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ALTERNATIVA DE CONFIGURAÇÃO DA ESTRUTURA DE DIQUES FLUTUANTES
JONAS PINHO DE MATTOS
Projeto de Graduação apresentado ao
Curso de Engenharia Naval e Oceânica,
Escola Politécnica, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do título
de Engenheiro Naval e Oceânico.
Orientadora: Marta Cecilia Tapia Reyes
Rio de Janeiro
ABRIL DE 2016
2
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escola Politécnica
Engenharia Naval e Oceânica
POLI/UFRJ
ALTERNATIVA DE CONFIGURAÇÃO DA ESTRUTURA DE DIQUES FLUTUANTES
JONAS PINHO DE MATTOS
PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE
ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA
A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO NALVAL E OCEÂNICO.
Aprovado por:
________________________________________________
Prof.ªD.Sc.Marta Cecilia Tapia Reyes
________________________________________________
Prof.D.Sc. Julio Cesar Ramalho Cyrino
________________________________________________
Prof.D.Sc. Severino Fonseca da Silva Neto
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
ABRIL DE 2016
3
Mattos, Jonas
Alternativa de Configuração da Estrutura de Diques
Flutuantes/ Jonas Mattos - Rio de Janeiro: UFRJ/ ESCOLA
POLITÉCNICA, 2015
VIII, 65 p.: il.: 29,7 cm.
Orientador: Marta Cecilia Tapia Reyes
1. Introdução 2. O Dique Flutuante 3. Problemas com
Manutenção 4. Painéis Reforçados X Painéis Corrugados 5.
Estudo de Caso 6. Conclusões 7. Referências
Projeto de Graduação - UFRJ/ POLI/ Engenharia
Naval e Oceânica, 2016
I. Tapia Reyes, Marta Cecilia. II. Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia
Naval e Oceânica. III. Alternativa de Configuração da
Estrutura de Diques Flutuantes
4
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Petrobras por me darem todo o suporte em termos de
material e recursos.
A minha família no geral. Com destaques para meus pais, Jonas e Claúdia, minha irmã
Júlia e, especialmente, para a minha segunda mãe Socorro que aguentaram momentos
de angústia e nervosismo. Com toda certeza, sem eles não seria possível concluir esse
trabalho.
Ao amigo Richard Fahrnholz, que certamente foi o grande presente que a Engenharia
Naval me deu, muito obrigado pela amizade e companheirismo.
A minha orientadora Marta, por toda ajuda prestada durante a elaboração deste
trabalho. Contribuindo com seu conhecimento, sua criativadade, sua dedicação, suas
correções e sua diversão. Foi um grande prazer.
A minha turma da Engenharia Naval e Oceânica, que soube acolher de maneira singular
um aluno que veio de outra engenharia. Obrigado pelos momentos de estudo, diversão
e pelas horas de alegria, mesmo em momentos difíceis.
5
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Naval e Oceânico.
Alternativa de configuração da estrutura de diques flutuantes
Jonas Mattos
Abril/2016
Orientadora: Marta Cecília Tapia Reyes
Curso: Engenharia Naval e Oceânica
Na construção naval é necessário projetar e obter estruturas cada vez mais
confiáveis desde o ponto de vista da segurança, construtivo, operacional e de
manutenção. Estruturas mais simples de serem construídas, com menor quantidade
de solda e por consequência menor probabilidade de falhas se apresentam como
alternativa. A proposta é estudar a possibilidade de utilização de painéis corrugados
em substituição dos tradicionais painéis reforçados na estrutura de diques
flutuantes.
Palavras-chave: Dique, Dique Flutuante, Estrutura, Painel Corrugado, Elementos
Finitos.
6
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Naval Engineer.
Alternative of structural configuration of floating dry docks
Jonas Pinho de Mattos
April/2016
Advisor: Marta Cecília Tapia Reyes
Course: Naval Engeneering
In shipbuilding is necessary to design and obtain increasingly reliable structures
from the security, constructive, operational and maintenance point of view. Simpler
structures to be constructed with less amount of solder and therefore less likely to
fail are presented as excellent alternatives. The proposal is to study the possibility
of using corrugated panels instead of traditional reinforced panels in the structure
of floating dry docks.
keywords: Flexible Dry Dock, Floating Dry Docks , Structure, Corrugated Panels,
finite elements.
7
Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 10
2. O DIQUE FLUTUANTE .................................................................................................................. 12
3. PROBLEMAS COM MANUTENÇÃO .............................................................................................. 15
3.1. FALHAS COM A SOLDA ................................................................................................................... 16
4. PAINÉIS REFORÇADOS X PAINÉIS CORRUGADOS......................................................................... 19
4.1. PAINEL REFORÇADO ...................................................................................................................... 19
4.2. PAINEL CORRUGADO ..................................................................................................................... 20
5. ESTUDO DE CASO: DIQUE FLUTUANTE CONSTRUA ..................................................................... 22
5.1. CHAPEAMENTO (REF [1] SEC 7, B101) ............................................................................................ 24
5.1.1. Chapeamento do Pontoon (Ref [1] Sec 7, B102) ................................................................. 25
5.1.2. Chapeamento qualquer posição (Ref [1] Sec 6 B100) ......................................................... 25
5.1.3. Chapeamento Inferior do Pontoon (Ref [1] Sec 7, B102) .................................................... 25
5.1.4. Chapeamento Superior do Pontoon (Ref [1] Sec 7, B103) .................................................. 26
5.1.5. Chapeamento do Costado de Fora Das Colunas Estabilizadoras (Ref [1] Sec 7 D100) ....... 26
5.1.6. Chapeamento do Costado de Dentro Das Colunas Estabilizadoras (Ref [1] Sec 7 D100) ... 27
5.1.7. Chapeamento do Convés Das Colunas Estabilizadoras (Ref [1] Sec 7 D200) ...................... 28
5.2. REFORÇADORES (REF[1] SEC 7, B200) ............................................................................................ 28
5.2.1. Longarinas e Hastilhas (Ref [2] Sec6. F100) ........................................................................ 28
5.2.2. Longitudinais Fundo do Pontoon (Ref [1]Sec 7, B201) ........................................................ 29
5.2.3. Longitudinais Deck do Pontoon (Ref [1] Sec 7, B202) ......................................................... 30
5.2.4. Cavernas (Ref [1] Sec 7 B300) ............................................................................................. 30
5.2.5. Longitudinais Deck das Colunas Estabilizadoras (Ref [1] Ch2. Sec7. D204) ........................ 31
5.2.6. Longitudinais do Costado das Colunas Estabilizadoras (Ref [2] Sec7. C100) ...................... 32
5.2.7. Anteparas Transversais (Ref [2]Sec 9) ................................................................................ 32
5.2.8. Prumos das Anteparas (Ref [2]Sec 9) .................................................................................. 33
5.2.9. Anteparas Longitudinais (Ref [2]Sec 9) ............................................................................... 34
5.3. DIMENSIONAMENTO DOS REFORÇADORES ......................................................................................... 36
5.4. MÓDULO DE SEÇÃO ...................................................................................................................... 39
5.5. MODELAÇÃO NO RHINOCEROS ........................................................................................................ 39
8
5.6. CONFIGURAÇÃO DO DIQUE COM A CORRUGA .................................................................................... 43
5.6.1. Geometria da Corruga ........................................................................................................ 43
5.6.2. Módulo de Seção Requerido x Módulo de seção dos Longitudinais ................................... 44
5.6.3. Cálculo do Módulo de Seção ............................................................................................... 45
5.6.4. Teste de Flambagem ........................................................................................................... 46
5.6.5. Modelação no Rhinoceros da Corruga................................................................................ 47
6. CONCLUSÕES .............................................................................................................................. 51
7. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 53
ANEXO 1 – MOMENTO MÁXIMO DIQUE FLUTUANTE............................................................................. 1
ANEXO 2 – MÓDULO DE SEÇÃO ............................................................................................................. 2
FIGURA 1 - EXEMPLO DE DIQUE FLUTUANTE ......................................................................................................... 10 FIGURA 2 - DIQUE FLUTUANTE X DIQUE SECO ....................................................................................................... 12 FIGURA 3 - ESQUEMA DAS PARTES PRINCIPAIS DO DIQUE ........................................................................................ 13 FIGURA 4 - ESQUEMA DA VISTA LATERAL DO DIQUE "PONTOON" ............................................................................ 13 FIGURA 5 - ESQUEMA DA VISTA LATERAL DO DIQUE "CAISSON"............................................................................... 14 FIGURA 6 - ESQUEMA DA VISTA LATERAL DO DIQUE "SECCIONAL" ........................................................................... 14 FIGURA 7 - DIFERENÇAS DIQUES, PLATAFORMAS E NAVIOS NA MANUTENÇÃO ............................................................. 15 FIGURA 8 - ÁREAS COM CORROSÃO ELEVADA ....................................................................................................... 16 FIGURA 9 - CORDÃO DE SOLDA COM TRINCA ........................................................................................................ 17 FIGURA 10 - TIPOS DE PERFIS DE REFORÇADORES .................................................................................................. 19 FIGURA 11 - EXEMPLO DE ESTRUTURA COM PAINÉIS REFORÇADOS ........................................................................... 19 FIGURA 12 - EXEMPLOS DOS PONTOS DE SOLDA DOS REFORÇADORES "T" ................................................................. 20 FIGURA 13 - ANTEPARA CORRUGADA .................................................................................................................. 20 FIGURA 14 - EXEMPLO DE SOLDA PAINÉIS CORRUGADOS ........................................................................................ 21 FIGURA 15 - ESTALEIRO DE REPARO CONSTRUA .................................................................................................... 22 FIGURA 16 - CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO DIQUE............................................................................................. 22 FIGURA 17 - REGIÃO NA QUAL O PAINEL REFORÇADO SERÁ SUBSTITUÍDO .................................................................... 23 FIGURA 18 - ESPESSURAS COMERCIAS USIMINAS................................................................................................... 24 FIGURA 19 - REFORÇADOR "T" .......................................................................................................................... 37 FIGURA 20 - ESTRUTURA PAINÉIS REFORÇADOS .................................................................................................... 40 FIGURA 21 - ESTRUTURA PAINÉIS REFORÇADOS .................................................................................................... 40 FIGURA 22 - GEOMETRIA DA CORRUGA ............................................................................................................... 44 FIGURA 23 - DETALHE DA CORRUGA ................................................................................................................... 48 FIGURA 24 - CORRUGA NO CASCO ...................................................................................................................... 48
TABELA 1 - COMPARAÇÃO DIQUE FLUTUANTE X DIQUE SECO .................................................................................. 12 TABELA 2 - REFORÇOS DO PONTOON .................................................................................................................. 38 TABELA 3 - REFORÇOS DAS COLUNAS ESTABILIZADORAS .......................................................................................... 38 TABELA 4 - REFORÇOS ANTEPARA TRANSVERSAL ................................................................................................... 38 TABELA 5 - REFORÇOS ANTEPARA LONGITUDINAL .................................................................................................. 38 TABELA 6 - RESULTADO DO CÁLCULO DE MÓDULO DE SEÇÃO .................................................................................. 39 TABELA 7 - PESO E CG PAINÉIS REFORÇADOS ....................................................................................................... 41 TABELA 8 - COMPRIMENTO DE SOLDA REFORÇADORES ........................................................................................... 41 TABELA 9 - COMPRIMENTO DE SOLDA DAS CHAPAS ................................................................................................ 42 TABELA 10 - CÁLCULO DO MÓDULO DE RESISTÊNCIA .............................................................................................. 46
9
TABELA 11 - PESO E CG CORRUGA...................................................................................................................... 49 TABELA 12 - COMPRIMENTO DE SOLDA DAS CHAPAS .............................................................................................. 50 TABELA 13 - TABELA COMPARATIVA EM RELAÇÃO AO PESO ...................................................................................... 51 TABELA 14 - TABELA COMPARATIVA EM RELAÇÃO AO COMPRIMENTO DE SOLDA .......................................................... 51
10
1. INTRODUÇÃO
Na construção naval é necessário projetar e obter estruturas cada vez mais confiáveis
desde o ponto de vista da segurança, construtivo, operacional e de manutenção.
