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RELATÓRIO DE ESTÁGIO
INVENTÁRIO FLORESTAL 2011 E ANÁLISE DE TRABALHOS NO CAMPO DA EMPRESA TODESFLOR EM CACHOEIRA DO SUL, RIO
GRANDE DO SUL.
Acadêmico Jamur Helio Turra
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
São Gabriel, RS, Brasil Julho 2010
Universidade Federal do Pampa Campus São Gabriel
Curso de Engenharia Florestal
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova o Relatório de Estágio
INVENTÁRIO FLORESTAL 2011 E ANÁLISE DE TRABALHOS NO CAMPO DA EMPRESA TODESFLOR
EM CACHOEIRA DO SUL, RIO GRANDE DO SUL.
elaborado por
Jamur Helio Turra
como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Florestal
COMISSÃO EXAMINADORA:
______________________________ Prof. Dr. Eduardo Pagel Floriano
(Presidente/Orientador)
__________________________________ Prof. M.Sc. Bruna Denardin da Silveira
______________________________ Prof. Dra. Alexandra Augusti Boligon
São Gabriel, 05 de julho de 2011
AGRADECIMENTOS
Ao meu professor e orientador Dr. Eduardo Pagel Floriano pela oportunidade de
aprendizagem, conhecimento transmitido, apoio, sugestões, paciência e amizade. A
minha professora Dr. Alexandra Augusti Boligon, coordenadora de estágios, pela
paciência e por todo apoio fornecido.
Aos administradores da empresa Todesflor Agro-florestal e Pecuária, ao Diretor do
Grupo Madeira, Neri Basso, e ao supervisor da empresa Valério Griffantee pela
oportunidade de estagio, aprendizagem, sugestões e infra-estrutura fornecida. A todos os
funcionários da empresa pelo conhecimento transmitido, colaboração nas atividades
desenvolvidas no decorrer do estágio e amizade.
Ao colega de estágio Leonardo Mendes da Costa pelo apoio, conhecimento
compartilhado, sugestões, colaboração direta na realização do trabalho e amizade.
Muito Obrigado.
RESUMO
O presente estágio foi realizado na Empresa Todesflor Agro-florestal e Pecuária Ltda no
município de Cachoeira do Sul, Rio Grande Do Sul, no período de 18 de abril a 18 de
junho de 2011. Teve o objetivo principal de realizar a avaliação de Unidades Silviculturais
formadas por povoamentos de Pinus elliottii, além da instalação de parcelas e calculo de
suficiência amostral, levantamento das coordenadas centrais e área das parcelas e
coletando a altura e CAP das árvores dentro das parcelas. O volume total de madeira
para as 18 USs de Pinus inventariadas foi de 599.383 m³, sendo 1.313.999 m³ o volume
total das 40 unidades silviculturais de Pinus, somando as unidades silviculturais
calculadas e estimadas.
Palavras-chave: Inventário florestal, Volume de madeira e Silvicultura.
LISTA DE TABELAS E FIGURAS
TABELA 1- Unidades silviculturais inventariadas e estimadas durante as atividades do estágio, Serra do Sudeste, RS, 2001. .............................................................................. 23
TABELA 2 - Resultados do inventario em áreas cultivadas com P. elliottii na empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011. ........................................................................... 29
TABELA 3 - Lista de espécies da fauna do estado avistadas no interior dos povoamentos da Todesflor durante o período de estágio, Serra do sudeste, RS, 2011. .. 38
FIGURA 1 - Curvas de índice de sítio calculadas tomando por base a análise de tronco de árvores de Pinus elliottiii. Fonte: Floriano (2008). ........................................................ 14
FIGURA 2 - Localização de Cachoeira do Sul e Encruzilhada do Sul – RS. Fonte: FEE (2011)............................................................................................................................... 21
FIGURA 3 - Fita métrica com 1,5 m. Fonte: Google, 2011. .............................................. 24
FIGURA 4 - Hipsômetro Vertex IV e transponder. Fonte: Google, 2011. .......................... 24
FIGURA 5 - Coletor de dados Scanpal 2. Fonte: Google, 2011. ....................................... 25
FIGURA 6 - GPS Garmin 76CSx. Fonte: Google, 2011. ............................................... 25
FIGURA 7 – US 11 Pinheiro local em área de plantio de P. elliottiii, atingido por raio cerca de 12 árvores, Serra do sudeste, RS, 2011. ........................................................... 32
FIGURA 8 - US 14 Vargas floresta velha, local atingido pelo vento em area de plantio de P. elliottiii da empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011. ................................... 33
FIGURA 9 – US 15 Vargas floresta velha povoamento com presença de regeneração natural em plantio de P. elliottiii na empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011. ...... 34
FIGURA 10 – US 32 Veridiano aspecto do povoamento com a desrama baixa e elevado número de exemplares em área de plantio de P. elliottii, na empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011. ........................................................................... 36
FIGURA 11 – US 46 Espírito Santo aspecto do povoamento após a realização de desrama agressiva, em área de plantio de P. elliottiii na empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011. ........................................................................................................... 37
FIGURA 12 – US 46 Espírito Santo com presença de mato-competição no interior do povoamento de P. elliottii. Serra do sudeste, 2011. .......................................................... 39
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABRAF - Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas
CAP - Circunferência a altura do peito. (1,3 metros do colo da árvore)
DAP - Diâmetro à altura do peito (1,3 metros do colo da árvore).
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
SEMA – Secretaria do Meio Ambiente.
UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa, RS.
UA- unidade amostral
LISTA DE SÍMBOLOS
cm – centímetro.
d – diâmetro.
h – altura total da árvore.
ha – hectare (10 mil metros quadrados).
h100 - altura dominante.
kg – quilograma.
km – quilômetro.
m – metro.
m² - metro quadrado.
m³ - metro cúbico.
st – estéreo.
mm – milímetro.
v – volume total individual de uma árvore.
V - volume total em m³ por hectare.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... 2
RESUMO ........................................................................................................................... 3
LISTA DE TABELAS E FIGURAS ..................................................................................... 4
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ............................................................................ 5
LISTA DE SÍMBOLOS ....................................................................................................... 6
SUMÁRIO .......................................................................................................................... 7
1 ORGANIZAÇÃO ............................................................................................................. 9
2 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10
2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 10
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................... 11
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 12
3.1 A ESPÉCIE DO PINUS ELLIOTTIII ENGELM. ........................................................................ 12
3.2 CRESCIMENTO DO PINUS ............................................................................................... 13
3.3 DESBASTES .................................................................................................................. 14
3.3.1 Desbaste sistemático ......................................................................................... 15
3.3.2 Desbaste seletivo por baixo ............................................................................... 15
3.4 DESRAMA ..................................................................................................................... 16
3.5 INVENTÁRIO FLORESTAL ................................................................................................. 17
3.5.1 Conceitos básicos sobre amostragem ............................................................... 18
3.5.1.1 População .................................................................................................. 18
3.5.1.2 Amostra ..................................................................................................... 18
3.5.1.3 Unidade amostral ....................................................................................... 18
3.5.2 Método de Amostragem aleatória simples ......................................................... 19
3.5.3 Inventario piloto.................................................................................................. 19
4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 20
4.1 LOCAL DO ESTUDO ........................................................................................................ 20
4.2 CARACTERÍSTICAS REGIONAIS ........................................................................................ 21
4.3 UNIDADES SILVICULTURAIS INVENTARIADAS NA EMPRESA TODESFLOR ............................... 22
4.4 VARIÁVEIS MEDIDAS E ESTIMADAS ................................................................................... 23
4.5 ESTIMATIVAS DE ESTOQUE PARA AS US NÃO MEDIDAS ...................................................... 26
5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................................. 27
6 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO .......................................................................................... 28
7 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 29
7.1 RESULTADOS DO INVENTARIO REALIZADO NAS UNIDADES SILVICULTURAIS .......................... 29
7.2 OBSERVAÇÕES REALIZADAS A CAMPO ............................................................................. 32
7.2.1 Unidade silvicultural 9 Caneleira ........................................................................ 32
7.2.2 Sitio Pinheiro ...................................................................................................... 32
7.2.3 Unidade silvicultural 14 Vargas floresta velha .................................................... 33
7.2.4 Sitio Vargas floresta velha ................................................................................. 34
7.2.5 Unidade silvicultural 17 Carraro valho ................................................................ 34
7.2.6 Sitio Vargas ....................................................................................................... 35
7.2.7 Sitio Paredão ..................................................................................................... 35
7.2.8 Unidade silvicultural 30 Carraro novo ................................................................. 35
7.2.9 Projeto Veridiano ............................................................................................... 35
7.2.10 Projeto Sistema e Espírito Santo...................................................................... 36
7.3 OBSERVAÇÕES DA FAUNA NO CAMPO .............................................................................. 37
7.4 EFEITO DA MATO-COMPETIÇÃO. ...................................................................................... 38
8 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 41
ANEXO ............................................................................................................................ 43
Anexo I - Estoque em volume por sortimento por Unidade Silvicultural (US) ...................... 44
9
1 ORGANIZAÇÃO
A empresa TODESFLOR também é uma empresa do grupo TODESCHINI, sua
sede esta localizada no interior do município de Encruzilhada atualmente possui cerca de
7186,31 ha de floresta de Pinus spp. e 722 ha de Eucalyptus spp. num total de 7908,31
ha. Os plantios da empresa se estendem pelos municípios de Encruzilhada do Sul e
Cachoeira do Sul.
