Upload
others
View
4
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
JOHNNATAS MIKAEL LOPES
DISTÚRBIOS DO SONO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA: ANÁLISE DOS
FATORES ASSOCIADOS ÀS QUEIXAS DE REDUÇÃO DA FUNÇÃO
REPARADORA DO SONO, INSÔNIA, SONOLÊNCIA E SUAS IMPLICAÇÕES
EM MORTE E EVENTOS CARDIO-CEREBROVASCULARES
NATAL-RN
2017
www.posgraduacao.ufrn.br/ppgscol [email protected] 55-84-3342-2338
CENTRODECIÊNCIASDASAÚDEPROGRAMADEPÓS-GRADUAÇÃOEMSAÚDECOLETIVA
2
JOHNNATAS MIKAEL LOPES
DISTÚRBIOS DO SONO NA POPULAÇÃO BRASILEIRA: ANÁLISE DOS
FATORES ASSOCIADOS ÀS QUEIXAS DE REDUÇÃO DA FUNÇÃO
REPARADORA DO SONO, INSÔNIA, SONOLÊNCIA, E SUAS IMPLICAÇÕES
EM MORTE E EVENTOS CARDIO-CEREBROVASCULARES
Orientador: Angelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira.
NATAL-RN
2017
Tese elaborada para a obtenção do título de doutor no
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
3
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos - Departamento de
Odontologia
Lopes, Johnnatas Mikael.
Distúrbios do sono na população brasileira: análise dos
fatores associados às queixas de redução da função reparadora do
sono, insônia, sonolência e suas implicações em morte e eventos cardio-cerebrovasculares / Johnnatas Mikael Lopes. - 2017.
144 f.: il.
Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de
Pós-graduação em Saúde Coletiva, Natal, 2017. Orientador: Angelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveria.
1. Sono - Tese. 2. Distúrbios do Sono por Sonolência Excessiva
- Tese. 3. Distúrbio Sono - Tese. I. Oliveria, Angelo Giuseppe
Roncalli da Costa. II. Título.
RN/UF/BSO BLACK
D585
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus país, Inácia e Otávio Lopes, e também aos meus filhos
Júlia Beatriz e João Victor Lopes por serem fonte de inspiração para minha vida.
5
AGRADECIMENTOS
À minha esposa, Michellyne Mendes, pela sua compreensão e dedicação para a
realização desta pesquisa na qualidade de colaboradora.
Ao professor e meu orientador, o dr. Angelo Roncalli, o qual sem obstáculos aceitou
minha tutela acadêmica e concedeu orientações precisas e oportunas.
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte por propiciar condições de excelência
para meu aperfeiçoamento na área de Epidemiologia e Saúde Pública.
Ao professor e amigo Dr. Fábio Galvão Dantas por ser uma referência em minha
formação profissional e uma pessoa de grande carisma.
Ao Dr. Jovany Alves de Medeiro por também ser uma referência profissional e de
orientação científica.
Aos meus amigos e familiares que sempre me forneceram palavras de incentivo e
reconhecimento pelo esforço e dedicação durante meus estudos.
Aos membros componentes da banca examinadora que se dispuseram a avaliar este
produto acadêmico e colaborar com a sua melhoria para a comunidade científica.
6
RESUMO
Os distúrbios do sono são caracterizados por alterações no ciclo sono-vigília. Os estudos
relativos às condições do sono e suas repercussões na população brasileira são em sua
grande maioria de contexto clínico, reduzindo a representatividade dos achados. O
objetivo do estudo foi identificar fatores biológicos/saúde, comportamentais e sociais
associados com as queixas de redução da função reparadora do sono (FRS), insônia e
sonolência excessiva diurna (SED) na população brasileira assim como os efeitos destas
queixas na ocorrência de morte e eventos cardio-cerebrovasculares em idosos. O estudo
foi desenvolvido em dois delineamentos. O primeiro foi uma análise de dados transversais
oriundos da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. Neste delineamento visava-se estimar
a ocorrência da redução da FRS, queixas de insônia e sonolência excessiva e suas
associações. O segundo desenho trata-se de uma coorte prospectiva de idosos
comunitários com linha base em 2009, dividida em grupo de expostos às queixas de
insônia e sonolência e não expostos, para estimar seus efeitos sobre a mortalidade e
eventos cardiovasculares, em oito anos de seguimento. As análises dos dados transversais
ocorreram através de modelagem de Cox com a inclusão dos pesos amostrais no cálculo
das estimativas e para os dados prospectivos aplicou-se modelagem de Poisson. Adotou-
se um α≤0,05. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital
Onofre Lopes, recebendo o parecer 2.048.708. Os resultados do primeiro estudo indicam
que aproximadamente 28,2% (IC95%:27,4%-29,0%) dos adultos e 34,1%
(IC95%:32,6%-35,7%) em idosos relatam queixas de insônia e sonolência. A FRS estava
reduzida em 34,1% (IC95%:32,6%-35,7%) em adultos e 29,2% (IC95%:27,2%-30,6%)
nos idosos. As queixas de insônia/SED foram relatadas em 28,2% (IC95%: 27,4%-
29,0%) nos adultos e 34,1% (32,6%-35,7%) no idosos. Nos adultos, a redução da FRS
associa-se com as mulheres (RPaj1=1,12; IC95%: 1,05-1,20/ RPajus2=1,22; IC95%:1,09-
1,37), baixos estratos sociais DE (RPaj1=1,21;1,07-1,35, RPaj2=1,42;1,18-1,71) e C
(RPaj1=1,30;1,12-1,50), sintomas depressivos (RPaj1=3,22;2,94-3,52/RPaj=3,29;2,83-
3,83), oscilação comportamental (RPaj1=1,51;1,41-1,63/ RPaj2=1,66;1,46-1,89), má
percepção de saúde geral (RPaj=1,32;1,20-1,38/ RPaj2=2,30;1,92-2,75), má percepção de
saúde bucal (RPaj=1,11;1,04-1,19), ter condição crônica de saúde (RPaj1=1,23;1,15-1,31/
RPaj2=1,42;1,26-1,61), ter queixas de insônia/SED (RPaj1=2,47;2,28-2,67/
RPaj2=3,03;2,66-3,47), possuir atividade laboral (RPaj1=1,32;1,23-1,42/ RPaj2=1,27;1,13-
1,44)e morar em zona urbana (RPaj2=1,31;1,10-1,55). Baixo peso (RPaj1=0,82;0,69-0,98),
estilo de vida saudável (RPaj1=0,91;0,83-0,99/ RPaj2=0,74;0,64-0,87) e reduzido apoio
social (RPaj1=0,88;0,80-0,96) são inversamente associados a redução da FRS em adultos.
