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Órgão Informativo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial - março 2014 - edição 58 - ano 5
Editorial
medicinaLABORATORIAL
PALCResultados críticos em exames laboratoriais.Página 8
TISS 3.0Evento mostra importância do tema para os laboratórios.Página 10
Curso de ExtensãoComeçou o módulo 1. Inscrições abertas para os módulos 2 e 3.Página 12
Gestão laboratorialCongresso em SP, em maio. Associados têm desconto.Página 12
Jornada de GoiâniaSucesso em evento da série de interação clínico-laboratorial.Página 13
Museu Evaldo MeloDe uma Sociedade itinerante para uma Sociedade fixa.Página 13
AlzheimerEstudo sugere relação com níveis de colesterol.Página 14
Esclerose múltiplaSensor molecular detecta sinais antes de sintomas físicos.Página 14
ChagasAlgoritmo para diagnóstico mais rápido da doença.Página 15
Dos mais de 200 milhões de brasileiros, quase 25 mi-lhões têm idade superior a 60 anos. Nas próximas dé-cadas esta população responderá por mais de 30% do total.
O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios das nações. Em um futuro não tão distante teremos uma massa populacional dependente de custeio por previdência maior do que a massa gera-dora de riqueza. Haverá, também, uma importante transformação nas expectativas frente aos serviços e produtos, agora voltados para esta faixa populaci-onal. A utilização dos serviços em saúde terá um crescimento bastante importante. A reportagem de capa desta edição traz ideias e posicionamentos de especialistas de diversas áreas sobre as mudanças que ocorrerão com esta nova demografia.
A seção PALC aborda os resultados críticos, impor-tante tópico da fase pós-analítica e ferramenta es-sencial de contribuição da medicina laboratorial à assistência à saúde, que será cada vez mais o foco de gerenciamento e controle em saúde, com medi-das de desempenho.
E como forma de contribuição ao nosso futuro, des-tacamos o foco de sustentabilidade do 48º CBPC/ML, pautado na norma ISO 20121:2012, redu-zindo os impactos ambientais e sociais de um even-to deste porte.
Esta edição do Noticias-Medicina Laboratorial bus-ca auxiliar aos leitores neste preparo para um futu-ro desafiador em nossa área.
Uma boa leitura!
ISO 9001Notícias
Gustavo Campana - Editor-chefe
48º Congresso da SBPC/ML adota
Norma ISO 20121 que estabelece
parâmetros para a eventos mais
sustentáveis. Página 11
Em pouco mais de 40 anos, os
idosos serão cerca de 1/3 da
população brasileira.
Os laboratórios estão preparados
para atendê-los?Página 2
D e s t a q u e p a ra a
sustentabilidade
Prioridade de Prioridade de atendimento atendimento Prioridade de atendimento
O “envelhecimento” da população é consequência de
queda das taxas de mortalidade e natalidade, de me-
lhoria das condições de vida e de maior desenvolvi-
mento tecnológico relacionado à medicina.
Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) indicam que, em setembro do ano passado, havia
5.562.349 pessoas com 60 anos ou mais que possuíam
pelo menos um plano privado de assistência médica.
Quanto maior o número de idosos, maior a carga sobre
os serviços de saúde. Será que os laboratórios no Brasil
estão preparados para atender essa população nos pro-
cessos da fase pré-analítica?
“Infelizmente, nem todos. Esse
aumento na expectativa de vida
gera uma maior demanda nos ser-
viços de saúde. Os laboratórios clí-
nicos são parte importante desse
processo. Como esta demanda
vem acontecendo de forma ace-
lerada, a maioria dos laboratórios
não se adaptou às necessidades específicas dessa faixa
etária”, analisa o presidente regional da SBPC/ML em
São Paulo, o patologista clínico Alvaro Pulchinelli Jr, as-
sessor médico do Grupo Fleury.
Segundo ele, para estar preparado, o laboratório pre-
cisa fornecer treinamento adequado à equipe e, prin-
cipalmente, provocar uma mudança na cultura inter-
na, pois a maioria dos idosos têm particularidades que
precisam ser respeitadas.
“É claro que uma equipe treinada no acolhimento trans-
mite uma sensação de segurança e conforto ao cliente,
mas é preciso tomar o cuidado de não ‘infantilizar’ esse
relacionamento. Essa forma de demonstrar carinho sur-
te o efeito contrário e gera mal-estar no indivíduo por-
que ele se sente diminuído”, alerta Pulchinelli.
Para a administradora de empresas Laura Franceschi,
gerente de relacionamento do Franceschi Medicina
Diagnóstica, a falta de preparo no atendimento do pú-
blico idoso não é exclusividade dos laboratórios, nem
da área da saúde. É um problema comum ao setor de
serviços. Ela concorda que para atender de forma
adequada é preciso realizar mudanças culturais, e is-
so envolve todos na organização.
Cuidados no atendimentoA médica geriatra Ana Lúcia Vilela, diretora da Socie-
dade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG),
afirma que a principal reclamação que seus clientes fa-
zem em relação aos laboratórios é o longo tempo de es-
pera para serem atendidos.
“Os portadores de doenças crônicas, como diabetes e
hipertensão, apresentam pior resposta ao jejum. A de-
mora na coleta de sangue tem repercussão negativa no
âmbito clínico e no psicológico”, diz Vilela.
Laura Franceschi explica que os aspectos mais críti-
cos no laboratório dependem de variáveis como as
condições físicas do paciente, a quantidade de exa-
mes solicitados, a complexidade no preparo para a
coleta e também as exigências do plano de saúde e
de sua cobertura.
Segundo ela, os estabelecimentos são obrigados a re-
servar balcões ou espaços específicos e identificados
para atender clientes com mais de 60 anos ou oferecer
prioridade no seu atendimento. O Estatuto do Idoso
(Lei 10.741, de 1/10/2003), determina, no Artigo 3º,
parágrafo único, o “atendimento preferencial imedia-
to e individualizado junto aos órgãos públicos e priva-
dos prestadores de serviços à população”. Mas não bas-
ta cumprir a lei.
“Este público muitas vezes não
gosta de ser chamado de ‘idoso’
ou ‘da melhor idade’. São expres-
sões que devemos descartar por-
que a chegada a essa fase pode ser
encarada de forma negativa”, aler-
ta a administradora de empresas.
O aumento na expectativa
de vida gera maior demanda
nos serviços de saúde.
Os laboratórios clínicos
são parte importante
desse processo
Alvaro Pulchinelli Jr.
LauraFranceschi
Foto
: Arq
uiv
o S
BPC/M
L
Foto
: div
ulg
açã
o
Em pouco mais de 40 anos, os
idosos serão cerca de 1/3 da população
brasileira.
Em 2014, segundo dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), 11,3% da po-
pulação brasileira (cerca de 23 milhões de pes-
soas) têm idade igual ou superior a 60 anos. A
projeção para 2060 estima que o total de habi-
tantes nessa faixa etária corresponderá a 33,7%
da população do país ou, aproximadamente,
73,5 milhões. Em um intervalo de 46 anos, o nú-
mero de idosos aumentará mais que três vezes.
Os laboratórios
estão preparados
para atendê-los?
Prioridade de Prioridade de atendimentoatendimentoPrioridade de atendimento
222 333
O “envelhecimento” da população é consequência de
queda das taxas de mortalidade e natalidade, de me-
lhoria das condições de vida e de maior desenvolvi-
mento tecnológico relacionado à medicina.
Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) indicam que, em setembro do ano passado, havia
5.562.349 pessoas com 60 anos ou mais que possuíam
pelo menos um plano privado de assistência médica.
Quanto maior o número de idosos, maior a carga sobre
os serviços de saúde. Será que os laboratórios no Brasil
estão preparados para atender essa população nos pro-
cessos da fase pré-analítica?
“Infelizmente, nem todos. Esse
aumento na expectativa de vida
gera uma maior demanda nos ser-
viços de saúde. Os laboratórios clí-
nicos são parte importante desse
processo. Como esta demanda
vem acontecendo de forma ace-
lerada, a maioria dos laboratórios
não se adaptou às necessidades específicas dessa faixa
etária”, analisa o presidente regional da SBPC/ML em
São Paulo, o patologista clínico Alvaro Pulchinelli Jr, as-
sessor médico do Grupo Fleury.
Segundo ele, para estar preparado, o laboratório pre-
cisa fornecer treinamento adequado à equipe e, prin-
cipalmente, provocar uma mudança na cultura inter-
na, pois a maioria dos idosos têm particularidades que
precisam ser respeitadas.
“É claro que uma equipe treinada no acolhimento trans-
mite uma sensação de segurança e conforto ao cliente,
mas é preciso tomar o cuidado de não ‘infantilizar’ esse
relacionamento. Essa forma de demonstrar carinho sur-
te o efeito contrário e gera mal-estar no indivíduo por-
que ele se sente diminuído”, alerta Pulchinelli.
Para a administradora de empresas Laura Franceschi,
gerente de relacionamento do Franceschi Medicina
Diagnóstica, a falta de preparo no atendimento do pú-
blico idoso não é exclusividade dos laboratórios, nem
da área da saúde. É um problema comum ao setor de
serviços. Ela concorda que para atender de forma
adequada é preciso realizar mudanças culturais, e is-
so envolve todos na organização.
Cuidados no atendimentoA médica geriatra Ana Lúcia Vilela, diretora da Socie-
dade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG),
afirma que a principal reclamação que seus clientes fa-
zem em relação aos laboratórios é o longo tempo de es-
pera para serem atendidos.
“Os portadores de doenças crônicas, como diabetes e
hipertensão, apresentam pior resposta ao jejum. A de-
mora na coleta de sangue tem repercussão negativa no
âmbito clínico e no psicológico”, diz Vilela.
Laura Franceschi explica que os aspectos mais críti-
cos no laboratório dependem de variáveis como as
condições físicas do paciente, a quantidade de exa-
mes solicitados, a complexidade no preparo para a
coleta e também as exigências do plano de saúde e
de sua cobertura.
Segundo ela, os estabelecimentos são obrigados a re-
servar balcões ou espaços específicos e identificados
para atender clientes com mais de 60 anos ou oferecer
prioridade no seu atendimento. O Estatuto do Idoso
(Lei 10.741, de 1/10/2003), determina, no Artigo 3º,
parágrafo único, o “atendimento preferencial imedia-
to e individualizado junto aos órgãos públicos e priva-
dos prestadores de serviços à população”. Mas não bas-
ta cumprir a lei.
