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ílEDACTORIPRINCIPAL—PAULO OSORIO
IlLUSTRADO
REGBNEBADOR-LIBEKAL SECRETARIO DA REDACÇÃO — LUIZ TRIGUEIROS
Fundador
PEDRO CORREIA DA SILVA
A S SIGN ATURAS
LISBOA: mez, 300; trimpstre, 900; anno, 30600 réis.— PROVÍNCIAS e C0L0NIAS: 3 mezes, 10150: 6 mezes, 20300; anno. 40600 réis.-BRAZIL: Anno, 50600 réis.-UNlAO POSTAL: Anno, 70200 réis.
DIRECTOR—MALHEIRO REYMÃO
EXPEDIENTE
Prevenlmon os nossos es-
timáveis nssignantes da pro-
víncia de que mandamos pa-
ra cobrança, ás dlfTerentes
estações postaes, os recibos
das suas assignaturas em
deblto.onde as poderão man-
dar satisfazer» para não te-
rem Interrupção na remes-
sa do Jornal.
Lembramos qne a demora
no pagamento cauma-nos
graves transtornos e obriga
a devolução dos recibos, o
que vem augmenlar a des-
pesa das eslampilhas.
partida
d'EI-Rei
Partiu hontem para iDglaterra Sua
Magestade El-Rei. 0 sr. D. Manuel vae
cumprir, em seu nome e em nome do
paiz, o piedoso dever de prestar as der-
radeiras homenagens áquelle que, sendo
soberano d'um poderoso império, foi
para El-Rei e para todos nós, os por-
tugueses, o mais leal dos adiados e o
mais ;sincero[e dedicado dos ami-
gos. '
Ao encetar esta viagem breve, que as
circumstancias Dão só indicavam como
impunham, Sua Magestade deixa em cri-
se o governo portuguez. Não, é claro
n'uma) crise official e n'essas condições
tornada publica (porque isso seria de-
certo para a viagem um insuperável
obstáculo) mas,*de facto, do estertor in-
illudivel d'uma vida quedas circumstan-
cias, mais do que as culpas dos homens,
tornaram ephemera e inglória.
Não é agora,durante os breves dias da
auzencia d'EI-Rei, o mais proprio ense-
jo para o rescrudescimento u'uma cam-
panha de moralidade que aliá3 não pô-
de nem deve interromper-se. Sirva isio
de explicação áquelles que porventura
estranhem a relativa benevoleDCia com
que n'estes dias poderemos natural-
mente poupar os responsáveis pelas
tristes e graves occorrencias que, em-
bora não provocadas pelo ministério
nem da directa responsabilidade dos
homens que o compõem, os colioca na
obrigação moral .de dar por finda a
sua missão no governo do paiz.
Depois do regresso d'El-Rei,ter-se-ha
sem demora de resolver a crise em
aberto, e, se para que essa resolução se
faça tal como a exigem os interesses do
paiz, tal como a exige mesmo a mora-
lidade e o bom-seoso, fôr preciso insis-
tir nos argumentos já expostos e que
de resto estão na consciência de todos
menos d'aquelles que são os peores
cegos porque não querem vér,—Dão he-
sitaremos ura instante em cumprir esse
dever, não guiados por uma paixão
partidaria que nos não obseca, nem
tampouco por impaciências ambiciosas
que não temos, mas por considerações
que se nos afiguram ser aquelles que o
bem geral aconselha e determina.
Por boje, apenas nos cabe» a honra
de saudar El-Rei, na bora em que Sua
Magestade vae uo desempenho d'uma
missão na qual em espirito, todo o
paiz sincera e calorosamente o acom-
panha.
2Va «gare» do Bocio
Pouco antes das 9 horas da manhã, jâ
na «gare» do llocio se via um grande
movimento de pessoas de representa-
ção, que para alli se dirigiam, a fim de
se despedir de Sua Majestade, notando-
se também grande numero de senho-
ras.
A's 9,3o minutos, em dois automóveis,
chegaram Suas Majestades El-Rei e a
Rainha Senhora Dona Amelia, acompa-
nhadas dos seus dignitários, sendo cum-
primentadas pelas pessoas presentes,
entre as quaes Sua Alteza Real o Prin-
cipe Regente, que chegara minutos an-
tes, acompanhado do seu ajudante sr.
capitão Francisco Serpa. Descendo do
automóvel, o Soberano e sua augusta
Mãe cumprimentaram todos os presen -
tes, apertando-lhes a mão. Depois orga-
nisou-se o cortejo para o interior da es-
tação, indo ã frente os srs. Marquez do
Fayal e Conde de Figueiró. Seguiam-se
Suas Majestades e Alteza Real, e logo
depois o ministério e demais pessoas.
O cortejo passou entre duas alas, for-
madas por uma compacta multidão que
se descobria respeitosamente ã p i ssa-
gera d'EI-Rei, da Rainha e do Regente.
Despedindo-se de todos os presentes
e de sua augusta Mãe e Tio, que abra-
çou e beijou com eflusáo, El-Rei su-
biu para a carruagem especial em que
viaja até Paris, atrelada |ao «Sud-Ex-
press», que partiu ás 9 e 45 precisas,
hora da tabella
A' pârtida do comboio todos se des-
cobriram, acenando-lhe com os cha-
péos, até que desappareceu no tunnel.
El-Rei, á portinhola do 9alão, agrade-
cia, cumprimentando repetidas vezes.
Logo que o «Sud-Express» partiu,
Sua Majestade a Rainha e Sua Alteza
Real o Principe Regente dirigiram-se
para os seus automóveis, acompanhados
por toda a assistência.
El Rei vestia de luto rigoroso, com
sobretudo e cbapéo alto; Sua Majestade
a Rainha, de cachemira com crépes;
Sua Alteza Real o pequeno uniforme de
g neral com fumo no braço.
Como ja dissemos, a comitiva de Sua
Moje^ade El Rei é composta dos srs .
Conde de Sabugosa, mordomo mór;
Conde de S. Lourenço, camarista; coro-
nel Alfredo de Albuquerque, ajudante
de campo; dr. D. Antonio de Lencastre
(L^uzà). primeiro medico da Real Ca-
mara; Marquez do Lavradio, secretario
particular, e tenente Feijó Teixeira.
Torna-se impossível dar uma nota
completa da assistência. No emtanto,
lembra-nos ter visto as seguintes sr.":
Lady Yilliers, ministra de Inglaterra,
Redacção e administração: T. da Queimada, 35; R. da Barroca, 130
Mad. Donde, ministra da Hollanda; D.
Suzanna Garcia Sagastume, ministra da
Argentina; D. Angelina Planas Soares,
ministra de Nicaragua; Marqueza de
Guell e filhas D. Maria e D. Christina,
M>rquezas, do Fayal e do Lavradio; Con-
dessa de Sabugosa e Murça e filha D.
Maria Isabel, Condessas de S. Lourenço,
das Galveias, das Alcáçovas, da Ponte,
de Castello Mendo, Viscondessas de Mar-
co, de Mairos. D. Beatriz de Lencastre
(Louzã), D. Judith de Sousa e FaroLen-
castre (Louzã), D. Maria de Menezes, D.
Antónia de Mendóça e Mello (Azam-
buja), etc.
E os srs.:
Julio Tonti, Nunc'O Apostolico e se-
cretario monsenhor Masella.
Sir Francis Villiers, ministro de In-
glaterra; Saint René Taillandier, minis-
tro da França; Marquez de Paulucci di
Calboli, ministro da Italia; Marquez de
Villalobar, ministro de Hespanha; Don-
de von Troot8\vyck, ministro da Hollan-
da; Barão de Failon, ministro da Bélgi-
ca; dr. Costa Motta, ministro do Brasil;
D. Baldomero Garcia Sagastume, minis-
tro da Argentina; Planas Suarez, minis-
tro da Nicaragua; Koyander, ministro
da Russia; Barão de Teichman, encar-
regado de negocios da Allemanha; Mar-
quez de Guell, secretario de Hespa-
nha; dr. Oscar de Teííé, secretario
do Brasil; Dionísio Ramos Montero, en-
Terça-feira, 17 de maio de 1910
ANNUNGIOS
Cada linha: na 1.* pagina, 500 réis; na 2.", 60 réis; na 3.#, 40 réis; na seccao de annuncios, 20 réis; annuncios mundanos, 60 réis a linha.
TELEPHONE N." 117
Typ. e impressão T. da Queimada, 37J
40.° ANNO-N.0 13:161
PROPRIETÁRIA
t EMPREZA EDITORA
òociedade nonyma responsabilidade limitada
ARTE
Um quadro de Carlos Reis
e os painéis de S. Vicente
«Uma feira de gado» — O que vale o doto quadro do Huzcii Nacional de Bellas
Artes — Os painéis do Mnzeu do Patrlarchado — Documentos dum* esco-
la de pintura primitiva em Portugal —O trabalho do sr» Luciano
Freire -A monographia do sr. tlosé de Figueiredo — O qnc si-
gnifica a obra restaurada —As figuras dos painéis dos
Pescadores e dos Cavalleiros
carregado de negocios de Uruguay; D.
Ricardo Planas Torres, encarregado de
negocios de Guatemala; J. Raeder, en-
carregado de negocios da Noruega; D.
Rafael Apparici e D. Diogo de Ale çá;
Hug Gaisford, secretario de Inglaterra;
D. Antonio Mendes Bello, patriarcha oe
Lisboa; Marquezes de Fayal, de Sousa
Holsteio, de Alvito,d'Avila e Bolama, de
Bellas, de Reriz, de Tancos e da Praia
e Monforte.
Condes de Bertiandos, das Alcáçovas,
de Avilez, d'Azevedo e Silva, de Santar,
de Sousa e Faro, de Penha Garcia, de
Castello de Paiva, de Bomtím, de Monte
Real, de Castro, de Figueiró, da Figuei-
ra, das Galveias, da Ponte, de Lagoaça.
do Paço do Lumiar, de Paçô Vieira, de
Penalva d'Alva, de Seisal, de Sabrosa,
de Rilvas, de Santa Eulalia, de Vinhó e
Almedina, de Mesquitella, de Penella,
de Caria, de Linhares, de Tarouca e de
Restello.Viscondes de Santarém, d'OIivã,
de Ferreira Lima, de Silvares, do Mar-
co, de Idanha, Conselheiros Veiga Bei-
rão, Dias Costa, Eduardo Villaça, Morei-
ra Junior, Soares Branco, Mathias Nu-
nes, Azevedo Coutinho, Montenegro,
Vasconcellos Porto, Ernesto Driesel
Schroeter, Pimentel Pinto, António Tei-
xeira de Sousa, Ernesto Julio de Carva-
lho e Vasconcellos, Sebastião Telles,
Costa Caroça, Alfredo Pereira, Barjona
de Freitas, Pereira dos Santos, Ramada
Curto, Campos Henriques, Alfonso Pe-
quito, Pereira de Miranda, Calvet de Ma-
galhães, Carlos Roma du Bocage, Go-
mes de Araujo, Elvas Cardeira, Wen-
ceslau de Lima, Motta Prego, Augusto
José da Silva, Joaquim Maria da Costa
Macedo, Curry da Camara Cabral, José
da Silveira Viaona. vices-almirantes Ce-
zario da Silva e Bctto. generaes Ilono
ralo de Mendonça, Rodrigues da Costa,
Noronha e Gouveia, Silveira Telles, Pau-
lino Correia, Raposo Botelho, Teixeira
de Sequeira, Martins de Carvalho, José
dos Santos, Vicente Palhota, Pimenta de
Castro, coronéis Olegário Borges d6 Me-
deiros, Alfredo de Albuquerque, Anto-
nio Francisco da Costa. Avellar Telles
e Sousa Machado, dr. João Taborda
de Magalhães, Ramalho Ortigão, capitão
Carlos de Vasconcellos Porto, D. Jorge
de Menezes, dr. Ruy de Almeida Eça,
Antonio Serrão Frauco. commendador
J. Carlos Malheus, J. Breg ro, Henrique
Pereira Taveira, Mello Barreio, capitão
Alberto de Oliveira, dr. Pinto d'Anreu,
dr. Miguel Horta e Costa, Figueira Frei-
re, Germano da Silva, commendador
Antonio de Albuquerque, capitão Ha-
mílcar Pinto. Elesbão Lapa, Alvaro de
Mello, D João d'Alarcão, dr. Cardoso de
Menezes, João de Sã Penha e Costa,
commendador Manuel Tavares Dias,
João de Vasconcellos e Sá. HeDriqu*
Alvaro da Silva Valente, Jorge Collaço.
dr Fernando de Mattos Chaves, D. José
de Mendoça (Azambuja),rev. Lourenço
de Mattos, Antonio Cabreira, llogan Te-
ves, Eduardo Moreira Marques, José
Eduardo Pinto da Cunha, Eduardo Fer-
reira Pinto, Antonio Moreira Marques,
Antonio Sarráo Franco, Esteves de Fi
pueiredo. dr. Carvalho Monteiro, Pedro
Tovar, José Pinto de Moraes Teixeira,
Alfredo KiDg, Conselheiro João Costa,
Raul de Noronha. Antonio Martins. Joa-
quim José da Cunha e Silva, Conse-
lheiro José Fernando de Sousa, Luiz
Straus.
Tovar de Lemos, Malaquias de Lemos,
José Antonio Moraes Sarmento, Martios
Correia, José Joaquim de Castro, Salus-
liano Monteiro de Lima,Marques Leilão.
Jayme Leitão de Castro, Pessoa d'Amo
rim,Seahra de Lacerda. Antonio Augus
to de Sousa Beça, Ribeiro da Fonseca,
José Jayme de Sousa Marques, Fernando
Eduardo de Serpa, Pedro Celestino da
Costa, Araujo Brocas, Norberto Amâncio
d'Almeida Campos, Julio Alberto Vidal,
ipnentes coronéis Antonio Waddington.
Salema Garção, Lutz da Cunha Côrte
Real, Sousa Alvim, Carlos Jalles, André
Joaquim de Bastos, Alexandre José Sars
field, Menezes e Vasconcellos, Jayme
Eruesto Croner, Adriano Acácio de Ma-
dureira Beça. majores Henrique Duarte
da Costa e Silva, Jayme Chaves, Carlos
Frederico Chateauneul. Marques da Pai-
xão, Pedroso de Lima, Xavier de Brito,
Oliveira Duque, Nunes Cardoso, Albu-
querque do Amaral, Soares Branco, Car
los da Silveira, Borges Cabral. Francisco
Nobre Sobriobo, Francisco Xavier Lí-
bano dos Santos Pereira, Pires Sororae-
nho, Sousa o Albuquerque. Almeida Pin-
to» Boaventura Noronha, Francisco Ma-
nuel Valente, João Alfredo de Lencas-
tre, Gultierres Dias, capitães Almeida
Cayolla, Cabral e Vasconcellos, Santos
Segurado, Sousa Prego, Vieira da Rocha,
Silva Pereira, Fonseca, Pinto da Cruz,
Antonio Mendonça, Costa Passos, dr.
Alfredo Caodido Garcia de Moraes, i.°
tenente Júdice Bicker, capitão Jordão de
Almeida, dr. Pinto d'Abreu, Claro da
Ricca, Jorge O'Neill, Antonio da Costa
Cabral (ThomarL Jayme de Vasconcel-
los Thompson, D. Pedro de Mello e Cáfe-
tro (Galveias), dr. Arthur Bavara, dr.
Jorge Cid, Valério Villaça, dr. Paes de
Sande .e Castro, D. José de Mendóça
(Azambuja), capitão de fragata Alberto
Moreno, Pedro Diniz. Paulo Osorio, Luiz
Trigueiros e Jayme Valente.
» •
O governo, com excepção do sr. mi-
nistro das obras publicas, que acompa-
nhou El-Rei até á fronteira, foi heje ao
Paço d'Ajuda cumprimentar Sua Alteza
Real o Principe D. Affonso, por ter as-
sumido, boje, a rege ncia do reino.
k
v mm Sê*
ra
■
m
LUCIANO FREIRE
Dois acontecimentos se deram recen-
temente no nosso restricto meio d'arte,
bem dignos d'uma referencia mais cui-
dada e longa que esta que, ainda assim
um pouco tardiamente, lhes vamos fa-
mos fazer agora. O primeiro, por ordem
cbronologica, foi a exposição do quadro
que o sr. Carlos Reis destinou ao Mu-
zeu Nacional de Bellas Artes; o outro, o
da restauração dos painéis de S. Vicen-
te, verdadeiro trabalho benedictino de
devoção artistica, que a curiosidade
d'um critico, a habilidade d'um techoi-
co e o dinheiro d'um amador illustre
conseguiram erguer para a admiração
dos nossos olhos e o commovido des-
lumbramento do nosso espirito.
O quadro do sr. Carlos Reis, que re-
presenta uma feira de gado em pleno
campo alemtejano, constitue mais uma
demonstração muito brilhante das irre-
cusáveis aptidões d'esse artista. E' lici-
to mesmo considerar este trabalho co
mo uma peça de prova, de tal modo
n'elle se concretizam e reúnem, n'uro
coDjuncto que é uma demonstração pu-
jante e victoriosa, as qualidades de
temperamento, de saber e de technica
que collocara o sr. Carlos Reis no pri •
melro plano dos nossos bons pintores.
