46
Visão Global MÓDULO 1. Estará a África perante um ponto de viragem?

INTERNATIONALIZATION OF THE NONPROFIT SECTOR · Características do crescimento ... DR, Zimbabwe, … 1. Divergência ... falhanço do estado) FACTORES INTERNOS Sachs e Warner (1997)

  • Upload
    vodat

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Visão GlobalMÓDULO 1. Estará a África perante um ponto de viragem?

REFERENCIA BÁSICA

Ndulu, Benno et al (2007) : Africa’s Long-Term Growth Experience Capítulo 2.

Em: Challenges of African Growth. Washington. World Bank. http://siteresources.worldbank.org/AFRICAEXT/Resources/AFR_Growth_Advance_Edition.pdf (Obrigatório)

Estará a África perante um ponto de viragem?

“Hopeless Africa” “Africa Rising”

Estará a África perante um ponto de viragem?

1. Visão histórica

2. Perspectiva pessimista

3. Perspectiva optimista

1. Visão HistóricaN’dulu, Cap 2

Periodização1960’s-1975: Período (pos-

colonial) das independências: crescimento e euforia

1975 – 1995: as Décadas perdidas:

A partir de 1995: Renascimento?

Após 2015:

Crescimento em U – Ndulu cap 2

Ndulu, Benno et al (2007) Challenges of African Growth. Washington. World Bank.

Características do crescimento africano no longo prazo

Six key features of Africa’s long-run growth

1. Divergence relative to other regions: rising income gap

2. Slow capital accumulation and slow productivity growth

3. Volatility of growth: commodity dependence

–Minerals and oil: price volatility

–Agriculture: weather shocks in addition to price volatility

4. Lack of structural transformation:

–Slow agricultural productivity growth

–Lack of export diversification

5. Diversity across countries: miracles and disasters; there are models of success in Africa

–Classics

: Botswana, Mauritius

–Newer references: Mozambique, Ghana, Rwanda, …

–Growth tragedies: Congo DR, Zimbabwe, …

1. Divergência em relação a outras regiões

2. Um crescimento mais baixo que no resto do mundo entre 1960 e 2004

3. Volatilidade

5. Diferenças entre países

5. Diferenças significativas entre países

Periodização

Crescimento em U

Referências Ndulu, Benno et al (2007) : Africa’s Long-Term

Growth Experience Capítulo 2. in: a Challengesof African Growth. Washington. World Bank. http://siteresources.worldbank.org/AFRICAEXT/Resources/AFR_Growth_Advance_Edition.pdf(Obrigatório)

Mkandawire, T., & Soludo, C. C. (1999). Ourcontinent, our future: African perspectives onstructural adjustment. Dakar, Senegal: CODESRIA/IDRC. Chapters 2-3 (BCEA)

HENRY BERNSTEIN, DAVID HULME and PHILIP WOODHOUSE (2000) African Enclosures? Thesocial dynamics of wetlands in drylands. Oxford: James Currey.

Giovanni Arrighi (2002) THE AFRICAN CRISIS World Systemic and Regional Aspectshttp://newleftreview.org/II/15/giovanni-arrighi-the-african-crisis

Oya

Jerven, African Growth Recurring: An EconomicHistory Perspective on African Growth Episodes, 1690–2010

Mongo Celestin

Periodização1960’s-1975: Período (pos-

colonial) das independências: crescimento e euforia

1975 – 1995: as Décadas perdidas:

A partir de 1995: Renascimento?

Depois de 2015

1975 – 1995. As décadas perdidas

A crise global dos anos 70 afectou severamente Africa.

O aumento do preço do petroleo

A desacelareção global da

economia

1960’s-1975: Período de Euforia

13 países africanos excederam a taxa de crescimento média dos países em desenvolvimento. Botsuana (diamantes),

Costa do Marfim (cacau e petróleo) Gabão (petr, Mn,),

Quénia (chá. Flores café),

Lesoto (diamantes, confecção),

Mauritânia (ferro),

Malawi (tabaco),

Namibia,

Nigeria (petróleo)

Seicheles,

Togo (cacau),

Tanzânia (ouro),

Africa do Sul (platina, ouro e diamantes).

1960’s-1975: Períodode Euforia

Um grande aumento do investimento

Havia um foco maior também na redução da pobreza nas zonas rurais

A cooperação era importante

Crescimento das exportações:

o maior crescimento das exportações de produtos agrícolas desde os anos 20.

HENRY BERNSTEIN, DAVID HULME and PHILIP WOODHOUSE (2000) African Enclosures? The social dynamics of wetlands in drylands. Oxford: James Currey.

1960’s-1975: Períodode Euforia

Declínio dos termos de troca dos produtos agrícolas e outras matérias-primas (minerais):

Não houve mudança estrutural

Há muitas divergências:

Fragilidades políticas

Contração de empréstimos

Fragilidades económicas

1975 – 1995. As décadas perdidas

1975 – 1995. As décadas perdidas

Durante as décadas perdidas só 7 paises excederam as médias de crescimento dos países em desenvolvimento.

