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Instituto A Vez do Mestre LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DIDÁTICA DA MATEMÁTICA E A DISCALCULIA Apresentação de monografia AO Instituto A Vez do Mestre/Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de licenciatura em pedagogia. Por.: Maria Angélica Ribeiro Pinto Orientador: prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho Rio de Janeiro 2010 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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Instituto A Vez do Mestre

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

A DIDÁTICA DA MATEMÁTICA E A DISCALCULIA

Apresentação de monografia AO

Instituto A Vez do Mestre/Candido

Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de licenciatura em

pedagogia.

Por.: Maria Angélica Ribeiro Pinto

Orientador: prof. Dr. Vilson Sérgio de

Carvalho

Rio de Janeiro

2010

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, a minha preciosa

família, a todos os alunos com os quais

já tive o privilégio de trabalhar e aos

professores que colaboraram

compartilhando sua experiência:

Anderson de Oliveira, André Santos,

Eduardo Folco, Simone Japponi e

Weslley Fernandes.

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“Portanto, todo aquele que Me confessar diante dos homens, também Eu o

confessarei diante de Meu Pai, que está nos céus”. MATEUS 10:32

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RESUMO

Pretende-se com esta pesquisa teórica analisar os aspectos que envolvem a

didática da matemática e a discalculia, bem como suas devidas implicações no

aprendizado e na vida da criança. Aborda ainda sobre os conceitos de

desenvolvimento e aprendizagem e das dificuldades de aprendizagem. No que

tange as dificuldades de aprendizagem, conceitua as dificuldades em

matemática, enfatizando a discalculia. Por fim, faz reflexões sobre a

importância da discalculia, apresentando propostas de intervenções com o

escopo de aperfeiçoar o processo de aprendizagem da criança.

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METODOLOGIA

A presente pesquisa tem por finalidade melhorar e enriquecer o conhecimento

sobre os fenômenos ou problemas que ocorrem na realidade, além de estar

vinculada às descobertas de novos conceitos.

A metodologia utilizada neste trabalho é a pesquisa bibliográfica. A bibliografia,

como uma documentação, é um ramo auxiliar da ciência (SILVA, 2006). A

pesquisa bibliográfica servirá de apoio para o que se está apresentando e para

o que há de mais importante sobre o assunto em questão. É importante saber o

que foi publicado sobre o tema, em que sentido tem sido tratado e qual é a

opinião dos respectivos autores como ponto de apoio para o que se vai

apresentar.

A proposta deste trabalho baseado na pesquisa bibliográfica tem por principal

finalidade por em contato o leitor com tudo que se tem feito em torno do

assunto de que vai se tratar. A didática da matemática e a discalculia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................8 CAPITULO I- A didática da matemática nas séries iniciais.............................10 CAPITULO II – A aprendizagem da matemática.............................................14 CAPITULO III – A discalculia...........................................................................24 Considerações finais........................................................................................29 Referências bibliográficas................................................................................31

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INTRODUÇÃO

O tema do presente estudo foi a didática da matemática e a discalculia.

A pesquisa teórica em tela foi de fundamental relevância tendo em

vista que, muitas vezes, a discalculia influencia de forma bastante negativa a

vida do aluno, podendo causar falta de estimulo para os estudos ou até mesmo

problemas mais graves, chegando até a determinar um possível fracasso no

processo de aprendizagem.

Considerando que tal dificuldade pode ser geradora de resultados tão

prejudiciais para a vida acadêmica, e principalmente fora dela, fez-se mister

avaliar os aspectos que a envolvem, bem como as contribuições que a didática

da matemática pode trazer para ajudar o aluno.

O primeiro capítulo abordou sobre a origem da didática da matemática

e o seu significado. Apontou a França como seu berço, na década de 1960,

bem como descreveu os princípios da matemática realista. Evidenciou também

a situação didática como o objeto de estudo da matemática e sua relação com

o aluno.

