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JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – [email protected]
Informativo Nr. 1.073 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) - domingo, 11 de agosto de 2013
Índice: Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Ir Anatoli Oliynik - Atravessando o Rubicão
Bloco 3 - IrJoão Ivo Girardi - Pai (extraído do Vade-Mécum do Meio-Dia à Meia-Noite)
Bloco 4 - IrAquilino R. Leal - Censura Católica na Paraíba...
Bloco 5 - IrRogério Vaz de Oliveira - Maçonaria Gaúcha
Bloco 6 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - (Questões de Instalação )
Bloco 7 - Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo de plena responsabilidade de seus autores.
Hoje, 11 de agosto de 2013, 223º dia do calendário gregoriano. Faltam 142 para acabar o ano.
Dia do Advogado; Dia do Estudante; Dia do Pendura; Dia do Garçom; Dia da Pintura Dia da Televisão; Dia dos Pais
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
2
3114 a.C. - Começo da atual era na Contagem Longa do Calendário Maia. 480 a.C. - Guerras Persas: os persas de Xerxes derrotam os espartanos de Leônidas na Batalha das
Termópilas. No mesmo dia foi travada a batalha de Artemísio, terminada em empate.
1738 - É criada a Capitania de Santa Catarina, através de Provisão Régia da Coroa Portuguesa, a
qual desincorporou os territórios da Ilha de Santa Catarina e o Continente do Rio Grande de São Pedro da jurisdição de São Paulo, passando-os para o Rio de Janeiro.
1826 - Fundação do Município de Tatuí.
1827 - Instalação dos primeiros cursos jurídicos no Brasil pelo imperador Pedro I, ano em que foram abertas as faculdades de Direito de São Paulo (atual Faculdade de Direito da Universidade
de São Paulo) e de Olinda (atual Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco).
1829 - Em Açores ocorre a Batalha da Praia da Vitória, entre os absolutistas de D. Miguel e os liberais de D. Maria II, com a vitória desses últimos.
1869 - Nuno José de Moura Barreto substitui Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo no cargo de
ministro do reino de Portugal.
1900 - É fundada a Associação Atlética Ponte Preta de Campinas. 1903 - É fundado o Centro Acadêmico XI de Agosto, na Faculdade de Direito de São Paulo, cuja
primeira gestão foi presidida por Pedro Dória.
1909 - Primeiro navio a transmitir o pedido de SOS pelo rádio, o Arapahoe estava perdido no norte do continente americano.
1920 - A União Soviética reconhece a independência da Letónia.
1928 - Fundação do município Pereira Barreto.
1930 - É fundada a Fundação Logosófica em Córdoba (Argentina). 1945 - A Experiência Trinity (primeiro teste nuclear da História) torna-se oficialmente pública
através do Relatório Smyth.
1948 - Georgi Dimitrov torna-se secretário-geral do Partido Comunista Búlgaro. 1960 - Independência do Chade.
1980 - A construção do Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos é iniciada.
1999 - Eclipse solar total, visível em várias regiões do mundo. 2008 - Ketleyn Quadros torna-se a primeira mulher a conquistar uma medalha em Olimpíadas para
o Brasil em esportes individuais (judô).
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
3
Dia do Advogado Dia do Pindura
Dia do Estudante
Aniversário de Tatuí, Município do Estado de São Paulo e Capital da Música. Dia do Garçom
Dia da Pintura
Dia da Consciência Nacional
Dia da Televisão
(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1791 Nasce Joaquim Gonçalves Ledo, fundador do Grande Oriente do Brasil e um dos
principais construtores da nossa Independência.
1827 Criação dos Cursos Jurídicos no Brasil por D. Pedro I ()
1831 Formada a Grande Loja do Peru
1941 Lei do Regime de Vicky, subserviente aos nazistas, obriga a divulgação dos nomes
dos dignitários maçônicos e os proíbe de qualquer função pública.
1952 Fundação da ARLS São João da Escócia, de Santa Rosa, Jurisdicionada ao GORGS
- COMAB - REAA
1997 Fundação da ARLS João Noleto de Souza Nr. 2725 – Teresina, GOB/PI
1997 Fundação da ARLS Hiram Habib Nr. 3069 - Teresina – GOB/PI
feriados e eventos cíclicos
fatos maçônicos do dia
4
Ir Anatoli Oliynik
A história de Roma nos conta que César, num
de seus grandes momentos na vida, tinha que atravessar o Rubicão1. Se o fizesse
desencadearia uma guerra civil; se não
atravessasse, não seria um dos maiores
imperadores que o império romano conheceu. Decorre, deste fato histórico, que
atravessar o Rubicão é pensar grande,
ultrapassar fronteiras, defrontar-se com um
caminho sempre difícil e desconfortável. César, apesar disso, atravessou o
Rubicão. Certa vez, um Irmão que viveu muitos anos numa cidade do interior do
Estado do Paraná, disse-me o seguinte: “os maçons desta cidade só pensam
em duas coisas: bater malhete uma vez por semana e promover um jantar no
dia da iniciação de um novo candidato. Este é o tamanho de suas ambições”. Alguns anos mais tarde mudei-me para a Capital e percebi que aqui também
os maçons pensam assim, com raras exceções. O tempo foi passando e pude
dar uma nova medida à afirmação deste meu irmão e amigo.
Nossos irmãos, com raras exceções, não sabem ou não querem pensar grande, isto é, não desejam pensar além do encontro semanal em Loja e do
jantar esporádico entre os Irmãos. Será que Maçonaria é só isso? Não creio.
Será que Maçonaria é só meditação e contemplação? Não posso acreditar
nisso. Então, qual o papel da Maçonaria e qual é o papel do Maçom? Estamos no limiar do terceiro milênio, [na realidade já passamos a
primeira década do século XXI] o mundo está no meio de uma grande ruptura
histórica que sintetiza transformações muito profundas as quais estão
exigindo grandes rearranjos na organização da vida, da sociedade, das
atividades e das instituições, entre outros. Estamos vivendo momentos de grandes desafios que se criam, de inquietações, aflições e de desespero. De
repente se evidencia que a realidade conhecida, o universo sócio-cultural, já
não está funcionando de acordo com os nossos conceitos, idéias e
interpretações.