“Este público muitas vezes não
gosta de ser chamado de ‘idoso’
ou ‘da melhor idade’. São expres-
sões que devemos descartar por-
que a chegada a essa fase pode ser
encarada de forma negativa”, aler-
ta a administradora de empresas.
O aumento na expectativa
de vida gera maior demanda
nos serviços de saúde.
Os laboratórios clínicos
são parte importante
desse processo
Alvaro Pulchinelli Jr.
LauraFranceschi
Foto
: Arq
uiv
o S
BPC/M
L
Foto
: div
ulg
açã
o
Em pouco mais de 40 anos, os
idosos serão cerca de 1/3 da população
brasileira.
Em 2014, segundo dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), 11,3% da po-
pulação brasileira (cerca de 23 milhões de pes-
soas) têm idade igual ou superior a 60 anos. A
projeção para 2060 estima que o total de habi-
tantes nessa faixa etária corresponderá a 33,7%
da população do país ou, aproximadamente,
73,5 milhões. Em um intervalo de 46 anos, o nú-
mero de idosos aumentará mais que três vezes.
Os laboratórios
estão preparados
para atendê-los?
Prioridade de Prioridade de atendimentoatendimentoPrioridade de atendimento
222 333
Norma ABNT NBR 9050:2004Estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados no projeto, construção, instalação e adap-tação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.
Estatuto do idoso (Lei 10.741, de 1/10/2003)É considerado um marco na regulação dos direitos da população brasileira com 60 anos ou mais. Está dis-ponível para consulta e download gratuitos no acervo da Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliote-casbpc.org.br), seção “Legislação & Normas”, página “Ministério da Saúde”.
O que fazer quando há dificuldades na coleta de sangue venoso
Maior número de exames
- Trocar a posição da agulha: se a agulha penetrou profundamente na veia, tracione-a um pouco pa-ra trás; se não penetrou o sufici-ente, avance-a até atingir a veia;
- Se, durante o ato da coleta, houver suspeita de colabamento da veia puncionada, recomenda-se virar lenta e cuidadosamente a agulha para que o bisel fique desobstruído, permitindo a re-composição da luz da veia e a li-beração do fluxo sanguíneo. Rea-locação lateral da agulha nunca deve ser tentada para se alcançar a veia basílica, devido à sua pro-ximidade com a artéria braquial;
- Tentar coletar o material com ou-tro tubo, se o utilizado inicialmen-
te falhar por qualquer defeito (por exemplo, por falta de vácuo);
- Não são recomendados os movi-mentos de busca aleatória da veia; este tipo de movimento pode ser doloroso e pode produzir perfura-ções arteriais, resultando em: he-matoma, compressão do nervo ou lesão direta do nervo;
- Não é recomendável que o mes-mo flebotomista tente mais de du-as vezes uma venopunção. Se pos-sível, outra pessoa deve ser acio-nada para completar a coleta no paciente ou o médico deve ser no-tificado.
A médica Ana Lúcia Vilela alerta que os geriatras
em geral solicitam screening mais completo.
Segundo ela, os exames mais frequentes são:
hemograma, VHS, glicemia de jejum, hemo-
globina glicada, ureia, creatinina, provas de
função e lesão hepática, amilase, lipase, ciné-
tica do ferro, dosagem de vitamina B 12, ácido
fólico, vitamina D, PTH, ácido úrico, metabo-
lismo ósseo (em caso de osteoporose), PSA (pa-
ra homens), TSH e T4L.
“Não solicitamos, como rotina, mar-
cadores tumorais, mas podemos pedir
CPK, para uso de estatinas, apesar de
não ser protocolo”, acrescenta.
Segundo o médico patologista clínico
e editor-chefe do Notícias-Medicina
Laboratorial, Gustavo Campana, ido-
sos realizam cerca de 3,5 vezes mais
testes laboratoriais por ano que adul-
tos jovens.
444 555
Alvaro Pulchinelli enfatiza que os atendentes preci-
sam lembrar que são pacientes que geralmente apre-
sentam um número maior de patologias, o que pode
resultar em solicitações mais longas e mais comple-
xas que a média dos clientes. As informações e proto-
colos devem ser apresentados de forma clara e escri-
tos em letras maiores para facilitar a visualização dos
itens importantes. Ele também chama a atenção para
a polifarmácia, que é o uso crônico de uma quantida-
de maior de medicamentos.
“São aspectos que têm grande impacto nos resulta-
dos dos exames laboratoriais. É importante que no
atendimento essas informações sejam colhidas da for-
ma mais clara e completa possível”, afirma o patolo-
gista clínico.
Ana Lúcia Vilela diz que outro motivo de insatisfação
dos idosos com os laboratórios é o desconforto no mo-
mento da coleta.
“É necessário usar pessoas treinadas para esse públi-
co, como muitas vezes ocorre quando se trata de crian-
ças. O atendimento a idosos também deve ser diferen-
ciado”, diz a geriatra.
Pulchinelli explica que há uma tendência desses pacien-
tes terem leito venoso mais frágil, com veias de menor
calibre que se colabam com maior facilidade, o que po-
de criar dificuldades na coleta.
“Uma tentativa comumente utilizada para contornar
este problema é usar dispositivos de punção de menor
calibre, o que é ruim para obter boa amostra. Deve-
mos nos preocupar em utilizar material adequado e,
principalmente, com a habilidade do coletador em fa-
zer uma punção rápida, com menor uso de garrotea-
mento”, diz o médico.
Laura Franceschi acrescenta que, além do treinamen-
to técnico, igual para todos os pacientes, o comporta-
mento da equipe de coleta influencia diretamente no
sucesso do atendimento.
“Paciência, compreensão e mais dedicação são carac-
terísticas fundamentais necessárias aos profissionais
que atuam junto a esse público”, destaca.
Espaço e mobilidade“Temos que pensar no idoso desde o momento em que ele chega ao laboratório, se ele consegue se loco-mover sozinho, com a existência de rampas e corri-mãos contínuos, sem interrupções”, alerta a arqui-teta Flavia Carrion.
Ela também destaca a importância da altura adequada do mobiliário, como mesas e cadeiras — estas preci-sam ter braços nos quais o cliente possa se apoiar no
momento de se levantar. Os banheiros devem ter pia mais alta e alças de segurança, que também são ne-cessárias para cadeirantes.
Ao planejar a decoração, ela procura humanizar o am-biente e proporcionar conforto, com cores suaves e cla-ras, sem excesso de branco nas paredes para não transmitir a sensação de que se está em um hospital.
“O local deve ser bem iluminado, mas sem exageros, para não assustar. Eu prefiro luz amarela, que é mais aconchegante do que a luz branca e fria, encontrada em muitos lugares hoje em dia”, diz Carrion.
Em seus projetos, o arquiteto João Carlos Bross tam-bém chama a atenção para a importância de facilitar a mobilidade do idoso. E vai além.
“É importante criar nichos de atendimento, ou ‘clus-ters’, em que ele se sinta mais guarnecido e tenha sua intimidade preservada dos olhares de outras pes-soas”, explica.
Igualmente importante é a proximidade dos banheiros e que o acesso a eles seja fácil. “Em geral, o idoso tem micção mais acentuada. É preciso pensar tanto no tem-po que ele aguarda o exame, quanto no momento em que vai fazer a coleta”, diz Bross.
Para o arquiteto, não se pode esquecer nem da sala do cafezinho. “Há idosos que não são autossuficientes para usar uma máquina de café. Por isso, deve haver uma pes-soa do laboratório pronta para ajudá-los”, acrescenta.
Extraído de Recomendações da SBPC/ML para coleta de sangue venoso, 2ª edição, página 29. Disponível para consulta e download gratuitos na Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br).
Norma ABNT NBR 9050:2004Estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados no projeto, construção, instalação e adap-tação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.
Estatuto do idoso (Lei 10.741, de 1/10/2003)É considerado um marco na regulação dos direitos da população brasileira com 60 anos ou mais. Está dis-ponível para consulta e download gratuitos no acervo da Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliote-casbpc.org.br), seção “Legislação & Normas”, página “Ministério da Saúde”.
O que fazer quando há dificuldades na coleta de sangue venoso
Maior número de exames
- Trocar a posição da agulha: se a agulha penetrou profundamente na veia, tracione-a um pouco pa-ra trás; se não penetrou o sufici-ente, avance-a até atingir a veia;
- Se, durante o ato da coleta, houver suspeita de colabamento da veia puncionada, recomenda-se virar lenta e cuidadosamente a agulha para que o bisel fique desobstruído, permitindo a re-composição da luz da veia e a li-beração do fluxo sanguíneo. Rea-locação lateral da agulha nunca deve ser tentada para se alcançar a veia basílica, devido à sua pro-ximidade com a artéria braquial;
- Tentar coletar o material com ou-tro tubo, se o utilizado inicialmen-
te falhar por qualquer defeito (por exemplo, por falta de vácuo);
- Não são recomendados os movi-mentos de busca aleatória da veia; este tipo de movimento pode ser doloroso e pode produzir perfura-ções arteriais, resultando em: he-matoma, compressão do nervo ou lesão direta do nervo;
- Não é recomendável que o mes-mo flebotomista tente mais de du-as vezes uma venopunção. Se pos-sível, outra pessoa deve ser acio-nada para completar a coleta no paciente ou o médico deve ser no-tificado.
A médica Ana Lúcia Vilela alerta que os geriatras
em geral solicitam screening mais completo.
Segundo ela, os exames mais frequentes são:
hemograma, VHS, glicemia de jejum, hemo-
globina glicada, ureia, creatinina, provas de
função e lesão hepática, amilase, lipase, ciné-
tica do ferro, dosagem de vitamina B 12, ácido
fólico, vitamina D, PTH, ácido úrico, metabo-
lismo ósseo (em caso de osteoporose), PSA (pa-
ra homens), TSH e T4L.
“Não solicitamos, como rotina, mar-
cadores tumorais, mas podemos pedir
CPK, para uso de estatinas, apesar de
não ser protocolo”, acrescenta.
