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Universidade Federal de Mato Grosso Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Coordenação de Pós-Graduação em Agricultura Tropical INTENSINDADE DE DESBASTE EM UM POVOAMENTO DE Tectona grandis L.f., NO MUNICÍPIO DE SINOP - MT MARCOS LEANDRO GARCIA CUIABÁ – MT 2006

INTENSINDADE DE DESBASTE EM UM POVOAMENTO DE§ões-Teses... · sistemático. Se o povoamento é constituído de espécies de talhadia, principalmente as do gênero Eucalyptus, corta-se

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Universidade Federal de Mato Grosso Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária

Coordenação de Pós-Graduação em Agricultura Tropical

INTENSINDADE DE DESBASTE EM UM POVOAMENTO DE Tectona grandis L.f., NO MUNICÍPIO DE SINOP - MT

MARCOS LEANDRO GARCIA

CUIABÁ – MT 2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA Coordenação de Pós-Graduação em Agricultura Tropical

INTENSIDADE DE DESBASTE EM UM POVOAMENTO DE Tectona grandis L.f., NO MUNICÍPIO DE SINOP - MT

MARCOS LEANDRO GARCIA ENGENHEIRO FLORESTAL

Orientador: Prof. Dr. José Franklim Chichorro

Dissertação apresentada à Faculdade de

Agronomia e Medicina Veterinária da

Universidade Federal de Mato Grosso,

para obtenção do título de Mestre em

Agricultura Tropical.

CUIABÁ – MT

2006

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical

CERTIFICAÇÃO DE APROVAÇÃO

Título: INTENSIDADE DE DESBASTE EM UM

POVOAMENTO DE Tectona grandis L. f., NO

MUNICÍPIO DE SINOP - MT

Autor: MARCOS LEANDRO GARCIA

Orientador: Prof. Dr. JOSÉ FRANKLIM CHICHORRO

Aprovado em 17 de Outubro de 2006.

Comissão Examinadora:

________________________________

Prof. Dr. José Franklim Chichorro (FENF/UFMT) (Orientador)

________________________________

Profª Dª. Maristela de Oliveira Bauer (FAMEV/UFMT)

___________________________________

Prof. Dr. Rubens Marques Rondon Neto

(UNEMAT)

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G2161i Garcia, Marcos Leandro. Intensidade de desbaste em um povoamento de Tectona grandis L.f., no município de Sinop- MT./ Marcos Leandro Garcia. – Cuiabá: o autor, 2006. 44 fls. Orientador: Prof. Dr. José Franklim Chichorro. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Mato Grosso. Fa- culdade de Medicina Veterinária. Campus Cuiabá. 1. Silvicultura. 2. Formação florestal. 3. Desbastamento. 4. Povoamento. 5. Área basal. 6. Tratamento. 7. Árvore. 8. Teca. I. Título. CDU 630*242

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“ Dedico a minha filha Leandra e

a esposa Elisangela pelo apoio e

compreensão ”

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal de Mato Grosso;

À Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Curso de Pós-graduação

em Agricultura Tropical, por oportunizar o presente;

À empresa Maracaí – Florestal e Industrial pelo incentivo a pesquisa;

Ao professor José Franklim Chichorro, pelo apoio, compreensão e orientação

na conclusão deste trabalho;

À professora Maristela de Oliveira Bauer e ao professor Rubens M. Rondon

Neto, membros da comissão examinadora, pelas correções e sugestões;

Aos professores do Curso de Mestrado em Agricultura Tropical, pelos

conhecimentos transmitidos;

Aos colegas de curso, pelo companheirismo nos momentos de aprendizagem e

confraternização;

E a todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste trabalho.

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SUMÁRIO Página

1 INTRODUÇÃO........................................................................................ 9

2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................. 11

2.1 Definição............................................................................................. 11

2.2 Métodos de desbastes......................................................................... 12

2.3 Classificação dos desbastes............................................................... 12

2.3.1 Desbaste mecânico ou sistemático................................................. 12

2.3.2 Desbaste ordinário........................................................................... 13

2.3.3 Desbaste de copa….......................................................................... 14

2.3.4 Desbaste livre................................................................................... 14

2.3.5 Desbaste máximo..............................................................................

2.3.6 Desbaste seletivo..............................................................................

2.3.7 Desbaste por baixo............................................................................

2.4 Efeitos dos desbastes........................................................................

2.4.1 Efeitos fisiológicos..........................................................................

2.4.2 Efeitos ecológicos dos desbastes....................................................

2.4.3 Efeitos sobre as características silviculturais...................................

2.4.4 Efeitos sobre o desenvolvimento do povoamento...........................

2.4.5 Momento do desbaste.....................................................................

3 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................3.1 Caracterização da área experimental...................................................

3.2 Implantação e condução do experimento............................................

3.3 Análise dos dados................................................................................

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................... 4.1 Equação de volume do fuste..............................................................

4.2 Efeito da intensidade de desbaste nas variáveis avaliadas.................

4.3 Avaliação do efeito dos desbastes pela análise de variância..............

5 CONCLUSÕES.......................................................................................6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................

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INTENSIDADE DE DESBASTE EM UM POVOAMENTO DE Tectona grandis

L. f., NO MUNICÍPIO DE SINOP - MT

RESUMO – O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito das

intensidades de desbaste seletivo sobre o crescimento em altura, diâmetro,

área basal e volume da Tectona grandis L.f.. O povoamento foi implantado em

janeiro de 2000, em uma área de 36 ha, no município de Sinop, região norte do

Estado de Mato Grosso. O experimento foi implantado segundo o delineamento

inteiramente casualizado, com 6 tratamentos e 4 repetições, em parcelas de

486 m² (área útil), sob espaçamento de 3 x 3 m, tendo sido avaliado aos 5 anos

de idade. As intensidades de desbaste testadas foram: 0 (testemunha), 14, 20,

30, 40, 50% da área basal total. Foram feitas medições em 2004 e 2005 da

altura comercial e total, diâmetro (DAP), ou seja, antes e depois das aplicações

dos desbastes, respectivamente. O tratamento que melhor correspondeu à

intensidade de desbaste aos cinco anos foi o tratamento com remoção de 50%

da área basal em 2004.

Palavras-chave: Tectona grandis L.f., teca, desbaste, área basal, tratamento

silvicultural.

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INTENSITIES OF THINNING ABOUT A STAND OF Tectona grandis L. f., IN MUNICIPALITY OF SINOP - MT

Abstract – This study had the objective to evaluate the effect of intensities of

thinning selective about growth in height, diameter, basal area and volume of

Tectona grandis L.f.. The stand was installed in January of 2000 in an area of 36

ha in municipality of Sinop, north of Mato Grosso estate. The experiment was

implanted according entirely an occasional delineation with 6 treatments in 4

repetitions in parcels of 486 m² (useful area), under spacing at 3 x 3 m, evaluated

on a 5-years old. The intensities thinning had been tested: 0 (witness), 14, 20, 30,

40, and 50 % of total basal area. Measurements had been make in 2004 and 2005

of commercial height and total, diameter (DAP), before and after of applications of

thinning, respectively. The treatment that better corresponded the intensity of

thinning to the five years was the treatment with removal of 50% of the basal area

in 2004.