10
2 INTRODUÇÃO
A silvicultura vem evoluindo muito nas últimas décadas na Região Sul do Brasil, a
qual possui cerca de 1.937.920 ha alcançando em torno de 29,8% das florestas de Pinus
e Eucalyptus plantadas no território nacional. Por ser uma região de clima frio no período
de inverno, o gênero Pinus são as mais utilizadas, principalmente o Pinus taeda e o Pinus
elliottiii que se adaptam muito bem a esse ambiente, apresentando alta resistência às
baixas temperaturas e geadas que ocorrem com freqüência no sul (ABRAF 2011).
De acordo com a mesma fonte, o Sul é o maior detentor das áreas de florestas
plantadas de Pinus, totalizando, até 2010, 1.401.056 ha, ou seja, 79,8% da área total
plantada de Pinus no Brasil. Ainda, o estado do Rio Grande do Sul possui cerca de
441.997 ha de plantios de Pinus e Eucalyptus sendo que deste total 38,2% são
povoamentos de Pinus e 62,8% povoamentos de Eucalyptus.
O Pinus elliottiii é uma espécie muito rústica, suporta alagamentos periódicos
curtos e tolera solos rasos, além de proporcionar uma madeira de boa qualidade, também
é capaz de produzir grande quantidade de resina, podendo ser utilizado para a produção
da mesma como alternativa de renda extra, resultando assim na produção de duas
matérias-primas em um mesmo povoamento, desde que seja feito o manejo adequado.
2.1 Objetivo Geral
O presente trabalho teve como objetivo geral realizar o inventário florestal 2011 da
empresa Todesflor.
11
2.2 Objetivos Específicos
Instalar parcelas permanentes para inventário florestal contínuo.
Estimar o volume de madeira para povoamentos com idade superior a seis
anos.
Registrar a fauna dentro dos povoamentos de Pinus.
Acompanhar o desenvolvimento das Unidades Silviculturais, fazendo uma
avaliação das mesmas.
12
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 A espécie do Pinus elliottiii Engelm.
De acordo com Gilman e Watson (1994), a espécie Pinus elliottiii Engelm. pertence à
Família Pinaceae, Ordem Coniferales, Classe Gimnospermae, sendo conhecida
vulgarmente por slash pine (EUA), pinheiro da Flórida e pinheiro americano no Brasil. É
originária do sudeste da América do Norte caracterizada como árvore de grande porte,
apresentando muitos galhos. A casca é marrom-acinzentada, escura, fortemente sulcada
e escamosa. Cresce de sol pleno à meia-sombra em solos argilosos até arenosos, de
levemente alcalinos até ácidos, bem drenados e ocasionalmente úmidos, sendo tolerante
aos solos pobres e moderadamente tolerante às secas e solos salinos. Solos úmidos com
pH alto são danosos para a espécie. Apresenta derrama natural dos galhos, copa aberta,
com a queda de acículas constante formando uma manta espessa abaixo de si. Suas
raízes são muito agressivas, competindo intensivamente com as plantas ao redor. As
sementes espalham-se na paisagem, podendo se tornar invasora de áreas degradadas.
Apresenta sensibilidade acentuada para algumas doenças e pragas que afetam sua
sanidade e estética e que podem ser problemas sérios, como a clorose, a podridão da
madeira, o cancro e a ferrugem (que tem os carvalhos como hospedeiros intermediários),
brocas da madeira (larvas de besouros e vespas) e larvas de moscas desfoliadoras, entre
outros.
O P. elliottiii é recomendado para quebra-ventos, árvore de sombra e plantios
comerciais. Apresenta copa irregular, entre oval e piramidal, com pouca densidade de
galhos esparsos e de espessura média. Possui folhagem que varia de alternada a
espiralada, acículas sempre verdes, fragrantes, simples e filiformes, margem inteira, veios
paralelos, com 10 a 30 cm de comprimento. As inflorescências são amarelas não
vistosas, inconspícuas. Os cones femininos são ovo-alongados, marrom-avermelhados,
com 8 a 15 cm de comprimento por 2,5 a 7,5 cm de diâmetro, persistentes, vistosos e
atrativos para mamíferos roedores. Os estróbilos masculinos são cilíndricos, pequenos,
com 2 a 3 cm de comprimento, vermelhos a amarelos, inserindo-se em grupos nas pontas
13
dos ramos laterais. O tronco e galhos têm tendência de crescimento vertical sem pender,
não são vistosos, não tem espinhos e são quebradiços. A madeira também é fraca e
quebradiça, com galhos novos (do ano) são finos e marrons (Clements, 1970). Apresenta
rápido crescimento e atinge cerca de 25-30 m de altura, 90-120 cm de diâmetro à altura
do peito e 10-15 m de diâmetro de copa.
O Pinus elliottiii é grande produtor de resina, possibilitando sua exploração comercial
paralelamente à produção de madeira. Essa espécie, por tolerar bem a presença de
lençol freático próximo à superfície, adapta-se bem às planícies litorâneas. (eFloras
2008).
3.2 Crescimento do Pinus
De acordo com Floriano (2008), a idade de referência para determinação do Índice
de Sítio (IS) da espécie Pinus elliottiii Engelm. das florestas da Todesflor, foi de 22 anos e
a curva mestra utilizada foi a com IS de 24 m na idade de referência (Figura 1). As médias
do IS revelaram uma tendência de melhoria dos povoamentos mais jovens com o IS
médio não passando de 27 nos povoamentos até 15 anos de idade, chegando até 31 em
povoamentos mais jovens.
14
FIGURA 1 - Curvas de índice de sítio calculadas tomando por base a análise de tronco de árvores de Pinus elliottiii. Fonte: Floriano (2008).
3.3 Desbastes
Segundo Floriano (2008) os desbastes são cortes parciais feitos em povoamentos
imaturos com o objetivo de estimular o crescimento das árvores remanescentes e
aumentar a produção de madeira de melhor qualidade. Entende-se como melhor
qualidade, árvores de maior dimensão aumentando o rendimento nas serrarias,
combinado com espaçamentos mais densos, servem para melhorar a forma das árvores,
tornando-as mais cilíndricas do que crescendo com menor competição. Os desbastes
servem como antecipações de receitas antes do corte final.