Em idosos, a redução da FRS associa-se com a raça/cor branca (RPaj2=1,18;1,01-1,39),
dificuldade em atividades diárias (RPaj1=1,13;1,01-1,27/ RPaj2=1,36;1,12-1,65), usar
computador/internet (RPaj1=1,14;1,01-1,30) e, assim como nos adultos, sintomas
depressivos (RPaj1=3,37;2,87-3,97/ RPaj2=3,77;2,88-4,96), oscilação comportamental
(RPaj1=1,75;1,53-1,99/ RPaj2=1,81;1,46-2,24), má percepção de saúde geral
(RPaj1=1,50;1,23-1,82/ RPaj2=3,12;2,31-4,21), regular percepção de saúde bucal
(RPaj=1,21;1,08-1,37), ter condição crônica de saúde (RPaj2=1,58;1,11-2,40), ter queixas
de insônia/SED (RPaj1=2,45;2,14-2,79/ RPaj2=3,46;2,77-4,33), ter apoio social
(RPaj1=1,14;1,01-1,30) e morar em zona urbana (RPaj2=1,32;1,02-1,72). O delineamento
prospectivo revelou 40 (25,97%:19,04-32,89) mortes no período e 48 (30,76%:23,52-
7
38,01) eventos cardio-cerebrovasculares. Os homens apresentaram maior risco
(RR=1,88; 1,01-3,50) de morte. A depressão (RR=2,04;1,06-3,89), gravidade da insônia
(RR=2,39;1,52-4,56) e latência do sono entre 16-30 minutos (RR=3,54;1,26-9,94) e 31-
60 minutos (RR=2,23;1,12-4,47) aumentam o risco de morte independentemente em
idosos comunitários. Os eventos cardio-cerebrovasculares foram preditos apenas por
idosos hipertensos e/ou diabéticos (RR=8,30;1,98-34,82). As queixas de redução da FRS,
insônia e sonolência atingem quase um terço da população brasileira e está intimamente
relacionada às condições emocionais, cronicidade e urbanização. As queixas de gravidade
da insônia e a dificuldade de iniciar o sono parecem aumentar a mortalidade em idosos,
juntamente com sintomas depressivos.
Palavras-Chave: Sono, Distúrbios do Sono por Sonolência Excessiva, Distúrbios do
Início e da Manutenção do Sono, Epidemiologia, Brasil.
8
ABSTRACT
Sleep disturbances are characterized by changes in the sleep-wake cycle. Studies on sleep
conditions and their repercussions on the Brazilian population are mostly in the clinical
context, reducing the impact of the findings. The aim was to identify biological/health,
behavioral and social factors associated with complaints of reduction of sleep repair
function (SRF), insomnia and excessive daytime sleepiness (EDS) in the Brazilian
population, as well as the effects of these complaints on the occurrence of death and
cardio-cerebrovascular events in the elderly. The study was developed in two designs.
The first was an analysis of cross-sectional data from the National Health Survey of 2013.
This study aimed to estimate the occurrence of reduced SRF, complaints of insomnia and
excessive sleepiness and their associations. The second design is a prospective cohort of
community-based older adults in 2009, divided into a group of exposed to insomnia and
EDS and unexposed complaints, to estimate their effects on mortality and cardiovascular
events at eight years follow-up. The cross-sectional data analyzes were performed using
Cox modeling with inclusion of sample weights in the estimation of the estimates and for
the prospective data, Poisson modeling was applied. It was adopted α≤0.05. The study
was submitted to the Research Ethics Committee of Hospital Onofre Lopes, receiving
opinion 2,048,708. The results of the first study indicate that approximately 28.2% (95%
CI: 27.4% -29.0%) of adults and 34.1% (95% CI: 32.6% -35.7%) in the elderly report
complaints of insomnia and drowsiness. Sleep RF was reduced by 34.1% (95% CI: 32.6%
-35.7%) in adults and 29.2% (95% CI: 27.2% -30.6%) in the elderly. Complaints of
insomnia/EDS were reported in 28.2% (95% CI: 27.4% -29.0%) in adults and 34.1%
(95% CI: 32.6% -35.7%) in the elderly. In adults, the reduction of RF stands out in
relation to women (PRadj1=1.12; 95%CI:1.05-1.20/PRadj2=1.22; 95%CI:1.09-1,37), low
social strata DE (PRadj1=1.21; 1.07-1.35/PRadj2=1.42;1.18-1.71) and C (PRadj1=1.30;1.12-
1.50), depressive symptoms (PRadj1=3.22;2.94-3.52/PRadj2=3.29;2.83-383), emotional
behavioral oscillation (PRadj1=1.51;1.41-1.63 /PRadj2=1.66;1.46-1.89), bad general health
perception (PRadj1= 1.32;1.20-1.38 / PRadj2=2.30;2.05-2.90), bad perception of oral health
(PRadj1=1.11;1.04-1.19), chronic health condition (PRadj1=1.23;1.15-
1.31/PRadj2=1.42;1.26-1.61), insomnia/EDS complaints (PRadj1=2.47:2.28-
2.67/PRadj2=3.03;1.23-1.42), livening urban areas (PRadj2=1.31;1.101.5). Low weight
(PRadj1=0.82;0.690.98), healthy life style (PRadj1=0.91:0.830.99/PRadj2=0.74;0,64-0,87)
and low social support (PRadj1=0.88;0.80-0.96) are inversely associated with reduction of
RF in adults. In the elderly, the reduction in RF is associated with white
(PRadj2=1.18;1.01-1.39), daily activities difficulty (PRadj1=1.13;1.01-
1,27/PRadj2=1.36;1,12-1,65), use computer/internet (PRadj1=1.14;1.01-1.30) and, as well
as in adults, depressive symptoms(PRadj1=3.37;2.87-3.97/PRadj2=3.77;2.88-4.96),
behavioral oscillation (PRadj1=1.75;1.46-2.24), bad general health perception
(PRadj1=1.50;1.23-1.82/PRadj2=3,12;2,31-4,21), regular oral health perception
(PRadj=1.21;1.08-1.37), chronic health condition (PRadj1=1.58;1.11-2.40), insomnia/EDS
complaints (PRadj1=2.45;2.14-2.79/PRadj2=3.46;2.77-4.33), social support
(PRadj1=1.14;1.01-1.30) and living in urban areas (PRadj2=1.32;1.02- 1.72). The
prospective design revealed 40 (25.97%;19.04-32.89) deaths in the period and 48
(30.76%;23.52-38.01) cardio-cerebrovascular events. Men presented higher risk
(RR=1.88;1.01-3.50) of death. Depression (RR=2.04; 1.06-3.89), insomnia severity
(RR=2.39;1.52-4.56) and sleep latency between 16-30 minutes (RR=3.54;1.26-9.94) and
31-60 minutes (RR=2.23;1.12-4.47) increase the risk of death independently in
community-dwelling elderly. Cardiovascular events were predicted only by hypertensive
9
and/or diabetic elderly (RR=8.30;1.98-34.82). The complaints of RFS reduction,
insomnia/EDS affect almost a third of the Brazilian population and are closely related to
emotional conditions, chronicity and urbanization. Complaints of insomnia severity and
difficulty in initiating sleep seem to increase mortality in the elderly along with depressive
symptoms.