Segundo o médico patologista clínico
e editor-chefe do Notícias-Medicina
Laboratorial, Gustavo Campana, ido-
sos realizam cerca de 3,5 vezes mais
testes laboratoriais por ano que adul-
tos jovens.
444 555
Alvaro Pulchinelli enfatiza que os atendentes preci-
sam lembrar que são pacientes que geralmente apre-
sentam um número maior de patologias, o que pode
resultar em solicitações mais longas e mais comple-
xas que a média dos clientes. As informações e proto-
colos devem ser apresentados de forma clara e escri-
tos em letras maiores para facilitar a visualização dos
itens importantes. Ele também chama a atenção para
a polifarmácia, que é o uso crônico de uma quantida-
de maior de medicamentos.
“São aspectos que têm grande impacto nos resulta-
dos dos exames laboratoriais. É importante que no
atendimento essas informações sejam colhidas da for-
ma mais clara e completa possível”, afirma o patolo-
gista clínico.
Ana Lúcia Vilela diz que outro motivo de insatisfação
dos idosos com os laboratórios é o desconforto no mo-
mento da coleta.
“É necessário usar pessoas treinadas para esse públi-
co, como muitas vezes ocorre quando se trata de crian-
ças. O atendimento a idosos também deve ser diferen-
ciado”, diz a geriatra.
Pulchinelli explica que há uma tendência desses pacien-
tes terem leito venoso mais frágil, com veias de menor
calibre que se colabam com maior facilidade, o que po-
de criar dificuldades na coleta.
“Uma tentativa comumente utilizada para contornar
este problema é usar dispositivos de punção de menor
calibre, o que é ruim para obter boa amostra. Deve-
mos nos preocupar em utilizar material adequado e,
principalmente, com a habilidade do coletador em fa-
zer uma punção rápida, com menor uso de garrotea-
mento”, diz o médico.
Laura Franceschi acrescenta que, além do treinamen-
to técnico, igual para todos os pacientes, o comporta-
mento da equipe de coleta influencia diretamente no
sucesso do atendimento.
“Paciência, compreensão e mais dedicação são carac-
terísticas fundamentais necessárias aos profissionais
que atuam junto a esse público”, destaca.
Espaço e mobilidade“Temos que pensar no idoso desde o momento em que ele chega ao laboratório, se ele consegue se loco-mover sozinho, com a existência de rampas e corri-mãos contínuos, sem interrupções”, alerta a arqui-teta Flavia Carrion.
Ela também destaca a importância da altura adequada do mobiliário, como mesas e cadeiras — estas preci-sam ter braços nos quais o cliente possa se apoiar no
momento de se levantar. Os banheiros devem ter pia mais alta e alças de segurança, que também são ne-cessárias para cadeirantes.
Ao planejar a decoração, ela procura humanizar o am-biente e proporcionar conforto, com cores suaves e cla-ras, sem excesso de branco nas paredes para não transmitir a sensação de que se está em um hospital.
“O local deve ser bem iluminado, mas sem exageros, para não assustar. Eu prefiro luz amarela, que é mais aconchegante do que a luz branca e fria, encontrada em muitos lugares hoje em dia”, diz Carrion.
Em seus projetos, o arquiteto João Carlos Bross tam-bém chama a atenção para a importância de facilitar a mobilidade do idoso. E vai além.
“É importante criar nichos de atendimento, ou ‘clus-ters’, em que ele se sinta mais guarnecido e tenha sua intimidade preservada dos olhares de outras pes-soas”, explica.
Igualmente importante é a proximidade dos banheiros e que o acesso a eles seja fácil. “Em geral, o idoso tem micção mais acentuada. É preciso pensar tanto no tem-po que ele aguarda o exame, quanto no momento em que vai fazer a coleta”, diz Bross.
Para o arquiteto, não se pode esquecer nem da sala do cafezinho. “Há idosos que não são autossuficientes para usar uma máquina de café. Por isso, deve haver uma pes-soa do laboratório pronta para ajudá-los”, acrescenta.
Extraído de Recomendações da SBPC/ML para coleta de sangue venoso, 2ª edição, página 29. Disponível para consulta e download gratuitos na Biblioteca Digital SBPC/ML (www.bibliotecasbpc.org.br).
Aconteceu na SBPC/ML
Reunião com CBDL
Representantes da SBPC/ML e da Câmara Brasileira de
Diagnóstico Laboratorial (CBDL), reuniram-se na sede
da Sociedade, em 18 de março, para intensificar a apro-
ximação entre as duas instituições e tratar de interesses
em comum. A SBPC/ML foi representada pela diretora Fi-
nanceira, Leila Rodrigues, e pelo diretor de Eventos,
Armando Fonseca. Pela CBDL, participaram o presiden-
te, Fabio Arcuri, o presidente Executivo, Carlos Eduardo
Gouvêa, e o diretor Científico, João Paulo Janoni.
Substituição na CALC
O patologista clínico Guilherme Ferreira de Oliveira é o
mais novo membro da Comissão de Acreditação de Labo-
ratórios Clínicos (CALC) da SBPC/ML, em substituição à
biomédica Louise Fabri. Ela foi homenageada na reu-
nião da CALC realizada em março, quando recebeu uma
placa comemorativa pelo seu trabalho desde 2004, ano
em que passou a fazer parte da Comissão. Guilherme de
Oliveira já foi auditor do PALC e ocupou o cargo de dire-
tor de Acreditação da SBPCML no biênio 2004/2005.
Fórum Global da OMS
A patologista clínica e ex-presidente da SBPC/ML Mari-
lene Melo participou do 3º Fórum Global de Recursos
Humanos da Organização Mundial de Saúde, realizado
em novembro, em Recife. A médica representou a
Associação Mundial das Sociedades de Patologia e Me-
dicina Laboratorial (WASPaLM, na sigla em inglês), da
qual já foi presidente e atualmente ocupa o cargo de
Director at Large. Participaram 2 mil pessoas de 84 pa-
íses, inclusive ministros da saúde e representantes de
organizações não-governamentais que atuam na área
de saúde pública.
Workshop do PALC no RJ
Aconteceu na sede da SBPC/ML, nos dias 21 e 22 de
março, o primeiro workshop da série “Lições práticas
para acreditação PALC”. Participaram cerca de 20 pes-
soas, representando laboratórios da Bahia, Mato Gros-
so do Sul e Rio de Janeiro. O objetivo dos workshops do
PALC é auxiliar os laboratórios a se prepararem para
atender o que determina a RN 267/2011, da ANS. Ela es-
tabelece que as operadoras de planos de saúde divul-
guem a qualificação de sua rede de prestadores conve-
niados. Ser acreditado é uma dessas qualificações. Os
workshops acontecem desde 2012 e já foram realiza-
dos em várias cidades do país.
PALC na Rede Globo
Em reportagem da edição da sexta-feira, 21 de março,
do telejornal Hoje, da Rede Globo, o Programa de Acre-
ditação de Laboratórios Clínicos (PALC) da SBPC/ML é
citado como exemplo de “padrão nacional de qualida-
de”. Apresentada pela repórter Liliana Junger, a maté-
ria informa que as operadoras de planos de saúde são
obrigadas a divulgar em seus sites e livretos impressos
a qualificação dos prestadores de serviços. Ao citar os
símbolos de padrão de referência para os serviços de
saúde, ela usa como referência o nome do PALC, indi-
cado como “padrão nacional de qualidade”. O vídeo
da repo r tagem es tá no s i te da SBPC/ML
(www.sbpc.org.br), na seção “Sala de Imprensa”, pági-
na “Vídeos“.
Carlos Eduardo Gouvêa, Fabio Arcuri, Armando Fonseca,Leila Rodrigues e João Paulo Janoni
Workshop do PAC na SBPC/ML reuniu representantesde laboratórios da Bahia, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro
Foto
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Foto
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À esquerda: Guilherme de Oliveira, Louise Fabri, Paula Távora (presidente) e Wilson Shcolnik (diretor de Acreditação e Qualidade). À direita: a CALC
666 777
Agenda de eventosAgenda de eventos
Cumprindo promessas
Na edição de janeiro do Notícias-Medicina Laborato-rial mencionei que a programação deste ano seria in-tensa. Os fatos estão aí para comprovar. Somente em março fizermos três eventos bem sucedidos. Na pri-meira quinzena uma plateia interessada prestigiou, em São Paulo, o ciclo de palestras organizado em con-junto pela SBPC/ML e pela Abramed sobre a implan-tação da TISS 3.0, com o objetivo de apresentar in-formações práticas para os laboratórios se adequa-rem à nova versão do padrão da ANS. A realização des-te evento foi um compromisso assumido em 2013 pe-las duas instituições junto à Agência, porque estava claro que o mercado ainda não possuía o conheci-mento necessário sobre esse tema.
Na segunda quinzena do mês aconteceram dois even-tos que já fazem parte do nosso calendário anual: o workshop do PALC e a Jornada de Interação Clínico-Laboratorial. O primeiro, realizado no Rio de Janei-ro, se propõe a auxiliar os laboratórios a se prepara-rem para a acreditação pelo Programa da SBPC/ML. A
Jornada, que estreou em Goiânia com excelente re-sultado, propicia a interação entre a equipe do labo-ratório e o corpo clínico que solicita os exames.
São três eventos com temas distintos e destinados a públicos diferentes. Em comum o alto nível de conhe-cimento dos palestrantes e uma plateia bastante inte-ressada. Agradeço a todos pela participação.
Não podia encerrar sem citar o 48º Congresso da SBPC/ML, que está com inscrições abertas em seu site. Este ano, voltamos ao Rio de Janeiro com a certeza de excelentes resultados, sob todos os as-pectos. Encartado no final desta edição você en-contra o Informe 1, com informações prelimina-res do congresso.
Até o próximo mês!
