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Instituto de Economia Agrícola (IEA)Instituto de Economia Agrícola (IEA)
� 1853 – Congresso Internacional de Estatística, Bruxelas, Bélgica
� 1930 – World Census of Agriculture(International Institute of Agriculture, FAO)
2LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade
� 1905 Secretaria de Agricultura� 1920 IBGE� 1928-39 Secretaria de Agricultura (anual)� 1930 IBGE� 1940 IBGE� 1950 IBGE� 1965 IBGE� 1970 IBGE� 1975 IBGE� 1980 IBGE� 1985 IBGE� 1995 Secretaria de Agricultura (LUPA) IBGE� 2006 IBGE� 2007 Secretaria de Agricultura (LUPA)
3LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade
� LUPA = Levantamento censitário de Unidades de Produção Agropecuária
� Censo: todos os elementos da população são levantados
� Planejamento e execução� Trabalho científico:
Instituto de Economia Agrícola (IEA)� Levantamento de campo:
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI)4
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade
� Propriedade rural (escritura)� Produtor rural (pessoa)� Estabelecimento agropecuário (IBGE)� Imóvel rural (Incra)� Unidade de produção agropecuária (UPA)
� Conjunto de propriedades rurais contíguas do mesmo proprietário (imóvel rural)
� Identificável� Dentro de um mesmo município
5LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade
� Proprietário:� Pessoa física ou jurídica� Residente ou absenteísta
� Uso da terra:� Área total� Culturas perenes� Culturas temporárias� Pastagem� Reflorestamento� Vegetação natural� Em descanso� Brejo e várzea� Complementar
� 192 Culturas
� 25 explorações animais
� 35 máquinas e implementos� 32 benfeitorias e instalações� 27 indicadores (tecnologia e
outros)
� 9 atividades econômicas rurais não agropecuárias
� Mão-de-obra
6LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade
� Erros:� No trabalho de campo� Na passagem de dados para meio eletrônico� Erros de medição (*)
� Técnicas de controle de qualidade� (1) Repasses por amostragem
Não utilizada no LUPA
� (2) Comparação com valores esperadosNão utilizada explicitamente, devido à subjetividade
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 7
� Técnicas de controle de qualidade� (3) Sobrevivência de grupos
Comparação com dados do LUPA anterior
Atualização de parte das UPAs ao longo de uma década
� (4) Comparação com dados de fontes independentes� Censo do IBGE
� Cadastro do Incra� Dados de satélite do INPE
� Área territorial do IGC
� Outras
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 8
� Técnicas de controle de qualidade� (5) Consistência interna (amplamente utilizada no LUPA)
� Testes de consistência interna aplicados dentro de cada UPA� Limites determinísticos (ex: área não pode ser negativa, número de animais
não pode ser fracionário)
� Limites estocásticos (ex: densidade de plantio, produtividade, bovinos e pastagem)
� Nota: nem todos os outliers (valores estranhos ou discrepantes) são erros quando se utilizam limites estocásticos
� Nota: existe uma teoria estatística por trás desses procedimentos
� Pesquisa de duplicados
� “Plotagem” de UPAs georreferenciadas
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 9
� O projeto LUPA fornece um referencial para futuras pesquisas por amostragem
� O projeto LUPA permite muito mais do que simples tabulações de dados:
� Modelagem matemática de relações complexas e, quiçá, a descoberta de conexões orgânicas e estruturais inesperadas
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 10
Os piores lugares têm as piores estatísticas.
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 11
� O que se pode fazer se dados de fontes diferentes produzirem resultados diferentes?
� Utilizar a navalha de Occam (princípio lógico atribuído ao frade franciscano inglês William de Ockham, sec. XIV):
A explicação de qualquer fenômeno deve se basear em tão poucas premissas quanto possível.
� Quando múltiplas hipóteses ou teorias explicativas estão disponíveis, deve-se escolher a que introduz o menor número de suposições e que postula o menor número de entidades.
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 12
Se dados de fontes diferentes produzirem resultados diferentes, é provável que eles se
refiram a conceitos diferentes.
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 13
� Dados de fontes diferentes são comparáveis se e somente se:
� Eles se referem ao mesmo conceito
� A qualidade estatística dos levantamentos são equivalentes
� A metodologia é clara e publicada (transparência)
� Eles foram concebidos cientificamente
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 14
� Portanto, os dados do projeto LUPA não podem ser comparados com:
� Dados sem metodologia explícita e publicada
� Dados subjetivos
� Opiniões
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 15
-Falha de cobertura maior em 1995/96
-Assentamento fundiário = 1 UPA (1995/96)Lote de assentamento = 1 UPA (2007/08)
-Diferenças no treinamento do pessoal de campo
-Alteração no tamanho das UPAs entre os dois levantamentos
Ano Número de UPAs
Área total das UPAs
(ha)
1995/1996 277.124 19.999.484
2007/2008 324.601 20.504.107
Variação (%)
+17,1 2,5
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 16
-Os conceitos são diferentes: -imóveis rurais, -estabelecimentos rurais e -unidades de produção agropecuária (UPAs)
-Levantamento no projeto LUPA de:-atividades rurais não agrícolas (ex: turismo rural)-unidades muito pequenas
Fonte Ano Área total (ha)
Cadastro do INCRA 2003 20.326.447Censo do IBGE 2006 16.701.471Projeto LUPA 2007/0
820.504.10
7
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 17
Área territorial (IGC) 24.820.943Área urbana (IBGE, não pub.) 1.842.449Terras indígenas (censo IBGE) 30.111Área inundada (S.Faz/ICMS) 550.741Áreas naturais protegidas(Xavier & Leite, 2008;Castanho,2009)
1.017.211
Área restante 21.380.431
Área total das UPAs (LUPA) 20.504.107Diferença não explicada 876.324
Área total dos estabelecimentos (censo IBGE) 16.701.471Diferença não explicada 4.678.960
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 18
Nas UPAs até 500ha tanto o número quanto a área aumentou
Nas UPAs acima de 500ha tanto o número quanto a área diminuiu
Até 500 ha o número de UPAs aumentou proporcionalmente mais do que a área
Acima de 500 ha o número de UPAs diminuiu proporcionalmente menos do que a área.
