39
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - AJES CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA, ÊNFASE EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, INCLUSÃO E LIBRAS 9,0 A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA EDUCAÇÃO INFANTIL [email protected] Acadêmica: Angela Maria de Aparecido Nava Orientadora: Profª. Ma.Maria Silveira Lopes JUINA/2013

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - AJES

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA, ÊNFASE EM

EDUCAÇÃO ESPECIAL, INCLUSÃO E LIBRAS

9,0

A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

[email protected]

Acadêmica: Angela Maria de Aparecido Nava

Orientadora: Profª. Ma.Maria Silveira Lopes

JUINA/2013

Page 2: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - AJES

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA, ÊNFASE EM

EDUCAÇÃO ESPECIAL, INCLUSÃO E LIBRAS

A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Acadêmica: Angela Maria de Aparecido Nava

Orientadora: Profa. Ma. Maria Silveira Lopes

“Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Psicopedagoga, com Ênfase em Educação Especial, Inclusão e Libras.”

JUINA/2013

Page 3: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus, que é a minha razão de existir, por ser meu refúgio, minha

força e meu amparo tanto nos momentos de alegria como nas tribulações.

A minha família pela e compreensão pelas horas que desprendi-me dela em

função do estudo.

A todos os que fazem parte da minha vida pessoal e profissional, meu muito

obrigada.

Agradeço também a minha orientadora, que acampanhou-me durante todo

o percurso.

Page 4: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, pessoas honestas corajosas e amadas

que me ensinaram a viver.

Ao meu filho Vitor, que ao chegar me impos o desafio de educa-ló, a

experiência mais enriquecedora e dificil proposta a um ser humano.

A minha amiga Joice, pela dedicação e companherismo.

Ao meu companheiro Luis Carlos, pela compreensão.

Page 5: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

EPÍGRAFE

"Quando eu leio, somente escuto o que estou lendo e sou

incapaz de lembrar da imagem visual da palavra escrita”.

(Albert Einstein)

Page 6: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

RESUMO

A dislexia é um dos distúrbios de aprendizagem, mais encontrados nas escolas pelas crianças com dificuldades na leitura e escrita. Sabe-se, que a dislexia é uma disfunção neurobiológica, que pode ser hereditária e muitas vezes acompanhada por manifestações clinicas complexas. A escolha deste tema surgiu pela necessidade em conhecer melhor os sintomas, as causas e as intervenções que poderá ser feito para melhorar essas dificuldades, e à definição do termo “dislexia”. É uma pesquisa bibliográfica a partir da revisão da literatura de vários autores com publicações sobre o tema. O objetivo deste trabalho é identificar e descobrir as causas da dislexia. Os disléxicos costumam trocar letras ao ler e ao escrever em ordem inversa e também pode ter dificuldade ao se relacionar com os colegas, também esta relacionada o caso de desmotivação, falta de atenção. Desta forma a melhor forma de trabalhar com a dislexia em sala de aula é desenvolver diferentes maneiras de motivação, ensinado para o disléxico como lidar e superar as dificuldades encontradas no decorrer da vida. Também fica as dicas de como o professor deverá atuar para descobrir o distúrbio em sala de aula e a importância das estratégias utilizadas a partir dos recursos pedagógicos no âmbito escolar. Fica evidenciado a necessidade de intervenção, nas habilidades de leitura de leitura e escrita, associando atividades lúdicas relacionadas ao processamento fonológico da linguagem. Palavras-chave: Dislexia, Distúrbios de aprendizagem, leitura, Escrita.

Page 7: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................... ... 08

CAPITULO I -O QUE É DISLEXIA ....................................................................... ... 10

1.1. Compreendendo a dislexia ................................................................................. 11

1.2. As principais características de uma criança com dislexia ............................. ... 13

1.3. As causa da dislexia ...................................................................................... ... 15

CAPÍTULO II – A ESCOLA E A DISLEXIA .............................................................. 18

2.1. Como diagnosticar a dislexia em sala de aula .................................................. 19

2.2. A dislexia no processo de aprendizagem ........................................................... 19

2.3 A dislexia no processo de aprendizagem ............................................................ 21

CAPÍTULO III – A DISLEXIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ....................................... 23

3.1. As intervenções do educador com os alunos disléxicos ................................... 23

3.2. O desenvolvimento da criança na concepção Piagetiana ............................... . 26

CAPÍTULO IV – COMO DESENVOLVER ATIVIDADES COM OS ALUNOS

DISLÉXICOS ............................................................................................................. 28

4.1. Trabalhando o lúdico ........................................................................................ . 29

4.2. O brinquedo e as brincadeiras na aprendizagem ............................................... 31

4.3. O desenvolvimento da escrita ............................................................................ 32

CONCLUSÃO .......................................................................................................... 35

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37

Page 8: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa baseia-se em referencial teórico de vários estudiosos,

sobre o tema em estudo, e tem por objetivo identificar os fatores que podem

contribuir para melhorar as dificuldades de aprendizagem apresentada pelos alunos

disléxicos, analisando teorias e práticas educacionais que permitam superá-las.

A problemática foi levantada buscando compreender o que é dislexia. O que

os professores tem feito para solucionar este problema e quais intervenções estão

sendo feita.

Tem-se como objetivo geral compreender quais os fatores que contribuem

para melhorar as dificuldades de aprendizagem dos alunos disléxicos e com

objetivos específicos de diagnosticar as causas, sintomas; buscando estratégias a

fim de amenizar as dificuldades apresentadas; contribuindo para uma reflexão

teórica-prática em relação à dislexia;

Sabe-se que a dislexia é uma disfunção da habilidade fonêmica, isto é, a

identificação, combinação e utilização dos fonemas, que pode ser hereditária e

muitas vezes acompanhada por manifestação clínica complexa. É sabido que o

disléxico apresenta progressos limitados em um sistema convencional de ensino.

Portanto, a capacitação dos professores para perceberem as dificuldades do

disléxico e o preparo adequado para que possam orientar esses alunos será o

grande diferencial para o futuro do individuo portador da dislexia.

O desenvolvimento dos capítulos foi acontecendo a partir da coleta de dados

por meio dos estudos realizados, sobre o tema, buscando embasamento para

ampliar os conhecimentos, a fim de utilizar esse aprendizado para enriquecer a

prática pedagógica.

No primeiro capítulo, estão as reflexões sobre a dislexia. Esta tem o papel

de mobilizar e articular ações necessárias para identificar os casos de dislexia em

sala de aula. No segundo capítulo, destaca-se um questionamento que busca

esclarecer alguns pontos relevantes para o desenvolvimento da criança. No terceiro

capítulo são abordados os tópicos da dislexia na educação infantil, as intervenções

Page 9: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

do educador com os alunos disléxicos, o desenvolvimento da criança na concepção

Piagetiana.

No quarto capítulo são levantados questionamentos sobre como desenvolver

atividades com os alunos disléxicos, trabalhando com o lúdico, os brinquedos, as

brincadeiras na aprendizagem e o desenvolvimento da escrita. Pois, ao brincar, a

criança adquire hábitos e atitudes importantes para seu convívio social e para seu

crescimento intelectual e aprende a ser persistente, percebe-se que não precisa

desanimar ou desistir diante da primeira dificuldade. A relação com o outro permite

que um avanço, maior na organização do pensamento do que cada criança

estivesse só.

E, finalmente, a conclusão apresenta uma análise de todo trabalho, fazendo

uma reflexão sobre as contribuições, para melhorar a aprendizagem dos alunos

portadores da dislexia.