1 Rubicão, rio do Norte da Itália, que a separava da Gália Cisalpina. Usado na expressão “atravessar o Rubicão” é tomar uma decisão temerária,
enfrentando as conseqüências.
2 - OPINIão - Atravessando o Rubicão - Ir Anatoli Oliynik
5
Nesse sentido entendo que estamos vivendo um período excepcionalmente
problemático: um terremoto está abalando quadros sociais e mentais de referência. As categorias que usávamos para pensar o mundo nas ciências
sociais, no direito, na economia, na sociologia e na política ficaram
profundamente abaladas. E nós, os maçons, o que pensamos de tudo isso?
Estamos, por acaso, discutindo isso em Loja, ou será que nada disso nos
afetará como maçons e como cidadãos do mundo? Com certeza não estamos discutindo nada disso em nossas Lojas e com
certeza absoluta, já estamos, em maior ou menor grau, sendo envolvidos
neste processo de globalização da sociedade, onde as fronteiras já não são
mais simplesmente geográficas, mas ideológicas. Caminhamos na direção de um governo mundial único. Poucos se dão conta que a globalização política
extirpará o conceito de territorialidade e levará de arrasto o direito de asilo.
Aqueles que não concordarem com qualquer medida emanada do governo
mundial, por exemplo, não poderão exercer o “direito de asilo” e assim a “liberdade”, tão decantada em loas e prosas será sepultada para sempre.
Diante do quadro e da realidade que se apresenta, precisamos atravessar o
Rubicão2, com coragem e determinação, para que os nossos filhos e as
gerações futuras não se envergonhem de nossa inércia. Precisamos, também,
enxergar o que está acontecendo fora dos nossos Templos, sob pena de ficarmos à margem dos acontecimentos históricos e encarcerados, “ad-
eternum”, numa prisão sem grades. ( * ) Anatoli Oliynik, administrador e consultor de empresas.
Artigo escrito originalmente em 05/09/1997 e atualizado em 09/02/2012.
2 Abrir os olhos para a realidade que se apresenta
Academia Maçônica de Letras do Brasil.
Arcádia Belo Horizonte www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com
6
O autor, Ir. João Ivo Girardi ( [email protected] ) é da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 (Blumenau). Acompanhe todos os domingos no JB News, um dos mais de 3.000 verbetes de sua obra de 700 páginas intitulada “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite", cujo artigo de hoje
foi extraído.
PAI
1. O pai brasileiro ganhou um dia especial a partir de 1953. A iniciativa partiu do jornal O Globo do Rio de Janeiro, que se propôs a incentivar a celebração em família, baseado nos
sentimentos e costumes cristãos. Primeiro, foi instituído o dia 14 de agosto, dia de São
Joaquim, patriarca da família.
2. São Joaquim: (Lat. Ioachim, e este do hebraico, Preparação de Javé): (Jerusalém, 88 a.C.-8
a.C.). Joaquim, casado com Ana foi pai da Virgem Maria e avô de Jesus Cristo. Até os anos 50,
essa data – dia dos pais - era comemorada no Brasil em homenagem a São Joaquim. Depois foi
substituída para o 2º domingo de agosto, e apagadas quaisquer referências ao santo padroeiro.
Os dados biográficos que sabemos sobre os pais da Virgem Maria foram legados pelo Proto-Evangelho de Tiago, obra citada em diversos estudos dos padres da Igreja Oriental,
como Epifânio e Gregório de Nissa.
3. Ser Pai: Hoje é dia de meu aniversário. E de todas as minhas modestas dimensões humanas, a que mais me realiza é a de ser pai. Ser pai é acima de tudo, não esperar recompensas. Mas ficar feliz caso e quando cheguem. É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão. É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros. Ser pai é aprender errando, à hora de falar e de calar. É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois. Mas jamais falar no momento preciso. É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte. É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar. Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez. É esperar. É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo. Portanto, é aguentar a dor de ver
3 - Verbete da Semana extraído do váde-mecum maçônico,
"Do Meio-Dia à Meia-Noite" - pai - Ir João Ivo Girardi
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os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos. Ser pai é saber e calar. Fazer e guardar. Dizer e não insistir. Falar e dizer. Dosar e controlar-se. Dirigir sem demonstrar. É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói. Ser pai é ser bom sem ser fraco. É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão. Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar. É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida. Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. Mas ir às lágrimas quando chegam. Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição. É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho. É saber brincar e zangar-se. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber. Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação. Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio. O máximo de convivência no máximo de solidão. É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver. É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante. (Arthur da Távola).
4. Meu pai quando eu tinha... 4 anos: Meu pai pode fazer tudo. 5 anos: Meu pai sabe muitas coisas. 6 anos: Meu pai é mais esperto do que o seu pai. 8 anos: Meu pai não sabe exatamente tudo. 10 anos: No tempo antigo, quando o meu pai foi criado, as coisas eram muito diferentes.
12 anos: Ah, é claro que o papai não sabe nada sobre isso. É muito velho para se lembrar da sua infância. 14 anos: Não ligue para o que meu pai diz. Ele é tão antiquado! 21 anos: Ele? Meu Deus, ele está totalmente desatualizado! 25 anos: Meu pai entende um pouco disso, mas pudera! É tão velho! 30 anos: Talvez devêssemos pedir a opinião do papai. Afinal de contas, ele tem muita experiência. 35 anos: Não vou fazer coisa alguma antes de falar com o papai. 40 anos: Eu me pergunto como o papai teria lidado com isso. Ele tem tanto bom senso, e tanta experiência! 50 anos: Eu daria tudo para que o papai estivesse aqui agora e eu pudesse falar com ele sobre isso. É uma pena que eu não tivesse percebido o quanto era inteligente. Teria aprendido muito com ele. (Ann Landers).