Key-words: Sleep, Disorders of Excessive Somnolence, Sleep Initiation and
Maintenance Disorders, Death, Epidemiology, Brazil,
10
LISTA DE TABELAS
Tabelas Pág.
Manuscrito 1
Tabela 1. Distribuição de frequência e modelagem bruta e ajustada por
regressão de Cox em desenho amostral complexo para associação com
queixas de insônia/sonolência na população adulta brasileira, 2013.
43
Tabela 2. Distribuição de frequência, associação bruta e ajustada por
regressão de Cox em desenho amostral complexo para associação com
queixas de insônia/sonolência na população idosa brasileira, 2013.
45
Tabela 3. Associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho
amostral complexo com a autopercepção da função reparadora do sono
na população adulta brasileira, 2013.
48
Tabela 4. Associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho
amostral complexo autopercepção da função reparadora do sono na
população idosa brasileira, 2013.
51
Manuscrito 2
Tabela 1. Análise descritiva, Modelo bruto e ajustado para o risco de
morte em idosos do município de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2009-
2017.
107
Tabela 2. Modelo ajustado segregado em morbidades específicas do sono
para o risco de morte em idosos do município de Campina Grande,
Paraíba, Brasil, 2009-2017.
109
Tabela 3. Modelo preditivo para o risco de evento cardio-cerebrovascular
em idosos do município de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2009-2017.
110
Tabela 4. Modelo preditivo segregado em morbidades específicas do sono
para o risco de eventos cardio-cerebrovasculares em idosos do município
de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2009-2017.
111
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 12
2 OBJETIVOS 15
3 REFERENCIAL TEÓRICO 17
3.1. Sonolência Excessiva Diurna 18
3.2. Insônia 20
3.3. Ronco, Síndrome da Apneia/Hipopnéia Obstrutiva do Sono e outras
Morbidades do Sono
21
3.4. Envelhecimento Populacional e Distúrbios do Sono 24
4 MÉTODO 26
4.1. Desenhos 27
4.2. Etapa 1: Desenho com Dados Transversais da PNS 2013 27
4.3. Etapa 2: Desenho da Coorte Prospectiva 28
4.4. Aspectos Éticos 30
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 31
5.1.Artigo 1: Insônia, Sonolência Excessiva Diurna e Função Reparadora
do Sono na População Brasileira: Análise da Pesquisa Nacional de
Saúde, 2013.
32
5.2.Article 1: Complaints of insomnia, excessive sleepiness and reduction
of the restorative function of sleep in the brazilian population: analysis
of the national health research, 2013.
64
5.3.Artigo 2: Risco de Morte e Eventos Cardio-Cerebrovasculares em
Idosos com Sonolência Excessiva Diurna e Insônia: Estudo de Coorte
Prospectiva.
94
6 CONCLUSÃO 113
7 REFERÊNCIAS 116
8 APÊNDICES 127
9 ANEXOS 134
12
INTRODUÇÃO
13
1. INTRODUÇÃO
Os distúrbios do sono são caracterizados por alterações no ciclo sono-vigília e
classificadas em insônias, distúrbios do sono relacionadas à respiração, distúrbios centrais
de hipersonolência, disfunções do ritmo cicardiano sono-vigília, parassonias e disfunções
do movimento relacionadas ao sono e outras desordens do sono(THORPY, 2017). As
insônias e as hipersonolências consistem em desordens comumente relatadas pela
população como fatos corriqueiros(SCHUTTE-RODIN et al., 2008).
A insônia é uma condição de saúde relacionada à dificuldade de iniciar,
permanecer no sono ou retornar ao sono sem motivo aparente, e é considerada o problema
do sono mais comum. Os sintomas de Sonolência Excessiva Diurna (SED) são de fácil
identificação e também de alta frequência em diversos grupos populacionais,
caracterizada por eventos de cochilos em momentos que seriam para estar alerta,
principalmente em situações cotidianas calmas(KAO et al., 2008). Ambas as condições
atingem diferentemente as subpopulações humanas nas características de pessoa, como
jovens, adultos, idosos, e gênero(YOUNG et al., 2008); de lugar como inter-continentais
ou internamente nos países(RANDLER et al., 2015), e de tempo quando observamos as
modificações contextuais que ocorrem e influenciam a vida dos indivíduos
temporalmente(CHOKROVERTY, 2010).