Key Words: Tectona grandis, teak, thinning, basal area, silvicultural treatments

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1 INTRODUÇÃO

A exploração de madeira nas florestas nativas do Estado de Mato

Grosso iniciou-se na década de 60. Porém, a exploração como atividade

econômica, começou efetivamente na década de 70, principalmente com a

implantação da política de ocupação da Amazônia nas regiões norte e

noroeste do Estado (SENAI, 2002). A maioria dessa madeira explorada,

após serrada, era exportada para outros estados das regiões sul e sudeste,

porém, grande parte ainda em tora. Isso fazia com que Mato Grosso fosse

considerado como grande produtor de madeira de florestas nativas, e com

isso, começou a encontrar dificuldades em obter a matéria-prima,

principalmente na região oeste, onde era alta a ocorrência de Swietenia

macrophylla King. (mogno).

Por outro lado, com o intuito de suprir a demanda de madeira pelas

indústrias madeireiras no Estado, desde a década de 60, alguns

empresários começaram as primeiras experiências com o reflorestamento no

estado. Os primeiros povoamentos foram implantados com a espécie

florestal Tectona grandis L.f. (teca), feitos pela empresa Cáceres Florestal,

no município de Cáceres-MT.

Também foram testadas outras espécies nativas e exóticas, no

entanto, a teca sobressaiu às demais, pela rusticidade, rápido crescimento e

pelo valor comercial no mercado internacional. Essas informações foram

decisivas para que, em 1968, fossem implantados os primeiros povoamentos

de Tectona grandis L.f., no Estado do Mato Grosso, com finalidades

comerciais.

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A teca, em Mato Grosso, apresenta um rápido crescimento, com corte

final entre 20 a 25 anos enquanto que, nos países de origem, o corte final

está entre 60 e 100 anos, os melhores sítios atingem incrementos médios

anuais (IMA) de 15,0 m3/ha/ano e produções entre 250 e 350 m3/ha, para

uma rotação de 25 anos (MATRICARDI, 1989). No entanto, essa espécie

exige vários cuidados silviculturais, os quais são indispensáveis na

condução dos povoamentos, destacando-se as freqüentes podas das folhas

e ramos e os desbastes.

Dentre os vários fatores silviculturais importantes, sabe-se que o

desbaste influencia na produtividade e qualidade da madeira e,

conseqüentemente, no rendimento econômico. Geralmente os povoamentos

são implantados com 1667 árvores/ha e, até o corte final, são feitos quatro

desbastes, nas idades em torno de 5, 10, 15 e 20 anos. Nessas idades, as

respectivas intensidades desbaste, proporcionam entre 200 a 250 árvores

para o corte final. Essas idades e intensidades de desbaste são ainda

fundamentadas em conhecimentos empíricos.

Diante destes fatos, este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos

das diferentes intensidades de desbastes em um povoamento de teca

(Tectona grandis L.f.), aos 60 meses de idade, por meio do crescimento nas

variáveis diâmetro, altura total, área basal e volume.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Definição de desbaste

Entende-se por desbaste a remoção do excesso de árvores nos

povoamentos equiâneos em fase de crescimento, com o objetivo de diminuir

as condições excessivas e adversas, proporcionando maiores espaços que

garantam o aumento da produção, em povoamento, ainda em estágio de

mudas e, em seguida, de arvoretas, que lutam para superar a vegetação

competidora local. No estágio de árvores, quando dominam a vegetação

local, iniciam a competição entre si, até o momento em que começam a

adoecer, perder volume e prejudicar a qualidade de seus produtos, devido à

progressiva saturação, escassez de umidade, luz, temperatura, nutrientes,

originando diferentes classes de diâmetro. O desbaste reduz o número de

classes, começando nas mais baixas, em benefício das árvores que ficam

retidas e compõem as classes maiores (Fishwick, 1976).

A técnica de desbaste é a intervenção do homem, aproveitando as

vantagens da competição, em uma etapa inicial, para distinguir aqueles que

se desenvolvem melhor, que deverão ser favorecidos e outros, com menor

desenvolvimento, retirados para liberação do espaço e a retomada no

incremento pelos remanescentes. Isso é normalmente feito na condução dos

povoamentos cuja rotação é maior, pois o número de indivíduos que atingirá

a colheita ou corte final é extremamente menor do que o número de

indivíduos implantados (Caldeira, 1999).

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2.2 Método de desbaste A espécie plantada, a estrutura do povoamento, a qualidade do

plantio e a utilização do produto geram diversificação na maneira de compor

o desbaste. Estas diversas maneiras de efetuar os desbastes constituem o

método de desbaste, também chamado regime de desbaste. Todos os

métodos ou regimes de desbaste adotados visam influenciar a melhoria e o

aumento da produção, porque fica ajustado o equilíbrio do sistema ecológico

local, devido à aferição do número de árvores e área ocupada por elas, na

forma e altura destas árvores e, na forma do dossel do povoamento.

Portanto, a eficiência do desbaste depende diretamente da escolha do

regime mais eficaz (Burger, 1980). Portanto, a intensidade de desbaste além

da técnica, está intimamente relacionada com o índice de crescimento da

essência florestal e com o objetivo do desbaste, melhorando os produtos

para polpa, celulose ou papel, toras, laminados, etc (Simões et al., 1981).

Segundo Schneider (1991), a variável área basal por hectare é

comumente utilizada como medida de densidade. Finger (1997) comenta

que um alto valor de área basal pode ser devido, tanto a um grande número

de árvores de pequenos diâmetros, como a um pequeno número de árvores

com grandes diâmetros, sendo o ponto de desbaste o divisor desta relação,

aumentando o espaço vital e garantindo uma maior disponibilidade de

nutrientes e luz para o aumento da área basal total da floresta quase

inalterada, obtendo-se assim maiores diâmetros.

2.3 Classificação dos desbastes 2.3.1 Desbaste Mecânico ou Sistemático

Antes do dossel do povoamento e das copas das árvores iniciarem a

diferenciação, é possível já existir apreciável competição sobre e abaixo do

solo e, a maneira mais correta de regular tal adensamento é reduzindo o

número de árvores. Se o povoamento é sadio e bem homogêneo, pode-se

cortar as árvores ao longo de linhas, sem adoção de critério biológico ou

ecológico, mas, unicamente obedecendo um sistema numérico. Este

desbaste pode ser considerado um desbaste neutro. Existem dois critérios

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para se efetuar o desbaste neutro que é pelo processo mecânico ou

sistemático. Se o povoamento é constituído de espécies de talhadia,

principalmente as do gênero Eucalyptus, corta-se todas as árvores em

fileiras alternadas. Porém, se forem outras espécies tolerantes, como a

Ocotera rubra Mez. (Louro gamela) e Ocotea guianensis Aub. (Louro

branco), do sistema de alto fuste, pode-se cortar alternadamente as árvores

dentro de uma mesma fileira. Tais procedimentos facilitam os cortes e não

exigem cálculos, porque certamente sairão aproximadamente 50% das

árvores do povoamento sem dificultar a toragem, oferecendo idêntica

distribuição de área entre as árvores remanescentes e permitindo espaço

para o desenvolvimento de raízes das copas e possibilitando a semeadura

em linha, quando necessária (Loureiro, 1991).

2.3.2 Desbaste Ordinário Se desejarmos efetuar um desbaste que promova desenvolvimento

desigual nos tamanhos das árvores, outros tipos de desbaste serão

adotados. O desbaste ordinário é a remoção, principalmente de árvores que

compõem os dosséis mais baixos, sendo conhecido também por desbaste

baixo. As árvores menores já dominadas e as suprimidas são pesadamente

removidas, sendo mantidas unicamente quando se destinam à cobertura de

proteção do solo, principalmente em áreas sujeitas às erosões, ou por serem

sub-marginais, cujo corte só iria onerar a produção do maciço. Dentre as

várias espécies indicadas a receber tal desbaste, destacam-se

principalmente as do gênero Pinus. Porém muitas Angiospermas são

bastante apropriadas, como a Tectona grandis L. f., Shorea robusta, etc. O

desbaste baixo não corta exclusivamente árvores dominadas, porque atinge

também as dos graus A, B, C, cortando árvores dominantes e co-

dominantes, dependendo da qualidade e da distribuição das mesmas

(Loureiro, 1991).

