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ECONOMIA E FINANAS PBLICAS ICMS/RJ 2011 PROFESSOR HEBER CARVALHOOl pessoal, No Ponto 27 (www.pontodosconcursos.com.br/artigos3.asp?prof=238), eu comentei as 10 (questes 41 a 50) primeiras questes de Economia e Finanas Pblicas do ICMS/RJ 2011. Agora, comento as 10 restantes (questes 51 a 60), de tal forma que teremos resolvido todas as 20 questes do concurso. Seguem os comentrios: 51. (FGV ICMS/RJ 2011) A economia do pas Z possui as seguintes curvas de demanda e oferta por soja: I. Curva de demanda por soja: q = 100 p II. Curva de oferta por soja: q = 10 + 2p O pas Z introduz um imposto de Z$ 3 por unidade, cobrado do consumidor. Com esse imposto, (A) o bem-estar total cai em 20 unidades. (B) o consumidor paga Z$ 1 do imposto. (C) a quantidade ofertada iguala a quantidade demandada em 70 unidades. (D) o governo arrecada Z$ 204. (E) o imposto s afeta o consumidor. COMENTRIOS: Inicialmente, vamos verificar como est o mercado sem o imposto: Demanda: q = 100 p Oferta: q = 10 + 2p Demanda = oferta 100 p = 10 + 2p 3p = 90 p = 30 q = 100 30 q = 70 (no podemos assinalar a alternativa C como resposta, pois todas as assertivas se referem a uma situao de mercado com imposto) Agora, vejamos como fica com o imposto: O imposto especfico cobrado do consumidor alterar a curva de demanda. Devemos fazer (p+3) na curva de demanda: Demanda: q = 100 (p + 3) Oferta: q = 10 + 2p1 de 19

ECONOMIA E FINANAS PBLICAS ICMS/RJ 2011 PROFESSOR HEBER CARVALHODemanda = oferta 100 (p + 3) = 10 + 2p 3p = 87 p = 29 Este preo encontrado o preo de oferta (preo recebido pelos produtores). Faamos a substituio deste preo encontrado na (nova) funo demanda para descobrir a nova quantidade de equilbrio, aps a imposio do imposto: q = 100 (p + 3) q = 100 (29 + 3) q = 68 (se fizermos p=29 na funo oferta, tambm encontraremos o mesmo valor de q) Por aqui, tambm j vemos que a assertiva C est errada! Nota: quando ns alteramos a curva de oferta (imposto cobrado do produtor), o preo encontrado o preo de demanda (preo pago pelo consumidor). No entanto, quando alteramos a curva de demanda (imposto cobrado do consumidor), como no caso desta questo, o preo encontrado o preo de oferta (preo recebido pelos produtores). Para encontrarmos o preo de demanda (preo pago pelos consumidores), devemos somar o valor do imposto ao preo de oferta. Veja: pDEM = pOF + T pDEM = 29 + 3 pDEM = 32 Veja que, sem o imposto, o consumidor pagava Z$ 30. Com o imposto de Z$ 3, passou a pagar Z$ 32. Assim, conclumos que dos Z$ 3 de imposto cobrado, o consumidor arca com Z$ 2 e o produtor arca com Z$ 1. Por a, j sabemos que as alternativas B e E esto erradas. Bem, j sabemos que as alternativas B, C e E esto incorretas. S nos sobraram as alternativas A e D. Faamos a verificao da letra D, que bem mais simples de checar do que a letra A: Arrecadao = q x T Arrecadao = 68 x 3 Arrecadao = 204 Por a, sabemos que est correta a alternativa D! Apenas para lapidar o aprendizado, vejamos por que a alternativa A est errada: Uma maneira bem simples de calcular o peso morto oriundo da imposio de um imposto especfico atravs da visualizao grfica de que o peso morto2 de 19