A área média das UPAs diminuiu
Estrato (ha) Variação do número de UPAs (%)
Variação da área total
(%)
Até 500 +17,6 +6,4
Acima de 500
-2,8 -4,0
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 19
Estrato (ha) Variação do número de UPAs (%)
Variação da área total
(%)
Até 500 +17,6 +6,4
Acima de 500
-2,8 -4,0
Ano Área média por UPA (ha)
1995/96 72,2
2007/08 63,2
-Falha de cobertura em 1995/96 ocorreu principalmente em UPAs pequenas
-Assentamento fundiário = 1 UPA (1995/96)Lote de assentamento = 1 UPA (2007/08)
O tamanho médio das UPAs realmente caiu
Estrato (ha) Variação do número de UPAs (%)
Variação da área total
(%)
Até 500 +17,6 +6,4
Acima de 500
-2,8 -4,0
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 20
Estrato (ha) Variação do número de UPAs (%)
Variação da área total
(%)
Até 500 +17,6 +6,4
Acima de 500
-2,8 -4,0
Ano Área média por UPA (ha)
1995/96 72,2
2007/08 63,2
� Não existe relação biunívoca entre UPA e proprietário:
� Uma UPA pode ter mais de um proprietário, eventualmente com participações percentuais diferentes na sociedade
� Existem proprietários com mais de uma UPA (ou partes de UPAs)
� Portanto, a distribuição do tamanho das UPAs não reflete, necessariamente, a distribuição fundiária
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 21
Isso mostra a relatividade dos resultados quando se muda ligeiramente a metodologia, calculando sobre os mesmos dados
O índice de Gini variou apenas 0,17% em 11 anos, valor menor do que o erro admitido na declaração de área das UPAs
Índice de Gini:Sim: medida da
variabilidade do tamanho das UPAs
Não: medida da desigualdade da posse da terra
Método de cálculo 1995/96 2007/08
Sobre todas as UPAs (dados desagregados)
0,739 0,740
Sobre os estratos de UPAs (dados agregados)Olivette & Camargo (2009)
0,744 0,753
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 22
� 0,750 (1992)
� 0,754 (1998)
� 0,744 (2003)
� O índice de Gini pode ser usado cuidadosamente, apenas como uma aproximação da desigualdade da posse da terra
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 23
VEGETAÇÃO NATURAL:
Falha de cobertura maior em 1995/96 em unidades do sul do estado, com maior cobertura de vegetação natural
Alteração real na cobertura com vegetação natural dentro das UPAs
Reflorestamento: eucalipto e pinus
Temporárias: cana-de-açúcar
Perenes: laranja e café(aumento em seringueira)
Uso do solo(2007/08 versus 1995/96)
Variação (%)
Vegetação natural +24,5
Reflorestamento +26,0
Culturas temporárias +45,9
Culturas perenes -8,1
Pastagem -21,4
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 24
VEGETAÇÃO NATURAL:
Falha de cobertura maior em 1995/96 em unidades do sul do estado, com maior cobertura de vegetação natural
Alteração real na cobertura com vegetação natural dentro das UPAs
Houve aumento de vegetação natural dentro de UPAs em 513 municípios (80%)Portanto, a explicação de falha de cobertura não é suficiente para explicar a variação de 24,5%
Uso do solo(2007/08 versus 1995/96)
Variação (%)
Vegetação natural +24,5
Reflorestamento +26,0
Culturas temporárias +45,9
Culturas perenes -8,1
Pastagem -21,4
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 25
Vegetação natural Vegetação de brejo e várzea
Número de UPAs 155.211 64.242
% das UPAs 47,8 19,8
Área (ha) 2.432.912 294.754
% da área das UPAs 11,9 1,4
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 26
� Livro impresso
� Portal do projeto LUPA(entre pelo site do IEA: www.iea.sp.gov.br)
� Solicite à Diretoria do IEA (formulário no site do IEA)
� Importante: a privacidade do proprietário da UPA éum ponto muito sensível para a equipe do projeto
LUPA - Encontro Paulista de Biodiversidade 27
Engenheiro AgrônomoMs. e Dr. em EstatísticaPesquisador Científico [email protected]