Define-se este desbaste pela fórmula:

1VadVdDb <= (1)

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onde,

Db = desbaste baixo. Seu valor é menor que 1

Vd = volume média das árvores retiradas

Vad = volume médio das árvores mantidas no povoamento

2.3.3 Desbaste de Copa É efetuado no dossel superior de copas e começa removendo as

árvores dominantes, pouco promissoras, atingido, em seguida as co-

dominantes. É também conhecido por desbaste alto, onde são cortadas as

árvores do estrato médio a superior conservando, de preferência, as árvores

dominadas em condições de sobrevivência e que ainda respondem bem à

melhoria de condições de luz nos espaços abertos pelos cortes.

Consequentemente, os diâmetros das árvores remanescentes que venham

atingir valor comercial deste desbaste, resulta um povoamento com duas ou

mais camadas de copas, favorecendo as árvores dominantes de boa

qualidade, retidas no teto superior sem concorrência. As árvores dominadas

que compõem os tetos inferiores poderão melhorar a qualidade da madeira

pela facilidade na desrama natural. Este desbaste é adotado para espécies

do grupo das Angiospermas, principalmente, aquelas tolerantes às sombras,

como a Astronium urundeuva, Dalbergi nigra, e a Shorea robusta. Não é

apropriada, porém, à Tectona grandis L.f., e à maioria das espécies

intolerantes como a Gmelina arborea, Dalbergia sissu e Eucalyptus spp. e,

principalmente às Gimnospermas (Loureiro, 2001). É definido pela relação:

1VadVdDa >= (2)

Quando o volume médio das árvores remanescentes é menor do que

o retirado.

2.3.4 Desbaste Livre

Este tipo de desbaste assemelha-se a um desbaste alto ou de copa,

mas com tendência a um desbaste seletivo, diferindo na maneira de

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escolher árvores que permanecerão e as que serão removidas do

povoamento (Ribeiro et al., 2002).

Segundo os mesmos autores citados acima, a operação dispensa

maior atenção às árvores a serem retidas que as que serão removidas. A

seleção deve iniciar nas árvores dominantes, que compõem o teto superior,

pela retenção de um número de árvores que seja proporcional ao porte, à

idade da cultura e onde as formas das copas e a distância entre as árvores

possam ser controladas e melhoradas através dos desbastes.

Ainda segundo os mesmos autores, as árvores co-dominantes e,

inclusive, as dominadas, com fuste de boa forma e, necessariamente,

situadas a uma distância conveniente das árvores dominantes, serão

retiradas. Tais árvores são importantes pela sua reação, ante as dominantes

remanescentes e, também pelos benefícios que antevirão, quando

futuramente removidas. Se sua remoção beneficia a dominante, então será

marcada para sair, caso contrario permanecera como cobertura de proteção

do solo. Como acontece com todas as operações de desbaste, a intensidade

de desbaste livre variará de conformidade com a freqüência em que serão

planejados os cortes. Como a remoção é para beneficiar as dominantes

preferenciais, pode-se aumentar o retorno financeiro dos povoamentos

formados de espécies de rápido crescimento e que formam grandes anéis,

efetuando poda dos galhos baixos. Este desbaste é muito útil nas florestas

situadas em locais com pouca ou nenhuma demanda, para fustes de

tamanhos médios e pequenos.

2.3.5 Desbaste Máximo O desbaste máximo é um método mais desenvolvido do que o

anterior, tendo como objetivo principal conseguir a máxima potencialidade da

produção do povoamento pela melhoria da qualidade e aumento do

incremento dos melhores genótipos e fenótipos, que já atingiram o estágio

de dominância. Para isto é necessário que o desbaste favoreça a

transformação dos elementos que seriam desviados do ecossistema da

floresta, em material lenhoso, de preferência (Daniel, 2006).

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Segundo o mesmo autor o número de árvores por unidade de área

deverá ser compatível com a idade do povoamento e pelo objetivo este

método deverá apressar os estágios, retendo um menor número de árvores

em estágio mais prematuro possível e utilizando ao máximo as vantagens

dos espaços de crescimento. Um bom índice para comprovar se a árvore

está usando o espaço que dispõe, melhorando sua produção, é o

comprimento da copa. Estudos na Alemanha indicaram que copas muito

grande, bem como outras, cujo comprimento é menor que 1/3 da altura total,

prejudicam o incremento volumétrico. Árvores isoladas, isto é, sem nenhuma

concorrência, de Picea excelsa atingem um comprimento relativo máximo de

2/5 de sua altura total. Então, para que as culturas desbastadas fiquem com

árvores de máximo comprimento, em altura total e de copa, é necessário

que toda a competição individual seja removida. Tal método requer, para seu

sucesso, espécie de grande poder de ajustamento aos espaços adicionais,

abertos pelos desbastes. Isto também é silviculturalmente possível, em sítios

de ótima qualidade, como nos da África do Sul. Nos locais de solos

tradicionalmente pobres, há deterioração do sítio e crescente perda de

incremento. Drásticas aberturas de copas, no dossel dominante,

empobrecem o solo, a forma e a produção do fuste, enchendo-o de longos e

grossos galhos, declinando o valor relativo da madeira, principalmente se o

povoamento for constituído de Araucária angustifólia (Bert) O. Ktze.

Este método, embora dependa muita da espécie florestal é mais

recomendável a algumas Angiospermas, de madeira semi-dura e de rápido

crescimento, do que propriamente às coníferas.

2.3.6 Desbaste Seletivo

O desbaste seletivo tem as características de um desbaste de copa,

com a diferença básica de que favorecem os melhores elementos dos tetos

mais baixos, inclusive do dossel superior, para produzir melhor forma de

fuste e classes diamétricas maiores nas florestas regulares (Ribeiro et al.,

2002).

Segundo Ribeiro et al. (2002), as árvores escolhidas para remoção

são geralmente, as árvores lobo e todas aquelas que restringem o

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desenvolvimento de todas aquelas que restringem o desenvolvimento de

todas as vizinhas que estão à sua volta, que tenham menor valor ou

preferência em relação às demais. Tais árvores poderão ter qualquer altura,

forma de copa ou classe de diâmetro, que sua saída dependerá de sua

posição no povoamento. O importante é reter e proteger árvores que

garantem a produção até a última rotação, sem perigo de queda de

produção.

Este desbaste é uma composição mista e seletiva em classe

diamétrica, garantindo produção sustentada e máximo retorno de capital.

Visa um melhoramento contínuo pela constante eliminação dos fustes

inferiores por todas as classes diamétricas (Ribeiro et al., 2002).

Se o desbaste for efetuado muito cedo ou se for muito pesado, os

fustes tornam-se espalhados, com forma muito pobre e com copas mal

formadas. Culturas formadas por árvores de rápido crescimento exigem

desbaste mais cedo e freqüente.

2.3.7 Desbaste por baixo É semelhante ao desbaste seletivo por baixo, desbaste ordinário ou

desbaste alemão. Consiste em desbastar principalmente árvores dominadas,

podendo, entretanto, colher árvores dominantes e codominantes,

dependendo da qualidade, da distribuição das árvores e da severidade do

desbaste (Hawley e Smith, 1972). Por exemplo, podem-se colher árvores

dominantes ou codominantes que se apresentem tecnicamente como

inadequada como as de má conformação, as doentes, as atacadas por

pragas e com distúrbios fisiológicos. Ou, dependendo da severidade do

desbaste por baixo, podem-se colher árvores codominantes.

