Upload
trinhbao
View
227
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
IMPERIALISMO DO SÉCULO XIX
Colonialismo na
América.
Se no século XVI
objetivo de
encontrar metais
preciosos, mercados
fornecedores de
produtos tropicais e
mercados
consumidores de
manufaturas
européias.
A expansão imperialista do século
XIX foi um novo passo no processo de
mundialização da ordem capitalista,
depois das cruzadas, da expansão
ultramarina, da colonização.
As populações africanas e asiáticas
foram tragadas e incorporadas a uma
ordem essencialmente européia.
Como foram vistas e tratadas pelos
europeus essas “novas” populações da
Ásia e da África?
Como o Ocidente absorveu o “outro”?
Como os conquistados foram
encarados pela Europa, eixo do
desenvolvimento capitalista e suposto
palco do desenvolvimento dos direitos
humanos?
VEREMOS A SITUAÇÃO DOS PAÍSES
EUROPEUS.
•Oficina do mundo.
•De 1760 a 1830, a
Revolução Industrial
ficou limitada à
Inglaterra.
INGLATERRA
Proibido exportar maquinário e tecnologia.
Produção de equipamento superou o
mercado consumidor interno.
Avanço da Tecnologia – mecanização –
energia a vapor – energia hidrelétrica,
energia nuclear.
Crescimento da população.
Com a centralização e concentração de
capital em1873 – 1898 – tem início a
–Grande depressão –
Revolução industrial inglesa atingiu todas
as partes do mundo.
*Primeiro da Europa a industrializa-se no século
XIX.
*Existência de carvão e ferro.
*Investimento e capital inglês.
*Proximidade do mercado europeu.
BÉLGICA
Unificação em 1870.
Crescimento demográfico.
Casamento entre a indústria e bancos.
Produção de carvão.
Avanço da siderurgia.
Desenvolvimento ferroviário.
Indústria têxtil com as fibras sintéticas e novos corantes.
Indústria química, ligada a pesquisa científica.
Energia elétrica.
Revolução
francesa retardou
o desenvolvimento
econômico do
país.
A partir de 1848 com o impedimento da
importação de produtos industrializados e o
estímulo a exportação, tem início a
industrialização francesa.
A estrutura agrária de pequenas
propriedades.
Falta de carvão.
Tradição na produção de artigos de
luxo dificulta a grande concentração
industrial.
Autofinanciamento das empresas
mantendo o caráter familiar
limitado.
A Unificação
política
1880-1890.
Produção de
ferro e aço
reservada
para a
indústria
nacional.
Indústria mecânica.Construção naval e
ferroviária.Máquinas têxteis.
Eletrificação –motores e turbinas.
A partir de 1905 indústria automobilística.
NA AMÉRICA NASCE UMA POTÊNCIA.
ESTADOS UNIDOS
Primeiro país a se industrializar fora da
Europa a partir de 1843.
Guerra de Secessão entre 1860 e 1865, o
Norte Capitalista financiou o governo,
fornecendo provisões aos exércitos e
desenvolvendo a indústria bélica.
Abolição da escravatura destruía a
economia sulista (agrária e escravista).
O Protecionismo alfandegário.
A construção de estradas de ferro.
A Legislação trabalhista garantiam a
supremacia do norte industrial.
A descoberta de ouro na Califórnia
acelerou ainda mais a economia.
O beneficiamento de produtos agrícolas
foi a primeira grande indústria.
“SALVADORES DA AMÉRICA”
A Doutrina Monroe – “A América para os americanos”
Teoria do Destino Manifesto.
Política do Big Stick(“Devemos falar macio, mas carregar um
grande porrete”).
Intervenção em Cuba, em 1901 a Emenda Platt concede uma área de 117km, hoje uma base militar em
território cubano.
Intervenção na
Colômbia e
Panamá o
movimento
separatista dos
panamenhos em
relação a Colômbia
foi estimulado
pelos Estados
Unidos , em 1903,
recebeu o direito de
construir o Canal
de Panamá.
Situação na Ásia
Revolução Meiji em
1868 (Luzes) o
imperador passou a
incorporar a tecnologia
ocidental para
modernizar o Japão.
Aboliu o feudalismo,
criou um exército de
trabalhadores o que
permitia uma política de
preços baixos favorável
á competição no
mercado externo.
O Estado permitiu o acúmulo de
capitais, concedeu patentes e
exclusividades e integrou os
investimentos.
Depois de desenvolvidas as
indústrias, o Estado as transferia a
particulares em condições de
vantajosas de pagamento.
శ Permitindo a grandes concentrações industriais nas áreas de :
శ Indústria têxtil.
శ Indústria militar.
శ Indústria de papel.
శ Indústria Naval controlas por quatro famílias: Sumitomo, Mitsubishi, Yasuda
e Mitsui.
శ O Estado, assentado na burguesia mercantil e na classe dos proprietários,
tinha apoio dos militares, que pretendiam construir um grande Japão.
