31
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - AJES ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL 8,5 AÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ALAÍDE MORAIS DA SILVA [email protected] ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO PRIMAVERA DO LESTE/2013

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

  • Upload
    phamque

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - AJES

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL

8,5

AÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ALAÍDE MORAIS DA SILVA

[email protected]

ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO

PRIMAVERA DO LESTE/2013

Page 2: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - AJES

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL

AÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ALAÍDE MORAIS DA SILVA

ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO

"Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Psicopedagogia e Educação Infantil."

PRIMAVERA DO LESTE/2013

Page 3: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela oportunidade de frequentar este curso e realizar o sonho de

obter uma especialização.

A nossa família pela confiança em mim depositada. Ao esposo e filhos, que

me acompanhou e compreendeu nos momentos em que me dediquei aos estudos.

Agradecer também ao professor Ilso Fernandes do Carmo pela dedicação e

eficiência que teve durante essa jornada

A todos os colegas pela amizade que cultivamos.

Page 4: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

RESUMO

A escolha deste tema para este estudo tem como objetivo principal analisar

criticamente, a trajetória histórica das instituições de atendimento das crianças de 0

a 6 anos de idade que frequentam a escola de Educação Infantil, bem como discutir

os avanços e retrocessos dessa modalidade educacional no Brasil. Entendo que

este trabalho, ao priorizar o movimento de investigar o passado, permite

compreender os desafios que se colocam na sociedade contemporânea, sobretudo,

no que diz respeito a ação didática pedagógica, os professores que atuam junto a

esse nível de ensino, que é a Educação Infantil. Para seu desenvolvimento optei

pela pesquisa bibliográfica, tomando por base o método histórico, por considerar que

por meio dele, é possível conhecer a origem das primeiras instituições de

atendimento à criança e suas funções no decorrer da história até sua propagação

pelos outros continentes. É importante mencionar que as escolas infantis no Brasil

sofreram, no decorrer dos tempos, diferentes mudanças em suas funções, as quais

passaram pelo assistencialismo, custódia e privação cultural até a função educativa.

Os resultados da pesquisa apontam que, do ponto de vista histórico, houve um

avanço justificativo da legislação quando esta reconheceu a criança como cidadão,

com sujeito de direitos a educação de qualidade desde o nascimento.

Palavras-chave: Educação Infantil. Ação Didática Pedagógica. Projeto Educativo

Page 5: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................05

1 EDUCAÇÃO INFANTIL ......................................................................................... 07

2 AÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................ 13

3 A EDUCAÇÃO INFANTIL E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ................................ 21

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 28

Page 6: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

INTRODUÇÃO

Sabe-se que a educação é um segmento indispensável para o

desenvolvimento da sociedade. Fenômenos como a mundialização e a globalização

exercem, atualmente, uma enorme pressão sobre os sistemas educacionais, os

quais são constantemente analisados, avaliados e comparados.

Neste sentido, planejar as atividades adequadas com a faixa etária dos

alunos, formar agrupamentos produtivos, são meios indispensáveis para se obter

uma ação didática expressiva e competente.

O estudo ora proposto traz como tema “Ação didática pedagógica nos anos

iniciais fundamental na educação infantil.” Buscando resposta para a seguinte

problemática: A ação didática pedagógica constitui no Plano Político Educacional a

força para uma educação transformadora que visa à formação integral do sujeito,

buscando, portanto novas práticas educativas que contemplem essa meta?

O presente trabalho será realizado através de pesquisas bibliográficas,

procedendo à leitura, e síntese de todos os materiais, análise de dados de

informação; sistematização de ideias; construção de um novo texto, que incluirá a

reconstrução dos argumentos dos autores analisados, apropriação de ideias de

outrem, devidamente citados, posicionamentos críticos e exposição de novos

argumentos e respectivamente novas soluções para o problema levantado. Expondo

o necessário para que se consiga esclarecer o problema aqui proposto.

A pesquisa aqui suscitada tem por objetivo estabelecer um conhecimento,

sobre a problemática da ação didática pedagógica, levantando hipóteses, que

deverão ser esclarecidas no elaborar do trabalho.

O presente trabalho se justifica por propor entender a ação didática, com o

objetivo de conhecer a realidade deste processo e sua importância, uma vez que o

professor é um informante privilegiado na sala de aula e deve utilizar este benefício

em prol do desenvolvimento do educando.

Pesquisas mostram que Educação Infantil teve pouca preocupação na

construção de um desenvolvimento saudável da criança pequena, a partir de uma

postura crítica e reflexiva. Contudo, atualmente, muito se discute sobre essa

Page 7: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

primeira etapa da educação básica. O planejamento é o primeiro passo ação

didática e prática pedagógica, facilitando o trabalho educativo do professor e

preparando a criança para sua vida futura.

Sabe-se que ao planejar as atividades pedagógicas, o professor pensa e

organiza o que vai fazer durante a aula, para que tenha em mente tudo que

acontecerá no decorrer do dia.

A educação precisa servir como um instrumento para mudar consciências e

posturas e desencadear novas maneiras de enxergar o mundo à sua volta.

A educação precisa-se oxigenar, oxigenando ideias, alunos, professores,

mestres e doutores. Por isso, professores que fazem da ação didática sua prática,

esse sim, poderá ser chamado de mestre, chamado de professor pesquisador hoje e

sempre.

Do ponto de vista histórico, a educação da criança esteve sobre a

responsabilidade exclusiva da família durante séculos, porque no convívio com os

adultos e outras crianças que ela participa das tradições e aprendem as regras e

suas culturas. Na sociedade contemporânea, por sua vez a criança tem a

oportunidade de frequentar um ambiente de socialização, convivendo e aprendendo

sobre sua cultura mediante de diferentes interações com seus pares.

Do desenvolvimento desta questão, originou-se o presente estudo sobre a

ação pedagógica na Educação Infantil dividida em três partes. Na primeira

apresentarei a configuração da preocupação com a educação das crianças em

instituições regulamentares. Na segunda parte analisei seu processo histórico no

Brasil, enfatizando sua origem. Na terceira parte, destaquei a criação da legislação

para regulamentar e garantir a oferta da educação infantil e a criança de diferentes

classes sociais.

06

Page 8: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

1 EDUCAÇÃO INFANTIL

Há mais de cem anos, segundo BARRETO (1998), apud MARTINS (2013),

já existiam no Brasil iniciativas para a expansão da Educação Infantil. Porém, foi

somente nas últimas décadas que ela foi reconhecida realmente.

Até o século XVII, a criança nem era reconhecida por suas particularidades.