O desbaste por baixo permite o desenvolvimento de uma nova

vegetação no sub-bosque, em função dos vazios criados no estrato inferior

de um povoamento.

Segundo Burger et al (1980), a relação para definir quantitativamente

o desbaste por baixo é:

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1VV

DR

DB <=

(3)

em que:

DB = desbaste por baixo;

VD = volume médio das árvores colhidas;

VR = volume médio das árvores remanescentes.

Como são colhidas principalmente árvores dominadas, o volume

desbastado será menor que o volume remanescente.

2.4 Efeitos dos desbastes

2.4.1 Efeitos Fisiológicos Os desbastes reduzem a competição das árvores pela luz, umidade e

nutrientes, melhorando deste modo às condições de sobrevivência e

crescimento das árvores e consequentemente, diminuem a mortalidade

natural, favorecem o crescimento e desenvolvimento da copa das árvores,

crescimento dos rebentos dos ramos, raízes e folhas (Ribeiro et al., 2002).

2.4.2 Efeitos ecológicos dos desbastes Desbastes leve-moderados não afetam muito as condições

ecológicas do povoamento, mas os desbastes fortes alteram as condições

ecológicas e essas alterações, podem se manifestar através do aumento das

temperaturas dentro do povoamento, aumento da quantidade de água que

chega ao solo e redução da transpiração do povoamento. Mais água no solo

e temperaturas mais altas melhora as condições de vida dos

microorganismos do solo, aceleram a decomposição da matéria orgânica

provocando o aparecimento explosivo de vegetação daninha, sobretudo, em

povoamentos compostos por espécies heliófitas (Ribeiro et al., 2002).

2.4.3 Efeitos sobre as características silviculturais

O efeito mais visível sobre as dimensões da árvore individual

observa-se ao nível do diâmetro. Portanto, aumenta a conicidade, diminui o

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fator de forma e a percentagem de fuste aproveitável. Embora menos visível,

os desbastes também influenciam o crescimento em altura e retardam o

desrame natural, visto que os ramos recebem mais luz e permanecem vivos

por mais tempo (Ribeiro et al., 2002).

2.4.4 Efeitos sobre o desenvolvimento do povoamento Os desbastes influenciam a altura média do povoamento, o diâmetro

médio do povoamento e a relação volume médio das árvores desbastadas

(Vd) e o volume médio das árvores remanescentes (Vp). Os desbastes não

alteram muito o volume total do povoamento, mas alteram o volume

secundário (Vd) e o volume principal (Vp), porque, quanto mais intenso for o

desbaste maior será o volume Vd consequentemente, menor Vp (Ribeiro et

al., 2002).

2.4.5 Momento do desbaste Do ponto de vista silvicultural, o momento do desbaste é determinado

pelo desenvolvimento da copa viva. Nas plantações tropicais o primeiro

desbaste começa cedo, dois a quatro anos depois do fechamento do dossel.

Outros indicadores do início do primeiro desbaste são: altura do

povoamento, comprimento da copa ou a relação entre incremento corrente

anual (ICA) da área basal e o incremento médio anual (IMA) (Ribeiro et al.,

2002).

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3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Características da área experimental

O presente trabalho foi desenvolvido em um povoamento de Tectona

grandis L.f. (teca), com 60 meses de idade de plantio, localizado no

município de Sinop-MT. A área experimental encontra-se situada entre as

coordenadas geográficas S 11º 40’ 13” “e W 55º 16’ 43” e a 340 m de

altitude (Figura 1).

FIGURA 1: Croqui de localização da área experimental utilizada para testar

diferentes intensidades de desbaste em povoamento de teca

(Tectona grandis L.f.), em Sinop-MT.

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O clima da região, pelo sistema de Köppen, é classificado como (Am),

quente e úmido com chuvas, tipo monçônico, uma transição entre o clima

equatorial superúmido (Af) da Amazônia e o tropical úmido (Aw) do Planalto

Central. Apresenta dois períodos, sendo que, no período distinto, seco que

vai de abril a setembro, não ultrapassa a 50 mm e no período chuvoso, de

outubro a março, chegando a 2200 mm (Brasil, 1992).

A topografia da área experimental é considerada como plana a

suavemente ondulada e o solo é classificado como Latossolo Vermelho-

Amarelo Distrófico, caracterizado por textura arenosa (85% areia, 5% silte e

10% argila) (Embrapa, 1999). A vegetação na área de estudo, segundo

RADAMBRASIL (1980), é classificada como Floresta Tropical Densa, com a

ocorrência de espécies de valor comercial, tais como: Erisma uncinatum

Warm (cedrinho), Trattinnichia burserifolia Mart. Willd. (amescla), Parkia

pendula Willd. Benth. Walp (angelim-saia), Mezilaurus itauba Meisn. Taub.

ex Mez (itaúba), Dipteryx odorata Aubl. Macbr. (cumaru), Aspidosperma

cylindrocarpon Müll. Arg. (peroba-rosa), Apuleia leiocarpa Vog. Macbr.

(garapeira) e Goupia glabra Aubl. (cupiúba).

3.2 Implantação e condução do experimento

A área experimental corresponde a uma área de 36,0 ha plantados

com Tectona grandis L.f.. Antecedendo 60 meses ao plantio, a análise do

solo indicou a necessidade de correção de acidez do solo, aplicando-se 4,0

t/ha de calcário calcítico.

O plantio foi realizado no mês de janeiro de 2000, com as mudas

dispostas no espaçamento de 3,0 x 3,0m (9,0 m2/árvore). No momento do

plantio foi adicionado na cova, 100 g/muda de fertilizante, que apresentava

15,5% de P2O5, 18,0% Ca, 10,0% de Si, 7,0% de Mg e 0,40% de Bo.

Durante os três primeiros anos, o povoamento não passou por

intervenções de podas dos ramos e folhas laterais, sendo a primeira

intervenção dessa natureza aplicada em março de 2004. Quando o

povoamento estava com 5 anos e 6 meses de idade, foram realizadas os

tratos silviculturais, ou seja, roçada e capina mecânica, como limpezas de

manutenção, foi usado um trator agrícola com roçadeira adaptada.

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Para verificar o efeito do desbaste nas variáveis, diâmetro, altura,

área basal e volume, foram instaladas 24 unidades amostrais adjacentes,

com área útil individual de 486,00 m2 cada uma, nas dimensões de 18 x 27

m, de tal forma que cada unidade de amostra deveria apresentar 54 árvores,

o que na prática não ocorreu em todas as parcelas em decorrência da

existência de falhas e, ou, pela mortalidade de plantas.

O experimento foi instalado seguindo o delineamento inteiramente

casualizado, composto por 6 tratamentos com 4 repetições, dispostas

conforme Figura 2. Esse delineamento experimental foi utilizado em

decorrência das características homogêneas do povoamento,

particularmente quanto à espécie, idade, espaçamento e tratos silviculturais,

bem como as características ambientais, principalmente classe de solo,

fertilidade e clima.

FIGURA 2 - Distribuição das diferentes intensidades de desbastes em área basal (tratamentos) nas respectivas unidades experimentais, para um povoamento de Tectona grandis L.f., em Sinop-MT.