Paula TávoraPresidente da SBPC/MLBiênio 2014/2015
Presidente:
Paula Fernandes Tá[email protected]
Vice-presidente:
César Alex de Oliveira [email protected]
Diretora Administrativa:
Lucia Helena Cavalheiro [email protected]
Vice-diretor Administrativo e Presidente do Conselho de Ex-presidentes:
Paulo Sérgio Roffé Azevedo [email protected] ou [email protected]
Diretor Científico:
Nairo Massakazu Sumita [email protected]
Vice-diretora Científica:
Luisane Maria Falci Vieira [email protected]
Diretora Financeira:
Leila Sampaio Rodrigues [email protected]
Vice-diretora Financeira:
Claudia Maria Meira [email protected]
Diretor de Comunicação:
Gustavo Aguiar [email protected]
Diretor de Acreditação e Qualidade:
Wilson [email protected]
Diretor de Defesa Profissional:
Vitor Mercadante [email protected]
Diretor de Eventos:
Armando A. [email protected]
Vice-diretor de Eventos:
Carlos Alberto Franco [email protected]
Diretoria Executivabiênio 2014/2015
Cana
l direto
Mais informações: , seção “Agenda de Eventos”.www.sbpc.org.brA programação é preliminar. Datas, temas e nomes dos palestrantes podem ser alterados por motivos operacionais.
Acompanhe a SBPC/ML pela internetflickr:
flickr.com/sbpcmlyoutube:
youtube.com/sbpcmlfacebook:
facebook.com/SBPCMLtwitter:
twitter.com/sbpcmlwebsite:
sbpc.org.br
ISLH 2014Congresso da Sociedade Internacional de Hematologia Laboratorial
15 a 17 de maioHaia - Holanda
8º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos22 de maioSão Paulo - SP
3º Simpósio de Patologia Clínica / Exames Complementares da APM25 de maioSanto André - SP
Resistência bacterianaOnde estamos e para onde vamos?
27 de maioWebtransmissão Patologia Clínica - APM
22º Congresso Internacional de Química Clínica - IFCC22 a 26 de junhoIstambul - Turquia
Congresso da AACC27 a 31 de julhoChicago - EUA
Valores de referência. Como definir?26 de agostoWebtransmissão Patologia Clínica - APM
12º Workshop Internacional em Autoanticorpos e Autoimunidade IWAA 201428 a 30 de agostoSão Paulo - SP
Congresso da ASCP8 a 11 de outubroTampa - EUA
23º Congresso Brasileiro de Citopatologia9 a 12 de outubroRio de Janeiro - RJ
48º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial9 a 12 de setembroCentro de Convenções SulAmérica - Rio de Janeiro
O laboratório de emergência – O que oferecer?28 de outubroWebtransmissão Patologia Clínica - APM
educaçãocontinuada
Confira o próximo curso
14 de maio:
Recrutamento e seleção de recursos humanos por competência no laboratório clínico
11 de junho:
Como implantar e implementar a especificação da qualidade analítica no laboratório
16 de julho:
Tratamento de não conformidades
13 de agosto:
Como implantar um sistema de controle da qualidade para os contatos hematológicos
8 de outubro:
Dúvidas e dilemas para a definição de valores de referência em pediatria
5 de novembro:
Gestão de riscos no laboratório clínico
Aconteceu na SBPC/ML
Reunião com CBDL
Representantes da SBPC/ML e da Câmara Brasileira de
Diagnóstico Laboratorial (CBDL), reuniram-se na sede
da Sociedade, em 18 de março, para intensificar a apro-
ximação entre as duas instituições e tratar de interesses
em comum. A SBPC/ML foi representada pela diretora Fi-
nanceira, Leila Rodrigues, e pelo diretor de Eventos,
Armando Fonseca. Pela CBDL, participaram o presiden-
te, Fabio Arcuri, o presidente Executivo, Carlos Eduardo
Gouvêa, e o diretor Científico, João Paulo Janoni.
Substituição na CALC
O patologista clínico Guilherme Ferreira de Oliveira é o
mais novo membro da Comissão de Acreditação de Labo-
ratórios Clínicos (CALC) da SBPC/ML, em substituição à
biomédica Louise Fabri. Ela foi homenageada na reu-
nião da CALC realizada em março, quando recebeu uma
placa comemorativa pelo seu trabalho desde 2004, ano
em que passou a fazer parte da Comissão. Guilherme de
Oliveira já foi auditor do PALC e ocupou o cargo de dire-
tor de Acreditação da SBPCML no biênio 2004/2005.
Fórum Global da OMS
A patologista clínica e ex-presidente da SBPC/ML Mari-
lene Melo participou do 3º Fórum Global de Recursos
Humanos da Organização Mundial de Saúde, realizado
em novembro, em Recife. A médica representou a
Associação Mundial das Sociedades de Patologia e Me-
dicina Laboratorial (WASPaLM, na sigla em inglês), da
qual já foi presidente e atualmente ocupa o cargo de
Director at Large. Participaram 2 mil pessoas de 84 pa-
íses, inclusive ministros da saúde e representantes de
organizações não-governamentais que atuam na área
de saúde pública.
Workshop do PALC no RJ
Aconteceu na sede da SBPC/ML, nos dias 21 e 22 de
março, o primeiro workshop da série “Lições práticas
para acreditação PALC”. Participaram cerca de 20 pes-
soas, representando laboratórios da Bahia, Mato Gros-
so do Sul e Rio de Janeiro. O objetivo dos workshops do
PALC é auxiliar os laboratórios a se prepararem para
atender o que determina a RN 267/2011, da ANS. Ela es-
tabelece que as operadoras de planos de saúde divul-
guem a qualificação de sua rede de prestadores conve-
niados. Ser acreditado é uma dessas qualificações. Os
workshops acontecem desde 2012 e já foram realiza-
dos em várias cidades do país.
PALC na Rede Globo
Em reportagem da edição da sexta-feira, 21 de março,
do telejornal Hoje, da Rede Globo, o Programa de Acre-
ditação de Laboratórios Clínicos (PALC) da SBPC/ML é
citado como exemplo de “padrão nacional de qualida-
de”. Apresentada pela repórter Liliana Junger, a maté-
ria informa que as operadoras de planos de saúde são
obrigadas a divulgar em seus sites e livretos impressos
a qualificação dos prestadores de serviços. Ao citar os
símbolos de padrão de referência para os serviços de
saúde, ela usa como referência o nome do PALC, indi-
cado como “padrão nacional de qualidade”. O vídeo
da repo r tagem es tá no s i te da SBPC/ML
(www.sbpc.org.br), na seção “Sala de Imprensa”, pági-
na “Vídeos“.
Carlos Eduardo Gouvêa, Fabio Arcuri, Armando Fonseca,Leila Rodrigues e João Paulo Janoni
Workshop do PAC na SBPC/ML reuniu representantesde laboratórios da Bahia, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro
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À esquerda: Guilherme de Oliveira, Louise Fabri, Paula Távora (presidente) e Wilson Shcolnik (diretor de Acreditação e Qualidade). À direita: a CALC
666 777
Agenda de eventosAgenda de eventos
Cumprindo promessas
Na edição de janeiro do Notícias-Medicina Laborato-rial mencionei que a programação deste ano seria in-tensa. Os fatos estão aí para comprovar. Somente em março fizermos três eventos bem sucedidos. Na pri-meira quinzena uma plateia interessada prestigiou, em São Paulo, o ciclo de palestras organizado em con-junto pela SBPC/ML e pela Abramed sobre a implan-tação da TISS 3.0, com o objetivo de apresentar in-formações práticas para os laboratórios se adequa-rem à nova versão do padrão da ANS. A realização des-te evento foi um compromisso assumido em 2013 pe-las duas instituições junto à Agência, porque estava claro que o mercado ainda não possuía o conheci-mento necessário sobre esse tema.
Na segunda quinzena do mês aconteceram dois even-tos que já fazem parte do nosso calendário anual: o workshop do PALC e a Jornada de Interação Clínico-Laboratorial. O primeiro, realizado no Rio de Janei-ro, se propõe a auxiliar os laboratórios a se prepara-rem para a acreditação pelo Programa da SBPC/ML. A
Jornada, que estreou em Goiânia com excelente re-sultado, propicia a interação entre a equipe do labo-ratório e o corpo clínico que solicita os exames.
São três eventos com temas distintos e destinados a públicos diferentes. Em comum o alto nível de conhe-cimento dos palestrantes e uma plateia bastante inte-ressada. Agradeço a todos pela participação.
Não podia encerrar sem citar o 48º Congresso da SBPC/ML, que está com inscrições abertas em seu site. Este ano, voltamos ao Rio de Janeiro com a certeza de excelentes resultados, sob todos os as-pectos. Encartado no final desta edição você en-contra o Informe 1, com informações prelimina-res do congresso.
Até o próximo mês!
Paula TávoraPresidente da SBPC/MLBiênio 2014/2015
Presidente:
Paula Fernandes Tá[email protected]
Vice-presidente:
César Alex de Oliveira [email protected]
Diretora Administrativa:
Lucia Helena Cavalheiro [email protected]
Vice-diretor Administrativo e Presidente do Conselho de Ex-presidentes:
Paulo Sérgio Roffé Azevedo [email protected] ou [email protected]
Diretor Científico:
Nairo Massakazu Sumita [email protected]
Vice-diretora Científica:
Luisane Maria Falci Vieira [email protected]
Diretora Financeira:
Leila Sampaio Rodrigues [email protected]
Vice-diretora Financeira:
Claudia Maria Meira [email protected]
Diretor de Comunicação:
Gustavo Aguiar [email protected]
Diretor de Acreditação e Qualidade:
Wilson [email protected]
Diretor de Defesa Profissional:
Vitor Mercadante [email protected]
Diretor de Eventos:
Armando A. [email protected]
Vice-diretor de Eventos:
Carlos Alberto Franco [email protected]
Diretoria Executivabiênio 2014/2015
Cana
l direto
Mais informações: , seção “Agenda de Eventos”.www.sbpc.org.brA programação é preliminar. Datas, temas e nomes dos palestrantes podem ser alterados por motivos operacionais.
Acompanhe a SBPC/ML pela internetflickr:
flickr.com/sbpcmlyoutube:
youtube.com/sbpcmlfacebook:
facebook.com/SBPCMLtwitter:
twitter.com/sbpcmlwebsite:
sbpc.org.br
ISLH 2014Congresso da Sociedade Internacional de Hematologia Laboratorial
15 a 17 de maioHaia - Holanda
8º Congresso Brasileiro de Gestão em Laboratórios Clínicos22 de maioSão Paulo - SP
3º Simpósio de Patologia Clínica / Exames Complementares da APM25 de maioSanto André - SP
Resistência bacterianaOnde estamos e para onde vamos?