15
3.3.1 Desbaste sistemático
Segundo Ribeiro et al. (2002) o desbaste sistemático é feito com base num
espaçamento pré-determinado, sem considerar a classe das copas, muito menos a
qualidade das árvores a serem retiradas. Os cortes podem ser feitos de duas formas: (1)
desbastar por todo o povoamento através da fixação de um determinado compasso
médio, (2) desbastar por linhas ou faixas. O desbaste sistemático ignora os valores atuais
e potenciais das árvores e remove indiscriminadamente árvores de boa ou má qualidade.
3.3.2 Desbaste seletivo por baixo
De acordo com Ribeiro et al. (2002) o desbaste seletivo consiste em eliminar a
maior parte das árvores das classes dominada e subdominada, isto é, aquelas cujas
copas se encontram nos níveis inferiores. Depois do desbaste por baixo, no povoamento
restam árvores das classes dominante e codominante. Neste método de desbaste
distinguem-se 3 principais graus de intensidade: leve, moderado e forte. No desbaste leve
removem-se as árvores doentes, mortas, a morrer, dominadas e subdominadas; no
moderado, cortam-se as árvores indicadas para o grau anterior e ainda removem-se
gradualmente todas subdominantes, ocasionalmente as dominantes bem conformadas
que estiverem muito juntas ou com copa excessiva, a maioria das codominates que
apresentam defeitos na copa ou no tronco e com copa excessiva; em desbastes fortes,
cortam-se as árvores indicadas para o grau anterior e ainda algumas codominates bem
conformadas, dominantes mal conformadas, juntamente com algumas dominantes bem
conformadas. A finalidade do desbaste com grau de intensidade forte é deixar no
povoamento árvores com copa bem desenvolvida e troncos muito bem conformados.
16
3.4 Desrama
De acordo com Floriano (2004), a desrama é o corte dos galhos inferiores das
copas das árvores cultivadas para produção de madeira, com o objetivo de obter madeira
livre de nós, de melhor qualidade tecnológica, mais homogênea e de melhor aspecto.
A desrama é uma operação que permite obter produtos mais nobres e de maior
valor agregado, evitando os defeitos, como a presença de nós em madeira serrada,
laminada, faqueada, etc. (HOSAKAWA et al., 1998).
Segundo Floriano (2004) o processo de desrama natural é lento e os ramos laterais
persistem em algumas espécies, formando nós geralmente secos e soltadiços que
depreciam a madeira. Povoamentos mais espaçados proporcionam madeira de maiores
dimensões. Entretanto, árvores que crescem mais livres têm galhos mais grossos e em
maior quantidade. Uma das técnicas para reduzir o tamanho e o número de ramos laterais
é o aumento da densidade de plantio. Entretanto, tem-se observado que árvores de P.
elliottiii, crescendo em povoamentos florestais densos, apresentam tendência de desrama
natural imperfeita, sendo que a presença de um só galho é o suficiente para depreciar
várias peças de madeira obtidas de uma tora; adicionalmente, o crescimento individual é
reduzido devido à alta competição entre as árvores, sendo, ao final, obtidas toras de
menores dimensões, diminuindo o rendimento em serrarias e laminadoras. A forma
encontrada para evitar a formação de nós na madeira de espécies de Pinus é a poda ou
desrama artificial, prática considerada dispendiosa, mas geralmente compensada pela
maior valorização da madeira que é produzida.
De acordo com a mesma fonte a época mais apropriada para práticas de poda e
desrama é quando os vegetais se encontram em repouso vegetativo. Assim, recomenda-
se o final do outono e inverno, pois o estresse gerado pelos cortes é menos sentido pelas
árvores.
Fonseca (1979) cita os seguintes aspectos a considerar na execução da desrama:
a. espécie e espaçamento;
b. estágio do povoamento para início da desrama artificial;
c. porcentagem da copa viva a remover em cada operação de desrama;
17
d. características fenotípicas das árvores;
e. número de árvores a serem selecionadas;
f. densidade do povoamento;
g. período de rotação.
Dentre esses aspectos, considera-se mais importante a porcentagem de remoção
da copa viva, para isso, é necessário pesquisar a porcentagem ideal que não reduza a
produção de madeira.
Schneider et al. (1999), estudando o efeito da desrama sobre P. elliottiii implantado
em região de solos pobres da unidade Pinheiro Machado, em Cachoeira do Sul, no Rio
Grande do Sul, com 5 tratamentos: testemunha sem desrama, desrama dos ramos secos
e desrama até 12 m nas intensidades de 40%, 50% e 60% da altura total das árvores; aos
11 anos de idade, obtiveram médias de 263,5 m³/ha, 245,1 m³/ha, 231,5 m³/ha, 225,5
m³/ha, e 211,6 m³/ha, respectivamente. Os tratamentos testemunha e com desrama dos
ramos secos não diferiram entre si, tendo sido classificados no grupo “A” do teste de
Duncan. Os tratamentos de 40%, 50% e 60% de altura desramada também não diferiram
entre si, tendo sido classificados no grupo “C” do teste de Duncan. O grupo “B” do teste
de Duncan foi composto pelos tratamentos de desrama seca e de 40% de desrama.
Hoppe e Freddo (1999) realizaram experimento semelhante ao dos autores
anteriores, avaliando-se distintas densidades de poda de P. elliottiii aos 13 anos de idade.
Os resultados também recomendaram as percentagens de poda inferiores a 40%,
garantindo ganhos de qualidade e de produção da madeira.
3.5 Inventário florestal
De acordo com Hush et al. (1982) os inventários florestais são procedimentos para
obtenção de informações sobre a qualidade e a quantidade dos recursos florestais e de
varias outras características da área na qual as árvores estão se desenvolvendo.
Segundo Cunha (2004) os inventários florestais são instrumentos básicos utilizados
para se avaliar estatisticamente as reais potencialidades e capacidades produtivas dos
recursos florestais de determinada área. Também, são utilizados em vários tipos de
18
levantamentos para fins de reconhecimento, diagnósticos e avaliações no campo florestal.
A avaliação de estoque de madeira em estudos de viabilidade, planejamento e
preparações de talhões de exploração, bem com diagnóstico, pós-exploratórios, exigem
inventários específicos.
3.5.1 Conceitos básicos sobre amostragem
3.5.1.1 População
Para fins de inventário florestal, segundo (PÉLLICO NETTO & BRENA, 1997), uma
população pode ser definida como um conjunto de seres da mesma natureza que ocupam
um determinado espaço em um determinado tempo.
3.5.1.2 Amostra
A amostra pode ser definida como uma parte da população, constituída de
indivíduos que apresentam características comuns representativas da população a que
pertencem. Uma amostra selecionada deve ser representativa, ou seja, deve possuir as
mesmas características básicas da população e duas condições principais devem ser
observadas na sua seleção: (1) a seleção deve ser um processo inconsciente
(independente de influências subjetivas, desejos e preferências) e (2) indivíduos
inconvenientes não podem ser substituídos (PÉLLICO NETTO & BRENA, 1997).
3.5.1.3 Unidade amostral
Unidade amostral é o espaço físico sobre o qual são observadas e medidas as
características quantitativas e qualitativas (variáveis) da população. Considerando um
inventário florestal, uma unidade amostral pode ser uma parcela com área fixa, de pontos
19
amostrais ou mesmo árvores. O conjunto das unidades amostrais consistem uma amostra
da população (MANTOVANI et al 2005).
