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Imaculada Conceição da Virgem Maria
O vocábulo “conceição” é sinônimo de “concepção”. O dogma, proclamado por Pio IX no fim do século XIX, afirma que a mãe de Jesus, Maria, foi concebida sem a mancha do pecado
original, isto é, de forma imaculada (pura). Todo ser humano nasce com o pecado original, mas Maria gozou do privilégio da concepção pura, porque ela estava predestinada a ser a mãe de
Deus, isto é, a mãe de Jesus.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé
que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca.
A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula "Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à
Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.
É bom que se esclareça que os dogmas não significam a criação de uma nova doutrina. Eles estão sempre fundamentados na bíblia sagrada e na tradição sagrada, direta ou
indiretamente. Por este motivo, o católico deve aceitar os dogmas como aceita qualquer verdade de fé revelada na bíblia e na tradição.
Maria de Nazaré desempenha um papel importantíssimo na vida do cristão. Ela não pode nos dar as graças, mas pode pedi-las ao seu filho, Jesus. Foi assim, historicamente, nas bodas de
Caná, uma festa para a qual Jesus foi convidado e, a pedido de sua amantíssima mãe, transformou água em vinho. Jesus não costuma negar um pedido de sua mãe.
No céu continua a mesma dinâmica: suplicamos a Maria e ela roga por nós a Jesus.Em virtude da concepção pura de Maria, os católicos lhe tributam um culto especial,
denominado “hiperdulia”. Aos outros santos, cultuamos com a “dulia” e a Deus, com a “latria”.O papa Francisco é muito devoto de Maria e reza o terço diariamente.
A festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns
Scoto, que morreu em 1308.
Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade. Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo incluída
no calendário romano em 1476.
Em 1570, foi confirmada e formalizada pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade. Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa
verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição".
Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a
obra veio da gratuidade de Deus misericordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação
divina, permanecesse incontaminada.
Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus,
por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos.
Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos
os santos, a Mãe de Deus.
Texto – Internet – Música Ve Maria Fafá de Belém – Imagens – Google
Formatação – Altair Castro08/12/2014