Ela era vista como um brinquedo, do qual os adultos só gostavam pelo prazer e

distração que proporcionava. Quando crescia e não distraía mais os adultos, deixava

de interessar aos mesmos. Foi somente a partir do século XVIII que os adultos

começaram a modificar sua concepção de criança. Mas, assim mesmo, seu lugar

ainda não era o mais privilegiado na família BARRETO (1998), apud MARTINS

(2013).

Com a Proclamação da República, conforme BARRETO (1998), apud

MARTINS (2013), o Brasil começou a passar por um processo de grande

modernização e industrialização. As mulheres passaram a fazer parte do mercado

de trabalho e as crianças não tinham para onde ir.

Surgiram então as "mães mercenárias", que cuidavam de várias crianças

juntas para suas mães trabalharem fora. Nesse período, aumentou-se o número de

mortalidade infantil devido às péssimas condições de higiene nas casas onde as

crianças ficavam e também à ausência da mãe, que tornava a criança mais triste e

vulnerável (BARRETO (1998), apud MARTINS (2013).

Foi nesse contexto que surgiram as primeiras creches e pré-escolas. No

começo elas eram filantrópicas ou mantidas pelos próprios usuários e, somente mais

tarde, elas se tornaram públicas. (BARRETO (1998), apud MARTINS (2013).

A princípio, as creches e pré-escolas, de acordo com BARRETO (1998),

tinham um caráter assistencialista, visando somente o guardar e o cuidar da criança

na falta da família. Essa concepção, tratava a criança como um ser frágil, indefeso e

completamente dependente. Os profissionais não tinham formação e sua atuação

era restrita aos cuidados básicos de higiene e regras de bom comportamento.

Segundo o mesmo autor, atualmente a situação é completamente diferente.

Com o avanço tecnológico e a ascensão profissional da mulher, as crianças são

levadas à escola cada vez mais cedo. Se antigamente apenas algumas deixavam o

Page 9: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

ambiente doméstico aos quatro anos para brincar no “jardim de Infância”, agora

várias frequentam as escolas de educação infantil desde bebês.

Neste novo contexto, a educação infantil, é considerada a etapa mais

importante na escolarização da criança de zero a seis anos, uma vez que ela é o

alicerce do processo educativo, cuja finalidade é desenvolver a criança

integralmente em todos os níveis: sociais, psicológicos, emocionais e cognitivos, é

onde entra o importante papel do educador infantil, pois esse fazer educacional

depende em muito do preparo do professor e da boa utilização da sua ação didática

pedagógica. Assunto que será tratado na sequência. (BARRETO, 1998).

A Educação Infantil tem avançado muito com o passar do tempo, sua origem

na sociedade ocidental, de acordo com DIDONET (2001), baseia-se no trinômio:

mulher-trabalho-criança.

As creches, escolas maternais e jardins de infância tiveram somente no seu

início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os

cuidados físicos da criança. Apesar de seu início estar mais voltado para as

questões assistenciais e de custódia.

KUHLMANN JÚNIOR (2001, p. 8), ressalta que essas instituições se

preocuparam com questões não só de cuidados, mas de educação, visto se

apresentarem como pedagógicos já em seu início. Naquela época criou-se uma

escola com o nome de “Escola de Principiantes”, para crianças de 2 a 6 anos de

idade, criou-se apenas um programa de passeios, trabalhos manuais e histórias

contadas com gravuras, nas quais suas escolas tinham com objetivos por meio do

trabalho de mulheres de comunidade, tomar conta de crianças, ensinando-lhes a ler

a Bíblia e a tricotar.

Os materiais didáticos tinham um propósito educativo, porque possibilitavam

as crianças o desenvolvimento do raciocínio e o julgamento correto diante das

situações propostas pelo professor.

Do ponto de vista histórico, a própria literatura traz o jardim de infância como

uma instituição exclusivamente pedagógica, e que, desde sua origem teve pouca

preocupação com os cuidados físicos da criança. No entanto vale ressaltar que o

primeiro Jardim da Infância, criado em meados de 1840, de Blankenburgo por

Froebel, tinha uma preocupação não só de educar e cuidar das crianças, mas de

08

Page 10: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

transformar a estrutura familiar de modo que as famílias pudessem cuidar melhor de

seus filhos.

Os estudos que atribuem aos jardins de infância uma dimensão educacional e não assistencial, como outras instituições de educação infantil, deixam de levar em conta as tendências históricas que mostram uma estreita relação entre ambos os aspectos, o que a assistência é que passou, no final do século XIX, a privilegiar políticos de atendimento a infância em instituições educacionais e o jardim de infância foi uma delas, assim como as creches e escolas maternais. (KUHLMANN JUNIOR, 2001, p. 26).

A partir da segunda metade do século XIX, o quadro de instituições

destinadas a primeira infância, eram formadas basicamente da creche e do jardim

de infância ao lado de outras modalidades educacionais, que foram absorvidas

como modelos em diferentes países.

Para VIEIRA (1999), a trajetória das creches e escolas maternais foi

marcada pela tradição assistencial, destinada às crianças das famílias

pobres.Segundo essa autora, em nosso país, enquanto modalidade de guarda diária

de crianças pequenas, as creches surgiram para atender às necessidades do

trabalho feminino industrial, respondendo assim a questões como o abandono, a

desnutrição, a mortalidade infantil, a formação de hábitos higiênicos e a moralização

das famílias operárias.

A concepção assistencialista de creche permeou a maioria das instituições

de atendimento infantil conveniadas com órgãos de bem estar social, onde a

preocupação educacional, quando existia, era secundária, essa perspectiva política

do atendimento assistencialista nas creches sofreu modificações. Segundo

OLIVEIRA (2000, p.18)

Apenas quando segmentos da classe média foram procurar atendimento em creche para seus filhos é que esta instituição recebeu força de pressão suficiente para aprofundar a discussão de uma proposta verdadeiramente pedagógica, compromissada com o desenvolvimento total e com a construção de conhecimentos pela criança pequena.

Assim, essas formas de concluir a prática pedagógica vêm sendo

insatisfatória para o professor e desmobilizadora para as crianças. Na tentativa de

superar essa insatisfação, buscamos resgatar as contribuições de Ireinet,

confirmando-as por meio de JOLIBERT e colaboradores (1994 „a‟ e „b‟), para serem

construídas, no movimento da prática cotidiana da educação infantil, novas

possibilidades metodológicas, cujo procedimentos e técnicos encontram-se

ancorados em algumas concepções sobre as quais considera-se importante refletir.