27 de maioWebtransmissão Patologia Clínica - APM
22º Congresso Internacional de Química Clínica - IFCC22 a 26 de junhoIstambul - Turquia
Congresso da AACC27 a 31 de julhoChicago - EUA
Valores de referência. Como definir?26 de agostoWebtransmissão Patologia Clínica - APM
12º Workshop Internacional em Autoanticorpos e Autoimunidade IWAA 201428 a 30 de agostoSão Paulo - SP
Congresso da ASCP8 a 11 de outubroTampa - EUA
23º Congresso Brasileiro de Citopatologia9 a 12 de outubroRio de Janeiro - RJ
48º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial9 a 12 de setembroCentro de Convenções SulAmérica - Rio de Janeiro
O laboratório de emergência – O que oferecer?28 de outubroWebtransmissão Patologia Clínica - APM
educaçãocontinuada
Confira o próximo curso
14 de maio:
Recrutamento e seleção de recursos humanos por competência no laboratório clínico
11 de junho:
Como implantar e implementar a especificação da qualidade analítica no laboratório
16 de julho:
Tratamento de não conformidades
13 de agosto:
Como implantar um sistema de controle da qualidade para os contatos hematológicos
8 de outubro:
Dúvidas e dilemas para a definição de valores de referência em pediatria
5 de novembro:
Gestão de riscos no laboratório clínico
ra os testes laboratoriais remotos para os quais os labo-ratórios clínicos devem ter “procedimentos documen-tados orientando com relação às suas fases pré-analítica, analítica e pós-analítica”, incluindo “proce-dimento para resultados potencialmente críticos” (Item 6.2.15.1, subitem “b”). Interessante notar que a RDC 302 delega ao laboratório clínico o julgamento sobre a definição dos resultados com valores críticos ou de alerta, e sobre os resultados relacionados a possíveis tomadas de decisão imediata sem, entre-tanto, definir ou discriminar possíveis diferenças conceituais entre eles.
O Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) da SBPC/ML exige que os laboratórios possuam procedimentos e realizem o gerenciamento de resul-tados críticos.
Howanitz et al, em 2002, publicaram resultados de le-vantamento realizado em 623 laboratórios norte-americanos, participantes do programa Q-Probes, do Colégio Americano de Patologistas, sobre comunica-ção de valores críticos. Os valores críticos para hema-tologia e bioquímica variaram amplamente entre os participantes. Contrastando com este achado, mais de 95% dos participantes reportavam hemoculturas posi-tivas, culturas de líquor e resultados de monitoramen-to terapêutico de drogas.
A maioria dos resultados críticos (92,8%) foi reportada pelos próprios executores dos exames e 65% dos resul-tados críticos encontrados em pacientes hospitaliza-dos foram recebidos por enfermeiras. O tempo médio para reporte nos hospitais foi de 6 minutos. Para paci-entes ambulatoriais, 40% dos reportes foram recebi-dos por secretárias de consultórios médicos. O tempo médio de comunicação, neste caso, foi de 14 minutos. Em 5% dos casos houve impossibilidade e desistência de comunicação, sendo a maioria referente a pacien-tes ambulatoriais.
Segundo Campbell e Horvath, que realizaram levanta-mento sobre as práticas de comunicação de resultados críticos em laboratórios da Austrália, em 2012, para se obter sucesso na operação de um sistema de gerencia-mento de resultados críticos, os exames e os respecti-vos limites críticos devem ser definidos em colabora-ção com médicos clínicos. Se clinicamente indicado, os limites devem ser customizados para diferentes ida-des e cenários da saúde, considerando também o pré-vio estado de saúde do paciente. Cabe lembrar que os laboratórios estão inseridos em diferentes ambientes de assistência à saúde, atendem a diferentes popula-ções, que possuem diferentes necessidades.
Segundo esses autores, para facilitar a uniformização das práticas acerca deste tema é necessário que o sis-tema de reporte inclua: i) procedimentos para a iden-tificação e regras de validação de tais resultados; ii) definição dos profissionais autorizados e responsáveis pela comunicação, e pelo recebimento dos mesmos; iii) algoritmos com medidas a serem seguidas nos casos
em que a comunicação dos resultados não puder ser fei-ta ao médico responsável no tempo desejado.
Além disso, devem estar determinados: i) os canais de comunicação ou sistemas a serem usados; ii) como e em que local devem ser feitos os registros; iii) como deve ser feita a avaliação periódica sobre o desempe-nho e resultados obtidos; iv) deve ser feita a avalia-ção do impacto da comunicação nos desfechos do ca-so em questão.
Sistemas automáticos de notificação devem ter con-cordância dos receptores quanto a utilização de méto-dos alternativos, caso uma resposta do receptor não se-ja recebida dentro de intervalo de tempo pré-acordado, com objetivo de evitar danos causados por atrasos. Deve estar definido também o tempo limite para a comunicação destes resultados. Nos casos de ameaça à vida, o tempo limite recomendado por esses autores deve ser de uma hora.
Como pode ser verificado, a ausência de dados e evi-dências sobre a relação dos desfechos clínicos com a co-municação de resultados críticos implica na falta de um consenso a respeito dos limites críticos, cujos re-sultados devem ser prontamente comunicados. Entre as várias tentativas de harmonização de indicadores de qualidade laboratorial, a realizada pelo Grupo de tra-balho da IFCC “Laboratory Errors and Patient Safety”, que contou com a participação de representantes da SBPC/ML, e cujo texto final está sendo concluído, in-clui este importante indicador pós-analítico, entre ou-tros, considerando diferentes tempos limite de comu-nicação para pacientes ambulatoriais e hospitalizados.
Leituras recomendadasPiva. E, Plebani M. From panic to “critical” values: which path toward harmonization. Clin Chem Lab Med 2013 ;51(11):2069-2071
Anvisa. Resolução de Diretoria Colegiada - RDC Nº. 302, De 13 DE Outubro de 2005
Norma PALC 2013
Campbell, CA ; Horvath,AR. Towards Harmonization of Critical Laboratory Result Management- Review of the lit-erature and Survey of Australasian Practices. Clin Biochem Rev.Vol 33: 149-60. Nov 2012.
Piva,E. , Plebani M. Critical results communication: still na open issue.Clin Biochem 2013 ; 46:184
Howanitz P, Steindel SJ, Heard NV. Laboratory Critical Val-ues Policies and Procedures. Arch Pathol Lab Med—Vol 126, June 2002
O PALC exige ogerenciamento
de resultados críticos
888 999PA
LCA contribuição do laboratório clínico nos des-fechos da assistência à saúde tem sido preo-cupação constante nos tempos atuais. Questi-onamentos sobre a utilidade dos exames, ge-renciamento de demanda, custo-efetividade e papel do laboratório clínico na contribuição para a segurança do paciente são temas bas-tante discutidos na literatura internacional.
A liberação e comunicação de resultados críti-cos de exames laboratoriais, entretanto, pare-ce não ser um ponto de dúvidas, pois pode ter impacto direto nas decisões médicas e, con-sequentemente, nos desfechos da assistência ao paciente. Este é um dos procedimentos pós-analíticos que traz consigo grande com-plexidade, na medida em que exige envolvi-mento de setores extralaboratoriais.
Lundberg definiu “resultado crítico” como um resultado extremamente anormal, considera-do uma ameaça à vida ou que poderia resultar em significante morbidade, requerendo, as-sim, uma ação urgente. Outros termos comu-mente usados são “valores críticos”, “valores de pânico”, “alarme crítico” ou “valores de alarme”. O próprio Lundberg se encarregou de criticar o termo “valores de alarme”, suge-rindo o seu abandono, visto que “os médicos não admitem que possam entrar em pânico di-ante de qualquer situação”.
Segundo os national goals da Joint Commissi-on, a comunicação de resultados críticos de exames ou procedimentos diagnósticos deve ocorrer num intervalo de tempo tal que pro-porcione o tratamento adequado do paciente. Os resultados críticos podem ser quantitati-vos, semiquantitativos ou mesmo qualitativos.
Campbell e Horvarth (2012) consideram que ainda não há terminologia internacionalmen-te aceita e diferenciam estes resultados dos “resultados críticos significantes ou relevan-tes”, já que estes últimos são resultados anor-mais que necessitam de atenção e acompa-nhamento assim que possível, mas cujo tem-po de comunicação não é tão crítico, pois não há ameaça à vida. Para estes autores um “exa-me crítico” é aquele que requer uma rápida
comunicação, independentemente se ele é normal, anormal ou crítico (por exemplo, um resultado de dosagem de troponina em pron-to-socorro). Já o “limite crítico” se refere a variação superior e/ou inferior de valores de resultados ou a mudança dos mesmos dentro de um período de tempo que os levam a serem considerados resultados críticos, portanto, re-querendo pronta ação.
Ainda há falta de requisitos específicos sobre comunicação de resultados críticos e poucas referências sobre boas práticas para esse as-sunto. A consequência é a falta de padroniza-ção do processo de identificação e comunica-ção desses resultados, a alta susceptibilidade a erros, por envolver o fator humano, e as po-tenciais ameaças à segurança do paciente. Se por um lado hoje estão cada vez mais disponí-veis recursos de comunicação e tecnologia da informação, tornando a comunicação mais fá-cil e eficiente, por outro lado há preocupação com a sobrecarga de informações e com a pos-sibilidade de paralisação ou mau funciona-mento de sistemas.
Para Piva e Plebani (2013), o uso de callcen-ters para comunicar resultados críticos traz a desvantagem de dificultar a realização de au-ditorias e avaliações dos desfechos, que cor-responde a fase final do processo.
No Brasil, segundo a RDC 302/2005 (Item 6.1.4), os laboratórios clínicos, ao cadastra-rem os pacientes, devem incluir o nome do mé-dico solicitante, entre outras informações. A mesma norma exige que o laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial definam “me-canismos que possibilitem a agilização da libe-ração dos resultados em situações de urgên-cia” (Item 6.2.4) e também “limites de risco, valores críticos ou de alerta, para os analitos com resultado que necessita tomada imediata de decisão” (Item 6.2.5).