5. O Homem: Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a
encontrar meios de minorá-los. Passava os dias em seu laboratório em busca de respostas para
suas dúvidas. Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a
trabalhar. O cientista nervoso pela interrupção tentou que o filho fosse brincar em outro lugar.
Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho
8
com o objetivo de distrair sua atenção. De repente deparou-se com o mapa do mundo, o que
procurava! Com auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços, e junto com um rolo
de fita adesiva, entregou ao filho dizendo: - Você gosta de quebra-cabeça? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho. Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa.
Algumas horas depois, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente: - Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho! A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria
impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o
cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma
criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados
nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz? – Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu? - Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que eu me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem virei a folha e vi que havia consertado o mundo. (Autor
desconhecido).
6. Máximas: Há três fases na vida de um homem. Ele acredita em Papai Noel, ele não acredita em Papai Noel, ele é Papai Noel. (Robert Byrne).
- Que riqueza não é, até entre os pobres, ser filho de um bom pai. (Juan Luis Vives).
- Não há filhos ilegítimos, só há pais ilegítimos. (Leon Rene).
- Comporta-te com teus pais como pretendes que teus filhos se comportem contigo. (Giacomo
Leopardi).
- Os pais são os ossos nos quais os filhos afiam seus dentes. (Peter Ustinov).
- Um pai vale mais do que uma centena de mestres-escola. (George Herbert).
- A coisa mais importante que os pais podem ensinar a suas crianças é como ir em frente sem eles. (Frank A. Clark).
- Não há alegria para o coração de um pai, que valha a certeza da felicidade de um filho. (Júlio
Dantas).
- Papai, me diga o quer ganhar, que mandarei a mamãe comprar. Feliz Dia dos Pais. (A)
- Não me cabe conceber nenhuma necessidade tão importante durante a infância de uma pessoa que a necessidade de sentir-se protegido por um pai. (Sigmund Freud).
- Um homem supõe mais do que uma centena de professores, às vezes o homem mais pobre deixa a seus filhos a herança mais rica. (Ruth Renkel).
- O amor paterno é uma estrela guia. (A).
- Quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo do seu pai, o tem prisioneiro para sempre. (Gabriel Garcia Márquez).
9
- É próprio dos jovens ligarem-se a um homem mais velho e mais sábio, não só pelo fascínio da palavra e agudez da mente, mas também pela forma superficial do corpo, que se torna querida, como acontece com a figura de um pai, de quem se estudam os gestos, os arrufos (ressentimento passageiro entre pessoas que se querem bem), e se espia o sorriso - sem que sombra alguma de luxúria contamine este modo de amor corporal. (O Nome da Rosa, Umberto
Eco).
MAÇONARIA
O Código Moral Maçônico nos traz uma mensagem bela do que é ser pai: Se tens um filho, regozija-te! Mas consciente da graça que o Grande Arquiteto do Universo te deu. Fazei com que, até os dez anos, ele te obedeça; até os vinte, te ame; e até morte, te respeite. Até os dez anos, sê o seu mestre; até os vinte, sê o seu pai; e até a morte, sê o seu amigo. Pensa sempre em dar-lhe bons princípios e ensina-lhe boas maneiras; inculca nele a retidão e a honestidade sem máculas. Do Ritual do Dia dos Pais: Esta homenagem é o tributo sagrado que nossa Ordem Maçônica
presta ao Homem-Pai, como sentimento de reconhecimento à dedicação filial de cada um de vós
para com aqueles que, além de nos darem a semente da Vida, dispensaram esforços de forma
altamente responsável no acompanhamento de nossos passos, procurando orientar e conduzir
uma família dentro dos padrões exigidos pela ética social, buscando a perpetuação da espécie
humana, de uma forma digna, sendo até guardiões indormidos em nossos primeiros passos. A
Ordem Maçônica procura manter em crescente progresso o seu antigo caráter de apostolado
da mais alta moralidade, da prática incessante das virtudes, da Liberdade, da Igualdade e da
Fraternidade. Tudo isto com alto teor de subordinação, disciplina e lealdade para que, nesse
clima, todos os maçons possam ampliar e fortificar suas próprias faculdades morais e
espirituais, e assim, cumprir galhardamente seus deveres, infundindo nos usos e costumes da
sociedade civil os sãos princípios da filosofia humanitária. Sentimos em nossos corações que
não é possível esquecer, neste momento de tamanho carinho e amor filial, aquelas criaturas
amorosas que a paternidade dignificou e que não mais a temos conosco porque o Criador
Supremo as chamou pra Seu regaço, lá no Oriente Eterno. Queremos prestar homenagem de
reconhecimento através da simbologia do Fogo, e assim externar a saudade daqueles que, não
tendo a alegria de abraçar quem lhe deu vida, abraça-o em espírito, expressando por meio
dessa chama o calor do seu amor e ardor da sua saudade. O Livro da Lei neste Ritual é aberto
em (Ecl 3: 1-2, 5-6, 8: 11-14 e 16): Filhos, escutai-me, sou vosso pai, e fazei o que eu vos digo para serdes salvos. Pois o Senhor glorifica o pai nos filhos e fortalece a autoridade da mãe sobre a prole. Aquele que respeita o pai encontrará alegria nos filhos e no dia de sua oração será atendido. Aquele que honra o pai viverá muito, e o que obedece ao Senhor alegrará a sua mãe. Em atos e palavras respeita teu pai, a fim de que venha sobre ti sua bênção. Filho cuida de teu pai na velhice, não o desgoste em vida. Mesmo se a sua inteligência faltar, se indulgente com ele, não o menosprezes, tu que estás em pleno vigor. Pois uma caridade feita a um pai não será esquecida, e no lugar dos teus pecados ela valerá como reparação. É como um blasfemador aquele que despreza seu pai, e um amaldiçoado pelo Senhor aquele que irrita sua mãe.