Já o segundo capítulo importou-se com a aprendizagem da

matemática; os processos de assimilação e acomodação, seus respectivos

princípios: Princípios da aprendizagem do paradigma condutual, princípios da

aprendizagem geral de Burton, princípios da aprendizagem geral de Heredia

Ancona, princípios da aprendizagem lógica da matemática de Piaget, princípios

psicopedagógicos básicos do ensino da matemática moderna de Piaget,

princípios da aprendizagem significativa de Ausubel, princípios da

aprendizagem da matemática do informe Cockcroft; e ainda os tipos de

aprendizagens: memorização, aprendizagem algorítmica, aprendizagem de

conceitos e resolução de problemas.

Por fim, o terceiro capítulo conceitua a discalculia e a classifica em:

verbal, practognóstica, léxica, gráfica, ideognóstica e operacional; enumera

seus sintomas; demonstra, com a contribuição de professores entrevistados,

como o discálculico é monitorado nas séries mais avançadas, ressaltando

estratégias critérios de avaliações adotados; bem como sugere formas de

ajudar o aluno discálculico em sala de aula com mudança de pequenos

procedimentos.

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Vale ressaltar que os profissionais entrevistados são professores de

matemática que já atuaram ou atuam junto a series que correspondem a

turmas de 5° ao 9°.

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CAPÍTULO I

A DIDÁTICA DA MATEMÁTICA NAS SÉRIES

INICIAIS

Segundo Michéle Artigue, (apud Parra, 1996, p.4) a didática da

matemática teve sua origem na França, nos anos 60, em meio a um amplo

movimento do ensino cientifico. Veio romper com o ponto de vista que subjazia

as reformas. Ressalta que durante o período anterior o foco era apenas no

conteúdo e que do ponto de vista pedagógico, prevalecia a ideia segundo a

qual é suficiente saber matemática para saber ensiná-la.

Assim, os fatos colocaram em evidencia a insuficiência destes pontos

de vista e foi a partir desta tomada de consciência que nasceu a didática da

matemática.

De acordo com Koogan e Houaiss (1998), matemática significa uma

ciência quem tem por escopo investigar através do raciocínio dedutivo as

propriedades dos seres abstratos (números, figuras geométricas, etc.) e as

relações existentes entre eles. Esclarece Huete (2006):

“A matemática do grego Mátheema(ciência), distingue-se por seu

aspecto formal e abstrato e por natureza dedutiva. Em contrapartida, sua

construção liga-se a uma atividade concreta sobre os objetos para o qual o

aluno necessita da intuição como processo mental. A partir desse tipo de

elaboração, a matemática é mais construtiva que dedutiva e, se não fosse

assim, certamente que se transformaria em uma ciência memorialística, longe

de seu caráter de representação, explicação e previsão da realidade”. (p.15)

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Portanto, é possível notar que o pensamento matemático constitui um

processo no qual é possível elevar o entendimento daquilo que cerca cada

individuo, não só para a disciplina acadêmica da matemática, mas, sobretudo,

para fazer a mente funcionar.

Ainda neste sentido, Parra (1996) adverte que desde as series iniciais,

é necessário ir educando não só na matemática propriamente dita, mas

também no raciocínio lógico e dedutivo, que é a base da matemática. Assim, é

necessário educar o aluno na linguagem adequada a fim de que possa

compreender a nomenclatura e funcionamento da tecnologia atual, bem como

na base cientifica que os sustenta.

Afirma Huete (ibid) que a partir da década de 90 apostou-se no tipo de

metodologias e estratégias em que os docentes garantissem nos alunos sua

própria capacidade de pensar e de realizar perguntas com fundamento.

Contudo, faz-se ver que já existe há algum tempo sem apresentar muitos

resultados novos.

A partir da concepção para o entendimento da matemática, bem como

sua posterior transferência para as aulas, o supracitado autor criou os

princípios da matemática realista, a saber:

Contribuem par a bagagem cultural das pessoas;

Tentam salvar o dualismo sabe – e- utilizar matemática;

Não devem ser separado das demais ciências.

O ensino da matemática, segundo Piaget (apud Huete, 2006), mostra

um paradoxo para alunos de nível intelectual alto, mas não obtém sucesso na

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disciplina em tela. Ressalta que embora as estruturas operatórias da

inteligência sejam estruturas de ações que regem o raciocínio, não são objeto

de reflexão em si mesmo. Exemplifica tal fato estabelecendo a comparação de

uma pessoa que canta sem saber ler música em uma partitura.