Ainda segundo a RDC 302/2005, “o laborató-rio e o posto de coleta laboratorial devem defi-nir o fluxo de comunicação ao médico, res-ponsável ou paciente quando houver necessi-dade de decisão imediata”. O mesmo vale pa-
Wilson Shcolnik Médico Patologista Clínico, diretor de Acreditação e Qualidade da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorialbiênio 2014-2015
Resultados críticos em exames laboratoriais
ra os testes laboratoriais remotos para os quais os labo-ratórios clínicos devem ter “procedimentos documen-tados orientando com relação às suas fases pré-analítica, analítica e pós-analítica”, incluindo “proce-dimento para resultados potencialmente críticos” (Item 6.2.15.1, subitem “b”). Interessante notar que a RDC 302 delega ao laboratório clínico o julgamento sobre a definição dos resultados com valores críticos ou de alerta, e sobre os resultados relacionados a possíveis tomadas de decisão imediata sem, entre-tanto, definir ou discriminar possíveis diferenças conceituais entre eles.
O Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) da SBPC/ML exige que os laboratórios possuam procedimentos e realizem o gerenciamento de resul-tados críticos.
Howanitz et al, em 2002, publicaram resultados de le-vantamento realizado em 623 laboratórios norte-americanos, participantes do programa Q-Probes, do Colégio Americano de Patologistas, sobre comunica-ção de valores críticos. Os valores críticos para hema-tologia e bioquímica variaram amplamente entre os participantes. Contrastando com este achado, mais de 95% dos participantes reportavam hemoculturas posi-tivas, culturas de líquor e resultados de monitoramen-to terapêutico de drogas.
A maioria dos resultados críticos (92,8%) foi reportada pelos próprios executores dos exames e 65% dos resul-tados críticos encontrados em pacientes hospitaliza-dos foram recebidos por enfermeiras. O tempo médio para reporte nos hospitais foi de 6 minutos. Para paci-entes ambulatoriais, 40% dos reportes foram recebi-dos por secretárias de consultórios médicos. O tempo médio de comunicação, neste caso, foi de 14 minutos. Em 5% dos casos houve impossibilidade e desistência de comunicação, sendo a maioria referente a pacien-tes ambulatoriais.
Segundo Campbell e Horvath, que realizaram levanta-mento sobre as práticas de comunicação de resultados críticos em laboratórios da Austrália, em 2012, para se obter sucesso na operação de um sistema de gerencia-mento de resultados críticos, os exames e os respecti-vos limites críticos devem ser definidos em colabora-ção com médicos clínicos. Se clinicamente indicado, os limites devem ser customizados para diferentes ida-des e cenários da saúde, considerando também o pré-vio estado de saúde do paciente. Cabe lembrar que os laboratórios estão inseridos em diferentes ambientes de assistência à saúde, atendem a diferentes popula-ções, que possuem diferentes necessidades.
Segundo esses autores, para facilitar a uniformização das práticas acerca deste tema é necessário que o sis-tema de reporte inclua: i) procedimentos para a iden-tificação e regras de validação de tais resultados; ii) definição dos profissionais autorizados e responsáveis pela comunicação, e pelo recebimento dos mesmos; iii) algoritmos com medidas a serem seguidas nos casos
em que a comunicação dos resultados não puder ser fei-ta ao médico responsável no tempo desejado.
Além disso, devem estar determinados: i) os canais de comunicação ou sistemas a serem usados; ii) como e em que local devem ser feitos os registros; iii) como deve ser feita a avaliação periódica sobre o desempe-nho e resultados obtidos; iv) deve ser feita a avalia-ção do impacto da comunicação nos desfechos do ca-so em questão.
Sistemas automáticos de notificação devem ter con-cordância dos receptores quanto a utilização de méto-dos alternativos, caso uma resposta do receptor não se-ja recebida dentro de intervalo de tempo pré-acordado, com objetivo de evitar danos causados por atrasos. Deve estar definido também o tempo limite para a comunicação destes resultados. Nos casos de ameaça à vida, o tempo limite recomendado por esses autores deve ser de uma hora.
Como pode ser verificado, a ausência de dados e evi-dências sobre a relação dos desfechos clínicos com a co-municação de resultados críticos implica na falta de um consenso a respeito dos limites críticos, cujos re-sultados devem ser prontamente comunicados. Entre as várias tentativas de harmonização de indicadores de qualidade laboratorial, a realizada pelo Grupo de tra-balho da IFCC “Laboratory Errors and Patient Safety”, que contou com a participação de representantes da SBPC/ML, e cujo texto final está sendo concluído, in-clui este importante indicador pós-analítico, entre ou-tros, considerando diferentes tempos limite de comu-nicação para pacientes ambulatoriais e hospitalizados.
Leituras recomendadasPiva. E, Plebani M. From panic to “critical” values: which path toward harmonization. Clin Chem Lab Med 2013 ;51(11):2069-2071
Anvisa. Resolução de Diretoria Colegiada - RDC Nº. 302, De 13 DE Outubro de 2005
Norma PALC 2013
Campbell, CA ; Horvath,AR. Towards Harmonization of Critical Laboratory Result Management- Review of the lit-erature and Survey of Australasian Practices. Clin Biochem Rev.Vol 33: 149-60. Nov 2012.
Piva,E. , Plebani M. Critical results communication: still na open issue.Clin Biochem 2013 ; 46:184
Howanitz P, Steindel SJ, Heard NV. Laboratory Critical Val-ues Policies and Procedures. Arch Pathol Lab Med—Vol 126, June 2002
O PALC exige ogerenciamento
de resultados críticos
888 999PA
LC
A contribuição do laboratório clínico nos des-fechos da assistência à saúde tem sido preo-cupação constante nos tempos atuais. Questi-onamentos sobre a utilidade dos exames, ge-renciamento de demanda, custo-efetividade e papel do laboratório clínico na contribuição para a segurança do paciente são temas bas-tante discutidos na literatura internacional.
A liberação e comunicação de resultados críti-cos de exames laboratoriais, entretanto, pare-ce não ser um ponto de dúvidas, pois pode ter impacto direto nas decisões médicas e, con-sequentemente, nos desfechos da assistência ao paciente. Este é um dos procedimentos pós-analíticos que traz consigo grande com-plexidade, na medida em que exige envolvi-mento de setores extralaboratoriais.
Lundberg definiu “resultado crítico” como um resultado extremamente anormal, considera-do uma ameaça à vida ou que poderia resultar em significante morbidade, requerendo, as-sim, uma ação urgente. Outros termos comu-mente usados são “valores críticos”, “valores de pânico”, “alarme crítico” ou “valores de alarme”. O próprio Lundberg se encarregou de criticar o termo “valores de alarme”, suge-rindo o seu abandono, visto que “os médicos não admitem que possam entrar em pânico di-ante de qualquer situação”.
Segundo os national goals da Joint Commissi-on, a comunicação de resultados críticos de exames ou procedimentos diagnósticos deve ocorrer num intervalo de tempo tal que pro-porcione o tratamento adequado do paciente. Os resultados críticos podem ser quantitati-vos, semiquantitativos ou mesmo qualitativos.
Campbell e Horvarth (2012) consideram que ainda não há terminologia internacionalmen-te aceita e diferenciam estes resultados dos “resultados críticos significantes ou relevan-tes”, já que estes últimos são resultados anor-mais que necessitam de atenção e acompa-nhamento assim que possível, mas cujo tem-po de comunicação não é tão crítico, pois não há ameaça à vida. Para estes autores um “exa-me crítico” é aquele que requer uma rápida
comunicação, independentemente se ele é normal, anormal ou crítico (por exemplo, um resultado de dosagem de troponina em pron-to-socorro). Já o “limite crítico” se refere a variação superior e/ou inferior de valores de resultados ou a mudança dos mesmos dentro de um período de tempo que os levam a serem considerados resultados críticos, portanto, re-querendo pronta ação.
Ainda há falta de requisitos específicos sobre comunicação de resultados críticos e poucas referências sobre boas práticas para esse as-sunto. A consequência é a falta de padroniza-ção do processo de identificação e comunica-ção desses resultados, a alta susceptibilidade a erros, por envolver o fator humano, e as po-tenciais ameaças à segurança do paciente. Se por um lado hoje estão cada vez mais disponí-veis recursos de comunicação e tecnologia da informação, tornando a comunicação mais fá-cil e eficiente, por outro lado há preocupação com a sobrecarga de informações e com a pos-sibilidade de paralisação ou mau funciona-mento de sistemas.
Para Piva e Plebani (2013), o uso de callcen-ters para comunicar resultados críticos traz a desvantagem de dificultar a realização de au-ditorias e avaliações dos desfechos, que cor-responde a fase final do processo.
No Brasil, segundo a RDC 302/2005 (Item 6.1.4), os laboratórios clínicos, ao cadastra-rem os pacientes, devem incluir o nome do mé-dico solicitante, entre outras informações. A mesma norma exige que o laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial definam “me-canismos que possibilitem a agilização da libe-ração dos resultados em situações de urgên-cia” (Item 6.2.4) e também “limites de risco, valores críticos ou de alerta, para os analitos com resultado que necessita tomada imediata de decisão” (Item 6.2.5).
Ainda segundo a RDC 302/2005, “o laborató-rio e o posto de coleta laboratorial devem defi-nir o fluxo de comunicação ao médico, res-ponsável ou paciente quando houver necessi-dade de decisão imediata”. O mesmo vale pa-
Wilson Shcolnik Médico Patologista Clínico, diretor de Acreditação e Qualidade da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorialbiênio 2014-2015
Resultados críticos em exames laboratoriais
rio 2014setembro 9 a 12 Centro de Convenções SulAméricawww.cbpcml.org.br Exposição Técnico-Científica
Um Congresso cada vez mais sustentávelO 48º Congresso Brasileiro de Patologia Clíni-
ca/Medicina Laboratorial adota a Norma ABNT NBR ISO
20121:2012, que estabelece parâmetros para um Sis-
tema de Gestão para Sustentabilidade de Eventos
(SGSE) e permite identificar quais são os impactos soci-
oambientais e econômicos para que estes possam ser
minimizados ou eliminados.
A Norma inclui também orientações práticas sobre co-
municação, planejamento operacional e de controle,
identificação e participação de todos os interessados
no evento e na gestão da cadeia de fornecimento e de
contratos, além da avaliação de problemas.
No encerramento do congresso do ano passado, o coor-
denador Executivo do evento, Armando Fonseca, assu-
miu publicamente o compromisso de neutralizar, até
2016, os impactos dos congressos da SBPC/ML sobre o
meio ambiente.
