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IZABEL SADALLA GRISPINO
Ninguém vem ao mundo ao léu,Ninguém vive por acaso, debaixo desse céu,
Todos têm, na terra, uma tarefa a cumprir,Dela ninguém foge sem se ferir!
Quem analisa profunda e calmamente,Quem liga as linhas e as entrelinhas sutilmente,
Consegue delinear um trajeto,Com pontos ressonantes no longe e no perto.
Somos únicos, nossa missão só nossa,Cada um com seus nós, com suas fossas,Não somos nós, mas a vida quem nos faz,
Nos desenvolvermos nos caminhos que ela nos traz.
A vida é tão particular e tão geral,Resume-se para todos, em lances iguais,
O aconchego de uma canção de ninar,Uma saudade que, em todo peito, vem morar.
Ela é lembrança de um esplendor primaveril,Calor de uma mão juvenil,
Um ente querido que se acompanha até o sepulcro,As desilusões que trazem na dor o seu fulcro.
Na unicidade, a irmandade,Na unicidade, a pluralidade,
Sofrimentos e sentimentos se revelam por igual,Quando espelham a condição humana de mortal!
Autora:Izabel Sadalla GrispinoFormatação:Francisco Graciano Grispino