BF (algodão),

Botsuana,

Cabo Verde,

Lesoto,

Maurícias

Seicheles.

DIVERGÊNCIAS ENTRE PAÍSES

As décadas perdidas Colin Leys: ‘Confronting the African

Tragedy’, NLR I/204, March–April 1994, pp. 33–47.

Easterly, William and Ross Levine (1997) “Africa’s Growth Tragedy: Policies and Ethnic Divisions” Quarterly Journal of Economics 112(4).

Collier, P. & Gunning, J.W. (1999) Why has Africa Grown slowly?

Collier, Paul, and Jan Willem Gunning (1999a), Explaining African economic performance, Journal of Economic Literature 37: 64-111.

Collier, Paul, and Jan Willem Gunning (1999b), Why has Africa grown slowly? Journal of Economic Perspectives 13(3): 3-22

Collier 2007

Van de Walle, Nicolas. (2001) African Economies and the Politics of Permanent Crisis, 1979–1999

Arrighi, G (2002) The African Crisis. New Left Review 15. pp 5-36.

AUTORES:

“It is clear that Africa has suffered a chronic failure of economic growth. The problem for analysis is to determine its causes.”

Collier (2007) • “The central problem of the bottom billion is that they have not grown. The failure of the growth process in these societies simply has to be our core concern

1975 – 1995. As décadas perdidas

Arbache, Jorge Saba and John Page (2007) Patterns of Long-Term Growth in Sub-Saharan Africa. World Bank.

Arbache, Jorge Saba and John Page (2008). Is Africa’s Recent Growth Robust?, World Bank, Africa Region Working Paper Series, No. 111: Abstract

Stein (2000) EconomicDevelopment and the Anatomy ofCrisis in Africa: From Colonialismthrough Structural Adjustment http://www.rrojasdatabank.info/devsta

te/Stein.pdf

Temple, Jonathan (1998), Initial conditions, social capital and growth in Africa, Journal of African Economies 7(3): 309-47.

Destacam-se os estudos de vários autores, principalmente economistas

Autores Oya, C. y A. Santamaría (eds.) (2007), Economía Política del Desarrollo en África, Madrid, Akal

https://eprints.soas.ac.uk/7762/1/17-54.pdf

Não se pode negar

(1) a diversidade das experiencias económicas no continente e

(2) os avanços alcançados nos últimos 100 anos

1975 – 1995. As décadas perdidas

Partem do principio que Africa tem um problema crónico de crescimento.

Identificar factores únicos

Barro, Robert J. (1991) Economic Growth in a Cross Section of Countries. Quarterly Journal of Economics, May 1991, 106(2), pp. 407–43.

Artadi, E.V. y X. Sala-i-Martín, (2003), ‘The Economic Tragedy of the XXth Century: Growth in Africa’, NBER Working Papers, n. 9865, or New York, Columbia University, department of economics, Discussion Paper 0203-17

EXPLICANDO O CRESCIMENTO ECONÓMICO EM AFRICA

Estudos econometricos

EXPLICANDO O CRESCIMENTO ECONÓMICO EM AFRICA

Através de análises de regressão com dados de vários países

Tentam explicar as variações de PIB entre 60 e 80

Correlates between low GDP per capita today and some quantifiable ‘exogenous’ event in the past

•Geography →Underdevelopment

•Slavery →Underdevelopment

•Colonization→ Underdevelopment

•Geography →Institutions →Underdevelopment

•Colonization →Institutions →Underdevelopment

•Slavery → Institutions→Underdevelopment

http://set.odi.org/wp-content/uploads/2015/11/Africa-why-economists-get-it-wrong-Jerven-ODI-2015.pdf

1975 – 1995. As décadas perdidas

O que concluíram estas análises económicas:

Identificaram vários factores explicativos:

(1) factores geográficos,

(2) recursos naturais,

(3) regimes políticos,

(4) factores institucionais (condições iniciais e falhanço do estado)

FACTORES INTERNOS

Sachs e Warner (1997) Sources of Slow Growth in African Economies no Journal of African Economics.

http://econbus.mines.edu/working-papers/wp201209.pdf

Sachs, Jeffrey D. and David Bloom. (1998 “Geography, Demography and Economic Growth in Africa.” Brookings Papers on Economic Activity. 1998:2. http://www.cid.harvard.edu/archive/malaria/docs/brookafr.pdf

FACTORES INTERNOS

Geografia

Recursos:

Acumulação de capital limitada a enclaves de indústrias como o petróleo e o gás

Baixa productividade

Condições iniciais

Características demográficas

Conflitos: Angola, SL, RDC

Pandemia de HIV/SIDA

Sources of slow growth 1

Geography

–Distance to markets and costs of production and transportation

–Rx: primacy of infrastructure and industrial policies

•Resource endowment

–Rent-seeking

–Resource curse/ ‘Dutch disease’

•Policy regimes

–State controls and impact on efficiency

–State vs. markets; developmental states vs. vampire states.