O desbaste foi definido em porcentagem de área basal e os

tratamentos correspondiam às seguintes intensidades:

• Tratamento 1 (T1) ou testemunha sem retirada de árvores;

• Tratamento 2 (T2), com retirada de 20% da área basal total;

• Tratamento 3 (T3), com retirada de 30% da área basal total;

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• Tratamento 4 (T4), com retirada de 40% da área basal total;

• Tratamento 5 (T5), com retirada de 50% da área basal total; e

• Tratamento 6 (T6), com retirada média de 14% da área basal total.

Aplicou-se o desbaste seletivo por baixo que corresponde à seleção e

retirada das árvores de menor diâmetro (Hawley e Smith, 1972). Para a

aplicação do desbaste, foram feitas as medições da variável CAP

(circunferência a 1,30 m do solo) e, com isso, definiram-se as quais as

árvores que deveriam ser retiradas. Também foram feitas as mensurações

da altura total e comercial, utilizando-se uma régua graduada de 5,0 m de

comprimento e uma escada de 6,0 m.

Além das variáveis circunferências a 1,30 metros do solo e altura das

árvores observou-se, também, a qualidade do fuste, atribuindo-se 1 = bom, 2

= intermediário, 3 = ruim; a sanidade, 1 = sadia; 2 = com algum

comprometimento, 3 = comprometida; e ataque de pragas, 1 = sem ataque,

2 = com algum ataque, 3 = comprometida.

A primeira avaliação das variáveis dendrométricas, qualidade de

fuste, sanidade e ataque de pragas, foi feita em outubro de 2004, quando o

povoamento tinha 5 anos de idade. Logo em seguida, aplicou-se o desbaste

conforme os respectivos tratamentos testados. A segunda avaliação do

experimento foi feita no período de um ano após a instalação dos

tratamentos.

De posse do CAP, o DAP e a área basal, foram gerados,

respectivamente, conforme as fórmulas a seguir.

πCapDap = ; (5);

2

40000= ii xDap

πAB (6)

em que:

DAP = diâmetro a 1,30 m do solo, em cm;

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CAP = circunferência a 1,30 m do solo, em cm;

AB = área basal, em m2 por unidade de amostra (i = 1, 2, ..., n); e

π = valor 3,141592.

Para gerar uma equação de volume do fuste das árvores de Tectona

grandis L.f., foi feita a cubagem rigorosa de 21 árvores dominantes e

codominantes do povoamento seguindo a metodologia de Smaliam (Leite e

Campos, 2002). Esse método consiste em tomar as medidas das árvores a

0,30 m do solo, e a partir daí, de um em um metro, considerando-se a última

seção com seu respectivo comprimento. Para cada seção calcula-se o

volume, inclusive da última seção, considerando-se a circunferência da base

e do topo da seção e o seu comprimento, utilizando-se a fórmula de

Smaliam, descrita a seguir:

xLxDap

πxDap

π

Vi

i 240000

+40000

=

21+

21

(7)

em que:

V = volume individual, em m3 (i = 1, 2, ..., n);

DAP = diâmetro das extremidades da seção (i = 1, 2, ..., n); e

L = comprimento da seção, em m.

Em seguida, somando-se o volume dessas seções, obtinha-se o

volume da árvore. Com o volume em metros cúbicos, o respectivo DAP em

centímetros e a altura total em metros, de todas as árvores, ajustou-se o

modelo de Schumacher (Scolforo, 1993), (equação 8), tendo o volume como

variável dependente do DAP e altura total. O modelo é representado por:

(8) )(+)(+)(+=)( 210 iiii εLnHtLnβDapLnββVLn

em que:

Ht = altura total da árvore (i = 1, 2, ..., n);

= erro aleatório associado ao modelo (i = 1, 2, ..., n); iε

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= coeficientes da regressão (i = 1, 2, ..., n); e iβ

Ln = logaritmo neperiano.

A partir do modelo citado acima, gerou-se a equação do volume

individual em função do DAP e de Ht. A validação da equação de volume foi

com base no coeficiente de determinação (equação 9), erro padrão residual

(equação 10) e a distribuição gráfica dos resíduos (Scolforo e Figueiredo,

1993).

100xSQTSQRR 2 = (9)

V

QMREPR = , (10)

em que:

R2 = coeficiente de determinação, em porcentagem;

SQR = soma de quadrados da regressão;

SQT = soma de quadrados totais;

EPR = erro padrão residual;

QMR = quadrado médio residual;

V = média dos volumes.

3.3 Análise dos dados As análises dos dados dendrométricos mensurados teve por

finalidade avaliar os efeitos das diferentes intensidades de desbastes em

área basal de um povoamento de Tectona grandis L.f. sobre o

crescimento em DAP, altura total, AB e volume. Para isso, aplicou-se a

análise de variância, aceitando-se a significância de até 10% e a

comparação das médias foi feita pelo teste de Tukey, também até 10% de

significância (Gomes, 1982; Hoffmann e Vieira, 1989). Tais análises foram

feitas com as variáveis acima mencionadas para os dados coletados em

outubro de 2004 e em outubro de 2005, bem como para o incremento

dessas variáveis para o período de um ano.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Equação de volume do fuste

Com os dados de DAP e altura total, bem como do volume dos

respectivos troncos das 21 árvores mensuradas e cubadas rigorosamente,

ajustou-se o modelo de Schumacher na forma logarítmica para o volume do

fuste gerando a seguinte equação:

Ln(V) = -8,9966748 + 1,9517823 (LnDap) + 0,4834346 (LnHt)

Com o coeficiente de determinação (R²) foi igual a 99,56%, erro

padrão residual (EPR) igual a 0,0857 e a distribuição gráfica dos resíduos

ilustrados na Figura 3, pode-se admitir que a equação teve um alto ajuste e

explica bem a estimativa dos volumes individuais em função do DAP e da

altura total das árvores de teca aos 5 anos de idade.

-0,2

-0,1

0,0

0,1

0,2

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

Observações

Res

íduo

s

Figura 3. Distribuição dos resíduos entre os volumes reais provenientes da

cubagem rigorosa e o volume estimado pela equação ajustada para Tectona grandis L.f., aos 5 anos de idade, em Sinop-MT.

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Com a equação de volume do fuste das árvores de teca ajustada foi

possível estimar o volume individual das árvores existentes nas 24 unidades

de amostrais de todos os tratamentos testados para as medições dos anos

de 2004 e 2005.

4.2. Efeito da intensidade de desbaste nas variáveis avaliadas De posse dos dados experimentais, foram obtidas as médias para as

variáveis DAP, altura total, área basal e volume/ha, por tratamento, para o

ano de 2004 e para o ano de 2005, bem como, os respectivos incrementos

em valor absoluto e em porcentagem dessas variáveis, nos referidos

períodos (Tabela 1). Cabe lembrar que os valores das variáveis em 2004,

representam a situação do povoamento antes do desbaste, ou seja, antes da

aplicação dos tratamentos.

Tabela 1. Valores médios de DAP, altura total, área basal e volume de

Tectona grandis L.f., por tratamento, obtidos em 2004 antes do

desbaste, em 2005, um ano após o desbaste e o respectivo

incremento em valor absoluto (Incr.) e em porcentagem (I%)

dessas variáveis, em Sinop - MT.