Uma feira de gado é uma linda com-
posição, bem viva e sentidamente nacio-
ual, recortada n'um pedaço de ceu e
rfumjpedaço de terra que são bem nos-
sos, pelo caracter da paisagem e pela
luz que a illumina, e dentro da qual tu-
do se reúne para nos permittir a mais
grata e mais perdurável impressão. O
scenario, o traço das figuras, a dispo-
sição dos grupos, tudo isso é perfei-
to. Ha pormenores dignos de toda a
nossa admiração, como sejam duas fi-
guras do primeiro plano feitas por um
trabalhos d'arte é d'aquelles que, ao
primeiro lance, a todos quantos os con-
templam se impõe. Não é preciso ser-
se um tecbnico, nem mesmo um habi-
tuado admirador de coisas d'arte para
comprehender e sentir tudo quanto ba
de superiormente bello no desenho d'a-
quella8 figuras, nas suas expressões
pbysionomicas modelares, nos porme-
nores de composição imprevistos e
brilhantes, nos verdadeiros prodígios de
côr, de nuance, de claro-escuro, mara-
vilhosos sobretudo pelo que revelam
de adeantado, de quasi perfeito, n'oma
arte que a chronologia nos manda clas-
sificar como a primeira.
Não se pôde bem dizer que estes pai-
néis estivessem no esquecimento, antes
da recente restauração. Conheciam-nos
muitas pessoas de variada cathegoria
litteraria e artistica, desde o sr. Joa-
quim de Vasconcellos até críticos il-
lustres como Ramalho e artistas do va-
lor de Columbano. E a todos, consoante
o alcance do seu critério e da sua com-
prebensão sobre o assumpto, esses pai-
néis superiormente interessaram, como é
de calcular. Mais curioso que os que
antes tinham dedicado a sua atten-
ão a esses trabalhos, o sr. José tíe
igueiredo tomou a louvável iniciativa
de promover o tratamento que permit-
tiu restitui-los ao seu brilho original.
Para tal obra, incontestavelmente me-
ritória, esse distincto apreciador de coi-
sas d'arte teve a boa fortuna de encon-
trar os elementos indispensáveis na
proficiência realmente admirável do sr.
Luciano Freire (o verdadeiro beroe
d'esse graude feito d'arte que a res-
tauração dos painéis represents) e no
auxilio pecuniário do fer. conde dos Oli-
vaes e de Penha Longa. O resultado dos
t
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;* V,
r
i
4-
r-
O painel dos Pescadores
pincel de mestre. E, no conjuncto, pôde
dizer-se que esse quadro constilue uma
das mais perfeitas, senão a mais per-
feita d'entre as obras, aliás notáveis,
de quem o produziu.
Quanto aos painéis de S. Vicente é
quasi inútil encarecer os seus méritos.
O sr. José de Figueiredo, conhecido cri-
tico d'arte, n'uraa luxuosa e interessan-
te monographia, cujo apparecimento nos
cumpre registar, desenvolvidamente ex-
põe o que a observação propria e ou-
tras anteriores deram sobre as quali-
dades e a identificação da obra que,
segundo se presume, foi feita no século
XV pelo pintor portuguez Nuno Gon-
çalves. Mas o valor d'esses preciosos
to
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9
i m
m
p
m,. t Y ' ■ ?
v w* -
O painel dos Cavalleiros
seus esforços foi magnifico, como todo
o publico seleclo e numeroso que viu
agora os painéis restaurados, teve o en-
sejo de verificar.
Na sua monographia, cujos dados e
cujas conclusões nós não temos os ele-
mentos necessários para discutir, o sr.
José de Figueiredo desenvolve interes-
santes pontos de vista que o levam a
concluir pela existência de uma escola
primitiva de pintura portugueza, que de-
fine no seu caracter e nas suas evo-
luções. E' essa, sem duvida, uma obra
cuidada e paciente de investigação e de
critica, exposta n'uma fórma que, se não
é brilhantemente litteraria, não obstante
possue aquella corrente e límpida cla-
CARLOS REIS
reza que é sempre de desejar n'este gé-
nero de trabalhos de exposição e com-
mentario.
Os painéis de S. Vicente são seis: o
do Imante, o do Arcebispo, o dos Fra-
des, o da Relíquia, o dos Pescadores e o
dos Cavalleiros. Sobre o que, em seu en-
tender, elles representam, assim se ex-
prime, no seu trabalho, o sr. José de Fi-
gueiredo:
«Identificadas assim algumas das fi-
guras dos painéis, e fixada approxima-
damente a data em que foram feitos, o
seu significado surge-nos com uma re-
lativa clareza. D. Alfonso V, artista por
temperamento e protector de todo o que
representava affirmação de talento, hon-
rando, como vimos, as letras quasi tan-
to como as armas, e deleitando-se com
a musica, ao encommendar o retábulo
de S Vicente, visou certamente a dois
fios: o culto do Santo e a glorificação
dos que lhe appareciara como a mais
alta incarnação da idéa de conquista
que era o seu fito.
S. Vicente era, por assim dizer, o pa-
trono das nossas grandes victorias A
acreditar-se a tradição, é a conquista
da Coimbra que põe D. Affonso Henri-
ques na pista dos seus restos, e é, de
pois, a tomada de Lisboa que permitte
a eate Rei o achado e a posse d'elles,
realisando assim o desejo em que.
desde então, não deixou de pensar.
Venerado, desde essa época, fervorosa-
mente por todos os successores do fun-
dador da monarchia portugueza, é em
S. Vicente, tanto como na Virgem, que
o Mestre d'Aviz põe sempre o seu pen-
samento nas occasiões criticas, e, ao
passar com seus filhos pelo Promontc-
rio Sacro, na esquadra que o leva paia
Ceuta, manda mesurar as vélas, em ho-
menagem á terra que, durante tanto
tempo, guardou as reliquías do San-
to.
S. Vicente preside awim, em espirito,
a essa aventara, que foi o verdadeiro
inicio do nosso império africano. E o
Rei é-lbe sempre tão fiel, que, quasi na
agonia, não quer deixar este mundo
sem ir, niaís uma vez, resar deante do
seu altar. Jà não pôde acidar, mas nem
por isso desiste do seu propoaito. E' le
vado, dos Paços da Alcaçova á Sé. pe
los filhos e. (ioda a missa que ali ou
ve, não abandona a cathedral, sem
deixar «um sacco d'oiro amoedado»
para a conclusão da capeila votada
áquelle Santo.
Era natural, portanto, que D. Affonso
V, depois da tomada de Alcacer-Ceguer.
em agradecimento pela felicidade do
seu tr.umpho, pensasse em S. Vicente.
Peitava-o assim como protector para as
suas novas emprvzas, decerto esperan
çado em que o Sauto lhe seria tão pro-
picio como fôra a seu avô, eppgiva
comunctamente uma divida em aberto
enriquecendo com um retábulo sum
ptuobo o altar principiado em tempos d**
D. João I, ao mesmo tempo que satisfa
zia naturalmente a devoção do Infante
D. Henrique, cujo «ninho d'aguia» poi
sava, ha muito, na ferra que abrigara
por tanto tempo o corpo do martyr va-
lenciano.
Este parece-nos o pensamento qu*
presidiu á factura do3 painéis de S. Vi-
cente. E' isto, pelo menos, o que lemos
na composição das differentes taboas,
em que se glorifica mais ao Infante qu-
a D. Affonso V, o qual, após a tomada
de Alcácer, «triste e pensoso» pela pe
queuez da praça conquistada, mais do
que nunca «contemprou na Realeza de
Gepta, e em sua grandeza, maravylhoso
e forte assento»: O «painel dos pescado-
res» é assim inteirameote dedicado a
D. Henrique, e se, na taboa que nós In
titulamos «painel do Infante», o Rei fi-
gura, como não podia deixar de ser, no
primeiro plano, o glorificado ahi é ainda
evidentemente o solitário de Sagres.
N'esse quadro, não apparece nem um
só dos homens d'armas ou grandes di*
goitario8 dos que compunham sempre
o séquito d'um monarcha faustoso, como
foi D. Affonso V. Ao Rei e ao Principe
segue-se, é claro, o Infante, e a este, im-
raediatamente, um grupo dos seus «ho-
mens», certamente dos mais notáveis
entre os seus mais illuatres capitães, e,
portanto, cobertos de riquezas e honra-
rias: mas, anesar d'isso, sem duvida em
conformidade com os desejos de D. Hen-
rique, representados em toda a sua sim-
plicidade, envoltos nos seus rudes ga-
bões, os mesmos com que, provavel-
mente, na sua companhia, affrontaram,
mais d'uma vez. os ventos fortes e desa-
bridos do mar alto. Não os marca nem
uma única insígnia, um só distinctivo.
Todos vestem com a mesma desataviada
singeleza e apenas as mascaras mos-
tram os maiores ou menores trabalhos
em que andaram, como a maior ou me-
nor magestade do porte indica a origem
nobre ou plebeia d'onde procedem
E é este o ultimo grupo d'esse painel.
Para traz, não ha cem mais figuras, nem
sequer simples accessorios. E assim, to-
das essas cabeças, já de si admiráveis
pela grande individualidade do seu ca-
racter, recortam-se ainda mais nítidas no
fando, antigamente azul mas agora es-
verdeado, do tempo, como nimbadas de
tom glauco do mar em que, na bella
expressão do historiador, foram, noite e
dia, fortes e valorosos gaviões.»
Explicado assim, consoante o modo
de vér do sr. José de Figueiredo, o si-
gnificado da commemoracão histórica
que sem duvida a restaurada obra d'ar-
te representa, transcreveremos ainda da
lúcida monographia d'esse critico algu-
mas notas sobre as figuras que appare-
cem nos dois painéis, cuja reprodução
em pbotogravura acompanha estas
breves e fugidias referencias.
«No painel dos pescadores—explica o
sr. Figueiredo—representou o artista,
para além d'um penitente, que, no pri-
meiro plauo, resa, de bruços, seis ho-
mens do mar. Primitivamente, dois d'es-
tes personagens, os que poisam no se-
gundo e terceiro plaoo, ostentavam re-
des; e essas rédes eram dislinctas, niti-
damente separadas uma da outra.
Descrevendo o grupo, o sr. Vasconcel-
los accentuava o facto, dizendo que o
primeiro d'estes personagens se envol-
via na sua como n'um manto real; no
dizer do mesmo escriptor, a do outro
parecia estar lhe apenas suspensa do
hombro.
Tratada e limpa esta taboa, essas ré-
des transformaram-se n'uma uoica, en-
volvendo não só aquellas duas figuras,
mas as tres cenlraes, n'um proposito evi-
dente de 8ymbolismo, com que se har-
monisam os seus trajes, certamente há-
bitos de qualquer irmandade de nave-
gadores è pescadores do alto, como a
do «Espirito Santo», instituída em 1428,
na freguezia de Santo Estevam. E isto é
tanto mais frisante, quanto os outros
tres marítimos, que poisam no ultimo
plano, vestem fatos usuaes, da epocha.
Ora, pelo numero e sua disposição,
essas figuras condizem com os fundado-
res da celebre companhia de Lagos, for-
mada por iniciativa do Infante. O que
occupa o logar principal, e que tem uma
tal nobreza que o sr. Joaquim de Vas-
concellos diz parecer um Rei no seu do-
mínio, será Lançarote, almoxarife do
Rei e antigo escudeiro do Infante; o que
lhe fica á esquerda, e que é dos mais
edosos, Gil Eaunes, o velho marinheiro
que dobrára o Cabo Bojador; e o que,
ainda dentro da rede, como estes dois,
poisa immediatamente por detraz, Es-
tevam Affonso, homem nobre, que de-
pois veiu a morrer nas Canarias. Os ou-
tros tres serão então Rodrigo Alvares,
João Bernaldes e João Dias, o ultimo ar-
mador de navios.
Pertencem já a uma outra categoria,
embora, como os tres primeiros, tives-
sem também o commando de uma ca-
ravel la.»
«... E' convicção nossa—diz,referin-
do-se ao outro painel, o sr. José de Fi-
gueiredo—que a figura que ajoelha no
primeiro plano do painel dos cavalleiros
é o 10 Duque de Bragança, seudo a que
pousa no segundo o Marquez de Villa
Viçosa, ao deante 2.° Duque, e a que se
vé. de pé, no terceiro plano, D. Fernan-
do, Conde de Guimarães, ao deaute Du-
que d'este [titulo e depois 3.° Duque de
Bragaoça».
p. o.
LUIZ AUGUSTO DE AMORIM
O dedicado amigo que a morte rou-
bou ha poucos dias ao Diário Illustra-
do ficou ante-bootem a descançar para
sempre no cemitério do Alto de S. João.
O seu funeral foi digno da honrada me
moria que [pranteámos, tenda, até uma
de8Uiadi
esafogadas.'que fosse mister lisoogear
desatada impoiancia, por se tratar de
(uem uão deixa família em condições
com oetausivas manifestações de senti
mento. Quantos se eucorporavam n'es
se lugubre certejo foram alli n'uma do-
lorida romagem de profunda saudade
Por isso raros eram os olhos enxutos
na hora amarga em que desceu á uliima
jasida o corpo inanimado do nosso
desventurado amigo.
Luiz Augusto de Amorim veio exer
citar a sua actividade para o Piano II-
lustrado quando tinha apenas 14 annus,
vestido de sobrecasaca, foi encerrado
n'um caixão de velludo negro e ouro,
collocado sobre uma eça armada em
camara ardente no proprio quarto onde
expirara e velado pela desolada família
e amigos íntimos.
A's 5 horaB da tarde, depois das ora-
ções proferidas pelo rev. Jorge, coadju-
clor da freguezia da Encarnação, foi
relirado o caixão da eça, conduzido
para um carro preto de columnas, co-
berto com um panno de veliudo preto,
bordado a ouro è prata, e transportado
para o cemitério do Alto de S. João,
onde ficou aepultado.
Seguia-se ao carro fúnebre uma car-
ruagem com o sacerdote e um acolyto e
uma extensa fila de trens com os convi-
dados.
Sebre o athaude foram depostas duas
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começando ainda bem céio a trocar as
de8preoccupada8 alegrias da vida pelas
acerbas luctas na conquista do pão de
cada dia. Pouco a pouco foi dando pro-
vas de iDtelligencia. zelo e honestidade
que determinaram a sua nomeação para
os diversos cargos na administração do
jornal alé que occupou alli o primeiro
logar, por direito de conquista, realisada
a poder de trabalho perseverantoe com-
provada sollicitude. Esses vinte e oito
annos de permanência ao serviço do
Diário Illustrado de tal modo o identi-
ficaram com o jornal que não era possí-
vel existir affecto mais entranhado a
esta empreza fundada por Pedro Correia,
do que esse enternecido e apaixonado
sentimento que lhe dedicava Luiz de
Amorim. As difficuldades que são vul
gares na vida da maioria dosjornaesdo
Lisboa eram angustias terríveis a per-
turbar o animo do nosso pobre amigo;
as ephemeras glorias que acaso viessem
doirar momentaneamente a existência
do Diário Illustrado eram verdadeiras
alleluias para o seu espirito. Typo sin-
gular de bondade, amigo do seu aroi$o.
condoído até ao exagero com os alheios
infortúnios,magoava-se em extremocom
a vulgar ingratidão não sendo fácil ha
bitu&r-se a receber essa ruim moeda
em que habitualmente são pagos favo
res inolvidáveis. Mas, foi tão grande a
sua bondade e tanto prodigalisou bene-
fícios e obséquios que da farta semen-
teira lograram vicejar dedicações em
numero bastaote/para resultar a piedo-
sa e tocante manifestação a que assisti-
mos n'essaifria e triste tarde de domin-
go passado!...
. • #
O cadaver do nosso desditoso amigo,
corôas de flores artiliciaes cora filas
roxas franjadas a ouro, uma offerecida
pelo pessoal da administração d'este
jornal e outra pela esposa e filhos, e
ainda varias ramos e palmas de flores
naturaes.
No cemitério organisaram-se 11 tur-
nos pela forma seguinte:
Da porta á capeila:
1 °—Srs Paulo Ozorio, Luiz Triguei-
ros, Portugal da Silva, 2.° tenente Joa-
quim Costa, Raul Nunes e Dias Fer-
reira.
2 ° dr. Alberto Telles, Arthur Cunha,
José Avelino Baptista, Victor Afra, Ba-
rão José Carapaniço, João Bento Torres,
Augusto Abel dos Santos.
Da capeila ao coval:
3 ° D. Maria das Dores Senna, Luiz
Carlos Trinité. João da Matta, Faria Pi-
cão, Raphael Ferreira, Francisco Ban-
deira.
4.° Azevedo da Silva, Luiz Maria de
Carvalho, Manuel José Francisco Laran-
jo, capitão de mar e guerra Ernesto Au-
gusto do Valle, Joaquim Seixas Coim-
bra e Alberto Teixeira.
50 Antonio Pacheco Figueiredo, Hen-
rique Pereira, JoãJ Brito Torres, Anni-
bai da Silva, Luiz Maria de Carvalho,
Eduardo Barros.
60 Francisco Fernandes, Antonio Fer-
nandes, Alfredo Lamas, Cruz Moreira
(Caracolles), Carlos Candeiras e Cyrioo
Bernardo da Silva.