Page 10: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

CAPÍTULO I

O QUE É DISLEXIA

O termo dislexia teve origem no grego, é composta da seguinte maneira,

Dislexia: (do grego), dus= difícil, maus; lexis= palavra. O termo refere-se, portanto, a

dificuldade de aprendizagem da palavra. Dislexia é um distúrbio, considerado pelos

especialistas como um problema de linguagem. Isso significa que os disléxicos têm

dificuldade de ler, escrever e soletrar.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia - ABD (1994) foi divulgada pela

International Dyslexia Association e vem sendo utilizada as definições de que a

dislexia é um dos vários distúrbios de aprendizagem, especifico da linguagem,

sendo caracterizado pela dificuldade em decodificar palavras simples. O individuo

com esse distúrbio apresenta insuficiência fonológica. As dificuldades de decodificar

palavras simples não são esperadas em relação à idade. Mesmo recebendo

instrução convencional, tendo adequada inteligência, oportunidade e não possuindo

distúrbios cognitivos e sensoriais, a criança com dislexia falha na aquisição da

linguagem. A dislexia apresenta-se em diferentes níveis formas de dificuldade de

linguagem, incluindo também os problemas de leitura e capacidade de escrever e

soletrar .

É uma dificuldade de aprendizado que se manifesta como uma dificuldade

com leitura, escrita, e soletração ou combinação de duas ou três destas dificuldades,

na qual a capacidade de uma criança para ler ou escrever está abaixo do seu nível

de inteligência. De acordo com NIELSEN (1999, p.75) “Dislexia designa uma

dificuldade especifica em nível de leitura”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS (1993) a dislexia

comprometi de forma específica e significativa o desenvolvimento das habilidades da

leitura, bem como a habilidade de compreensão, reconhecimento de palavra na

leitura, afetando também o desempenho de tarefas que requerem a leitura e a

interpretação da mesma. As dificuldades pelo distúrbio da dislexia muitas vezes

permanecem na adolescência, mesmo depois de algum avanço na leitura.]

Page 11: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

De acordo os vários autores estudados, fica evidenciado que a dislexia é um

transtorno de aprendizagem que se caracteriza como um transtorno específico no

aprendizado da leitura. Ela reflete na dificuldade de aprendizagem de uma criança

para ler ou escrever que se situa inferior ao esperado em relação à idade

cronológica, deixando sua inteligência abaixo do seu nível, caracterizando como

uma insuficiência para assimilar os gráficos da linguagem.

Cabe ressaltar que nem sempre todos os disléxicos apresentam todas essas

características, e nem todas as pessoas que apresentam essas características são

disléxicos, só algumas delas. Outros sintomas fazem parte do quadro de dislexia

como dificuldades em memorizar sequências, em orientações direito/esquerda e em

organização espaço-temporal.

1.1 Compreendendo a Dislexia

Segundo Gonçalves (2011) a dislexia começou a ser estudada por dois

oftalmologistas ingleses, no final do século XIX, os mesmos estudavam os casos de

crianças que tinham dificuldade de aprendizagem. Ao concluir suas pesquisas,

detectaram que os problemas destas crianças eram chamados de cegueira verbal,

que tinha origem num deterioramento do cérebro, de origem congênita, que afetava

a memória visual de palavras o que levava a criança a ter uma “cegueira verbal

congênita”.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) (1994) com as

descobertas cientificas, a dislexia recebeu o nome de cegueira verbal, ficando assim

conhecida por um grande período, com o passar do tempo à mesma recebeu

também o nome da mãe do transtorno de aprendizagem pois foi a partir da

descoberta deste problema que iniciou a busca pelo conhecimento de todos os

outros tipos de distúrbios de aprendizagem.

Na perspectiva de CONDEMARIDIN (1988, p. 21), “a dislexia é

frequentemente acompanhada de transtornos na aprendizagem da escrita,

ortografia, gramática e redação”. De acordo com os estudos realizados do autor

CONDEMARIDIN (1988), as pessoas disléxicas têm dificuldade de aprendizagem de

Page 12: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

leitura e de palavras escritas. Pois as mesmas processam informações em uma área

diferente do cérebro.

Pesquisas realizadas com pessoas disléxicas por meio de autopsias e de

estudos neuorimagem e de neuropsicologia. De acordo com COLL et al,(2004) os

resultados indicam que as DAS de leitura, são acompanhados de mudanças na

autonomia e na fisiologia do cérebro, essas anomalias neuroanatômicas podem

significar que exista malformação do tecido do neurônio embrionário, que afeta

principalmente o hemisfério cerebral do lado esquerdo. Essa consequência significa

que o hemisfério cerebral esquerdo sofreria um atraso no desenvolvimento,

deixando de alcançar seu tamanho em circunstâncias normais nas regiões corticais.

O lóbulo temporal que intervêm diretamente em funções lingüísticas é o que mais

seria afetado.

Portanto, quando o lado esquerdo do cérebro, não tem o tamanho adequado

ou não trabalha de acordo a necessidade do desenvolvimento humano, o mesmo

dificulta diretamente as funções linguísticas, assim à aprendizagem de leitura e

escrita torna-se quase impossível para o ser humano.

Para COLL et al. (2004, p.61),

Isso dificulta antes de tudo o desenvolvimento fonológico normal e a aprendizagem e a automatização das regras de conversão grafema e fonema, além do desenvolvimento de habilidades para discriminar visualmente os signos gráficos (forma, orientações, etc.). O que, transferindo para o âmbito da aprendizagem, implica que essas pessoas com tais alterações têm dificuldades para a aprendizagem da leitura, escrita e do calculo matemático.

Com todas essas dificuldades apresentadas nas crianças disléxicas, ainda

assim muitas delas conseguem aprender a ler e escrever com algumas dificuldades.

No entanto, ao apresentar essas dificuldades, alguns professores pressionam os

alunos, para que eles sejam iguais aos outros, sem conseguir os alunos são taxados

pelos professores como preguiçosos, desinteressadas e irresponsáveis.

De acordo com MARA (2012), as crianças disléxicas apresentam falhas nas

conexões cerebrais. Em muitos casos contam apenas com a região do cérebro

responsável por processar fonemas e sílabas, e a parte responsável pela análise de

palavras, fica prejudicada não exercendo a sua função. Por essa dificuldade, falta de

Page 13: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

ligação cerebral entre as áreas responsáveis pela identificação de palavras, a

crianças não consegue reconhecer palavras lidas e escritas em estudado anteriores.

Para a criança disléxica, a palavra mesmo já estudada, sempre lhe parece nova.

Pode-se então dizer que a dislexia é causada por alterações cerebrais responsáveis

pelos sons da linguagem e do sistema que transforma o som em escrita.

Segundo FONSECA (1999, p.460) “para abordamos em profundidade o

conceito de dislexia, é necessário não esquecer que o segredo dos actos humanos

não é só do domínio da psicologia”. Mas também de fatores neurológicos entre

outros.

Em Gonçalves, (2005) encontramos explicações de que a criança disléxica

pode não apresentar nenhum problema de forma visível, geralmente pode ter a

inteligência acima da média em várias questões, mas seu desempenho escolar não

combina com seu padrão geral de atuação, apresentando dificuldades na leitura e

na escrita, letra ruim, troca de letras e lentidão na realização das atividades, pela

falta de compreensão da escrita .