DAP(cm) Altura Total(m) Área basal (m²/ha) Volume (m³/ha) Trats*

(%) 2004 2005 Incr. I% 2004 2005 Incr. I% 2004 2005 Incr. I% 2004 2005 Incr. I%

0 9,35 10,32 0,96 10,37 7,54 8,21 0,66 8,89 0,0077 0,0093 0,0016 21,25 0,0304 0,0349 0,0045 14,83

20 8,43 11,29 2,86 33,93 6,60 8,16 1,56 23,64 0,0064 0,0105 0,0042 65,54 0,0237 0,0414 0,0176 74,44

30 9,71 12,94 3,23 33,26 7,19 8,77 1,58 21,97 0,0073 0,0140 0,0067 92,91 0,0280 0,0572 0,0292 104,54

40 8,84 13,25 4,42 49,89 7,19 9,16 1,97 27,40 0,0070 0,0142 0,0073 104,55 0,0268 0,0583 0,0315 117,18

50 9,87 14,14 4,26 43,26 7,84 9,96 2,12 27,04 0,0085 0,0162 0,0076 89,45 0,0340 0,0689 0,0350 102,85

14 8,78 11,41 2,64 29,95 7,22 8,67 1,45 20,08 0,0069 0,0109 0,0040 57,37 0,0269 0,0443 0,0174 64,86

* Quantidade de área basal retirada (m²/ha).

Para a variável DAP, o desbaste de 50% proporcionou o maior valor

médio no período de um ano, atingindo a média de 14,14 cm, seguido pelos

desbastes de 40%, 30%, 14%, 20% e sem desbaste ou testemunha (Tabela

1). É importante ressaltar que todas as intensidades de desbaste geraram

efeito maior do que a testemunha. Isso demonstra que a variável DAP

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respondeu proporcionalmente às intensidades de desbaste aplicadas, ou

seja, quanto maior a intensidade de desbaste aplicada, maior média da

variável DAP foi conseguida, exceção para o desbaste a critério da empresa

(14%) que, embora menor, teve melhor média (11,41 cm) do que o desbaste

de 20% (11,29 cm). Da mesma forma Bertoloti et al. (1983), verificaram que

os desbastes implantados em povoamentos de Pinus caribaea var.

hondurenis, permitiram aumentos no diâmetro de até 25 cm a mais em

relação a testemunha. Em pesquisas diversas acerca de intensidade de

desbastes em reflorestamentos Vale et al. (1984), observaram efeito

significativo sobre o crescimento e a produção em povoamentos, e

concluíram que é possível aumentar a produção de uma floresta e

conseqüentemente sua rentabilidade.

A variável altura total respondeu às intensidades variando de 0,66 a

2,12 m, sendo melhor para o tratamento com intensidade de 50% de

desbaste, cuja média chegou a 9,96 m. Na seqüência, responderam os

tratamentos com intensidades de 40, 30, 20%, 14% e a testemunha (Tabela

1). Observa-se que a resposta dos tratamentos para a altura total foi

compatível com o DAP, acompanhando a proporcionalidade entre

intensidade de desbaste e crescimento. Esta situação era esperada em

decorrência da correlação entre essas duas variáveis. Schneider e Finger

(1993), avaliando o crescimento em altura total de Pinus elliotti E., também

observaram pelos resultados obtidos que, a intensidade de desbaste influi no

desenvolvimento da altura média dos indivíduos.

Considerando-se a média do incremento em altura total, o maior

incremento em valor absoluto, foi obtido para o tratamento que se retirou

50% da área basal seguido pelos tratamentos 40%, 30%, 20%, 14% e a

testemunha (Tabela 1). Observando-se a média do incremento em valor

relativo (%), a situação foi um pouco diferente, com o tratamento de 40% em

primeiro lugar, seguido dos tratamentos de 50, 20, 30%, 14% e a

testemunha. Essa situação é resultado, principalmente, do valor inicial da

altura total. Além disso, foi verificado, também, que a variável altura total, em

porcentagem, não respondeu à proporção da intensidade do desbaste. Duas

explicações são pertinentes: a primeira é em decorrência do valor inicial; a

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segunda deve-se ao tipo de desbaste com retirada das menores árvores,

nesse caso, as árvores que permaneceram ao desbaste, já estavam num o

dossel superior.

Em área basal, a intensidade de desbaste que melhor respondeu

também foi a de 50%, seguido pelos tratamentos com as intensidades de

40%, 30%, 14%, 20% e testemunha. Por outro lado, verificando o

incremento, a resposta foi a intensidade de 50%, 40%, 30%, 20%, 14% e

testemunha. Quanto ao incremento em porcentagem, pode-se verificar que a

melhor resposta foi a intensidade de 40% de desbaste, com 104,5%, seguido

pelas intensidades de 30 (92,91%), 50 (89,45%), 20 (65,54%), 14 (57,37%) e

testemunha (21,25%). É importante lembrar que mesmo sendo dependente

exclusivamente da variável diâmetro, a área basal não respondeu de maneira

similar conforme as intensidades de desbaste. Da mesma forma entende-se

que isso é decorrência do valor inicial obtido, ou seja, em 2004.

Entre as intensidades de desbaste para a variável volume, a que

proporcionou melhor resposta em 2005, foi com 50%, acompanhadas pelas

intensidades de 40%, 30%, 14%, 20% e a testemunha. Para o incremento

em volume as intensidades apresentaram a mesma resposta. No entanto,

para o incremento em porcentagem a seqüência a partir do melhor foi a 40%

seguido de 30%, 50%, 20%, 14% e testemunha. Chama-se a atenção para

as intensidades a partir de 30% de desbaste em área basal que responderam

com incremento em volume superior a 100%. Neste caso, observa-se a

importante contribuição ao volume em decorrência do crescimento em altura.

4.3 Avaliação do efeito dos desbastes pela análise de variância Os quadrados médios do resíduo para as variáveis DAP, altura total,

área basal e volume, dos anos de 2004, 2005 e o incremento desse período,

resultados obtidos com a análise de variância encontra-se Tabela 2. Também

são representadas, nas Figuras 4 a 15, as médias dos tratamentos com as

respectivas letras identificando a igualdade ou não entre os tratamentos,

avaliadas pelo teste de Tukey (P < 0,10).

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Tabela 2. Quadrado médio dos resíduos para os valores das variáveis

diâmetro, altura, área basal e volume em 2004 e 2005 e para o

incremento.

Variáveis analisadas Quadrado médio dos resíduos

2004 2005 Incremento

Diâmetro (cm) 1,7303059 ns 3,2644604 s 0,83241259 s

Altura (m) 1,0104065 ns 1,2514746 ns 0,14281114 s

Área Basal (m²) 0,0000043 ns 0,0000134 ns 0,00000377 s

Volume (m³) 0,0000903 ns 0,0002661 s 0,00008337 s

s = significativo; ns = não significativo.

Para todas as variáveis dendrométricas analisadas no ano de 2004

não foi verificado diferenças significativas (P < 0,10), ou seja, as médias

dessas variáveis foram estatisticamente iguais (Figura 4).

a a aa a

5

6

7

8

9

10

T50% T30% T0% T40% T14% T20%Tratamentos

Diâ

met

ro (c

m) a

Figura 4. Valores médios dos DAP (cm) de Tectona grandis L. f., antes da

aplicação das diferentes intensidades de desbaste, em Sinop -

MT.

Esta situação era esperada e necessária, pois assim confirma-se que

apenas os tratamentos atuaram como fatores causais, com efeito, nas

variáveis. Este resultado é decorrente da homogeneidade do local,

particularmente dos fatores ambientais, da espécie, da idade do povoamento

e dos tratos silviculturais aplicados.

Em 2005, esperavam-se respostas diferenciadas para todas as

variáveis, em decorrência das diferentes intensidades de desbaste

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(tratamentos) aplicadas. No entanto, apenas para as variáveis DAP e

volume, houve significância (P < 0,10), indicando que pelo menos um dos

tratamentos exerceu efeito diferente dos demais nas respectivas variáveis.