10
CENSURA CATÓLICA NA PARAÍBA... A VOLTA DA INQUISIÇÃO?
Material originalmente publicado na edição186, 14/05/2011, do
semanário FOLHA MAÇÔNICA - ligeiramente modificado para o JB
NEWS.
Ir Aquilino R. Leal
Fato: Líder do Clero Romano proíbe religioso de realizar missas após ele ter defendido o uso da camisinha. A volta da Inquisição? Por
acaso acabou? Certamente não! A reportagem3 abaixo
confirma a presença de fortes resquícios.
O padre e deputado federal Luiz Couto (PT/PB) sofreu
duras represálias da Igreja Católica e foi censurado, publicamente, após dar entrevistas defendendo o uso da
camisinha, o casamento de padres e o fim da
descriminação contra homossexuais.
Como punição por questionar tabus do Vaticano, ele foi proibido de
realizar missas nas paróquias da
Paraíba. O recado foi dado pelo
arcebispo Dom Aldo diCilloPagotto que, em nota, exigiu retratação
e·disse que se sentia obrigado a
suspender o padre por ele ter ido
contra as ‘orientações doutrinais, éticas e morais sustentadas pela Igreja Católica’.
A censura está relacionada à linha conservadora
adotada pela Igreja Católica desde que o cardeal
alemão Joseph Ratzinger assumiu o comando como
papa Bento XVI. Bispos e padres progressistas, incluídos os que realizam importante trabalho social e político como Couto,
3 Extraída do jornal Folha Universal n
o 883, de 8 a 14 de março de 2009,
assim como as fotos e legendas a elas associadas. (Nota: Aquilino R. Leal)
4 - Censura Católica na Paraíba...a volta da inquisição? Ir Aquilino R. Leal
Papa Bento XVI, responsável
pela repressão de padres e bispos progressistas, brinca
com quepe de policial
australiano (foto REUTERS)
Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo diCilloPagotto
11
têm sofrido represálias pesadas por saírem do tom imposto.
O padre não quis dar entrevista, mas não deve voltar atrás e pedir desculpas como exige o bispo Pagotto. O assessor dele, José Moreira, afirmou que
Couto se posicionou não como sacerdote, mas como cidadão e parlamentar.
‘Ele é deputado federal, legisla para 200 milhões de pessoas,
independentemente da fé. Defender a camisinha é uma questão de saúde
pública’, afirmou. A postura oficial de Roma em relação a métodos anticoncepcionais e,
especialmente, ao uso de preservativos, é vista com preocupação por
organizações de combate à AIDS e movimentos sociais na área de saúde. Na
Paraíba, diversas associações civis e organizações não-governamentais (ONGs), articulam manifestações de apoio a Couto. ‘Estamos nos
solidarizando com ele. O deputado foi muito corajoso de ir contra o
posicionamento oficial da Igreja. Se necessário, iremos para a rua para apoiá-
Io’, diz Viviane Alves, da ONG Amazona. Aids é um problema de saúde grave. Na Paraíba, desde 1985, pelo menos
3.745 pessoas foram infectadas pelo vírus e 1.776 morreram contaminadas
pela doença, de acordo com levantamento do médico Ranulfo Cardoso, que
cuida de programas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis do
Governo do Estado. A estimativa 'é considerada modesta pelos ativistas. De acordo com Viviane Alves, como muita gente opta por não notificar as
autoridades, é possível estimar em até cinco vezes mais o número de
infectados e mortos: ‘O que a Igreja Católica diz, está ultrapassado e fora da
nossa realidade. A camisinha é a única forma de prevenção da AIDS. Não se pode pregar contra isso. A Igreja já deveria ser a favor da vida’, argumenta.
Conclusão: Quando „eles‟nenhum mal podem fazer à
coletividade e nada têm a fazer ou a falar dos outros, expõem o seu ponto forte: travestir-se em pedófilos.
Esses clérigos de poucos pontos fortes a não ser a
intolerância, repugnância, a ignomínia, a pequenez e
mais um sem fim de atributos que banham a sua asquerosa matéria e inundam seu torpe e tacanho
espírito, têm o nosso desprezo não merecendo sequer
a saliva de nosso cuspe.
“Preposto à Arquidiocese da Paraíba, vejo-me na grave obrigação de suspender o referido sacerdote4
do uso de Ordem em nossa circunscrição eclesiástica,
porquanto, por suas afirmações sumárias, e enquanto
perdurem sem retratação explícita, prova confusão entre os fiéis cristãos, e contraria „in noce‟ as orientações doutrinais, éticas e
morais sustentadas pela Igreja Católica.” (Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo
diCilloPagotto).
4 Referência ao deputado Luiz Couto (Nota: Aquilino R. Leal)
Assessor diz que o deputado federal Luiz Couto se
posicionou como cidadão e
político e não como sacerdote. Na foto, ele discursa para
colegas na Câmara
12
P.S.: Como enxadrista que sou, ainda que não mais jogando e muito menos estudando o jogo, recebi a notícia de que as regras do jogo xadrez haviam
mudado, pelo menos no Paraguai: neste pais só quem come é o Bispo!5
Três Bruxas Queimadas vivas (1555)
Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor
universitário, aposentado, iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo Tiradentes (São Cristóvão – Rio de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril de 1978
e exaltado em 23 de março de 1979 ocupando o veneralato em 05 de julho de 1988.
É fundador de duas Lojas Maçônicas, entre elas a Loja Stanislas de Guaita 165 – Rio de Janeiro, ambas trabalhando no REAA.
Desde 2008 é colaborador permanente do FOLHA MAÇÔNICA
([email protected]), atualmente com a responsabilidade de três colunas semanais: A POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e ENQUETE
INÚTIL. Gerencia o „Ponto Cultural do Folha Maçônica‟ (http://sdrv.ms/QobWqH)
onde estão postados mais de 15 mil títulos, sobre a Ordem e afins, para livremente baixar.
Também colaborador permanente, desde março de 2013 com duas colunas mensais,
do mensárioespanhol RETALES DE MASONERIA.