3.5.2 Método de Amostragem aleatória simples
De acordo com Cunha (2004), uma amostra aleatória simples é selecionada de
uma população, considerando que cada indivíduo da população tem a mesma chance de
ser sorteado como elemento da amostra, ou seja, cada elemento tem a mesma
probabilidade de ser escolhido independentemente dos demais.
Seleciona-se aleatoriamente, mediante sorteio, as unidades amostrais. Na prática,
a área total é subdividida em áreas menores com dimensões definidas (Cunha 2004).
3.5.3 Inventario piloto
Segundo Cunha (2004), inventário piloto é um levantamento prévio que serve de
base para se definir a intensidade amostral (suficiência amostral), ou seja, o número de
parcelas ou unidades amostrais a serem utilizadas no inventário definitivo.
20
4 METODOLOGIA
4.1 Local do estudo
A empresa TodesflorAgro-Florestal e Pecuária LTDA tem sua atividade focada
principalmente na silvicultura de Pinus elliottii e Pinus taeda, possui suas Unidades
Silviculturais localizada nos municípios de Cachoeira do Sul e Encruzilhada do Sul, RS
(Figura 2), suas florestas são manejadas em sistema de alto fuste, tendo como objetivo
principal a produção de madeira para serraria. A Todesflor faz parte do Grupo Madeira,
sendo uma das fornecedoras de matéria prima da empresa Todeschini, uma das maiores
fabricantes de móveis planejados da América Latina.
As coordenadas geográficas da Fazenda Sede da empresa são 52º 55’ 46'' de
longitude oeste de Greenwich e 30º 32’ 02'' de latitude sul, no município de Encruzilhada
do sul.
O presente estagio, transcorreu no mesmo período de estagio do acadêmico
Leonardo Mendes da Costa sendo o trabalho realizado em conjunto pelos dois estagiários
somados ao funcionários da empresa Todesflor.
21
FIGURA 2 - Localização de Cachoeira do Sul e Encruzilhada do Sul – RS. Fonte: FEE (2011).
4.2 Características regionais
As florestas da Todesflor se encontram em áreas características da Serra do
Sudeste, próximas à Depressão Central. Os solos da região pertencem a três unidades:
alissolos crômicos e hipocrômicos, neossolos litólicos e argilossolos acinzentados
(Embrapa-Solos, 2006).
A região tem relevo ondulado, dissecado em forma de colinas; com altitudes entre
200 e 400 metros acima do nível do mar, temperatura média anual em torno de 16ºC, com
média do mês mais frio em torno de 12ºC e do mês mais quente em torno de 22ºC, e
22
precipitação média anual variando entre 1500 e 1600 mm, o que classifica o clima local
como Cfb, pelo sistema de Koeppen, conforme Carvalho (1994).
4.3 Unidades Silviculturais inventariadas na empresa Todesflor
Atualmente, os povoamentos florestais da Todesflor são constituídos por 90
Unidades Silviculturais, possuindo uma área total de 12.733,56 hectares, com 7.908,33
hectares de efetivo plantio. Destas 90 Uss, 18 foram medidas (Tabela 1) neste inventário
e 22 tiveram seus dados estimados por meio de equações de crescimento, partindo-se
dos dados do último inventário.
A realização da coleta dos dados foi realizada por uma equipe de 4 ou 5
componentes, sendo 2 ou 3 funcionários da empresa (1 coletando o CAP, 1 deslocando o
transponder e outro operando o Vertex), mais os estagiários armazenando todos os dados
no coletor (Scanpal 2).
23
TABELA 1- Unidades silviculturais inventariadas e estimadas durante as atividades do estágio, Serra do Sudeste, RS, 2001.
US Nome do Projeto
Ano de Plantio da US
Área da US (ha)
Espécie
Coordenadas Geograficas (UTM)
Espaçamento (m)
Latitude Central
Longitude Central
Entre Linhas
Entre Plantas
9 Caneleira 1984 186,00 Pinus elliottiii 6621141 313355 3 2
11 Pinheiro 1984 140,00 Pinus elliottiii 6619108 328787 3 2
12 Pinheiro 1987 62,00 Pinus elliottiii 6619306 327037 3 2
13 Pinheiro 1987 19,00 Pinus elliottiii 6618905 328471 3 2
14 Vargas Floresta Velha
1987 99,00 Pinus elliottiii 6599608 311467 3 2
15 Vargas Floresta Velha
1987 20,00 Pinus elliottiii 6602464 313288 3 2
16 Vargas Floresta Velha
1987 14,00 Pinus elliottiii 6602602 314374 3 2
17 Carraro Velho 1987 49,00 Pinus elliottiii 6624108 314976 2,5 2,5
21 Vargas 1989 271,00 Pinus elliottiii 6601324 313058 3 2
24 Vargas 1991 10,00 Pinus elliottiii 6620885 316348 2,7 2,7
25 Paredão 1992 33,00 Pinus elliottiii 6636680 320775 2,5 2
26 Paredão 1992 183,00 Pinus elliottiii 6635027 320161 2,5 2
30 Carraro Novo 1994 90,00 Pinus elliottiii 6623881 315831 2,5 2,5
31 Veridiano 1995 300,00 Pinus elliottiii 6622257 314178 3 2,5
32 Veridiano 1995 56,00 Pinus elliottiii 6623679 314255 3 2,5
44 Fazenda Sistema
2004 78,66 Pinus elliottiii 6624513 312706 3 2,5
45 Fazenda Sistema
2004 591,44 Pinus elliottiii 6624513 312706 3 2,5
46 Fazenda Espírito Santo
2005 305,00 Pinus elliottiii 6623155 311299 3 2
No caso da Todesflor o nome do projeto é de fundamental importância, pois os
funcionários da empresa localizam-se através deles.
4.4 Variáveis medidas e estimadas
Foram medidos, sobre todas as árvores contidas na área útil de cada parcela: a
circunferência à altura do peito (CAP), tomada com fita métrica a 1,3 m do solo no colo da
24
árvore com precisão de centímetro (Figura 3), a altura (h) de todas as árvores, com
hipsômetro (Vertex IV), com precisão de decímetros (Figura 4).
FIGURA 3 - Fita métrica com 1,5 m. Fonte: Autor, 2011.
FIGURA 4 - Hipsômetro Vertex IV e transponder. Fonte: Haglӧf.com, 2011.
Para medir as áreas das parcelas retangulares utilizou-se fita métrica para medir as
distâncias (lados), efetuada a contagem das árvores na linha de plantio e também o
número de linhas contidas na parcela. Para a instalação e medição das parcelas
circulares sorteia os pontos no Excel, posteriormente no campo localizar o ponto com
auxilio do GPS. Encontrado o ponto localizar os quatro locais de plantio (árvores) mais
próximos do ponto, cruzar duas diagonais entre os quatro locais de plantio para
determinar o ponto central da parcela. Posicionar a bússola, encontrar o norte e marcar a
primeira arvore dentro do raio da parcela (13,5 m), posicionar o transponder no centro da
parcela, e a partir da primeira arvore marcar da esquerda para a direita em sentido horario
para determinar as árvores que se encontram dentro do raio da parcela com o auxilio do
Vertex IV.
Os dados coletados no campo foram armazenados em um coletor de dados (Figura
5) e, ao final de cada dia, era realizado o download dos dados para o computador e
importados para o Excel.
A obtenção das coordenadas do centro de cada parcela foi realizada com GPS de
navegação Garmin (Figura 6) usando o Datun SAD69.
25
FIGURA 5 - Coletor de dados Scanpal 2. Fonte: Manual .
FIGURA 6 - GPS Garmin 76CSx.
Fonte: Garmin.com, 2011.
O número de árvores por hectare (Nha) de cada parcela foi calculado com a
equação recomendada por BRENA (1991):
Nha=10000.Ni/ai.