1.2 As principais características de uma criança com dislexia

Sabemos que as crianças disléxicas apresentam diversas dificuldades na

leitura, escrita e ortografia, ao analisarmos alguns autores que explicam sobre esse

assunto, pode-se enumerar algumas das suas características. Como de acordo com

HENNING (2003), a lateralidade que se apresenta de forma mista: a criança não

manifesta preferência pelo uso da mão esquerda ou da mão direita; ainda pode

apresentar a incapacidade de seguir uma sequência de instruções; não consegue

prestar atenção e ficar sentado sem se mexer; pode irritar-se com facilidade;

costuma não cumprir as regras determinadas, ser imatura em determinadas

situações e deixar os trabalhos sem conclusão.

Para MARQUES (2011) as principais características de uma criança

disléxica na idade escolar são:

- Lentidão na aprendizagem dos mecanismos inerentes á leitura e à escrita.

Page 14: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

- Maior lentidão que o normal na aprendizagem das letras e na leitura das

sílabas.

- Dificuldade na compreensão de textos escritos, devido á sua fraca

qualidade na leitura e em compreender que as palavras se podem segmentar em

sílabas e fonemas.

- Velocidade da leitura é significativamente abaixo do esperado para idade:

muitas vezes silábica, por soletração ou decifratório.

- Bastante dificuldade na leitura, com a presença constante de alterações e

de falhas nos processos de descodificação grafema-fonema e/ou na leitura

automática de palavras.

- Compreender normalmente as histórias que lhes são lidas.

- A escrita com muitos erros ortográficos, trocas fonológicos e/ou lexicais.

- Dificuldades na organização das ideias no texto e na construção frásica.

- Lentidão na realização dos trabalhos de casa.

- Pobreza de vocabulário.

- Não revela qualquer prazer pela leitura, curtos períodos de atenção.

- Distrai-se com bastante facilidade perante qualquer estímulo, parecendo

que está a “sonhar acordado”.

- Os resultados escolares não são condizentes com a sua capacidade

intelectual.

- Inversão de palavras de maneira parcial ou total. Exemplo: a palavra “casa”

é lida como “saca”.

- Melhores resultados nas avaliações orais que as escritas.

- Dificuldades na aprendizagem de uma língua estrangeira.

- A criança não gosta de ir à escola ou de realizar qualquer atividade com ela

relacionada.

Page 15: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

- Tem dias em que parece assimilar e compreender os conteúdos

curriculares e noutros parece ter esquecido por completo o que tinha aprendido

anteriormente.

- Inversão das letras e números. Exemplo: “p” por “b”; “3” por “5”.

Contudo as características colocadas acima não são suficientes para dar um

diagnóstico conclusivo a respeito da dislexia, no entanto, existem diversos distúrbios

de aprendizagem que possuem características bem parecidas. Mas é a partir destas

características que podemos iniciar uma investigação, juntamente com alguns

especialistas para concluímos se esta determinada criança é dislexia ou não.

Diante das muitas dificuldades, encontradas em uma criança dislexia, a que

mais enfatiza a criança é a falta de rapidez ao ler, pois devido a falha cerebral, os

mesmos leem decodificando as palavras, tornando assim uma leitura sem ritmo e,

muitas vezes com muito sacrifício.

Para ARAÚJO (2007, p. 01)

O disléxico geralmente demonstra insegurança e baixa auto-estima, sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas.

Segunda CONDEMARIN (1889), é necessário estarmos cientes dos

estágios de desenvolvimento da criança, tomando em consideração, o seu nível de

aquisição e principalmente, as oportunidades que as mesmas têm. Algumas

crianças disléxicas se manifestam através do seu comportamento, devido ao

desinteresse pelas atividades escolares, no entanto, cabe ressaltar que à falta de

compreensão e entendimento ao desenvolver uma atividade, vem através do seu

transtorno de aprendizagem.

De acordo com TEXEIRA (2012), as disciplinas que os disléxicos têm mais

rejeição, em regras são, o português e a história, já que para desenvolver um

determinado conteúdo, as mesmas são as que necessitam de mais compreensão,

leitura e uso da ortografia, para melhor entendimento.

Page 16: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

1.3 As causas da dislexia

As causas da dislexia são neurológicas e genéticas. Sobretudo a dislexia é

significativamente mais frequente em homens do que em mulheres, afirma-se que as

malformações poderiam ser decorrentes de uma alteração bioquímica provocada por

uma alta taxa de hormônio sexual masculino chamado testosterona.

De acordo com SELIKOWITZ (2001) as dificuldades de aprendizagem tem

maior incidência em meninos, numa proporção bem maior. Esta vulnerabilidade dos

meninos sugere que genes transportados pelo cromossomo X podem inferir em

muitos casos. Isso se deve ao fato de que os meninos herdam um cromossomo X da

mãe e um cromossomo Y do pai e as meninas herdam dois cromossomos X, sendo

um d pai e outro da mãe. Sendo assim, quando um menino herda um cromossomo X

com problemas que pode causar dificuldade de aprendizagem, ele não terá outro

cromossomo X para superar essa dificuldade, enquanto as meninas o tem.

Segundo o Dr. Dráuzio Varella (2013), a causa da dislexia é uma alteração

cromossômica hereditária, o que explica a ocorrência em pessoa da mesma família.

Pesquisa recentemente mostra que a dislexia pode estar relacionada com a

produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança.

Em segundo lugar, relacionam tal fato com pesquisas epidemiológicas que

assinalam a presença de famílias disléxicas e, além disso, atribui uma origem

genética à dislexia.

De acordo com MARQUES (2009, p.56),

Não existem alunos disléxicos sem famílias, professores e amigos também eles “disléxicos” em certo grau, e podemos perceber isto à medida que transpomos o conceito para analise da relação do sujeito com o mundo exterior, a nível material e, sobretudo emocional. A dificuldade do aluno em interpretar a realidade emerge de um ambiente que a promover.

No entanto quando nos deparamos com algumas crianças disléxicas,

podemos lembrar que essas crianças podem ter um pai, um tio, avó ou primo que

também é disléxico.

Para perceber melhor a causa da dislexia, SERRA e ESTRELA (2013), diz

que é necessário conhecer, de um modo geral, como funciona o cérebro. O cérebro

Page 17: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

está dividido em diversas áreas que exercem funções específicas. A aprendizagem

é uma função do cérebro. Ela envolve um processamento de informação através de

meios sensoriais (recepção), neurológicos (descodificação, tradução, retenção e

codificação) e psicológicos (percepção, imagem, simbolização e conceptualização).

Segundo SERRA e ESTRELA (2013), algumas causas de dislexias, ainda

não é constatado que os disléxicos apresentam dificuldades de ordem emocional

determinantes na aquisição de competências cognitivas, não obstante a análise

inversa também seja correta, visto que os campos emocionais e cognitivos se

correlacionam. Isto sucedem porque as emoções comandam a partida, a forma

como analisam a realidade, ajudando-os a organizar a vida

Segundo SELIKOWITZ (2001), para poder entender a dislexia, é

fundamental conhecer, de forma mais ampla, aspectos relacionados com o

funcionamento do cérebro. É preciso saber que as diferentes áreas do cérebro

exercem funções específicas. A área esquerda do cérebro, por exemplo, traz as

informações de linguagem, esta mesma área esquerda pode-se dividir em três sub-

áreas diferentes: sendo uma delas responsável pelo processamento dos fonemas,

outra ligada a análise de palavras e a última intimamente relacionada ao

reconhecimento das palavras. Essas subdivisões formam um conjunto e trabalham

interligadas, possibilitando ao indivíduo a capacidade de aprender a ler e escrever.

Como a dislexia não é detectada pela simples observação da criança, pois

ela é um distúrbio de aprendizagem da leitura e da escrita. Quase sempre só se

torna aparente quando a criança entra na escola, e muitas vezes por falta de

conhecimento, o educador demora a perceber. Veremos isso mais detalhes no

capítulo seguinte.