5 Referência ao presidente do Paraguai, Fernando Lugo, bispo emérito da Igreja Católica (não
excomungado!), e até o momento, maio de 2009, declaradamente pai de um filho e suspeito de ser
o pai biológico de mais dois filhos quando ainda bispo da Igreja Católica! Há suspeitas que ele
seja o pai de mais crianças quando exercia o cargo de „pregador‟! Foto do „boa pinta‟ (melhor
seria, certamente, do „bom pinto‟) extraída do endereço eletrônico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Lugo. Como a igreja o pode culpar se ele seguiu às risca
seus ditames: ‘Não ao uso da ‘camisinha’! (Nota: Aquilino R. Leal)
13
Maçonaria Gaúcha
“Das primeiras ramas de acácia à sua consolidação”
Rogério Vaz de Oliveira – MM
ARLS Estrela do Sul Nº 84 - GOB
Oriente de Bagé – RS
O início oficial da maçonaria gaúcha de forma organizada e regular foi um
fenômeno que ocorreu somente a partir da década de 1830. Como no
restante do Brasil, a presença de sociedades políticas e/ou literárias, como o
Gabinete de Leitura da Sociedade Continentino, muitas delas de caráter secreto, aliada à difusão dos órgãos de imprensa, comprometidos e
impregnados com o ideário iluminista e liberal, portanto de caráter político,
gestaram as condições ideais para os primeiros lampejos e iniciativas que
resultariam na instalação de lojas maçônicas na então Província do Rio
Grande do Sul. Essas agremiações, muito antes de se constituírem lojas maçônicas regulares, foram manifestações desse ideário no contexto das
primeiras lutas de caráter nacional no estado.
A demora da chegada do movimento maçônico no Rio Grande do Sul,
segundo pesquisadores, podem estar ligadas às características próprias de
um espaço geográfico incorporado tardiamente ao território nacional. O nordeste litorâneo e o centro-sul minerador não só concentraram as principais
atividades econômicas como também receberam as repercussões de
movimentos políticos e culturais que solaparam os laços coloniais.
Acrescente-se a isso o isolamento do estado não somente no aspecto das
distancias geográficas em relação aos centros decisórios, mas também quanto à dificuldade de estruturação da vida econômica, social, política e cultural
própria dessa parte meridional do país. Os constantes conflitos fronteiriços, a
5 - Maçonaria gaúcha Ir Rogério Vaz de Oliveira
14
luta permanente pela sobrevivência em vastas extensões de campo, o
isolamento geográfico foram relevantes no ritmo de desenvolvimento da
província.
Portanto, infere-se que o atraso cultural determinou a chegada tardia da maçonaria em terras gaúchas. O clima de agitação e efervescência política e
cultural vivenciado por nordestinos, mineiros e cariocas, receptores diretos
das idéias iluministas européias, principalmente as ideologias iluministas
francesas não envolveram de imediato a singular elite gaúcha.
Cabe aqui uma citação de Loiva Otero, que segundo a autora a configuração
social da “elite gaúcha” foi resultante do ciclo pastoril-militar, gerando elementos caracterizadores do coronel gaúcho: a formação de uma oligarquia
militar, o aspecto caudilhesco, a debilidade do sentimento religioso, a
diminuta importância do clero e a existência de um conjunto de valores
socioculturais ligados ao militarismo defensivo.
Neste período houve uma pequena representatividade política gaúcha, fruto das teorias acima citadas, além do baixo nível de escolaridade e
intelectualização dos segmentos sociais dirigentes do Rio Grande do Sul,
comparando-se aos filhos dos fazendeiros do centro do país que estudavam
nas melhores universidades européias. Nesse sentido, entre as razões do
retardamento da chegada regular da maçonaria no Rio Grande do Sul, certamente estão relacionadas às dificuldades da elite regional em se integrar
à elite política nacional. O historiador José Murilo de Carvalho apresenta um
argumento irrefutável e justificador da pequena representatividade dos
gaúchos no cenário nacional durante o Império Brasileiro. Segundo ele, as únicas unidades importantes com considerável déficit de estudantes em
relação à população são o Rio Grande do Sul e São Paulo. No caso de São
Paulo, o fato foi compensado pela proximidade com o Rio de Janeiro e, para
efeito de seu comportamento durante o processo de independência, pela presença de figuras dominantes como José Bonifácio. No que tange o Rio
Grande do Sul, a relativa ausência de gaúchos em Coimbra foi certamente
uma razão adicional para o isolamento da província e seu sempre
problemático relacionamento com o governo central.
A Universidade de Coimbra exerceu de certa forma um impacto unificador em
termos de formação da elite política imperial brasileira, reforçando a teoria da baixa presença dos gaúchos em terras lusas, segue em ordem crescente a
porcentagem de alunos matriculados por província: Rio de Janeiro (26,81%),
Bahia (25,93%), Minas Gerais (13,61%), Pernambuco (11,52%) e em oitavo
lugar fica o Rio Grande do Sul com 1,53%, impedindo desta forma de formar
uma geração de intelectuais ideologicamente unificadas.
Apesar das diferenças em relação aos centros mais ativos e que conduziam o processo político no contexto da emancipação e dos primeiros anos do Brasil
independente, o Rio Grande do Sul não foi um ausente. Isso porque, de forma
particular, houve consonância entre os grupos políticos nacionais e os
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presentes na província. No Rio Grande do Sul no período da Independência,
disputavam os espaços políticos dois grupos: de um lado, o partido saldanhista ou lusitano e, de outro, o grupo dos nacionalistas defensores da
independência. Neste último grupo havia pedreiros-livres participando em
nível nacional das articulações políticas para a consolidação da Independência
do Brasil, no Rio Grande do Sul não foram encontrados documentos
comprobatórios que afirmem que a maçonaria agiu de forma organizada e através de lojas antes de 1830. O mais incrível foi que quarenta anos após, a
Maçonaria Gaúcha mostrava-se como um dos centros da instituição mais
desenvolvidos do Brasil.