7.° Fernando Minhava de Menezes,
Annibal Santos, Henrique Alvaro da
Silva Valente, Antonio Ferreira Junior,
Antonio José Coelho e Joào Cezar.
8° Alfredo Pinto, Antonio Santos,
Alexandre Fernandes, João Baptista de
MARIO ILUSTRA
Andrade, Manuel Botabaixo e Fraucísco
Mello Pinto.
9.° Torcato dos Santos, Gonçalves Pe-
reira, Nazareth Chagas, João Gomes Ro-
sa, Joaquim Antonio da Silva e Seralira
de Sousa.
100 Francisco Ignacio Gonçalves,José
Rodrigues Brazão, Antonio Antunes da
Silva, Antonio Mauricio, Manuel Gonçal-
ves e Joaquim José Soares.
ii,° Henrique Eduardo Barruncho,
João Seixas Coimbra, Raul Eduardo Ca-
bral, José Maria Baptista de Carvalho,
Antonio Xavier da Cunha e José da
Graça.
Dirigiu o funeral o sr. Jayme Valente.
—No funeral fes-se representar toda a
redacção, administração, oíTicinas lypo-
graphica e de impressão, e encarrega-
dos da venda do jornal.
—A officina de composição do nosso
colega Diário de Noticias fez-se repre-
sentar pelos sr8.: José Rodrigues Brazão,
Francisco Ignacio Gonçalves, Antonio
Mauricio e Antonio Aotuaes da Silva.
— O sr. João Carlos Gomes fez-se re-
presentar no funeral pelo sr. Henrique
Eduardo Barruncho.
—O sr. José Eduardo d'Abreu Lourei-
ro, proprietário do Diário Illustrado,en-
viou um telegrarama de pezames ã vju-
va, si'.* D. Adelaide da Conceição Amo-
rim.
— A'beira da sepnllura falou o sr.
AugU3to Abel dos Santos, enaltecendo
as qualidades do extracto.
■PP
Ill GH-LIFE
Corte
Sua Alteza o Principe Rea' andou pas-
seando hontem de tarde, de automóvel,
pelas avenidas.
Fazem ámanbã annos as sr.":
D. Sophia de Castello Branco de Castro
e Almeida. D. Maria Amelia Gomes da
Silva, D. Hermínia de Castro Monteiro,
D. Simpliciana Alves AITonso, D. Maria Jo-
sé Ferreira Vianna de Almeida, D. Chris-
tina Bastos. D. Maria Euial a Botelho Tor-
rezâo e Cunha, D. Maria das Dores de
Sousa (Rio Pardo), D. Joauna Augusta de
Torres Barreiros Braz Freire, D. Palmyra
Folque de Oliveira Feijão, D. Cathariua
Almeida de Albuquerque Vaz Nápoles, D.
Luiza Bacellar Garrett, D. Julietta Ortigão
de Miranda, D. Clotilde Assumpção Ribei-
ro, I). Elvira de Linhares Campos Moreau,
D. Maria Candida de Campos Henriques d Almeida (Pinhel), D. Julia Maria de Fon-
tes Pereira de Mello, D Margarida de
Mendoça Rolin de Moura (Azambuja), D.
Elisabeth Serzedello Pressler.
E os srs.:
Visconde do Banho, dr. Antonio de Cas-
tro Freire, Henrique de Mello Queiroz de
Sousa, Francisco de Assis da Silva Brito,
Carlos Scholtz, Manuel Botelho Pimentel
Sarmento, Mario Alberto de Oliveira, Au-
tonio José de Carvalho Borges, José Pe-
reira Dias, Eduardo Schwalbach Lucci, An-
tonio Augusto Chaves.
PartMaa •
—Regressou de Paris o sr. Manuel José da Silva.
—Estão no Estoril o sr. Antonio de Mel- lo (Santar), sua esposa e filha.
—Regressou da sua casa da Beira o sr.
Conde de Penha Garcia.
—Está na sua casa do Gradil o sr. D.
Francisco de Carvalho Daun e Lorena
(Pombal).
Recita de caridade
A recita de caridade a que temos feito
aqui referencia deve realisar-se no thea-
tro de D. , Maria na noite de 1 de junho.
Do programma constam as comedias «Les
souliers de bal» e «Faltar verdade a men-
tir,» de Garrett; coros napolitanos e por-
tuguezes e quadros animados.
Concerto
Já aqui nos referimos ao brilhante con-
certo quedeve realisar-se na segunda-íei-
ra a noite no Real Conservatório de Lis-
boa, promovido pela já notável pianista
sr.a D.. Felicidade Pereira.
Os bilhetes estão á venda nos armazéns
de musica dos srs. Lambertini, Neuparth
e Sassetti.
O programma é o seguinte:
I—Fantaisie Chromatique, Bach. D. Felicidade Pereira.
II—Sonata em «si» menor, Chopin.
Hi—Morte de Wolda (do «Triston e Isol- da»), Wagner.
D. Candida Monteiro Kendall.
IV a) Etude de concerto, Liszt.
b) Scherzo, Brahms,
c) Nocturno em «si», Chopin.
tf) E'tincelles, Moszkonvski. D. Felicidide Pereira.
Os acompanhamentos são feitos por A. Rey Colaço. F
—Promovido pela distincta e conside- rada professora de piano sr.a D. Palmyra
Rangel Baptista Mendes, realisou-se no
domingo á noite, nas salas do Collegio Inglez, uma brilhantíssima audiçao musi-
cal, para apresentação de algumas das
mais notáveis discípulas d'esta illustre
professora.
Abrilhantaram o sarau as amadoras de
canto já consagradas no nosso meio mu-
sical, sr.a5 D. Maria Helena 0'Conner Shir-
ley, D. Ermelinda Cordeiro, D. Adelaide
Lima Cruz, applaudidissimas nos trechos
que interpretaram com grande el rvação
e o maior brilhantismo.
Decorreu o sarau com enthusiasticos
applausos dos convidados, sendo todos
unanimes em prestar humenagem ao es-
plendido methodo de ensino e ao talento
artístico da distincta professora madame
Palmyra Rangel Baptista Mendes, que se lez ouvir uo piano a sóto em diversos
trechos de Schumann Lizt e Mac-Dowel e
nos últimos andamentos de «Sonata» de
Mogout a quatro mãos, para dois pianos
em que collaborou também a eximia «vir-
tuose» madame Laura Reis Ferreira, sen-
do egualmente applaudida. O desempe-
nho d estas importantes peças foi, na ver-
dade, assombroso.
Na audição de alumnos, propriamente
do curso de madame Palmyra Mendes, fo-
ram postos em relevo diversos e impor-
tantes trechos para o piauo pelas sr." D.
Mana Abreu Baptista, U. Amelia Vaz Mon
teiro, D. Eva de Figueiredo, D. Maria de
Lourdes Baptista Mendes, que revelou um
graude temperamento artístico; D. Maria
Thereza Sequeira de Sotto-Mayor, D. He-
lena Simões, D. Maria Potesta'd da Cruz,
D. Adelaide Sequeira de Sotto-Mayor. que
citou lambem deliciosamente "pois so
netos; D. Maria Carolina Motta Marques,
D. Hortense Fernandes Reis e, em desta-
que, pela sr.a D. Esther Leão, que mos-
trou grande aptidão para o estudo do pia-
do, a mesma interpretação e intelligencia
com que desempenhou os prelúdios de
Chopin e o 'Intermezo do Carnaval,» de
Schumann, e bem assim a sr.a D. Mana
Julia Castanheira de Almeida, digna das
homenagens do auditório, ao terminar as
peças de Schumann e Dubois, e que lam-
bam deu não vulgar interpretação.
Os acompanhamentos das peças de can
to foram irreprebensivelmente executados
pela sr a D. Maria Carlota Athayde e pelo
eminente professor sr. Alberto Sarti.
findo o concerto foi servida aos convi-
dados uma delicada ceia.
IMo Campo Grande c Aveni-
da*
Nas tardes de domingo e segunda feira
estiveram passeiando u'estes recintos as
seguintes sr.":
D Suzanna Carcia Sigastume. D. Stella
e D. Maria Isabel Costa Motta, D. Maria e
D. Cliristiua de Gueli e Bourbon, Marque-
za de Castello Melbor esuas interessantes
Ribas D. Helena e D. Maria, Condessas
das Galvéas e Ribas, da Ponte, de Sabro-
za, de Penalva d'AIva |D. Maria Pia), da
Serra da Tourega, de Castro, da Figueira,
de Mangualde, da Borralha; Viscondessas
de Silvares, de Villa Nova da Rainha, de
(Divã, de Sacavém (D. Matbilde), de Al-
verca e Rlha D. Filippa, D. Emilia de Cas-
tello Branco Quinteila (Farrobo), D. Eu-
genia de Castello Branco (Bellas), D. He-
lena de Almada e Lencastre (Sonto d'EI-
Rei), D. Fanny PerestreJIo de Vasconcel-
los,
D. Luiza de Cabral Metello Pinto Barrei-
ros, D. Helena Garcez Ferreira Pinto, D.
Virgínia da Silva Leitão e Rlha D. Adelai-
de, D. Maria de Vasconcellos e Sousa de
Almeida (Lavradso), D. Christina Rezende
da Silva e Rlha D. Amelia, D. Thereza Ca-
lheiros (Guarda) e irmã, D. Elisa dos Reis
Torgal e Rlha D. Nathalta, D. Rit»a Horta
e Costa, D. Carolina Alves de Carvalho
Pereira de Mello, D. Angela Carvajal (Ji-
menez y Molina), D. Maria de Sá Paes do
Amaral (Alferrarede), D. Matbilde Ferreira
dos Santos e Silva e sua geníilissima
filha D. Maria. D. MargarL a Chaves dos
Santos s Silva, D. Elisa Baptista de
Souea Pedroso (Carnaxide), D. Clotilde
tíatiiâtini, D. Antónia Ferreira Pinto Basto,
D. Edeltrudes da Camara Rodrigues e fi-
lhas.
D. Sophia e D. Maria Luiza Travassos
Valdez (BomflmJi D- Albertina Diogo da
Silva Teixeira e Rlha D. Maria Luiza, D.
Maria Leonor Correia de Sampaio (Castel-
lo Novo) e irmãs, D. Gabriella Chaves,
mad. Diogo da Silva e filhas, D. Maria An-
gelina Penedo de Sant'Anna da Lança Cor-
deiro e filha D. Maria José, D. Elvira, D.
Christina e D. Helena Bordallo Pinheiro,
D. Ernestina Vaz d'Oliveira Soares, D. Iré-
ne Carneiro, D. Alice e D. Palmyra Navar-
ro Vianna Basto, D. Magdalena Queriol
Macieira e filhas, mad. Homero Machado
o filhas, D. Elisa Machado Pereira, D. Es
ther Carreira de Azevedo Machado, D. Pal-
myra de Sandoval Ximenes Telles, D. As-
sumpção de Mendoça de Mello (Sabugosa),
D. Dulce de Mira Correia, D. Maria José
Canceila e filhas, D. Fructuosa Reynolds
de Sousa e filhas, D. Francisca Busquets
de Souea Rego e filha.
D. Maria Luiza Lobo d'Avila Ferreira
Monteiro, D. Maria Luiza Schwalbach Ri-
Reiro da Silva e filhas, D. Maria José Wa-
dington e liilia D. Regina, D. Margarida
Deslandes Costa. D. Estrella de Carvalho,
D. Rachel Azaucôt Levy, D. Anna de Vas-
concellos Peito de Carvalho. D. Gabriella
Bandeira de Mello Lopes. D. Palmy a Car-
doso e filhas D. Maria das Dores e D. Ma-
rianua, D. Maria do Carmo e D. Maria Jo-
sé Calvet de Magalhães Cardoso.
D. Laura Perestrello e filha D. Maria Ro-
sine, D. Emilia Teixeira de Sousa, D. Hen-
riqueta Garcia da Silva (S.Joaquim), Mad. Mattos Braamcamp e filha, D. Maria da
Luz de Chatilion, D. Thereza Correia de
Almeida (S. Januario), D. Maria das Dô-
aes Albuquerque Lobato e filha D. Pieda-
de, etc.
D. Amelia
Assistência elegante ao espectáculo de
domingo:
Condessa de Taboeira, Viscondessa de
Oiivã, D. Sarah da Motta Vieira Marques,
D. Thereza Calheiros iGuarda) e irmã, D,
Emilia Calheiros de Lancastre (Alcáço-
vas), D. Thereza e D. Arcelina Valente
(Taboeira). D. Henriqueta Garcia da Silva
(S. Joaquim), D. Zulmira Franco Teixeira,
D. Ritta Telles de Vasconcellos Lima e fi-
lhas D. Sophia e D. Maria José, D. Maria
Uoquette de Campos Henriques, D. Helena
de Faria Calvet de Magalhães. D. Julieta
e D. Hortense Holtreman Roquette (Alva-
lade), D. Hortense Mesquita Zenha. Mad.
Cecil Mackee, D Margarida Deslandes
Costa, D. Elisa Machado Pereira, D Esther
Carreira de Azevedo Machado, D. Bertha
Machado, D. Francisca Busquets de Sousa
Rego e filha, D. Fructuosa Reynolds de
Sousa e filhas D. Maria Luiza, I). Anna e
D. Elisa. D. Emília Mascarenhas e Mene-
zes e filha D. Maria Luiza, D. Elvira de
Noronha e filha. D. Elisa de Campos Hen-
riques Braga, Mad. Pressler. D. Maria Go-
mes, D. Palmyra Navarro Vianna Basto e
filhas D. Alce, D Birth a e D Palmyra, D
Emilia Madeira Pinto e filhas D. Christina
e D. Candida, D. Helena Calvet de Maga-
lhães Cardoso e filhas D. Maria José e D
Maria do Carmo. D. Amelia Ribeiro da
Costa e filhas, M.elle Zanatti, D Maria
José Simões e filhas. I). Maria Julia Vaz
Pereira, D. Maria das Dores Pinlo de Mou
rão e Fontes, D. Ermelinda Magro, etc.
•
No espectáculo de hontem vimos as
sr.":
Marqueza de Chaves, Condessa de Cas-
tello Mendo, Viscondessas de Silvares, de
Ferreira Lima. de Alverca e filha D. Fi-
lippa, D. Maria do Carmo Avillez (Re-
guengos). D. Beatriz de Lancastre (Lou
zã), l). Joanna de Lancastre Costa, D.
Georgina Pereira de Vasconcellos e filhas
D. Amelia e D. Georgina, D Maria das Do-
res de Lacerda de Macedo (S. Cosme) e
filhas, D. Fructosa Reynolds de Sousa e filhas, D. Maria Luiza, D. Anna e D. Elisa,
D. Julia Craveiro Lopes e filha, D. Ritta
Horta e Costa, D. Julia Carvalho Pessoa e
sobrinha D. Thereza Abreu, D. Arcelina
dos Santos e filha, D. Maria Augusta de
Sequeira Lopes, D. Estrella Marianno de
Carvalho, D. Alegria Anahory e ilibas D
Mary e D. Ida e sobrinha D Stella. Mad.
Júdice Biker, D. Amelia e D. Julia Soares
Andréa (Ferreira Lima), Mesd.elles Castro
Torrezào, ete.
27—Folhetim do Diário mostrado
OS FACAS DE OIRO
TRADCCÇÃO DE
J. L. Rodrigues Trigueiros
CAPITULO IX
aioiiicano
—liem? disse Benedicto que julgou
r ouvido mal.
—Estou ameaçado de morte súbita,
ipetiu Henrique.
—Porque e que pensaes isso?
—O Mayor está em Paris;
A colher cahiu das mãos de Benedi-
-Em Paris! balbuciou elle, o Mayor!..
—Porém, acrescentou, o Mayor ha-
gastar muito tempo primeiro que
icontre o aventureiro Eduardo de
ontroy.
—O mayor sabe o meu verdadeiro
me, disse o visconde; antes de par-
, não julguei a proposito pôr-te ao
zto d'este segredo e comtudo o Mayor
amou-me pelo meu nume...
Contou em duas palavras a historia
s assignaturas trocadas.
—E quem foi que tão bem o instruiu?
murmurou Beneaicto.
-*fla em tudojsto um acaso verda-
deiramente infernal!... Lembras-te da
nossa excursão ao Sonora?
—Se lembro!
— Lembras-te d'essa noite de carna-
val em Arispe, do outro lado do Rio-
Gila?...
—Que lindos cabellos tinham aquel-
las senhoritas!... e que olhos!...
Yalga me Dios!... se me lembro!
As pupillas do bom do senhor Bene-
dicto lançaram fogo. L
—O marquezde Concha, que é ago-
ra duque de Uivas, redarguiu Henri-
que, reconheceu-me e pronunciou o
meu nome.
—E então?
—O meu verdadeiro nome de Hen-
rique de Yillicrs...
—E então?
—Estavam lá cem mulheres masca-
radas. .. entre outras essa admirável
crcatura, vestida de manola de Cadiz;
cujas transas de azeviche chegavam ao
chão.
—A filha de um tilcàde?