09

Page 11: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

De acordo com KUHLMANN JUNIOR (1998), o atendimento à criança com

concepção assistencialista considera três tipos de influência - a médico-higienista, a

jurídico-policial e a religiosa -, todas com o objetivo de educar para a submissão

sendo,portanto, educativas.

Nesse sentindo, vemos as instituições de educação infantil enquanto espaço

educativo que possibilita a vivência da cidadania, as trocas sociais, culturais e

afetivas, bem como a construção de valores, habilidades e conhecimentos,

favorecendo ao mesmo tempo o acesso aos bens culturais, construí das

historicamente pela humanidade. A função pedagógica na educação infantil, pode-se

oferecer às crianças condições para aprendizagem que ocorrem nas brincadeiras e

aquelas advinhas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagem

orientadas pelos alunos, um dos objetivos da educação infantil também utiliza-se do

curricular nacional para educação infantil para nortear seu conteúdo, sendo que a

prática da educação infantil deve ser organizada de modo a proporcionar aos alunos

condições de: desenvolver uma imagem positiva de si; descobrir e conhecer

progressivamente seu próprio corpo, estabelecer vínculos afetivos de troca com

adultos e crianças etc..

Verificando as mudanças que ocorreram durante este período, percebemos

que suas concepções foram se modificando. Hoje, as instituições de Educação

Infantil têm como objetivo desempenhar um papel importante na formação do

indivíduo, não apenas de “cuidar”, mas de educar. Nesse sentido a instituição de

educação infantil, deve dar condições materiais, pedagógicas, culturais, sociais,

humanas, alimentares, espaciais, para que a criança experimente as diferenças

vivências, planejando atividades que sejam de interesse da criança e que

correspondam ao seu nível de desenvolvimento. Recorremos a Santa Catarina

(2005, p. 49) para compreender que: "O papel das instituições educacionais junto à

infância é fundamental para possibilitar espaços de brincadeiras, conversas,

argumentações, negociações, expressão de sentimento, ideias, sensações."

Conforme este documento (2005) a função social da escola é de garantir a

todos o acesso à cultura e ao conhecimento cientifico, na perspectiva da cidadania.

A escola desempenhará bem seu papel, na medida em que, partindo daquilo que a

criança já sabe o conhecimento que ela traz de seu cotidiano, suas ideias a respeito

10

Page 12: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

dos fatos e fenômenos, ela for capaz de ampliar e desafiar a construção de novos

conhecimentos. Segundo PANIAGUA; PALACIOS (2007, p. 11).

A educação infantil deve proporciona experiências e interações com o mundo social e físico, de forma ajustados de acordo com as suas idades,seguindo princípios pedagógicos, quando isso não ocorre às experiências educativas não são interessantes, criando dificuldades aos alunos, e,assim, não obter deles a potencialidade que possuem.

A fase da Educação Infantil é muito importante e deve ser desenvolvida a

partir dos conhecimentos já adquiridos pelas crianças. Cabe ao professor a ajudar

no desenvolvimento de suas habilidades, e criar condições para que se tornem

autônomas que é um objetivo primordial na Educação Infantil, contextualizando o

cuidar, e principalmente o educar.

Em outras palavras, muito mais que transmitir conteúdos de matérias

curriculares organizadas/programadas para o desenvolvimento intelectual da

humanidade, é preciso ensinar a ser cidadão, mostrar aos alunos seus direitos e

seus deveres, subsidiando-os para que saibam defende-los quando for preciso.

Por isso é importante que o professor de educação infantil trabalhe valores,

fazendo seus alunos perceberem o outro, perceberem quem está ao seu redor,

formando crianças que saibam a importância de respeitar, ouvir, ajudar e amar o

próximo.

Neste contexto, FREIRE (1996, p. 77) diz:

Me movo como educador porque primeiro me movo como gente, acreditamos que o professor pode levar os educandos a terem curiosidade de querer fazer, querer aprender; que ainda está em tempo de nos desprendermos do tradicionalismo arcaico e da quantificação da educação, a partir da formação e valorização do professor, capaz de olhar uma mesma situação de diversos ângulos e saber a hora certa de intervir e reagir às dificuldades, mobilizando esforços para melhorar a situação (e a sua própria situação), propiciando aos alunos momentos que os levem a querer buscar o saber e, dessa forma, possibilitando que não sejam simplesmente os espectadores do processo de ensino e aprendizagem, mas sim protagonistas conscientes e capazes, vivenciando na sociedade as experiências significativas desenvolvidas na sala de aula, esse espaço- vida do ensino.

Para que isso se torne realidade é necessário que os governantes olhem

com mais carinho para a educação brasileira, e valorizem a dedicação dos

professores que lutam com as armas que possuem para desenvolver uma aula

agradável. Afirmam: “quem não ama o que faz, dá pouco de si” (Ruben Alves, apud

JUNQUEIRA, 2013).

11

Page 13: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

E completam: O nosso trabalho é realizado com gente miúda, jovem ou

adulto, mas gente em permanente processo de busca. Gente formando-se,

mudando, crescendo e orientando-se, melhorando, porque gente capaz de negar os

valores, de distorcer-se, de recuar, de transgredir. (FREIRE, 1996, p. 162).

12

Page 14: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

2 AÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Define-se Didática como sendo a Arte de Ensinar; o procedimento pelo qual o mundo da experiência e da cultura é transmitido pelo educador ao educando, nas escolas ou em obras especializadas. / Conjunto de teorias e técnicas relativas à transmissão do conhecimento. (BOUZAN, 2011).

A Didática, portanto, Segundo PILETTI (1991, p.42), “estuda a técnica de

ensino em todos os seus aspectos práticos e operacionais.”

Os educadores, conforme descreve PILETTI (1986, p. 43)

se depara com a Didática Geral aquela que estuda os princípios, normas e técnicas que devem regular qualquer tipo de ensino, para qualquer tipo de aluno. E a Didática Especial àquela que analisa os problemas e dificuldades que o aluno de cada disciplina apresenta e organiza os meios e sugestões para resolvê-los.

O que vale dizer que o objetivo primeiro da Didática de uma disciplina situa

se fundamentalmente nas relações entre saber e aprender e conhecimento do

aprendiz.

Isso vem ao encontro dos objetivos da educação, pois segundo os autores

LEITE, SIQUEIRA e LIMA (2002), “pode se dizer que a eficiência do ensino se

traduz no progresso dos alunos.”