Considerando que a linguagem matemática é carregada de símbolos

técnicos e possui uma elevada carga de abstração, pode-se compreender a

dificuldade de muitos alunos. Para Huete (2006) determinadas atitudes

constituem princípios psicopedagógicos a orientar a atividade docente nesse

sentido:

“Conduzir o aluno a formação de noções para que descubra por si

mesmo a natureza da matemática. Ou seja, o aprender a pensar que a nova

reforma do sistema educacional retomou com força a partir dos

posicionamentos da teoria da “aprendizagem significativa”;

Experimentar os objetos matemáticos antes de introduzi-los no

raciocínio educativo, sendo a manipulação um excelente caminho;

Estudar erros dos alunos para detectar como formalizam a matemática.

Conhecer as ideias prévias e os preconceitos é o melhor posicionamento para

se chegar aos erros”. (p.32)

Ao considerar que o objeto de estudo da didática da matemática é a

situação didática, Brosseau (1982) entende que a mesma é um conjunto de

relações estabelecidas tanto explicita quanto implicitamente entre um aluno e

outro ou grupo, um meio e um sistema educativo, visando que estes alunos

alcancem o saber constituído ou em vias de constituição. Ressalta que o

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caminho a seguir consiste em construir um processo no qual o conhecimento

não seja transmitido pelo professor, mas formado progressivamente no aluno

através de múltiplas condicionantes estruturais.

Desta forma, entende-se que para criar uma situação didática oportuna

ao eficaz aprendizado, faz-se necessário colocar o aluno frente a uma situação

que evolua de forma tal,que o conhecimento que se espera que aprenda seja o

único meio viável para controlar tal situação. Assim, o aluno tem a

oportunidade de construir um conhecimento contextualizado, diferente do que

aconteceria a aplicação.

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CAPÍTULO II

A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

Segundo Gesell, (apud Marcelli 2004) “para que a aprendizagem se

processe, é necessário que o organismo esteja suficientemente maduro para

recebê-la” (p.11). Portanto, entende-se que a aprendizagem é fruto do

ambiente sobre a criança já madura, que por sua vez responde a uma situação

– problema sob a forma de uma mudança de comportamento em função do

que aconteceu.

É de extrema relevância a análise dos processos, bem como dos

princípios que envolvem a aprendizagem da matemática. O presente capítulo

pretende tratar também dos quatros tipos de aprendizagem da matemática,

que, segundo Huete (2006) são: memorização, aprendizagem algorítmica,

aprendizagem de conceitos e resolução de problemas.

2.1 Os Processos de Assimilação e Acomodação

De acordo com o entendimento de Piaget (apud Huete 2006), a

aprendizagem da matemática sucede provocada por dois processos:

assimilação e acomodação.

No processo de assimilação ocorrem quatro etapas. A primeira

consiste na apresentação expositiva de modelos e exemplos. A segunda é a

decodificação e a interpretação de partes específicas e sequenciadas, das

quais se infere um conteúdo contextualizado com a vida do aluno. Já a terceira

etapa é a de pré-codificação e contiguidade, para conseguir a adequação e a

posterior utilização de símbolos e expressões da linguagem matemática. A

quarta e ultima fase é a de elaboração e codificação. Aqui há o fim de executar

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e construir de maneira manual, gráfica, informa e formal, o desenvolvimento de

todo tipo de atividades realizadas, de acordo com a estrutura operativa do

aluno para quem se dirige a explicação.

O processo de acomodação também é composto por quatro etapas. A

primeira é a execução, que implica na operacionalidade da assimilação em

outros exercícios. A segunda é a generalização, onde tudo o que foi

experimentado se formaliza pela abstração em leis gerais, conceitos e

princípios que possam se estender a outras condições de aprendizagem. “A

abstração deve ser entendida como uma mudança produtiva em nossa mente e

com consistência quanto a sua duração” (SKEMP, 1980, p.). A terceira etapa e

a de memorização e associação de ideias que proporcionam novas relações

para realizações mais complexas. E a quarta etapa, a de aplicação, é a que o

aluno encontra-se com disposição para resolver outro tipo de situações

mediante a aplicação de estratégias conhecidas.