Page 18: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

CAPÍTULO II

A ESCOLA E A DISLEXIA

Muito se fala em dislexia na idade escolar, mas o que sabemos é que muitos

profissionais da educação não sabe quais são os sintomas e o que acontece na

aprendizagem de um aluno disléxico.

Segundo OLIVEIRA (1997), alguns educadores, percebem as dificuldades

de seus alunos logo na introdução das primeiras letras, mas por não saber o que é

e nem como resolver essas dificuldades apresentadas, acabam encaminhando os

alunos para clínicas especializadas que às vezes os rotulam como doentes ou,

incapazes, outras vezes são chamados de preguiçosos. Sendo que na realidade, se

a escola e o educador tiver o conhecimento necessário para trabalhar com esse

aluno, muitas dessas dificuldades de aprendizagem causadas pela dislexia,

poderiam ser sanadas dentro no âmbito escolar.

Como essas crianças não têm problemas sérios em comportamento, muitas

vezes, os pais e professores não conseguem notar a presença do distúrbio.

Como destaca FIRESTONE (1989, p. 42), “Visto que os professores e os

estudantes compartilham o mesmo ambiente escolar e que cada grupo depende do

outro para responder as suas necessidades e alcançar seus êxitos, a alienação dos

professores e a alienação dos estudantes alimentam se reciprocamente”.

É comum professores ter um conhecimento errado em relação ao problema

apresentado pelos alunos, taxando os mesmos como preguiçosos e desatentos,

fazendo com que os alunos fiquem desmotivados, sem estímulo para a

aprendizagem.

Conforme COLL et all ( 2004), progressivamente o aluno vai ficando

desmotivado diante da reação dos familiares e da escola com o seu baixo

desempenho. Todo aluno, exceto aqueles que apresentam atrasos profundos e

generalizados no desenvolvimento, quando ingressam na escola por volta de 3 ou 4

Page 19: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

anos tem bom interesse e motivação para as atividades escolares que são coisas

novas para eles. Essas experiências iniciais vão condicionar o itinerário acadêmico

dos alunos, configurando as expectativas, os interesses, o estilo atributivo e as

estratégias que consideram mais adequadas para manter sua autoestima.

Portanto, quando os alunos disléxicos vão para a escola, os professores

mesmo sem saber deste transtorno deve ter um olhar diferenciado, a escola deve

estar preparada para receber todo tipo de alunos. Pois, as atitudes dos professores

e as metodologias utilizadas, de maneira inesperada faz com que muitos alunos

abandonam o âmbito escolar.

Não podemos esquecer que esses alunos estão amparados por lei, de

acordo com NEE (Necessidades Educacionais Especiais). Na lei de Diretrizes e

Bases da Educação – LBD, (9394/96)

Art. 5º Consideram-se educando com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem: I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica; b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências; II – dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis; III - altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leves a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.

TEXEIRA (2012), nos diz que muitos desses alunos se encontram em

situação de desvantagem, pois não entende e nem compreende o que os docentes

querem transmitir. Cabe ressaltar que ao entrar na escola, seria muito importante

que os educadores realizassem com a criança, uma avaliação diagnóstica, para

saber das dificuldades de aprendizagem do aluno.

2.1 - Como diagnosticar a dislexia em sala de aula

De acordo com TOPCZEWSKI (2012), diagnosticar a dislexia não é uma

tarefa fácil, pois existe muita confusão feita pelos professores e outros profissionais

competentes. Mas para que possamos identificar se uma criança tem os sintomas

Page 20: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

de um disléxico, devemos ficar atentos a algumas características que nossos alunos

apresentam no desenvolvimento de suas atividades, ou até mesmo na forma de agir.

Para PUKA (2010), e necessário estar atento as seguintes características.

Na primeira infância:

- Atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e

andar.

- Atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de

palavras.

- Parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo.

- Distúrbios do sono.

- Enurese noturna.

- Suscetibilidade à alergias e à infecções.

- Tendência à hiper ou a hipo-atividade motora.

- Chora muito e parece inquieta ou agitada com muita frequência.

- Dificuldades para aprender a andar de triciclo.

- Dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.

Segundo especialistas, a criança se desenvolve, aprende com dificuldade a

falar, a andar e na terceira infância apresenta outros sintomas, como:

- Lentidão para fazer as atividades impostas, como ajudar em casa ou lições

da escola;

- A caligrafia está melhor, mas ainda não compreende o que escreveu;

- Não consegue ler e para entender o que escreveu precisa ler em voz alta;

- Costuma inverter a ordem das silabas e das letras;

- Tem memória fraca e muitas vezes não se lembra do que acabou de

aprender;

- Não consegue fazer provas escritas;

- Não gosta de frequentar a escola;

- Não consegue se concentrar;

- Costuma confundir com os opostos, como direita e esquerda, em cima e

embaixo entre outros;

- Apresenta dificuldade em aprender matemática, não consegue diferenciar

as datas e nem as horas;

Page 21: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

- Apresenta dificuldade de fazer atividades simples, como abotoar a camisa,

amarrar o sapato, entre outros;

Quando os alunos apresentarem algumas dessas características citadas

acima, deve-se procurar entrevistar os pais para identificar se existem casos

semelhantes na família, pois é preciso investigar melhor cada situação, com muita

cautela, pois a dislexia não é doença. É fundamental que o diagnóstico seja precoce,

porque, o quanto antes for detectada, fazendo as devidas intervenções pedagógicas,

não se corre o risco de comprometer a vida acadêmica e social do aluno.

TOPCZEWSKI (2012) nos afirma que, quando o docente suspeitar da

existência de dislexia num educando, mediante algumas características, ele deverá

iniciar um processo que permita a observação e avaliação desse aluno no mais curto

espaço de tempo. Pois se for concluído a dislexia, maior é a probabilidade de se

minimizarem ou até suprimirem os problemas do aluno.

2.2 - A dislexia no Processo de Aprendizagem

TEIXEIRA (2012), os alunos disléxicos apresentam muita dificuldade no

ensino aprendizado da língua portuguesa, principalmente no conteúdo de leitura,

escrita e ortografia. Pois sabemos que a habilidade para a leitura envolve diversas

associações entre símbolos auditivos, símbolos visuais e significado. E a criança

dislexia tem dificuldade para codificar e decodificar os processos que envolvem a

leitura e escrita.

Na fase da alfabetização, essas crianças demonstram certas dificuldades

que estão além do esperado para aquele momento do aprendizado e não são

superadas com o passar do tempo. Nesta fase pode ocorrer trocas das letras,

inversões e o escrever em sentido contrário.

Para COLL et ali (2004), um exemplo disso é constituído pelas chamadas

inversões, erros frequentes na aprendizagem da leitura que as crianças cometem

(confundir letras como b por d, p por q). Tais erros indicam uma forte tendência a

Page 22: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

perceber como identificar figuras que apresentam uma simetria direito-esquerdo.

Nos alunos com dislexia alguns desses erros eles levam para vida toda.

A dislexia no processo de aprendizagem prejudica muitos os alunos, pois a

mesma define-se como um desempenho substancialmente abaixo daquilo que seria

de se esperar de acordo com o nível da exatidão, velocidade ou compreensão.

No entanto além dessas dificuldades de inversão, os disléxicos apresentam

outras dificuldades como desenvolver atividades em grupo, expor suas ideias

quando os professores impõem que eles comentem o que entenderam. Para que

esse processo de aprendizagem se torne mais agradável e emotivo para os alunos

disléxicos, neste sentido JUAREZ e MONFORT (1989 apud COLL et ali. 2004, p.

