAA?; e
5) Quais os possíveis efeitos colaterais causados pelo uso de EAA.
Os dados obtidos foram organizados em planilhas eletrônicas, separados por sexo,
idade e pelas variáveis sobre atividade física e sobre o uso dos EAA. Foram estimadas as
estatísticas como: prevalências, média e desvio padrão.
4.4 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Antes de iniciar a pesquisa, foi solicitada uma autorização da direção e coordenação
das escolas envolvidas para o desenvolvimento do estudo. Após a devida autorização, cada
participante (aluno ou professor) e/ou responsável assinou um Termo de Consentimento Livre
20
e Esclarecido (Apêndice 3),explicando os objetivos e procedimentos da pesquisa, bem como o
rigor científico da mesma, com o intuito de autorizar a realização do estudo.
5 RESULTADOS
Foram avaliados 31 adolescentes de 15 a 19 anos, do sexo masculino, com média de
idade igual a 17,6 anos (± 0,98); e 20 professores, com média de idade igual a 34,8 (± 10,27),
sendo 19 do sexo masculino e 1 do sexo feminino. A seguir, serão apresentados os resultados
coletados pelos questionários aplicados, considerando-se o grupo de alunos e o grupo de
professores.
5.1 Resultados da pesquisa com os alunos
Em relação à prática de atividade física, entre os alunos pesquisados, o grupo
participava de diferentes modalidades conforme podemos observar no Gráfico 1.
Gráfico 1- Prevalência das atividades físicas praticadas pelos alunos
Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
Sobre o conhecimento dos EAA, 51,6% responderam que já ouviram falar sobre o
assunto; e 48,4% apenas conhecem pessoas que usam esses produtos (Gráfico 2).
21
Gráfico 2 – Conhecimento dos EAA, no grupo dos alunos
Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
Quanto à participação da escola no conhecimento dos EAA, verificou-se que a maioria
do grupo obteve essa informação na escola (Gráfico 3).
Gráfico 3 – Abordagem do tema nas escolas, nas aulas de Educação Física
Fonte: Pesquisa de campo, 2014
Em relação ao uso dos EAA, 32% dos participantes relataram já terem utilizado os
EAA; e 68% não utilizaram (Gráfico 4)
Gráfico 4 – Prevalência quanto ao uso dos EAA
Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
51,60%
48,40%
OUVIU FALAR
CONHEÇO USUÁRIOS
32%
68%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
JÁ UTILIZOU NÃO UTILIZOU
JÁ UTILIZOU
NÃO UTILIZOU
22
Entre os participantes (10 adolescentes) que afirmaram já terem usado EAA, todos
relataram ter iniciado o uso desses produtos por recomendação de amigos. E apenas, 3
sentiram algum efeito colateral, como acne, insônia e agressividade. Quanto à aquisição dos
EAA, 50% desse grupo responderam que conseguiram com um amigo e/ou em academias.
Todos responderam que não procuraram uma orientação médica para iniciar o uso dos EAA.
Os produtos mais consumidos foram: Deca-Durabolin, Durateston, e Hemogenim.
Sobre o conhecimento dos benefícios dos EAA, 48% responderam que os EAA
aumentam a força muscular e 58% disseram que aumentam não só a força, mas também
diminuem gordura corporal (Gráfico 5).
Gráfico 5 – Os benefícios dos EAA
Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
Foi verificado que 100% dos alunos entrevistados sabem que os EAA fazem mal para
a saúde, com diversos efeitos colaterais. São eles: acne, impotência, esterilidade,
ginecomastia, problemas cardíacos e/ou circulatórios, problemas no fígado e nos rins e
hipertensão arterial, limitação do crescimento, insônia, aumento do colesterol, calvície e dor
de cabeça.
5.2 Resultados da pesquisa com os professores
Em relação à prática de atividade física, o grupo participava de diversas modalidades,
como podemos observar no Gráfico 6.