“Desde 2011, no congresso de Florianópolis, a Socie-
dade vem trabalhando para diminuir cada vez mais os
efeitos do evento sobre o meio ambiente. No jargão
dos ambientalistas isso significa reduzir a pegada de
carbono”, diz Fonseca, que coordena o programa de
sustentabilidade dos congressos da SBPC/ML.
Para alcançar esse objetivo, continuarão a ser tomadas
algumas ações adotadas em congressos anteriores, mas
intensificadas este ano, como a conscientização dos par-
ticipantes de usar corretamente os recipientes de coleta
seletiva de lixo; incentivo aos expositores para monta-
rem estandes com materiais recicláveis e que resultem
em menor consumo de água e energia; recomendação pa-
ra contratar fornecedores e transportadoras locais, a fim
de aumentar a geração de emprego e renda e reduzir a
emissão de gás carbônico; e destinação dos resíduos reco-
lhidos durante o evento para instituições que trabalham
com coleta seletiva e reciclagem.
Para a gestão da sustentabilidade do 48º Congresso da
SBPC/ML foi contratada a empresa Construambiental
Desenvolvimento Sustentável.
Reserve hotéis e passagensA BEC Turismo & Eventos é a agência de viagens oficial
do 48º Congresso da SBPC/ML. Ela oferece tarifas espe-
ciais aos participantes do evento em reserva de hotéis
e passagens aéreas. A agência também oferece opções
de traslado e excursões na cidade do Rio de Janeiro e
nas proximidades, ideal para quem pretende emendar
o final de semana após o congresso.
Para mais informações, entre em contato com a BEC
pelos telefones (21) 3265-8872 e (21) 3265-8868, pelo
e-mail [email protected] ou pelo
link no site do 48º Congresso (www.cbpcml.org.br), se-
ção “Hotéis & Passagens”.
Expositores confirmadosA relação de empresas que já confirmaram presença
na Exposição Técnico-científica do 48º Congresso da
SBPC/ML pode ser consultada no site do evento
(www.cbpcml.org.br), seção “Exposição”. Nesta mes-
ma página você encontra a planta com a localização
dos estandes.
Empresas nacionais e estrangeiras irão apresentar no-
vidades em equipamentos, produtos e serviços para la-
boratórios clínicos.
A exposição estará aberta das 10h às 18h, nos dias 9, 10
e 11 de setembro (terça a quinta), e das 10h às 12h, na
sexta-feira, 12.
“Como implantar a TISS 3.0” é o nome do evento reali-zado em 13 de março, em São Paulo, pela SBPC/ML e Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abra-med), que apresentou informações práticas para os pro-fissionais de laboratórios. Na plateia havia 60 pessoas dos estados da Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o prazo para operadoras e prestadores de servi-ços implantarem a versão 3.0 da TISS termina no dia 30 de maio deste ano.
“Considero que o evento foi um sucesso, tanto pela parti-cipação da plateia, como pelo alto nível dos palestrantes e, também, porque a SBPC/ML cumpriu seu compromisso com a ANS, que é o de atuar como um facilitador no aten-dimento à implantação da versão 3.0 da TISS pelos pres-tadores de serviços no setor diagnóstico”, comemora a presidente da SBPC/ML, Paula Távora.
Ela destaca o trabalho em conjunto feito pela SBPC/ML e Abramed na organização e realização e o apoio institucional e de divulgação oferecido pelo Sind-hosp, Fehoesp, SBAC e CBR.
“Cumprir com o compromisso assumido com a ANS é um grande feito e mostra que o setor tem disciplina e que o evento atendeu os anseios da categoria, dos pro-fissionais e dos laboratórios, na concretização do que acontece em seu dia a dia. A integração entre Abramed e SBPC/ML tem sido muito feliz”, afirma a presidente da Abramed, Claudia Cohn.
Na parte da manhã, a primeira palestra foi da repre-sentante da ANS Celina de Oliveira, que falou sobre as novas versões da TISS 3.0 e a diretriz da Agência para ampliar seu uso e os benefícios para o setor. Em segui-da, Luiz Antonio Nogueira, da Abrange, abordou as pers-pectivas, riscos e oportunidades da tecnologia TISS e destacou o uso de webservices. As duas apresentações foram seguidas de debates e perguntas da plateia.
Após o almoço, Marcelo Botelho, da Veus Technology, falou sobre o cenário dos Sistemas de Informação para Laboratórios (SIL) em relação à TISS. Marivan Santiago Abrahão, do Instituto HL7 Brasil, abordou o estado atu-al da implantação da TISS e mostrou produtos que po-dem contribuir para a integração dos sistemas, como HL7, Loinc e Snomed.
Em sua apresentação, Luís Gustavo Kiatake, da Socie-dade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), reafir-mou que a certificação digital veio para ficar e é o me-lhor caminho para a segurança e garantia das operações digitais na área da saúde. A apresentação seguinte foi de Rosimeire Ishiguro, da SulAmérica, que apresentou a posição da empresa frente à implantação da TISS 3.0.
O evento terminou com um debate moderado pelo diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML, Wilson Shcolnik e pelo patologista clínico Luiz Gas-tão Rosenfeld.
A TISS 3.0 foi estabelecida pela Resolução Normativa
305 e pela Instrução Normativa 51, publicadas em
2012. Um dos destaques desta versão é que todo o pro-
cesso de cobrança, demonstrativos de pagamentos e o
que se relaciona a glosas estão incluídos na troca de
mensagens. A ANS também receberá essas informa-
ções e poderá acompanhar o relacionamento entre
prestadores e planos de saúde e avaliar a situação eco-
nômica, financeira e de assistência das operadoras.
Estas são obrigadas a oferecer aos prestadores de sua
rede duas opções para realizar a troca eletrônica dos
dados: acesso por portal na Internet ou por webservi-
ce. O prestador de serviços escolhe a forma de trans-
missão de dados que lhe for mais conveniente.
A TISS 3.0 também possui um Plano de Contingência pa-
ra ser usado por prestadores e operadoras, se houver
interrupção no serviço de troca de mensagens. Com is-
so, a ANS pretende evitar prejuízos no atendimento
dos beneficiários de planos de saúde.
Além disso, a nova versão incorpora tecnologias incluí-
das na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar
(TUSS), como termos relacionados a próteses, medi-
camentos, diálise, diárias e gases medicinais.
O beneficiário do plano de saúde ou seu representante
legal pode solicitar seus dados de atenção à saúde —
como atendimentos, consultas, exames e procedi-
mentos — à operadora e aos prestadores de serviços,
que deverão atendê-lo sem cobrar nada. Segundo a
ANS, este é um primeiro passo para a futura implanta-
ção do registro eletrônico de saúde da população. A
TISS 3.0 estabelece os requisitos para garantir a prote-
ção e a confidencialidade dessas informações, de acor-
do com a legislação em vigor.
SBPC/ML e Abramed fazem evento sobre TISS 3.0Participação mostra importância do tema para os profissionais de laboratórios
Destaques da TISS 3.0Foto
: Rebeca
Salg
ado /
SIN
DH
OSP
101010 111111
rio 2014setembro 9 a 12 Centro de Convenções SulAméricawww.cbpcml.org.br Exposição Técnico-Científica
Um Congresso cada vez mais sustentávelO 48º Congresso Brasileiro de Patologia Clíni-
ca/Medicina Laboratorial adota a Norma ABNT NBR ISO
20121:2012, que estabelece parâmetros para um Sis-
tema de Gestão para Sustentabilidade de Eventos
(SGSE) e permite identificar quais são os impactos soci-
oambientais e econômicos para que estes possam ser
minimizados ou eliminados.
A Norma inclui também orientações práticas sobre co-
municação, planejamento operacional e de controle,
identificação e participação de todos os interessados
no evento e na gestão da cadeia de fornecimento e de
contratos, além da avaliação de problemas.
No encerramento do congresso do ano passado, o coor-
denador Executivo do evento, Armando Fonseca, assu-
miu publicamente o compromisso de neutralizar, até
2016, os impactos dos congressos da SBPC/ML sobre o
meio ambiente.
“Desde 2011, no congresso de Florianópolis, a Socie-
dade vem trabalhando para diminuir cada vez mais os
efeitos do evento sobre o meio ambiente. No jargão
dos ambientalistas isso significa reduzir a pegada de
carbono”, diz Fonseca, que coordena o programa de
sustentabilidade dos congressos da SBPC/ML.
Para alcançar esse objetivo, continuarão a ser tomadas
algumas ações adotadas em congressos anteriores, mas
intensificadas este ano, como a conscientização dos par-
ticipantes de usar corretamente os recipientes de coleta
seletiva de lixo; incentivo aos expositores para monta-
rem estandes com materiais recicláveis e que resultem
em menor consumo de água e energia; recomendação pa-
ra contratar fornecedores e transportadoras locais, a fim
de aumentar a geração de emprego e renda e reduzir a
emissão de gás carbônico; e destinação dos resíduos reco-
lhidos durante o evento para instituições que trabalham
com coleta seletiva e reciclagem.
Para a gestão da sustentabilidade do 48º Congresso da
SBPC/ML foi contratada a empresa Construambiental
Desenvolvimento Sustentável.
Reserve hotéis e passagensA BEC Turismo & Eventos é a agência de viagens oficial
do 48º Congresso da SBPC/ML. Ela oferece tarifas espe-
ciais aos participantes do evento em reserva de hotéis
e passagens aéreas. A agência também oferece opções
de traslado e excursões na cidade do Rio de Janeiro e
nas proximidades, ideal para quem pretende emendar
o final de semana após o congresso.
Para mais informações, entre em contato com a BEC
pelos telefones (21) 3265-8872 e (21) 3265-8868, pelo
e-mail [email protected] ou pelo
link no site do 48º Congresso (www.cbpcml.org.br), se-
ção “Hotéis & Passagens”.
Expositores confirmadosA relação de empresas que já confirmaram presença
na Exposição Técnico-científica do 48º Congresso da
SBPC/ML pode ser consultada no site do evento
(www.cbpcml.org.br), seção “Exposição”. Nesta mes-
ma página você encontra a planta com a localização
dos estandes.
Empresas nacionais e estrangeiras irão apresentar no-
vidades em equipamentos, produtos e serviços para la-
boratórios clínicos.