—A filha do alcade de San-Felipe...
não tirou a mascara... porém estava
pelo braço de Rivas quando me cha-
mou pelo meu inome... e pouco de-
pois, o dono da casa, o general Nuoêz,
cortejou-me pelo nome de Eduardo de
LUIZ COSTA
R. Nova do Almada, 62
124,126, R. de S. Nicolau, 128
Vestidos Artigos d« modas Confecções
Elegantes modelos em confecções de todos os generos, Córtes
bordados em tulle branco e preto, Echarpes, Saiai de soda, Laços,
Jabots, Vestidos confeccionados, Incomparável softimcnto de te-
cidos para grande toilette. Sortimento completo de fazendas
para vestidos tailleur. Blusas em cassa e tulle bordados brancos e
de cores.
Linhos e algodões para vestidos, Guarnições em todos os ge-
neros. Collossal sortimento de meias e peúgas pretas e de cor.
SENHAS DO BONUS UNIVERSAL
Mandaiu-se amostras do todas as fazendas
IMo Collftco
Assistência á recita da moda de hon- tem:
Mad. Mello e Sousa e filhas, D. Maria
José Canceila e filhas.wD. Maria Antónia
Aragão Fernandas e filhas, D. Anna Ca-
bral da Silva, D. Regina Waddmgton,
mad. Nathieu Sigaud, D. Guilhermina
Abreu, D. Maria das Dores de Sousa La-
cerda Macedo e filhas, etc.
No Martinho
Este explendido café continua attrahin-
do enorme concorrência.
Hontem e ante-hontem assistiram aos
jautares-coucerto os sr.:
Fernando da Cunha e Fayes, D. Concei-
Sâo Casal Ribeiro Fayes, Sotto-Mayor,
enrique Nogueira e esposa, coronel João
Luiz de La Rocque, m.elle de La Rocque,
José Luiz Alves Mourão. D. Thereza Abran- tes, 1). Palmyra de Figueiredo, Victor
Abrantes, dr. Antonio Vianna, dr. Antonio
Rilvas, D. A. Sousa. J. Lima, José da Sil-
va Monteiro, dr. Joaquim dos Reis Tor-
ga), Vieira Gome*, mad. David Alves,
mad. Thereza Cunha, dr. David Alves,
Francisco João de Amorim, dr. Quirino
Cunha, David A. Alves, José Nunes Cor-
reia, D. Herenimiua Sara Nunes Correia,
Mendonça e Costa, Julio Leopoldo Rosa,
esposa e sobrinha, J. G. Figueira, E. Pin-
to Basto, Joaquim da Cunha.
Mr. Buzaglo, tenente Cesário Vianna,
João Botti, Frederico Betti. Augusto Mene-
zes Alves, Joaquim Menezes Alves, Gui-
lherme J. C. Henriques, Jeronymo de Mo-
raes, Rangel Santos, Leopoldo Wagner,
Walter G. Jameson, Eduardo de Moser,
Barata Seixas, Carlos Quirino, D. Deolin-
da da Fonseca, Alfredo da Fonseca, Quiri-
no Carlos Pedroso, Gat-par Julio da Ro-
cha, José Lino Junior Arthur Lobo Fialho,
etc.
No «BIJou de 1 Avenue»
Assistência elegante hontem á hora do
chá:
Condessa de Penalva d'AIva (D. Maria
Pia), Condessa das Galveias e filha D.
Thereza. Condessa da Ponte. Condessa de
Mangualde, D. Emilia de Castello Branco
Quiutelia (Farrobo), D. Eugenia de Cas-
tello Branco (Bellas), D. Elisa dos Reis
Torgal e filha D. Natalia, D. Carolina Al-
ves de Carvalho Pereira de Mello, D. Geor-
gina Feijó Barreto, D. Victorina Correia
a'Almeida, D. Maria Torres de Aveliar
Pinto Tavares e filha D. Maria do Carmo,
D. Margarida Chaves dos Santos e Silva,
mad. Craveiro Lopes d'Oliveira e filha,
mad. Sousa Brandão e filhas, I). Laura
Perestrello e filha D. Maria Francisca, D.
Mana Francisca. D. Maria Andrade, mad.
Mattos Braamcamp e filha. D. Esther Car-
reira de Azevedo Machado. D. Elisa Macha-
do Pereira, D. Sophia Montenegro, mad.
Costa Neves, D. Laura Guimarães e filhas,
D. Adelina Ferreira e filha D. Henrique-
ta, etc.
Doente»
—Está doente a sr.a Viscondessa de Val-
mor.
—Teem estado doente, o illustre escri-
ptor sr. dr. Augusto de Castro e sua es-
posa.
A' venda todos os dias na
Pastelaria Marques
as deliciosas
Brioches Griffiths
os saborosos
Biscoitos tonados Griffiths
feitos com a farinha hygienica da for-
mula scientiilca do «Fão cm cima».
O cometa de lffalley
Continua seguindo com a velocidade
de 200:000 kilometror á hora.
Na uoite de d9 para 20 de uiaio a t"r-
ra ha de passar através a cauda do co-
meta e a partir d'eotão poder-se.-ha vér
em todo o seu explendor, do crepúscu-
lo.
Professora
Inscripta no Conservatório, e diploma-
da, lecciona musica, piano e bordados
Avenida D. Amelia. 39. rjc.
A morte do Rei
d'lnglaterra
AcaiflteiBcáA na* fiaoraes
O Imperador da Allemanha assistirá
ao enterro do Rei Eduarde. A convite
do Rei Jorge V, hospedar-ie-ba no pa-
lácio de Buckingham.
O Rei da Dinamarca já se encontra em
Londres.
Devem chegar áraanbi o Príncipe
herdeiro da Turquia e o ministro dos
Estrangeiros.
O Imperador Francisco Jo?é é repre-
sentado no funeral pelo Archi-Duqne
Francisco Fernando, herdeiro do Thro-
no.
UnnireNtacc e* de ayinpatliia
O «maire» de Lyon enviou ao consul
dTnglaterra as condolências da cidade.
E no mesmo semtido mandou telo-
grammas aos «lords-mayores» de Man-
chester, de Salfcrrd, de Glasgow o
d'Edimburgo, e ás municipalidades de
Deith e Huddersfield.
Landrei»
E', por excellencia, a cidade do ne-
voeiro, o que não se oppõe a ter em seu
seio tudo o que pôde admirar, surpre-
hender e confundir.
Os iuglezes são no seu paiz tão afla-
veis quanto communicativos, embora de
principio um tanto reservados, mas
quando afastam as suas prevenções sôo
amigos verdadeiros.
E' preciso passar uma temporada om
Lendres para poder apreciar toda a acti-
vidade, energia e perseverança d'esse
povo, e conhecer o profundo curso pra-
tico que o distingue.
O génio commercial tem alli o seu
throno; alli fervem todas as paixões e
dealacam-se em revolta confusão o su-
blime e o mesquiDbo, o grande e o des-
prezível. Londres é urna lanterna magi-
ca que apresenta Successivamente as
manifestações da virtude, do talento, da
riqueza, da miséria e do vicio.
E' um quadro indescriptivel o que of-
ferece a nobreza, a classe media, entre-
gue aos seus negocios, e o proletariado.
Em Hyde Park só se nota a op ulen-
cia, na City agita-se sem cessar o mun-
do financeiro, ao lado das Docks rece-
bem-se penosas impressões.
Um passeio demorado basta piara se
dar conta da magnilicencia e da igao-
minia que se encontra nas margens do
Tamisa.
Londres é um enorme foimigtfeiro
humano, onde o luxo deslumbra, o ruí-
do aturde e a exposição da pobreza as-
susta.
Observa-se, não sem estranheza, atfe
os monumentos estão negros e sujos,
tributo indispensável pago ao fumo e
ás névoas. Estas são eternas o não per-
mittem differençar nada a qrfinze pas-
sos de distancia.
O viajante que quizer presencear see-
nas da vida não necessita mais que pas-
sar uma parte do dia na, City e no
Strand; Regent-Street e Picadillv ser-
vem de refugio á colonia estranjeira, e
em Leicester-Square reuu em-se as ele-
gantes damas francezas.
A cozinha ingleza reduzfse a «roast-
beef» e «puddings»; e quem pela vez
primeira entrar na casa dei jantar d'um
hotel ficará admirado v«»nclo que ao
apresentarem-lhe um pra?jo os creados
collocam junto uma porçiio de garrafi-
nhas e potes cheios de dnverscfô ingre-
dientes necessários para que cada com-
mensal escolha o que mais lhe convém
para adubar o que lhe líervem.
Mas os filhos d'Albion • fundaram es-
colas especiaes para quo a cozinha con-
tinental seja conhecida pelas inglezas.
Os seus bifes são mais) afamados que
os da Allemanha condimentados com
cerveja e que a vitella e m Italia, tão
tenra que se pôde cornar á colher. E
depois n'aquelle paiz os legumes são
excellentes, as carnes magnificas, e os
seus queijos e pre aunton em nada ce-
dem em qualidade aos das outras na-
ções.
Lisa Naval Portugaeza
O vogal do Conselho Geral, sr. Hypa-
cio Frederico de Brion, partiu hoDtem
para Londres expressamente para .re-
presentar a Liga no funeral d'Eduardo
VII
Foi lambem encarregado de depôr
uma corôa no tumulo d'esse grande Rei
e grande amigo de Portugal, levando
uma mensagem de condolências dirigi-
da á «Navy League» ingleza.
No templo do» protestante*
Na sexta feira, na egreja dos protes-
tantes, rua da Estrella, tffeclua-se um
serviço religioso por alma de Sua Ma-
jestade Eduardo VII.
AsBistem o governo, corpo diplomá-
tico e convidados.
TclcgraniMAg.
PARIS, 16, t.
Chegou esta manhã a Paris o rei Jorge
da Grécia que foi cumprimentado pelo
ministro e pessoal^la legação grega.
LONDRES, 16, t.
Chegaram hoje ás 7 horas e 35 minutos
da manLã, o sr. Roosevelt e sua família,
trajaudo de lucto.
Foram cumprimentados na gare por lord
Dundoneld, eru nome do rei Jorge; embai-
xador e pessoal da embaixada e legação
dos Estados Unidos e colonias america-
nas. u
O sr. Roosevelt seguiu depois para a
embaixada.
BORDEAUX, 16. t. :
O rei de Hespanha chegou ás 3 ho;as e
10 minutos da tarde e hospedou-se no ho-
tel, onde recebeu a visita do dr. Maure.
Partirá ás 7 horas para Calais.
LONDRES, 16, t.
O ex-prepresidente Roosevelt foi hoje
recebido pelo rei Jorge e visitou em se-
guida a camara mortuária de Eduar-
do vu.
Esta manhã o corpo diplomático desfilou
Cura das feridas
Trombeta da Fama
13
e
O» «afés brilhara em Londrss pela
sua aiMicia. O londrino não se resigna | por deante do terctro.—
a paasar longas horas ali jogando o do-
minó, bebendo a sorvos o liquido que
pede; entra no estabelecimento, dirige
ae ao balcão, pede o que quer, ingere
de pé, precipitadamente, paga logo e
sahft. E também no local não ha nem
■m só banco.
A mi popnlação é de seis
meio.
sseca
Victimado por uma pneumonia dupla,
Ninguém deve esmorecer em presença
dos seus soíTrimentos. se elles são incu-
ráveis por falta de medicamentos, tal cir-
cumstancia é hoje absurda, porque o fac-
to de se não encontrar na occasião o que
se precisa ou de ainda se não ter des-
coberto o remedio que deve curar cer-
tas doenças não é razão acceitavel, pelo
menos emquanto o cerebro do homem
trabalhar e luctar por descobrir remedios
que interessam a sciencia, os enfermos
e a humanidade. E' em vista de tal afflr-
mativa que ninguém deve ter o direito
de se desesperar com as suas enfermida-
des, porque d'um dia para outro, d'um
mez para outro, ou u um anno para o
outro, lá vem a descoberta que poe ter-
mo e fim a todos os tormentos que llagel-
lam e martyrisam os que se julgavam in-
crédulos.
Tal successo acaba de ter logar com
a cura das feridas que se tornam antigas
e chronicas por falta de tratamento, e os
descorçoados que jamais pensavam em
ver as feridas fechadas e perleitamente
curadas e d'estes os que conhecem o
Pó das Varizes e estão curados por elle,
e cheios de vida e de saúde tornaram-se
a Trombeta da Fama, em apregoarem as
virtudes d'este incomparável remedio e
estão fazendo correr de boca em boca
que as feridas antigas ou modernas se
curam milagrosamente em poucos dias
com o Pó das Varizes. Que os padecentes
se tirem de duvidas e de receios se
teem amor á vida, á saúde, ao trabalho,
a uma existência límpida de soíTrimentos
e socegadas. experimentem uma só cai- xa de Pó das Varizes e em poucos dias
levantareis as mãos como signal de re-
conhecimento e de agradecimento e se-
reis outros tantos apostolos que aconse-
lhareis o Pó das Varizes que se prepara
unicamente na pharmacia Almeida, rua
da Magdalena, 134. Preço de cada caixa
610 réis e pelo correio, 660 réis.
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gião. p-
Condecorações
Montroy... a Pianola olhou para
mim...
—E depois?... perguntou Benedi-
cto.
—Quando encontrámos o mayor, es-
tendido na podiola e com o rosto co-
berto, lá em baixo, ao pé do Golden-
Dagger, sabes onde os vecinos o con-
duziam?
—Não... Só sei que o chefe dos | R1
Facas de Oiro tinha mais de duzentas
mil piastras no seu esconderijo... e
que a minha amiga Lile, a mulher do
Panic, também tinha bem bons olhos.
— Logo fadaremos do Panie e de sua
mulher, pronunciou em voz baixa Hen-
rique; e preciso que saibas primeiro
que tudo onde os Vecinos conduziam o
mayor.
1 —Eu escuto.
—Gonduziam-no a San-Felipe, onde
esteve captivo perto de um anno, visi-
tado todos os dias pela manola d'Aris-
pe, a senhora Carmel, que se tinham
apaixonado por elle.
—Diabo! diabo! disse Benedicto;
mas tudo isso, não impede, em sum-
nri, que o mayor esteja cego.
—Recuperou a vista!
—Diabo!... isso transtorna o nego-
cio... Como vos tirareis d'essa arrios-
ca, meu pobre senhor visconde?
—Contei comtigo.
—Commigo).... pava me bater em
vosso logar? '
- Para me, ajudardes a desfazer do
mayor.
Benedicto levantou-se.
—Sou uvj vosso creado! disse elle...
Tive a fortuna de quebrar a cabeça do
meu Indie., em Baltimore... e, olhae,
que foi ^ím grande serviço que vos
restei.. Agora, durmo tranquillo...
em louco seria eu se me tornasse a
metter «em camisas de onze váras!
—.Assenta-tel ordenou Henrique. .
—Como?... disâe Benedicto, que
era "homem capaz de replicar ao seu
antigo amo.
—Ou antes, redarguiu o visconde,
abre essa porta e tfhama o teu cão
Mohicano.
—E' verdade> murLtiurou o proprie-
tário com uma certa commoção na voz;
Mohicano não voltou!
—Chama-o!
Benedicto abriu a porte, Já era dia.
Benedicto assobiou.
A neve cahia em grandes frocos.
Mohicano nã<L veiu.
—Txio, velh>o! fez Benedicto; txio!
txio! txio!
Voltou para casa muito pallido, de-
pois quiz tornarr a sahir para continuar
a chamar.
—Basta, disise o visdonde, o teu cão
não te respond erá.
falleceo ante-hontem, na sua residência,
milhões e I rua Formosa, 99, contando 70 annos de
edade, o sr. Visconde d'Asseca, Antonio
Ha ura nascimento em cada tres mi- Maria Correia de Sá e Benevides Velas-
nutos, uma morte em cada cinco. co da Camara, 80 do seu titulo de jure
Tem mais judeus que a Palestina, e herdade, 100 almotacé-mór e estribei-
mais escocezes que Edimburgo, mais ro-mór do reino, par do reino por di-
irlandez^s que Belfast e mais catholicos reito hereditário, em que socceden a
qne Roma. seu avô, camarista da Casa Real e com-
0 comprimento total das suas ruas é missario régio junto á Companhia dos
de 13 000 kilometres e o numero medio Tabacos.
annual dos registos dos criminosos Fidalgo de velha estirpe, era aparen-
to 000. tedo com as famílias Pombal, Rio Maior,
Consome por aono 1.500:000 carnei- Figueira, Lavradio e Villa Real.
.„8, 8 milhões de peças de caça, 400 de O illustre extincto foi camarista do
libras de peixe, 500 milhões de litros de desditoso Príncipe Real D. Luiz Filippe,
r.prvma I representou El Rei D. Carlos na co-
roação de Eduardo VII e possuía, entre
Coração e cerebro do commercio bri- outras condecorações, as grao-cruzes da
tannico, Londres é o mais importante Conceitfc10 de Cerlos J1II de He^anha. (Qa 8Uva e 8erviç0 ae pnmeir3
centro commercial e financeiro de todo Era casado em segundas núpcias com 0rdem. Sitio ceutr&l e facilidade de trans-
o mundo ey a séde politfcà, j?
do Reino, como que fundou o vasto Im-
pério britannico, visto que são os seus
commerciantes, os seus negociantes que,
estabelecendo escriptorios em todos os
pontos do globo, lançaram aa bases das
colonias que constituem actualmente o
immenso e poderoso emporio de que os
inglezes tanto se orgulham. O commer-
cio da City foi o grande pioneiro Impe-
rial; a bandeira seguiu-o.