Essa rápida evolução quantitativa e qualitativa no estado ocorreu a partir da
metade do século XIX e esteve ligada ao processo de intensificação da formação intelectual da elite regional. O deslocamento para o Sul de
magistrados oriundos principalmente do Norte/Nordeste brasileiro, o
contingente maior de estudantes gaúchos freqüentando as faculdades de
direito de São Paulo e Recife, o aumento de escolas na província, a grande
circulação de jornais, revistas e literatura estrangeira foram aspectos de um mesmo processo, qual seja, de uma aproximação cultural do Rio Grande do
Sul com o restante do país. Quarenta anos antes o Rio Grande do Sul era a
oitava província em matrículas, em 1872, já figurava na terceira posição, com
taxas de alfabetismo na ordem de 21,9%, em todas as idades, e em 1891, atingiu a liderança, sendo a Província com maior número da população
alfabetizada e com matrículas de estudantes em universidades no Brasil e
fora dele.
A primeira loja maçônica instalada no Rio Grande do Sul de forma regular foi
a Filantropia e Liberdade, fundada em 25 de dezembro de 1831 na cidade de
Porto Alegre, sob os auspícios do Grande Oriente do Passeio, que tinha como expressão maior o Ir Gonçalves Ledo. O Irmão Carlos Dienstbach escreve que
em 5 de maio de 1832, portanto antes de completar 5 meses após sua
fundação, a loja filiou-se ao Grande Oriente do Brasil, inicialmente liderado
por José Bonifácio, recebendo o Cadastro nº 9. Posteriormente a loja retornou ao Grande Oriente do Passeio, onde permaneceu até 1861, quando foi dada
como adormecida.
A estreita vinculação entre a primeira loja maçônica e o Gabinete de Leitura
da Sociedade Continentino, caracteriza uma das primeiras formas de atuação
da Arte Real em nosso estado. Entende-se que a atuação maçônica, por meio
de associações de caráter aberto e legal, objetivava uma maior aceitação junto aos setores potencialmente aptos à sua cooptação. Do mesmo modo, os
seus integrantes atuavam com muita discrição, evitando com isso possíveis
perseguições e as oscilações políticas e constitucionais a seu respeito. Daí
terem os gabinetes de leitura encoberto em boa parte as atividades
maçônicas nos seus primórdios.
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A segunda loja maçônica fundada foi a Razão e Virtude, em 02 de março de
1833, no Oriente de Santo Antonio da Patrulha, recebendo do GOB o Cadastro
nº 23.
A título de informação iremos elencar até a 10ª oficina criada:
28/09/1833 - Fidelidade e Firmeza nº119, GOP, Porto Alegre; 20/11/1833 - Perfeita União nº 25, GOB, Porto Alegre;
10/12/1833 - Azilo da Virtude* nº ???**, GOP, Rio Grande (*grafia da
época), (**não há registro de seu número);
03/09/1840 - União Geral nº 50, Rio Grande, inicialmente no Grande Oriente
dos Beneditinos e após passou para o Grande Oriente do Brasil; 05/09/1840 – União e Fraternidade nº ???, São Leopoldo, pelo Círculo do
Antigo Grande Oriente do Brasil;
13/02/1841 - Harmonia Riograndense nº 55, Rio Grande, GOB;
15/11/1843 – Protetora da Orfandade nº 70, Pelotas, GOB; 07/08/1845 – Humanidade e Justiça nº 78, Porto Alegre, GOB;
01/07/1847 – Estrela do Sul nº 84, Bagé, GOB.
A fragilidade da presença da Igreja Católica no Rio Grande do Sul,
principalmente até e durante a primeira metade do século XIX, impedia um
confronto mais acentuado com a maçonaria. Se, desde o século XVIII, havia
se estabelecido na Europa um confronto aberto entre as duas instituições, no caso do Rio Grande do Sul, tais conflitos somente ganharam expressão
importante na segunda metade do século XIX. Antes disso, observava-se o
seguinte: “Ao contrário do norte do país, não era típico em uma fazenda na
fronteira sul-riograndense, por mais abastada que fosse, uma capela anexa, à moda dos velhos engenhos de açúcar de Pernambuco e Bahia. A religião era
em geral considerada “coisa de mulher”, que um estancieiro nem pensava em
praticar sendo que o preceito anticlerical ao que tudo indica foi sempre
amplamente disseminado. Prova disto é a enorme importância que logo
assumiu a maçonaria na vida social dos gaúchos”.
Os liberais gaúchos, que já haviam aderido à causa emancipacionista em 1822, foram ganhando a adesão dos setores descontentes com os rumos que
o Império brasileiro assumia, principalmente com a excessiva centralização
política e o descaso para com as necessidades, sobretudo econômicas e
fiscais, das províncias periféricas. A abdicação do Imperador em 1831 e as primeiras medidas dos governos regenciais suscitaram um aumento da
frustração gaúcha em relação ao governo central, de tal forma que foram os
integrantes dessa vertente política, muitos deles integrantes de sociedades
secretas, os responsáveis pela organização do movimento revolucionário de 1835. Neste ponto, há de alguma forma uma ligação da maçonaria gaúcha e
a Revolução Farroupilha, pois as Lojas Maçônicas tornaram-se um espaço
privilegiado de debate e de aglutinação dos liberais radicalizados.
As sociedades políticas, literárias e filantrópicas foram, sem dúvida, o embrião
da maior parte das lojas maçônicas na sua fase inicial. E a Revolução
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Farroupilha, acreditamos, propiciou a divulgação e a propaganda de um
ideário até então muito pouco conhecido na Província. Reforça-se a teoria da tardia penetração do pensamento iluminista francês e do ideário liberal.
Assim, a Revolução Farroupilha, ao invés de ter sido um resultado da atuação
maçônica, gerou as condições para a divulgação de um corpo de idéias
sustentadas no pensamento europeu em voga, permitindo, no rastro dessa
difusão, a penetração do movimento maçônico por meio, inicialmente, da
ação daquele tipo de associativismo.