ECONOMIA E FINANAS PBLICAS ICMS/RJ 2011 PROFESSOR HEBER CARVALHOser sempre um tringulo deitado cuja base o valor do tributo, e cuja altura o valor da reduo das quantidades de equilbrio. No nosso caso, a base seria igual a 3 (pois T=3) e a altura seria igual a 02 (pois 70 68 = 2). Assim, o nosso peso morto seria: Peso morto (perda de bem-estar) = (B x h) / 2 Peso morto (perda de bem-estar) = (3 x 2) / 2 Peso morto (perda de bem-estar) = 3 unidades De forma bem mais trabalhosa, mas igualmente correta, tambm podemos trabalhar com a variao dos excedentes e chegar mesma concluso, encontrando sem problemas a variao do bem-estar. Veja: Antes do imposto, o excedente do consumidor ser a rea acima da linha do preo (para p=30) e abaixo da curva de demanda. Teremos um tringulo cuja base mede 70 (quantidade de equilbrio) e cuja altura mede 70 (para calcularmos a altura, devemos saber o valor do intercepto vertical da curva de demanda, que igual a 100 para isso, basta fazer q=0 na funo demanda Depois disso, subtrai-se do valor do intercepto vertical o preo de equilbrio, que igual a 30. Ento, a altura ficar: 100 30 = 70). Assim, o excedente do consumidor antes do imposto : Excedente do consumidor antes do imposto = (B x h)/2 Excedente do consumidor antes do imposto = (70 x 70)/2 Excedente do consumidor antes do imposto = 2.450 O excedente do produtor, antes do imposto, ser a rea abaixo da linha do preo (para p=30) e acima da curva de oferta. Teremos um trapzio de cabea para baixo onde a base maior igual a 70 (quantidade de equilbrio), a base menor 10 (basta fazer p=0 na funo oferta) e a altura 30 (preo de equilbrio). Assim, o excedente do produtor antes do imposto : Excedente do produtor antes do imposto = [(B + b) x h)]/2 Excedente do produtor antes do imposto = [(70 + 10) x 30)/2 Excedente do produtor antes do imposto = 1.200 A receita tributria (arrecadao) igual s quantidades multiplicadas pelo valor do imposto. Seu valor antes do imposto igual a 0. Assim: Receita tributria antes do imposto = 0 Para verificar a perda de bem-estar, devemos verificar os excedentes e a receita tributria depois do imposto: Depois do imposto, o excedente do consumidor ser a rea acima da linha do preo de demanda (para p=32) e abaixo da curva de demanda. Teremos um tringulo cuja base mede 68 (quantidade de equilbrio aps o imposto) e cuja altura mede 68 (para calcularmos a altura, devemos saber o valor do intercepto vertical da curva de demanda, que igual a 100 para isso, basta fazer q=0 na3 de 19

ECONOMIA E FINANAS PBLICAS ICMS/RJ 2011 PROFESSOR HEBER CARVALHOfuno demanda Depois disso, subtrai-se do valor do intercepto vertical o preo de equilbrio, que igual a 32. Ento, a altura ficar: 100 32 = 68). Assim, o excedente do consumidor depois do imposto : Excedente do consumidor depois do imposto = (B x h)/2 Excedente do consumidor depois do imposto = (68 x 68)/2 Excedente do consumidor depois do imposto = 2.312 O excedente do produtor, depois do imposto, ser a rea abaixo da linha do preo de oferta (para p=29) e acima da curva de oferta. Teremos um trapzio de cabea para baixo onde a base maior igual a 68 (quantidade de equilbrio aps o imposto), a base menor 10 (basta fazer p=0 na funo oferta) e a altura 29 (preo de oferta aps o imposto). Assim, o excedente do produtor depois do imposto : Excedente do produtor depois do imposto = [(68 + 10) x 29)]/2 Excedente do produtor depois do imposto = [78 x 29]/2 Excedente do produtor depois do imposto = 1.131 A receita tributria (arrecadao) igual 204 (j calculamos na verificao da assertiva D). Assim, Receita tributria depois do imposto = 204 Agora, faremos a verificao da perda de bem-estar. Para isso, vamos somar os excedentes e receita tributria antes do imposto. Depois, subtramos deste resultado a soma dos excedentes e receita tributria depois do imposto: Excedentes e arrecadao antes do imposto: 2.450 + 1.200 + 0 = 3.650 Excedentes e arrecadao depois do imposto: 2.312 + 1.131 + 204 = 3.647 O bem-estar antes do imposto igual 3.650. Aps o imposto, o bem-estar vale 3.647. Ou seja, percebe-se que houver perda de bem-estar no valor total de 03 unidades. ......... Esclarecimento adicional: Tambm podemos fazer esta questo, incidindo o imposto especfico sobre o produtor (alterando a curva de oferta). Os resultados em termos de repartio tributria e arrecadao sero os mesmos, tendo em vista que os fatores que definem a repartio so as elasticidades da oferta e da demanda, e no sobre quem incide o imposto. Vejamos a resoluo, no caso de alterao da curva de oferta, ou seja, fazendo (P T) na curva de oferta: Demanda: q = 100 p Oferta: q = 10 + 2(p 3) Demanda = oferta4 de 19