Estruturas mais simples de serem construídas, com menor quantidade de solda e por
consequência menor probabilidade de falhas se apresentam como alternativa. A
proposta é estudar a possibilidade de utilização de painéis corrugados em
substituição dos painéis reforçados tradicionais na estrutura de diques flutuantes.
A estrutura o dique flutuante estará de acordo com as regras da classificadora DNV.
Será realizado o projeto da estrutura de um dique flutuante tradicional - com painéis
reforçados - e posteriormente serão substituídos os painéis reforçados por painéis
corrugados.
Figura 1 - Exemplo de Dique Flutuante
Na seção 2 será feito um resumo sobre o que é um dique flutuante, suas principais
partes, os tipo de diques flutuantes e uma comparação entre diques flutuantes e
diques secos.
Na seção 3, serão apresentados brevemente os problemas com a manutenção na
construção naval. Um paralelo entre plataformas e diques flutuantes será traçado e
as diferenças no que concerne manutenção entre essas duas estruturas e o navio.
Será também visto os problemas com a solda no que diz respeito à manutenção em
estruturas flutuantes.
Na seção 4, um estudo entre as diferenças de painéis corrugados e reforçados será
realizado, onde serão apontados vantagens e desvantagens sobre cada uma das
categorias.
Na seção 5, será feito um estudo de caso com um dique flutuante projetado pelo
laboratório Construa. Nessa seção será projetada a estrutura do dique flutuante com
11
base nas regras da DNV, chapeamento e reforçadores. Para essa estrutura proposta,
será calculado o módulo de seção afim de saber se ela resiste às cargas de projeto.
Um modelo no Rhinoceros de superfície será feito para facilitar a visualização da
estrutura e o cálculo de comprimento de solda, em uma parte desejada, peso e CG
do dique. Nessa mesma seção, será estudada a modificação de uma parte do dique
que possui painéis reforçados para painéis corrugados. Mais um modelo de
superfícies no Rhinoceros será gerado para buscar para, novamente facilitar o cálculo
do peso e CG e também do comprimento de solda.
Na seção 6, se tomará as conclusões sobre o estudado entre essas modificações,
visando buscar vantagens e desvantagens sobre as configurações e possíveis ganhos
em cada configuração. Também serão propostas diretrizes para projetos futuros.
A seção 7 é uma parte de referências tomadas para realizar este projeto.
Há dois anexos que fazem parte desse estudo que estão no final do relatório.
12
2. O DIQUE FLUTUANTE
Antes de começar o processo de projeto estrutural de um dique flutuante, é preciso
entender primeiramente o objeto do projeto como um todo.
Diques flutuantes são estruturas que conseguem usando a força empuxo levantar
uma embarcação da água para que reparos, manutenção e outras operações que
precisem do navio fora da água sejam realizadas. Por esse motivo, geralmente são
estruturas com grandes dimensões e com grande porte.
Usualmente, os diques flutuantes tem capacidade de elevação que varia entre
centenas de toneladas até 100000 toneladas - a faixa que representa uma maior
vantagem econômica para o dique é entre 1000 e 100000 t.
Figura 2 - Dique flutuante x Dique Seco
Os estaleiros podem escolher diversos outros tipos de dique e formas para realizar
operações de reparo e manutenção. Geralmente, o grande embate coloca o dique
flutuante contra o dique seco. Assim, é importante salientar as vantagens e
desvantagens que um tem em relação ao outro.
Tabela 1 - Comparação Dique Flutuante x Dique Seco
Comparação Dique Flutuante em relação a Dique Seco
Vantagens do Dique Flutuante Desvantagens do Dique Flutuante Pode ser construído em um estaleiro com preço mais barato de construção e
rebocado até o local que o dique de fato irá operar; No dique flutuante é preciso se ter grandes
manutenções em bombas, válvulas e na estrutura;
Após certo tempo de uso o dique pode ser vendido para outro estaleiro, o que o torna um ativo importante para um determinado estaleiro e aumenta as chances
de financiamento na construção de um dique;
Em locais onde a variação da maré é grande, pode ser que a ancorar ou realizar certos tipos de operações
fique mais complicado;
Navios podem ser transferidos da costa para ele e para fora dele com operações não tão complexas;
É preciso se preocupar com muito mais precaução com a estabilidade do navio e do dique, sistemas de
bombeio e a deflexão longitudinal do dique enquanto ele doca algum navio;
Navios maiores que o dique podem ser docados colocando a proa ou popa em situação de balanço com o dique;
Custos de manutenção geralmente são mais altos;
O dique pode ser movido para águas mais profundas para operações de docagem, o que pode reduzir as operações de dragagem;
-
Pode-se aumentar o tamanho do dique unindo módulos à ele, o que é mais difícil fazer em diques secos;
-
Não é necessário espaço físico em terra do estaleiro para se ter um dique; -
A construção na fase inicial é mais barata. -
13
Um dique flutuante é basicamente divido em duas partes: o pontoon e as colunas
estabilizadores. O pontoon é a parte do dique que fica reservado para dar a flutuação
necessária para emergir a embarcação. As colunas estabilizadoras servem para
prover flutuabilidade extra ao dique quando ele se encontrá imerso e ajuda a prover
uma maior estabilidade ao dique.
Figura 3 - Esquema das Partes Principais do Dique
Existem algumas classificações para diques flutuantes, eles podem ser basicamente
de três tipos:
Pontoon ou "Rennie"
Os diques flutuantes desse tipo têm colunas estabilizadoras contínuas porém seus
pontoons são seccionados. Geralmente, esses diques são mais fracos
longitudinalmente já que só as colunas estabilizadoras contribuem de maneira 100%
efetiva para a resistência longitudinal da estrutura e por essa razão ele não pode ser
rebocado no mar.
Figura 4 - Esquema da Vista Lateral Do Dique "Pontoon"
14
Caisson
Nesse tipo, o pontoon e as colunas estabilizadoras são contínuos. Ele é construído
como uma estrutura única. Ele pode ser mais leve e mais resistente que qualquer
outro tipo de dique visto que toda sua estrutura contribui para a resistência
longitudinal da estrutura. Entretanto, ele não pode se auto-docar. É importante frisar
que esse será o tipo de dique objeto de estudo desse relatório.
Figura 5 - Esquema da Vista Lateral Do Dique "Caisson"
Seccional
Não possui continuidade estrutural ao longo de seu comprimento. Devido a esse
fator, as operações de lastreamento e deslastreamento são muito complicadas. Eles
podem ser auto-docados.
Figura 6 - Esquema da Vista Lateral Do Dique "Seccional"
15
3. PROBLEMAS COM MANUTENÇÃO
A matéria prima da indústria naval é, majoritariamente, aço. Dessa forma, diversos
problemas inerentes a esse tipo de material estão presentes no meio naval, sejam
eles: corrosão, trincas, flambagem, rupturas e fadigamento do material.
No Brasil, existe uma deficiência quanto à existência de estaleiros específicos para o
reparo de embarcações ou estruturas flutuantes. Isso ocorre muito em função de
uma carência de espaço e uma necessidade forte de construção de novas
embarcações com características muito específicas, deixando de lado o investimento
em áreas específicas para o reparo e a manutenção de grandes estruturas navais.
Nesse contexto, é de se esperar que os armadores e operadores cada vez mais
busquem soluções que tornem o problema da manutenção menor e que caso seja
preciso a realizar ocorra de maneira mais fácil e rápida possível. Entretanto, há
enormes diferenças entre manutenção de embarcações e a que ocorre em outras
estruturas como plataformas e diques flutuantes.
No caso das embarcações, por contrato, elas possuem um intervalo de tempo no qual
elas realizam manutenções preventivas e o contratante do serviço da embarcação
ainda continua desembolsando a diária da mesma. O que já não ocorre no caso de
plataformas e diques, são estruturas que devem ser projetadas para que não percam
tempo de operação com manutenções durante toda sua vida útil. O custo que geraria
para uma plataforma em operação para realizar uma manutenção é demasiado
elevado e não seria nem viável a rebocá-la para outro local pois ela estaria com
diversos risers e tubulações conectadas, o mesmo acontece com o dique todo dia em
que ele estivesse em manutenção seria menos um dia de receita.
Figura 7 - Diferenças Diques, Plataformas e Navios na manutenção
Não são apenas essas as semelhanças entre diques e plataformas no quesito
manutenção. Ambas são estruturas muito difíceis de serem manuseadas e docadas
devido às grandes medidas que os dois apresentam e também devido ao fato de que
eles não têm a característica de auto-propulsão, o que torna mais dificil uma possível
ida a uma facilidade de reparo.
16
No que diz respeito aos tipos de falhas, é possível encontra-las em maior parte em
locais concentradores de tensão ou onde a corrosão pode ser muito severa.
Colocando em foco novamente os diques flutuantes, existem diversas áreas e regiões
que se tem que ter cuidado com relação a manutenção da integridade estrutural são
elas:
O deck do pontoon, é geralmente uma das primeiras áreas a demonstrar
corrosões;
A interseção entre a parte interna das colunas estabilizadoras e o deck do
pontoon;
A interseção entre o deck de segurança e a parte interna do chapeamento das
colunas estabilizadoras;
A parte interna das colunas estabilizadoras em geral, principalmente do deck
do pontoon até uns 3 metros acima;
Áreas perto de válvulas, bombas e tubulações de lastro onde a água está se
movendo a velocidades elevadas.
Figura 8 - Áreas com Corrosão Elevada
É possível ver que há uma concentração e uma preocupação extra com a região das
colunas estabilizadoras, pois eles representam transições de direções, interseções
importantes na geometria e estão em contato quase direto com a água salgada.
Somada a essas áreas de corrosão têm-se as regiões de solda, que são sempre
regiões de grande preocupação quando o assunto é manutenção e reparo em
estruturas de aço.