87), propuseram um modelo de intervenção em três níveis:

O primeiro nível é essencialmente interativo. Sua principal diferença em relação a situações completamente naturais da vida cotidiana é o logopedista planeja e organiza situações de interação e lhes dá maior estabilidade. O segundo nível introduz-se na programação de determinados conteúdos (seja em nível lexical, fonológico, sintático, etc.). Neste segundo nível sintático, existem maior seleção e sistematização dos conteúdos que se vai trabalhar. O terceiro nível é orientado para o ensino de determinadas condutas linguísticas mediante exercícios dirigidos cuidadosamente programados de antemão pelo adulto.

Page 23: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

CAPÍTULO III

A DISLEXIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Nota-se que na fase da educação infantil, as crianças com dislexia, possuem

algumas características, de acordo TOPCSEWSKI (2012, p. 29),

Atraso na aquisição da fala; Fala lenta; Pouca fluência; Articulação inadequada das palavras (fala infantilizada); Balbuciar ao falar, gaguejam; Dificuldade para narrar um fato coerentemente; Falha da memória auditiva; Confundem palavras com sons semelhantes; Dificuldade para aprender

canções.

Com essas dificuldades apresentadas é importante que os pais e os

professores sejam alertados caso as crianças apresentem dificuldades em aprender,

ao se relacionar com os amigos, em brincar, ao fazer as atividades propostas, em se

alimentar, entre outros. Por isso, toda atitude da criança deve ser observada. Uma

criança que não se interessa em brincar em grupo, em ter amigos, em se relacionar

com outras crianças indica que precisa de ajuda para resolver algum transtorno

psicológico.

3.1 - As intervenções do educador com os alunos disléxicos

É importante que as intervenções individuais coordenem-se o mais

estreitamente possível com o ambiente familiar, aluno e escola, já que ela passa a

maior parte de seu tempo e nos quais se encontram os interlocutores mais

significativos. Não se trata de converter pais e professores, mais aproveitar aqueles

contextos mais naturais e espontâneos e que podem estimular e favorecer a

aprendizagem.

Para TEXEIRA (2012), quando os professores perguntam o que devem fazer

na sala de aula em relação às crianças com problemas de linguagem, a resposta é:

comunicar-se melhor e estimular interações frequentes, ricas e variadas entre os

Page 24: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

alunos. Esta afirmação é válida entre os alunos e também para crianças com

problemas muito diversos.

De acordo com COLL et ali (2004), para que um determinado professor

possa ajudar o seu aluno com dislexia é necessário fazer certas adaptações como:

adaptar-se a criança, tanto ao seu conhecimento e a sua experiência, com as suas

habilidades, comunicativa e linguística. Não se trata de limitar ou empobrecer o

estimulo linguístico que a criança recebe, mas de torná-lo mais acessível,

procurando favorecer sua aprendizagem. Deve-se também, evitar corrigir ou pedir

que a criança repita suas produções erradas ou incompletas. Isso pode ser

prejudicial, aumentar a sensação de fracasso e inibir as iniciativas de comunicação

da criança. É preciso dar um tempo para a criança se expressar, sempre reforçando

os êxitos, encorajando-o a usar a linguagem em diferentes funções; proporcionar

oportunidades de ampliação do uso da linguagem; oprtunizar perguntas abertas que

possibilitem respostas diversas.

Ainda, para o autor, educador deve utilizar todos os meios para facilitar a

compreensão da mensagem e a interação comunicativa, com gestos, expressões

faciais e corporais. É fundamental utilizar todos os tipos de representações visuais

como apoio, aproveitando as situações de jogo, proporcionando um contexto rico

para o uso da linguagem. Deve-se proporcionar momentos que assegure o fluxo de

informação entre a família e a escola. desta forma torna-se mais fácil conseguir que

as estratégias de intervenção sejam implementadas de forma complementar por

diferentes agentes educativos em situações diversas, para favorecer a

aprendizagem da criança.

Algumas das intervenções, para ajudar os alunos disléxicos de acordo com

JACOMEL (2010), podem ser: envolver o aluno na tarefa de superação das suas

dificuldades, dar mais atenção ao aluno, de acordo com sua individualidade,

demonstrar interesse por seus avanços e estar sempre atendo fornecendo-lhe

reforço positivo, disponibilizar tempo suficiente para que o aluno organize seus

pensamentos e termine suas atividades, evitar constrangimento na correção das

atividades, deve-se evitar comparações com outros alunos e nunca forçá-lo a fazer

leitura em voz alta. O aluno com dislexia deve ser avaliado pelos seus avanços

Page 25: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

individuais e nunca pela comparação com a turma. Dê ao aluno oportunidade de

usar diferentes recursos, isso favorecerá seu aprendizado.

Contudo, os professores devem estar cientes em como tratar os seus

alunos, pois os mesmos precisam estar motivados e serem compreendidos pelos

docentes e família.

CONDEMARIN (1989), a intervenção nesta situação pode ser, por exemplo,

um conjunto de ajuda para orientar de forma individual tal aluno, na qual sua

avaliação seja um percurso de aprendizagem relativa: se melhorou, se aprendeu,

podemos verificar se não melhorou, se continua do mesmo jeito, se regrediu ou

estancou na aprendizagem.

3.2 - O desenvolvimento da Criança na Concepção Piagetiana

Para Piaget (1994), os aspectos cognitivos dos indivíduos são de grande

importância. Para ele as crianças não herdam capacidades mentais prontas, mas

apenas um modo de reagir ao ambiente, convivendo com outros. Aos poucos ela vai

se adaptando a esse ambiente.

De acordo com ENDERLE (1987). As etapas do desenvolvimento da criança

na concepção Piagetiana são: estágio sensório-motor, o estágio pré-operacional,

estágio das operações concretas, estágio das operações formais.

Estágio sensório-motor – é considerado fundamental para a atividade

intelectual futura, como já se viu anteriormente. Recomenda-se, nesta fase, grande

estimulação ambiental.

Estágio pré-operacional – tem início em torno dos dois anos de idade e

estende-se até os seis anos, aproximadamente. O principal progresso dessa fase

em relação à anterior é o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. A

capacidade simbólica é a que permite representar objetos e fatos por meio de um

significado diferenciado.

Neste período, predominam os jogos simbólicos que implicam a

representação de um objeto por outro, atribuições de novos significados para vários

objetos. Ela pode então representar qualquer objeto por meio de um significante

Page 26: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

especifico que pode ser por meio de linguagem, desenho, gesto, etc. A linguagem é

também uma manifestação da função simbólica.

Estágio das operações concretas: atinge a faixa dos seis aos onze ou doze

anos, mais ou menos. As características mais evidentes é a superação lenta do nível

intuitivo do pensamento, quando não havia noção de conservação e a criança

guiava-se pelos dados intuitivos nos seus raciocínios.

Estágio das operações formais – atinge o início do período puberal (em torno

de doze anos em diante). A partir daí o jovem pode prescindir da ação e,

positivamente, refletir sobre operações.

Com sua teoria, Piaget nos ensina que o pensamento, visto como processo

cognitivo é a expressão da interação do homem com o meio. Assim, o ser humano

age sobre o meio, donde recolhe dados iniciais, percorre um caminho de análises e

síntese, através de um conjunto de operações que vão se construído

gradativamente e o levam a obter uma representação desse mundo, podendo atuar

sobre ele, reiniciar o caminho ante cada mudança.

A teoria de Piaget leva-nos a concluir que é inútil organizar o conteúdo para

as crianças, segundo os nossos padrões de assimilação, e, uma vez que a criança

pensa diferente do adulto, ela organiza o real a partir de estruturas espaços-

temporais. Contudo, isso não chega a ser preocupante, porque as crianças buscam

essa organização constantemente, tentando dar um sentido ao seu mundo.