Comparando-se as médias pelo teste de Tukey (q < 0,10) para a

variável DAP, verificou-se uma pequena vantagem do tratamento de 50% em

relação aos demais, com diferença deste apenas em relação ao tratamento

testemunha (Figura 5).

5

7

9

11

13

15

T50% T40% T30% T14% T20% T0%Tratamentos

Diâ

met

ro (c

m)

a ab abab ab

b

Figura 5. Valores médios de DAP (cm) de Tectona grandis L. f., um ano

após a aplicação das diferentes intensidades de desbaste, em

Sinop - MT.

Chama-se a atenção, no entanto, de que os efeitos para todas as

intensidades de desbaste (50%, 40%, 30%, 20% e 14%) não diferiram, mas

esse resultado, provavelmente, foi em decorrência do curto intervalo de

apenas um ano. Contudo, destaca-se a importância do desbaste e seu peso

tanto na quantidade como na qualidade da madeira. Por outro lado, Bertoloti

et al. (1983) comentam que as árvores possuem uma capacidade limitada de

utilizar todo o espaço que lhes é oferecida no interior do povoamento.

Diante dessa consideração, os resultados indicam que para aumentar

significativamente o diâmetro das árvores, nas condições do povoamento em

questão, o primeiro desbaste deve ser efetuado com intensidade em torno

de 50%. Deve-se considerar, neste caso, o efeito do desbaste na qualidade

das árvores remanescentes uma vez que esse tipo de desbaste proporciona

a retirada das árvores mais finas e defeituosas.

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Ao proceder-se a análise considerando-se a média do incremento em

DAP, o maior incremento em valor absoluto, foi obtido para o desbaste de

40%, seguido pelos desbastes de 50%, 30%, 20%, 14% e a testemunha

(Tabela 1). Fazendo-se a observação da média do incremento diamétrico em

valor relativo (%), a situação é semelhante, apenas com uma inversão entre

os tratamentos de 20%, que cresceu 33,9% e 30,0%, que cresceu 33,3%, o

que deve ter acontecido em função do valor da média inicial da variável.

O tratamento com intensidade de desbaste de 40% apresentou um

incremento de 49,9% em DAP no período de um ano e o tratamento de 50%

de desbaste, o incremento foi de 43,3%. As intensidades de desbaste

responderam com porcentagens que variaram de 10,4% a 33,9%. Pela

análise de variância verificou-se a significância (F < 0,10), para a variável

incremento em diâmetro no período de 2004 a 2005 (Tabela 2).

Aplicando-se o teste de Tukey (q < 0,10), percebe-se que todos os

tratamentos com retirada de árvores foram iguais, respondendo de forma

diferente apenas em relação ao tratamento sem retirada de árvores

(testemunha), que não diferiu da intensidade 14% de desbaste, utilizada pela

empresa (Figura 6).

Por outro lado, mesmo com a igualdade estatística, percebe-se que

os tratamentos com intensidades de 40% e 50% estão bem próximos e

formam um grupo; que os tratamentos com intensidade de 30%, 20% e 14%

formam outro grupo e o tratamento testemunha ficou sozinho, embora

estatisticamente igual ao tratamento utilizado pela empresa.

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33

a a

aa ab

b

0

1

2

3

4

5

T40% T50% T30% T20% T14% T0%Tratamentos

Inc.

em

Diâ

met

ro (c

m)

Figura 6. Valores médios dos incrementos em DAP (cm) de Tectona grandis

L. f., no período de 2004 a 2005, um ano após a aplicação das

diferentes intensidades de desbaste, em Sinop - MT.

Destaca-se a importância de se definir a intensidade de desbaste,

pois, utilizando-se a intensidade de 14%, embora com incremento melhor em

valor absoluto do que sem desbaste, está bem abaixo que o desbaste com

intensidade de 40% e, neste caso, a empresa estaria bem abaixo da melhor

alternativa.

Na Figura 7 encontram-se as médias das alturas totais da medição

feita em 2004, as quais foram não significativas (F < 0,10) e,

conseqüentemente, com as médias estatisticamente iguais.

a

aaaa

a

5

6

7

8

T50% T0% T14% T40% T30% T20%Tratamentos

Altu

ra T

otal

(m)

Figura 7. Valores médios da altura total (m) de Tectona grandis L. f., antes

da aplicação das diferentes intensidades de desbaste, em Sinop -

MT.

Em 2005 também não houve significância (F < 0,10) para a variável

altura, indicando igualdade nos efeitos das intensidades de desbaste,

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34

inclusive proporcionando o crescimento bem homogêneo, conforme

apresentado na Figura 8. No entanto, deve-se observar que a seqüência dos

tratamentos não foi a mesma comparando-se a medição de 2004 (Figura 7)

(50%, testemunha, 14%, 40%, 30% e 20%), com a medição de 2005 (Figura

8) (50%, 40%, 30%, 14%, testemunha e 20%), pois nessa, apareceram as

intensidades de 40 e 30% logo após a intensidade de 50%. Essa alteração

foi em decorrência das intensidades de desbaste que, embora iguais

estatisticamente, o maior efeito foi devido às maiores intensidades (40 e

30%), que estavam com a altura total em torno de 7,20 m (Figura 7) e

passaram para a altura total em torno de 8,50 m (Figura 8).

aaaaaa

0

2

4

6

8

10

T50% T40% T30% T14% T0% T20%Tratamentos

Altu

ra T

otal

(m)

Figura 8. Valores médios da altura total (m) de Tectona grandis L. f., um ano

após a aplicação das diferentes intensidades de desbaste, em

Sinop - MT.

Avaliando os incrementos em função das intensidades de desbaste,

confirmou-se que os efeitos, na variável altura total, foram proporcionais às

intensidades e que os tratamentos com aplicação de desbaste foram iguais

estatisticamente (q < 0,10) e diferentes do tratamento sem desbaste

conforme mostrado na Figura 9. Segundo Daniel (2006) esse fato demonstra

o efeito do desbaste reduzindo a competição entre as árvores pelos fatores

ambientais, particularmente por nutrientes, água e luminosidade. O desbaste

tem vantagens econômicas que superam as desvantagens como evitando

perdas antecipadas de volume devido à mortalidade competitiva, aumenta o

valor do povoamento através da aceleração da taxa de crescimento em

diâmetro, fornece renda durante a rotação, melhora a qualidade do produto.

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b

aaaaa

0

1

2

3

T50% T40% T30% T20% T14% T0%

Tratamentos

Inc.

em

Altu

ra T

otal

(m)

Figura 9. Valores médios dos incrementos em altura (m) para Tectona

grandis L. f., no período de 2004 a 2005, um ano após a

aplicação das diferentes intensidades de desbaste, em Sinop -

MT.

A Figura 10 representa a situação inicial de não significância (F < 0,10)

ou de igualdade entre os tratamentos para a variável área basal (m2),

assegurando a condição de igualdade inicial entre as unidades amostrais.

aaaaaa

0,000

0,002

0,004

0,006

0,008

0,010

T50% T0% T30% T40% T14% T20%Tratamentos

Áre

a B

asal

(m²)

Figura 10. Valores médios da área basal (m²) de Tectona grandis L. f., antes

da aplicação das diferentes intensidades de desbaste, em Sinop -

MT.