3.1. Falhas com a Solda
Diversos são os problemas com a soldagem que podem causar falhas e até acidentes
estruturais em qualquer estrutura naval. Essas falhas são extremamente perigosas e
além de causar um forte risco a segurança e integridade da estrutura, das pessoas e
17
do meio ambiente pode causar um enorme prejuízo com manutenção aos donos e
operadores do ativo em questão.
Os defeitos na soldagem podem ocorrer por diversos motivos, desde o uso não
próprio de materiais durante o processo, a falha humana dos soldadores, uma técnica
de soldagem escolhida de maneira errada para realizar determinado trabalho ou até
condições desfavoráveis que impede ou não torna a fusão da solda perfeita.
As falhas mais comuns são as trincas. Elas podem acontecer de várias maneiras
diferentes. Alguns métodos de soldagem, por exemplo, que envolvem fusão do metal
no local da junção são tendentes a provocar a retração do metal aquecido depois que
ele esfria, o que pode causar tensões residuais, distorções – o produto final fica
deformado – e até trincas.
Figura 9 - Cordão de Solda com Trinca
Como dito acima, é preciso ficar muito atento com o problema das tensões residuais.
Essas tensões diminuem a resistência do metal de base. Em alguns casos pode
ocorrer fissurações que acontecem na zona termicamente afetada. Para amenizar tal
situação e quem sabe evitá-la, deve ser limitada a quantidade de calor e a sequência
de soldagem deve ser escolhida de maneira correta.
Outra grande preocupação é a fragilização por hidrogênio. Sabe-se que vários metais
se tornam quebradiços depois de serem expostos ao hidrogênio. Isso acontece
quando o hidrogênio está presente no eletrodo ou no ambiente de soldagem e
acontece o resfriamento rápido aprisionando-o na zona de solda.
Certas vezes, o defeito ocorre por conta de uma a escolha infeliz do soldador acerca
do melhor e mais apropriado método de soldagem ou, ainda, pode ter conexão com
a seleção inadequada das ferramentas para realizar a tarefa. Outras vezes, o defeito
pode acontecer por conta de uma falha automática durante a execução do
procedimento de soldagem, por exemplo, um movimento rápido realizando uma
soldagem fraca.
O problema dito acima é inda mais gritante em grandes estruturas como
embarcações e estruturas flutuantes. Por isso, é preciso que se faça um procedimento
de soldagem confiável escolhendo os melhores equipamentos, métodos, condições
do ambiente e técnicos possíveis. Sem contar uma inspeção de qualidade pode evitar
maiores danos.
É possível enxergar que a soldagem apesar de ter sido um grande avanço na indústria
naval no sentido de aumentar produtividade e diminuir peso de aço, possui problemas
18
e cuidados muito específicos que podem facilmente colocar em perigo ou em
manutenção a estrutura flutuante. Conclui-se que seria sempre melhor reduzir o
comprimento de solda de qualquer estrutura evitando assim possíveis danos como
descritos acima, maior controle dimensional e menor possibilidade de futuros reparos
e pausas para manutenções.
19
4. PAINÉIS REFORÇADOS X PAINÉIS CORRUGADOS
Nesse contexto de buscar alternativas estruturais que fossem cada vez confiáveis. E
ainda, buscando estruturas mais otimizadas em relação ao peso, surge o uma ideia
de se utilizar corrugas para tentar otimizar estruturas. Nessa seção, será feito um
comparativo entre o painel reforçado e o painel corrugado.
4.1. Painel Reforçado
Essa é a clássica configuração estrutural presente na Indústria Naval. É composta
por chapas de aço e reforçadores que variam em direção e formato. Podem ter o
formato de “T”, cantoneiras, “U”, perfis bulbos, como é mostrado na figura abaixo:
Figura 10 - Tipos de perfis de Reforçadores
Como dito acima, esses diferentes tipos de perfis podem ser usados tanto
longitudinalmente como transversalmente, dependendo do tipo de navio. Para navios
ou estruturas flutuantes com o corpo paralelo muito comprido ou geometria sem
muitas curvaturas se escolhe um reforço longitudinal, já para navios ou regiões com
muita curvatura presente se escolhe o reforço transversal.
Figura 11 - Exemplo de Estrutura com Painéis Reforçados
20
Logicamente, que esse tipo de configuração estrutural ficou muito famosa na
indústria naval, em grande parte, por ser uma forma de economia em quantidade de
aço do que simplesmente escolhendo chapas de aços sem reforçadores mais
espessas.
Não é simples montar um painel reforçado, porque ele envolve tanto uma inspeção
de qualidade e dimensional na chapa, nos reforçadores e na solda. No quesito
soldagem, um painel reforçado possui grande quantidade de solda presente, pois é
preciso soldar as chapas e depois todos os reforçadores nas chapas já unidas.
Figura 12 - Exemplos dos Pontos de Solda dos Reforçadores "T"
4.2. Painel Corrugado
Esse tipo de painel é classicamente utilizado nas anteparas transversais de
graneleiros, pois como não possui reforçadores o minério não fica depositado e assim
fica mais fácil a limpeza dos porões. Como dito acima, não possui reforçadores, as
corrugas agem como elementos estruturais gigantes.
Figura 13 - Antepara Corrugada
21
É possível notar a enorme quantidade de solda que se economiza ao se utilizar os
painéis corrugado em vez dos clássicos painéis reforçados. Enquanto no caso com
reforços é preciso no mínimo de dois cordões de solda podendo chegar até quatro
por reforçador e a união das chapas, no caso da corruga é só preciso soldar a união
das corrugas.
Figura 14 - Exemplo de Solda Painéis Corrugados
Existem estudos que utilizam o painel corrugado como componentes dos cascos de
pontoons em plataformas semi-submersíveis para que com isso haja a redução de
peso, redução na quantidade de solda, mão de obra e tempo de fabricação. Como
dito na seção 2, existem paralelos entre diques flutuantes e plataformas semi-
submersíveis como por exemplo, ambos não têm como atividade fim a
autopropulsão. Assim, surge como boa alternativa utilizar o painel corrugado no
casco de um dique flutuante e compará-lo com a estrutura reforçada clássica.
22
5. ESTUDO DE CASO: DIQUE FLUTUANTE CONSTRUA
Com o objetivo de estudar os benefícios presentes com a alteração de painel
reforçado clássico por painel corrugado, visando todos os ganhos citados nas seções
anteriores, utilizou-se um dique já projetado pelo Laboratório Construa.
Esse dique flutuante fazia parte de um projeto de estaleiro de reparo do laboratório
e toda sua parte hidrostática já havia sido projetada anteriormente. Abaixo é possível
ver duas imagens, uma que mostra o estaleiro de reparo e uma tabela com as
características hidrostáticas do dique flutuante.
Figura 15 - Estaleiro de Reparo Construa
Figura 16 - Características Principais do Dique
Como dito, a parte hidrostática do dique havia sido feita, entretanto, era ainda
preciso o definir estruturalmente. Primeiramente, ele será inteiramente definido com
painéis reforçados para que depois uma parte de sua estrutura seja modificada para
painéis corrugados e então seja estudada suas diferenças com relação a peso de aço,
centro de gravidade e comprimento de solda.
A parte da estrutura que será modificada pode está marcada na figura abaixo em
vermelho.
Comprimento (m) 300
Boca total (m) 64
Boca Interna (m) 56
Altura Pontoon (m) 4,44
Altura Colunas Estabilizadoras (m) 14
Capacidade de Elevação (t) 30000
Número de Tanques 30
Características Principais do Dique Flutuante
23
Figura 17 - Região na qual o painel reforçado será substituído
Algumas considerações devem ser feitas para se explicar o motivo de tal escolha.
Em primeiro lugar, essa é uma região que é simples de se modificar a configuração
estrutural devido a geometria do local ser facilitada. Não se poderia modificar o
deck do pontoon nem o deck das colunas estabilizadoras porque o deck do pontoon
irá apoiar o navio e o deck das colunas estabilizadoras geralmente tem guindastes
apoiados para auxiliar na operação do dique.
Era possível modificar o fundo do dique e as anteparas, porém para se evitar
problemas de interseções entre corrugas e geometrias mais complexas, nessa
primeira volta da espiral de projeto será feita a modificação apenas nessa região
das colunas estabilizadoras nos dois bordos.
Como dito anteriormente, as dimensões do dique flutuante já foram definidas, agora
é preciso definir a estrutura do dique como sendo a clássica estrutura de painéis
reforçados para depois estudar a substituição dela para painéis corrugados. Para isso,
foi utilizado a regra da DNV Rules for Floating Docks 2012[1] para projetar a
estrutura.
A regra da DNV [1] foi seguida para se determinar as espessuras de chapas, as
inércias dos reforçadores e espessuras dos gigantes. Ao final da definição dos
elementos estruturais, será feito uma comprovação de que com esses elementos o
dique resiste aos esforços segundo o regulamento da DNV[1] As seções à seguir
descrevem esses cálculos.
As espessuras serão arredondadas pelas espessuras comerciais da Usiminas
conforme figura abaixo:
24
Figura 18 - Espessuras Comercias Usiminas
5.1. Chapeamento (Ref [1] Sec 7, B101)
Nessa seção será definida as espessuras de chapa do dique flutuante. A espessura
de qualquer chapa do dique flutuante não deve ser menor em lugar algum a:
𝑡 = 𝑠 ∗ √𝐿𝐷
𝑓1 (𝑖)
Onde,
t =espessura do chapeamento (mm)
s = espaçamento do reforçador (m) = 0,8m
Ld = comprimento do dique (m) = 300m
𝑓1 = fator de material dependendo do tipo de aço usado = 1
𝑡 = 0,8 ∗ √300
1= 13,85 𝑚𝑚 utilizando espessura comercial 𝐭 = 𝟏𝟔𝐦𝐦
25
5.1.1. Chapeamento do Pontoon (Ref [1] Sec 7, B102)
A espessura do chapeamento inferior do pontoon não deve ser menor do que dito na
Sec. 6 B100 da regra.