Relatos mostram que a dificuldade de iniciar o sono, manter-se em sono e retorna-
se ao sono, que caracterizam a insônia, estão associados com SED(HARA et al., 2011a),
após controle de co-variáveis. Indivíduos com insônia possuem três vezes mais risco de
desenvolverem SED(KAO et al., 2008). Além disso, SED está associada com outros
distúrbios do sono, como a Síndrome da Apneia/Hipopnéia Obstrutiva do Sono
(SAHOS), onde 26% a 32% dos adultos correm o risco de ter SAHOS e apresentar, de
modo subjacente, SED como fator agravante, tornando o seu diagnóstico e tratamento
necessário para evitar maiores complicações(LÉVY et al., 2015). SED também está
associada com ronco em pessoas sem SAHOS(KALCHIEM-DEKEL et al.,
2016)(ZIELIŃSKI et al., 1999) e à síndrome das pernas inquietas(ALLEN et al.,
2003)(VENKATESHIAH et al., 2015).
A SAHOS é uma condição clínica que produz efeitos prejudiciais na saúde de
indivíduos. Além de produzir um sono não reparador, através de inúmeros despertares
durante o sono, a SAHOS está fortemente relacionada com alterações estruturais e
funcionais cardiovasculares (NOAL et al., 2008). Todavia, a dificuldade de acesso à
14
diagnóstico específico gera uma subestimação da ocorrência da SAHOS na população
brasileira, principalmente do estádio leve. Soma-se ainda a incerteza de qual tipo de
relação de dependência se estabelece entre a SAHOS e as disfunções cardiovasculares,
devido a maioria dos estudos ser de caráter transversal(NOAL et al., 2008).
Os estudos relativos às condições do sono e suas repercussões na população
brasileira são em sua grande maioria de contexto clínico, reduzindo a representatividade
dos achados. Por outro lado, os estudos de desenho epidemiológico são restritos às
situações de estadiamento de condições de saúde em nível grave ou específicas à
populações regionais, frente a um país com diversa variação demográfica, social e de
comportamentos.
Para responder perguntas complexas sobre diversas morbidades do sono e seus
desfechos, é importante realizar estudos que concatenem objetivos epidemiológicos, de
modo a estabelecer relações de proximidade entre as variáveis e desfechos, como também
de causalidade, perfazendo um grande escopo de evidências para tomada de decisão em
saúde pública. Tais pesquisas realizariam inferências mais válidas internamente,
utilizando informações autopercebidas, comportamentais e clínicas, comuns no cenário
de cuidado, e dados sociais, demográficos e ambientais, típicos de investigações
epidemiológicas. Para tanto, exigiria um mixer de delineamentos transversal e
longitudinal a fim de responder adequadamente sobre as condições de saúde do sono no
contexto da saúde pública brasileira.
Desta forma, este estudo pretende investigar a saúde do sono na população
brasileira, buscando identificar quais as possíveis características de saúde individual,
comportamentais, sociais e demográficas relacionadas às queixas de insônia e sonolência
excessiva diurna como também as queixas de redução da função reparadora do sono
(FRS) através de uma análise de dados transversais da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)
realizada no ano de 2013.
Em seguida, pretende-se investigar os efeitos deletérios que as queixas de insônia
e/ou sonolência excessiva assim como outras características do sono têm sobre os
desfechos de morte e eventos cardio-cerebrovasculares em uma subpopulação específica
e vulnerável como idosos comunitários. Para tanto, foi desenhado um estudo longitudinal
do tipo coorte prospectiva a fim de estimar os riscos de morte e eventos cardio-
cerebrovasculares a partir da exposição às queixas de insônia e sonolência.
15
OBJETIVOS
16
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Estimar a ocorrência de queixas de insônia, sonolência excessiva e redução da função
reparadora do sono na população brasileira e seus fatores associados, bem como os
impactos em eventos de morte e cardio-cerebrovasculares em uma coorte prospectiva.
2.2. Objetivos Específicos
a) Mensurar prevalência das queixas de redução da FRS, insônia e SED na
população adulta e idosa brasileira.
b) Estimar a associação das queixas de redução da FRS, insônia e SED com
características de saúde individual, fatores demográficos, sociais e
comportamentais na população adulta e idosa brasileira.
c) Medir os efeitos de parâmetros da qualidade do sono, queixas de SED e
insônia em idosos, adjtados para os efeitos de condições crônicas, na
ocorrência de eventos de morte e cardio-cerebrovasculares na população
de idosos.
17
REFERENCIAL TEÓRICO
18
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Os distúrbios do sono são caracterizados por alterações no ciclo sono-vigília e
classificadas em insônias, distúrbios do sono relacionadas à respiração, distúrbios centrais
de hiperssonolência, disfunções do ritmo cicardiano sono-vigília, parassonias e
disfunções do movimento relacionadas ao sono e outras desordens do sono de acordo com
a terceira classificação internacional da American Academy of Sleep Medicine (THORPY,
2017).
As insônias e as hiperssonolências consistem em desordens comumente relatadas
pela população como fatos corriqueiros e não percebidos como possíveis problemas de
saúde(SCHUTTE-RODIN et al., 2008). A hiperssonolência pode ser fruto de outras
morbidades ou ocorrer em associação com a insônia ou de modo independente.
O foco desta pesquisa são as queixas relacionadas à insônia e sonolências
excessiva diurna. As suas caracterizações clínicas e epidemiológica serão descritas a
seguir assim como outros distúrbios do sono e suas relações com o envelhecimento.
3.1. Sonolência Excessiva Diurna
A sonolência excessiva diurna (SED) caracteriza-se pela ocorrência de três ou
mais episódios semanais de sonolência nos recentes 30 dias, que leva a algum prejuízo
no desempenho das atividades(BERTOLAZI et al., 2009). O indivíduo não consegue
manter-se completamente no estado de vigília durante o período diurno, levando a
ocorrência de cochilos em situações do cotidiano como assistir televisão, ler um livro,
conversar com alguém e até dirigir automóvel(PALLESEN et al., 2007). SED se revela
como o segundo distúrbio do sono mais prevalente, atingindo cerca de 4% a 12% da
população geral(SANTANA; SILVA, 2007).
A SED possivelmente é causada por fragmentação do sono e, supostamente,
agravada pela associação com hipoxemia/hipercapnia, alterando o ritmo circadiano de
modo que o sono não desempenha sua função reparadora, não preparando o corpo para o
momento de vigília e altas demandas fisiológicas(CLARK; VISSEL,
2014)(MIHĂICUŢĂ et al., [s.d.]). A SED afeta outros ritmos biológicos e, por
conseguinte, os automatismos fisiológicos como o cardíaco, alterando o seu controle
autonômico principalmente durante a noite, o que pode predispor à eventos
19
cardiovasculares(LOMBARDI et al., 2008), falha cardíaca estáveis e acidente vascular
encefálico e também maior mortalidade(EMPANA et al., 2009).