Para Cockcroft (1985) a fim de que ocorra real aprendizado, existem

alguns elementos que devem se apresentar no ensino da matemática a alunos

de todas as idades, a saber:

Exposição por parte do professor;

Discussão entre o professor e os alunos, e entre estes;

Trabalho prático apropriado;

Consolidação e pratica das habilidades e rotinas básicas;

Resolução de problemas, incluindo a aplicação da

matemática as situações da vida cotidiana;

Realização de trabalho de pesquisa.

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Contudo, não se pode afirmar que os elementos supracitados sejam

suficientes para estabelecer com êxito o ensino adequado da disciplina. Isto

porque há que se levar em consideração que o aluno ao aprender terá de

processar sistemas de dados matemáticos já existentes. Neste sentido Huete

alerta que:

“1. Os conceitos de ordem superior aqueles já possuídos não devem

ser ensinados segundo uma definição. Devem ser atacados mediante uma

coleção adequada de exemplos.

2. Como em matemática estes exemplos são posteriormente outros

conceitos, devemos nos assegurar de que eles se encontram já formados na

mente quem aprende.” (HUETE,2006 p.57).

Percebe-se que ao tentar introduzir um novo conceito, faz-se mister

conhecer quais são os seus conceitos adjacentes até os conceitos primários a

fim de atenuar as dificuldades e ampliar convenientemente as habilidades

cognitivas do aluno.

2.2 Princípios da Aprendizagem Matemática

Dos princípios que envolvem a aprendizagem da matemática,

Huete(IBID) entende que os mais operacionais são os abaixo descritos e os

classifica da seguinte forma:

2.2.1 Princípios da aprendizagem do paradigma condutual

Quando um estímulo e a resposta a este ocorrem em

intervalos pequenos, terminam associando-se;

O que se aprende é automatizado pela repetição frequente;

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O aluno só irá repetir aquilo que, em virtude de suas

consequências, é satisfatória, motivador, estimulante ou agradável.

Sendo evitado tudo o que não for assim.

2.2.2. Princípios da aprendizagem geral de Burton

O processo de aprendizagem consiste em experimentar a

ação que há de ser aprendida, contudo ocorrem simultaneamente

variadas atividades e muitos resultados de aprendizagem;

O processo de aprendizagem se da mediante uma ampla

variedade de experiências e materiais de estudo;

As respostas do aluno durante a aprendizagem são

modificadas pelas consequências destas sobre aquele;

O objetivo de quem aprende domina a situação de

aprendizagem e leva a resultados desejáveis;

A necessidade inicial une-se em algum momento a uma

motivação intrínseca ou extrínseca;

A maturidade e a experiência do aluno devem ser o que

ajusta o processo de aprendizagem acima de outras considerações;

É importante conhecer os processos e as deficiências,

assim como a fixação do nível de competências;

O processo de aprendizagem é facilitado sob a orientação

didática de pessoas do meio do aluno;

São produtos da aprendizagem: normas, valores,

significados, atitudes, avaliações, aptidões e habilidades;

Os produtos da aprendizagem alcançados são aqueles que

satisfazem uma necessidade e ao mesmo tempo são uteis;

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A transferência da aprendizagem se realizará eficazmente

quando o aluno descobrir relações entre tarefas distintas;

É necessário saber o significado do que está sendo

memorizado, visto que a automatização de certas aprendizagens

mediante este processo pode ser nociva.

2.2.3. Princípios da aprendizagem geral de Heredia ancona

O reforço favorece a aprendizagem;

Aprende-se melhor as atividades realizadas

intencionalmente;

A organização das informações favorece a aprendizagem;

O conhecimento dos resultados da própria atividade facilita

o processo de aprendizagem.