MUDANÇAS NA ESTRUTURA
INDUSTRIAL.
A partir de 1870 uma Segunda
Revolução Industrial
NOVAS FORMAS DE ENERGIA.
Eletricidade.
Petróleo.
Grandes inventos:
Motor a explosão.
Telégrafo.
Corantes sintéticos.
A produção de aço estimulou a
corrida armamentista, aumentando
a tensão militar e política.
Setor de transporte elegeu as
ferrovias como maior investimentos.
As ligações transoceânicas
ganharam impulso em 1838 com a
invenção da hélice.
Forte concentração dos capitais, criando monopólios.
Fusão do capital bancário com o capital industrial.
Exportação de capitais, que supera a exportação de mercadorias.
Surgimento de monopólios internacionais que partilham o
mundo entre si.
Intensa concentração industrial.
A Grande Depressão – 1873 a 1896.
CAUSAS
Organização dos trabalhadores (sindicatos), resultou em aumento real
de salários.
Empresários investem em tecnologia, para aumentar a produção com menos
trabalhadores.
Fases da crise.
Expansão – aumenta a produção,
diminui o emprego, crescem salários e
lucros, ampliam-se as instalações e os
empresários têm atitudes otimistas.
Recessão – a empresa não usa sua
capacidade produtiva, aumenta custos,
provoca alta da taxa de juros, os
empresários temem investir em excesso.
Contração – (Redução do nível de atividade econômica de um país)
caem os investimentos, os empregados da
indústria são demitidos, diminui o poder
aquisitivo da população, os bancos reduzem os
empréstimos, os empresários tomam cuidado
com o custo da produção , têm postura
pessimista.
Revitalização – os preços baixam demais, os
estoques esgotam, os preços tendem a subir,
os industriais recuperam a confiança e
retomam o investimento em instalações.
As empresas se aglutinam:
Holding – Uma empresa central, detém o controle das ações de várias outras
empresas.
Truste – é a expressão utilizada para designar as empresas ou grupos que, sob
uma mesma orientação, mas sem perder a autonomia, se reúnem com o objetivo de
dominar o mercado e suprimir a livre concorrência.
Cartel – Empresas poderosas, combinam repartir o mercado e ditam os preços dos
produtos que fabricam.
Qual a situação do continente europeu?
De um lado, produção e lucros em alta, do outro, declinou a massa global de salários
pagos, determinando a recessão do mercado consumidor.
Os capitais disponíveis não poderiam ser investidos na Europa, pois a produção
aumentaria e os preços cairiam.
(Lei da oferta e da procura)
Século XIX – países europeus
industrializados necessitavam de
matéria-prima ( carvão, ferro, petróleo).
Mercado consumidores para os excedente
industriais.
Novas regiões para investir os capitais
disponíveis.
Produtos alimentícios que faltavam em
suas terras.
Some-se a tudo isso o crescimento
populacional e a necessidade de terras
para estabelecer-se.
No plano político – cada Estado europeu
preocupado em aumentar seu
contingente militar para fortalecer sua
posição entre as demais potencias.
Possuindo mais colônias disporiam de
mais recursos, mais homens para seus
exércitos, portos de escala e
abastecimento de carvão para os navios
mercantes e militares distribuídos pelo
planeta.
No plano intelectual – os missionários
desejavam converter africanos e
asiáticos.
Difundir a civilização europeia entre
os povos primitivos e atrasado.
As ideologias racistas que, afirmavam
a superioridade da raça branca.
Em 1885
Conferência
Internacional
de Berlim
estabeleceu
a partilha da
África para
que não
houvesse
conflitos.
E a África
ficou assim
dividida.
RESISTÊNCIA
A guerra dos Bôeres – confrontos
armados na África do Sul que opuseram os
colonos de origem holandesas e francesa ao
exército britânico que pretendia apoderar-
se das minas de diamantes recentemente
encontradas naquele território.
As tropas inglesas devastam e queimam
propriedades durante a guerra.
Os bôeres capturados são colocados em
campos de confinamento, onde morrem
cerca de 20 mil pessoas.
As notícias sobre o tratamento desumano dado pelos ingleses aos prisioneiros
intensificam a imagem negativa do Reino Unido perante a opinião internacional.
Com a Paz de Vereeniging (1902), as repúblicas são incorporadas ao Reino
Unido e, em 1910, juntam-se às colônias do Cabo e de Natal para constituir a União
Sul-Africana.
Além da destruição dos povos e suas culturas, houve na África do sul a
implementação do racismo, e a política de segregação racial, o apartheid.
O APARTHEID Isso ocorreu a partir de 1911, onde ingleses e as
populações brancas nascidas na África (os africâners) queriam o domínio sobre a população
negra.
Em 1948 teve início o regime de segregação racial, o apartheid, com a chegada ao poder do
Partido Nacional.
As leis impostas aos negros foram:Não tinham participação política.
Não podiam ter os empregos com melhor remuneração.
Tinham que viver em áreas longe das residências dos brancos.