Observa-se associação independente de SED com síndrome metabólica(FRAGOSO,
CAV AND GILL, 2009)(HAYLEY et al., 2015), hipertensão arterial(PIN; CHENG,
2005) e depressão(LESSOV-SCHLAGGAR et al., 2008)(BIXLER et al., 2005a). Foi
relatada uma correlação genética da SED com sintomas de depressão em indivíduos
idosos do sexo masculino, sugerindo algum gene em comum(LESSOV-SCHLAGGAR
et al., 2008). Há também associação com distúrbios cognitivos(PISTACCHI et al., 2014),
assim como a insônia(HARA et al., 2011b). Outras morbidades não relacionadas com o
ciclo sono-vigília também mostram associação com SED e insônia(YOKOYAMA et al.,
2010)(WONG et al., 2012). Isto nos leva a acreditar que o seu estudo separado das outras
morbidades do sono é importante para melhor entendimento de desfechos catastróficos
os quais ela pode estar relacionada como a morte.
Quanto aos fatores demográficos e contextuais, a SED mostra-se relacionada com
baixa escolaridade, baixa renda, hábito de fumar, sexo feminino e baixo suporte social
(HARA et al., 2008)(THEORELL-HAGLÖW et al., 2015)(LEE et al., 2013b). Em
idosos, encontra-se uma prevalência variando de 13% (HARA et al., 2008) a 24%
(SOUZA; MAGNA; PAULA, 2003), sendo mais elevada que a média da população geral.
Joo (JOO et al., 2009) demonstraram que indivíduos coreanos entre 50 e 59 anos
apresentam maior risco de desenvolverem SED do que o grupo de pessoas entre 40 a 49
anos, evidenciando diferenças entre grupos etários. Estes relatos refletem as discordâncias
entre as pesquisas e a necessidade de maiores investigações.
Já Hara et al.(HARA et al., 2008) evidenciaram que indivíduos idosos do sexo
feminino e com baixo nível de escolaridade apresentam maior associação com a SED, se
contrapondo aos resultados obtidos por Sousa et al. (SOUZA et al., 2008) que não
identificou significância na relação entre SED e escolaridade. Na França, os estudos de
Tsuno et al.(TSUNO; JAUSSENT; DAUVILLIERS, 2007) mostram que 12% dos idosos
do sexo masculino possuem SED, contra 6% das mulheres, o que revela modificações
regionais quanto aos fatores sociodemográfico na modulação da ocorrência de SED.
Lopéz et al.(FAUBEL et al., 2009) mostraram associação entre SED e idade
avançada, baixo nível socioeconômico e a necessidade de estudo da influência do índice
de massa corpórea. Para Cortese et al. (CORTESE et al., 2008) e Kadel(RAKEL, 2009),
há evidências crescentes na determinação da associação entre obesidade e a SED. A SED
torna os indivíduos mais propensos à rejeição social e ao sedentarismo(CHERVIN;
20
ALDRICH, 1998). Parece que a incapacidade e sedentarismo estabelecem um ciclo
vicioso com a SED, gerando potencialização mútua(ALESSI et al., 2008).
Devido à associação com várias morbidades, principalmente com condições crônicas
de saúde, ainda não está bem estabelecido se a SED é fator de risco ou resultado desses
distúrbios, principalmente os cardiovasculares. Como os eventos cardiovasculares e
cerebrovasculares são a principal carga mórbida no mundo, é necessário estudar até que
ponto a ocorrência da SED afeta o surgimento desses eventos, pois a SED tem a
característica de ser fator modificável.
Fatores como o índice de massa corporal, idade, sexo, nível educacional e econômico
e morbidades associadas parecem ser fatores de confusão em delinear relações de
causalidade, principalmente pela escassez de estudos longitudinais que controlem os
efeitos da temporalidade dos fatos(SANTANA; SILVA, 2007).
O diagnóstico da SED pode ser feito através do teste de latências múltiplas do sono
(TLS), o qual avalia as atividades cerebrais, oculares e musculares durante o dia, a cada
duas horas e por cinco vezes, na tentativa de evidenciar estágios do sono e a capacidade
de manutenção do estado de vigília (TOGEIRO; SMITH, 2005). Outra forma de
identificação se faz através da Escala de Sonolência de Epworth que analisa, de modo
subjetivo, a facilidade de adormecer dos indivíduos que a respondem, sendo, portanto,
um instrumento de fácil aplicação e baixo custo em relação ao TLS(CHICA-URZOLA;
ESLAVA-SCHMALBACH, 2007) para estudos de ordem populacional.
3.2. Insônia
Insônia pode ser classificada como primária quando não existe causa aparente para
sua origem como uso de medicamentos, condição psiquiátrica ou outra condição de saúde.
Nestes últimos casos serão consideradas como secundárias. Clinicamente irá ser
caracterizada pela dificuldade de iniciar o sono, mantê-lo ou de não conseguir retornar ao
sono após despertar motivador e assim não ter um sono reparador(SHNEERSON, 2005).
A insônia é considerada transtorno do sono quando sua ocorrência afeta as atividades
de vida diária e laborais através de fadiga, déficit de atenção e memória, prejuízo no
desempenho social, dentre outros(WICKWIRE; SHAYA; SCHARF, 2016). Ela ainda
pode ser classificada em insônia aguda, que dura menos de três meses, insônia recorrente,
quando os sintomas em torno de dois episódios por ano, insônia episódica, quando os
21
sintomas duram entre dois e três meses, e por fim a insônia crônica, quando o quadro
clínico perdura por mais de três meses(ZHANG et al., 2012).
A frequente queixa de insônia junto com SEDnos indivíduos com problemas
relacionados ao sono parece revelar que estas duas condições estão sempre associadas
causalmente ou não. Contudo, relatos mostram que esta associação ocorre apenas no tipo
médio de insônia, cuja característica é a dificuldade na manutenção do sono,
principalmente em idosos(HARA et al., 2011b).