48%
52%
AUMENTAR A FORÇA MUSCULAR
AUMENTAR A FORÇA E DIMINUIR GORDURA
23
Gráfico 6- Prevalência das atividades físicas praticadas pelos professores
Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
Sobre o conhecimento dos EAA, 45% dos entrevistados disseram que já ouviram falar
sobre o assunto; e 55% conhecem usuários que usam esses medicamentos (Gráfico 7).
Gráfico 7- Conhecimento dos professores
Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
Quanto ao uso dos EAA, 80% nunca utilizaram e 20% já utilizaram (Gráfico 8). No
grupo dos professores que já utilizaram os EAA (20%), todos iniciaram por vontade própria.
Apenas um deles consultou o médico para exames; e nenhum deles sentiu algum efeito
colateral dos EAA.
10%
20%
30%
10%
30%CAMINHADA
CORRIDA
FUTEBOL
LUTAS
MUSCULAÇÃO
55%
45%CONHEÇO USUARIOS
OUVIU FALAR
24
Gráfico 8 – Prevalência de uso
Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
Os produtos mais consumidos foram: Deca Durabolin, Winstrol e Durateston (Gráfico
9). Os produtos foram adquiridos no comércio exterior
Gráfico 9 – Produtos mais consumidos
Fonte: Pesquisa de campo, 2014.
Sobre os possíveis benefícios dos EAA, todos os professores responderam para os
seguintes efeitos dos EAA: aumento da massa muscular e da força; diminuição da gordura
corporal; e ajuda no estímulo psicológico. Sobre os efeitos colaterais a maioria respondeu que
eles causam problemas cardíacos no fígado e rins, esterilidade, calvície, agressividade,
aumento do colesterol, limitação do crescimento, impotência e hipertensão arterial.
Com relação ao conteúdo nas aulas de Educação Física 50% disseram que
desenvolvem o assunto EAA, em sala de aula através de debates, roda de conversa,
seminários ou quando se trata de assuntos relacionados à fisiologia. E os outros, 50% nunca
discutiram o assunto em sala de aula, mas ainda pretendem desenvolver com os alunos.
20%
80%
EXPERIMENTO
NÃO
EXPERIMENTOUU NÃO
25
6 DISCUSSÃO
De acordo com pesquisa realizada com alunos de uma escola publica em Brasília
notou-se que 51,6% dos alunos já ouviram falar dos EAA e 48% conhecem usuários. Araújo
(2003) em estudo realizado na Universidade de Brasília, com estudantes do ensino médio de
escolas públicas e particulares em 2003, que teve como pesquisa identificar entre os alunos o
conhecimento sobre os EAA, observou-se que 21,5% têm conhecimento destes produtos e
78,7% não conhece, mas já ouviram falar algo a respeito.
Cristofolinet al. (2008), em pesquisa realizada com jovens praticantes de musculação
na cidade de Joinville/SC e Jaraguá do Sul, onde foi perguntado sobre o uso de esteroides
anabolizantes, constatou que 10,85% já utilizou e 46,22% conhecem usuários de EAA. Maior
(2009) realizou com um grupo de praticantes de musculação no estado do Rio Grande do Sul
demonstrou que 24,9% relataram ser usuário de EAA. Com relação aos EAA administrados
por vias orais o Hemogenin destacou-se como de maior consumo entre os usuários 29%%. Ou
seja, os dados da presente pesquisa são semelhantes a esses resultados de estudos em outras
cidades do Brasil.
De acordo com Campos (2013), pesquisa realizada na cidade de Corumbá com
estudantes de escolas particulares, 38% disseram ter utilizado EAA e 68% nunca fizeram a
utilização desses medicamentos. Contudo 30% disseram ter conhecimento e 70% não.