2.2.4. Princípios da aprendizagem lógica da matemática de Piaget

A formação de conceitos matemáticos irá precedida de

experiências lúdicas, estruturadas e práticas que sirvam de introdução

para eles;

É relevante adiar a analise para idades mais avançadas e

centrar-se na construção do conhecimento;

Os conceitos compostos por mais de uma variável serão

abordados por meio de experiências nas quais todas essas variáveis

sejam tratadas.

Convém que o corpo de conhecimento seja apresentado de

diferentes formas, considerando que dirige-se gradualmente para um

processo de abstração.

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2.2.5. Princípios psicopedagógicos básicos do ensino da matemática

moderna de Piaget

Para que o aluno possa compreender um conceito, uma

ideia, uma noção, é necessário que o mesmo o reinvente-o por meio de

processos de busca de equilíbrio;

Quando um aluno é incapaz de expressar com palavras o

que deve fazer ou compreender, devem ser propostas aprendizagens

que envolvam, de forma real e consciente, seus processos de raciocínio;

É necessário que seja criada uma estrutura entre a

matemática natural dos alunos e a matemática formal, já que as

estruturas utilizadas em uma e outra não são as mesmas, para organizar

o conteúdo da disciplina de maneira que as atividades possam favorecer

o desenvolvimento das ideias para um processo de formalização

sistemático.

2.2.6. Princípios da aprendizagem significativa de Ausubel

A aprendizagem significa pressupõe a assimilação eficaz

do novo conteúdo;

A aprendizagem significativa proporciona a construção de

novos conhecimentos e a variação das estruturas ideativas em função

das recentes apropriações;

Na medida em que aprende, o aluno estabelece uma

diferenciação progressiva dos novos conteúdos;

A aprendizagem significativa supõe uma reconciliação

integradora de todos os conteúdos de aprendizagem.

2.2.7. Princípios da aprendizagem significativa (LOGSE)

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Assegurar a relação das atividades de ensino e

aprendizagem com a vida real dos alunos partindo das experiências que

possuem, quando isto for possível;

Facilitar a construção de aprendizagens significativas

planejando atividades que permitam aos alunos estabelecimento de

relações substantivas entre conhecimentos e experiências previas e as

novas aprendizagens;

Organizar os conteúdos em torno de eixos que permitam

abordar os problemas, as situações e os acontecimentos em um

contexto e em sua totalidade;

A interação entre alunos – professor e aluno – aluno é

essencial para que ocorra a construção de aprendizagens significativas

e a aquisição de conteúdos de claro componente cultural e social;

Potencializar o interesse espontâneo dos alunos no

conhecimento dos códigos convencionais e instrumentos de cultura,

sabendo que as dificuldades que tais aprendizagens comportam podem

desmotivá-los, sendo, portanto, necessário prevê-las e graduar as

atividades para realiza-las;

Levar em consideração as particularidades de cada grupo e

os ritmos de aprendizagem de cada aluno para adaptar os métodos e os

recursos as diferentes situações;

Proporcionar continuamente informação ao aluno sobre o

momento do processo de aprendizagem em que se encontra,

esclarecendo os objetivos por alcançar, fazendo-o ter consciência de

suas possibilidades e das dificuldades por superar, bem como

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propiciando-lhe a construção de estratégias de aprendizagem

motivadoras;

Impulsionar as relações entre iguais, proporcionando

pautas que permitam o confronto e a modificação de pontos de vista, a

coordenação de interesses, a tomada de decisões coletivas, a ajuda

mútua e a superação de conflitos mediante o dialogo e a cooperação;

Planejar atividades, no âmbito do ciclo da etapa, para

conseguir a plena aquisição e consolidação de conteúdos, levando em

conta que muitos deles não são adquiridos unicamente no contexto de

aula.

2.2.8. Princípios da matemática realista

Contribui para a bagagem cultural das pessoas;

Tenta vencer o dualismo saber-utilizar matemática;

Não deve ser separada das demais ciências.

2.2.9. Princípios da aprendizagem da matemática do informe Cockcroft

Os conceitos de ordens superior já possuídos não devem

ser ensinados segundo uma definição. Devem ser atacados mediante

uma coleção adequada de exemplos;

Como em matemática tais exemplos são posteriores a

outros conceitos, devemos nos assegurar de que eles se encontram já

formados na mente de quem os aprende.