Neste sentido, os professores, em todas as épocas, têm-se preocupado com

a avaliação do trabalho escolar, e agora, particularmente, direcionada aos docentes

atuantes na Educação Infantil, sabendo o nível de conhecimento das crianças no

momento em que estas lhes são entregues, para poderem determinar com

convicção seus progressos depois de certo tempo, verificar a quantidade de

aprendizagem e o modo como ela vem se desenvolvendo com o intuito de saber

dosar e distribuir os trabalhos de aula, conhecendo e respeitando as habilidades e

limitações de cada criança (dentro de sua faixa etária), podendo proporcionar o

auxílio que individualmente necessitam. (LEITE, SIQUEIRA E LIMA, 2002).

Neste contexto a ação didática é de suma importância para o bom

desempenho do trabalho pedagógico. Portanto torna se necessário que os

formadores educacionais, de uma maneira geral, conheçam dispositivos legais,

diretrizes, objetivos e metas educacionais, bem como algumas teorias pedagógicas

da educação, colaborando assim, para a sua formação acadêmica, uma vez que:

A concepção da Educação Infantil é centrada no projeto educativo e tem como

objetivo, fazer do ambiente da instituição um local agradável, com profissionais que

Page 15: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

executam, atendem e entendam os vários pontos de vista dos educandos, para

interferirem a partir deles. (BRASIL, 1998).

Verifica-se a extrema necessidade de o professor estar sempre buscando

descobrir e elaborar, dentro de sua concepção de ensino, a forma mais adequada

para transmitir e ensinar os conteúdos propostos, pois educação é definida como:

“ato ou efeito de educar (se). Processo de desenvolvimento da capacidade física,

intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando a melhor

integração individual e social.” (FERREIRA, 1999, p. 718).

É a partir do meio que a criança circunda, que ela compreende o mundo em

que vive e as relações contraditórias que presenciam, transferindo e captando para

seu cotidiano todos os momentos e condições em que estão submetidos. Esse

processo de construção do raciocínio depende fortemente da interação social,

cabendo ao professor proporcionar situações de conversa, brincadeiras e de

aprendizagens orientadas que possibilitem a troca de experiências entre as crianças,

de forma que possam comunicar-se e a expressar-se, demonstrando seus modos de

agir, de pensar e de sentir. (NASCIMENTO, 2007).

Neste contexto PAES (2010), afirma que:

Uma situação didática é formada pelas múltiplas relações pedagógicas estabelecidas entre professor, alunos e o saber, com a finalidade de desenvolver atividades voltadas para o ensino e para a aprendizagem de um conteúdo específico. Somente com estes três elementos é que teremos uma situação didática.

E o autor continua:

Porém estes três elementos, ou a situação didática, não são suficientes para entender por completo o conteúdo em questão: precisa-se de uma vinculação com outros recursos didáticos, para que se entenda realmente a matéria, como por exemplo, a forma como o professor ensina, os métodos utilizados, a disposição da matéria. É muito importante que o professor saiba apresentar o conteúdo para que os alunos se interessem e veja o conteúdo em sua realidade, caso contrário os alunos ficarão cada vez mais distantes e não entenderão nada.

Diante do exposto, entende-se que é importante a criação de um ambiente

que se dê o encontro humano em todas as suas dimensões. Para alcançar esses

objetivos, deverão ser utilizados certos conteúdos ou experiências, que serão

extremamente variados, como são variados os objetivos e as situações humanas.

Inclusive deverão apresentar grande flexibilidade, pois as pessoas são diferentes

entre si e nos diversos momentos da vida de cada um.

14

Page 16: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

Selecionados e dispostos os conteúdos inspirados nos objetivos, procede se

a sua operacionalização, isto é, escolhem se procedimento e métodos julgados

adequados.

Estabelecidos os procedimentos, segundo a autora MELO (2007), eles

precisam ser levados a efeito, necessitando se para isso de determinados recursos

ou meios, que deverão ser os mais variados, de acordo com as características e

exigências do momento da educação, dos conteúdos e objetivos, especialmente das

pessoas. Um recurso pode ser bom à medida que auxilia as pessoas a obterem os

resultados que pretendem, ajudando as a executar as tarefas que realizam.

Neste sentido a didática pode ser entendida como a arte de ensinar, saber

"como", "entender", "refletir". Muitos dizem que é um saber técnico, a razão técnica

ou instrumental, é aquela que faz a melhor adequação entre os meios e os fins

escolhidos (GHIRALDELLI JUNIOR, 2012).

O que faz com que o professor observe as necessidades de cada criança

para desenvolver seus projetos, e assim se tornar melhor a aprendizagem das

mesmas.

Nesse aspecto, ZABALZA, reforça que:

Embora o crescimento infantil seja um processo global e interligado, não se produz nem de maneira homogênea nem automática. Cada área do desenvolvimento exige intervenções que o reforcem e vão estabelecendo as bases de um progresso equilibrado do conjunto (1998, p. 52.).

No intuito de proporcionar condições adequadas à este processo, para

ZABALZA (1998), a sala de aula de Educação Infantil deve ser, antes de qualquer

coisa, um cenário estimulante, capaz de facilitar e sugerir múltiplas possibilidades de

ação. Deve conter materiais de todos os tipos de condições, comerciais e

construídos. Costuma-se dizer que uma das tarefas de um professor de educação

infantil é saber organizar um ambiente estimulante e possibilitar às crianças ação,

ampliando, assim as suas vivências de descobrimento e consolidação de

experiências. Deve também estar de acordo para que haja diferenciação de

atividades, para que sejam abordadas todas as dimensões do desenvolvimento e

todas as capacidades.

A caminhada nessa direção, a reflexão didática deve ser elaborada segundo

a autora CANDAU (2008, p. 20), a partir da análise de experiências concretas,

15

Page 17: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

procurando se trabalhar continuamente a relação teoria e prática. Essa relação não

deve ser entendida de forma dicotômica, quer dissociativa ou associativa, e sim

numa visão de unidade.

A busca da eficiência não é negada. Muito pelo contrário. Mas a própria

eficiência pedagógica é repensada, segundo CANDAU (1984, p. 106), “quando se

parte do compromisso com a transformação social que exige práticas pedagógicas

adequadas à maioria da população do país.”

Para que isso possa ocorrer, entende se que o professor deva ter boa

formação pedagógica. Por formação pedagógica pode se entender aquela que

possibilita ao professor manejar as teorias das quais ele se apropriou na academia,

basicamente, as relacionadas à sua preparação técnico-política. Quanto a esta

questão diz ARANHA (1996, p. 152),

É fundamental que se saiba selecionar o conteúdo a partir dos objetivos concebidos de antemão, visando garantir a eficácia da ação. Nesse caso, o professor precisa ter acesso às contribuições das ciências auxiliares da educação, da filosofia da educação e da história da educação. Deve dominar também, além dos aspectos teóricos, os recursos técnicos, desenvolvendo as habilidades que viabilizem a atividade docente.