5.1.2. Chapeamento qualquer posição (Ref [1] Sec 6 B100)
A seção da regra citada acima diz que qualquer chapa submetida à pressões laterais,
não deve ter espessura menor que:
𝑡 = 15,8 ∗ 𝑘𝑎 ∗ 𝑠√𝑝
𝜎+ 𝑡𝑘 (𝑖𝑖)
Onde,
t = espessura do chapeamento (mm);
𝑘𝑎= fator de correção para razão de aspecto da chapa ;
{
𝑘𝑎 = (1,1 − 0,25 ∗ 𝑠/𝑙)²
𝑘𝑎 = 1,0 𝑠𝑒 𝑠𝑙⁄ = 0,4
𝑘𝑎 = 0,72 𝑠𝑒 𝑠𝑙⁄ = 1,0
o s = o espaçamento dos reforçadores da chapa (m)= 0,8m ;
o l = Vão livre dos reforçadores da chapa (m) = 1,0 m;
o 𝑘𝑎= (1,1-0,2*)²= 0,81
s = 0,8m
p = pressão de projeto em kN/m², esse p irá variar dependendo da posição
do chapeamento no dique que se quer calcular;
𝜎 = tensão causada pela flexão devido à pressão lateral em N/mm², esse
parâmetro também irá variar dependendo do caso;
𝑡𝑘 = adicional na espessura causado pela corrosão = 3mm
5.1.3. Chapeamento Inferior do Pontoon (Ref [1] Sec 7, B102)
Finalmente, volta-se para e espessura do chapeamento inferior do pontoon. Ele é
considerado como sendo o caso de pressão lateral com p e 𝜎 definidos como:
1. 𝜎 = 70 ∗ 𝑓1 + 100(𝑓1 − 𝑓2) 𝑜𝑢 𝑚á𝑥 120 ∗ 𝑓1
Onde:
𝑓1 = fator de material, como material é aço NV-NS, 𝑓1= 1
𝑓2 = Fator que depende dos módulos de seção do fundo ou do deck, nesse
caso será a relação entre a versão do projeto e a versão requerido pela regra,
será considerado como um sendo 20% maior que o outro, então = 0,83
Dessa maneira:
26
𝜎 = 70 ∗ 𝑓1 + 100(𝑓1 − 𝑓2) = 70 + 100 ∗ (1 − 0,83) =87𝑁
𝑚𝑚2
“p” nesse caso é considerado como sendo a pressão hidrostática que a água
exerce na condição de pior calado. Como a borda livre estabelecida não pode
ser menor que um metro, a pior condição de calado é de treze metros.
𝑝 = 187,78𝑘𝑁
𝑚2, 𝑟𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝑝1 (𝑟𝑒𝑓[2] 𝑆𝑒𝑐6. 𝐵100)
Aplicando esses valores de p e 𝜎 na fórmula ii dessa seção têm-se:
𝒕𝒊𝒏𝒇𝒑𝒐𝒏𝒕𝒐𝒐𝒏 = 15,8 ∗ 0,81 ∗ 0,8 ∗ √187.78
87+ 3
= 18,04 𝑚𝑚 𝑛𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝟏𝟗, 𝟎𝟎𝒎𝒎
5.1.4. Chapeamento Superior do Pontoon (Ref [1] Sec 7, B103)
O procedimento para se determinar o chapeamento superior do pontoon é semelhante ao utilizado para a parte inferior. Entretanto os valores de p e 𝜎 mudam
de acordo com o dito abaixo.
𝜎 = 110 ∗ 𝑓1 + 100(𝑓1 − 𝑓2)𝑜𝑢 𝑚á𝑥 160 ∗ 𝑓1 = 110 + 17 = 127 𝑁/𝑚𝑚²
Nesse caso o p corresponde a pressão p4 da 𝑟𝑒𝑓[2] 𝑆𝑒𝑐6. 𝐵100. Dessa maneira p:
𝑝 = 322,13 𝑘𝑃𝑎
A espessura fica sendo então:
𝒕𝒄𝒐𝒏𝒗é𝒔𝒔𝒖𝒑𝒑𝒐𝒏𝒕 = 15,8 ∗ 0,81 ∗ 0,8 ∗ √322,13
127+ 3 =
19,31 𝑚𝑚 𝑛𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝟐𝟐, 𝟒𝟎𝒎𝒎
5.1.5. Chapeamento do Costado de Fora Das Colunas Estabilizadoras
(Ref [1] Sec 7 D100)
A espessura do chapeamento nessa região não deve ser menor do que a fórmula (ii).
O que irá variar é o “p” e o 𝜎. Esses parâmetros são definidos segundo a regra da
DNV. Assim:
Começando pelo 𝜎:
𝜎 = 140𝑁/𝑚𝑚²
P = 𝑝1 − 𝑝8, e esses dados são da tabela B1 da Sec7. Ref [2]
𝑝1 = 10 ∗ ℎ0 + 𝑝𝑑𝑔
𝑝𝑑𝑔 = 79,34 𝑘𝑁/𝑚² de acordo com a definição da Sec4. C201 da ref [2]
27
ℎ0 = 13m
𝑝1 = 10 ∗ 13 + 57,77 = 187,78kN/m²
Com isso o p fica sendo:
𝑝 187,78kN/m²
Finalmente, a espessura:
𝒕𝒄𝒐𝒔𝒕𝒇𝒐𝒓𝒂𝒇𝒍𝒖𝒕 = 15,8 ∗ 0,81 ∗ 0,8 ∗ √187,78
140+ 3
= 14,85 𝑚𝑚 𝑛𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝟏𝟔, 𝟎𝟎𝒎𝒎
5.1.6. Chapeamento do Costado de Dentro Das Colunas
Estabilizadoras (Ref [1] Sec 7 D100)
A espessura do chapeamento nessa região não deve ser menor do que a fórmula (ii).
O que irá variar é o “p” e o 𝜎. Esses parâmetros são definidos segundo a regra da
DNV. Assim:
Começando pelo 𝜎:
𝜎 = 140𝑁/𝑚𝑚²
P = 𝑝1 − 𝑝8, e esses dados são da tabela B1 da da Sec7. Ref [2]
𝑝1 = 10 ∗ ℎ0 + 𝑝𝑑𝑔
𝑝𝑑𝑔 = 75,45 𝑘𝑁/𝑚² de acordo com a definição da Sec4. C201 da ref [2]
ℎ0 = 13m
𝑝1 = 10 ∗ 13 + 57,77 = 187,78kN/m²
Com isso o p fica sendo:
𝑝 = 187,78 kN/m²
Finalmente, a espessura:
𝒕𝒄𝒐𝒔𝒕𝒅𝒆𝒏𝒕𝒇𝒍𝒖𝒕 = 15,8 ∗ 0,81 ∗ 0,8 ∗ √187,78
140+ 2
= 14,85 𝑚𝑚 𝑛𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝟏𝟔, 𝟎𝟎𝒎𝒎
28
5.1.7. Chapeamento do Convés Das Colunas Estabilizadoras (Ref [1]
Sec 7 D200)
A espessura mínima é definida como:
𝑡𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑠𝑓𝑙𝑢𝑡 = 7,5 + (𝑠 − 0,6)7,5 (𝑚𝑚)
Onde:
s=0,8m = espaçamento dos reforçadores
Assim,
𝑡𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑠𝑓𝑙𝑢𝑡 = 7,5 + (0,8 − 0,6)7,5 = 9𝑚𝑚
Porém nenhuma espessura de chapa deve ser menor que 16 mm, assim:
𝒕𝒄𝒐𝒏𝒗é𝒔𝒇𝒍𝒖𝒕 = 𝟏𝟔𝒎𝒎
5.2. Reforçadores (Ref[1] Sec 7, B200)
Nessa seção define-se o módulo de seção mínimo para os reforçadores nas diversas
áreas do dique. Após a definição da seção do módulo de seção dos reforçadores, será
definida a geometria dos mesmos. Todos os reforçadores utilizados na estrutura do
dique serão do tipo “T”.
5.2.1. Longarinas e Hastilhas (Ref [2] Sec6. F100)
O chapeamento das longarinas da embarcação devem estar de acordo com as
fórmulas abaixo:
𝑡` = 6 +𝑘
√𝑓1
+ 𝑡𝑘
Onde:
K = 0.04*L1 = 12 para o caso da longarina central
K’= 0,02*L1 = 6 para o caso das longarinas laterais
𝑓1= 1;
𝑡𝑘 = 3
𝑡` = 21𝑚𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑙
E:
𝑡′′ = 15 ∗ 𝑠 + 𝑡𝑘
Onde:
29
S=0,8m
𝑡𝑘 = 3
𝑡′′ = 15 𝑚𝑚
Assim,
𝑡` = 21𝑚𝑚 𝑛𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑡′
= 22,40 𝑚𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑙 𝑒 16𝑚𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠
O módulo de seção desses reforços não deve ser menor do que :
𝑍 =100
𝜎∗ 𝑆2 ∗ 𝑏 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
Onde:
S = espaçamento das cavernas gigantes = 5,0 m;
b = distância do ponto de carregamento a um dos bordos do navio = 28 m;
p = pressão de projeto no local = 57,78 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref. [2] Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 160 N/𝑚𝑚2;
Assim:
𝑍 = 32861,9(𝑐𝑚3)
5.2.2. Longitudinais Fundo do Pontoon (Ref [1]Sec 7, B201)
O módulo de seção dos reforçadores longitudinais do fundo do pontoon não devem
ser menor do que os requerimentos da sec 6B200 que tem como fórmula base a
fórmula abaixo:
𝑍 =1000
𝜎 ∗ 𝑚∗ 𝑙2 ∗ 𝑠 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
Onde:
l = espaçamento das cavernas gigantes = 5,0 m;
s = espaçamento dos reforçadores = 0,8 m;
p = pressão de projeto no local = 187,07 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref. [2] Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 108,65 N/𝑚𝑚2;
30
𝑚 = 12
Assim,
𝑍 =1000
108,65 ∗ 12∗ 52 ∗ 0,8 ∗ 187,07 ∗ 1,3 = 3744,55(𝑐𝑚3)
5.2.3. Longitudinais Deck do Pontoon (Ref [1] Sec 7, B202)
O módulo de seção dos reforçadores longitudinais do deck do pontoon não devem
ser menor do que os requerimentos da sec 6B200 que tem como fórmula base a
fórmula abaixo:
𝑍 =1000
𝜎 ∗ 𝑚∗ 𝑙2 ∗ 𝑠 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
Onde:
l = espaçamento das cavernas gigantes = 5,0 m;
s = espaçamento dos reforçadores = 0,8 m;
p = pressão de projeto no local = 322,15 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref. [2]Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 108,65 N/𝑚𝑚2;
𝑚 = 12
Assim,
𝑍 =1000
108,65 ∗ 12∗ 52 ∗ 0,8 ∗ 322,15 ∗ 1,3 = 4431,18(𝑐𝑚3)
5.2.4. Cavernas (Ref [1] Sec 7 B300)
O módulo de seção das cavernas não devem ser menor do que os requerimentos da
sec 6 B200 que tem como fórmula base a fórmula abaixo:
𝑍 =1000
𝜎 ∗ 𝑚∗ 𝑙2 ∗ 𝑠 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
31
Onde:
l = espaçamento gigantes de apoio= 10 m;
s = espaçamento dos reforçadores = 1 m;
p = pressão de projeto no local = 322,13 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref.[2] Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 160 N/𝑚𝑚2;
𝑚 = 10
Assim,
𝑍 =1000
160 ∗ 10∗ 102 ∗ 0,8 ∗ 322,13 ∗ 1,3 = 20938,2(𝑐𝑚3)