Visto o exposto, a fim de o processo de ensino e aprendizagem da

matemática ocorra de forma plena e eficaz, resta operacionalizar os princípios

apresentados.

2.3. Tipos de aprendizagens matemática

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Sabe-se que existem quatro tipos de aprendizagens matemática

(HUETE,2006), a saber: memorização, aprendizagem algorítmica,

aprendizagem de conceitos e resolução de problemas.

A memorização não deve ser vista como simples repetição, mas sim

como mais uma forma de viabilizar o aprendizado. Infelizmente, nota-se que

em poucas ocasiões esse processo foi desenvolvido em função de uma

memória operativa, no sentido de alcançar um armazenamento de informações

a longo prazo. Huete (2006) acrescenta:

“Em primeiro lugar, deve omitir-se qualquer tentativa de baseá-la na

simples repetição mecânica. Evita-se isso organizando-se os conceitos

mediante uma inter-relação lógica deles. Uma vez atingida a memorização dos

dados, conceitos, etc., é importante fixá-la com o auxílio de repasses mentais

sistemáticos ou servir-se da ajuda de esquemas; está comprovado como as

leituras repetitivas dos textos são infrutíferas e inclusive prejudiciais” (p.70).

Outro tipo de aprendizagem matemática é a algorítmica. O algorítmico

requer que se faça uso da memória para a interpretação do procedimento

correto. Para Orton (apud Huete, 2006), compreender matemática é,

principalmente reconhecer em que contexto pode-se utilizar um conceito em

qual não. Em consonância afirma Cockcroft (1985) que a “compreensão

relacional” permite saber o que fazer em casos muitos particulares e relacioná-

los com conhecimentos matemáticos mais gerais, enquanto a compreensão

instrumental constitui uma forma de memorizar regras para casos concretos

sem chegar a interagir e compreender seu funcionamento.

Um exemplo desse tipo de ensino instrumental é a tabuada de

multiplicar.

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O terceiro tipo de aprendizagem matemática é o que se da através de

conceitos. Vale ressaltar que a aprendizagem de conceitos consiste em uma

construção hierárquica, onde os de condições superiores não são transmitidos

por simples definição porque, de acordo com Skemp (1980, p.31) “um conceito

não é definível em si mesmo, ainda que dê para exemplifica-lo”. Há autores

que entende que a utilização de exemplos é o melhor caminho e fator de ajuda

nas definições matemáticas de um conceito (ORTON 1990)

A resolução de problemas como aprendizagem matemática trata-se de

um processo no qual são combinados diferentes elementos que o aluno possui,

como os pré-conceitos, as regras e as habilidades (HUETE, 2006). Assim,

exige do estudante bastante reflexão e uma considerável bagagem de

conhecimento e habilidades.

Vale ressaltar que os problemas devem estar contextualizados com a

realidade do aluno afim de que possa despertar seu interesse e alcançá-lo de

maneira eficaz. Huete afirma que “O objetivo da resolução de problemas não é

a busca particularizada de uma solução especifica, mas ato de facilitar o

conhecimento das habilidade básicas, os conceitos fundamentas e a relação

entre ambos” (IBID p.73). Portanto, o problema estimula a criatividade do

aluno, exigindo-lhe a incorporação de elementos de aprendizagens anteriores

para conseguir uma solução.

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CAPÍTULO III

A DISCALCULIA

De acordo com Semrud-clikemann e Hynd (apud Garcia, 1998),

dificuldades de aprendizagem de matemática de uma forma geral são as que

ocorrem no desenvolvimento das habilidades desta disciplina. Contudo, Smith

e Rivera (IBID) asseguram que essas dificuldades não são ocasionadas por

deficiência mental, nem por escolaridade escassa. Apenas classificam com tais

caso aconteça uma alteração relevantes dos rendimentos escolares ou na vida

cotidiana do aluno.

Sabe-se que existem duas espécies de problemas de aprendizagem

em matemática: a acalculia e a discalculia, sendo a ultima, objeto da presente

pesquisa.