Já por formação política quer se entender neste trabalho a presença da

criticidade para uma contraleitura desconstrutiva das realidades com que o docente

depara na sua prática e de sua capacidade politicamente criativa de reconstrução de

práticas, fundadas em análises e reflexões sobre seu trabalho e sobre a dinâmica de

todo o processo educativo das crianças.

Nesta perspectiva, o papel da didática seria o de possibilitar ao professor a

capacidade de sintetizar em prática pedagógica todos os conhecimentos adquiridos

em sua formação acadêmica, no cotidiano de suas experiências, na leitura do

mundo, no vaivém do fazer e do refazer, no tateamento e com isso ser capaz de

explicar os vieses ideológicos, analisar o que revela e o que oculta os discursos do

professor, apontando na didática como um sujeito histórico reflexivo. (CANDAU,

1984).

Esses entendimentos revelam o objetivo maior da Educação Infantil, que é o

de promover o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças de zero a seis anos.

O Educador Infantil deve compreender que o trabalho docente é uma

atividade intencional, planejada conscientemente, visando atingir objetos de

16

Page 18: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

aprendizagem. Por isso precisa ser pedagogicamente pensada e estruturada

(LIBÂNEO, 1994, p. 96).

Atualmente pode se dizer que ensinar é uma troca que acontece entre o

aluno e professor, pois este último não se deve considerar o detentor de todo saber,

enquanto o aluno, numa atitude passiva, apenas recebe e armazena informações.

Toda pessoa possui conhecimentos, que vão ser complementados ao longo da vida

e o professor é o mediador que auxilia o aluno na construção permanente desse

conhecimento. Portanto o educador deve sempre estar preparado para expressar

com facilidade suas aulas, de forma a fazer com que os alunos entenda e interage

com as aulas.

Ao relacionar o ensino aprendizagem na educação infantil com as relações

do triângulo simbólico, onde se coloca: alunos, professores, conteúdo de

aprendizagem, podem ser representados simbolicamente pelas três vértices de um

triângulo. Cada um das vértices desse triângulo representa um dos polos, sobre os

quais pode se desenvolver uma reflexão didática, na realidade esses três polos

estão inseridos no quadro de uma ação orientada para uma finalidade. Eles estão

reunidos para viver juntos uma experiência que será específica deles; a de realizar

uma aprendizagem escolar (ou qualquer outra atividade escolar) a propósito de um

conteúdo específico em geral um saber codificado. Esse conteúdo está inserido em

uma disciplina escolar particular, pode tratar-se de conteúdos matemáticos,

biológicos, históricos, físicos e etc. Os outros dois parceiros, o professor e os alunos,

mantêm relações particulares com esse conteúdo.

Diante disso o educador deve ter a consciência da dimensão do ensino

aprendizagem, levando se em consideração que não é só na sala de aula que

aprende ou ensina. Em casa, na rua, no trabalho, no lazer, com a tecnologia, a

natureza, enfim em todos os ambientes e situações podemos aprender e ensinar.

Neste contexto, entende se que o ensino existe para motivar a

aprendizagem, orienta-la, dirigi-la, existe sempre para a eficiência da aprendizagem.

Neste ponto de vista o ensino de qualidade é aquele que apresenta condições do

aprendiz aprender o esperado e o educador é um fator importante pra este

aprendizado.

17

Page 19: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

Promover educação em um país como o Brasil é a maior prova de cidadania

que podemos dar a essa nação. Proporcionar educação, visando formação de

professores, vai além desta visão, pois educar docentes significa contribuir para a

transformação do panorama social do país. O professor sozinho, segundo LIBÂNEO

(1994), é capaz de fluir desde que esse seja observador, pesquisador, planejador só

assim o mesmo consegue desenvolver a ação pedagógica e teorias em sala de aula.

Dessa forma, a prática pedagógica na Educação Infantil exige um continuo

processo de reflexão e discussão, percebendo a criança como um ponto de partida e

de chegada de todas as ações. Para tanto é preciso que a instituição de Educação

Infantil adapte os tempos e espaços pedagógicos de acordo com as necessidades

das crianças e a faixa etária que atende.

Nesse sentido, é fundamental entender a criança da Educação Infantil como

um ser humano com identidade própria, que exige uma ação pedagógica adequada

a suas especialidades, utilizando a brincadeira como um instrumento para a

construção da aprendizagem.

É preciso sempre lembrar que a Educação Infantil deve possibilitar o

desenvolvimento da criança pequena por meio da brincadeira, do faz-de-conta, do

lúdico efetivando ações que ampliem sua vivência social e dos conhecimentos

construídos historicamente, potencializando a condições de interação com o mundo.

CERISARA (2002, p. 91) finaliza:

O que reivindicamos é o espaço para a vida, para vivência dos afetos, alegrias e tristezas, para as relações entre coetâneas e não coetâneas para os conflitos e encontros, para ampliação do repertorio vivencial e cultural das crianças a partir de um compromisso dos adultos que se responsabilizam por organizar o estar das crianças em instituições que lhes permitam construir sentimentos de respeito, troca, compreensão, alegria, apoio, amor, confiança, solidariedade entre tantos outros. Que lhes ajudem a acreditar em si mesmo e no seu direito de viver de forma digna e prazerosa.

A educação infantil é o primeiro degrau que a criança passa depois veio

surgindo novas inovações até a vida adulta. É preciso definir também que a

aprendizagem é uma tarefa pedagógica que exige um certo espaço de tempo para

que possa concretizar-se. Ou seja, todo objeto de estudo precisa ser manipulado e

compreendido em seus pormenores. Somente assim, na relação sujeito, objeto,

teoria e prática seja possível caracterizar o processo de aprendizagem.

18

Page 20: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

Como salienta VASCONCELOS (1994, p. 63) “o aluno vai construir o

conhecimento a partir do seu contato, de usa interação com a realidade [...]. o aluno

não aprende só na escola.”

Desta forma, podemos observar que o aluno tem todo uma realidade e um

mundo a sua volta para poder aprender, não vendo somente na escola onde ela

adquire conhecimento e sim, em todo o seu contato com a vida e com o mundo, nas

ruas, com as amigas, com a família.

Segundo FREIRE (1996, p. 22), “aprender para nós é construir, reconstruir,

contestar para mudar, o que não faz sem abertura ao risco é a aventura do espírito.”