*
E' na «City» que estão o Banco d'ln-
glaterra, a Bolsa e os escriptorios d'esses
principes-commerciantes e d'esses ban-
queiros cuja fama é universal e a opu-
lência lendária. Se as fortunas indivi-
duae8 são menores e menos rapidas que
na America, consideram-se, porém, mais
solidas, e, no conjuncto, a riqueza de
Londres excede em muito a de quaj-
quer outra cidade commercial do Anti-
go ou Novo Mundo.
O movimento e a animação que rei-
nam na «City» desde as 9 da manhã ás
7 da noite é indescriptivel. Em maio de
1901 fez-se o recenseamento, hora por
hera, das pessoas e dos vehiculos que
entravam na «City» desde as 5 da ma-
nhá ás 9 da noite O total foi: em pes-
soas 1 100:636; 15 845 «cabs» e 8 955
«omnibus».
Em 1891 entravam alli 800.000 pes-
soas diariamente. Hoje deve ser de mi-
lhão e meio.
Na «City» não se fazem mais que ne-
gocios, mas tem os seus museus, as suas
bibliothecas, as suas escolas, os seus
h08pitaes e as suas instituições de cari-
dade. Os seus monumentos são os ban-
cos, e, entre as magnificas egrejas, vô se
a cathedral de S. Paulo, palacios como o
Guildhall e do «lord-mayor» (Mansion
House).
A Regencia
O «Diário do Governo» publicou hon-
tem em supplemento o seguinte:
«<Tôndo-8e ausentado hoj í para fóra
do Reino Sua Majestade El-Rei, Meu
muito arrado e prezado Sobrinho, como
lhe permitte o artigo 8.° da carta de lei
de 24 de julho de 1885, afim d'acompa-
nhar Suas Majestades Reaes e Imperiaes
da Gran-Bretanha no doloroso transe que
lhes trouxe o infausto fallecimento do
Magnaaimo Principe Eduardo VII, Rei
da Gran-Bretanha e Irlanda, Imperador
das índias, Meu Augusto e Saudoso Pri-
mo, assumo a Regencia, que Me incum-
bem as leis da Monarchia, e em sua con-
formidade juro: Manter a Religião Ca-
tbolica. Apostólica, Romana e a integri-
dade do Reino, observar e fazer obser-
var a constituição politica da Nação e
mais leis do Reino, e prover ao bem ge-
ral da Nação, quanto era Mim couber,
e bem assim guardar fidelidade a El-
Rei o Senhor D. Manuel II e entregar-
Ihe o governo logo que regresse ao
Reino. Promelto formalmente reiterar
este juramento perante as Côrte* Ge-
raes da Naçlta, reunidas no praso le-
gal, e para os devidos effeitos declaro
qui Me apraz conservar os actuaes Mi-
nistros e Secretários d Estado no exer-
cício das suas funeções.»
—Porquê?
—Porque está morto.
—Morto!... Como sabeis isso?
—Adivinho-o.
—E quem o mataria?
—-Towah o Panie, respondeu Henri-
que, levantando-se por seu turno.
Benedicto recuou. Seus dentes ran-
gia ai.
— Towah, a quem tu não acabaste
em Baltimore, proseguiu o visconde,
Towahr que acompanhou o mayor a
Paris.. * Towah, que achou a tua pis-
ta e que está a esta hora escondido no
teu propilo quintal.
Benedicto cahiu sobre uma cadeira,
como se estivesse assombrado de um
raio.
CAPITULO X I
O» Camaro*
Entrava o dia, pallido e triste, pelas
janellas do quarto de dormir do senhor
Benedicto; já não cahia neve; o vento,
que tinha desfeito as nuvens, conti-
nuava a soprar com violência e o sol
abrilhantava com seus raios oblíquos a
coma polvilhada das arvores.
O senhor Benedicto estava tão per-
turbado, que tinha deixado a luz ace-
sa sobre a mesa.
a sr.* D. Maria Rita de Castello Branco,
viuva do pae do actual Marquez de
Pombal e deixa ires filhos: o sr. Viscon-
de d'Asseca (Salvador), capitão de en-
genharia; Eduardo Asseca de Sá, tenen-
te de cavallaria, e a sr.* Condessa dos
Olivaes.
Era irmão da sr.* D. Maria Rita Cor-
reia de Sá e Cunha e cunhado do sr.
Marquez de Soveral.
Sua Majestade El Rei, as3im que sou-
be da morte do seu illustre servidor, di-
rigiu-8e a sua casa, demorando-se alli
uma hora com a família.
Sua Majestade a Rainha Senhora Dona
Amelia, esteve hontem, pelas 3 horas da
tarde, em casa do extincto, a desanojar
a família Asseca.
O cadaver do sr. Visconde de Asseca,
amortalhado com um habito francisca-
no, foi encerrado n uma uma de pau
santo e conduzido hontem pelas 5 horas
da tarde em coche da Casa Real, para o
jazigo da família, no cemitério occiden-
tal.
Por absoluta falta de espaço deixamos
de publicar a numerosa assistência que
se encorporou no fúnebre cortejo.
A família real fez-se representar no
funeral: Sua Majestade El-Rei, pelo sr.
Marquez do Fayal; Rainhas Senhora D.
Amelia, pelo sr. Conde das Galveias, e
Senhora Dona Maria Pia, pelo sr. Conde
de Redondo; Sua Alteza o Principe Re-
gente, pelo sr. Conde de Tarouca, e a
camara dos pares pelos srs. Marquezes
d'Avila, Alvito, Penafiel, e Gouveia, Con-
des das Alcáçovas e de Castello de Pai-
va, Visconde de Alhouguia e Conselhei-
ro Sebastião Telles.
Sobre a urna foram depostas côroas
de Suas Majestades El-Rei e Rainha Se-
nhora Dona Amelia, da viuva, dos filhos,
da Condessa de Seisal e D. Carolina
Delphim Pereira.
A toda a illustre família Asseca ende-
reçamos as nossas mais respeitosas ho-
menagens de condolências.
Perfumaria Rosa d*Ouro
R. do Ouro, 281 "Lisboa Telephone 2638
)." pirttífii tir-da tio Recio, lítio direito
Sempre as ultimas novidades
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Sociedade de Geograp ila.
Inutttuto de Coimbra, Heal
Academia dan Mclencin»,
Uga Naval, Ileal Inaiiiutc
de LUboa, Cooperativa <11-
litnr, Sociedade Nacional
de Horticultura, Sociedade
Lttteraria Almeida Gar-
rett, etc.
Com ofílcliia na rua de
Si. «InHão. HO, 2.", onde
tem um completo sorti-
mento no seu género, e
para onde deve ser dirigi-
da toda a correspondên-
cia. Telephone
Nuccinrsal no l*orto. 11.
das Flores, «04 a *08,
casa de Albino Coniinho.
Cura das varizes
As meias virgens ou meias intactas são as me-
lhores meias elásticas que curam as varizes recen-
tes e que favorecem com incrível facilidade a com-
modidade, a reducçào até ao mínimo as varizes
chronicas ou antigas com resultados optimos. As
pessoas varizadas podem usar as meias elásticas de
algodão, de seda e não de linho, por a de linho ser
perigosa para o tratamento das varizes como se ex-
plica e se prova pelo impresso que se remette pelo
correio a quem remelter 110 reis, o que explica o
valor das meias virgens. Ninguém deve fazer uso
de qualquer meia sem primeiro ter o referido pros-
pecto.
redidos á pharmacia Almeida,rua ca Magdalena
134, Lisboa.
Remettem-se as meias peio correio
de Villters parecia muito menos abati-
do.
Não se pôde negar e isto está longe
de exaltar a especie humana, que a
maior parte dos homens experimenta
uma especie de consolação egoísta
quando vê o seu infortúnio partilhado.
A angustia de Benedicto alliviava
de mais o coração do visconde.
Os poetas que descreveram o infer-
no fizeram-no terrível. Haveria um hor-
ror maior ainda do que o do inferno
dos poetas; seria o inferno cellular em
que a tortura pezasse sobre o condem-
nado ao mesmo tempo que a solidão.
Um horror mais profundo ainda: o
condemnado vencido na eternidade do
seu tormento e forçado a contemplar o
eterno descanço dos eleitos.
O visconde estava estendido na sua
ltrona, com os pés sobre os caens
fogão, as mãos cruzadas no peito.
Acabava de acender um charuto.
Benedicto estava como aturdido; o
dia alluminava a sua face côr de terra.
De quando em quando, ao menor ruí-
do, seu olhar se voltava com terror pa-
ra as janellas.
—^\amos, socegae, Benedicto, meu
pobre rapaz! disse emfim o visconde;
o negocio não é para esta manhã. Vós
conheceis os demonios d estes selva-
gens. Em Paris, como nas suas flores-
E
Pelo contrario, o visconde Henrique tas, nunca trabalham senão de noite.
—Tendes razão! exclamou o pro-
prietário; temos todo o dia para o fa-
zer prender.
O visconde soltou uma gargalhada.
—Certamente, replicou elle, os seus
signaes não são dilliceis de fornecer.
Mas pensaes que Towah esteja em es-
talagem ou hospedaria?
Benedicto abaixou a cabeça nova-
mente.
—Se tivéssemos mais uma semana
ou duas, proseguiu o visconde, Towah
cahiria infallivelraente em nosso po-
der... Nos arredores de Paris, não ha
muitos sítios onde os selvagens se pos-
sam esconder e a poliçia achar-lhe-ia
logo a pista... Mas quem sabe o que
se passará esta noite?
—Aqui não durmo eu! disse Bene-
dicto, que estremeceu desde a cabeça
até os pés.
—Será prudente.
Mas Benedicto já tinha mudado de
opinião.
Estava n'um buraco praticado na
parede, atraz da alcova, um grande
cesto de vime forrado de lata, que Be-
nedicto não podia levar comsigo e que
não queria, mesmo a preço da sua vi-
da, deixar assim sem guarda.
Couttnúa
AIA HI O ILLUSTBADO
A Salsaparrilha do Ds% Ayer
Purifica o Sangue
«
Rua do Bomjardim 472, Porto.
'Ha muitos medicamentos para purificar o sangue, mas a
maior parte d'elles não dão o resultado que se deseja. Estes
medicamentos alliviam o doente
mas não curam.
Eu que tomei tantos d'estes medi-
camentos para purificar o meu san-
gue e nunca o meu sangue se puri-
ficava, tomei por conselho de pessoa
amiga a Salsaparrilha do Dr. Ayer, e
o meu sangue purificou-se e a erup-
ção de pelle que tinha desappareceu
por comP'eto> encontrando-me com-
\Íí lluHiSlilII pletamente curada devido a tão bom
depurativo. Por este motivo autho-
riso a publicação d'esta carta e da photographia que lhes envio.
a
de transformismo, bailados, danças, c un-
ções, musicas excêntricas, etc.
E\ em ultioa analyse, o mais extraoT-
dioario numero que actualmente se en-
contra em Lisboa.
Vêr hoje a lindíssima lita, absoluta-
mente nova, «Erupções do Etna».
ff
2 de Setembro de 1908. (a) DEOLINDA DE JESUS LOPES.
A Salsaparrilha do Dr. Ayer
Preparada pelo DR. J. C. ATER & CA., Lowell, Mass., E. U. A. Vende-se em todas as pharaiacias o drogarias.
Depositários eeraes para Portugal: James Casseis & C.«, Successores, rua Mousi-
nho da Silveira. 85, l Porto
EMJMJRTUGAL
Aviação.—Aero Club de Portugal.
—Reúnem hoje ás 8 30, ua sede da As-
sociação dos Engenheiros Civis Portu-
gueses o jury e aggregados do concurso
de papagaios promovido peio A. C. P.
nos dias 22 e 26 do correntemo hip-
podromo de Beiem.
Denporfo adilcllco. — Liga
Sportiva de Trabalhos Alhleticos.—Reú-
ne hoje a nova direcção da L. S. T. A.
às 9 horas, no Real Gymnasio Club Por-
tuguez.
Fool ball.—Resultado dos desa-
fios do torneio de 4 °« grupos, organi-
eado peló «Império», que se realisa-
ram anie-hontem:
Nacional, marca * ponto* por nuo
comparecer o Campo d'Ourlque.
OarreirenNe vence o Real Gymna-
fflo por O (isoalHo contra 9.
I,ii7.o t*. vence o Ilemllca por 1
«Roalu contra zero.
Império vence o Fnluo por O
«goal*» contra zero.
Continuam sendo bem disputados os
desafios entre 4.°* grupos.
A direcçã) do Império marcou para o
proximo domingo os seguintes desa-
fios:
Em Palhavã: «Luzo» contra «The Bri-
tish», ás 9,30; «Barreirense» coDtra
«Campo d'Ourique», ás 10 45; «Bemfica»
contra «Real Gymnasio», ás 2 horas; e
«Luso Campolide» contra «União», ás
3,30.
d ip pi ft m c.—Concurso hippico em
Madrid—Afim de tomar parte no con-
curso hippico, que se realisa em Ma-
drid, devia ler partido hontem para
aquella capital, no comboio das sete ho-
ras e meia da noite, o sr. Jayme Roque
do Pinho (Alto Mearim).
Os seus cavallos que são, ao que nos
conBta, dois, seguiram ante-hontem. De-
sejamos ao dislinctissimo sportsman as
maiores felicidades.
Miwn tenill*-Ainda os jogado-
res de Portugal em Hespanha—Os srs.
Fraser e José Bello que, como aqui no-
ticiámos, aabiram vencedores em men's-
doubles n'um concurso de lawn tennis
em Madrid, veem encantadissimos com
a sua estada na elegante capital do rei-
no visinho.
Devido aos seus esforços é quasi cer-
to que ao proximo campeonato de Cas-
caes concorram jogadores hespanhoes e
jnglezes residentes em Hespanha; talvez
possamos admirar o jogo de algumas se-
nhoras. entre as quaes uma sobrinha da
sr.* Condessa de Jimenez y Molina.
Juntamente com o sr. Antonio Praia,
que se encontrava em Madrid, poderam
os nossos jogadores assistir a diversas
festas mundanas e desportivas, tendo fi-
cado muito bem impressionados com o
jogo do polo (a cavallo), não só pela
animação dos jogadores e espectadores
(pertencentes á 1.* sociedade madrilena)
como pelo fausto e riqueza que aquelle
sport (talvez o mais caro de todos) im-
plica.
A'antlca — A taça Lisboa-Conti-
nuam muito animados os treinos para
as próximas regatas orgaoisadas pelo
Real Club Naval, que como temos no-
ticiado se realisam qo dia 29 do cor-
rente.
2
ÍJA principal prova d'essa regata é a
isputa da «Taça Lisboa», para a qual
os remadores se teem treinado com
muito ardor, notando-se uns progressos
muito sensíveis, o que faz esperar uma
lucla interessante entre as duas únicas
rivac8: Real Club Naval e Real Associa-
ção Naval
Pede*triaiiÍ*iiio.— A corrida de
Maratona —Para esta importante prova
pedestre, que se effectua pela 4." vez, fe-
chou hontem a inscripção.
Assim, damos hoje aos nossos leitores
os nomes dos concorrentes, rapazes de-
dicados e cultores th) pedestrianismo,
ue estão possuídos da melhor vontade
e fazerem uma brilhante prova, dispu-
tando com entbusiasmo os magníficos
bronzes offerecidos pelo prestante spor-
tman sr. Conde dos Olivaes e de Penha
Longa.
Estão inscriptos tres equipes, represen-
tando as seguintes colleclividades: Velo
Club de Lisboa: Francisco Lazaro, Ma-
thias de Carvalho e Armando Cruz; Gru-
po Sportivo do Alheneu Commercial:
Homero Alves, Ernesto Ferreira e João
d'Aguiar; Sport Grupo Progresso: Jay-
me Lopes, Joaquim Rocha e Antonio Fi-
dalgo.
Como se vé pelos nomes dos concor-
rentes, alguns d'elles já entraram em
annos anteriores e alcançaarm boas
classificações, o que nos leva a crer que
a Maratona este anuo será muito movi-
mentada e attrahente.
O percurso como já noticiamos é de
42:SOO kilometros com o seguinte tra-
jecto:
Campo Grande, Azinhaga do Fidier,
Encarnação. Secavem. Povoa de Sante
Iria, Cabo, Vialonga, Tojalinho. Loures,
Povoa de Santo Adrião, Carricne e Lu-
miar.
A direcção da União Velocipedíca es-
tá organisando um grupo cyclista para
fazer o policiamento do percurso.
Os soccorros medicos serão desempe-
nhados pelo sr. Weiss de Oliveira au-
xiliado pelo sr. Falcão Rodrigues.
A direcção do «Sporting Club de Por-
tugal» poz a sua séde e cabines á dispo-
sição dos concorrentes.
Sarau. 0 sarau annual que o Real
Gymnasio Club realisa no dia 25 deve
ser dos mais Interessantes e talvez dos
mais attrahentes que esta prestante ag-
gremiação tem organisado.
O programa mclue argolas, atbletica
pelos campeões nacionaes, saltos á va-
ra, vôos á Leotard, match de jújú tsú,
parallelas aereas, esgrima de sabre e
de espada, jogo de pau, forças combi-
nadas. bi-trapezio, torniquete, match de
box, equilíbrios e exercícios por uma
classe infantil de gymastica.