Não tinham acesso à propriedade de terra
Resistência:
Nelson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano (CNA), organiza
oposições ao governo. Muitos negros foram mortos quando faziam
manifestações. Nelson Mandela acabou preso em 1962.
Depois de disputas pelo fim do regime, este começou a se enfraquecer.
Outras nações fizeram pressão para o fim do apartheid, o que fez por desestabilizar a
economia africana.
O governo necessitava de mudanças, e em 1987 o Partido Nacional não consegue votos suficientes para
continuar no poder.
O novo presidente Frederik de Klerk revoga as leis do apartheid.
Nelson Mandela foi solto em 1990 e voltou a dirigir a CNA. Ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993 junto com Frederik Klerk, e em 1994 foi
eleito presidente pelo CNA.
A Ásia ficou assim dividida!
RESISTÊNCIA
Guerra dos Sipaios
A Índia sob domínio inglês desde o século XVI, por causa
do comércio das especiarias.
Os indianos não tinham participação política.
Hinduístas e os muçulmanos, tiveram suas religiões
desrespeitadas pelos ingleses que se julgavam
superiores.
Em maio de 1857, soldados nativos (hindus e
muçulmanos) do exército da Índia britânica, conhecidos
como sipaios, rebelaram-se em Meerut, marcharam
sobre Délhi e ofereceram seus serviços ao imperador
mogol.
Assim, o norte e o centro da Índia
mergulharam numa insurreição que durou um
ano, dirigida contra a Companhia Britânica
das Índias Orientais.
Muitos regimentos nativos e de reinos
indianos juntaram-se à revolta, enquanto que
outras unidades e reinos indianos apoiaram os
britânicos
Após sufocar a rebelião e retomar o controle
da Índia, o governo britânico dissolveu a
companhia e assumiu o governo direto da
Índia.
A Rainha Vitória recebeu em 1877 o título de imperatriz
da Índia.
Na segunda metade do século XIX, algo como 25 episódios
de fome ocorreram em regiões como Tâmil Nadu e
Bengala, causando entre 30 e 40 milhões de mortes.
Os episódios da fome resultaram de:
Secas naturais e de políticas econômicas e
administrativas britânicas, como a transformação de
terras agrícolas locais em latifúndios estrangeiros.
Restrições ao comércio interno, alta tributação de
cidadãos indianos para financiar expedições
malsucedidas no Afeganistão.
Exportações de safras indianas de produtos básicos para
o Reino Unido.
A indústria local indiana também foi dizimada após a revolta de 1857.
A fome continuou até a independência em 1947, como a Fome Bengalesa de 1943-44, que matou entre três e quatro milhões de
indianos
A resistência não – violenta ao colonialismo britânico, chefiada por Mahatma Gandhi, e Jawaharlal Nehru, levou à independência
frente ao Reino Unido em 1947.
O IMPERIALISMO NA CHINA
A China não se abriu para o mercado europeu,
mantendo-se isolada.
Esse isolamento durou até a guerra do Ópio em 1839,
onde as nações europeias puderam expandir seu
comércio na China.
A Guerra do Ópio
O ópio era produzido na Índia. Os ingleses extraíam o
ópio e, através da Companhia das Índias Orientais,
vendiam aos chineses, obtendo grande lucro.
Esse comércio na China era ilegal, o governo proibia.
Houve a destruição de caixas com a droga, fazendo a
Inglaterra declarar guerra à China.
A guerra durou até 1842, com a vitória da Inglaterra. Os chineses tiveram que assinar o
Tratado de Nanquim.
As mudanças impostas pelo tratado:
Hong-Kong passou para o controle da Inglaterra.
Os portos chineses foram abertos às nações europeias.
Direito de extraterritorialidade aos ingleses.
A China sofreu outra derrota quando lutou contra o Japão pelo domínio da Coréia.
Com o governo ainda mais enfraquecido outras regiões, como a Indochina e a Manchúria passaram
para o domínio de outras nações.
CONSEQUÊNCIAS
Em 1900 o número de portos abertos ao comércio com o
ocidente, chamados de "portos de tratado", chegavam a
mais de cinquenta, sendo que todos os países europeus, e os
Estados Unidos, tinham concessões e privilégios comerciais.
A Ilha de Hong Kong permaneceu em poder dos britânicos
até ser devolvida à China, em Julho de 1997.
Alguns tradicionalistas chineses chamados de boxers se
rebelaram contra o domínio das nações europeias.
O movimento foi sufocado e a China teve que continuar se
conformando com a dominação estrangeira
CONCLUSÃO
Para os colonizados, o imperialismo gerou
submissão, acompanhada de desestruturação
socioeconômica, política e cultural, levando à
miséria, à fome e às lutas nacionalistas.
Surgiam as raízes da segregação racial e social, que
seriam as bases de muitas das dificuldades, lutas
conflitos que afligiriam o mundo no século XX.
Empobrecimento, subdesenvolvimento, perda da
identidade cultural.