Segundo Garcia (1998), a acalculia se refere a adultos ou crianças e

jovens, mas é caráter lesional e ocorre após ter sido iniciada a aquisição da

função. Já a discalculia diz respeito a crianças, é evolutiva, pode dar-se em

adultos, mas não é lesional.

Discalculia é conceituada como “um transtorno estrutural da maturação

das habilidades matemáticas, referente, sobretudo a crianças, e que se

manifesta pela quantidade de erros variados na compreensão dos números,

habilidades de contagem, computacionais e solução de problemas.” (IBID

p.213) Para Marcelli (1998), a discalculia é vista como um fracasso na

aprendizagem dos primeiros elementos dos calculo, bem como um fracasso na

capacidade de manejar um numero de modo adequado.

A classificação da discalculia segundo Kocs (apud Garcia, 1998) se dá

em seis subtipos, podendo variar em combinações e ocorrer com outros

transtornos:

A discalculia verbal, com dificuldades em nomear as

quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as

relações;

A discalculia practognóstica, ou dificuldades para

enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens,

matematicamente;

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A discalculia léxica, no tocante a dificuldades na leitura dos

símbolos matemáticos;

A discalculia ideognóstica, ou dificuldades em realizar

operações mentais, bem como na compreensão de conceitos

matemáticos;

A discalculia operacional, com relação as dificuldades na

execução de operações e cálculos numéricos.

São sintomas clássicos de portador de discalculia, de acordo com

Oliver (2006, p.88):

“- Parece não reconhecer os números nem distingui-los;

- Confunde-se, achando que todos os números são iguais;

- Não consegue dizer com exatidão quantos anos tem, nem mesmo

mostrando os dedos;

- Não sabe distinguir o número de sua residência nem a data de seu

aniversario;

- Não consegue contar em sequência lógica;

- Não consegue fazer contas básicas, mesmo usando objetos

concretos.

- Não reconhece símbolos matemáticos;

- Não consegue escrever os números;

- Demonstra nervosismo, quando expostos as aulas de matemática”.

(p.88).

Acrescenta ainda Johnson e Myklebust (apud José e Coelho, 20020

que a criança com discalculia é incapaz de:

Visualizar conjuntos de objeto, dentro de um conjunto

maior;

Conservar a quantidade;

Sequenciar e classificar números;

Compreender os sinais;

Montar operações;

Entender os princípios de medida;

Lembrar da sequencia de passos, para realização de

operações matemáticas;

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Estabelecer correspondências um-a-um;

Contar por meios dos cardiais e ordinais.

Contudo, vale ressaltar, que para ser comprovada discalculia é

necessário que o individuo seja submetido a testes e exames.

3.1. O discálculico nas séries mais avançadas

O aluno discálculico já enfrenta muitas dificuldades nas series iniciais

do ensino fundamental. Mas o que dizer das dificuldades encontradas nas

séries mais avançadas?

Para apresentar um pouco dessa realidade forma entrevistados cinco

professores que já atuaram ou atuam junto a séries que correspondem a

turmas de 5° ao 9° ano.

Dessa pequena amostra, quatro não conheciam o termo discalculia e

um, conhecia parcialmente. Após apresentar o conceito segundo autores aqui

descritos, todos os entrevistados admitiram a possibilidade já ter tido um ou

mais alunos discálculicos.

Felizmente, todos conseguiram lidar com respectivos alunos buscando

recurso e saídas alternativas. Percebe-se que isso demonstra também a

necessidade de haver maior ênfase “nas dificuldades de aprendizagem” em

todos os cursos de graduação que envolve educação.

Segue abaixo quadro demonstrativo com estratégias utilizadas, bem

como melhor critério para avaliação de um aluno discálculico na opinião de

cada entrevistado:

Professor: Anderson Estratégias: Explica de outras formas, faz

associações com fatos concretos, senta-se perto do aluno. Critério de

avaliação: Um teste ao final de cada conteúdo lecionado.

Professor: André Estratégias: Material concreto e jogos Critério de

avaliação: Questões ilustrativas com modelos e com aumento gradual de

complexidade.