Varias noticias
Felizmente está melhor o nosso ami-
go sr. Araujo Assis, distincío nadador
da velha guarda muito conhecido no
nosso meio desportivo.
Devido á sua extraordinária resistên-
cia physica esperamos que dentro de
breves dias daremos ao nossos leitores
a egradavel noticia do seu prompto
restabelecimento, que muito desejamos.
Vigilante
Na verdade «Les Mary Gelly», os gran-
des artistas frdacezes. equivalem a um
elenco completo, pois se adaptam ma-
ravilhosamente a todos os geoeros d'ar-
t« exhibindo-íe em variado* números
.«alão Pbantantico—Esta gran-
de casa de espectáculos inaugurou an-
te-hontem a sua epocha de verão, exhi-
bindo um cartaz completo de varieda-
des.
"Pianolas-piano,, e "Pianolas,,
DA
The Aeolien Company Ltd. de Paris
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ludado e elasticidade persistentes. Faz desapparecer manchas, borbulhas,, sardas, pravos, vermelhidões e é insubstituível
para evitar a formação das Ruga*.
Não tem Giycerina, razão porque se pôde usar com in-
teira confiança, a Glycerin» não só causa grande ardor
quando se applica, como também ennegrece a pelle e auxilia
o crescimento dos oellos das mãos e do rosto.
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f.ora o seu uso desappareeem d'um dia para o outro as greta- duras dos lábios e a aspereza da cutis.
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Ha sempre n'esta elegante «patisserie» um primoroso
serviço de chá e bolos, que continuará todos os dias, das 3
horas ein deante.
Ali esperamos ver reunida a nossa melhor sociedade que,
por certo, escolherá este elegante estabelecimento, para os
seus «rendez-vous».
Ha 37 annos
(No Diário lllustrado
de 17 de maio de 1873)
Gravura— S. João de Luz—Bayonna
=Osorio de Vasconcellos apresenta
aos leitores d'este jornal Fernando Cal-
deira, que publica umas sextilhas deno-
minadas—«A uns pésinhos».
=A «Magdaleua», o drama de Pinhei-
ro Chagas, representado hontem em D
Maria, em beneficio da actriz Virginia,
é um primor de linguagem e de pensa
mento. O entbusiasmo manifestou-se
pbrenetico desde a primeira á ultima
das pessoas que esiavam no theatro. Vir-
gínia, Emilia Adelaide, Santos e Alvaro
elevaram-se a toda a altura dos seus
bem conhecidos talentos; Barbara, Emi
lia Candida e Brazáo desempenharam-
se com mestria.
=Vae ser representado no Porto o
drama «Louco d'Evora», que em D. Ma-
ria deu enchentes successivas
=Sabeino8 que por estes dias come-
çara os trabalhos para a nova praça de
touros em Cascaes, que nos dizem ficar
muito elegante.
=Arrendou hontem o palacio dos srs.
Marquezes de Vianna, em Cintra, o sr.
ministro da Russia.
=Reeebemos um exemplar do folhe-
to intitulado «Estudo sobre a medição
das odes d'Hcrac o», por Jião Felix Pe-
reira, medico, engenheiro civil e agro-
nomo. E' cfferecido ao seu mestre e ami-
go José Maria da Silveira Almendro
«Concluiu hontem no 3 o districto,
em 4.* sessão, a discussão da causa, em
que era auctor o sr. Marianno Ghíra,
commissario dos estudos e reitor do Ly-
ceu Nacional de Lisboa, e reu o sr. Al-
fredo Julio de Brito, director da Escola
Central Primaria, accusado do crime de
diffamação e injurias em correspondên-
cias no «Jornal do Commercio». O advo-
gado de accusação Henrique Mídosi orou
durante .3 boras e meia, e a defeza, Ga-
briel ae Freitas, 3 horas. 0 reu foi absol-
vido.
««Partem sabbado para França o sr.
Barão de S. Pedro e sua filha D Carlota.
=0 sr. dr. Pbilomeoo da Camara Mel-
lo Cabral foi nomeado, por dois annos,
para o primeiro logar vago de lente
substituto da faculdade de medicioa da
Universidade de Coimbra.
=Os cincos contos sabirara era cau-
telas do Silva, n 0 698
=Vende-se ura antigo ^pmario de vi-
nbatico que serviu de guárda-lopça no
palacio do Conde de Farrobo, nas La-
ranjeiras R da Roa Vista, 50
=Casou em SaDtos o Velho o sr. Jor-
ge de Oliveira e Camara com a sr.a D
Luiza MathiIde de Faria, formosa e syra-
pathica filha do sr. Joaquim José de Fa-
ria Bettencourt, da Madeira. Foram pa-
drinhos os srs. Viscondes de Carnide e
João Carlos Bon de Sousa, e madrinhas
suas respectivas esposas. A sr.a Viscon-
dessa vestia rica «toilette» de «faille»
côr de grão com laços côr de rosa; sua
fiíha D. Catbarina, de «faille» côr de
cinza com guarnições côr de rosa, D.
Catbarina Rangel de «faille» iilaz com
rendas pretas; Viscondessa de Menezes
d'amarello e preto com graça e simpli-
cidade; sua gentil filha de côr de rosa
e cinzento; D. Henriqueta Faria, de «fail-
le» côr de castanho-escuro com rendas
da mesma côr; as sobrinhas do sr. Mar-
quez de Penafiel, de cinzento claro com
laços de moirée azul; D. Maria da Luz
Rruscby, de castanho escuro; sua sym-
pathies enteada tandem d'escuro com
laços escarlates; D. Maria Oliveira, de
cinzento claro; D. Carlota Anderson, de
«faille» resedá escuro com rendas da
mesma côr.
=EspectacuioB.—Gymnasio, «Por for-
ça,» «Receita homcBpalbica,» «Creada
Ama » «Troca de maridos» e «Crescente
da Vizinha; Principe Real, «Nobreza do
Artista,» «Cana'ln,» «Combate,» «Em-
prezario ambulante,» «Vestido rasgado,»
«Um sujeito e uma senhora,» «Dez con-
tos no íoferno;» Variedades, «João o
Carteiro.»
SALÃO
Telegrammas
O «Amor de Perdição»
iia Auaitrta
VIENNA, 16, t.
A opera do compositor portuguez João
Arroyo «Amor de Perdição » será levada
à 8cena na «Volksopa,» d'esta cidade no
proximo outomno com o titulo de «Liebe
und Verderbeo.» • o
IMqueleN
PERNAMBUCO, 16. t.
Srgue para o norte o paquete «Oriana». -(H )
Cantàtriclie
italiana
A
Trechos d'opera
canções italianas
A rainha do luvo! HOJE A rainha da esíhclica \
LES MARY CELLY
«ucccimo sem precedente* S
Sensacional estreia: a grande fita animatographica A Bruxa da Praia
DIA A DIA
íl
Entre marinheiro* —Faca-
da mortal—Hontem, cerca das 9
horas da noite, passava pela rua do Po-
ço dos Negros, proximo á rua dos Mas-
tros, o soldado n.° 4:625 da 2 • brigada
do corpo de marinheiros, Joaquim Pe-
reira ae Castro, em companhia de uma
mulher de vida fácil, a qual levava na
cabeça o bonet do militar.
Proximo d'elles passou o 1.° grumete
Marcos Nunes da Silva, ordenança do
sr. ministro da Marinha, que o repre-
bendeu.
O 4:525 não gostando da admoestação
aggrediu o seu camarada com soccos e
pontapés. >
O Marcos vendo-se aggredido sacou
do sabre-bayoneta e vibrou lhe um pro-
fundo golpe nas costas atravessando-lbe
o coração.
O ferido deu ainda alguns passos e
foi cobir no largo do Conde Barão, jun-
to ao kiosque.
Soccorrido por uns populares e pelo
guarda que n'aquelle local estava de
serviço, levaram-no á pharmacia Aço-
riana, como porém o ferimento era gra-
ve, não Ibe fizeram curativo, sendo por
isso transportado até ao Rocio n'um car-
ro eléctrico e d'alli para o hospital de
S. José, em trem de praça, falleceodo no
trajecto*
O cadaver foi removido para o Necro-
tério.
0 aggressor evadiu-se pelo Conde
Barão, rua das Gaivotas, rua Fernandes
Thomaz.
O chefe Lourenco da esquadra da
Boa-Yista, passou uma rusga na sua
area, capturando varias mulheres sus-
peitas para averiguações.
Do governo civil sabiu o piquete da
udioiaria composto dos agentes Xavier,
urtinheira e guarda Jeronymo Martins,
que capturaram o assassino n'uma hos-
pedaria da rua da Rosa, e o levaram
para um dos calabouços do governo ci-
vil, d'onde mais tarde sahiu com uma
escolta para o quartel do corpo de ma-;
rinbeiroa, 1
O assassino tem 27 annos e é natural ]
de Albergaria-aVelba. ,
Necrologia
Morreu em Milão o escriptor italiano
Caroiamo Rivetta.
Informações
MINISTÉRIOS
Reino—A folha official publica hoje um
decreto determinando que, dentro d'um
mez, a Camara Municipal de Cabeceira de
Basto, proceda á organisação do processo
para creação da Escola Industrial e Agrí-
cola de Gondarem, em harmonia com as
disposições do legado de r.ntonio Joaquim
Gomes da Cunha, devendo ser ouvidas
íobre o assumpto a estação competente
do ministério das obras publicas.
Aquella camara dará á escola a organi-
sação e pessoal que a torne apta a exer-
cer com seriedade e proveito as funeções
que o testador lhe attribuiu, devendo a mesma escola começar a funccionar no
principio do proximo anno lectivo.
—Foram convidados os indivíduos que
possuem as habilitações indispensáveis á
regência das disciplinas do 2.° grupo dos
lyceus e que queiram prestar se a occu-
par interinamente uma vaga das mesmas
disciplinas no lyceu de Beja a enviarem
os seus requerimentos á direcção geral
de instrucção secundaria no praso de 8
dias, juntando os documentos em que se
prove a competência pedagógica indis-
pensável para aquelle cargo. juMtiça—Despachos — Nomeando Raul
Flávio notário no Louriçal, comarca de
Pombal* José Maria d'Avila, solicitador em
Angra ao Heroísmo; exonerando Manuel
Francisco Charraz, de 1.° substituto do
juiz de paz de Aldeia Nova de S. Bento,
comarca de Serpa.
—Licenças—Francisco Marque?, conser-
vador na Lourinhã, 6j dias,
Fazenda—A commissão delegada dos
funccionarios públicos a quem a Caixa Ge-
ral de Depósitos exige illegalmeute o
juro de móra das prestações dos adeanta-
mentos em divida e que a mesma caixa
não fez em tempo competente, procurou
hontem o sr. ministro da fazenda afim de
lhe pedir que seja ordenado á adminis-
tração d'aquelle estabelecimento que sus-
te aquella deliberação até que as Cama-
ras resolvam este assumpto, a quem es'á
aíTecto.
Parece que esta pretensão vae ser at-
tendida.
—Foi hontam '«speccionada pela respe-
ctiva junta, sendo julgado por incapsz de
todo o serviço, o sr. Conselheiro Cau da
Cos'a, presidente do Supremo Tribunal Administrativo
Pela mesma junta foi também julgado
por incapaz do serviço o sr. José Augusto
Coelho, professor da escola uormal femi-
nina de Lisbòa
—Despachos—Alfredo Xavier -ia Trin- dade, demittido de recebedor do conce-
lho ae Portimão; Ernesto Nunes de Brito,
nomeado proposto de recebedor de Cin-
tra; Frederico Rodrigues d'Oliveira, idem
de Torres Vedras.
obi-n* Publica*-Pela direcção geral de agricultura, foi enviado ao sr. dr. Fer-
reira da Silva, lente da Academia Portuen-
se encarregado de representar o governo
portuguez ua conferencia internacional
que se realisa em 27 de junho proximo
em Paris, para estudar os meios mais prá-
ticos a unificar os methodos de analyse
dos productos alimentares, o programma
contendo os pontos susceptíveis a discu-
tir na mesma conferencia.
—Parece que a direcção /Iscai de ex-
ploração de caminhos de ferro, se oppõe a que sejam providos nos logares de ins-
pectores do trafego duas vagas actualmen-
te existentes, os Tiscaes pnncipaes addi-
dos >o respectivo quadro, facto que está
em contraposição da expressa determina-
ção do trafego da organisação de servi-
ços actualmente em vi&or, e da economia
que representa para o Estado a elimina-
ção do movimento d'aquelles addidos
quando providos definitivamente nos lo-
gares a que teem direito por decreto de
24 de março de 1891.
—Despachos — João de Sousa Menezes e Vasconcellos, agronomo de 3.» classe,
na disponibilidade, passado á actividade
e coliocado no districto de Vizeu.
CHRONICA RELIGIOSA
17 Terç. S. Paschoal Baylão, Francisca-
no. S. Possídonlo, Agostiniano. S. Bruno,
Bispo de Wreburg. S. Restituía, Virgem.
Martyr.
—aé, ás 11, mRaa da reposição do
Lausperenne, por musica; ás 3, véspe-
ras.
—Loreto, ás 11, missa solemne da ex-
Eosiçào do Lausperenne; ás 7, terço de
emditos.
—Novena a Santa Ritta de Cassia em S.
Julião e na Real caneila da Memoria, em
Belem.
~Mei de Maria nas egrejas do costu-
me.
—Messe à 5 h. 1|2. A' 8 h. N. D. du Per-
pétuel Secours; Messe, Comm-Gón., Ind.
plen. Messe à 10 h. Le soir, à 5 b. Ii2,
Saiut de T. S. Sacrement.
Theatres
Ephemerlde*-No dia d'boje:
1798-Morre em Hamburgo, para on-
de emigrara afim d'escapar à Conven-
ção4 o poeta comico Beaumarchais.
1837—Publica se em Lisboa o 1.° nu-
mero do «Entre-acto», jornal de tbea-
tros de gue Almeida Garrett foi funda-
dor e redactor principal.
1846—Iaauguração do Theatro do
Gymnasio.
Companhia da Trindade—
Partiram hontem para o Rio de Janeiro
onde funccionarâ durante cinco mezes
no Recreio Dramático os artistas do
lheatro da Trindade: Tbereza Taveira,
Etelvina Serra, Isabel Fragoso, Medina
de Sousa, Amelia Barros, Maria Santos,
Ermelinda Gosta, Albertina Rodrigues,
Siáel Deslandes, Belmira d'Almeida,
Mauricio Bensaude, Alfonso Taveira,
Correia, Julio Camara, Carlos Leal, An-
tonio Sá, Conde, Leilão, Roldão, Gabriel
Prata, Mathias, Alvaro d'Almeida,
maestro Luiz Filgueiras, Nascimento
Correia, director de scena, 30 coristas
d'ambos os sexos e outros empregados,
ao todo umas 60 figuras.
O scenario, guarda-ronpa e accesso-
ries pesam 40 toneladas.
A despedida da família, amigos e
admiradores foi commovente, e a todos,
e de todo o coração desejamos uma fe-
liz viagem e uma excellente tempora-
da.
Esta será de cinco mezes e a peça
dVstreia provavelmente, o «D. Cesar de
Bazan »
O «Aragon» levantou ferro ás 6 da
tarde.
Alfonso Taveira, Tbereza Taveira,
Medina de Sousa, Isabel Fragoso, e Ma-
thias d'Almeida enviuram-nos as suas
afiectuosas despedidas que muito agra-
decemos.
Gymnanlo—A applaudida come-
dia «Piperlio» tem sido acolhida com
immenão agrado, tal e qual o que suc-
cedeu ha annos quando se representou
na Trindade.
Coliseu do* Recreio*—O no-
tável tenor Famadas, que tão admirado
e apolaudido foi na «Carmen», «Africa-
na» e «Lohengrin», toma boje parte na
«Aida», pela l.a e única vez, desempe-
nhando a parte de «Radamés». A deli-
ciosa opera de Verdi canta-se peia ulti-
ma vez n'esta época.
A concorrência deve ser extraordiná-
ria.
Salão ideal—O programma de
hoje é soberbo.
A com pan til a do «Carlo*
Ailierto»-Um dos mais curiosos
«trues» da revista «A's Armas!», com
que no dia 21 é inaugurada a época de
verão na Trindade, é a charanga de
clarins, pelas coristas, a qual produz o
maior eueito.
A empreza, como o successo d'esse
numero trouxesse discussões, não se
acreditando que os clarins sejam au-
tbenticos, vae expol-os no estabeleci-
mento do fabricante, na r«a do'Carmo.
Aproveitamos o ensejo para agrade-
cer as visitas que nos fizeram a actriz
Delpbina Victor e o actor Alfredo Gui-
marães.
jgjCliantecler Clialel -Eslá sendo
o divertimento favorito dos frequenta-
dores da Feira d'AIcantara.
iiuMic Hall—Amanhã I a repre-
sentação da revista «Ferros Curtos».
Espectáculos
À'S 8 1|2—D. Amelia
Companhia de zarzuela.
Ensenanza libre.
Sangre mora. El método Gorritz.
A'S 8 li2— GymnaMlo
Piperlin. 0 Escalda Favaes.
A's 8 1|2— Príncipe Real
Sol e Sombra.
A*S 8 lj2—Rua do* Conde*
Fado e maxixe.
A'S S lj2 — Collnco do* Recreios
Aida.
