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[design unisinos] <i&nt> <Aula 6> <design de interfaces/> 1ª parte

Interface2010 2

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Aula sobre a genealogia da tela (manovich) conceito de remidiação (bolter, grusin) para compreender as interfaces gráficas digitais. ao final, como resgatar interfaces web para desenvolver o estudo sobre comportamento de websites.

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[design – unisinos]<i&nt><Aula 6><design de interfaces/>1ª parte

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(entender a) Genealogia das telas + Remidiação(ajuda a explicar a evolução das) Interfaces

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relacionamento

<proposon>mútuo vivo

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CANVAS

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TELAS

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Say hello to my littlefriend

Lev ManovichProfessor at the Visual ArtsDepartment, University ofCalifornia - San Diego (UCSD).

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Examinando a interface, começando pela idéia de “tela”.

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A tela é uma tecnologia muito

anterior às possibilidades recentes

(VR) que tomamos contato hoje, da Renascença ao cinema do século XX.

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As soluções de Virtual Reality eram muito comentadas à época.

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Genealogia da tela.

Classical Screen

A cultura visual do período moderno é caracterizada por um intrigante fenômeno – a existência de um outro espaço virtual, um outro mundo tridimensional fechado por uma moldura e situado dentro do nosso espaço normal.

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A moldura (frame) separa dois espaços absolutamente diferentes que de alguma forma coexistem.

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As formas de representação ocidental pedem que o sujeito fique parado.

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Um ponto de vista, “descolado” do corpo.

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A invenção da perspectiva radicaliza ainda mais essa relação: o ponto de vista está pronto.

A tela funcionaria como um cofre em uma parede, no qual o “visível” foi depositado.

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Herança da pintura: pensar nas proporções e nas nomenclaturas portrait e landscape usadas hoje.

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Dynamic screen

A tela que disponibiliza uma imagem que muda no tempo. A tela do cinema, tv, vídeo.

Impõe uma outro protoloco de visulização (viewing regime) entre a imagem e o espectador.

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passamos de um mundo estável e estático (fotografias iniciais) para a “aventura da viagem”com a imagem em movimento, ainda que aprisionados.

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Já aparecia na tela clássica, mas agora

aumenta a noção de “preenchimento completo da tela pela imagem”, descarte do espaço “ao redor” da tela pelo foco que a

mesma requisita. Imersão.

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A tela é agressiva.

Ela filtra o entorno.

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Esta relação-protocolo de visualização (tela

quer sua atenção total) é desafiada com a chegada da tela do computador.

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A tela do cinema resulta de uma evolução de dispositivos do século 18 e 19.

A tela do computador tem origem no radar.

Inovação ligada a tecnologias de controle, espionagem, mapeamento, segurança (militares): monitor de vídeo, tela de computador, controles.

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radar

Ao contrário da fotografia e do cinema (imagens estáticas, ou imagens estáticas em seqüência), vemos pela 1ª vez uma tela cuja imagem pode mudar em tempo real, mostrando mudanças no referente (posição de objeto, live vídeo ou mudança nos dados do computador).

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A tela de tempo real é o terceiro tipo de tela, inaugurada pelo radar.

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Janelas coexistentes no lugar de uma única imagem, princípio da Graphical User Interface (GUI).

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A concentração da visualização deixa de ser em apenas uma imagem. Blocos de dados de texto, imagem, vídeo sugerem que a tela do computador tem mais a ver com design gráfico e janelas.

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Tela interativa

A informação processada passa a ser representada na tela de tempo real: lugar de inserir e retirar informação de um computador.

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Ao mudar algo na tela, mudamos algo na memória do computador

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Clássica

Dinâmica

– Real time –

Interativa

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REMIDIAÇÃO

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Jay Bolter

Jay David Bolter (born August 17, 1951) is the Wesley Chair of New Media and a professor in the School of Literature, Communication and Culture at the Georgia Institute of Technology.

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Richard Grusin

Richard Grusin is a Professor of English at Wayne State University, where he teaches courses in film and media studies, new media theory, and American Studies.

http://premediation.blogspot.com/

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Premissa básica>

Haveria o seguinte contraditório (paradoxo): nossa cultura teria um simultâneo desejo por

imedação e hipermediação,

a dupla lógica da remidiação.

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Ou seja>

Nossa cultura desejaria simultaneamente

multiplicar seus mídias e apagartodos os traços de mídia.

O ato de multiplicar visaria o apagamento, idealmente.

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Imediação>

Apagamento: trabalhar a superfície para apagar as pinceladas.

Tromp L´oeil: exemplo de buscar “enganar” o olho que acaba reforçando a qualidade do artista que aparece pelo apuro técnico.

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Imediação:

o meio desapareceria para nos deixarmos na presença da “coisa representada”. Mas a imediação dependeria da hipermediação (além de coexistir).

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Imediação:

A experiência da imediação é hipermediada pela INTERFACE (simuladores).

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A hipermediação tem ligação histórica com a fascinação pela “presença do meio”. Ícones e letras integram-se desde os manuscritos medievais.