Em recente meta-análise, identificaram que a insônia eleva em 45% a possibilidade
de desenvolver ou morrer por eventos cardiovasculares de forma independente (SOFI et
al., 2014). Além disso, parece que a insônia potencializa as chance de eventos cardíacos
em indivíduos que já possuem falha cardíaca, interferindo no sistema renina-
angiotensina-aldesterona e também na capacidade física(KANNO et al., 2016).
Insônia também foi identificada como fator de risco independente para a ocorrência
de eventos cerebrovasculares. Em uma coorte de quatro anos de seguimento com mais de
vinte mil participantes, constatou-se que a insônia aumentava em 54% a probabilidade de
casos de acidente vascular cerebral, principalmente em adultos jovens(WU et al., 2014).
Dados apontam para uma ocorrência de insônia de modo distinto no gênero. Em
estudo com pessoas acima de 65 anos revelou que as mulheres apresentavam mais
predisposição para a insônia, com considerável contribuição de fatores comportamentais
e também hormonais(JAUSSENT et al., 2011). Soma-se ainda a relação estabelecida
entre insônia com depressão(CASTRO et al., 2013)(YOKOYAMA et al., 2010)(KIM et
al., 2009), uso de medicamentos hipnóticos(BJORVATN et al., 2017), uso excessivo de
mídias digitais(FOSSUM et al., 2014), dores musculoesqueléticas(MORENO et al.,
2016) e diversas condições crônicas(WANG et al., 2017).
3.3. Ronco, Síndrome da Apneia/Hipopnéia Obstrutiva do Sono e outras
Morbidades do Sono.
A Síndrome da Apneia/Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) é uma condição
comum que atinge 5 a 15% da população e consiste da obstrução do fluxo aéreo, de modo
parcial ou total, acompanhada de dessaturações de oxihemoglobina, levando à ocorrência
de despertares durante o sono(SHNEERSON, 2005). A síndrome está associada com
SED, fadiga e fragmentação do sono(PARISH; SOMERS, 2004).
22
Estudos epidemiológicos, longitudinais e terapêuticos, têm produzido evidências
que a SAHOS está associada com um aumento do risco de morbidade e mortalidade. A
associação mais forte tem sido entre SAHOS e hipertensão arterial sistêmica (HAS)
(LURIE, 2011). Pode estar relacionado com disfunções como doenças cardiovasculares
e cerebrovasculares(JD; DS; I, 2003)(PARISH; SOMERS, 2004).
Obesidade está fortemente ligada à SAHOS e a perda de peso com a sua
redução(JD; DS; I, 2003). Associada às doenças cardiovasculares, a obesidade tem
relação com aumento da resistência à insulina, arteriosclerose e HAS. A SAHOS
apresenta essa mesma relação(PACK; GISLASON, 2009). Independentemente, SAHOS
parece ter relação com doença cardíaca isquêmica, acidente vascular encefálico e
arritmias(PARISH; SOMERS, 2004)(LURIE, 2011), estando a síndrome implicada tanto
no início quanto na progressão das doenças cardiovasculares(SHAMSUZZAMAN;
GERSH; SOMERS, 2003). A fisiopatologia das doenças cardiovasculares inclui
disfunção endotelial, coagulopatia, estresse oxidativo e inflamatório e ativação simpática
crônica(BUTT et al., 2010), sendo esta um mecanismo chave para a ligação da SAHOS
às doenças cardiovasculares (WOLF; LEWICKA; NARKIEWICZ, 2007).
Durante o ronco e apneias, são gerados importantes esforços inspiratórios, com
grandes variações da pressão negativa intratorácica. Essa variação aumenta a pressão da
parede no ventrículo esquerdo e, por fim, a pós-carga. A disfunção desse ventrículo
provoca diminuição do débito cardíaco e estabelecimento de processos adaptativos, que
favorecem a ativação simpática. Isso favorece o aparecimento de arritmias
supraventriculares(FILHO et al., 2010a).
As disfunções cardíacas apresentam íntima relação com episódios de
apneia/hipopneia talvez em virtude das alterações autonômicas cardíacas(LOMBARDI et
al., 2008). Esta relação não acontece apenas pela confluência de fatores de risco comuns,
como a hipertensão, mas também por mecanismos independentes expressados por
alterações simpáticas, oxidativas e resistência à insulina(LÉVY et al., 2015). Em
levantamento populacional nos Estados Unidos, Sabanayagam e
Shankar(SABANAYAGAM; SHANKAR, 2010) concluíram que a redução da duração
do sono, assim como seu excesso, aumenta o risco de ocorrência de doenças
cardiovasculares. Ozeke, Ertan e Demir (OZEKE; ERTAN; DEMIR, 2011) afirmam a
predileção pela posição de decúbito lateral direito por parte de portadores de apneia do
sono, sugerindo que isto acontece em decorrência de uma melhor função autonômica e
contrátil nesta posição.
23
Os múltiplos despertares e microdespertares que ocorrem em associação com os
fenômenos respiratórios obstrutivos provocam repetidos e frequentes picos adrenérgicos
e noradrenérgicos, o que pode, em longo prazo, elevar o tônus simpático, aumentando o
risco real para doenças cardíacas isquêmicas, doenças cerebrovasculares e arritmias
cardíacas (LURIE, 2011)(PARISH; SOMERS, 2004).
Diversos estudos têm demonstrado a associação entre SAHOS e arritmias
cardíacas(FILHO et al., 2010b)(LÉVY et al., 2015), podendo também haver associação
com morte súbita noturna(CINTRA et al., 2006). O correto diagnóstico de SAHOS e seu
tratamento adequado podem levar a uma melhora do quadro cardiovascular, reduzindo o
risco cardíaco nos pacientes portadores(WOLF; LEWICKA; NARKIEWICZ, 2007).
Por outro lado, Johansson et al.(JOHANSSON et al., 2009)(JOHANSSON et
al., 2011) mostram que apenas apneia central, e não a obstrutiva, mantem relação com
alteração da função sistólica e que os eventos respiratórios não demonstraram serem
determinantes na mortalidade cardíaca. Outra faceta da SAHOS é sua característica em
predizer interrupção do fluxo sanguíneo cerebral(KHAYAT; PATT; HAYES, 2009).