Bailados da Opera.
ntnalc-lffali -Das 8 ás 12.
3 operetas em 1 acto.
Variedades.
Feira d'AIcantara:
Theatro Cbalet-8 lj2 e 10 1|2.
A ver navios, revista
cimatecicr-chuict — Sessões animato-
graphicas todas as noites.
Casinos e antmatognpbos: Mntào Avenida, atenidA da Liberdade.
AnÍmato*rapha do Rocio. ArCO do Bail
deira. Chiado-Tcrrnsse, rua Antonio Ma-
na Cardoso. Snlfio B»f»an«n*lleo, rua
do Jardim do Regedor. Grande Maiuo Foz, calçada da Gloria. *niao ideai, rua
do Loreto, 15 e 17. Grande Kal&o do*
Anjo*, travessa 4o Borralho, 4, aos An-
jos.
Tempo
i.isbox: 15 I Temperatui* max.. 15,6 • mm... íi.i
Tempo provável em List oa no dia 17:
Venlo moderado ou fraco de entre SW
e Nw.
Céu nublado.
Câmbios
Londres cheq. 48 1|1G, 47 15i 16; 90d|T., 48 1(2; Paris ch., 592, 595. Italia, 590,
595; Allemanh*, 243, 244; Hol-
laoda, 412, 414, Madrid, 92U, 930; New-
York. 1020, 1030| Cambie Rio sjLondres, 15
15|16; Londres si Portugal, 00 09, 00 00;
Madrid «[Paris, 7; Madrid siLondres.
2704; Paris áiLondres. 2527 li2: Berlim, 2051
Paris SfBerlim 123,21.
Desconto do Banco de Inglaterra, 4
0|0.
Libras, 44970, 51010; Agio do ouro, 10
0(0, 12 0|0.
A zarzueía no D. Amelia
Agradaram por completo as duas zar-
zuelas que hontem se cantaram pela
1a vez n'esta temporada. Na «Revolto-
sa» reappareceu o barytono Hervôs, que
â sua bella voz allia uma boa escola de
cauto. O seu duetto com Pilar Marti foi
merecidamente muito applaudido. O 1°
actor Latorre foi de um comico impa-
gável, fazendo rir o publico, que viu
n'elle um beilo artisla que alegra a pia-
téa. As tiples Zavala e Romero muito
bem, assim como a distiucta caracterís-
tica Dolores Cortês.
O «Pobre Valbuena», uma das zarzus-
las de maior agrado, teve um excellen-
te desempenho As cinco tiples que en-
traram foram muito applaudidas. Emi-
liano Latorre foi um Valbuena muito
notável, agradaudo extraordinariamen-
te. a canção japoneza foi bisada. Com-
pletou o espectáculo a zarzuela de gran-
de. êxito «Las Bribonas», sempre ap-
plaudida.
Hoje cantam-se pela l.a vez, n'esta
temporada, a afamada zarzuela «Ense-
a inza Libre», em que entram todas as
tiples, todos os actores comicos, os Min-
goran8es, a Mariucha e toda a compa-
nhia, e a lindíssima zarzuela «Sangre
Moza», era que entram as tiples Pilar
Marti, Amalia Campos, Marina Navarro
e o barytono Hervás, terminando o es-
pectáculo com a nova e engraçada zar-
zuela «El método Gorritz».
A'manha estreia-se a celebre zarzuela
em 1 acto e 3 quadros «Los horabres
alegres», o grande successo do theatro
Apolo de Madrid, onde tem mais de
300 representações seguida*
El-Rei d'Hespanha
Completa hoje 24 annos, e oito de
reinado, Sua Majestado o Rei de Hespa-
nha Affonso XIII, nascido em Madrid,
e assumindo o governo do Reinado em
17 de maio de 1902.
Soberano d'uma nação irmã e amiga,
Alfonso XIII sempre foi sympathico aos
portuguezes, mas a sua visita a Portugal
em 1904 consideravelmente augmentou
a affejção que lhe consagrava uo povo
portuguez, que Sua Majestade tem sabi-
do singularmente accrescentar, depois
da sua visita.
Intelligente, d'animo cavalheiroso e
leal, em correspondência e identificação
completa corn as tradicções do seu paiz
e com os característicos da sua raça,
popularis8imo em Hespanha, é lambem
extremamente sympathico a todas as
nações.
Particularmente affeiçoado á Família
Real Portugueza, especialmente a Sua
Majestade a Rainha Viuva e a Sua Ma-
jestade El-Rei.
Registando o aoniversario do sympa-
thico Chefe de Estado da nação irmã e
amiga, fazemos votos sinceros pelo en-
grandecimento e pela prosperidade de
Hespanha.
0 Congresso Nacional
Os congressistas visitaram hontem a
Casa Pia. às 10 1|2 da manhã.
Pelas 2 da tarde realisou-se a l.a ses-
são de trabalho, onde se versou o pro-
blema demographico, sob a presidência
do sr. Conselheiro Silva Amado, secre-
tariado pelos srs. Moraes Sarmento e
Fernando Freiria. Assistiram os relato-
res gerae8 do congresso srs. Pereira de
Mattos e dr. Reis Santos.
O primeiro orador a usar da palavra
foi o sr. Conselhiiro Fernando de Sou-
sa, que accescentou algumas considera-
ções á sua these ácerca do problema
demographico.
Falaram a seguir os srs. Pereira de
Mattos, dr. Carneiro de Moura e José
Torres, versando a questão agricola,
sendo de opinião que se definam as
attribuições doz patrões agrícolas; o
sr. Manuel Roldan alinde ás causas
principaes que influem na mortalidade
dascreança9; o sr. dr. AlfredoLuizLopes,
que cita curiosos dados estatísticos, que
mostram como a mortalidade das crean-
ças provém, em grande parte, dos maus
princípios hygienicos seguidos pelas
mães; o sr. Fernando Emygdio da Sil-
va, que relaciona o problema demogra-
phico com o da emigração e lembra
que o Estado deve vigiar attentamente
esse problema e regulal-o, que se deve
olhar para o credito agricola, como ne-
cessidade de !.• ordem no nosso paiz.
Entra a seguir em discussão, usando
da palavra o sr. Pedro Muralha, que
confronta as condições de vida em Por-
tugal e Inglaterra, e os srs. Fernando
de Sousa, Sousa Leal, dr. Reis Santos,
dr. Bernardino Machado e dr* Amaro
Conde.
Foi a seguir encerrada a sessão.
A's 8 1|2 realisou-se a 2a sessão de
trabalhos, versando-se o problema eco-
nómico. O presidente foi o sr. Conse-
lheiro Anselmo de Andrade; vice-presi-
dentes os srs. Conselheiro Oliveira Fei-
jão, dr. Fonseca Araujo, Silva Marinho e
Conselheiro Fernando de Sonsa.
Hoje, os congrespistas visitam o porto
de Lisboa, e nas sessões, ás 12 Ij2 da
tarde e 8 1|2 da noite, tratar-se-ha do
problema econoinico.
Coliseu dos Recreios
aTravtata»» opera em <1 actos
de Verdi
Ha operas que parece terem sido es-
criptas propositadamente para Maria
Galvany, tal o.fogo intenso que ella lhes
communica, a vitalidade que dá ás per-
' sonagens, o tom de correcção com quo
as canta. A «Traviata» ô uma d'ellas. A
celebre diva, que em cada opera que
desempenha tem uma verdadeira crea-
ção, attinge na partitura de Verdi todo
o pathetico artístico que imaginaríamos
na heroina do maestro italiano. E' ella
sempre, com a sua voz divina, a sua voz
celestial, que dos eucanla e nos arreba-
ta, que faz esquecer as misérias e as
amarguras d'esta vida.
Hontem, na «Traviata», Maria Galvany
obteve uma verdadeira apotheose, prin-
cipalmente no 1.® acto, no brinde, uma
cavatiua de difllcilima execução, uo an-
dante e no duo do 2.° acto até á romau-
za, que foram cantados com singularis-
8imo brilha e um relevo que não é pos-
sível exceder-se. Muito correcta e gen-
til a sr.a Heralia Pangusy. O tenor Mul-
legate, que interpretou a sentimenlal
parte de «Alfredo», esteve á altura de
seus créditos de bom artista, sendo mui-
to applaudido no 1.® acto, na scena da
maldição, e uo duetto do 4.° acto. Moli-
na, impeccavel e seguro artista, correc-
ti8âimamente.
Os restantes artistas e côro muito
bem.
♦
♦
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♦
♦
♦
♦
MARIO M LLO
AS PROGRESSÕEo DOL VAES
A ROLETA
Demonslraçõe* Hieorlca* e pratica*
36 unidades de lucro em cada cem bolas jogadas
A' venda na» livraria*
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DESINFECTA A BOCCA
E DEIXA UM AROMA MUITO AGHRDAVEL
Pharmacia Cyrino óa 5i«va wR.Diano NcMcias 115 LiaOod
Aos srs. consumidores
de pão
A Companhia de Panificação Lisbonense, desejan-
do ter conhecimento de qualquer irregularidade que
possa dar-se no fornecimento do pão aos seus esti-
madíssimos consumidores, vem por este meio lem-
brar mais uma vez ao respeitável publico, que pos-
sue na Rua de d. Pedro v» 35 a 57-B, a sua re-
partição,—DELFG4CIA KNPKCIAL, CO UniCO in-
tuito de attenaer e remediar, com a necessária prom-
ptidão, todas as reclamações dos seus ex.mo» fregue-
zes, que exige sejam sempre fornecidos z seu con-
tento e com a precisa solicitude.
N'estes termos, vem rogar a todos os ex.®0» con-
sumidores, que recebem o pão em suas casas, se
dignem participar para a referida pflfgafi.% EgPFCiAL qualquer mudança de domicilio e bem
assim todas as occorrencias sobre que haja a pro-
videnciar, na certeza de que serão attendidas imme-
diatamente.
Essas reclamações, assim como requisições e in-
formes, podem ser feitas por escripto ou verbalmen-
te, ou mesmo por simples communicação telephoni-
ca dirigidas ao chefe da mencionada repartição, nos-
so DELEGAM EgPfSCI.tl*—Telephone n.® «He
—Rua de D. Pedro V, 55.
Instituto Electro-Therapeutico
«6, R. da Emenda, 1.°— Lisboa
Os preparados para aformosear e conservar o cabeilo
e a pelle, compostos de substancias exclusivamente vege-
taes, são receitas de uma suramidade medica londrina e
cuiaad08amente manipulados por madame Selda Potocka.
Em yirtude das suas propriedades antisepticas, des-
troem o germen causador da aoenç \ restaurando depois
os tecidos destruídos.
SHAMPOO POWDER—Preparado bygienico sem rival
para lava* o cabeilo, tornanao-o sedoso. Cada caixa 250
réis.
SLICZENE WLOSY—Tonico adstringente para o Ca-
bello, que estimula, evitando a queda. Cura a caspa e torna
o cabeilo brilhante, fazendo-o crescer. Cada frasco U500
réis. ' '
CUDOWNE WLOSY—Preparado valioso para o cabei-
lo secco, fazendo-o crescer e dando-lhe brilho. Cada frasco
1*500 réis.
MASSAGE CREAM—Preparado nutritivo da pelle, de-
licadamente perfumado. Limpa a cutis, toruando-a transpa-
rente e t íastíca. Cada caixa 800 réis.
PO' DE MASSAGEM—Limpa, conserva e aformoseia a
pelle. Cada caixa 500 réis.
SABOMETE SYLKALE—Muito util para combater es
eUeitos das aguas excessivamente mineraJisadãs- Pela sua
acção tónica conserva a pelle branca e macia, imprimiodo-
Ibe um tom saudável. Preço 800 réis.
CUDO WNA PESSIE—Este preparado é facilmente ab-
sorvido pela pelle, limpando-lhe os póros. As suas proprie-
dades curativas actuam immediatamente, dando-lhe trans-
parência e uma côr rosada Preço 1*500 réis.
SLODKA NECHE—Valioso preparado para a pelle sec-
ca, evitando as rugas. Cada frasco 1*500 réis.
POZIOMKA- Inoffensivo substituto da côr natural da
pelle. Cada frasco 500 réis.
PO' HYGIENICO PARA O ROSTO—Preserva a formo-
sura contra os effeitos climatéricos. Cada caixa 800 réis.
PO' MEDICINAL—Composto exclusivamente de subs-
tancias vegetaes. Uma colher d'este pó, no banho diário,
estimula a 'pelle e evita a flacidez dos tecidos. Preço 600
réi
CURA DAS YARIZES
As Meia* virgen*, as melhores meias elastica.s. curam
as varizes recentes e favorecem com incrível facilidade e
commodidade a reaucção até ao minimo das vart*e* chro- nica* ou meias antigas com resultados optimos. As pessoas
varizadas não devem usar as mela* ela*tlca* de *eda ou
linho por serem perigosas para o tratamento das variai,
como se prova pelo impre**o que remettemos pelo OcmtQ
a quem remetter 110 réis, e que explica o valor medicinal das Meia* virgen*; a? quaes só se mostram com restrictas con-
dições a quem prove querer oompral-as mediante a medida.
Deposito a^s Meta# wirgcn*—pharmacia Almeida, rua da
Magdalenã» 134—Lisboa. Ha Mela* wirgen* com pé, sem pé,
com joelho, meias para toda a perna e para todos os núme-
ros. Tamhem ha meias de seda para quem quiíer continuar a
nul-a®.
â mais completa col-
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'oaé, director da clinica c*
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Oonsoitas das I e meia &i neia da tarde.
BBMft IfCBB. &t. Z.*
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Suas noticias que agradeço
tranquillisaram-me um pouco.
Espero-as melhores. Li os li-
vros e tinha urgência de man-
dar os da M. lmmensas sauda-
des da sua C. A.
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oconsumo de uma família de 4 passoas
durante o período de seis dias.
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Todo* podem fabric!
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Fm Pào Nom Fermento
Fui Pào Nutritivo
Fm Pào llyglenlço
Um Pào Kcononilco
com a celebre formula dc me-
dico Inglez dr. Griffith*.
0 pão de Griffiths é simultanea-
mente o pão da saúde e o pão da
doença,—um alimento e um me-
dicamento. Porque realisa aquillo
a que poderíamos chamar uma for-
mula de condensação alimentar, o
pão do grande medico inglez é o
'ão que convém a todos os debi-
itados, a todos os convalescentes,
a todos os super-alimentados. Por-
que é um alimento de toxicidade
minima, é aquelle que deve pres-
crever-se a todos os intoxicados.
Porque é um pão sem resíduos
ácidos, constifue o grande alimen-
to dos artbriticos e de todos os
dyspepticos j)or hyper-acidez ou
hyper-secreçao. Porque é, final-
mente, um pão que produz o mi-
nimo de detrictos e o mínimo de
F,
fadiga digestiva, o seu uso impõe-
se na substituição integral, para
todos os regimens, do nao vulgar,
condemn&do pela dietética.
venda na* principaes mercearia*
Os pedidos para a província devem ser acompanhados da sua importân-
cia em vale ao correio, accrescida do porte de encommenda postal, a sa-
ber: 200 réis por 2 pacotes; 250 réis por 3 pacotes; 300 réis por 4 pacotes.
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de fabricação estranjeira
A administração manda annunciar que, até ás 2 horas da
tarde de 31 do corrente mez, se recebem propostas em carta
fechada e lacrada para o fornecimento dos seguintes artigos:
algodão hydrophilo. cautchouc laminado, celluse, crina de
Flore, ça, dedeiras de cautchouc. fiò de seda phenicado, fundas
simples, ligaduras de cambraia ligaduras de cautchouc, liga-
duras de gase estreitas, ligaduras de gase largas, ligaduras
gessadas, gase em peças linha arfimal. pipos de osso, alfine-
tes de ama. gase iodoformado, oleado para camas, pós in-
secticidas, sabão maoarto. massa para limpar metaes e bolsas
de cautchouc para gelo A relaçao das quantidades, os typos
dos artigos e as condições da ajudicação estão patentes n esta
secretaria em todos os dias úteis das 11 horas da manhã ás 4 da tarde.
Secretaria da administração do Hospita Real de S. José,
11 de maio de 1910.—O chefe da 2.® repartição, Pedro Baptista
Ribeiro.
The Anglo-Portngnese Telephone
Company Limited
(COMCEHMONABIA DO iiOVEBKO)
Rua da Conceição, 253, I.'
A Companhia faz sciente ao publico que está prompta a
estabelecer commiinicações telephonicas da Rede Publica em
oualquer ponto fóra danovacircumvallação (comprehendendo
Caxias, Paço d'Arcos, Oeiras, Parede, Estoril, Cascaes, etc.) aos preços da tabella muito reduzidos que ultimamente foi
approvada pelo governo, e que são:
Até á distancia de um kilometro, 20*000 réis, accrescen-
tando-se por cada kilometro a mais a quantia de 5*000 réis.
Além d'este preço de annuidade ha o pagamento de 100
té ipor cada conversação de 5 minutos.
A distancia é contada entre a Estação mais próxima e a
residência do subscriptor. A subscripcào é annual. Accres-
centa-se a taxa de instai lação de 15*000 réis, que é paga por
uma só vez.
Estações de chamadas
Para o serviço entre urbano a taxa será:
Por cada cinco (5) minutos. 200 réis.