Quanto ao questionamento do papel da escola, na abordagem do tema nas aulas de
Educação Física, 77% afirmou que a escola discute; e 23% relataram que a escola não
trabalhou com esse tema. Resultados contrários foram apresentados por Gonzaga et al. (2012),
em estudo realizado com estudantes do Ensino Médio da rede pública de Santana de
Ipanema. Constatou-se que 73,7% dos alunos não tiveram a temática dos EAA abordada em
sala de aula; e 27,2% disseram que em algum momento o professor discutiu em sala. Mas
todos os participantes alegaram ter ouvido falar dos EAA, seja por televisão (50,0%), escola
(36,36%), por amigos (18,18%) e pela internet (13,64%).
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM, 2014) afirma que
desde 1996, o uso juvenil de EAA aumentou 39% entre os estudantes do nível fundamental;
67% entre estudantes do ensino médio; e 84% entre os estudantes do último ano do ensino
médio. Uma recente inspeção mostrou que 1 em cada 16 estudantes já
usou anabolizantes esteróides para fins estéticos.No presente estudo, em relação ao uso dos
EAA, 32% dos participantes relataram já terem utilizado; e 68% não utilizaram.
Segundo Araujo (2003), em estudo realizado com alunos de uma escola pública em
Brasília, constatou-se que 5,46% disseram ter usado EAA. E a maioria revelou a participação
26
dos amigos na indicação ao uso desses produtos (60,4%). Em relação a esta pesquisa notou
que 32% disseram ter usado esses produtos, sendo um número alto se comparando a outros
trabalhos.
Com relação aos efeitos positivos ao uso dos EAA, a maioria dos participantes
respondeu ao aumento da massa corporal e da força muscular. Segundo estudo de Gonzaga et
al. (2012), citado anteriormente, em relação a pergunta “ qual motivo levou você a utilizar
EAA”, 25,39% responderam para melhor desempenho nos esportes; 66,3% para ter um corpo
mais bonito; 2,8% para tratar doenças 2,8%; e 5,7% para outros fins.
Em relação à pesquisa com os professores constatou-se que 45% já ouviram falar
sobre o assunto; e 55% conhecem usuários que usam esses medicamentos. Quanto ao uso dos
EAA, 80% nunca utilizaram e 20% já utilizaram. Abrahinet al. (2013), em pesquisa realizada
com professores e estudantes que atuam em academias na cidade de Belém, verificaram que
31,6% disseram ter usado EAA. Na amostra estudada, observou-se maior prevalência do uso
de EAA entre os professores (39,3%).
Com relação ao consumo dos EAA, tanto no grupo dos alunos como no grupo dos
professores, observamos que Durateston, Deca-Durabolin, Winstrol (estanzolol) e Hemogenin
foram os produtos mais citados. Estudo citado anteriormente mostrou também um maior
consumo de Deca-Durabolin (50%) entre os usuários (ARAÚJO, 2003).
Com relação ao conteúdo nas aulas de Educação Física, 50% disseram que
desenvolvem o assunto EAA, em sala de aula através de debates, roda de conversa,
seminários ou quando se trata de assuntos relacionados à fisiologia. E os outros 50% nunca
discutiram o assunto em sala de aula. Segundo Monteiro et al. (2012)
60% dos professores de Educação Física licenciados da Escola Superior de Cruzeiro e
atuantes no âmbito escolar,relatam o questionamento dos seus alunos, sobre esse tema,
durante as aulas de Educação Física.Verificou-se que os entrevistados tem pouco
conhecimento sobre os EAA. Na mesma pesquisa mostrou que 40% dos professores erraram
questões sobre EAA, mostrando que não sabem diferenciar os hormônios masculinos dos
hormônios femininos.
27
7 CONCLUSÃO
Os dados revelaram que os alunos têm um conhecimento baseado apenas no senso
comum dos EAA; 51,6% responderam que já ouviram falar sobre o assunto; e 48,4%
apenas conhecem pessoas que usam esses produtos.