A exposição estará aberta das 10h às 18h, nos dias 9, 10
e 11 de setembro (terça a quinta), e das 10h às 12h, na
sexta-feira, 12.
“Como implantar a TISS 3.0” é o nome do evento reali-zado em 13 de março, em São Paulo, pela SBPC/ML e Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abra-med), que apresentou informações práticas para os pro-fissionais de laboratórios. Na plateia havia 60 pessoas dos estados da Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o prazo para operadoras e prestadores de servi-ços implantarem a versão 3.0 da TISS termina no dia 30 de maio deste ano.
“Considero que o evento foi um sucesso, tanto pela parti-cipação da plateia, como pelo alto nível dos palestrantes e, também, porque a SBPC/ML cumpriu seu compromisso com a ANS, que é o de atuar como um facilitador no aten-dimento à implantação da versão 3.0 da TISS pelos pres-tadores de serviços no setor diagnóstico”, comemora a presidente da SBPC/ML, Paula Távora.
Ela destaca o trabalho em conjunto feito pela SBPC/ML e Abramed na organização e realização e o apoio institucional e de divulgação oferecido pelo Sind-hosp, Fehoesp, SBAC e CBR.
“Cumprir com o compromisso assumido com a ANS é um grande feito e mostra que o setor tem disciplina e que o evento atendeu os anseios da categoria, dos pro-fissionais e dos laboratórios, na concretização do que acontece em seu dia a dia. A integração entre Abramed e SBPC/ML tem sido muito feliz”, afirma a presidente da Abramed, Claudia Cohn.
Na parte da manhã, a primeira palestra foi da repre-sentante da ANS Celina de Oliveira, que falou sobre as novas versões da TISS 3.0 e a diretriz da Agência para ampliar seu uso e os benefícios para o setor. Em segui-da, Luiz Antonio Nogueira, da Abrange, abordou as pers-pectivas, riscos e oportunidades da tecnologia TISS e destacou o uso de webservices. As duas apresentações foram seguidas de debates e perguntas da plateia.
Após o almoço, Marcelo Botelho, da Veus Technology, falou sobre o cenário dos Sistemas de Informação para Laboratórios (SIL) em relação à TISS. Marivan Santiago Abrahão, do Instituto HL7 Brasil, abordou o estado atu-al da implantação da TISS e mostrou produtos que po-dem contribuir para a integração dos sistemas, como HL7, Loinc e Snomed.
Em sua apresentação, Luís Gustavo Kiatake, da Socie-dade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), reafir-mou que a certificação digital veio para ficar e é o me-lhor caminho para a segurança e garantia das operações digitais na área da saúde. A apresentação seguinte foi de Rosimeire Ishiguro, da SulAmérica, que apresentou a posição da empresa frente à implantação da TISS 3.0.
O evento terminou com um debate moderado pelo diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML, Wilson Shcolnik e pelo patologista clínico Luiz Gas-tão Rosenfeld.
A TISS 3.0 foi estabelecida pela Resolução Normativa
305 e pela Instrução Normativa 51, publicadas em
2012. Um dos destaques desta versão é que todo o pro-
cesso de cobrança, demonstrativos de pagamentos e o
que se relaciona a glosas estão incluídos na troca de
mensagens. A ANS também receberá essas informa-
ções e poderá acompanhar o relacionamento entre
prestadores e planos de saúde e avaliar a situação eco-
nômica, financeira e de assistência das operadoras.
Estas são obrigadas a oferecer aos prestadores de sua
rede duas opções para realizar a troca eletrônica dos
dados: acesso por portal na Internet ou por webservi-
ce. O prestador de serviços escolhe a forma de trans-
missão de dados que lhe for mais conveniente.
A TISS 3.0 também possui um Plano de Contingência pa-
ra ser usado por prestadores e operadoras, se houver
interrupção no serviço de troca de mensagens. Com is-
so, a ANS pretende evitar prejuízos no atendimento
dos beneficiários de planos de saúde.
Além disso, a nova versão incorpora tecnologias incluí-
das na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar
(TUSS), como termos relacionados a próteses, medi-
camentos, diálise, diárias e gases medicinais.
O beneficiário do plano de saúde ou seu representante
legal pode solicitar seus dados de atenção à saúde —
como atendimentos, consultas, exames e procedi-
mentos — à operadora e aos prestadores de serviços,
que deverão atendê-lo sem cobrar nada. Segundo a
ANS, este é um primeiro passo para a futura implanta-
ção do registro eletrônico de saúde da população. A
TISS 3.0 estabelece os requisitos para garantir a prote-
ção e a confidencialidade dessas informações, de acor-
do com a legislação em vigor.
SBPC/ML e Abramed fazem evento sobre TISS 3.0Participação mostra importância do tema para os profissionais de laboratórios
Destaques da TISS 3.0
Foto
: Rebeca
Salg
ado /
SIN
DH
OSP
101010 111111
De uma sociedade itinerante para uma sociedade fixa
Durante muitos anos, a SBPC funcionou, na prática,
como uma “sociedade médica itinerante”, que acom-
panhava seu presidente para a cidade em que ele mo-
rava. Até que, na gestão de Francisco Monteiro Peres
da Silva (1972/1974), ela passou a ocupar uma sala na
Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro
(SMCRJ), no bairro carioca da Lapa (foto). Os direto-
res da época tomaram essa decisão para acabar de
vez com os transtornos provocados pela falta de um
endereço realmente fixo, permitir que a instituição
funcionasse de forma mais organizada, estabelecer
calendários fixos de reuniões e aproximá-la dos seus
sócios. Até decisão em contrário, a SBPC permanece-
ria no espaço cedido pela SMCRJ.
Naquela gestão, o patrimônio físico da Sociedade
consistia de um armário de ferro com chave — onde
eram guardados livros de atas antigas, contas, lista
de sócios, impressos e documentos —, uma linha de
telefone exclusiva e uma máquina de escrever elétri-
ca. Esta era uma exigência da primeira funcionária
da Sociedade, a secretária executiva Laura Simas Pa-
rentoni, que possuía a experiência de já ter trabalha-
do na IBM, no Colégio Brasileiro de Radiologia e na
própria SMCRJ.
O acervo do Museu da Patologia Clínica Evaldo Melo
possui a foto da sede provisória e muitas outras ima-
gens da SBPC/ML, de seus eventos, de equipamentos
antigos e documentos. O museu é virtual e pode ser
acessado em www.sbpc.org.br/museu. Para colabo-
rar com itens para o acervo, fazer críticas, comentári-
os e sugestões basta enviar um e-mail para impren-
Goiânia recebe primeira Jornada de 2014
Nos dias 28 e 29 de março, Goiânia foi a sede da pri-
meira Jornada de Interação Clínico-Laboratorial de
2014. Esse tipo de evento, que começou a ser reali-
zado no passado, tem mostrado boa receptividade pe-
lo público. Este ano, em Goiânia, não podia ser dife-
rente. Na sala lotada havia mais de 130 pessoas, entre
profissionais e estudantes do Distrito Federal, Goiás,
Minas Gerais e Tocantins.
Os palestrantes apresentaram a visão laboratorial e a
visão clínica de temas como marcadores em reumato-
logia, troponinas de alta sensibilidade na síndrome co-
ronariana aguda, avaliação pré-operatória da coagula-
ção, interpretação de TSH, marcadores tumorais e bac-
térias multirresistentes em ambiente hospitalar.
No final do primeiro dia, sexta-feira, houve um co-
quetel. No sábado, os participantes foram recebidos
com um café da manhã de boas-vindas. No encerra-
mento foram sorteados um tablet e brindes ofereci-
dos pela SBPC/ML.
Como o próprio nome diz, as Jornadas de Interação Clí-
nico-Laboratorial da SBPC/ML têm como objetivo pro-
mover a interação entre os profissionais envolvidos
com a realização e interpretação dos exames e o corpo
clínico que solicita os testes para os laboratórios.
Esse tipo de evento destina-se a médicos patologistas
clínicos e de outras especialidades, farmacêuticos-
bioquímicos, biomédicos, biólogos, outros profissiona-
is de laboratório e estudantes.
A Jornada de Interação Clínico-Laboratorial de Goiânia
foi patrocinada por Mindray e Imunotech.
Foto
: Arq
uiv
o d
a S
BPC/M
L
Alunos do curso com o instrutor Ismar Barbosa (ao centro).
121212 131313
Congresso de gestão em laboratórios clínicos abre inscrições
Associados SBPC/ML têm desconto
na inscrição do 8º Congresso Brasi-
leiro de Gestão em Laboratórios Clí-
nicos, que vai acontecer em 22 de
maio, em São Paulo, durante a Feira
Hospitalar. A SBPC/ML é correaliza-
dora do evento, junto com Sind-
hosp, Fehoesp, CNS e Fenaess.
O local do congresso é o Centro de
Convenções Expo Center Norte
(Rua José Bernardo Pinto, 333, Vi-
la Guilherme), na Zona Norte de
São Paulo, próximo à Estação Tie-
tê do metrô.
No programa estão previstas confe-
rências, mesas redondas e debates
sobre recursos humanos (“apagão”
da mão de obra, como capturar e re-
ter o melhor profissional, como ava-
liar o profissional); tendências de-
mográficas e envelhecimento da po-
pulação (oportunidades, demanda
e impacto no atendimento); inova-
ções na gestão (cenário futuro e o
que deve mudar); e contratualiza-
ção na saúde suplementar (diferen-
tes visões do relacionamento co-
mercial), com participação de re-
presentantes de laboratórios, de
operadoras e da Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS).
As inscrições antecipadas, pela
Internet, terminam em 13 de maio.
Só haverá inscrição local se houver
vagas disponíveis. Os participantes
receberão certificado.
Mais informações e inscrições no
site do Instituto de Ensino e
Pesquisa na Área da Saúde (IEPAS):
www.iepas.org.br.
Fonte: Sindhosp
SBPC/ML e UERJ oferecem Cursos de Extensão Universitária
Já começaram as aulas do módulo 1 do Curso de
Extensão Universitária Tópicos Especiais em Medicina
Laboratorial, que a SBPC/ML oferece em convênio
com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ).
Quem não conseguiu se inscrever neste módulo pode-
rá participar dos outros dois, que serão em agosto e
outubr