Com estas declarações iniciamos dizendo que o processo de aprendizagem

é como uma construção contínua e mutável, onde requer de nós constantes

adaptações para que possamos retirar deste processo o melhor e aproveitar todas

as suas etapas.

Temos também a afirmação de SEVERINO (2000, p. 85):

...tudo é constituído de múltiplas partes que se relacionam entre si, à unidade é sempre resultado e resultante de uma interação e de equilíbrio das partes que integram entre si. Ela nunca é uma massa uniforme, monolítico e homogênea de uma identidade pura.

Diante de tais abordagens, a aprendizagem é considerada uma mudança na

forma de comportamento, sendo esta decorrente do estágio de maturação de cada

indivíduo, o processo de aprendizagem, desta forma vai tornando-se cada vez mais

amplo, considerando que existe uma diversidade enorme de oportunidades que nos

induzem para a apropriação dos saber. Na escola por exemplo, o que acontece é a

sistematização dos conteúdos com o propósito de promover a aprendizagem pelo

educando.

Destaca-se também, que a aprendizagem, segundo SEVERINO (2000), é

um processo interativo que ocorre através da pesquisa, da mobilização para o

conhecimento e por meio da construção do saber, através das oportunidades que

são desencadeadas, sem dúvida, a aprendizagem é o resultado do esforço humano

aplicado para atribuir significados nas suas relações com o mundo.

No momento em que se fala de aprendizagem, segundo SEVERINO (2000),

unimos essa palavra à palavra educação, onde se vê o processo de aprendizagem

sendo executado através da educação. Quer estejamos falando de uma educação

19

Page 21: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

familiar, social ou educacional, estamos sempre ligando-a a aprendizagem. E tanto o

processo de educação como o processo de aprendizagem, executam-se no decorrer

da via, continuamente, e no decorrer das ações que praticamos no dia-a-dia.

O professor não pode ser visto somente como aquele que passa deveres e

explica no quadro negro a lição do dia, ele não traz consigo somente aula, traz

conhecimentos pedagógicos científicos, atitude e valores, crenças, estratégia. “O

educador educa a dor da fala cognitiva e afetiva, para a construção do prazer”

(FREIRE, 1996).

Cada professor possui uma forma de trabalhar com crianças, esse por sua

vez deve ser observador, pesquisador, deve buscar inovações desde que respeita a

faixa etária de idade da sua turma.

O professor deve estimular o aluno a explorar os objetos de sua realidade

para aprender sobre eles, oferecendo oportunidade para que represente está

realidade, trocando ideias com os colegas sobre o que pensa, conversando,

desenhando, dramatizando, escrevendo, enfim, assimilando fatos, os objetos do

mundo real de acordo com sua compreensão, mas de modo criativo.

Temos neste ponto a visão de SEABRA citado por BEHRENS (1996, p. 67):

O professor do final do século deve saber orientar os educandos sobre onde colher informações, como tratar essa informação, como utilizar a informação obtida. Esse educador será o encaminhador da auto informação e o conselheiro da aprendizagem dos alunos, ora estimulando o trabalho individual, ora apoiando o trabalho de pequenos grupos reunidos por áreas de interesses.

20

Page 22: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

3 A EDUCAÇÃO INFANTIL E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Do ponto de vista histórico, segundo OLIVEIRA (2011), foi preciso quase um

século para que a criança tivesse garantindo seu direito à educação na legislação,

foi somente a Carta Constitucional de 1988 que esse direito foi efetivamente

reconhecido.

De acordo com BITTAR (2003, p. 302), “o esforço coletivo dos diversos

segmentos, visava assegurar na Constituição, os princípios e as obrigações do

Estado com as crianças.” Assim foi possível sensibilizar a maioria dos parlamentares

e assegurar na Constituição Brasileira o direito da criança a educação. A pressão

desses movimentos na Assembleia Constituinte possibilitou a inclusão da creche e

da pré-escola no sistema educativo ao inserir, na Constituição Federal de 1988, em

seu artigo 208, o inciso IV, “O dever do Estado para com a Educação será efetivada

mediante a garantia de oferta de creches e pré-escolas as crianças de 0 a 6 anos de

idade” (BRASIL, 1988).

A partir dessa lei, as creches, anteriormente vinculadas, à área de

assistência social, passaram a ser de responsabilidade da educação, tornou-se por

orientação o princípio de que essas instituições não apenas cuidam das crianças,

mas devem prioritariamente desenvolver um trabalho educacional.

A Constituição representa uma valiosa contribuição na garantia de nossos

direitos, visto que, por ser fruto de um grande momento de discussão e participação

da população civil e Poder Público, “foi um marco decisivo na afirmação dos direitos

da criança no Brasil.” (LEITE FILHO, 2001, p. 31).

Na realidade, foi somente com a Constituição que a criança de 0 a 6 anos foi

conhecida como sujeito de direitos. Nos anos seguintes veio à aprovação do

Estatuto da Criança e do Adolescente, entre anos de 1994 a 1996, foi publicado pelo

Ministério da Educação uma série de documentos importantes intitulado: “Política

Nacional de Educação Infantil”. Tais documentos estabeleceram as diretrizes

pedagógicas e de recursos humanos com o objetivo de expandir a oferta de vagas e

promover a melhoria da qualidade de atendimento nesse nível de ensino. Critério

para atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais da criança, que

discute a organização e o funcionamento interno dessa instituição.

Page 23: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

Por uma política de formação do profissional de educação infantil, que

reafirma a necessidade e a importância de um profissional qualificado e um nível

mínimo de escolaridade para atuar nas instituições de educação infantil para que

haja um bom aprendizado o professor deve sempre estar observando seus

pequenos,pois diante destas observações que ele educador vai ver que tipo de

clientela de educandos ele possui.Portanto o professor deve ser criativo,para

desempenhar papéis que forneça progresso para seus alunos.

A nova Lei de Diretrizes e Bases - LDB, Lei n°9394 de 1996, incorporou a

educação infantil no primeiro nível da educação básica. Inserida no Sistema

educacional, a educação infantil é desenvolvida em regime de colaboração nas

diferentes instâncias União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

De acordo com o Ministério da Educação, o tratamento de vários aspectos,

como dimensões do desenvolvimento e não áreas separadas, foi fundamental, já

que “evidenciou a necessidade de se considerar a criança como um todo, para

promover seu desenvolvimento integral e sua inserção na esfera pública.” (BRASIL,

2006, p. 101).