Sobre os professores, notou-se pouco conhecimento sobre os EAA: 45% dos
entrevistados disseram que já ouviram falar sobre o assunto; e 55% conhecem usuários
que usam esses medicamentos.
Quanto à prevalência entre os alunos, observou-se que 32% já fizeram o uso dos
EAA e os professores apenas 20% disseram ter consumido esses produtos. Os
medicamentos mais utilizados segundo a pesquisa foram Durateston, Deca-Durabolin,
Winstrol (estanzolol) e Hemogenin.
A abordagem do tema EAA como conteúdo nas aulas de Educação Física dividiu-
se em 50%que discute em sala através de pesquisas e debates, e 50% que nunca trabalhou
com seus alunos a temática EAA.
28
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo analisar e discutir o conhecimento dos estudantes de
escola pública e professores que atuam no âmbito escolar na área de Educação Física, em
Corumbá/MS, em relação ao uso dos Esteróides Androgênicos Anabólicos (EAA).
Este tema surge a partir da vivência acadêmica nas disciplinas de Anatomia I e II,
Fisiologia I e II, e Nutrição. E por ser praticante de musculação desde a adolescência.
Considero necessário obter informações em âmbito escolar, a respeito dos EAA,
durante o processo de ensino aprendizagem, ressaltando a importância do professor de
Educação Física em desenvolver esse tema nas suas aulas, para que dessa forma os alunos se
tornem autônomos frente a esse conteúdo e sejam capazes de discutir e debater de forma
critica o tema EAA.
Apesar dos resultados não poderem ser generalizados, visto que o estudo abordou
apenas uma instituição de ensino, pode-se afirmar que o trabalho foi válido. Acredito que a
realização desse estudo trouxe contribuições teóricas e práticas, que possam contribuir para
maior conhecimento dos professores e alunos, na busca de qualidade de vida e promoção da
saúde, fatores que devem ser iniciados e desenvolvidos na ambiente escolar.
Os poucos dados encontrados em relação ao consumo e/ou conhecimento dos EAA em
alunos e professores de Educação Física, que atuam na escola, sugerem estudos semelhantes a
este, para ampliar a discussão dos EAA no âmbito escolar, para que se possam obter mais
resultados relevantes.
29
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androgênicos por estudantes e professores de educação física que atuam em academias de
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Apêndice 1
QUESTIONÁRIO PARA O ALUNO
32
NOME: ______________________________________________ ( ) Mas ( ) Fem Id: ____
Grau de instrução: Série ________________
1) Qual atividade física você pratica?
___________________________________________________________________________
2) Você sabe o que é Esteroides Anabolizantes?____________________________________
( ) Nunca ouvi falar ( ) Já ouvi algo a respeito ( ) Conheço usuários
3) Na escola, já teve alguma informação sobre Esteroides Anabolizantes ( ) Sim ( ) Não
4) Você utiliza/já utilizou Esteroides Anabolizantes? ( ) Não ( ) Já experimentei ( ) Estou
utilizando. Quais? ___________________________________________________________
Há quanto tempo? ___________________________________________________________
5) Para que servem os Esteroides Anabolizantes? ( ) Diminuir o cansaço ( ) Estímulo
psicológico ( ) aumentar MM e diminuir gordura ( ) aumentar a força muscular
Outros_____________________________________________________________________
6) Os Esteroides Anabolizantes faz mal para a saúde? Sim ( ) Não ( )
( ) Acne ( ) Aumento do colesterol ( ) Calvície ( ) Problemas no fígado e rins
( ) Problemas na próstata ( ) Impotência e esterilidade ( ) Limitação no crescimento ( ) Insônia
( ) Problemas nos tendões e ligamentos ( ) Dor de cabeça ( ) Ginecomastia ( ) Agressividade (
) Depressão ( ) Virilização. ( ) Problemas cardíacos/circulatórios ( ) Hipertensão arterial
Outros_____________________________________________________________________
7) Por que iniciou o uso? ( ) Recomendações do Instrutor/professor ( ) Recomendações de um
amigo ( ) Vontade própria () Outros _________________________________________
8) Antes ou durante o uso dos Esteroides Anabolizantes você procurou algum médico? ( ) Sim
( ) Não
9)Já sentiu algum efeito colateral com o uso dos Esteroides Anabolizantes? ( ) Não ( ) Sim
Qual(is)?___________________________________________________________________
10) Como você adquiriu os Esteroides Anabolizantes?