ÀCompanbia está prompta a estabelecer estações centraes
em qualquer localidade, desde que hãjam subscriptores suf-
ficientfea
As tarifas para residências particulares acham-se reduzi-
das. para toda a area den iro da neva circum vai lação a réis
33*750 até 1:500 metros, contados da estação central mais pró-
xima, com um peoueno augmento Dor cada 500 metros addi- cionaes
Companhia Real dos Caminhos de Ferro
Portuguezes
Aviso ao publico—Despacho
central de Barco d'Avila
Segundo participação da CompaDbia dos Caminhos de Fer-
ro de Madrid a Caceres e a Portugal e do Oeste de Hespanba
é supprimido, a partir de 1 de maio de 1910, o despacho cen-
tral de Barco d'Avila èm corresuonuencia com a estação de
Bejar na linha de Oeste de Hespanba. a que se refere o aviso
ao publico B. n.® 1689 de 29 de outuDro de 1908.
Lisboa, 28 de março de 1910.
0 director geral da Companhia
L. Forquenot
— —
9—Julgava-me victima d'um
sonho mau. tal era o soffri-
mento por que estava passan-
do. Creia que, antes de receber a sua carta, cu passei um dos
peores momentos da minha
vida: nonca saberei dizer-lh'o
e muito menos descrever-lb'o.
—Sim farei tudo. tudo para
lhe mostrar a minLa sinceri-
dade e a minha devoção.
Mas é absolutamente necos
sario que lhe fale: compre-
heude decerto bem que não é
por esta fórms que eu posso
dizer lhe o que sinto, como
lhe quero, como a amo. ..
Pars Gibraltar
O vapor
LUZTTÁNIA
Espera-se de 18 19 do cor-
rente. Para carga e passagens tra-
ta-se no Caes do Sodré, 64. 1 •
Os agentes
B Pinto Basto th C
Tenerife
e Las Palmas
0 vapor AYETOROé espera-
do a 19 de maio.
Para c&rga, passageiros e
mais informações, com os
agentes
Garland Laidley & C.■
Travessa do Corpo Santo, 10
2.®
Ball's Line « tf » f ». , Ç ílff I
Para Londres
(Via Havre)
o vapor
PENINSULA
Chegou e sahe quinta-feira
19 do corrente.
1/ classe Dara Londres
Ib 4.40
Recebendo ctrgi t ír*t*
directo pan Ánvers, Boston,
Birmingham, Constantinopla
Chicago. Dnnqnerke, Haia.
Montréal, Manchester.
York, Ontario, Philadelphia
Rotterdam • lorontc.
■- Pan carga $ passagens
lnta-se no Cats do Sodré
C4 !•
Os Rentes
C Wat» B» C.1
21
Recebi. Farei o que disse na ultima carta. Escrevo indi-
cando a nova direcção. Veja
se manda buscar. Até receber
escreva como até aqui. Rece-
berei embora atrazadas noti-
cias suas. Muitas saudades.
Pelo juízo de direi o da 2 *
vara eivei da comarca de
Lisboa e cartorio do esenvão
Almeida Fernandes, se proces-
sam uns autos eiveis de jus-
tificação para habilitação de
herdeira em que D. Maria Rita
Mídosi Mataran, solteira, maior
proprietária, moradora na rua
Ferreira Borges, n.° 115, 2.® andar, d'esta cidade, pretende
ser julgada habilitada única
e universal herdeira de iodos
os bens, direitos e acções
deixados por D Marianna de
Mazarin de Castilho, que tam-
bém usava o nome de Marian- na Carlota Mazarin d* Casti-
lho, natural da freeuezia de
Santa Isabel d'esta cidade,
íallecida em 10 de fevereiro
ultimo no hospital do Conde
de Ferreira, no Peto, mas
cujo ultimo domicilio foi na
reterida rua Ferreira Borges
n.° 115, 20 andar, sem testa-
mento. no estado de viuva de
Manuel Vidal de Castilho que
também assignava sómente
fcanuel de Castilho, não dei-
xando ascendentes nem des-
c»ndtntes, isto para todos os
cffeitos legaes e designada-
mente para todos os eíTeitos
legaes. dtgo e designadamen-
te para a justificante fazer
averbar em seu nome os pa-
peis de credito que, em usu-
íructo, fazem pai te da heran-
ça deixada peia mesma falle-
cida.
Correm pôr isso éditos de
30 dias que começam a cou-
tar-se na publicação do ulti-
mo annuncio citando quaes-
quer pessoas iucertas que se
julguem com direito a oppor-
se á referida habilitação para
verem accusar as suas cita-
ções, na segunda audiência
posterior ao referido praso, e
na 3.® seguinte} deduzirem a
impugnação que tiverem sob
pena de revelia.
As audiências na comarca
de Lisboa fazem-se em todas
as 3.®» e 6 •• feiras de cada
semana não sendo estes dias
feriados ou santificados, por-
que sendo-o passam aos im-
mediatos se o não forem tam-
bém. sempre por 10 horas da
manhã no Tribunal Judicial
da comarca, edifício da Boa-
Hora, na rua Nova do Alma-
da.
Verifiquei a exactidão.
Lisboa, lo de maio de 1910.
0 juiz de direitu da 2.® Yara
Cível
Oliveira Guimarães
Para LIVERPOOL
0 vapor ALGEBIAR espera-se a 18 do corrente.
Para carga e passageiros trata-se com
Mascarenhas & C.*
T. do Corpo Santo, 10, 1.»
Vende-se em todas as pliarinacla» e drogaria*. Representantes gerae» em Portu-
gal! em Lisboa, C. MAHONY A AUAE1AL, LIMITADA* Bua d'EI-Rel* 93. 2.°-No Porto:
ANTONIO CEIMIEE1BA DA MOTTA A C.\ Bua de Mousinho «la Silveira. 113.
PO DE ARROZ GLYCERINA
Importante invenção
1 DE
Fraticlaco Manuel Pereira de Almeida
Onico approvado e recommendado peias notabilidades
medicas para a toilette das damas.
Esta importante invenção, pela sua pureza e perfeita com-
binação é apreciada na alta sociedade.
. As propriedades do «Pó de arroz Glycerina» para a pelle sae muito apreciáveis; suavisa-a, amacia-a, refresca-a, pre-
servando-a de quaesquer affecções provenientes da atmos-
phera.
PO DE ARROZ GLICERINA MORANGO
Este pó finíssimo, além de possuir as mesmas proprieda-
des, dá á pelle a côr de rosa natural. Estes preparados nada
teem de commum com os pós d'arroz e veloutine que im-
Eortamos de França, em cuja composição a analyse medica
;m encontrado matérias calcareas, oxydo de zinco, carbona-
to de magnesia e outros compostos nocivos á conservação da
pelle.
Preços pelo correio
Branco, caixa grande.... 5501 Morango, caixa gTande.. 650
9 pequena.. 300 pequena. 400
CREME DE ARROZ GLYCERINA
Única invenção e preparação
DE FRANCISCO KAVIÍKL REI RA
0 creme de arroz glycerina protege a epid«
va-a das alterações perniciosas aa atmosphera
F. ALMEIDA
epiderme e preser-
■P |P , hera e serve nara consiervar e dar ao rosto a frescura, êlegancia e mocidade.
E' hoje o único approvado e recommendado para o uso
diário das damas. Os seus effeitos são tão effleazes, tão rápi-
dos e tão benéficos que basta somente usal-o uma vez para
se reconhecer logo os seus preciosos resultados contra as
affecções occasionadas na pelle
Creme de arroz Glycerina Morango Possuindo as mesmas propriedades e dando á pelle côr
de rosa natural.
Preços pelo correio Branco, frasco grande.. 850 j Morango, frasco grande. 1*500
» » pequeno. 650 | » » pequeno 750
Pedidos á «Pharmacia Almeida». 134, rua da Magdalcna.
361—Lisboa. Também se vendem estes artigos no Porto, pbar- macia do dl Moreno em Coimbra, drogaria Villaça.
Alfaiate de senhoras
Tailleur pour les dames
Vestidos e confecções* ro-
bes e manteaux. preços re-
sumidos. o proprietário par-
ticipa as Ei.™" freguesas* e a
todas as senbora» que quei-
ram lionral-o com as suas
encommendas* que acaba de
receber as mais bonita» no-
vidades de Paris e Londres
para a presente estação. Ves-
t dos de lã e liuhos por me-
dida. elegautenpeute corta-
dos* e esmeradamente feitos
desde 1$£000 rõi*. Calçada
do Sacramento* 9* »|l. ao
Chiado. Telephone n.° 2:8CO.
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e a rua da Victoria
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sendo o juro máximo de um por cento ao mez, e o
mínimo de 6 0j0 ao anno.
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mínimo de 15 dias.
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de 1'Ouest
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e Marselha
O vapor Saint Mare. esperado em 17 do corrente.
Para carga trata-se,com os agentes
Henry Burnay & C."
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(Mala Rea! Hollandeza)
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Para o Rio de janeiro, Santos, Montevideo
e Buenos Ayrea
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classe para todos os portos.
Para carga e passagens trata-se com
Os agentes
Grey, Antnnes *
Praça do Duque da Terceira, a* B.°. LISBOA
Telephone 415.,
Companhia Trasallantica
Serviço dos paquetes hespanhoes de Lisboa para os por-
tos do Mediterrâneo, Egypto, Extremo
Oriente.
Para Port-Said, Colombo (Ceylão), Sin-
gapura, llo-Ilo e Manilla.
Recebôndo passageiros para os pontos
indicados, Bombaim (India), Hong Kong (Macau), Sbaugài e
mais portos da Chin* e Japão:
Paquete ALICANTE, sahirá em 18 dc maio, via Cadiz, Bar-
celona e Génova.
Paquete ISLA DE PANAY, sahirá em 15 de junho, via Cadiz,
Barcelona e Génova.
Paquete ISLA DE LUZON, sahirá em 12 de julho, via Cadiz,
Barcelona e Génova.
Paquete C. LOPEZ Y LOPEZ, sahirá . em 9 de agosto, via
Cadiz, Barcelona e Génova.
Para carga e passageiros trata-se com
Os agentes
Henry Burnay & C.â
Rua da Princeza, 10,1.'—Lisboa.
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Caes do Sodré 64, 1.®
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Bari, Ancona, Ye-
0 vapor BOSNIAN espera-se a 18 do corrente.
Para carga trata-se com
Os agentes,
Mascarenhas A C.à
T. do Corpo Santo, 10, 1.
Bahia, Rio de Ja-
neiro e Santos
Mala Real Meza
0 paquete íngiez SUSQUE-
HANNA,esperado eml8 de maio.
Recebe carga.
da agentes
Garland Laidley f 6.•
Travessa do Corpo Santo, 10 2 •
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DE NAVEGAÇÃO
O paquete
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Sahe no
dia 20 de
maio
ás 42 horas
da manhã,
ara a Madeira, Santa Maria,
Miguel, Terceira. Graciosa
(Praia) S. Jorge (Vellas), Caes
do Pico e Fayal
Trata-se com os agente»,'
Caes do Sodré, 84, 2.* andar-1 Cerruau* Kerri* ArnauiS- I
i
I
Em 30 de maio
0 paquete ARAGUAYA, para a Madeira. S. Vicente. Pernam-
buco, Bahia, Rio de Janeiro. Santos, Montevideu e Buenos-Ay-
res.
Preço das passagens de 3.® classe para os portos do Bra-
sil 49*500 e Rio da Prata 50*500.
Para Vigo. Cherbourg* Paris Southamp-
ton e Londres
0 paquete AMAZON, é esperado em 18 de maio.
Reducção no preço das passagens em 1." classe
Para Cherburg, Paris, ou Southampton
ida l tí—ida e volta l 10
A passagem até Paris inclue 1.® classe em caminho de erro
Sa vapores teem magnificas accoramodaçóes para pasta
geiros. Ros preços das passagens mclne-se vinho de pasto, conn
áa á portuguesa, cima, roupa, propinas a creaaos e outrav
despesas. ,i »
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carga e oassigens trau-ee na rua dfEl-Rei, 31, l
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0 vapor ALMAGRO chegou e sae terça-feira, 17 do cor-
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0 vapor GOYA chega torça-feira e sae depois da indispen-
sável demora.
Para carga trata-se com
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Rio Negro, em 4 de junho.
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Itliaka. em 28 de maio.
Havre e Hamburgo
Riiaetia. em 17 de maio.
Ountliei* em 22 de maio.
Bio Grande* em 4 de junho.
Paranaguá, S. Francisco, Rio Grande do Sui,
Pelotas e Porto-Alegre
tfiegmund* em 26 de maio.
Preços dc passagens de Lisboa
E
Ida • volts
Lb. 35-0—0
Lb. 42-0-0
I
S.® GLASSI '
Ida
8*000
desde 34*500
desde 40*500
Lb. 3-0—0
1.® CLASS
Ida , Madqira Lb. 4-0-0
Pará .desde Lb. 20—0—0
Manaus desde Lb. 24—0—0
Havrej Lb. 5—0—0 |
Paris Lb. 6—0—0 | Lb. 10—0—0
Hamburgo... M. 160 | M. 280
Todos os paquetes são iliuminados a u'z eléctrica, teem
medicos, creada, creados e cozinheiro portuguez, casas de
banho, enfermarias, «rmisment» inciai «u
vlshs • tsds» b> p«frlçtcí, Para carga © passage! n» trata-»© «e»
| M. 75
irnixy C.*
PACIFIC LINE
rara «. Vicente, Per nam-
baeo, Bahia, Rio de Ja-
neiro, Aantos, Montevideu
Baenioa-Ayres, Talparalae
e mais portos do Paelfleo.
Sahw&o os paquetes
Oronsa, 23 de maio | Oriana. 22 de junho.
• Orcoma, 8 de junho | . Onssa. 6 de julho.
Gs paquetes Orcoma t Orissa tío directamente ao Rtf. i.
Janeiro, na S. Vicente.
Preço de de l.« classe de Lisboa para os porwt
do Brasil, uss»# réis.
Para íouteriaeu e Buenos-Ayres, « ■*:,oo réis.
Faa-se abatimente A famílias çoe Tiajem cm li* e I «clss
»e para os portos do Brasil e Bio da Prata.
Nas passaçotis de l.«, I.« e J.« classe por estes msCTiilcoi
vapore; mti.incluído vmko lhora da comida, cama, roupa, cts
» bordo (ia creados, cozinheiros portutçnoie» e medico v« Ptffuewa Oronsa e Oriana tocam em Santo.
3, d asse Wpa" ÍWlà Rffr Sàú:
Para Vigo, La Pollleo,
Paris, Livorpooi e Lonâres
O paqnete
3spera-5e t 25 do corrente.
Redncção de preços de passagem de l.s classe
Para Liverpool* ida L Bi Ida e volta* li 10
ParaEondres* ida L tí.lo.Oi Ida e volla* li 11
•Para Paris* ida L 61 ida e volta* li 10
Inclue I." classe em canafnbo de ferro.
paouetes da <de Lisboa de
Pkjjrêfea tiimbem recebem passageiros dê D claw par* NEW-YORK psrt seguirem nos magiii/tos
linha Guaíra sendo os preços da a passagem desoc
libras 22.10.0 a 30, segundo o pa«fuete e camarote.!
V&naSera rec*b© c»n«vfi.g©tr©a p©rs NBW-VSBK tIi t.«T©rpo»l ©• i ,eih ©. pmmmmmnirnt
©ra pelo C Coaard.
havera comboio especial quando fór necessário de La Pai
'ice para Paris.
^ WíRtO I USSOk tttdsH f Bsstn 4 V.' K. Flnto íMVO & r.
73 ^ Kr*» a I >\
BOOTH LINE
I
\
m * JL
Paquetes correios para a
iadeira, Pará e Manaus
HILARY, chega a 17 e sae a 19 de maio.
ANSELM, chega a 27 e sae a 29 de maio.
SrlííS (via Pará e Manaus)
ATAHUALPA, chega a 16 e sae a 17 de junho.
Leixões, Vigo, Liverpool
Com bilhetes directos para
Paris, Londres, Nova Vork.
Boston, etc.
N}âN,C- Cher burgo e Fishguard) sae a 18 de maio JEROME (via Cherhurgo) sae a 29 de maio.
Maranhão, Parnahyba
e Ceará
GREGORY, chega a 14 e sae a 15 de lunho.
T0S°S paquetes para MAr^0S acceitam passageiros para rQUi-
A carga deve ir para bordo no dia da chegada
Os vapores atracam á muralha no CAKS DE ALCANTARA no
os srs. passageiros vindos do BRAZIL e embarcam de tarde oa
que se destinam ao NORTE DA EUROPA. DESDE LISBOA A NOVA-YORK EM 10 DIAS nos maiores rapo-
res do mundo pelo serviço combinado BOOTH CUNAhD
sendo as despezas de hospedagem nos portos intermediá-
rios, dos passageiros de 3.® classe, pagas pela companhia
Os paquetes d'esta companhia trazem medico e enfermeiro
a bordo e sao a ultima palavra em luxo e commodos para
passageiros de 1.® e 3.® classes.
Para carga e passageiros com os Agentes
10, Travesssa ao Corpo Santo, 2.®
Garland Laidley A CY
Tel n.° 23 (seccão de carga).
Tel. n.° 2848 (Secção de passagens).