5.2.5. Longitudinais Deck das Colunas Estabilizadoras (Ref [1] Ch2.
Sec7. D204)
O módulo de seção dos reforçadores longitudinais do deck das colunas estabilizadoras
não devem ser menor do que os requerimentos da sec 6B200 que tem como fórmula
base a fórmula abaixo:
𝑍 =1000
𝜎 ∗ 𝑚∗ 𝑙2 ∗ 𝑠 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
Onde:
l = espaçamento das cavernas gigantes = 5,0 m;
s = espaçamento dos reforçadores = 0,8 m;
p = pressão de projeto no local = 53,38 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref. [2] Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 160 N/𝑚𝑚2;
𝑚 = 12
Assim,
𝑍 =1000
160 ∗ 12∗ 52 ∗ 0,8 ∗ 53,38 ∗ 1,3 = 719,95(𝑐𝑚3)
32
5.2.6. Longitudinais do Costado das Colunas Estabilizadoras (Ref [2]
Sec7. C100)
O módulo de seção das cavernas no pontoon não devem ser menor do que os
requerimentos da sec 6B200 que tem como fórmula base a fórmula abaixo:
𝑍 =83
𝜎∗ 𝑙2 ∗ 𝑠 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
Onde:
l = espaçamento gigantes de apoio= 5 m;
s = espaçamento dos reforçadores = 0,8 m;
p = pressão de projeto no local = 187,78 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref. [2] Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 160 N/𝑚𝑚2;
Assim,
𝑍 =83
160∗ 102 ∗ 0,8 ∗ 187,78 ∗ 1,3 = 2532,7(𝑐𝑚3)
5.2.7. Anteparas Transversais (Ref [2]Sec 9)
Chapeamento (Ref [2]Sec 9)
O escantilhonamento das anteparas é definido tendo como base a ref [2]Sec 9. Para
anteparas que estão sujeitas às pressões laterais, deve ser o maior valor entre:
1 − 𝑡𝑎𝑛𝑡𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 15,8 ∗ 𝑘𝑎 ∗ 𝑠√𝑝
𝜎+ 𝑡𝑘
Onde:
P = 𝑝 = 𝑝1 − 𝑝9 = 95,38 kN/m²
𝜎 = 160 𝑁/𝑚𝑚²
Outros parâmetros já determinados nas seções anteriores;
𝑡𝑎𝑛𝑡𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 11,45 𝑚𝑚
33
2 − 𝑡′𝑎𝑛𝑡𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 5 +𝑘 ∗ 𝐿1
𝑓1+ 𝑡𝑘
Onde:
K = 0,02
L = 300 m
F1 =1
Tk=3mm
𝑡𝑎𝑛𝑡𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 14𝑚𝑚 → 𝑁𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙: 𝑡𝑎𝑛𝑡𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 16,00𝑚𝑚
5.2.8. Prumos das Anteparas (Ref [2]Sec 9)
A espessura mínima para o flange e a alma do prumo deve ser maior do que:
𝑡′ = 4,5 + 𝑘 + 𝑡𝑘 = 12mm
𝑡′′ = 1,5 + (ℎ𝑤 ∗ √𝑓1) + 𝑡𝑘 = 9,83 mm
Dessa forma, colocando nas espessuras comerciais
𝑡′ = 12,50 𝑚𝑚
O módulo de seção não deve ser menor que o da fórmula abaixo:
𝑍 =83
𝜎∗ 𝑙2 ∗ 𝑠 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
Onde:
l = espaçamento gigantes de apoio= 5 m;
s = espaçamento dos reforçadores = 0,8 m;
p = pressão de projeto no local = 95,38 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref. [2] Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 160 N/𝑚𝑚2;
Assim:
34
𝑍 = 1286,53 𝑐𝑚³
Travessas das Anteparas (Ref [2]Sec 9)
A espessura mínima para o flange e a alma do prumo deve ser maior do que:
𝑡′ = 5 + 𝑘 + 𝑡𝑘 = 12,50mm
Dessa forma, colocando nas espessuras comerciais
𝑡′ = 12,50 𝑚𝑚
O módulo de seção não deve ser menor que o da fórmula abaixo:
𝑍 =100
𝜎∗ 𝑆2 ∗ 𝑏 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
Onde:
S = espaçamento gigantes de apoio= 5 m;
b = espaçamento dos reforçadores = 28 m;
p = pressão de projeto no local = 95,38 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref. [2] Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 160 N/𝑚𝑚2;
Assim:
𝑍 = 54251,2 𝑐𝑚³
5.2.9. Anteparas Longitudinais (Ref [2]Sec 9)
Chapeamento (Ref [2]Sec 9)
O escantilhonamento das anteparas é definido tendo como base a ref [2]Sec 9. Para
anteparas que estão sujeitas às pressões laterais, deve ser o maior valor entre:
1 − 𝑡𝑎𝑛𝑡𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 15,8 ∗ 𝑘𝑎 ∗ 𝑠√𝑝
𝜎+ 𝑡𝑘
Onde:
P = 𝑝 = 𝑝1 − 𝑝9 = 95,38 kN/m²
𝜎 = 160 𝑁/𝑚𝑚²
Outros parâmetros já determinados nas seções anteriores;
35
𝑡𝑎𝑛𝑡𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 11,45 𝑚𝑚
2 − 𝑡′𝑎𝑛𝑡𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 5 +𝑘 ∗ 𝐿1
𝑓1+ 𝑡𝑘
Onde:
K = 0,03
L = 300 m
F1 =1
Tk=3mm
𝑡𝑎𝑛𝑡𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 17𝑚𝑚 → 𝑁𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙: 𝑡𝑎𝑛𝑡𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 19,00𝑚𝑚
Longitudinais das Anteparas (Ref [2]Sec 9)
A espessura mínima para o flange e a alma do prumo deve ser maior do que:
1. 𝑡′ = 5 + 𝑘 + 𝑡𝑘 = 12,5mm
2. 𝑡′′ = 1,5 + (ℎ𝑤 ∗ √𝑓1) + 𝑡𝑘 = 9,83 mm
Dessa forma, colocando nas espessuras comerciais
𝑡′ = 12,50 𝑚𝑚
O módulo de seção não deve ser menor que o da fórmula abaixo:
𝑍 =83
𝜎∗ 𝑙2 ∗ 𝑠 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
Onde:
l = espaçamento gigantes de apoio= 5 m;
s = espaçamento dos reforçadores = 0,8 m;
p = pressão de projeto no local = 95,38 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref. [2] Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 160 N/𝑚𝑚2;
36
Assim:
𝑍 = 1286,53 𝑐𝑚³
Prumos das Anteparas (Ref [2]Sec 9)
A espessura mínima para o flange e a alma do prumo deve ser maior do que:
𝑡′ = 5 + 𝑘 + 𝑡𝑘 = 12,50mm
Dessa forma, colocando nas espessuras comerciais
𝑡′ = 12,50 𝑚𝑚
O módulo de seção não deve ser menor que o da fórmula abaixo:
𝑍 =100
𝜎∗ 𝑆2 ∗ 𝑏 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
Onde:
S = espaçamento gigantes de apoio= 5 m;
b = espaçamento dos reforçadores = 17 m;
p = pressão de projeto no local = 95,38 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref. [2] Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 160 N/𝑚𝑚2;
Assim:
𝑍 = 32938,2 𝑐𝑚³
5.3. Dimensionamento dos Reforçadores
Utilizando os módulos de seção já calculados baseado na regra da DNV, pode-se
dimensionar os elementos estruturais para que, com nossas dimensões atribuídas, o
módulo de seção seja aprovado nos critérios da classificadora.
Dessa forma, segue os cálculos para o dimensionamento das estruturas para o
pontoon, as colunas estabilizadoras e anteparas do dique.
As dimensões principais de uma viga consistem em largura do flange (lf), espessura
do flange (tf), altura da alma (ha), espessura da alma (ta). As vigas possuem um
valor mínimo para o módulo de seção máximo estabelecido de acordo com a função
e esforços ao qual estarão submetidas.
O módulo de seção máximo é a razão entre o momento de inércia da seção
transversal (l) e a maior distância da linha neutra até a superfície sob flexão (y):
37
𝑆𝑀 = 𝐼
𝑦
Considerando o teorema dos eixos paralelos e o perfil T em flange, alma e chapa, o
momento de inércia transversal é calculado. Como estamos usando o perfil T
consideramos a altura sendo igual a largura, como segue figura e cálculos abaixo:
Figura 19 - Reforçador "T"
𝐼𝐵𝐿 = ∑ 𝐼0 + ∑ 𝐴𝑖 𝑦𝑖2
𝑦𝑁𝐴 = ∑ 𝐴𝑖𝑦𝑖
∑ 𝐴𝑖
𝐼𝑁𝐴 = 𝐼𝐵𝐿 − 𝐴 ∗ 𝑦𝑁𝐴2
𝑆𝑀𝑏𝑜𝑡𝑡𝑜𝑚 = 𝐼𝑁𝐴
𝑦𝑏𝑜𝑡𝑡𝑜𝑚
𝑆𝑀𝑡𝑜𝑝 = 𝐼𝑁𝐴
𝑦𝑡𝑜𝑝
38
Nas tabelas abaixo, é possível encontrar o dimensionamento das vigas com os seus
respectivos módulos de seção:
Tabela 2 - Reforços do Pontoon
Tabela 3 - Reforços das Colunas Estabilizadoras
Tabela 4 - Reforços Antepara Transversal
Tabela 5 - Reforços Antepara Longitudinal
39
5.4. Módulo de Seção
Utilizando a referência [1] foi calculado o módulo de seção mínimo que o dique
flutuante precisaria para resistir aos momentos e esforços. A tensão admissível pela
regra era de 140 N/mm² e o momento máximo pode ser encontrado no ANEXO 1.
Ele já havia sido calculado na etapa de desenvolvimento do dique com suas
características hidrostáticas.
Dessa maneira, sabe-se que:
𝑆𝑀𝑚𝑖𝑛 = 𝑀𝑚𝑎𝑥
𝑓𝑝
Onde:
𝑀𝑚𝑎𝑥= momento máximo = 273286,68 t* m
𝑓𝑝= tensão admissível = 140N/mm²
Assim,
𝑆𝑀𝑚𝑖𝑛 = 19,15𝑚3
Como todos os elementos dessa configuração estrutural já haviam sido definidos, foi
feita uma planilha no excel que os computasse e soma-se suas respectivas inércias
e módulo de seção para que ao final se soubesse se a alternativa estrutural
conseguiria atender ao critério de ser superior ao módulo de seção mínimo. Abaixo é
possível encontrar o resultado que essa tabela gerou. Ao final do relatório no ANEXO
2 é possível a tabela definida em seus detalhes.
Tabela 6 - Resultado do Cálculo de Módulo de Seção
RESULTADOS MEIA SEÇÃO SEÇÃO COMPLETA Mínimos requeridos - DNV
Área da seção Transversal 29632,60 cm2 52890,81 cm2
Altura da linha neutra 2,97 m
Momento de Inercia 23,90 m4 45,66 m4
Módulo de Seção 10,67 m3 19,49 m3 19,15 ok
5.5. Modelação no Rhinoceros
Para avaliar o peso, o centro de gravidade e o comprimento de solda necessário na
região de interesse, utilizou-se o software Rhinoceros. Esse software permite a
modelagem da estrutura em 3D e por meio de algumas funções que nele estão
presentes fica fácil calcular o peso total de aço presente na estrutura. Abaixo é
possível ver algumas imagens da estrutura com painéis reforçados.