ECONOMIA E FINANAS PBLICAS ICMS/RJ 2011 PROFESSOR HEBER CARVALHO100 p = 10 + 2(p 3) 3p = 96 p = 32 Este preo encontrado o preo de demanda (preo pago pelos consumidores). Faamos a substituio deste preo encontrado na (nova) funo oferta para descobrir a nova quantidade de equilbrio, aps a imposio do imposto: q = 10 + 2(p 3) q = 10 + 2.(32 3) q = 68 (se fizermos p=32 na funo demanda, tambm encontraremos o mesmo valor de q) Para encontrarmos o preo de oferta (preo recebido pelos produtores), devemos somar o valor do imposto ao preo de oferta, e igualar ao preo de demanda. Veja: pDEM = pOF + T 32 = pOF + 3 pOF = 29 Veja que, sem o imposto, o consumidor pagava Z$ 30. Com o imposto de Z$ 3, passou a pagar Z$ 32. Assim, conclumos que dos Z$ 3 de imposto cobrado, o consumidor arca com Z$ 2 e o produtor arca com Z$ 1. A arrecadao continua igual a 204 (q x T = 68 x 3 = 204). Ou seja, os resultados e concluses so os mesmos, no importando se alteramos a curva de oferta ou a curva de demanda. GABARITO: D 52. (FGV ICMS/RJ 2011) A respeito dos diferentes ambientes de concorrncia, avalie as afirmativas a seguir: I. Em concorrncia perfeita, as firmas maximizam o lucro ofertando a quantidade em que igualam receita marginal e custo marginal. II. Em concorrncia perfeita, as firmas maximizam o lucro ofertando a quantidade em que igualam preo e custo marginal. III. As firmas que operam em um ambiente de competio monopolstica obtm lucros extraordinrios. Assinale (A) se nenhuma afirmativa for verdadeira. (B) se todas as afirmativas forem verdadeiras. (C) se apenas as afirmativas II e III forem verdadeiras. (D) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras. (E) se apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras.5 de 19

ECONOMIA E FINANAS PBLICAS ICMS/RJ 2011 PROFESSOR HEBER CARVALHOCOMENTRIOS: I. Correta. A situao Rmg = Cmg a condio de maximizao de lucros vlida para todas as estruturas de mercado. II. Correta. Em concorrncia perfeita, a receita marginal igual ao preo, de tal forma que a firma competitiva maximiza lucros quando P = Rmg = Cmg. III. Incorreta. Se estivermos no curto prazo, as firmas que operam em concorrncia monopolstica podem obter lucros extraordinrios, nulos ou negativos. Entretanto, no longo prazo, a firma inserida neste tipo de mercado obtm lucros nulos. Assim, a assertiva est errada, pois afirma categoricamente que a firma dentro de uma concorrncia monopolstica auferir lucros extraordinrios como regra geral, o que no verdade. GABARITO: D 53. (FGV ICMS/RJ 2011) As recentes chuvas na regio serrana do Rio de Janeiro reduziram a produo de verduras. Ao mesmo tempo, o governo realiza uma campanha para divulgar os benefcios de uma alimentao rica em verduras. Com base nesses dois eventos, a respeito do preo e da quantidade de equilbrio no mercado de verduras, correto afirmar que (A) no possvel determinar o que ocorre com o preo e a quantidade com as informaes do enunciado. (B) a quantidade diminuir, e no possvel determinar o que ocorre com o preo. (C) o preo aumentar, e no possvel determinar o que ocorre com a quantidade. (D) o preo diminuir, e no possvel determinar o que ocorre com a quantidade. (E) a quantidade aumentar, e no possvel determinar o ocorre com o preo. COMENTRIOS: Temos dois acontecimentos a serem analisados: 1 As recentes chuvas deslocam a curva de oferta para a esquerda e para cima, reduzindo as quantidades e aumentando os preos; 2 A companha realizada pelo governo desloca a curva a curva de demanda para a direita e para cima, aumentando as quantidades e aumentando os preos. Juntando os dois acontecimentos, vemos que ambos provocam aumento de preos. Em relao s quantidades, no possvel determinar o que ocorre,6 de 19

ECONOMIA E FINANAS PBLICAS ICMS/RJ 2011 PROFESSOR HEBER CARVALHOpois as chuvas reduzem as quantidades, ao passo que a campanha aumenta as quantidades, no sendo possvel, a priori, saber qual ser o efeito resultante. GABARITO: C 54. (FGV ICMS/RJ 2011) Suponha uma economia em que as preferncias dos agentes sejam relacionadas aos bens A e B. A respeito dessas curvas de indiferena NO correto afirmar que (A) as curvas de indiferena so negativamente inclinadas indicando o trade-off entre os bens A e B. (B) curvas mais prximas da origem representam curvas menos preferveis s curvas mais distantes. (C) curvas de indiferena lineares indicam uma mesma taxa marginal de substituio entre os bens A e B. (D) as curvas de indiferena nunca se cruzam. (E) curvas de indiferena cncavas indicam uma preferncia dos consumidores em relao variedade. COMENTRIOS: Essa questo foi bem legal, pois exigiu conhecimentos bem diversificados sobre a teoria do consumidor. A nica incorreta a letra E, tendo em vista que as curvas de indiferena cncavas convexas indicam preferncia dos consumidores em relao variedade. As curvas cncavas indicam preferncia pela especializao, e no pela variedade. Veja o grfico de uma curva de indiferena cncava, retirado da nossa aula1 de Teoria do Consumidor, ministrada aqui no Ponto:

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Figura 18 da Aula 02, pgina 30.