Sendo: Ni = número de árvores existentes na parcela i no momento da medição; ai = área da parcela i em m².
A altura dominante, neste estudo, foi definida como a altura média aritmética das
100 árvores mais grossas por hectare, ou altura dominante de Assmann (Finger, 1992).
A área basal individual (g) de cada árvore, em metros quadrados, foi calculada pela
equação (Finger, 1992):
g = . d² / 4
Sendo: g = área basal individual (m²); =3,141593; d=diâmetro (m).
A área basal por hectare por parcela (Gi) foi determinada através da multiplicação
do número de árvores por hectare pela área basal média individual ( ig ) das árvores da
parcela i.
Os sortimentos de madeira foram estimados a partir das equações desenvolvidas
por Floriano (2008) com as seguintes características:
– Resíduos: toretes e demais resíduos com diâmetro da ponta fina inferior a 7 cm;
26
– Sortimento 1 (S1), ou toretes para processo: toretes com mínimo de 7 cm de
bitola, destinados para produção de MDF (Medium-density fiberboard);
– Sortimento 2 (S2), ou toras finas: toras de bitola fina com mínimo de 11 cm de
diâmetro, destinadas para Serraria;
– Sortimento 3 (S3), ou toras médias: toras de bitola fina com mínimo de 17 cm de
diâmetro, destinadas para Serraria;
– Sortimento 4 (S4), ou toras grossas: toras de bitola com mínimo de 23 cm de
diâmetro, destinadas para Serraria.
4.5 Estimativas de estoque para as US não medidas
As médias e estoque estimados para as US não medidas foram determinadas
utilizando-se o pacote de programas denominado de "Monitor Florestal", desenvolvido
para o SAS System 8, por Floriano (2008).
27
5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Esta secção compreende o relato de todos os trabalhos realizados nas USs, bem
como as análises das atividades de campo.
Durante a realização do estágio foram medidos 18 povoamentos, totalizando 277
parcelas com um total de 1.734.137 de árvores medidas, sendo que em cada parcela
foram coletados os seguintes dados: número da US, número da parcela, CAP, altura e
dimensões da parcela, também realizando a remarcação de parcelas que se encontravam
apagadas, em algumas USs onde não haviam parcelas permanentes de inventario
florestal foram instaladas parcelas circulares mediante calculo de suficiência amostral,
alem de observar os tratos culturais já realizados nas USs.
28
6 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
As realizações das atividades puderam ser concluídas com rapidez e eficácia
graças aos recursos disponibilizados pela empresa Todesflor Agro-florestal e Pecuária
Ltda.
A empresa possui aparelhos de alta qualidade na área de inventário florestal,
alojamento adequado e funcionários qualificados, que puderam transmitir um ambiente
agradável para que os trabalhos transcorressem da melhor maneira possível.
Vale também ressaltar o trabalho realizado pelo professor orientador, o qual
transmitiu todos os métodos necessários para a realização do estágio.
A Todesflor é uma empresa que está inteiramente relacionada com o setor
florestal, a qual recomendo para meus colegas de Engenharia Florestal prestarem estágio
e adquirirem conhecimento na área
Após o termino do período de estágio na Todesflor foi possível concluir que, o
aprendizado transmitido pela empresa com relação à convivência com funcionários, ritmo
diário e possibilitando um contato maior com a parte pratica da vida profissional do
engenheiro florestal o que com certeza contribuiu muito para a formação profissional e
dificilmente poderia ser melhor. Não foram poupados esforços por parte da diretoria e
funcionários para que o trabalho fosse realizado da melhor maneira possível, fazendo
com que todos os dias tornassem importantes para acrescentar alguma informação que
contribuísse para a formação acadêmica do estagiário.
29
7 RESULTADOS E DISCUSSÕES
7.1 Resultados do inventario realizado nas Unidades Silviculturais
O volume total de madeira do gênero Pinus foi de 1.313.999 m³, sendo o volume
útil estimado de 1.274.687 m³.
A área inventariada do gênero Pinus foi de 2507 Hectares, contendo 3.186.133
árvores entre a US1 e US46 (Tabela 2.), cujas árvores apresentam uma média em DAP
de 29,3 cm e 22,4 m de altura, a média dos sítios foi de 25 m e a da área basal de 36,9
m³/ha.
O volume de madeira para MDF foi de 70607 m³, sendo o volume (dado em m³) de
toras finas, médias e grossas foi de 252.865, 430.765 e 520.449 respectivamente, com
isso a madeira destinada à serraria apresentou um volume de 1.204.079 m³, sendo assim
a Todesflor pode contar com um volume útil de 1.274.687 m³, sendo 1.313.999 m³ o
volume total de madeira.
TABELA 2 - Resultados do inventario em áreas cultivadas com P. elliottii na empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011.
N°
Unidade
Idade
Área DAP Altura
MDF
Toras Toras Toras Volume Volume Árvores Volume
Silvicultural (ha) (cm) (m) Finas Medias Grossas Serraria Útil Total Total
(m³) (m³) (m³) (m³) (m³) (n°) (m³)
1 I -*- Todesflor I 31 72 32,8 27,8 703 2907 10099 19088 32094 32797 34719 33366
2 II -*-Todesflor II 31 140 35,7 27,9 1119 4098 13738 45372 63209 64327 56282 65326
3 III -*-Hidrocal 31 15 33,8 26,9 126 542 1539 3361 5442 5567 6210 5667
4 IV -A-Glorinha 28 145 34,8 26,6 946 3559 12531 33299 49389 50335 49445 51190
5 IV -B-Pereira 28 27 36,5 27,2 188 629 2140 8478 11247 11435 9725 11613
6 V -A-Passo da China 28 92 34,8 25,1 538 2008 6852 19302 28162 28699 29730 29213
7 V -B-Campo do Mario 28 37 34,1 23,7 225 866 2944 6779 10589 10814 12487 11026
8 V -C-Passo da China (Lisboa) 28 135 34,9 25,5 762 2885 10000 28747 41632 42394 42784 43135
Continua...
30
Continuação... TABELA 3 - Resultados do inventario em áreas cultivadas com P. elliottii na empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011.
N°
Unidade
Idade
Área DAP Altura
MDF
Toras Toras Toras Volume Volume Árvores Volume
Silvicultural (ha) (cm) (m) Finas Medias Grossas Serraria Útil Total Total
(m³) (m³) (m³) (m³) (m³) (n°) (m³)
9 VI -A-Caneleira 27 186 34,2 27,6 1577 6239 21590 53303 81131 82708 80351 84065
10 VI -B-Fundos da Sede 27 73 32,2 24,3 653 2771 9510 15164 27445 28098 35106 28654
11 VII -*-Pinheiro 27 140 36,3 27,2 1051 3710 12295 46562 62567 63619 55333 64624
12 XI -A-Pinheiro 24 62 34 24,7 491 1792 6454 15148 23394 23885 26205 24327
13 XI -B-Pinheiro 24 19 34,8 25,6 138 476 1728 4975 7179 7317 7346 7447
14
XI -C-Vargas Floresta Velha 24 99 32,3 25,9 774 3349 10849 18877 33074 33848 38927 34469
15
XI -D-Vargas Floresta Velha 24 20 29,5 25,1 222 1125 3111 3117 7353 7574 10713 7736
16 XI -E-Vargas Floresta Velha 24 14 32,3 26,2 129 540 1828 3015 5383 5511 6342 5614
17 XII -*-Carraro Velho 24 49 30,8 25,3 564 2585 8125 9848 20557 21121 27579 21541
18 XIV -A-Link 23 114 34,3 25,9 980 3786 13174 31666 48626 49607 51019 50466
19 XIV -B-Link 23 15 33 23,7 124 475 1683 3177 5334 5458 6664 5568
20 XIV -C-Link 23 16 31,9 25,1 153 630 2259 3340 6229 6382 7814 6502
21 XV -*-Vargas 22 271 29,7 24,4 2854 13425 40223 37576 91224 94078 137674 96131
22 XVI -*-Projeto 90 21 120 31,5 24,4 1120 4588 16801 21492 42881 44001 57382 44903
23 XVII -A-Joao Maria 20 210 29 23,6 2324 11385 33737 24591 69712 72037 114823 73707
24 XVII -B-Vargas 20 10 29 24 117 573 1661 1333 3567 3684 5658 3765
25 XIX -A-Paredao 19 33 25,6 20,9 577 3299 6237 1769 11304 11881 27069 12234
26 XIX -B-Paredao 19 183 27,2 22,1 2742 14354 33734 16085 64173 66915 128435 68704
27 XX -A-Hidrocal Novo 18 19 28,8 21,7 231 1149 3534 2249 6931 7163 12519 7339
28 XX -B-Hidrocal Novo 18 10 28,6 20,5 104 517 1473 996 2986 3090 5729 3172
29 XX -C-Hidrocal Novo 18 19 29 21,9 226 1066 3511 2190 6768 6994 12000 7169
Continua...