40
Figura 20 - Estrutura Painéis Reforçados
Figura 21 - Estrutura Painéis Reforçados
Com essa estrutura toda calculada modelada no Rhinoceros, foi possível então
usando o comando que determina área de “layers” determinar o peso e o CG do aço
da estrutura.
O Comando segue esse caminho Analyze->Mass properties->Area Moments e com
ele foi possível determinar a área de uma layer e o centroide da layer e depois
bastava multiplicar pela espessura do elemento e peso específico do aço utilizado
para se obter o peso. A tabela a seguir demonstra o cálculo realizado.
41
Tabela 7 - Peso e CG Painéis Reforçados
Apenas para reforça, o peso e o CG encontrado ao final do cálculo foi de
Peso (t) LCG (m) TCG (m) VCG (m)
23893,10 150,00 0,00 4,02
Para o cálculo de comprimento de solda, apenas se considerou a região que será
modificada posteriormente – ou seja, nas colunas estabilizadoras entre o safety deck
e a altura do deck do pontoon. Para isso o cálculo foi separado em duas etapas:
1. Solda dos Reforçadores;
2. Solda entre Chapas;
Para a primeira etapa era preciso saber quantos reforçadores haviam nessa parcela
da estrutura e em quantos pontos esses reforços eram soldados. Para tal etapa o
resultado foi o que se segue.
Tabela 8 - Comprimento de Solda Reforçadores
Comprimento de Solda Painéis Reforçados
N de Reforçadores 8
Pontos de Solda por Reforço 4
Comprimento por Ponto (m) 300
Total (m) 9600
ITENS Espessura (m) Área (m²) Volume (m³) Peso (t) LCG (m) TCG (m) VCG (m)
CHAPEAMENTO INICIO FIM 0.0190 721.28 13.70 106.89 150.00 0.00 3.70
TETO FLUTUADORES 0.0160 2400.00 38.40 299.52 150.00 0.00 14.00
COSTADO EXT 0.0180 8400.00 151.20 1179.36 150.00 0.00 7.00
COSTADO INT 0.0180 5736.00 103.25 805.33 150.00 0.00 9.22
FUNDO DOS FLUTUADORES 0.0220 8400.00 184.80 1441.44 150.00 0.00 0.00
TETO PONTOON 0.0240 16800.00 403.20 3144.96 150.00 0.00 4.44
FUNDO PONTOON 0.0220 16800.00 369.60 2882.88 150.00 0.00 0.00
SAFETY DECK 0.0160 2400.00 38.40 299.52 150.00 0.00 11.95
DECK COST PONTOON 0.0160 2400.00 38.40 299.52 150.00 0.00 4.44
LONGARINAS 0.0220 2664.00 58.61 457.14 150.00 0.00 2.22
LONGARINAS LATERAIS 0.0160 7992.00 127.87 997.40 150.00 0.00 2.22
HASTILHAS 0.0190 10985.70 208.73 1628.08 150.00 0.00 2.22
CAVERNAS GIGANTES 0.0190 4765.60 90.55 706.26 150.00 0.00 7.02
ANTEPARAS TRANSVERSAIS 0.0160 3606.40 57.70 450.08 150.00 0.00 3.70
ANTEPARAS LONGITUDINAIS 0.0160 5328.00 85.25 664.93 150.00 0.00 2.22
REFORÇADORES DE FUNDO 0.0150 18360.00 275.40 2148.12 150.00 0.00 0.34
REFORÇADORES DECK PONTOON 0.0150 15120.00 226.80 1769.04 150.00 0.00 4.13
REFORÇADORES DE CONVÉS
FLUTUADORES0.0120 7520.00 90.24 703.87 150.00 0.00 11.22
REFORÇADORES DE COSTADO 0.0120 41760.00 501.12 3908.74 150.00 0.00 6.64
TOTAL 23893.10 150.00 0.00 4.02
PESO DE AÇO
CASCO E CONVESES
GIGANTES
ANTEPARAS
REFORÇADORES
42
Para a segunda etapa, considerou-se o comprimento das chapas de aço como sendo
12m x 2,44m, e elas estariam em uma disposição horizontal – ou seja, alinhadas
com os reforçadores da coluna estabilizadora. Não foi considerado nesse estudo a
quantidade de aço que seria desperdiçado. Assim:
Tabela 9 - Comprimento de Solda das Chapas
Comprimento de Solda Paineís Reforçados
Comprimento total 300
Largura Total 7,56
Chapas Utilizadas na Horizontal 4
Total (m) 2430,24
Com isso o total do comprimento de solda será a soma dessas duas etapas do cálculo.
Total (m) 12030,24
43
5.6. Configuração do Dique com a Corruga
Prosseguindo com o estudo, uma vez que foi calculada e modelada a estrutura
clássica com painéis reforçados, chegou a hora de implementar a corruga na área
descrita na seção 5. A corruga foi dimensionada de acordo com as regras da DNV
[2]. E para que fosse dimensionado uma corruga que atendesse às solicitações do
dique, ela deveria ter um módulo de seção o mais próximo possível, porém maior do
que o módulo de seção do reforçador longitudinal que atuasse no local onde seria
feita a modificação (colunas estabilizadoras). No estudo de caso desse relatório,
deveria ser maior que o módulo de seção do longitudinal do costado e o chapeamento
do costado. Também foi feito um teste de flambagem previsto na regra.
Na própria regra da DNV [2] existe um módulo de seção mínimo requerido para o
painel corrugado. Caso, o módulo de seção mínimo calculado pela regra seja maior
que o módulo de seção do reforçador e da chapa da região a se modificar, seguirá o
mesmo raciocínio, entretanto o módulo de seção obedecido será o de regra. Ou seja,
será obedecido o maior módulo de seção entre o calculado em regra e do reforçador
com a chapa da região a se modificar, visando a segurança operacional do dique.
5.6.1. Geometria da Corruga
A corruga foi pensada levando-se em consideração alguns pontos importantes. O
tamanho dos flanges e alma deveriam ser tal que atendessem o módulo de seção
mínimo, o que será verificado nas próximas seções do relatório.
A altura da corruga deveria ser tal que ela desse continuidade estrutural para os
reforçadores dos decks de apoio. Dessa maneira, adotou-se a priori uma altura de
corruga de 800mm.
Outro ponto de interesse foi com relação ao cavernamento do dique. Como o ponto
de mudança da configuração estrutural está entre o safety deck nas colunas
estabilizadoras e o deck do pontoon, há uma preocupação com a carga de
compressão. Nos casos dos diques, guindastes com grande massa e capacidade de
carga ficam ali presentes o que pode causará compressão naquela região. Como a
configuração de corruga é horizontal – para substituir os reforçadores longitudinais
daquela região – há uma grande preocupação com essas cargas compressivas. Dessa
maneira, resolveu-se continuar com as cavernas nas colunas estabilizadoras para
manter segurança operacional e ser mais um agente contra a flambagem.
Como mais um ponto, utilizou-se recomendações de regras [1] e [2] para ângulos
de corruga, que seria bom ficar próximo de 60 a 70 graus.
44
Figura 22 - Geometria da Corruga
5.6.2. Módulo de Seção Requerido x Módulo de seção dos
Longitudinais
Nessa seção serão comparados: o módulo de seção requerido por regra e o módulo
de seção dos longitudinais da região a se modificar.
O módulo de seção dado por [2] pode ser calculado como:
𝑍 =1000
𝜎𝑚∗ 𝑙2 ∗ 𝑠 ∗ 𝑝 ∗ 𝑤𝑘(𝑐𝑚3)
Onde:
l = espaçamento gigantes de apoio = 5m
s = distância horizontal entre os flanges = 1,26 m;
p = pressão de projeto no local = 188,87 kN/𝑚2;
𝑤𝑘= fator de corrosão (ref.[2] Sec1 C1004) = 1,3
𝜎 = tensão devido à flexão = 160 N/𝑚𝑚2;
𝑚 = fator dependendo do tipo de corruga = 10
𝑍′ = 4813,14 𝑐𝑚3
45
Já o módulo de seção dos elementos reforçadores, é possível encontrá-los na seção
5.2.6 desse relatório sendo igual a
𝑍′′ = 2677,07 𝑐𝑚3
O maior entre os dois será obedecido.
5.6.3. Cálculo do Módulo de Seção
Como dito acima, o módulo de seção da corruga deve obedecer ao maior dos dois
módulos de seção calculados acima.
O cálculo do módulo de seção da corruga a ser projetada foi feito seguindo algumas
etapas. Porém, em primeiro lugar é preciso se ter em mente que o módulo de seção
é a inércia da seção dividida pelo comprimento da linha neutra.
𝑍 =𝐼
𝐿𝑁(𝑚3)
Onde:
Z = módulo de seção (m³)
I = inércia da seção (m4)
LN = maior distância a linha neutra (m)
Para o cálculo da Inércia e da maior distância até a linha neutra, separou-se a corruga
em dois elementos.
1. Flange
2. Alma
Para cada elemento, o cálculo é similar e feito como se segue. Em primeiro lugar são
definidos um comprimento e uma espessura para cada elemento. Como a geometria
é simples (retângulos) sabe-se o centro do Zg e a área desse elemento. É então
calculado as inércias pela seguinte fórmula:
𝐼𝑦𝑦 = 𝑏 ∗ ℎ3
12(𝑚4)
A fórmula para o 𝐼𝑧𝑧 é similar, porém se inverte a base a altura do retângulo.
De posse dessas inércias é então calculada o 𝐼𝑦𝑦′ e depois calculada 𝐼𝑦𝑦" delas pelas
seguintes fórmulas:
46
𝐼𝑦𝑦′ =
𝐼𝑦𝑦 + 𝐼𝑧𝑧
2+ 𝐶𝑜𝑠(2 ∗ â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜) +
𝐼𝑦𝑦 − 𝐼𝑧𝑧
2
𝐼𝑦𝑦" = 𝐼𝑦𝑦
′ + 𝐴𝑟𝑒𝑎 ∗ (𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑐𝑔 − 𝐿𝑁)2
Para os dois elementos (flange e alma) soma-se os dois valores de 𝐼𝑦𝑦" e tem-se a
inércia final da corruga.
Para o cálculo da Linha neutra segue-se o mesmo raciocínio da separação em dois
elementos. E para cada elemento é calculado um momento de área.
𝑀𝑜𝑚. 𝐴𝑟𝑒𝑎 = 𝐴𝑟𝑒𝑎 ∗ 𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑍𝑔
Soma-se as duas contribuições dos elementos e se divide pela área total deles.
𝐿𝑁 =𝑀𝑜𝑚. 𝑎𝑟𝑒𝑎1 + 𝑀𝑜𝑚. 𝑎𝑟𝑒𝑎2
𝐴𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
De posse dessas duas informações é possível encontrar o módulo de seção total da
corruga.