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Q2

A (1, 7)

Quando a curva de indiferena cncava, o consumo das cestas A e B traz maior utilidade que o consumo da cesta C. Veja que as cestas A e B esto em uma curva de indiferena mais alta, com maior utilidade. Note tambm que, nas cestas A e B, o consumidor se especializa no consumo de uma determinada mercadoria.

C (4, 4)

B (7, 1)Q1

GABARITO: E 55. (FGV ICMS/RJ 2011) A respeito do sistema tributrio nacional, assinale as afirmativas a seguir: I. O ICMS o principal imposto estadual. II. O Fundo de Participao dos Estados (FPE) um instrumento pelo qual os estados transferem recursos arrecadados com o ICMS entre si. III. Uma possvel volta da CPMF torna o sistema tributrio mais eficiente, pois reduz a incidncia do efeito cascata. Assinale (A) se apenas as afirmativas I e II forem verdadeiras. (B) se apenas as afirmativas I e III forem verdadeiras. (C) se apenas a afirmativa III for verdadeira. (D) se apenas a afirmativa II for verdadeira. (E) se apenas a afirmativa I for verdadeira. COMENTRIOS: I. Correta. Acredito que esta assertiva nem precisa de comentrios, de to fcil que ela , no mesmo (rs)?! II. Incorreta. O FPE um instrumento pelo qual estados a Unio transfere recursos arrecadados (Imposto de Renda e IPI) para os estados. III. Incorreta.8 de 19

ECONOMIA E FINANAS PBLICAS ICMS/RJ 2011 PROFESSOR HEBER CARVALHOA CPMF um imposto em cascata (incide sobre todas as etapas). Em razo disso, apresenta-se como um imposto ineficiente, ao contrrio de um imposto sobre valor agregado (IVA). Este sim mais eficiente, pois afasta o efeito em cascata. GABARITO: E 56. (FGV ICMS/RJ 2011) A economia de um pas fechado possui as seguintes curvas de oferta e demanda por tonelada de trigo: qs=20+p; qd=1003p, respectivamente. Caso o preo internacional da soja seja de $ 25 por tonelada, correto afirmar que (A) a quantidade demandada aumenta em 10 toneladas. (B) a quantidade demandada iguala a quantidade ofertada em 40 unidades. (C) caso ocorra uma abertura comercial, o bem-estar cai em 50. (D) caso ocorra uma abertura comercial, o bem-estar aumenta em 50. (E) a quantidade produzida aumenta em 10 toneladas. COMENTRIOS: J no incio, a banca deu uma pisada de bola! Inicialmente, ela fala nas equaes de demanda e oferta de trigo. Depois fala do preo internacional da soja. Essa confuso deve ter atrapalhado os candidatos, principalmente aqueles que sabiam a matria. Eles devem ter ficado na dvida se foi um erro de digitao ou se se trata de uma daquelas pegadinhas que costumamos observar em algumas provas. Enfim... vou resolver a questo supondo que o preo internacional da soja, na verdade, o preo internacional do trigo. Inicialmente, vou esquematizar a situao da economia, supondo apenas a existncia do mercado interno. Neste caso: qs = 20 + p qd = 100 3p qs = qd 20 + p = 100 3p 4p = 80 p = 20 qs = qd = 40 Por aqui, a meu ver, poderamos afirmar que a assertiva B est correta, dependendo da interpretao. O enunciado no nos pede para supor, em todas as alternativas, que devemos analisar as concluses supondo uma economia aberta. Quem faz isso so as alternativas! Basta olhar para elas.9 de 19

ECONOMIA E FINANAS PBLICAS ICMS/RJ 2011 PROFESSOR HEBER CARVALHONo caso da alternativa B, em especial, observamos que ela no nos pede, nem nos d informaes suficientes para supor o caso de uma economia aberta (como nos fazem supor as alternativas A, C, D e E). No entanto, para ns, que estamos treinando as questes da FGV, parece aconselhvel verificar a questo da reduo ou aumento de bem-estar. Se uma daquelas alternativas estiver correta (letras C ou D), devemos marcar esta alternativa como gabarito, ainda que a correo da alternativa B seja plenamente sustentvel. Para verificar esta questo do bem-estar, primeiro, vamos montar os grficos de demanda e oferta linear, antes da abertura comercial: 1) Curva de demanda: quando q=0, p=33,3 ou p=100/3 (ponto B da figura) 2) Curva de oferta: quando p=0, q=20 (ponto C. Vale ressaltar que se fizermos q=0, p