Professor: Eduardo Estratégias: Contextualização dos conteúdos e

utilização de materiais concretos. Critério de avaliação: Avaliação com

acompanhamento, com utilização de materiais concretos e questões

contextualizadas com a vida do aluno.

Professor: Wesley; Estratégias: Atenção especial e jogos; Critérios de

avaliação: Avaliação com acompanhamento pedagógico e questões diretas.

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3.2. Como ajudar o aluno discálculico?

Existem muitas formas de ajudar o aluno discálculico. A primeira delas

é orientar a família a fim de que procure um psicopedagogo para diagnosticar

se há realmente discalculia. Contudo, há também no âmbito escolar formas de

o professor ajudar o seu aluno. Sampaio (2009) sugere algumas condutas que

o professor deve ter na sua relação com o aluno discálculico:

Evitar ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o

dos demais;

Não demonstrar impaciência com a dificuldade expressada

pela criança, interrompendo-a ou tentando adivinhar o que ela quer

dizer,

Evitar corrigir o aluno diante da turma;

Não ignorar a criança em sua dificuldade;

Não forçar o aluno a fazer os exercícios, quando estiver

nervoso por não ter conseguido;

Explicar ao aluno suas dificuldades e dizer que está ali para

ajuda-lo, sempre que ele precisar;

Não corrigir exercícios com caneta vermelha ou lápis;

Procurar usar situações concretas nos problemas; 3.3 O que pode ocorrer com as crianças que não são tratadas?

A criança discálculico que não recebe ajuda e tratamento adequado

pode ter uma série de prejuízos para sua vida, segundo esclarece Sampaio

(IBID): pode haver comprometimento do desenvolvimento global; o aluno fica

inseguro e com receio de novas situações; adquire baixa autoestima em razão

das criticas dos pais e colegas; ao crescer, o adolescente ou adulto apresenta

dificuldades em utilizar a matemática no seu cotidiano.

Visto o exposto, todo professor que perceber em seu aluno sinais de

discalculia, deve conversar com os pais afim de que os mesmos possam levar

a criança a um psicopedagogo. Dessa forma podem minimizar muitos

problemas na vida do estudante e otimizando o seu rendimento escolar.

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Considerações finais

Foi possível constatar, diante do estudado na presente pesquisa, que a

discalculia, como dificuldade na aprendizagem da matemática, atrapalha e

pode prejudicar bastante a vida do aluno como um todo.

Notório se faz também que a didática da matemática, nascida na

França na década de 60, bem como todos os conceitos e recursos a ela

relacionadas podem contribuir para o aluno que enfrenta dificuldades nesse

âmbito.

Um fator importante a ser ressaltado é que a didática utilizada no

processo de ensino da matemática deve ser adequada as circunstancias e ter

como principal objetivo o desenvolvimento da aprendizagem. Para alcançar

esse fim, pode o professor servir-se de variados métodos e estratégias,

respeitando sempre as necessidades do aluno.

Observou-se que as dificuldades apresentadas pelos alunos devem ser

estudadas e diagnosticadas pelo profissional competente da área o mais cedo

quando possível, a fim de que possa ter assistência adequada. Tal problema

não deve ser negligenciado por pais e professores, visto que pode ser fator

determinante do sucesso ou fracasso escolar da criança.

Foi possível conhecer sucintamente a realidade dos alunos

discálculicos nas séries mais avançadas e notar que, por mais competentes e

bem preparados que sejam nossos professores, alguns problemas como: salas

muito cheias, poucos recursos, etc., acentuam ainda mais as dificuldades dos

alunos.

Por fim, a partir de sugestões psicopedagogicas dos autores citados,

procurou-se orientar os profissionais da área de educação acerca da

importância das habilidades matemáticas para o aluno, bem como

compreender os efeitos das

Dificuldades de aprendizagem na vida mesmo, especialmente a

discalculia, sugerindo ainda, intervenções com o objetivo de ajudar no trabalho

realizado em sala de aula.

Embora tenha sido tratado no presente, há muitas considerações e

pesquisas ainda a serem feitas acerca do tão importante e atual assunto sobre

a didática da matemática e a discalculia.

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