__________________________________________________________________________
Apêndice 2
QUESTIONÁRIO PARA O PROFESSOR
33
NOME: ______________________________________________ ( ) Mas ( ) Fem Id:
____1) Qual atividade física você pratica?
___________________________________________________________________________
2) Você sabe o que é Esteroides Anabolizantes?____________________________________
( ) Nunca ouvi falar ( ) Já ouvi algo a respeito ( ) Conheço usuários
3) Você utiliza/já utilizou Esteroides Anabolizantes? ( ) Não ( ) Já experimentei ( ) Estou
utilizando. Quais? ___________________________________________________________
Há quanto tempo? ___________________________________________________________
4) Para que servem os Esteroides Anabolizantes? ( ) Diminuir o cansaço ( ) Estímulo
psicológico ( ) aumentar MM e diminuir gordura ( ) aumentar a força muscular
Outros_____________________________________________________________________
5) Os Esteroides Anabolizantes faz mal para a saúde? Sim ( ) Não ( )
( ) Acne ( ) Aumento do colesterol ( ) Calvície ( ) Problemas no fígado e rins
( ) Problemas na próstata ( ) Impotência e esterilidade ( ) Limitação no crescimento ( ) Insônia
( ) Problemas nos tendões e ligamentos ( ) Dor de cabeça ( ) Ginecomastia ( ) Agressividade (
) Depressão ( ) Virilização. ( ) Problemas cardíacos/circulatórios ( ) Hipertensão arterial
Outros_____________________________________________________________________
6) Por que iniciou o uso? ( ) Recomendações do Instrutor/professor ( ) Recomendações de um
amigo ( ) Vontade própria () Outros _________________________________________
7) Antes ou durante o uso dos Esteroides Anabolizantes você procurou algum médico? ( ) Sim
( ) Não
8)Já sentiu algum efeito colateral com o uso dos Esteroides Anabolizantes? ( ) Não ( ) Sim
Qual(is)?___________________________________________________________________
9) Como você adquiriu os Esteroides Anabolizantes?
___________________________________________________________________________
10) Você desenvolve esse conteúdo/tema nas suas aulas de Educação Física? ( ) Sim ( ) Não
Como? _____________________________________________________________________
TERMO DE COMPROMISSO
34
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezados PAIS,
Eu, IAN HENRIQUE PINTO DIAS, gostaria contar com sua colaboração autorizando a
participação na Pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso intitulada provisoriamente
“análise do padrão de conhecimento sobre esteroides anabólicos androgênicos entre
estudantes e professores de escolas públicas do município de Corumbá - MS”, junto ao
Curso de Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus do
Pantanal, sob a orientação da Profª Silvia Beatriz Serra Baruki. Declaramos que os dados da
pesquisa são sigilosos e que a identidade do respondente será preservada, não havendo
qualquer identificação do participante. Aparticipação na pesquisa não prevê remuneração
financeira, bem como não haverá despesas pessoais para o participante. A sua participação
nessa pesquisa é voluntária. O estudo será apresentado na forma de monografia, e poderá ser
publicado em congressos científicos; e/ou publicados em periódicos, bem como haver
desdobramentos.
Eu, ______________________________________________________________, autorizo o
aluno _________________________________________ a participar do estudo supracitado e
de seus desdobramentos.
Corumbá, 15 de MAIO de 2014.