Desse modo, verifica-se um grande avanço no que diz respeito aos direitos

da criança pequena, uma vez que a educação infantil, além de ser considerada a

primeira etapa da Educação Básica, embora não obrigatória, é um direito da criança

e tem o objetivo de proporcionar condições adequadas para o desenvolvimento do

bem-estar infantil, como o desenvolvimento físico, motor, emocional, social,

intelectual e a ampliação de suas experiências. Diante dessa nova perspectiva, três

importantes objetivos, devem, necessariamente, coroar essa modalidade

educacional:

objetivo social: associado à questões da mulher enquanto participante da vida

social, econômica, cultural e politica;

objetivo educativo: organizado para promover a construção de novos

conhecimentos e habilidades da crianças;

objetivo político: associado a formação da cidadania infantil, em que, por meio

deste, a criança tem o direito de falar e de ouvir, de colaborar e de respeitar e ser

respeitada pelos outros (DIDONET, 2001).

22

Page 24: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

Em consonância com a Legislação, o Ministério da Educação publicou em

1998 dois anos após a aprovação da LDB, os documentos “subsídios para o

credenciamento e o financiamento das instituições de educação infantil” (BRASIL,

1998b), que contribuiu significativamente para a formulação de diretrizes e normas

da educação da criança pequena em todo o país, e o “Referencial Curricular

Nacional para a Educação Infantil” (BRASIL, 1998), com objetivo de contribuir para a

implementação de práticas educativas de qualidade no interior dos centros de

Educação Infantil. Este último foi concebido de maneira a servir como um guia de

reflexão de cunho educacional sobre os objetivos conteúdos e orientações didáticas

para os profissionais que atuam com crianças de zero a seis anos de idade.

Sobre os objetivos gerais da educação infantil, esse documento ressalta que

a prática desenvolvida nessas instituições deve-se organizar de modo que as

crianças desenvolvam as seguintes capacidades:

desenvolver uma imagem positiva de si, aluando de forma cada vez mais

independente com confiança em sua capacidade e percepções de suas

limitações;

descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades,

e seus limites, desenvolvimento e valorizando hábitos de cuidado com a própria

saúde e bem-estar;

estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e criança, fortalecendo sua

autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e

interação social;

brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e

necessidades;

conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse,

respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade;

utilizar diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita), ajustadas

à diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e

ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidade e desejos e

avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez

mais sua capacidade expressiva. (BRASIL, 1998, p. 63).

23

3

Page 25: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

Para que esses objetivos sejam alcançados de modo integrado, o

Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (BRASIL,1998ª), sugere que

as atividades devem ser oferecidas para as crianças, não só por meio das

brincadeiras, mas aquelas advinhas de situações pedagógicas orientadas. Nesse

sentido, a integração entre ambos os aspectos, é relevante no desenvolvimento do

trabalho do professor, uma vez que:

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras, e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros, em uma atitude de aceitação, respeito e confiança, e o acesso pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (BRASIL, 1998ª, p. 23).

BARRETO (1998), ressalta que, apesar do avanço da legislação no que diz

respeito ao reconhecimento da criança, a educação nos seus primeiros anos de

vida, também é importante considerar os inúmeros desafios impostos para o efetivo

atendimento desse direito, que podem ser resumidos em duas grandes questões: a

de acesso e a da qualidade do atendimento. Quanto ao acesso, a autora enfatiza

que, mesmo tendo havido, nas ultimas décadas, uma significativa expansão do

atendimento, a entrada da criança na creche ainda deixa a desejar, em especial

porque as crianças de famílias de baixa renda estão tendo menores oportunidades

que as de nível socioeconômico mais elevado.

Sobre a qualidade do atendimento, ressalta:

As instituições de educação infantil no Brasil, devido à forma como se expandiu, sem os investimentos técnicos e financeiros necessários, apresenta, ainda, padrões bastante aquém dos desejados [...] a insuficiência e inadequação de espaços físicos, equipamentos e materiais pedagógicos, a não incorporação da dimensão educativa nos objetivos da creche, a separação entre as funções de cuidar e educar, a inexistência de currículos ou propostas pedagógicas são alguns problemas a enfrentar (BARRETO, 1998, p. 25).

Não é tarefa fácil, discutir sobre questões que tratam do trabalho pedagógico

em instituições de educação infantil, uma vez que o cotidiano aponta para as muitas

dificuldades do professor na organização desse trabalho, especialmente no que

tange à rotina das crianças, em geral, a própria literatura, quando aborda está

questão, centra-se mais no recorte de um ou outro aspecto que envolve o cotidiano

da instituição, mas não fornece aos professores uma visão mais globalizante dos

elementos que constituem o seu trabalho diário. No entanto, apesar de toda a

problemática que ainda permeia uma grande maioria de instituições de atendimento

24

Page 26: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

à criança e apesar de terem tido no seu início uma função mais voltada para as

questões assistenciais, apresentando, ainda hoje, muitos desses problemas,

avançam ao longo da década, apresentando diferentes funções no seu interior, até

se consolidar como um espaço de educação para criança pequena.

25

Page 27: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como educador infantil, o professor precisa ter consciência do seu trabalho

enquanto uma função também social. É preciso valorizar a infância como ela é e

conhecer suas diferentes fases de maneira a oferecer uma educação adequada e

compatível com a criança.

A educação infantil não pode ser mais considerada como um lugar de

cuidados básicos, onde se preocupa apenas com a higiene e boa educação, ou

como um curso preparatório para o ingresso no ensino fundamental. A escola de

educação infantil deve preparar o aluno para ser um cidadão participativo e

consciente na sociedade onde vive.

O professor deve ser antes de tudo, um estudante, pois a visão de quem

aprende é sempre mais ampla; deve saber que a criança nos primeiros cinco, seis

anos de idade tem construída as bases da sua personalidade.

Diante do que foi levantado pela pesquisa, entende-se que o presente

trabalho atingiu satisfatoriamente seus objetivos, esclarecendo o problema proposto

e evidenciando a hipótese inicial, uma vez que ficou claro que a ação didática no

ensino existe para motivar a aprendizagem, orientá-la, dirigi-la, sempre na busca

pela eficiência da aprendizagem.

Assim, diante do referencial teórico estudado, bem como as observações do

trabalho docente e das orientações do sistema no que diz respeito ao tema

abordado, fica claro que a existência de um trabalho participativo, que busque

atender as necessidades das crianças e pais, sem deixar de lado a proposta

educativa é essencial.

Enfim, a ação didática na Educação Infantil, nos leva a uma reflexão acerca

do relevante papel que o educador tem a desempenhar nesse aspecto,

proporcionando possibilidades e oportunidades para que a criança brinque e, ao

mesmo tempo, aprenda, e seja educada em toda a plenitude de seu

desenvolvimento.

