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Interações Ag-Ac: reações sorológicas e testes
sorológicos secundários
Viviane Mariguela- pós-doutoranda
Relembrando...
Anticorpo
Moléculas secretadas pelas células B em
resposta a um imunógeno (RIH)
Antígeno/Epítopo
Antígenos- moléculas reconhecidas pelo sistema imune.
Epítopos ou determinantes antigênicos- são sítios nos antígenos aos quais os receptores de antígenosreconhecem/ligam.
Interação Ag-Ac: Conceito Inicial
É uma associação bimolecular semelhante à interação de enzimas com seus substratos ou de hormônios com seus receptores, com uma distinção bem evidente o Ac não provoca nenhuma alteração química irreversível na molécula de Ag, podendo, portanto, o produto formado (Ag-Ac) se dissociar nos seus 2 componentes; isto é, Ag e Ac livres na solução.
Ag + Ac AgAc (Imunecomplexos)
Natureza das reações Ag/Ac
• Ligações não-covalentes
– Pontes de Hidrogênio – Ligações Eletrostáticas – Forças de Van der Waals – Ligações Hidrofóbicas
• Reversível
• Ligações Múltiplas
Source: Li, Y., Li, H., Smith-Gill, S. J.,
Mariuzza, R. A., Biochemistry 39, 6296, 2000
http://www.med.sc.edu:85/chime2/lyso-abfr.htm
• Conceito de chave e fechadura
Especificidade
É a habilidade do anticorpo em distinguir seu
imunógeno de outros antígenos.
Fatores que Afetam as Reações Ag/Ac
• Afinidade
• Avidez
• Relação [Ag]:[Ac]
• Forma física do Ag
(solúvel ou particulado)
Excesso de Ac Excesso de Ag
Equivalência – formação de rede
IMUNODIAGNÓSTICO
Diagnóstico laboratorial realizado por meio de técnicas imunológicas.
Busca: Anticorpo ou Antígeno no organismo vertebrado suspeito de estar infectado usando ensaios / reações sorológicas.
ENSAIOS SOROLÓGICOS
Primários detectam a interação direta entre antígeno e
anticorpo: Ex. Radioimnoensaio, Imunofluorescência,
ELISA.
Secundários detectam conseqüências da interação entre
antígeno e anticorpo mudanças no estado físico do
antígeno: Imunodifusão, Aglutinação, Precipitação, Fixação
de Complemento.
Van Oss, 2000; Janeway, 2001
Ac + Ag Ac-Ag K1
K2
K1 = 1010 M-1 alta afinidade
Testes Baseados nas Reações Ag/Ac
• Todos os testes baseados nas reações Ag/Ac
dependerão da formação de rede ou eles
terão de utilizar outras vias para detectar
pequenos complexos imunes
• Todos testes baseados nas reações Ag/Ac
podem ser usados para detectar o Ag ou Ac
LIMIAR DE DETECÇÃO OU
SENSIBILIDADE ANALÍTICA
DE ALGUMAS REAÇÕES
SOROLÓGICAS
LIMIAR DE DETECÇÃO OU
SENSIBILIDADE ANALÍTICA
DE ALGUMAS REAÇÕES
SOROLÓGICAS
TESTES DE LIGAÇÃO
PRIMÁRIA
• RIE 0,00005 g/ml
• ELISA 0,0005 g/ml
TESTES DE LIGAÇÃO
SECUNDÁRIA
• HEMAGLUT. PASSIVA 0,01 g /ml
• RFC 0,05 g/ml
• AGLUT. BACTÉRIAS 10,05 g /ml
• PRECIPITAÇÃO GEL 30,00 g/ml
Testes de Aglutinação
Formação de rede
Testes de Aglutinação: – simples, baratos, um pouco mais sensíveis!
Teste qualitativo ou quantitativo
Existem Vários Tipos:
a) Hemaglutinação de Eritrócitos
b) Aglutinação Bacteriana
c) Aglutinação Passiva
d) Inibição da Aglutinação (Inib. Hemaglutinação – HI)
2) Reagente (anticorpo anti A, B):
AGLUTINAÇÃO DIRETA
1) Amostra de sangue na placa teste:
Exemplo: tipagem sanguínea em lâminas (sistema ABO)
Células ou partículas insolúveis + Ac = Aglutinação
26
4) Controle negativo:
3) Mistura-se:
5) Leitura do resultado:
Um resultado positivo é indicado por uma aglutinação visível (aglomeração dos eritrócitos na placa teste), como ilustrado acima.
negativo positivo
Porque o SI gera resposta se não entramos previamente em contato com outro tipo
sanguíneo?
Determinação de Grupos
Sanguíneos – Sistema ABO
AGLUTINAÇÃO PASSIVA
AGLUTINAÇÃO INDIRETA PASSIVA
Exemplo: Hemaglutinação Passiva para a Doença de Chagas:
• As hemácias são revestidas com Ag do T. cruzi (ligação
covalente) e então distribuídas nos poços da placa.