Com a aplicação das intensidades amostrais (Figura 11), verificou-se

que os efeitos, embora iguais estatisticamente (F < 0,10), também foram

influenciados pelos tratamentos, com pequena vantagem para a intensidade

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de 14% em relação à de 20%. Neste caso duas explicações possíveis: a

primeira é que inicialmente a média da área basal inicial das unidades

amostrais de 14% era maior e a segunda, o período foi de apenas um ano.

Porém, como a área basal é dependente do diâmetro, confirmou-se a

correspondência nos resultados para essas variáveis.

Por outro lado, a área basal representa a quantidade média de

madeira em tora disponível por unidade de amostral de 486,00 m2. Como

exemplo, para a intensidade de desbaste de 50%, a área basal atingiu 0,016

m2/u.a. ou 0,32 m2/ha (Figura 11).

aaaaa

a

0,000

0,005

0,010

0,015

0,020

T50% T40% T30% T14% T20% T0%Tratamentos

Áre

a B

asal

(m²)

Figura 11. Valores médios da área basal (m²) de Tectona grandis L. f., um

ano após a aplicação das diferentes intensidades de desbaste,

em Sinop - MT.

Avaliando os incrementos em área basal (m²), constatou-se que

houve diferença significativa (F < 0,10) entre intensidades de desbaste, com

maiores valores para as maiores intensidades. Embora tenha existido

igualdade (q < 0,10) entre os valores das médias dos tratamentos com

aplicação de desbaste, pode-se admitir a existência de dois grupos, um

formado pelas intensidades 50, 40 e 30% com as maiores respostas e outro,

pelas demais intensidades (Figura 12). Com os efeitos alcançados, apesar

de em apenas um ano de avaliação, direcionam a aplicação de intensidades

mais fortes.

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a a a

ab ab

b

0,0000

0,0020

0,0040

0,0060

0,0080

0,0100

T50% T40% T30% T20% T14% T0%

TratamentosIn

c. e

m Á

rea

Bas

al (m

²)

Figura 12. Valores médios dos incrementos em área basal (m²) de Tectona

grandis L. f., no período de 2004 a 2005, um ano após a

aplicação das diferentes intensidades de desbaste, em Sinop -

MT.

Por outro lado, esse favorecimento das árvores remanescentes foi

obtido com a aplicação de desbastes, os quais proporcionam um aumento

do espaço disponível para cada árvore e, com isso, o desenvolvimento

equilibrado da copa e sistema radicular (Schneider et al., 1991). Deve-se,

ainda, considerar que o aumento do número de árvores por hectare em um

povoamento aumenta a área basal significativamente, até o momento em

que inicia a competição entre as árvores, estabelecendo-se a seguir a

mortalidade natural e com isso a redução momentânea da área basal

(Schneider, 1993).

Comparando-se os resultados em 2004 antes da aplicação dos

desbastes, para a variável volume (Figura 13), confirmou-se a igualdade

entre os tratamentos. Esta variável representa a produção de madeira por

unidade de área e, portanto, de melhor entendimento para o produtor.

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aaaa

aa

0,000

0,010

0,020

0,030

0,040

T50% T0% T30% T14% T40% T20%Tratamentos

Volu

me

(m³)

Figura 13. Valores médios dos volumes (cm) de Tectona grandis L. f., antes

da aplicação das diferentes intensidades de desbaste, em Sinop

- MT.

Comparando-se o efeito das intensidades de desbaste um ano após a

intervenção, constatou-se que houve igualdade em volume (m3) entre os

tratamentos com aplicação de desbastes (50%, 40%, 30%, 14%, e 20%),

bem como igualdade entre o tratamento sem desbaste e os tratamentos

desbastados com exceção do tratamento com a intensidade de 50% (Figura

14). Porém, mesmo com a igualdade dos efeitos entre os tratamentos

desbastados, chama-se a atenção para as quantidades obtidas, que para o

melhor tratamento atingiu, em um ano, cerca de 0,070 m3 contra 0,041 m3

do tratamento com 20% de intensidade de desbaste.

0,000

0,020

0,040

0,060

0,080

T50% T40% T30% T14% T20% T0%

Tratamentos

Volu

me

(m³)

b

abababab a

Figura 14. Valores médios dos volumes (m3) de Tectona grandis L. f., um

ano após a aplicação das diferentes intensidades de desbaste,

em Sinop - MT.

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Considerando o incremento em volume (m³) para o período de um

ano, verificou-se igualdade estatística entre os tratamentos com desbaste.

Porém, os três tratamentos com as maiores intensidades foram iguais entre

si e diferentes do tratamento sem desbaste. Observa-se, também, que os

tratamentos com 50, 40 e 30%, responderam, respectivamente, 6, 5,5 e 5

vezes mais do que o tratamento sem desbaste. Isso demonstra, mais uma

vez, a importância do peso do desbaste, bem como da proporcionalidade de

crescimento da variável volume em relação à intensidade desbastada.

b

abab

aa

0,0000,0050,0100,0150,0200,0250,0300,0350,040

T50% T40% T30% T20% T14% T0%Tratamentos

Inc.

Vol

ume

(m³) a

Figura 15. Valores médios dos incrementos em volume (m3) de Tectona

grandis L. f., no período de 2004 a 2005, um ano após a

aplicação das diferentes intensidades de desbaste, em Sinop -

MT.

Para todas as variáveis estudadas, verificou-se sempre que houve

efeito em resposta às intensidades de desbaste aplicadas, embora o

destaque tenha ocorrido, na maioria das vezes, para a intensidade de 50%

em comparação com o tratamento sem desbaste. Mas, ressalta-se que o

desbaste para Tectona grandis L.f., em Mato Grosso, em geral, ocorre em

períodos de 5 anos e esta avaliação foi com apenas um ano após o

desbaste.

Outra importante consideração é quanto ao tipo de desbaste aplicado

e, neste caso, o desbaste seletivo por baixo, além de proporcionar a melhor

disposição dos fatores de produção às árvores, preceitua a retiradas das

árvores comprometidas e, ou, menores em diâmetro. Este fato, além de ser

favorável ao melhor crescimento, melhora a qualidade da madeira do

povoamento.

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Verificou-se que a intensidade de 50% de desbaste, com exceção

para a variável incremento em diâmetro que foi o segundo (Figura 6), foi

sempre o melhor, demonstrando que a maior abertura de espaço entre as

árvores, do dossel e a eliminação dos indivíduos concorrentes, favorece as

árvores remanescentes.

Por fim, um desbaste com intensidade superior a 50%, parece ser

desnecessário, pois reduziria muito a quantidade de árvores no povoamento

sem beneficiar o crescimento e, segundo Bertoloti et al. (1983), as árvores

possuem uma capacidade limitada de utilizar todo o espaço que lhes é

oferecida no interior do povoamento.

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5 CONCLUSÕES

Com os resultados obtidos e levando em consideração as condições

e a condução do experimento, tem-se que:

- A aplicação de desbaste é imprescindível em povoamentos de

Tectona grandis L.f., particularmente por promover produtividade e a

qualidade das árvores;

- Os efeitos dos desbastes nas variáveis foram proporcionais às

intensidades aplicadas;

- Os efeitos dos desbastes nas variáveis DAP e volume foram os mais

expressivos em todos os tratamentos testados;

- O desbaste com intensidade de 50%, promoveu o maior aumento

para todas as variáveis, exceção para a variável incremento em diâmetro

que teve a intensidade de 40% como a melhor;

- O primeiro desbaste deve ser mais intenso, pois inibe a competição

entre as árvores e proporciona a aceleração do crescimento das mesmas; e

- Os efeitos não significativos nas variáveis altura e área basal em

2005, admitem-se como justificativa que foi em decorrência da avaliação de

um ano de crescimento.

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