Dessa forma, utilizando esse raciocínio supracitado e a geometria da corruga citada
na seção 5.6.1 foi possível calcular o módulo de seção. Os flanges e a alma da corruga
ficaram com a seguinte configuração:
Tabela 10 - Cálculo do Módulo de resistência
Dessa maneira, pôde-se calcular o módulo de seção adquirido da corruga, que foi:
Z_Corruga 4.872,77 cm3
Vê-se que foi obtido uma configuração com um pouco mais de módulo de seção,
porém não muito mais para não se desperdiçar aço.
5.6.4. Teste de Flambagem
Para a análise de flambagem da face paralela da corruga, foram utilizadas as fórmulas
abaixo e os parâmetros listados. Eles podem ser encontrados na referência [2].
𝑘𝑙 =8,4
𝜓 + 1,1
Largura Espessura Centro_Zg Angulo Area Iyy Izz angulo_rad Mom.Area Iyy' Iyy''
Elemento (mm) (mm) (m) (graus) (m2) (m4) (m4) (rad) (m3) (m4) (m4)
Alma 923,760 21,000 0,483 60 0,019399 1,379E-03 7,129E-07 1,047 9,367E-03 1,035E-03 1,430E-03
Flange 400,000 21,000 0,011 0 0,008400 1,120E-04 3,087E-07 0,000 8,820E-05 3,087E-07 9,131E-04
Tabela de Cálculo do Módulo de Resistência
47
Onde:
𝑘𝑙= será utilizado no calculo de 𝜎𝑒𝑙
𝜓 = 𝑟𝑎𝑧õ𝑒𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑡𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑎 𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎
Dessa maneira já é possível calcular o 𝜎𝑒𝑙 por
𝜎𝑒𝑙 = 0,9 ∗ 𝑘𝑙 ∗ 𝐸 ∗𝑡 − 𝑡𝑘
1000 ∗∗ 𝑠
Onde:
𝜎𝑒𝑙= tensão elástica ideal
𝑡 = espessura do chapeamento
𝑡𝑘 = espessura adicional para corrosão
𝐸 = módulo de elasticidade
𝑠 = Menor lado da corruga
Com a tesão elástica de flambagem calcula-se a tensão crítica por:
{
𝜎𝑐 = 𝜎𝑒𝑙 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝜎𝑒𝑙 < 𝜎𝑓/2
𝜎𝑐 = 𝜎𝑓 ∗ (1 − 𝜎𝑓
4 ∗ 𝜎𝑒𝑙
) 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝜎𝑒𝑙 > 𝜎𝑓/2
Onde:
𝜎𝑐= tensão crítica de flambagem;
𝜎𝑓 = limite de resistência do material;
Dessa maneira, para que não ocorra flambagem segundo [2]
𝜎𝑐 ≥𝜎
𝜂
Onde
𝜂 = fator de estabilidade
5.6.5. Modelação no Rhinoceros da Corruga
Para avaliar o peso, o centro de gravidade e o comprimento de solda necessário na
região de interesse, utilizou-se o software Rhinoceros. Esse software permite a
modelagem da estrutura em 3D e por meio de algumas funções que nele estão
presentes fica fácil calcular o peso total de aço presente na estrutura. Abaixo é
possível ver algumas imagens da estrutura com painéis reforçados.
48
Figura 23 - Detalhe da Corruga
Figura 24 - Corruga no Casco
Com essa estrutura toda calculada modelada no Rhinoceros, foi possível então
usando o comando que determina área de “layers” determinar o peso e o CG do aço
da estrutura.
O Comando segue esse caminho Analyze->Mass properties->Area Moments e com
ele foi possível determinar a área de uma layer e o centroide da layer e depois
bastava multiplicar pela espessura do elemento e peso específico do aço utilizado
para se obter o peso. A tabela a seguir demonstra o cálculo realizado.
49
Tabela 11 - Peso e CG corruga
Apenas para reforçar o peso e o CG encontrado ao final do cálculo foi de
Peso (t) LCG (m) TCG (m) VCG (m)
21874,51 150,00 0,00 3,57
Para o cálculo de comprimento de solda, apenas se considerou a região que foi
modificada – ou seja, nas colunas estabilizadoras entre o safety deck e a altura do
deck do pontoon. Para o caso da corruga o cálculo foi separado apenas na união das
chapas das corrugas.
Para essa etapa, considerou-se o comprimento das chapas de aço como sendo 12m
x 2,44m, e elas estariam em uma disposição horizontal – ou seja, alinhadas com as
corrugas do costado das colunas estabilizadoras. Não foi considerado nesse estudo a
quantidade de aço que seria desperdiçado com o corte das chapas. Assim:
ITENS Espessura (m) Área (m²) Volume (m³) Peso (t) LCG (m) TCG (m) VCG (m)
CASCO E CONVESES
CHAPEAMENTO INICIO FIM 0,0190 721,28 13,70 106,89 150,00 0,00 3,70
TETO FLUTUADORES 0,0160 2400,00 38,40 299,52 150,00 0,00 14,00
COSTADO EXT 0,0180 3864,00 69,55 542,51 150,00 0,00 5,56
COSTADO INT 0,0180 3864,00 69,55 542,51 150,00 0,00 5,56
FUNDO DOS FLUTUADORES 0,0220 8400,00 184,80 1441,44 150,00 0,00 0,00
TETO PONTOON 0,0240 16800,00 403,20 3144,96 150,00 0,00 4,44
FUNDO PONTOON 0,0220 16800,00 369,60 2882,88 150,00 0,00 0,00
SAFETY DECK 0,0160 2400,00 38,40 299,52 150,00 0,00 11,95
DECK COST PONTOON 0,0160 2400,00 38,40 299,52 150,00 0,00 4,44
LONGARINAS 0,0220 2664,00 58,61 457,14 150,00 0,00 2,22
LONGARINAS LATERAIS 0,0160 7992,00 127,87 997,40 150,00 0,00 2,22
HASTILHAS 0,0190 10985,70 208,73 1628,08 150,00 0,00 2,22
CAVERNAS GIGANTES 0,0190 4160,13 79,04 616,53 150,00 0,00 6,85
ANTEPARAS LONGITUDINAIS 0,0160 5328,00 85,25 664,93 150,00 0,00 2,22
REFORÇADORES DE FUNDO 0,0150 18360,00 275,40 2148,12 150,00 0,00 0,34
REFORÇADORES DECK PONTOON 0,0150 15120,00 226,80 1769,04 150,00 0,00 4,13
REFORÇADORES DE CONVÉS
FLUTUADORES0,0120 1920,00 23,04 179,71 150,00 0,00 9,07
REFORÇADORES DE COSTADO 0,0120 14400,00 172,80 1347,84 150,00 0,00 4,34
CORRUGAS 0,0210 15298,91 321,28 2505,96 150,00 0,00 8,22
TOTAL 21874,51 150,00 0,00 3,57
PESO DE AÇO
GIGANTES
REFORÇADORES
CORRUGAS
50
Tabela 12 - Comprimento de Solda das Chapas
Com isso o total do comprimento de solda será a soma dessas duas etapas do
cálculo.
Total (m) 4220,622
Comprimento total da Corruga entre decks (m) 10,311
N de Extremidas 2
N de Corrugas a se fazer 8
Sub-Total (m) 20,622
Comprimento total da Corruga entre decks (m) 10,311
Largura da Chapa 2,44
Comprimento por Ponto de Solda 300
N de Chapas Entre decks 6
N de Pontos de Solda 14
Sub- Total (m) 4200
Comprimento de Solda Corruga nas Extremidades
Comprimento de Solda Entre Corrugas
51
6. CONCLUSÕES
Tendo em vista os dados obtidos nas seções 5.5 e 5.6 é possível tirar algumas
conclusões importantes sobre a utilização da corruga. A primeira dela diz respeito
ao peso. A tabela abaixo mostra uma comparação entre as duas configurações com
relação ao peso:
Tabela 13 - Tabela comparativa em relação ao peso
Houve uma redução significativa do peso estrutural modificando apenas a região
das colunas estabilizadoras. Percebe-se uma redução de um pouco mais de 2
toneladas o que representa algo ligeiramente acima de 9% de perda no peso ao se
modificar a configuração estrutural.
Outra importante comparação diz respeito ao comprimento de solda. A tabela
abaixo mostra uma comparação do comprimento de solda na região de modificação
da configuração estrutural.
Tabela 14 - Tabela comparativa em relação ao comprimento de Solda
É possível observar que a quantidade de solda é extremamente menor na estrutura
de painel corrugado. Há cerca de 65% menos solda na região em que foi alterada a
configuração em relação ao painel reforçado. Esse dado é extremamente
importante quando se coloca em foco a manutenção do dique flutuante. E também
como dito anteriormente, o processo de soldagem requer muita mão de obra,
diminuindo drasticamente a quantidade de solda o trabalho também reduzirá.
Na seção 3 os problemas relacionados à manutenção que podem existir em uma
solda, especialmente se ela for malfeita, são mencionados. No caso dessa estrutura
proposta, a que possui painel corrugado tem 65% menos lugares para problemas
em soldas aparecerem.
Vale ressaltar que esses dados foram feitos apenas se modificando uma região
pequena da estrutura. Como explicado anteriormente, seria possível modificar mais
regiões. Se fossem somadas todas as regiões nas quais seriam possíveis a
Peso (t) LCG (m) TCG (m) ZCG (m)Diferença
Absoluta (t)
Diferença
Relativa (%)
Painel Reforçado 23893,1 150 0 4,07
Painel Corrugado 21874,51 150 0 3,43
Tabela Comparativa Estrutura Corrugada e Estrutura Reforçada
2018,59 9,2280%
Diferença
Absoluta (m)
Diferença
Relativa (%)
Painel Reforçado
Painel Corrugado
Comprimento de Solda (m)
12030,24
4220,622
Tabela Comparativa Comprimento de Solda Corrugada e Estrutura Reforçada
7809,618 64,9166%
52
modificação do painel reforçado para o painel corrugado haveria um total de
17269,77 toneladas passíveis de mudança. Foi apenas modificado uma região que
totalizando soma 5893,43 toneladas. Caso se modificasse todas as 17269,77
toneladas possíveis o resultado na econômica de peso e solda poderiam alcançar
expressivos 5937 toneladas e 23100 m se a resposta fosse linear.
Vê-se incríveis vantagens na modificação da estrutura no caso do dique, uma
pergunta surge. “Porque os estaleiros não adotam tais configurações para casos de
geometrias mais simples”? A única resposta que pude pensar é o fato de os
estaleiros estarem atrelados a configurações clássicas e procedimentos padrões, o
que nesse caso representa perdas futuras em manutenção e quantidade de aço
para os estaleiros.
Para próximos projetos, é importante primeiro realmente estudar a mudança para
corruga em outras regiões do dique. Uma análise estrutural em elementos finitos
também pode ser feita para que se possa ter uma maior noção do comportamento
estrutural ao se substituir os painéis reforçados pelos painéis corrugados.
Outro ponto que pode ser feito é tentar otimizar o dique estruturalmente no que diz
respeito ao peso, diminuindo espessura de soldas em regiões que a solicitação
estrutural não é tão grande.