Redlin et al.(REDLINE et al., 2010) mencionam que a SAHOS influencia no surgimento
de eventos isquêmicos cerebrais. Esses autores evidenciaram que homens idosos que
possuem de 5 a 25 apneia/hipopnéia de causa obstrutiva apresentam uma probabilidade
quase 3 vezes maior de desenvolverem isquemia cerebral. Juntamente com a SAHOS, o
perímetro cervical é um fator preditivo para mortalidade por isquemia cerebral em
idosos(MENDES MEDEIROS et al., 2011).
Fatores como nível de atividade física e a capacidade funcional ainda não tiveram
seu poder de interferência mensurados em idosos com SAHOS e SED a fim de avaliar
suas supostas funções como variáveis preditivas ou de confundimento para os desfechos
cardiovasculares e cerebrovasculares.
O exame polissonográfico permite avaliar a ocorrência de eventos de
apneia/hipopnéia a partir do Índice de Apneia/Hipopnéia (IAH), cujo significado revela
o número de eventos obstrutivos por hora. Valores de IAH entre 5 e 15 são considerados
SAHOS leve, 15 a menor 30 IAH como SAHOS moderada e acima de 31, SAHOS grave
(EPSTEIN et al., 2009).
Alguns estudos mostram um crescimento do IAH com a idade, principalmente nos
homens, cujos dados chegam a 51% das observações. No entanto, os altos IAH e os baixos
níveis de oxigenação parecem não ter os mesmos efeitos nos idosos como apresentam nos
24
adultos jovens(OZEKE; ERTAN; DEMIR, 2011), o que pode refletir na relação com
outras comorbidades como a SED, ronco, insônia e eventos cardiogênicos.
Observa-se que a SAHOS provoca uma redução na eficiência do sono em virtude
da fragmentação do sono e redução da sua duração, ocasionada por macro e
microdespertares. Como consequência, predispõe o surgimento de SED nestes
indivíduos(BIXLER et al., 2005b). Todavia, Johansson et al.(JOHANSSON et al., 2009)
revelaram que a SED e insônia não apresentam associação com o IAH em uma população
de idosos da Suécia. Diversos autores correlacionam a SAHOS com o hábito de roncar.
Noal et al.(NOAL et al., 2008) verificaram que os eventos respiratórios durante o sono
eram associados ao ronco principalmente em idosos, além do hábito tabagista e consumo
de álcool. Já Gottlieb et al.(GOTTLIEB et al., 2000) revelaram que o ronco prediz SED
independentemente da magnitude do IAH, o que se traduz na ausência de SAHOS na
ocorrência de ronco.
3.4. Envelhecimento Populacional e Distúrbios do Sono
As modificações populacionais destacadas pelas transições demográficas e e também
epidemiológicas, fazem surgir novas necessidades de saúde e novos perfis de condições
de saúde. Em alguns países, aqueles tidos como desenvolvidos ou de alta renda (hight
income) a transição demográfica se consolida com um cenário etário de forte proporção
de idosos, principalmente os longevos que tem idade acima de 80 anos(BONGAARTS,
2009).
No Brasil, apesar das disparidades regionais, houve a instauração de um perfil de
envelhecimento rápido diferente do que ocorreu na Europa e América do Norte de modo
gradativo. Isto produz uma grande sobrecarga nos sistemas nacionais de saúde e
previdenciário(VASCONCELOS; GOMES, 2012).
No concernente à saúde, os distúrbios do sono são condições comuns na pessoa
idosa(NEIKRUG; ANCOLI-ISRAEL, 2010)(WOLKOVE et al., 2007) pois, como se
sabe, transtornos do sono aumentam com a idade(FRAGOSO, CAV AND GILL, 2009)
devido às mudanças fisiológicas, doenças, uso de medicações, geralmente em
polifarmacoterapia, e em decorrência de determinadas situações sociais(KEZIRIAN et
al., 2009). Outros autores mencionam que pode ser resultado das mudanças dos hábitos
de vida como abandono da vida profissional, atividades de lazer e sedentarismo(SILVA
et al., 2008).
25
Nos idosos, as alterações do sono representam fator de risco para
institucionalização e mortalidade (EMPANA et al., 2009), deixando os indivíduos desse
grupo etário propensos a condições de isolamento social e incapacitados funcionalmente.
Devido à associação com várias morbidades, principalmente com condições crônicas de
saúde, ainda não está bem estabelecido se as dissonias são fatores de risco ou resultado
desses distúrbios, principalmente os cardiovasculares. Como os eventos cardiovasculares
e cerebrovasculares são as principais cargas de mórbidade no mundo, é necessário estudar
até que ponto a ocorrência de dissonias afetam o surgimento desses eventos, pois têm a
característica de ser fator modificável.
26
MÉTODO
27
4. MÉTODO
4.1. Desenhos
O estudo ocorreu em duas etapas com delineamentos epidemiológicos distintos, com
o intuito de responder adequadamente aos objetivos específicos apresentados. A primeira
etapa consistiu em uma fase de maior espectro e capacidade de generalização para a
população brasileira. Com uso de dados secundários e individuais provenientes da
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do ano 2013, a qual utilizou desenho transversal do
tipo inquérito populacional. Na segunda etapa foi realizado delineamento do tipo coorte
prospectiva, entre 2009 a 2017, de uma amostra populacional da cidade de Campina
Grande, Paraíba.
4.2. Etapa 1: Desenho com Dados Transversais da PNS 2013
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), desenvolvida em todo território /brasileiro no
ano de 2013, apresentou um delineamento transversal com amostragem complexa
realizada pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e que é parte do Sistema Integrado de Pesquisas
Domiciliares (SIPD), de onde a infraestrutura amostral foi retirada.
A PNS utilizou instrumento de coleta de dados dividido em módulos que inqueriam
sobre aspectos individuais em residências selecionadas dentro dos setores censitários. Os
módulos do questionário da PNS eram nomeados de A até W, captando dados a partir de
informante-chave selecionado aleatoriamente dentro do domicílio e investigando desde
características individuais para toda a população brasileira como para grupos
populacionais específicos como idosos, mulheres, gestantes e crianças menores de 2 anos.
Além disso, foram avaliados aspectos sociais, de assistência à saúde, percepção de saúde
e de moradia da população.