• O soro teste e os controles positivos e negativos, devidamente
diluídos, são adicionados aos poços da referida placa.
• Se houver Ac específico contra o Ag, as hemácias se
aglutinam e formam uma camada no fundo do poço. Quando
não existe Ac específico, as células formam um botão no fundo
do poço.
Aglutinação Positiva
Negativa
Ag solúveis associados a outras superfícies
(Partículas de látex ou superfície de hemácias)
32
Exemplo: presença de hCG na urina (gravidez)
INIBIÇÃO DA AGLUTINAÇÃO
+
Soro anti - hCG Urina
São incubados e
colocados numa
placa
Adicionam-se Partículas revestidas
com hCG
Resultado positivo:
(presença de hCG
na urina): não ocorre
aglutinação.
Ac se ligaram no hCG da urina,
(ficando bloqueados), na incubação inicial
Resultado negativo:
(ausência de hCG na
urina).
Ocorre aglutinação, pois
os anticorpos anti-hCG
não são bloqueados na
incubação inicial,
porque não havia o
hormônio na urina.
Livres, podem aglutinar
as partículas revestidas
de hCG.
• Teste de aglutinação quantitativa
– Título
– Efeito Prozona 1/2
1/4
1/8
1/1
6
1/3
2
1/6
4
1/1
28
1/2
56
1/5
12
1/1
02
4
Pos.
Neg
.
Título
64
8
512
<2
32
128
32
4
Paciente
1
2
3
4
5
6
7
8
-Aglutinação Bacteriana
-As infecções bacterianas frequentemente induzem a
produção de Acs séricos específicos para Ags de superfície
das Bactérias.
-A presença de tais Acs pode ser detectada pelas reações de
aglutinação bacteriana.
-Os títulos dos Acs séricos de um indivíduo suspeito é
definido como a recíproca da maior diluição do soro que
produz uma reação positiva de aglutinação.
-O título aglutinante de um soro pode ser usado para o
diagnóstico de infecções bacterianas.
Um exemplo de teste de soro-
aglutinação com partículas é o teste
de Látex de aglutinação ou de
aglutinação bacteriana.
Ag Bacteriano Acs Anti-bacterianos
(+) (-)
Teste de Coombs
Testes de Precipitação
- Formação de rede
- Tipo de Ags: Macromoléculas Solúveis
- Principais Acs envolvidos: IgG* e IgM
- Formação de Precipitado dos Imunocomplexos
- Maior formação de precipitado de
imunecomplexos na zona de equivalência entre as
concentrações de Ag e de Ac
Reações de Precipitação:
-Acs e Ags em soluções aquosas formam uma rede/malha =>Precipitação A formação da rede requer: 1) Acs polivalentes 2) Ags devem ser bivalentes / polivalentes
Testes de Precipitação: – simples, baratos, mas específicos!
e pouco sensíveis!!!
Não Precipitação Precipitação +
Curva de Precipitação
TÉCNICAS DE DIFUSÃO EM GEL
IMUNODIFUSÃO
• Coloca-se agarose sobre uma lâmina:
Imunodifusão Dupla:
• Faz-se em seguida, pequenos orifícios no gel e são adicionadas as soluções
testes de Ag e Ac, como por exemplo, é mostrado abaixo:
Ac
Ac
Ag Ag
Ac
Ag Ag
42
Ac
Ag Ag
Utilização: muito usada em
pesquisa e diagnóstico de
algumas doenças, como
cisticercose
• As soluções sofrem difusão e, quando o Ag e o Ac se encontram em zona de equivalência, se observa a reação pela formação de uma linha de precipitação:
• Pode ser visualizada pós lavagem do gel , para remoção das proteínas solúveis, por coloração dos arcos de precipitação com corante
Técnica de Imunodifusão Dupla
em Gel deÁgar - IDGA
• Pode-se fazer comparação de misturas complexas de Ag que são separados em gel de agarose, pela aplicação de uma corrente elétrica.
• As moléculas migram para o pólo negativo, distribuindo-se no gel de acordo com os seus PM e cargas elétricas.
• Uma canaleta é recortada entre os poços e preenchida com Ac, que se difunde.
• Ag e Ac formam arcos de precipitação.
IMUNOELETROFORESE
50
+ -
Ag
Ag
1- Separação de antígenos 2- Anti-soro na coluna
canaleta
2- Anti-soro na canaleta
canaleta
3- Difusão e precipitação
Immunoelectrophoresis reveals the presence of several distinct
immunoglobulin isotypes in normal human serum.
Eletroforese contra corrente ou
contra-imuno-eletroforese • Método
– Ag e Ac migram em direção ao outro pela eletroforese
– Usado somente quando o Ag e o Ac têm cargas opostas
• Qualitativa –Rápida
Ag Ac
- +
Ensaio baseado no complemento
LIMIAR DE DETECÇÃO