Professores, alunos, comunidade escolar identificam a educação como uma

concepção de crise num sentido negativo, fornece a ilusão de caos, de perda de

significados, de fim. Fala-se muito em crise na educação, a crise parece ser de

racionalidade, isto acontece porque refletir sobre a educação atual não é tarefa das

Page 28: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

mais fáceis em época caracterizada pela diversidade de pensamentos, paradigmas,

ações.

Nesse sentido, não haverá mudanças efetivas, enquanto a elite intelectual

do campo científico da educação e os educadores profissionais não se derem conta

de algo muito simples: escola existe para formar sujeitos preparados para sobreviver

nesta sociedade e para isso precisam da ciência, da cultura, da arte, precisam saber

cosias, saber resolver dilemas, ter autonomia e responsabilidade, saber dos seus

direitos e deveres, construir sua dignidade humana para ser um cidadão

competente.

27

Page 29: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANHA, M. L. de A. Filosofia da educação. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1996. BARRETO, Ângela Maria Rabelo Ferreira. Situação atual da educação infantil no Brasil. In: Subsídios para reconhecimento e funcionamento da educação infantil. Brasília: MEC/CEF, 1998. BEHRENS, Marilda Aparecida. Formação continuada dos professores e a prática pedagógica. Curitiba: Champagnat,1996. BITTAR, M.; Silva, J. P. de O. e MOTTA, M. C. A. In: RUSSEFF, I. e BITTAR, M. (orgs.). Educação Infantil: política, formação e prática docente. Campo Grande, Plano, 2003. BOUZAN, Anderson. Didática. 2011. Disponível em: <http://andersonbouzan.blogspot.com.br/p/didatica.html>. Acesso em: 03 maio. 2013. BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 1996. BRASIL. Subsídios para reconhecimento e funcionamento da educação infantil. Brasília: MEC/CEF, 1998. BRASIL. Constituição Federal de 1988. Brasília: Diário oficial da união, 05/10/1988. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho nacional de educação. Parâmetros Nacionais de qualidade para a educação infantil. Brasília: MEC/SEB, 2006. BRASIL. Referenciais curriculares nacionais para a educação infantil. Documento introdutório.Versão preliminar. Brasília: MEC/SEF, 1997. CANDAU, Vera Maria. A didática em questão. Petrópolis: Vozes, 1984. __________. (Org.). Rumo a uma nova didática. A revisão da didática. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2008. CERISARA, Ana Beatriz. O referencial curricular nacional para a educação infantil no contexto das reformas. Educação e Sociedade, Campinas, v. 23, set. 2002.

Page 30: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

DIDONET, Vital. Creche: a que veio, para onde vai. In: Educação Infantil: a creche, um bom começo. Aberto/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Brasília, v. 18, n. 73, p. 11-28, 2001. FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio século XXI. Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GHIRALDELLI JÚNIOR, Paulo. O que é pedagogia. 2012. Disponivel em: <http://www.artigonal.com/educacao-artigos/paulo-ghiraldelli-junior-6223035.html>. Acesso em 21 fev. 2013. JOLIBERT, J. (coord.). Formando crianças leitores. Trad. Bueno C. Magne. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.) JUNQUEIRA, Ana Amélia. Ser professor. Disponível em: <http://www.classealem.com.br/?opcao=3a&id_colunista=5&id_coluna=130>.Acesso em: 20 maio 2013. KUHLMANN JÚNIOR, Moisés. Instituições pré-escolares assistencialistas no Brasil (1899 - 1922). Cadernos de Pesquisa. São Paulo, 1998. KUHLMANN JÚNIOR, Moisés. O jardim de infância e a educação das crianças pobres: final do século XIX, início do século XX. In: MONARCHA, Carlos, (Org.). Educação da infância brasileira: 1875-1983. Campinas: Autores Associados, 2001. p. 3 - 30. (Coleção educação contemporânea). LEITE FILHO, A. (Org.). Em defesa da educação infantil. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. (Coleção O sentido da escola; 18). LEITE, Campus Ruiz; SIQUEIRA, Maria Terezinha Marques; LIMA, Terezinha de Fátima Aguiar de. Avaliação escolar: uma concepção dialética libertadora. 2002. Disponível em: <http://revistas.unipar.br/akropolis/article/view/1906/1656>. Acesso em 20 fev. 2013. LIBÂNEO, Jose Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. MARTINS, Sandra Mara Cardoso. A trajetória da educação infantil no Brasil. Disponível em: <http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/a-trajetoria-da-educacao-infantil-no-brasil/>. Acesso em: 17 abr. 2013. MELO, Regileide Maria de Oliveira. Didática geral: seus fundamentos junto a educação bem como sua utilização pelo docente. 2007. Disponível em: <http://amigonerd.net/sociais-aplicadas/pedagogia/didatica-geral-seus-fundamentos-junto-a-educacao-bem-como-sua-utilizacao-pelo>. Acesso em 20 fev. 2013.

29

Page 31: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia...início objetivo assistencialista, cujo enfoque era a guarda, higiene, alimentação e os cuidados

NASCIMENTO. Maria de Fátima Alves do. Cuidar e educar na educação infantil. 2007. Disponível em: <http://amigonerd.net/sociais-aplicadas/pedagogia/cuidar-e-educar-na-educacao-infantil>. Acesso em 20 fev. 2013. OLIVEIRA, Zilma de M. Ramos de. A criança e seu desenvolvimento: perspectivas para se discutir a educação infantil. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2000. OLIVEIRA, Zilma de M. Educação infantil: fundamentos e métodos. 7. ed. São Paulo. Cortez, 2011. PAES, Luiz Carlos. Didática da matemática: uma análise da influência francesa 2010.Disponível em: www.cempem.fae.unicamp.br/lapemmec/cursos/el654/2001/talles>. Acesso em 4 jul. 2013.

PANIAGUA, Gema; PALACIOS, Jesus. Educação infantil: resposta educativa à diversidade. Porto Alegre: Artmed, 2007. PILETTI, Claudino. Didática geral. 11. ed. São Paulo: Ática, 1986. PILETTI, Claudino. Didática geral. 11. ed. São Paulo: Ática, 1991. SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia. Proposta Curricular de Santa Catarina: Estudos temáticos. Florianópolis: IOESC, 2005. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cientifico. São Paulo: Cortez, 2000.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1994. VIEIRA, Lívia M. F. Mal necessário: creches no departamento nacional da criança (1940-1970). Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 67, p. 3-16, nov. 1999.

ZABALZA, Miguel. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

30