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As mídias visuais digitais podem ser melhor compreendidas pelas formas pelas quais

homenageiam, rivalizam e revisam a

pintura em perspectiva, fotografia, filme, televisão e impresso. O que é novo sobre as “novas mídias” seria a forma particular com que estes aspectos são tratados entre as mídias novas e antigas.

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Opacidade e transparência

As novas mídias sempre andariam entre a opacidade e a transparência na remidiação que fazem das mídias anteriores.

Ao ver as formas de representação do passado, destaca-se as preocupações de transparecer-se para chegar ao real e o encantamento com a opacidade do próprio meio.

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Discutindo mídia>

As tecnologias da mídia envolvem relações que podem ser expressas em termos físicos, sociais, estéticos e econômicos.

Software + Usos + remodelagem = mídia

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Imediação>

O valor estético da “transparência” visando a imediação foi trabalhado pelas mídias antigas

nas técnicas de perspectiva e apagamento e automaticidade.

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Imediação>

Perspectiva: ver através, matematizar o espaço.

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GRIDS

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O [uso do] grid é a

manifestação mais vívida

do desejo de ordenar

no design.(Vinh e Boulton, 2007)

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Imediação>

Automaticidade: tecnologias fotográficas, cinema e depois televisão. A fotografia se tornou o aperfeiçoamento da perspectiva linear. A remoção do artista que ficava entre o espectador e a realidade da imagem.

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Imediação>

Mais tarde, a computação gráfica herda o cartesianismo e a matematização do espaço convocado pela perspectiva. Aí, é o programador que é “apagado” da experiência do software, ele não “transparece” através da interface

(todos os softwares são “iguais”).

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Mediação da mediação

Não se media a experiência externa ,mas sim outros mídias. Toda nova tecnologia se define em relação com formas anteriores de representação.

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Horizonte da imediação>

Imediação: o autor se retira mais e o leitor seria mais envolvido.

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Porém...

A imediação proposta pelos meios seduz as percepções, mas de fato está amparada em atos de mediação contínuos (hipermediação).

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Hipermediação

Hipermediação: fascinação pelos mídias (meios).

Processo e performance são maiores que o resultado. Espaço heterogêno, janelizado, múltiplos atos de representação.

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Hipermediação

Tecnologias mecânicas de reprodução que também traziam a hipermediação:

Diorama, phenakistoscope, stereoscope: internalizavam a transparência da “imagem em movimento” dentro da estrutura hipermediada. Mas a vitória foi da maior transparência (ou ilusão de) dada pela fotografia.

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Diorama

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phenakistoscope

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Stereoscope

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Hipermediação>

A fotomontagem teria rompido com esse entendimento.

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Colagem, mash-up, DJ.

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Imediaçao/Hipermediação

A arte explora o sentido da interface, faz com que ela surja aos olhos do usuário, enquanto a “engenharia” aperfeiçoa a tecnologia para que ela desapareça.

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Imediação / Hipermediação>>>> Remidiação

a representação de um meio em outro. Característica definidora das novas mídias.

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Remidiação>

Atos de remidiação:

empréstimo, arquivamento, remodelagem, absorção.

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As diferentes TELAS que se acumulam ao longo do tempo + a representação de um meio em outro + 3 facetas da internet + cultura do software = INTERFACES (SOFTWARE, WEB, APPs)

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DESENCAVANDO INTERFACES: FERRAMENTAS PARA RECUPERAR,

ACOMPANHAR E REGISTRAR A EVOLUÇÃO DA WEB

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preservar para prever

Internet: biblioteca dinâmica

Interfaces da web são efêmeras

As mídias de massa são gatekeepers de seus conteúdos, as iniciativas são bottom-up.

Oportunidade única de testemunhar as mudanças, preservar a memória e entender as lógicas operativas dos sites, prevendo tendências.

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Arqueologia do passado: resgatando interfaces

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Internet Archive [WaybackMachine]

(vantagens e limites)

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Fotografar os achados: acompanhando interfaces

O velho e bom printscreen e o problema da dobra

Webshot (software)

Outros

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webshot

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Molduras como instrumento de análise

Zonear territórios da interface pelo significado que propõem

Organizar a experiência “total”

Molduras que se repetem, somem, se transformam vão indicando a trajetória (comportamento) das lógicas operativas de um site.

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conjunto de procedimentos identificáveis nas interfaces que fazem com que um website oferte suas características específicas para o usuário.

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MAC

MO

MFT[MC]

MI

MGP

MO

MAA

MPP

MGP

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MPL

C

MOg

MPM

V

MPR

MOe

MIM MIP

MB

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MAC

MFT(1) MFT(2)

MI

MOe

MOg

MP

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MO

g

MO

e

MM

C

MD

1

MD

2

MR

MI

N

MO

g

MP

A

MOg

MOe

MPA

MP

MMC

MAC

MFT

MIR

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TEMPO CRONOLÓGICO = COMPORTAMENTO DO SITE

Lógicas operativas capturadas em

Data X

Lógicas operativas capturadas em

Data y

Lógicas operativas capturadas em

Data z