Page 27: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

CAPÍTULO IV

COMO DESENVOLVER ATIVIDADES COM OS ALUNOS DISLÉXICOS

Para que possamos desenvolver atividades com os alunos disléxicos é

necessário incluir os jogos e as brincadeiras no planejamento diário. A escola, então,

deve refletir e retomar a questão da ludicidade e da contribuição desta no processo

ensino-aprendizagem das crianças e, principalmente, daquelas que apresentam

dificuldade neste processo, como no caso das crianças disléxicas.

Os estudos feitos por SANTOS (2003) mostram que as atividades lúdicas

dão ferramentas indispensáveis no desenvolvimento da criança, porque para a

criança não há atividade mais completa do que o brincar.

De açodo com TEIXEIRA (2012, p. 75) “o brinquedo é um elemento

fundamental para que as crianças adquiram habilidade”. Em geral, as crianças com

dificuldades de aprendizagem manifestam os sintomas em um ou mais processos

psicológicos básicos na compreensão ou no uso da linguagem falada ou escrita.

Considera-se que o ato de brincar e jogar são fundamentais para o

desenvolvimento de toda criança, pois promove a sensação de prazer e

envolvimento pela atividade realizada. No entanto contribuem desta forma, para a

formação, manutenção e preservação dos processos cognitivos, afetivo-emocionais

e socioculturais.

Para LUCKESI (200,p.21)

Brincar, jogar, agir ludicamente exige uma entrega total do ser humano, corpo e mente ao mesmo tempo. A atividade lúdica não admite divisão; e as próprias atividades lúdicas por si mesmas, nos conduzem para esse estado de consciência. Se estivermos em um salão de dança e estivermos verdadeiramente dançando, não haverá lugar para outra coisa a n ao ser para o prazer e a alegria do movimento ritmado, harmônico e gracioso do corpo.

OLIVEIRA (2006) descreve neste contexto, a escola e as brincadeiras

constituem-se em instrumento de coesão autêntica e prazerosa que permitem à

criança passar gradualmente o foco de si mesma para o meio que a cerca.

SANTIN (1987, p. 26) acredita que o ser é corporeidade, isto é, movimento,

gesto, expressividade, presença: “O homem é movimento, o movimento que se torna

Page 28: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

gesto, o gesto que fala que instaura a instaura a presença expressiva, comunicativa

e criadora”.

Diante desse fato, nota-se a grande oportunidade de utilizar o prazer da

brincadeira com situações de aprendizagem. A criança espontaneamente estará

adquirindo conhecimento e uma estrutura básica de mudanças da necessidade

subjetiva.

Com base nas considerações feitas acima, conclui-se que a atividade lúdica

tem um papel fundamental no desenvolvimento infantil, quer seja no aspecto afetivo,

cognitivo, social ou neuromotor. Enfatiza-se o corpo em movimento neste processo e

relevância destes fatores na prevenção de problemas de aprendizagem e possível

fracasso escolar.

4.1 - Tabalhando com lúdico

Segundo KISHIMOTO (2000), é através do trabalho com o lúdico que as

crianças desenvolvem habilidades para a aprendizagem acontecer, e a desenvolver

vários fatores que ajudaram na construção de conhecimento e a assimilar as

realidades intelectuais. Cabe ao professor direcionar as atividades desenvolvidas

com lúdico, para uma avaliação pedagógica, promovendo o desenvolvimento de

habilidades e interação social.

No entanto as atividades lúdicas são prazerosas, estimulantes e excitantes.

Para BRASIL (1998, p. 37) “é necessário se conscientizar que o lúdico oferece

informações elementares a respeito do individuo que brinca”.

De acordo com TEIXEIRA (1995) as atividades lúdicas mobilizam esquemas

mentais e físicos que aciona e ativa as funções psico-neurológicas estimulando o

pensamento. A ludicidade engloba várias dimensões da personalidade humana, Poe

exemplo: a afetiva, a motora e cognitiva. À medida que as brincadeiras geram

envolvimento emocional, apela para a esfera afetiva. Tornando-se semelhante a

uma atividade artística, integrando vários aspectos da personalidade. O ser humano,

enquanto brinca se desenvolve.

De acordo com autor, a ludicidade ativa as funções psicológica, mobilizando

esquemas mentais e as operações mentais, estimulando o pensamento. Cabe aos

Page 29: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

docentes compreender o quanto o lúdico pode ser um instrumento de suma

importância na aprendizagem, no desenvolvimento e na vida das crianças.

Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com

vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde

que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da

criança para brincar, o educador está potencializando as situações de

aprendizagem. ( KISHIMOTO, 2000)

Como diz ALMEIDA (2000, p. 36) “É muito importante, também, nesta

análise, acrescentar a relação entre a criança, à educação e o brinquedo, a fim de

perceber a influencia que este exerce sobre ela”. Quanto mais a criança desenvolve

atividades com o lúdico, mas possibilidades tem a desenvolver habilidades, a

imaginação, comparar o real ao faz de conta, de obter conhecimento que redefine na

elaboração do pensamento individual. Sabemos que as brincadeiras, brinquedos e

os jogos são atividades lúdicas favorecendo o ensino e aprendizagem das crianças.

KISHIMOTO (2000, p.37) coloca que

Ao assumir a função lúdica e educativa, o brinquedo educativo merece algumas considerações: 1. Função lúdica: o brinquedo propicia diversão, prazer e ate desprazer, quando escolhido voluntariamente; 2. Função educativa: o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o individuo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. (

Desta forma, as atividades lúdicas são promotoras da capacidade e

potencialidade dos alunos e, portanto, deve ocupar a sala de aula.

Devemos estar cientes que o trabalho com o lúdico não se reduz numa mera

brincadeira, a uma diversão superficial. Comenta SNEYDERS (1996, p. 36) que

“Educar é ir em direção à alegria”. As técnicas lúdicas fazem com que a criança

aprenda com prazer, alegria e entretenimento.

Neste sentido é de suma importância à contribuição de SANTOS (1997,

p.12) quando diz que o desenvolvimento da ludicidade “facilita a aprendizagem, o

desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para a saúde mental, prepara

um estado interior fértil, facilita os processo de socialização, comunicação,

expressão e construção do conhecimento”

Page 30: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

De acordo TEIXEIRA E MARTINS (2012, p. 76), “por meio do brincar a

criança consegue expressar todo o seu sentimento, criando diversas situações de

aprendizagem, pois ela esta realizando o que gosta, fazendo com que a

aprendizagem esteja unida ao prazer”.

TEIXEIRA E MARTINS (2012), por meio do lúdico a criança desenvolve a

capacidade de valorizar a cooperação que se deve ter com o grupo e adquire

oportunidade de descobrir seus próprios recursos e testar suas próprias habilidades,

aprendendo a conviver com os colegas e professores numa interação de

companheirismo.

As atividades com jogos contribuem muito com a aprendizagem se for

pensada com objetivos, no momento e na quantidade certa para cada necessidade.

4.2 – O brinquedo e as brincadeiras na aprendizagem

O brinquedo e as brincadeiras assumem função lúdica educativa, e sua

utilização potencializa a exploração e a construção interna, os mesmos são

instrumentos pedagógicos muito significativos, pois são atividades livres e alegres

que englobam uma significação, como o contexto social e cultural.

Para MALUF (2003, p. 17), “brincar sempre foi e sempre será uma atividade

espontânea e muito prazerosa, acessível a todo ser humano, de qualquer faixa

etária, classe social ou condição econômica”.

