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joao-loureiro
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Barcos de papel (Guilherme de Almeida)
Quando a chuva cessava e um vento friofranzia a tarde tímida e lavada,Eu saía a brincar pela calçadaNos meus tempos felizes de menino
Fazia de papel toda uma armadae, estendendo meu braço pequeninoeu soltava os barquinhos sem destino,ao longo das sargetas, na enxurrada...
fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,Que não são barcos de ouro meus ideaisQue são feitos de papel, tal como aquelesPerfeitamente, exatamente iguais...
Que os meus barquinhos, lá se foram eles!Foram-se embora e não voltaram mais!
Interpretação do texto