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1 Na maioria das vias, os neurônios liberam sinais químicos, denominados neurotransmissores, no líquido extracelular. Em algumas vias, os neurônios são conectados por junções comunicantes, que permitem que os sinais elétricos passem diretamente de célula para célula. Embora a sinalização elétrica seja universal, as redes neurais sofisticadas são exclusivas do sistema nervoso animal. As vias reflexas no sistema nervoso não seguem necessariamente uma linha reta de um neurônio para o outro. Um neurônio pode influenciar múltiplos neurônios, ou muitos neurônios podem afetar a função de um único neurônio. A complexidade das redes neurais é a base das propriedades emergentes do sistema nervoso: processos complexos como a consciência, a inteligência e a emoção, que não podem ser previstos a partir do que conhecemos sobre as propriedades individuais dos neurônios. A busca para explicar as propriedades emergentes torna a neurociência uma das áreas de estudo mais ativas da fisiologia atual.

Introdução A Neuro

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Referência: Fisiologia Humana de Silverthorn 5ª Edição

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Page 1: Introdução A Neuro

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Na maioria das vias, os neurônios liberam sinais químicos, denominados neurotransmissores, no líquido extracelular. Em algumas vias, os neurônios são conectados por junções comunicantes, que permitem que os sinais elétricos passem diretamente de célula para célula.

Embora a sinalização elétrica seja universal, as redes neurais

sofisticadas são exclusivas do sistema nervoso animal. As vias reflexas no sistema nervoso não seguem necessariamente uma linha reta de um neurônio para o outro. Um neurônio pode influenciar múltiplos neurônios, ou muitos neurônios podem afetar a função de um único neurônio. A complexidade das redes neurais é a base das propriedades emergentes do sistema nervoso: processos complexos como a consciência, a inteligência e a emoção, que não podem ser previstos a partir do que conhecemos sobre as propriedades individuais dos neurônios. A busca para explicar as propriedades emergentes torna a neurociência uma das áreas de estudo mais ativas da fisiologia atual.

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O sistema nervoso pode ser dividido em duas partes. O sistema nervoso central (SNC) consiste no encéfalo e na medula espinal. O sistema nervoso periférico (SNP) consiste nos neurônios aferentes (ou sensoriais) e nos neurônios eferentes. A informação flui pelo sistema nervoso seguindo o padrão reflexo básico.

Receptores sensoriais por todo o corpo monitoram

continuamente as condições dos meios externo e interno. Estes receptores enviam informações por meio dos neurônios aferentes para o SNC.

O SNC é um centro integrador dos reflexos neurais. Os

neurônios do SNC integram as informações que chegam a partir do ramo aferente do SNP e determinam se uma resposta é necessária.

Então, o SNC envia sinais de saída desencadeando uma

resposta apropriada (se tiver) que percorre os neurônios eferentes até seus alvos, que são principalmente músculos e glândulas. Os neurônios eferentes se subdividem em divisão motora somática que controla os músculos esqueléticos, e divisão autônoma, que controla os músculos liso e cardíaco, as glândulas exócrinas, algumas glândulas endócrinas e alguns tipos de tecido adiposo. A terminologia usada para descrever neurônios eferentes pode ser confusa. A expressão neurônio motor é algumas vezes usada para referir-se a todos os neurônios eferentes. Entretanto, clinicamente, o termo neurônio motor (ou motoneurônio) frequentemente é usado para descrever neurônios motores somáticos que controlam os músculos esqueléticos.

A divisão autônoma do SNP também é chamada de sistema

nervoso visceral porque controla a contração e a secreção de vários órgãos internos (víscera, órgãos internos). Os neurônios autonômicos são subdivididos em ramos simpático e parassimpático, os quais podem ser distinguidos por sua organização anatômica e pelas substâncias químicas que eles usam para se comunicar com as suas células-alvo. Muitos órgãos internos recebem inervação de ambos os tipos de neurônios autonômicos, e é um padrão comum que as duas divisões exerçam um controle antagonista sobre um único alvo.

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Em anos recentes, uma terceira divisão do sistema nervoso recebeu considerável atenção. O sistema nervoso entérico é uma rede de neurônios presente na parede do trato digestório. Ele frequentemente é controlado pela divisão autônoma do sistema nervoso, mas também é capaz de funcionar de maneira independente como seu próprio centro integrador.

P.S.:   É importante observar que processos significativos do

SNC podem ocorrer sem entrada ou saída para o SNP. O SNC tem a capacidade de iniciar atividades sem um estímulo sensorial, e não precisa gerar qualquer resposta mensurável. Dois exemplos disso são o pensamento e o sonho, funções superiores complexas do encéfalo que podem ocorrer totalmente dentro do SNC.

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O sistema nervoso é constituído primariamente de dois tipos de células: os neurônios – as unidades sinalizadoras básicas do sistema nervoso – e as células de suporte conhecidas como células da glia (glia ou neuroglia).

Os neurônios podem ser classificados tanto estrutural quanto

funcionalmente. Estruturalmente, os neurônios são classificados pelo número de processos1 originados no corpo celular. Eles podem ser descritos como pseudounipolares (axônios e dendritos se fundem durante o desenvolvimento para criar um único processo longo; Fig. 8-3a), bipolares (um único axônio e um único dendrito; Fig. 8-3b), multipolares (muitos dendritos e axônios ramificados; Fig. 8-3d) ou anaxônicos (sem um axônio identificável; Fig. 8-3c). Como a fisiologia está principalmente preocupada com a função, classificaremos os neurônios não por sua estrutura, mas sim de acordo com a sua função: neurônios sensoriais (aferentes), interneurônios e neurônios eferentes (motores somáticos e autonômicos) como mostrado no topo da Figura 8-3.

                                                                                                               1 Esses processos geralmente são classificados como dendritos (que recebem sinais de entrada) ou axônios (que conduzem informações de saída).

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Neurônios sensoriais conduzem informação sobre temperatura, pressão, luz e outros estímulos dos receptores sensoriais para o SNC. Eles variam em relação ao neurônio modelo no comprimento e na organização de seus processos. Por exemplo, os neurônios sensoriais periféricos têm corpos celulares perto do SNC, com processos muito longos que se estendem até os receptores nos membros e órgãos internos. Nestes neurônios, o corpo celular está fora da via direta de sinais que passam ao longo do axônio (Fig. 8-3a). Em contraste, os neurônios sensoriais do olfato e da visão, com receptores localizados muito próximo do SNC, têm dois longos processos, de maneira que os sinais que começam nos dendritos passam através do corpo celular até o axônio (Fig. 8-3b).

Neurônios que estão completamente dentro do SNC são

conhecidos como interneurônios (abreviação de neurônios interconectores). Eles têm diversas formas, mas frequentemente possuem ramificação bastante complexa dos processos, o que permite que se comuniquem com muitos outros neurônios (Fig. 8-3c, d). Alguns

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interneurônios são bastante pequenos se comparados com o neurônio modelo.

Bom... cansei de ficar fazendo esse resumo vou ler aqui! Para

quem gostou surgiro que leia o livro de onde retirei essas informações Fisiologia Humana de Silverthorn 5 edição. Abraços :)