Segundo KISHIMOTO (2002, p. 139) “a brincadeira é uma atividade que a

criança começa desde seu nascimento no âmbito familiar”. As brincadeiras são

repassadas as crianças pelos familiares, de acordo com sua cultura, normalmente

aprendida de forma espontânea.

Contudo o brinquedo é uma atividade que procura representar o real e é

uma atividade com propósitos que justificam o jogo.

A criança começa com uma situação imaginária que é uma reprodução da situação real, sendo a brincadeira muito mais a lembrança de alguma coisa que realmente aconteceu, do que uma situação imaginaria nova. À medida que a brincadeira se desenvolve, observamos um movimento em direção à realização consciente de seu propósito. Finalmente surgem as regras que irão possibilitar a divisão do trabalho e o jogo na idade escolar. (VYGOTSKY, 2000, p.118)

Page 31: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

É brincando que a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e

confere habilidades. Além disso, desenvolve a curiosidade, a autoconfiança e a

autonomia, proporciona o enriquecimento da linguagem, do pensamento, da

concentração e da atenção.

TEIXEIRA (2012),é através do brinquedo que se traduz o real para a

realidade infantil. Suavizando o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos

adultos, diminuindo o sentimento de capacidade da criança. Com o ato de brincar, a

inteligência da criança vai sendo desenvolvida e a qualidade de habilidades que está

sendo oferecidas à criança através de brincadeiras e de brinquedos, garante que

suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem.

MALUF (2003, p. 21). Desta que “participar de brincadeiras é uma excelente

oportunidade para que a criança viva experiências que irão ajudá-la amadurecer

emocionalmente a aprender uma forma de convivência mais rica”. BROUGÉRE

(1997, p. 13) afirma que, “com certeza podemos dizer que a função do brinquedo e a

brincadeira”. É que na verdade o brinquedo preenche as necessidades, e é essa

necessidade que faz a criança avançar no seu desenvolvimento interno e interioriza

o discurso externo, desenvolvendo suas múltiplas habilidades.

Cabe ao professor conhecer as diversas categorias de atividades lúdicas

que atendam aos objetivos. Todo brinquedo tem uma função mais especifica e

várias outras funções associadas, bem como as atividades que envolvem duas ou

mais crianças no caso do jogo.

4.3 – O Desenvolvimento da Escrita

Ao desempenhar o trabalho de alfabetizador, o educador se depara com

uma variedade de situações no processo de aprendizagem da escrita. A fase de

alfabetização envolve uma complexidade de esquemas necessários ao domínio da

escrita.

Para VYGOTSKY (1988, p. 143), “o aprendizado da escrita é um processo

complexo que é iniciado para criança muito antes da primeira vez que o professor

coloca um lápis em sua mão e mostra como formar letras”.

Page 32: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

De acordo com (FERREIRO E TEBEROSKY, 1979), As pessoas não

alfabetizadas, ao iniciarem o processo de alfabetização, desenvolve-se em quatro

fases: a pré-silábica, a silábica, a silábico-alfabética e a alfabética.

Na fase pré-silábica: a criança diferencia desenho de escrita, começando a

produzir rabiscos bolinhas, sem se preocupar com as propriedades sonoras e

escrita. Neste nível, a criança faz registros por meio de garatujas e mais tarde, num

ambiente favorável com material gráfico disponível ela rabisca e experimenta

símbolos, percebe que as letras servem para formar palavras, mas não percebem

como ocorre tal processo.

Fase silábica: nesse nível a criança descobre que a quantidade de letras

com que vai se escrever uma palavra corresponder com a quantidade de partes.

Cada parte é uma sílaba a qual a criança faz corresponder uma grafia.

Fase silábica alfabética: A criança ao atingir este nível, estabelece que as

partes sonoras semelhantes se exprime por leituras semelhantes, alguns estudiosos

consideram que tal etapa de transição não constitui em si um novo nível ou uma

nova hipótese, mais uma clara fase de transição.

Fase alfabética: nesta fase a criança tem a compreensão de que uma sílaba

pode ter uma, duas ou três letras, também aqui ela transpõe a porta do mundo dos

escritos, fazendo a distinção entre letras, sílabas, palavras e frases, as crianças

escrevem com muitos erros ortográficos.

É preciso deixar claro que, muitos alunos apresentam várias dificuldades. É

a partir desse ponto que os educadores devem começar a trabalhar as

possibilidades de minimização os problemas de aprendizagem, pois:

LEMLE ( 2003, p. 07) coloca que para a criança aprenda a escrever, “é

preciso atingir algumas percepções de representação simbólica, como por exemplo,

precisa saber o que significa um risco preto no papel branco, precisa compreender

que o símbolo que está no papel representa o som da fala.”

Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs (1998, p. 149) confirmam

que: “o envolvimento do aluno no processo de aprendizagem deve propiciar ao

aluno encontrar sentido e funcionalidade naquilo que constitui o foco dos estudos em

cada situação de sala de aula”.

Page 33: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

Em geral, as crianças com dificuldades de aprendizagem em linguagem e

escrita, manifestam os sintomas em um ou mais processos psicológicos básicos na

compreensão ou no uso da linguagem falada ou escrita. Para WEISS (1999), é pelo

brinquedo que a criança inicia sua integração social, aprende a conviver com o

outros, a situar-se diante do mundo que a cerca.

Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas por

meio do ato lúdico, aquisições que, no futuro, tornar-se-ão seu nível básico de ação

e interação com a aprendizagem formal e informal.

Page 34: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

CONCLUSÃO

Através da pesquisa realizada, constatou-se que a dislexia na sala de aula

tem sido um obstáculo ao bom andamento do processo ensino/aprendizagem.

Atualmente tanto se fala em dislexia, mas que no geral muitos nem sabe o que essa

palavra significa. É um problema que está presente em toda nas salas de aula. A

dislexia é um tema que é bastante abordado tanto nos livros como nas escolas.

Conclui-se que ainda não se conhece a cura para a dislexia, mas que podemos

ajudar as crianças dislexias de forma que as mesmas se sintam segura e motivada

no processo ensino e aprendizado.

A partir desse estudo pude perceber que muitas vezes que chamamos

algum aluno de preguiçoso, desinteressado, podemos estar ofendendo uma criança,

pois as crianças dislexias possuem audição, visão e inteligência normais, mas não

compreende o sistema de escrita e leitura. No entanto a maior dificuldade

apresentada pelos disléxicos é diferenciar e reconhecer as palavras com sons

parecidos e diferenciar fonemas de silabas.

Sabemos que tem crianças dislexia que desenvolve a habilidade da escrita e

leitura através dos usos de todos os sentidos, quando o professor combina

atividades que motivem o uso da visão, da audição e do tato.

Não é porque as crianças tem dislexia que seu futuro será um fracasso,

temos pessoas brilhantes na sociedade que são disléxicos. Pois os disléxicos

geralmente tem inteligência acima da média, mas seu desempenho escolar não

combina com seu padrão geral de atuação.

Na reflexão sobre o distúrbio de aprendizagem, “a dislexia”, percebeu-se que

não é possível resolver este problema tão sério sozinho. Esta é uma caminhada que

necessita somar forças para solução.

E para que possamos diagnosticar a dislexia em um aluno, devemos ficar

atentos em diversas de suas atitudes, no entanto quem deve dar o diagnostico final

é uma equipe multidisciplinar, composto por um psicólogo, um fonoaudiólogo, um

psicopedagogo e um neurologista.