31
Continuação... TABELA 4 - Resultados do inventario em áreas cultivadas com P. elliottii na empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011.
N°
Unidade
Idade
Área DAP Altura
MDF
Toras Toras Toras Volume Volume Árvores Volume
Silvicultural (ha) (cm) (m) Finas Medias Grossas Serraria Útil Total Total
(m³) (m³) (m³) (m³) (m³) (n°) (m³)
30 XXI -*-Carraro Novo 17 90 25,2 20,6 1559 9336 15744 3987 29067 30626 73799 31584
31 XXII -A-Veridiano 16 300 26,8 20,8 4272 22525 48704 24249 95477 99749 207909 102631
32 XXII -B-Veridiano 16 56 27,5 20,5 800 3953 9982 5138 19073 19873 40172 20445
33 XXIII -*-Palmas 15 105 22 16,8 3079 14824 15189 2620 32633 35712 131409 37288
34 XXIV -*-Palmas 14 205 24,7 17,5 2691 17578 25707 2063 45348 48039 148227 49920
35 XXV -*-Palmas 13 193 21 15,1 5620 28720 19933 906 49559 55179 255188 58070
37 XXVII -*-Casa Amarela 13 7 29,9 21 47 187 808 534 1530 1577 2689 1615
39 XXIX -*-Campo do Mario - Novo 11 33 15,3 12,5 1306 3389 472 4 3865 5171 48165 5642
44 XXXII -A-Fazenda Sistema 7 78,7 16,4 9,9 920 2351 82 0 2433 3352 38203 3708
45 XXXII -B-Fazenda Sistema 7 591 16,4 9,8 18074 37478 362 49 37890 55964 729686 62636
46
XXXIII -*-Fazenda Espírito Santo 6 305 16 9,4 10483 17196 424 0 17620 28102 414616 31787
999 Medias Gerais
20 , 27,9 21,1 , , , , , , , ,
4309 70607 252865 430765 520449 1204079 1274687 3186133 1313999
32
7.2 Observações realizadas a campo
7.2.1 Unidade silvicultural 9 Caneleira
O povoamento encontra-se bem manejado e apresenta árvores com media de DAP
igual a 33,96 cm e altura media de 27,5 m, com um total de 432 árvores por ha. O
povoamento encontra-se maduro e em ponto de colheita.
7.2.2 Sitio Pinheiro
Composto pelas USs 11, 12 e 13 estão localizados em um dos melhores sítios da
empresa, apresentando árvores com DAP médio de 36,2, 33,87 e 34,73 cm
respectivamente e altura media de 27,25, 24,68 e 25,6 m, também respectivamente, em
virtude do povoamento já estar maduro e em ponto de colheita, sua permanência pode
ocasionar perdas devido a desastres naturais (Figura 7)
FIGURA 7 – US 11 Pinheiro local em área de plantio de P. elliottiii, atingido por raio cerca de 12 árvores, Serra do sudeste, RS, 2011.
33
7.2.3 Unidade silvicultural 14 Vargas floresta velha
O povoamento atingido por desastre natural (vento), ocasionando o abatimento de
vários exemplares (Figura 8), implicando inclusive na extinção de duas parcelas
permanentes de inventario florestal, a madeira relacionada as árvores abatidas pelo vento
foi retirada e teve um volume calculado em torno de 7.000 st. Entretanto as árvores do
povoamento apresentam DAP médio de 32,14 cm, altura media de 25,93 m e o número
de árvores por ha calculado foi de 396.
FIGURA 8 - US 14 Vargas floresta velha, local atingido pelo vento em area de plantio de P. elliottiii da empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011.
34
7.2.4 Sitio Vargas floresta velha
Composta pelas USs 15 e 16 apresentam grande ocorrência de regeneração
natural tanto na borda como no interior (Figura 9). As árvores das USs possuem DAP
médio de 29,6 e 32,09 cm respectivamente e altura media de 25,1 e 26,21 m também
respectivamente. O número de árvores por ha esta em torno de 531exeplares para a US
15 e 454 para a US 16.
FIGURA 9 – US 15 Vargas floresta velha povoamento com presença de regeneração natural em plantio de P. elliottiii na empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011.
7.2.5 Unidade silvicultural 17 Carraro valho
O povoamento encontra-se com 24 anos de idade e apresenta árvores com DAP
médio de 30,55 cm e altura media de 25,3 m. O número de árvores por ha calculado foi
em torno de 563.
35
7.2.6 Sitio Vargas
Composto pelas USs 21 e 24. As árvores das populações possuem DAP em media
de 29,37 e 28,89 cm e altura em torno de 24,26 e 23,92 m respectivamente, o número
estimado de indivíduos por hectare é de 507 para a US 21 e 567 para a US 24.
7.2.7 Sitio Paredão
Composto pelas USs 25 e 26. Os indivíduos dos povoamentos apresentam DAP
em média 25,5 e 27,05 cm, a altura media de 20,83 e 22,20 m. A US 25 possui ainda um
elevado número de árvores por hectare estando em torno de 825 árvores podendo
ocasionar uma perda de incremento em diâmetro. O número estimado de indivíduos por
hectare para a US 26 foi de 700. Na US 26 ocorreu um corte raso em parte do
povoamento devido a passagem de rede elétrica ocasionando na extinção de uma parcela
permanente de inventario florestal.
7.2.8 Unidade silvicultural 30 Carraro novo
As árvores da população apresenta um elevado número de indivíduos por hectare
em torno de 852 podendo ocasionar uma perda de incremento em diâmetro. As árvores
da US possuem DAP em media de 25,06 cm e altura em torno de 20,54 m.
7.2.9 Projeto Veridiano
Composto pelas USs 31 e 32, neste projeto foi observado um grande número de
árvores mortas e bifurcadas, além da presença nós mortos devido a não realização da
desrama, que diminui o potencial qualitativo da floresta.
36
A média de árvores por hectare foi de 703 árv./ha na US 31 e 729 árv./ha na US
32, com DAP médio de 26,76 cm e altura média de 20,76 m na US 31 e 27,44 cm e 20,46
m na US 32. O número de árvores por ha é elevado e pode causar perda de incremento
nos exemplares do povoamento (Figura 10).
FIGURA 10 – US 32 Veridiano aspecto do povoamento com a desrama baixa e elevado número de exemplares em área de plantio de P. elliottii, na empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011.
7.2.10 Projeto Sistema e Espírito Santo
O projeto Sistema é composto pelas USs 44 e 45, nestes projetos foram instaladas
parcelas permanentes de inventario florestal sendo 16 na primeira e 18 na segunda US.