Por fim, para realmente ter-se uma comparação fiel é preciso fazer um estudo do
custo que será necessário para a construção da corruga, pois sabe-se que para
dobrar as chapas para fazer a corruga e realizar o corte das cavernas sairá mais
caro do que a construção da estrutura clássica. Então, colocando-se em perspectiva
o custo construtivo x o custo de manutenção (menor na corrugada que na estrutura
clássica) será possível ver as vantagens em termos econômicos de uma estrutura
sobre a outra.
53
7. Referências
[1] DNV - Rules for Classification of Floating Docks , January 2012.
[2] DNV -Hull structural design -Ships with length 100 metres and above January
2015
[3] García Ramón, Sandra e Rodríguez Sarmiento, Juan - “Métodos de varada Dique
flotante”
[4] Heger Dry Dock INC (2005) - ,” DOCKMASTER TRAINING MANUAL”
[5] HÜSEYİN SAĞLAM MD. ASADUZZAMAN SARDER (2010) - Use of Corrugated Shell
Plating in Semi-submersible Offshore Platforms - Master of Science Thesis,
CHALMERS UNIVERSITY OF TECHNOLOGY
[6] De Santis Tavares, Vitor (2014) - COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE PAINÉIS
ONDULADOS - Projeto de Graduação, UFRJ
[7] Usiminas [on line] 2014. Disponível: http://www.usiminas.com.br/pt/ [Acesso:16
Fevereiro.2016].
[8] Beer, F. P. e Johnston, E. R., Resistência dos Materiais, 3ª Ed., São Paulo, Ed.
Pearson Makron Book, 2008
ANEXO 1 – Momento máximo dique flutuante
Gráfico obtido na referência [3]
2
ANEXO 2 – Módulo de Seção
Elemento Largura
Espessura
Centro Zg Ângulo Area Iyy Izz Ângulo Momento Izz' Izz'''
(mm) (mm) (m) (graus) (cm2) (rad) Area (mm4) (m4)
Chapa fundo 1
Casco fundo 32000 16
0,0095 0 5120
4,36907E+13
10922666,6
7 0 48,64 109226
66,66 4,49894
chapa teto fundo1 Teto do fundo
28000 22,4 4,451
2 0 6272 4,09771E+13
26225322,6
7 0 27917,9264 262253
22,66 1,36906
Chapa costado casco Casco Costado
7 16 7 90 1,12 457,3333333
2389,3 1,57 7,84 457,33
0,00182
Chapa costado duplo casco 4,78 16 4,78 90 0,7648
145,6204693
1631,6 1,57 3,66 145,62
0,00025
Chapa Convés 1
Convés 4000 16
14,008 0 640
8533333333
3 13653
33,3 0,000 8965,12 136533
3,33 7,79226
Chapa Longarina Central 1
Longarina
5600 22,4 2,22 90 1254,4 3,27817E+11
5245064,5 1,570 2784,77
81950303470,
25 0,15322
Chapa Longarina Lateral 2 5600 16 2,22 90 896
2,34155E+11
1911466,7 1,570 1989,12
58537307307,
92 0,10945
Chapa Longarina Lateral 3 5600 16 2,22 90 896
2,34155E+11
1911466,7 1,570 1989,12
58537307307,
92 0,10945
3
Chapa Longarina Lateral 4 5600 16 2,22 90 896
2,34155E+11
1911466,7 1,570 1989,12
58537307307,
92 0,10945
Chapa Longarina Lateral 5 5600 16 2,22 90 896
2,34155E+11
1911466,7 1,570 1989,12
58537307307,
92 0,10945
Chapa Longarina Lateral 6 5600 16 2,22 90 896
2,34155E+11
1911466,7 1,570 1989,12
58537307307,
92 0,10945
Chapa 1 Deck - Intermediário
2000 16 4,456 0 320
1066666666
7 68266
6,7 0,000 1425,92 682666
,67 0,07030
Chapa 2 2000 16 9,5 0 320
1066666666
7 68266
6,7 0,000 3040,00 682666
,67 1,36293
Somatorias de areas 18408,2
848 cm2
Somatorias de Momentos 54139,5 m.cm2
4
Somatorias de Inercias 15,80 m4
Elemento
Alma tw flange bf Area
Centro Zg
Ângulo Area Iyy Izz Ângulo Momento Izz' Izz'' Izz'''
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (m)
(graus) (cm2) (rad) Area (mm4) (mm4)
(mm4)
Fundo Casco
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5054,0 92723
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06,0 92723906,0
0,08743
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5054,0 92723
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06,0 92723906,0
0,08743
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5054,0 92723
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0,08743
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5054,0 92723
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0,08743
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0,08743
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0,08743
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0,08743
R21 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
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R24 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
5054,0 92723
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R25 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
5054,0 92723
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0,08743
R26 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
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0,08743
6
R27 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
5054,0 92723
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06,0 92723906,0
0,08743
R28 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
5054,0 92723
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0,08743
R29 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
5054,0 92723
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0,08743
R30 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
5054,0 92723
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0,08743
R31 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
5054,0 92723
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R33 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
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R34 450 15 450 15 12600 0,341 0 126 21954
5054,0 92723
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R29 400 12 400 12 9456 1,772 90 94,56 1,571 167,56032 0,0 0,0 0,01366
R30 400 12 400 12 9456 3,812 90 94,56 1,571 360,46272 0,0 0,0 0,00664
R31 400 12 400 12 9456 4,612 90 94,56 1,571 436,11072 0,0 0,0 0,02538
R32 400 12 400 12 9456 5,412 90 94,56 1,571 511,75872 0,0 0,0 0,05622
7
R33 400 12 400 12 9456 6,212 90 94,56 1,571 587,40672 0,0 0,0 0,09916
R34 400 12 400 12 9456 7,592 90 94,56 1,571 717,89952 0,0 0,0 0,20168
R35 400 12 400 12 9456 8,392 90 94,56 1,571 793,54752 0,0 0,0 0,27760
R36 400 12 400 12 9456 9,192 90 94,56 1,571 869,19552 0,0 0,0 0,36563
R37 400 12 400 12 9456 9,992 90 94,56 1,571 944,84352 0,0 0,0 0,46576
R38 400 12 400 12 9456 11,37
2 90 94,56 1,571 1075,33632 0,0 0,0 0,66693
Teto Fundo
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5054,0 92723
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06,0 92723906,0
0,02354
R3 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
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5054,0 92723
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R6 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
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8
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5054,0 92723
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5054,0 92723
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5054,0 92723
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5054,0 92723
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06,0 92723906,0
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5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R16 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R17 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R18 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R19 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R20 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
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06,0 92723906,0
0,02354
R21 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R22 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R23 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
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06,0 92723906,0
0,02354
9
R24 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R25 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R26 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R27 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R28 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R29 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R30 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R31 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R32 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R33 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
R34 420 15 420 15 12600 4,338 180 126 21954
5054,0 92723
906 3,142 546,588 927239
06,0 92723906,0
0,02354
Interior Lat.
R27 400 12 400 12 9456 1,612 270 94,56 15300
6743,0 64055
872 4,712 152,43072 153006
743,0 15648
41,3 0,01769
R28 400 12 400 12 9456 1,612 270 94,56 15300
6743,0 64055
872 4,712 152,43072 153006
743,0 15648
41,3 0,01769
R29 400 12 400 12 9456 1,612 270 94,56 15300
6743,0 64055
872 4,712 152,43072 153006
743,0 15648
41,3 0,01769
10
R30 400 12 400 12 9456 1,612 270 94,56 15300
6743,0 64055
872 4,712 152,43072 153006
743,0 15648
41,3 0,01769
R31 400 12 400 12 9456 1,612 270 94,56 15300
6743,0 64055
872 4,712 152,43072 153006
743,0 15648
41,3 0,01769
R32 400 12 400 12 9456 1,612 270 94,56 15300
6743,0 64055
872 4,712 152,43072 153006
743,0 15648
41,3 0,01769
R33 400 12 400 12 9456 1,612 270 94,56 15300
6743,0 64055
872 4,712 152,43072 153006
743,0 15648
41,3 0,01769
R35 400 12 400 12 9456 1,612 270 94,56 15300
6743,0 64055
872 4,712 152,43072 153006
743,0 15648
41,3 0,01769
R36 400 12 400 12 9456 1,612 270 94,56 15300
6743,0 64055
872 4,712 152,43072 153006
743,0 15648
41,3 0,01769
R37 400 12 400 12 9456 1,612 270 94,56 15300
6743,0 64055
872 4,712 152,43072 153006
743,0 15648
41,3 0,01769
Convés 1
R1 200 12 200 12 4800 10,85 180 48 18302
338 80270
72 3,142 520,8 802707
2,0 80270
72,0 0,29778
R2 200 12 200 12 4800 10,85 180 48 18302
338 80270
72 3,142 520,8 802707
2,0 80270
72,0 0,29778
R3 200 12 200 12 4800 10,85 180 48 18302
338 80270
72 3,142 520,8 802707
2,0 80270
72,0 0,29778
R4 200 12 200 12 4800 10,85 180 48 18302
338 80270
72 3,142 520,8 802707
2,0 80270
72,0 0,29778
Convés2
R5 200 12 200 12 4800 8,85 180 48 18302
338 80270
72 3,142 424,8 802707
2,0 80270
72,0 0,16575
R6 200 12 200 12 4800 8,85 180 48 18302
338 80270
72 3,142 424,8 802707
2,0 80270
72,0 0,16575
11
R7 200 12 200 12 4800 8,85 180 48 18302
338 80270
72 3,142 424,8 802707
2,0 80270
72,0 0,16575
R8 200 12 200 12 4800 8,85 180 48 18302
338 80270
72 3,142 424,8 802707
2,0 80270
72,0 0,16575
Convés3
R9 200 12 200 12 4800 5,07 180 48 18302
338 80270
72 3,142 243,36 802707
2,0 80270
72,0 0,02110
R10 200 12 200 12 4800 5,07 180 48 18302
338 80270
72 3,142 243,36 802707
2,0 80270
72,0 0,02110
R11 200 12 200 12 4800 5,07 180 48 18302
338 80270
72 3,142 243,36 802707
2,0 80270
72,0 0,02110
R12 200 12 200 12 4800 5,07 180 48 18302
338 80270
72 3,142 243,36 802707
2,0 80270
72,0 0,02110
Somatorias de areas 11224,3
2 cm2
Somatorias de Momentos
33101,53104 m.cm2
12
Somatorias de Inercias 8,10018 m4
RESULTADOS MEIA SEÇÃO
SEÇÃO COMPLETA
Minimos requeridos - DNV
Area da seção
Transversal
29632,60 cm2
52890,81 cm2
Altura da linha
neutra 2,97 m
Momento de Inercia 23,90 m4 45,66 m4
Modulo de Seção do
Fundo ZB 8,04 m3 15,35 m3
Modulo de Seção do
Convés ZD 2,64 m3 4,14 m3
Módulo de Seção 10,67 m3 19,49 m3 19,1
5 ok