Há de se comentar que a posição maçônica durante a fase farroupilha não foi
unânime, ao contrário, houve maçons dos dois lados, Imperiais e
Farroupilhas. Apesar da tendência perceptível de uma adesão maior à causa
farrapa, os documentos existentes a respeito são insuficientes e inconclusivos. Além do que a condição incipiente da maçonaria no Rio Grande
do Sul naquele contexto impedia uma atuação verdadeiramente decisiva,
principalmente no que se refere à condução da revolução. Assim, foi somente
no período posterior ao final da Guerra dos Farrapos, que a Maçonaria Gaúcha
se estruturou enquanto instituição presente em quase todo o território gaúcho
e de forma regular e orgânica.
Após a Revolução Farroupilha houve um crescimento vertiginoso da
maçonaria gaúcha. Historicamente e documentalmente considera-se a
consolidação da Maçonaria Gaúcha, após a segunda metade do século XIX.
Com as informações acima fizemos um breve relato sobre o nascimento da
Arte Real no Rio Grande do Sul ou como preferem outros autores o
crescimento das primeiras ramas de Acácia. O intuito maior foi iniciarmos um debate acerca dos fatos históricos ocorridos no estado e despertar para a
pesquisa historiográfica de nossa Ordem. Com o espírito pesquisador e
curioso, já estamos trabalhando em novos artigos, focando na atuação da
maçonaria histórica. A Arte Real é um campo fértil e nela permite-se semear idéias que futuramente se transformarão em atitude e conduta. Sejamos
maçons dentro e fora de nossas Lojas!
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O presente bloco
é produzido pelo Ir. Pedro Juk.
Loja Estrela de Morretes, 3159
Morretes - PR questões de instalação
O Respeitável Irmão Marcilio Marchi Testa, Loja Crivo da Razão, GOSP - GOB, REAA,
Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo apresente a seguinte questão: [email protected]
1) No Ritual de Cerimônia de Instalação de Venerável edição 2001, aprovado e adotado pelo GOB, no qual fui Instalado, consta: Na Página 17 - Apresento-vos, meu Irmão, os utensílios de um Mestre Maçom. São o CORDEL, o LÁPIS, e o COMPASSO... Na Página 18 - Apresento-vos, meu Irmão, os utensílios de um Companheiro. São o ESQUADRO, o NÍVEL, e o PRUMO... Na Página 19 - Apresento-vos, meu Irmão, os utensílios de um Aprendiz. São a RÉGUA DE 24 POLEGADASL, o MAÇO, e o CINZEL... 2) No Ritual de Instalação e Posse de Venerável edição de 2010(em vigor), consta: Na Página 74 - Apresento-vos, meu Venerável Irmão os utensílios de um Mestre Maçom: o CORDEL, o LÁPIS e o COMPASSO... Na Página 79 - Apresento-vos, meu Venerável Irmão os utensílios de um Companheiro: a ALAVANCA, o ESQUADRO, o COMPASSO e a RÉGUA DE 24 POLEGADAS... Na Página 86 - Apresento-vos, meu Venerável Irmão os utensílios de um Aprendiz: o MAÇO, e o CINZEL... PERGUNTO: Por que no Ritual atual de 2010, se entregam duas vezes o COMPASSO, em Mestre e em Companheiro? E não se entregam mais o NIVEL e o PRUMO como antigamente? Alteraram-se os utensílios de trabalho ou eliminaram os de 1º e 2º Vigilantes?
Considerações:
6 - Perguntas & Respostas Ir Pedro Juk
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Essas são as contradições que aparecem pelo ato de Instalação em um Rito que não possui genuinamente esse costume. Como o GOB adota esse costume desde 1.968, as controvérsias permanecem, mesmo tendo um ritual atualizado. Acho oportuno salientar que esses rituais são privativos da Obediência e dele não tomei na oportunidade parte como consultor, bem como na sua confecção. Penso que como arrumaram Instalação para o Rito Escocês no Brasil e essa virou um regra consuetudinária o ritual mereceria uma séria adaptação. Senão vejamos: No Rito em questão os instrumentos de trabalho do Aprendiz são apenas e tão somente o Maço e o Cinzel. Para o Companheiro, retira-se o Cinzel, permanece o Maço e acrescentam-se os demais utensílios de trabalho – Régua de 24 Polegadas, Alavanca, Esquadro, Compasso. Nesse sentido pelo menos haveria coerência com as cinco viagens na Elevação e a utilização dos instrumentos de trabalho. Ainda por questão de tradição por ser o grau mais genuíno da Maçonaria (de onde resultou o Grau de Mestre a partir de 1.725) estariam incluídos o Nível e o Prumo como instrumentos imprescindíveis para a “Elevação da Obra”. Quanto ao Mestre este permaneceria com o Lápis e o Cordel além do próprio Compasso como justa medida. Como se pode notar as minhas considerações são apenas levadas a coerência com a doutrina. Assim não leve essa assertiva como laudatória, pois a elaboração de um ritual coerente merece muito estudo sobre a doutrina do Rito. À bem da verdade essa coerência merece inclusive em acertos nos três rituais simbólicos que em não raras vezes também se contradizem, principalmente o do Segundo Grau, como por exemplo, a Régua apoiada no ombro esquerdo que o Aprendiz ingressa no Templo durante a cerimônia de Elevação – essa régua não possuir graduação. É preciso explicar esse pormenor. A própria Lenda do Terceiro Grau dá instrumentos controversos para o Rito Escocês que se baseia nas leis naturais determinando quinze Companheiros quando a Natureza se divide em doze ciclos – nove luzes acesas que somadas às outras três faltantes (inverno) perfazem doze e não quinze. A Terra fica viúva do Sol durante os três meses de inverno. Isso significa que para a criação de um Ritual de Instalação para o Rito Escocês esses pormenores devem ser criteriosamente observados e levados em consideração. Por fim, embora de contra gosto, sou obrigado a me curvar a qualquer ritual legalmente aprovado e em vigência, como é o caso do aqui mencionado. Quem sabe futuramente as coisas estejam nos seus devidos lugares. Por fim acho oportuno salientar que o ritual anterior também era repleto de falhas não o tornando melhor do que o atual. É sempre bom lembrar que a Maçonaria constitui-se por ritos e cada qual desses obedece a uma doutrina que possui elo particular com a sua vertente. T.F.A. PEDRO JUK [email protected] MAIO/2013.