As árvores da US 44 possuem DAP em media de 16,63 cm e altura em torno de 9,95 m,
sendo o número estimado de indivíduos por hectare de 1215. As árvores da US 45
possuem DAP em media de 16,8 cm e altura em torno de 9,85 m, sendo o número
estimado de indivíduos por hectare é de 1268. O projeto Espirito Santo é composto
apenas pela US 46, nesta US foram instaladas 14 parcelas permanentes de inventario
florestal. As árvores desta US possuem DAP em media de 25,06 cm e altura em torno de
37
20,54 m, o número estimado de indivíduos por hectare é de 1610. Nestas USs estava
sendo realizada a desrama, sendo esta bem agressiva (Figura 11). Tendo em vista que a
retirada em excesso de ramos diminui a massa foliar acarretando na redução da
realização de fotossíntese pela planta, podendo ocorrer uma perda em incremento.
FIGURA 11 – US 46 Espírito Santo aspecto do povoamento após a realização de desrama agressiva, em área de plantio de P. elliottiii na empresa Todesflor, Serra do sudeste, RS, 2011.
7.3 Observações da fauna no campo
Existe uma grande polêmica sobre a fauna em plantios florestais, principalmente se
tratando-se de monocultura. Muitos afirmam que há queda da biodiversidade e a extinção
de alguns animais silvestres na área de plantio. Entretanto, durante os 60 dias foram
avistadas no interior dos povoamentos da empresa várias espécies da fauna do estado
(Tabela 3).
38
TABELA 5 - Lista de espécies da fauna do estado avistadas no interior dos povoamentos da Todesflor durante o período de estágio, Serra do sudeste, RS, 2011.
Nome científico Nome popular
Mazama spp. Veado
Buteo magnirostris Gaviõe-carijó
Patagioenas picazuro Pombão
Cyanocorax caeruleus Gralha azul
Myiopsitta monachus Caturrita
Alouatta guariba Bugio-ruivo
Dasypus novemcinctus Tatu-galinha
Sus scrofa Javali
Nothura maculosa Perdiz
Bothropides pubescens Jararaca-pintada
Penelope obscura Jacu
Colaptes campestris Pica-pau-do-campo
Cerdocyon thous Graxaim-do-mato
Nasua nasua Quati
7.4 Efeito da mato-competição.
A mato-competição é uma situação muito negativa para o pleno desenvolvimento
dos plantios florestais. No caso da Todesflor, existem algumas áreas com mato-
competição muito intensa e sítios ruins (Figura 12).
A Todesflor possui áreas com intensa mato-competição formada principalmente por
vassouras e outros arbustos. A competição representa grande problema para o
desenvolvimento dos plantios de Pinus e o controle deve ser feito tanto na linha quanto
nas entre linhas.
A presença da mato-competição também influencia na instalação de parcelas
tornando o trabalha mais árduo e lento.
39
FIGURA 12 – US 46 Espírito Santo com presença de mato-competição no interior do povoamento de P. elliottii. Serra do sudeste, 2011.
40
8 CONCLUSÃO
Através da realização do presente trabalho nas áreas de plantio de P. elliottii da
empresa Todesflor Agro Florestal e Pecuária Ltda. Foi possível observar que cerca de
589 ha encontram-se maduros e em ponto de colheita, sendo que sua permanência pode
ocasionar em perdas por desastres naturais.
Com base nos resultados do inventario florestal a empresa possui um volume
calculado para área de 2507 ha ocupada pelas 18 unidades silviculturais que foram
medidas esta em torno de 599.383 m³. O volume total de madeira estimado para as 40
USs do gênero Pinus foi de 1.313.999 m³, sendo o volume útil para serraria estimado foi
de 1.274.687 m³.
A instalação de parcelas circulares nas três USs foi bem sucedida tendo em vista o
fato de que se torna mais fácil manter o controle das árvores medidas evitando erros em
inventários florestais futuros.
Alem de ter sido observada uma vasta variedade de fauna do estado no interior dos
povoamentos da empresa.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas: Anuário estatístico da ABRAF 2011 ano base 2010 / ABRAF. – Brasília: 2011. 130p. Disponível em: <http://www.abraflor.org.br/estatisticas.asp> Acesso em: 20/05/2011. CLEMENTS, Ralph W. Métodos de moderna resinagem – manual. São Paulo: Instituto Florestal do Estado de São Paulo, 1970. 22 p.
ScanPal 2. Manual de Instalação e do Usuário – Copyright Metrologic do Brasil Ltda. 2001 29p.
CUNHA S. U. Dendrometria e inventário florestal. Manaus: Escola Agrotécnica Federal de Manaus, 52p. 2004. eFloras. Disponível em: <www.efloras.org>. Acesso em: 6/05/2011.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Disponível em<http://www.embrapa.br/> Acesso em: 12/05/2011.
FEE: Site institucional da Fundação de Economia e Estatística. Porto Alegre, 2005. Disponível em: <http://www.fee.rs.gov.br/>. Acesso em: 17/04/2011.
FINGER, César A. G. Fundamentos de biometria florestal. Santa Maria: UFSM, CEPEF-FATEC, 1992. 269 p. FLORIANO, E. P. Efeito da desrama sobre o crescimento e a forma de Pinus Elliottiii Engelm. Santa Maria: [s.n.], 2004. 93 f Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Maria, UFSM. FLORIANO, E. P. Subsídios para o planejamento da produção de Pinus elliottiii Engelm. na Serra do Sudeste, Rio Grande do Sul. Santa Maria, 2008. 178 f Tese (Doutorado). Universidade Federal de Santa Maria, UFSM.
FONSECA, S. M. da. Implicações técnicas e econômicas na utilização da desrama artificial. Circular Técnica. IPEF, Piracicaba, (46): 1-22, abr. 1979.
_______.Site da empresa GARMIN.com. Disponível em: <https://buy.garmin.com/shop/shop.do?pID=350&ra=true> Acesso em: 06/07/2011.
42
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HUSCH, B.; MILLER, C. I.; BEERS, T. W. Forest mensuration. 3th
ed. New York: John Wiley e Sons, 1982. 401 p.
MANTOVANI, A. et al Amostragem, Caracterização de Estádios Sucessionais na Vegetação Catarinense e Manejo do Palmiteiro(Euterpe edulis) Em Regime de Rendimento Sustentável. In: Inventário e Manejo Florestal NPFT, Florianópolis, 2005.
RIBEIRO N., SITOE A. A., GUEDES S. B., STAISS C. Manual de silvicultura tropical. Maputo, 2002. Publicado com apoio da FAO, Projeto GCP/Moz/056/Net. SCHNEIDER, P. R.; FINGER, C. A. G.; HOPPE, J. M. Efeito da intensidade de desrama na produção de Pinus elliottii Engelm., implantado em solo pobre, no Estado do Rio Grande do Sul. Ciência Florestal, Santa Maria, v.9, n.1, 1999. p. 35-46.
SCOLFORO, J.R. Inventário Florestal. Lavras: ESAL/FAEPE, 228p.1993.