–Intertemporal considerations in resource allocation (e.g., resource booms)

•Institutional environment

–Initial conditions: post-independence orientations; colonial legacy; national leadership (e.g., rural policy

bias); role of the culture and tradition (e.g., Botswana)

–State breakdown; role of the military

•Polarization

–Regional, ethnic, religious dimensions;

–Centralist (Ghana under N’Krumah vs. Congo/Zaire), decentralized, federalist systems (Nigeria)

–Rx: economic policy geared towards redistribution (transparent, enforceable, and efficient) can reduce

risks of conflict and foster growth

1 http://courses.umass.edu/econ797x-ndiku/Patterns.pdf

1975 – 1995. As décadas perdidas

Más políticas - Policy failure

Captura das políticas por indivíduos

Estado no coração das crises económicas e de governação

FACTORES INTERNOS

Crítica: Oya e Jervens

Collier (2007) • “The central problem of the bottom billion is that they have not grown. The failure of the growth process in these societies simply has to be our core concern”

Mas houve episódios de crescimento que estes AA não consideram

Correlação não é causalidade: a realidade é complexa: a economia procura resultados causais simples

Ignoram-se factores importantes nas análises

Não se consideram trajectoriashistóricas mas relações estáticas: colonialismo/PIB

Jerven, M. (2015). Africa: Why Economists Get It Wrong. London, Zed Books.

Jervens Correlação não á causalidade

Oya Estudos económicos dão alguma luz sobre os factores estruturais comuns a muitos países africanos que os distinguem de outras regiões com trajectórias diferentes

Mas limitadas no tempo

Mas deixam de lado a explicação das diferenças dentro da própria Africa.

Houve, de facto, uma variedade de trajectórias com exemplos de progresso e de crises

As taxas de crescimento económico em AS foram crescendo desde 1870, especialmente no periodo 1913-1973, quando o continente foi arrastado, se bem que de forma desigual, pela dinâmica do capitalismo mundial.

Só há de facto crescimento negativo depois das crises de 73 e 78.

1975 – 1995. As décadas perdidas

Never take it easy, every reality deserves to be understood in its complexity. “Not simplifying what Africa, and African challenges, are”

POSIÇÕES CRÍTICAS

Carlos Lopes

a crise africana não é só fruto da má governação, da corrupção dos conflitos:

1975 – 1995. As décadas perdidas

Crítica de Mkandawire às explicações do falhanço das políticas.

2015

Mkandawire, Thandika (2015) Neopatrimonialism and the political economy of economic performance in Africa: critical reflections World Politics, 67 (03). 563-612.

2014

Mkandawire, Thandika (2014) Can Africa turn from recovery to development Current History, 113 (763). 171-177.

Mkandawire, Thandika (2014) The spread of economic doctrines and policymaking in postcolonial Africa African Studies Review, 57 (01). 171-198.

2011

Mkandawire, Thandika (2011) Rethinking Africa's re-industrialisation and regional co-operation: what is the best way forward? In: Mbeki, Moeletsi, (ed.) Advocates for Change: How to Overcome Africa's Challenges. Picador Africa, Johannesburg, South Africa.

Mkandawire, Thandika (2011) Rethinking pan-Africanism: national and the new regionalism In: Moyo, Sam and Yeros, Paris, (eds.) Reclaiming the Nation: the Return of the National Question in Africa, Asia and Latin America. Pluto Press, London, UK, 31-53

Mkandawire, T., & Soludo, C. C. (1999). Our continent, our future: African perspectives on structural adjustment. Dakar, Senegal: CODESRIA/IDRC. Capítulos 2 e 3

On regional Integration: https://www.youtube.com/watch?v=R1fc9P5vuQg

1975 – 1995. As décadas perdidas

Factores externos

Factores internos

Alertam para a necessidade de tomar em conta tanto os factores internos como os externosMkandawire, T., & Soludo,

C. C. (1999). Our continent, our future: African perspectives on structural adjustment. Dakar, Senegal: CODESRIA/IDRC. Chapters 2-3 (BCEA)

1975 – 1995. As décadas perdidas

Arrighihttp://newleftreview.org/II/15/giovanni-arrighi-the-african-crisis

EASTERLY:

The stagnation seems to represent a disappointing outcome to the movement towards the ‘Washington Consensus’ by developing countries

OYA

Mkandawire, T., & Soludo, C. C. (1999). Our continent, our future: African perspectives on structural adjustment. Dakar, Senegal: CODESRIA/IDRC. Capítulos 2 e 3

1975 – 1995. Preço das matérias primas

1975 – 1995. Preço das matérias primas

A partir de 1995: Ponto de Viragem?VER SLIDES sobre renascimento

De hopeless Africa a Africa Rising (ver slides)

Estará a África perante um ponto de viragem?