Na dúvida pergunte ao JB News ( [email protected] )
que o Ir Pedro Juk responde ( [email protected] )
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
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Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
13/08 Albert Mackey nr. 56 Tubarão
13/08 Harmonia nr. 42 Itajaí
15/08 Presidente Roosevelt Nr. 2 Criciúma
16/08 Caminhos da Verdade nr. 92 Blumenau
17/08 Ambrósio Peters nr. 74 Florianópolis
18/08 Fraternidade de Itapema nr. 104 Itapema
20/08 Eduardo Teixeira nr. 41 Camboriú
30/08 Obreiros de Jaraguá do Sul nr. 23 Jaraguá do Sul
30/08 Sentinela do Vale nr. 54 Braço do Norte
31/08 Solidariedade nr. 28 Florianópolis
Com cobertura da Rádio Sintonia 33 e JB News. www.radiosintonia33.com.br
7 - destaques jb
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E o Bethel Fenix realizou na tarde/noite de sábado (10) ensaio para os festejos de seus 15 anos que
será comemorado no dia 24 do corrente. Veja alguns registros do link a seguir.
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/Ensaio15AnosDoBethel100813?authkey=Gv1sRgCKOjjtD-hNf9SQ#
Bethel Fênix: 15 anos
Agende-se: 24 de agosto de 2013 (sábado na GLSC)) O Bethel Fênix de Florianópolis está se preparando para a sua festa de 15 anos de
fundação, programada para o penúltimo sábado de agosto (dia 24). Será às 18h00 do dia 24
de agosto (sábado) nas dependências da Grande Loja de Santa Catarina, no Campeche.
Após a cerimônia será servido um jantar e, em seguida, haverá uma festa de
confraternização.
O traje será passeio completo. Maiores informações com Ivone (48) 8449-5001 ou Maria
Cecília (48) 99722871.
Confirme sua presença até dia 16 de agosto.
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Loja Léo Martins nr. 84 (GOSC)
A Loja Léo Martins nr. 84 de São José (Grande Florianópolis) realizou na
sexta-feira, dia 9, Sessão Branca em homenagem ao Dia dos Pais, que foram
homenageados pelas sobrinhas do Bethel Fênix 08 e Capítulo DeMolay
através de seu Mestre Conselheiro Heitor de Medeiros Andrade e demais sobrinhos. O Bethel Fênix recebeu, através de sua Honorável Rainha, Nathaly
Sardá Cunha,bonita placa comemorativa aos seus 15 anos de fundação, pelo
VM da LojaLéo Martins, Ir. Ewerton Luiz Alves.
Estiveram presentes várias cunhadas, sobrinhos além dos Irmãos João Rogério da Cunha - M:.I:. da A:.R:.L:.S:. Ordem e Trabalho - 03 ( GOSC);
Roberto Borba - Borbinha - M:.M:. da A:.R:.L:.S:. Lara Ribas - 66 ( GOSC);
Fabiano Wollinger - M:.I:. da A:.R:.L:.S:. Perseverança - 3005 ( GOB );
Fábio Wollinger - M:.M:. da A:.R:.L:.S:. Perseverança - 3005 9 GOB ); José Mendonça de Souza - M:.M:. da A:.R:.B:.L:.S:. - Lédio Martins - 35 (
GOSC). (Registros fotográficos e informativos do Ir. Roberto Borba, Ir
Borbinha - Correspondente JB News)
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1 - Andréa Bocelli & Jennifer Lopez - Quizas, Quizas, Quizas...
http://www.youtube.com/embed/Wc2KDgp0eKw
2 - Um excelente tour por Buenos Aires, ao lindo som do Tango e seus
magníficos bailarinos.
"http://www.youtube.com/embed/YC_8cTiG7K4
3 - Rio São Francisco https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=KF-
OIgU2B6U
nascente rio sao Francisco
https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=z9m8V3m4xEc
24
O Ir Sinval Santos da Silveira,
Grande Orador da GLSC
escreve aos domingos neste espaço
Homenagem Aos Pais
Amanhece a vida. Chega a minha consciência. Torceste para ser longo, o meu dia de existência. Tudo era novidade. Não sabia, claramente, se estava diante de um homem, ou na presença de Deus. As horas vão passando, e aprendo a reconhecer. Fico surpreso !
Não és, apenas, um homem. Também, não és Deus. És o meu pai. O meu sagrado pai !
fechando a cortina
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Aquele que mostrou os meus caminhos, desviou-me
dos espinhos, procurou fazer-me feliz. Ensinou-me tudo, acerca da vida, e a todos amar. Hoje sei distinguir o bem do mal, o certo do errado... e continuo sendo amado, ainda que não estejas mais
aqui. Tuas profundas pegadas, teu sorriso e o teu afago, fazem parte do meu ser. Todo o teu amor, transferiste para mim. As lembranças que carrego, desde os tempos de
criança, são frutos do teu viver._ O suor da tua face, mistura-se às lágrimas que dos meus
olhos rolam, com a cor da felicidade, e o sabor da saudade. Desculpa-me por minha existência haver exigido tanto de ti... Agora, aceita meu beijo, no rosto ou na alma, neste teu dia, tão merecidamente festivo. Bendito seja Deus, que me permitiu ser o teu filho, querido pai !
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/
* Sinval Santos da Silveira - Obreiro da ARLS.·.
Alferes Tiradentes nr. 20 e Grande Orador da GLSC