43
ANEXO
44
Anexo I - Estoque em volume por sortimento por Unidade Silvicultural (US)
N°
Unidade
Idade
h100 Sitio Área Árvores DAP Altura Área Volume Coef,
MDF
Toras Toras Toras Volume Volume Árvores Volume
Silvicultural (m) (m) (ha) (n°/ha) (cm) (m) Basal Sólido Variação Finas Medias Grossas Serraria Útil Total Total
(m²/ha) (m³/ha) (%) (m³) (m³) (m³) (m³) (m³) (n°) (m³)
1 I -*-Todesflor I 31 28 22 72 482 32,8 27,8 41,1 463 2,67 703 2907 10099 19088 32094 32797 34719 33366
2 II -*-Todesflor II 31 28,7 23 140 402 35,7 27,9 40,4 467 2,26 1119 4098 13738 45372 63209 64327 56282 65326
3 III -*-Hidrocal 31 28 22 15 414 33,8 26,9 34,5 378 4,58 126 542 1539 3361 5442 5567 6210 5667
4 IV -A-Glorinha 28 27 22 145 341 34,8 26,6 32,3 353 1,71 946 3559 12531 33299 49389 50335 49445 51190
5 IV -B-Pereira 28 28 23 27 360 36,5 27,2 38,3 430 5,45 188 629 2140 8478 11247 11435 9725 11613
6 V -A-Passo da China
28 25,5 21 92 323 34,8 25,1 30,8 318 3,40 538 2008 6852 19302 28162 28699 29730 29213
7 V -B-Campo do Mario
28 24,1 19 37 338 34,1 23,7 30,7 298 3,51 225 866 2944 6779 10589 10814 12487 11026
8 V -C-Passo da China (Lisboa)
28 26 21 135 317 34,9 25,5 30,5 320 4,52 762 2885 10000 28747 41632 42394 42784 43135
9 VI -A-Caneleira 27 28,2 24 186 432 34,2 27,6 39,9 452 2,35 1577 6239 21590 53303 81131 82708 80351 84065
10 VI -B-Fundos da Sede
27 25,1 21 73 481 32,2 24,3 39,3 393 2,71 653 2771 9510 15164 27445 28098 35106 28654
11 VII -*-Pinheiro 27 27,9 23 140 378 36,3 27,2 41,2 462 3,17 1051 3710 12295 46562 62567 63619 55333 64624
12 XI -A-Pinheiro 24 25,3 23 62 403 34 24,7 38,6 392 3,92 491 1792 6454 15148 23394 23885 26205 24327
13 XI -B-Pinheiro 24 26,2 24 19 378 34,8 25,6 37,2 392 4,01 138 476 1728 4975 7179 7317 7346 7447
14 XI -C-Vargas Floresta Velha
24 26,6 24 99 396 32,3 25,9 32,5 348 5,90 774 3349 10849 18877 33074 33848 38927 34469
15 XI -D-Vargas Floresta Velha
24 25,9 24 20 531 29,5 25,1 37,3 387 3,32 222 1125 3111 3117 7353 7574 10713 7736
16 XI -E-Vargas Floresta Velha
24 26,6 24 14 454 32,3 26,2 37,2 401 3,81 129 540 1828 3015 5383 5511 6342 5614
17 XII -*-Carraro Velho
24 25,7 23 49 563 30,8 25,3 42,2 440 2,88 564 2585 8125 9848 20557 21121 27579 21541
18 XIV -A-Link 23 26,5 25 114 448 34,3 25,9 41,5 443 3,10 980 3786 13174 31666 48626 49607 51019 50466
19 XIV -B-Link 23 24,3 23 15 444 33 23,7 38,1 371 3,93 124 475 1683 3177 5334 5458 6664 5568
Continua...
45
Continuação...
N°
Unidade
Idade
h100 Sitio Área Árvores DAP Altura Área Volume Coef,
MDF
Toras Toras Toras Volume Volume Árvores Volume
Silvicultural (m) (m) (ha) (n°/ha) (cm) (m) Basal Sólido Variação Finas Medias Grossas Serraria Útil Total Total
(m²/ha) (m³/ha) (%) (m³) (m³) (m³) (m³) (m³) (n°) (m³)
20 XIV -C-Link 23 25,7 24 16 488 31,9 25,1 39,3 406 5,95 153 630 2259 3340 6229 6382 7814 6502
21 XV -*-Vargas 22 25,2 24 271 507 29,7 24,4 35,3 355 3,52 2854 13425 40223 37576 91224 94078 137674 96131
22 XVI -*-Projeto 90
21 25 25 120 478 31,5 24,4 37,4 374 3,13 1120 4588 16801 21492 42881 44001 57382 44903
23 XVII -A-Joao Maria
20 24,4 26 210 547 29 23,6 36,2 351 6,27 2324 11385 33737 24591 69712 72037 114823 73707
24 XVII -B-Vargas 20 24,5 26 10 567 29 24 38,2 377 7,02 117 573 1661 1333 3567 3684 5658 3765
25 XIX -A-Paredao 19 22 24 33 825 25,6 20,9 43 371 1,30 577 3299 6237 1769 11304 11881 27069 12234
26 XIX -B-Paredao 19 23,3 26 183 700 27,2 22,1 41,1 375 3,69 2742 14354 33734 16085 64173 66915 128435 68704
27 XX -A-Hidrocal Novo
18 22,5 26 19 659 28,8 21,7 43,3 386 4,55 231 1149 3534 2249 6931 7163 12519 7339
28 XX -B-Hidrocal Novo
18 21,2 25 10 573 28,6 20,5 37,5 317 4,51 104 517 1473 996 2986 3090 5729 3172
29 XX -C-Hidrocal Novo
18 22,5 26 19 632 29 21,9 42 377 5,62 226 1066 3511 2190 6768 6994 12000 7169
30 XXI -*-Carraro Novo
17 21,5 26 90 852 25,2 20,6 41,4 351 2,09 1559 9336 15744 3987 29067 30626 73799 31584
31 XXII -A-Veridiano
16 21,7 28 300 703 26,8 20,8 39,9 342 3,28 4272 22525 48704 24249 95477 99749 207909 102631
32 XXII -B-Veridiano
16 21,6 28 56 729 27,5 20,5 43,3 365 2,91 800 3953 9982 5138 19073 19873 40172 20445
33 XXIII -*-Palmas 15 19,2 27 105 1252 22 16,8 49,9 355 8,77 3079 14824 15189 2620 32633 35712 131409 37288
34 XXIV -*-Palmas 14 18,1 27 205 723 24,7 17,5 34,2 244 2,06 2691 17578 25707 2063 45348 48039 148227 49920
35 XXV -*-Palmas 13 16,9 27 193 1322 21 15,1 47,6 301 5,10 5620 28720 19933 906 49559 55179 255188 58070
37 XXVII -*-Casa Amarela
13 21,3 33 7 384 29,9 21 27 231 0,96 47 187 808 534 1530 1577 2689 1615
Continua...
46
Continuação...
N°
Unidade
Idade
h100 Sitio Área Árvores DAP Altura Área Volume Coef,
MDF
Toras Toras Toras Volume Volume Árvores Volume
Silvicultural (m) (m) (ha) (n°/ha) (cm) (m) Basal Sólido Variação Finas Medias Grossas Serraria Útil Total Total
(m²/ha) (m³/ha) (%) (m³) (m³) (m³) (m³) (m³) (n°) (m³)
39 XXIX -*-Campo do Mario - Novo
11 15,3 29 33 1460 15,3 12,5 30,1 171 13,34 1306 3389 472 4 3865 5171 48165 5642
44 XXXII -A-Fazenda Sistema
7 11 35 78,7 1215 16,4 9,9 11,4 47 31,95 920 2351 82 0 2433 3352 38203 3708
45 XXXII -B-Fazenda Sistema
7 10,8 35 591 1268 16,4 9,8 26,8 106 5,54 18074 37478 362 49 37890 55964 729686 62636
46 XXXIII -*-Fazenda Espírito Santo
6 10,2 40 305 1610 16 9,4 27,4 104 7,03 10483 17196 424 0 17620 28102 414616 31787
999 Medias Gerais
20 21,9 27 , 688 27,9 21,1 35,7 322 493 , , , , , , , ,
Totais 4309 70607 252865 430765 520449 1204079 1274687 3186133 1313999