Page 35: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

Ao termos em mão um diagnostico de que temos um aluno disléxico em sala

de aula devemos nos preparar para recebermos o mesmo. Com atividades

diferenciadas, com muita motivação, carinho e comprometimento com a

aprendizagem desse aluno.

Devemos ficar ciente que as estratégias diferenciadas para a construção do

conhecimento desse aluno, serão satisfatórias se as situações em que forem

trabalhadas tiverem significado para o aluno.

Sabemos que, para as crianças tem entusiasmo ou interesse por uma

determina atividade essa deverá esta relacionada com algum jogo ou brincadeira,

pois as crianças adoram brincar, tem desafios para se alcançar e competir com os

colegas e é através da ludicidade que as crianças aprendem sem ter medo de errar.

As contribuições deste trabalho levam a rever a formas de como a ludicidade

deve ser desenvolvida nas escolas, alicerça a proposta de inserirem realmente as

atividades lúdicas.

Portanto, esse estudo sobre a dislexia, propõe-se acreditar com altivez, nos

propósitos relacionados ao desempenho dos alunos utilizando atividades lúdicas.

Pois, a cada dia que passa, pode-se certificar que os resultados obtidos em sala de

aula utilizando a ludicidade, são realmente fascinantes.

Ao envolver-se neste trabalho tem-se a oportunidade de apreciar e analisar

os conhecimentos de vários estudiosos importantes, que com certeza abrilhantaram

ideias em relação ao tema pesquisado. Todos eles enalteceram saberes, aguçando

a curiosidade sobre o assunto, levando a reflexão sobre o fazer pedagógico e o que

pode ser melhorado na prática de sala de aula.

35

Page 36: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

REFERÊNCIAS

ABD, Associação Brasileira de Dislexia. Dislexia. Disponível em: http://www.dislexia.com.br.htm. Acesso em: 30 maio, 2013. ALMEIDA, Paulo Nunes, Educação Lúdica, Técnicas e Jogos Pedagógicos. São Paulo: Loyola, 2000. ARAÚJO, Simaia Sampaio Maia Medrado de. Distúrbio e transtornos. 13 dez. 2007. Disponível em http://psicopedagogiabrasil.com.br/distúrbios.htm. Acesso em: 14 mar. 2013. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1997. COLL, C.; MARCHESI, A., e Palácios, J.(2004). Desenvolvimento psicológico e educação: Tanstornos do desenvolvimento e necessidades educativas especiais. (2 ed., Vol 3) Porto Alegre: Artmed, 2004. CONDEMARIN, Mabel. Dislexia. Manual de leitura corretiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. CONDEMARIN, M.; BLOMQUIST, M. Dislexia: manual de leitura corretiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988. ENDERLE, Carmen. Psicologia do Desenvolvimento. Porto Alegre, Artes Médicas, 1897. FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita, Rio de Janeiro: Artmed, 1979. FONSECA, Victor da, Insucesso Escolar - abordagem psicopedagógica das dificuldades de aprendizagem - Lisboa, Âncora Editora, 1999. Gonçalves, A.M.S. A criança disléxica e a clínica psicopedagógica 2005. Em: http://www.andislexia.org.br/hdl12_1.asp . Acesso realizado em 15/07/2013. HENNING, Kathleen Anne. Compreender a dislexia. Porto. Porto Editora, 2003. JACOMEL; NILSA. Dificuldade de aprendizagem (2010). Disponível em http://nilzajacomel.blogspot.com.br/2010/06/dislexia.html, acesso em 30 de maio de 2013.

Page 37: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2000. KISHIMOTO, Tizuko Moschida. Bruner e a Brincadeira. (org). O Brincar e suas teorias. 1. ed. São Paulo: Pioneira, 2002. LDB - Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96). 20 de dezembro de 1996. LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo, Editora Ática 15ª edição 2003. LUCKESI, Cipriano Carlos. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da Biossíntese. In: LUCKESI, Cipriano Carlos (org.) Ludopedagogia - Ensaios 1: Educação e Ludicidade. Salvador: Gepel, Programa de Pós-Graduação em Educação, FACED/UFBA, 2000, p. 21. LUCKESI, Cipriano Carlos. Ludicidade e Atividades Lúdicas: uma abordagem a partir da experiência interna, 2005. MARA, Tais. Dislexia. (2012). Disponível em http://taismarapsicopedagoga.blogspot.com.br/2012/10/blog-post.html, acesso em 30 maio de 2013. MARQUES, Teresa Paula. Clinica da Infância. Córdova, Ed. Sociedade Editorial Alfragide, 2011. MARQUES, Daniel. Técnicas de estudo para criança, 2009. Disponivel em: http://www.ebay.com/ctg/Tecnicas-Estudo-Para-Criancas-Daniel-Marques-2009-Paperback-/116052601. Acesso em 30 maio de 2013. MALUF, Ângela Cristina Munhoz. A importância das brincadeiras na evolução dos processos de desenvolvimento humano. 2003. IN: em:<http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=132>. Acesso em 22 de setembro de 2010. MALUF, M. R. (coord). Metalinguagem e aquisição da escrita: contribuições da pesquisa para a prática da educação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. NIELSEN, Lee Brattland - Necessidades Educativas Especiais na Sala de Aula – Porto Alegre: Porto Editora, 1999. OLIVEIRA, G. C. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. 9 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. OLIVEIRA, V. B. Rituais e brincadeiras. Petrópolis: Vozes, 2006.

Page 38: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

ORGANIZAÇÃO, Mundial da Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10: descrições e diretrizes diagnosticas. (D. Caetano, Trad.) Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. PIAGET, Jean. O Juízo Moral na Criança. Summus Editorial. São Paulo, 1994. PUKA, Mara. DISLEXIA, como diagnosticar, a quem recorrer. Disponivel em http://www.reflexoeseatualidades.com/2010/11/dislexia-como-diagnosticar-quem.html. acesso 02 jun 2013. SANTIN, Silvino. Educação Física : uma abordagem filosófica da corporeidade. Ijuí : Liv. Unijuí. 1987. SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. 5ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997. SANTOS, Santa Marli Pires dos (org). O lúdico na Formação do Educador. Petrópolis: Vozes, 2004. SELIKOWITZ, Mark. Dislexia e Outras Dificuldades de Aprendizagem. Rio de Janeiro: Editora Revinter, 2001. SERRA, Helena; ESTRELA, Fernanda Carreira Pereira: Dislexia e Perturbações Associadas: Memória e Atenção. Disponível em: http://repositorio.esepf.pt/bitstream/handle/10000/78/Cad_5Dislexia.pdf, jun. 02/06/2013. SNEYDERS, Georges. Alunos felizes. São Paulo: Paz e Terra, 1996. TEIXEIRA, S. R. O. Jogos, brinquedos, brincadeiras e brinquedoteca: Implicação no processo de aprendizagem e desenvolvimento. 2 ed. Rio de Janeiro: Wark Editora, 2012. TEIXEIRA, Sirlândia Reis de Oliveira; MARTINS, Solange. Dislexia na Educação Infantil: intervenções com jogos, brinquedos e brincadeiras. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012. TOPCSEWSKI, Abram. Dislexia, como lidar. 2ª Ed. São Paulo: All Print, 2012. VARELLA, Drauzio. Distúrbios de linguagem dislexia. 2013. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/letras/d/dislexia/. Acesso em 30 junho de 2013.

VIGOTSKY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo, Ícone Edup, 1988. 228 p. 88 VYGOTSKY, Lev. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

Page 39: INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20170828204715.pdf · A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA

WEISS, L. Brinquedos e Engenhocas. Atividades lúdicas com sucatas. São Paulo: Scipione, 1999.