O desenho amostral da PNS foi caracterizado por amostra complexa por
conglomerado e posterior amostragem aleatória simples, sendo três estágios de seleção a
partir da amostra mestra do SIPD. A unidade primária de amostragem (UPA) foram os
setores censitários seguida pelos domicílios do setor e o morador informante. Nestes dois
28
últimos estágios, domicílio e morador, as unidades de observação foram selecionadas por
amostra aleatória simples(FREITAS, 2014).
O tamanho amostral foi estimado por meio dos indicadores de proporção para os
grupos de interesse, levando em consideração uma amostragem aleatória simples, pois
não existem estimativas para a população geral. Foi também utilizada a proporção de
domicílios contendo os grupos populacionais de interesse baseado no censo demográfico
2010, excluindo-se aldeias indígenas, cadeias, presídios, asilos e outros. Para mais
informações do desenho amostral consultar Freitas, 2014.
As principais variáveis de interesse para análise do estudo foram as questões 10 e 11
do módulo N que mensuravam de modo ordinal e conjunta a insônia e sonolência
excessiva (N10) da seguinte maneira: “nas duas últimas semanas, com que frequência
o(a) sr(a) teve problemas no sono, como dificuldade para adormecer, acordar
frequentemente à noite ou dormir mais do que de costume?”. A função reparadora do
sono foi estimada pela questão N11, também de forma ordinal, da seguinte maneira: “nas
duas últimas semanas, com que frequência o(a) sr(a) teve problemas por não se sentir
descansado(a) e disposto(a) durante o dia, sentindo-se cansado(a), sem ter energia?”. As
respostas ordinais eram: “nenhum dia”, “menos da metade dos dias”, “mais da metade
dos dias” e “quase todos os dias”.
A análise de dados incorporou o plano de desenho amostral a fim de evitar equívocos
de ponderação das unidades amostrais e, portanto, sua representatividade na estimação
das medidas pontuais e intervalares de frequência e de risco. Para este último estimador,
foi utilizada modelagem de Cox bruta e ajustada, adotando-se um nível de significância
de 5% para minimizar erro tipo I.
Maiores detalhes da metodologia deste desenho epidemiológico encontram-se na
seção de resultados do artigo 1.
4.3. Etapa 2: Desenho da Coorte Prospectiva
A coorte de seguimento prospectiva tem como base a população de indivíduos idosos
residentes na zona urbana da cidade de Campina Grande-PB. A amostra é proveniente de
estudo transversal realizado em 2009 com a mesma população(LOPES; DANTAS;
MEDEIROS, 2013) e identificado dois subgrupos, uma amostra de exposição a uma das
29
condições a seguir: SED e/ou insônia, juntamente ou não com ronco, e outra amostra sem
exposição à dissonias.
Este delineamento serviu para responder ao objetivo específico de pesquisa que é
medir os efeitos de parâmetros da qualidade do sono, da SED e insônia em idosos,
adjtados pelos efeitos de condições crônicas na ocorrência de eventos de morte e cardio-
cerebrovasculares na população de idosos.
O cálculo do tamanho amostral para estimar o risco de mortalidade nas subamostras
estudadas levou em consideração um desfecho estimado de 10% no grupo sem exposição
e de 30% no grupo sob exposição, junto com um intervalo de confiança de 95% para
minimizar um erro tipo I e um poder de teste de 80% para minimizar ocorrência de erro
tipo II. Desta forma, torna-se necessário um mínimo de 48 participantes em cada subgrupo
de seguimento para estimar o risco do desfecho primário precisamente. No total, houve o
segmento de 160 idosos, dentre os quais 114 compunham o grupo de exposição durante
oito anos.
O desfecho primário deste delineamento foi a morte e o secundário os eventos cardio-
cerebrovasculares. A mensuração foi dicotômica vivo/morto para o desfecho primário e
nominal para os eventos cardiovasculares como infarto, arritmias, valvulopatias, anginas
e veias varicosas que foi transformada em dicotômica (tem/não tem) posteriormente. A
sua coleta assim como das variáveis independentes e co-variáveis na segunda onda foram
concretizadas por meio de contato telefônico e/ou visitas aos domicílios dos idosos do
seguimento, inquerindo sobre os desfechos ao participante e/ou familiares e/ou
informante-chave nas unidades de saúde de atenção primária local.
A análise de dados ocorreu de modo descritivo a partir das estimativas pontuais e
intervalares de distribuição de frequência como também inferenciais a partir de
modelagem de Cox bruta e adjta, tendo em vista o delineamento longitudinal, para estimar
o risco de predição dos desfechos. Adotou-se um nível de significância de 5% para
minimizar um erro tipo I.
Maiores detalhes sobre a metodologia deste delineamento se encontra na seção de
resultados do artigo 2 nesta tese.
30
4.4. Aspectos Éticos
A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário
Onofre Lopes, em respeito à Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde,
obtendo o seguinte parecer 2.048.708.
31
RESULTADOS E DISCUSSÃO
32
O primeiro manuscrito é intitulado “Queixas de insônia, sonolência excessiva e
redução da função reparadora do sono na população brasileira: análise da pesquisa
nacional de saúde, 2013” e é baseado na análise dos dados de um inquérito populacional
desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) e executado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Este manuscrito é apresentado na sua
versão em português e inglês, a qual foi submetida ao periódico Neuroepidemioloy e usa
como modo de normalização de texto acadêmico a norma Vancouver.
O segundo manuscrito, não submetido, consiste em um desenho de coorte
prospectiva de amostra de idosos e é intitulado “Risco de morte e eventos cardio-
cerebrovasculares em idosos com queixas de sonolência excessiva diurna e insônia:
estudo de coorte prospectiva”. Em cada manuscrito há um detalhamento do método
utilizado, assim como a exposição dos achados factuais e a discussão destes à luz do
conhecimento científico atual. Este manuscrito utiliza também a norma Vancouver.
33
Artigo 1
Queixas de Insônia, Sonolência Excessiva e Redução da Função Reparadora do Sono
na População Brasileira: Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013.
Resumo
Introdução: Queixas de sono não reparador, dificuldades em iniciar o sono e sonolência
durante o dia são relatos comuns e podem ser alterações na regulação do ciclo sono-
vigília. Não há informações representativas para a população brasileira, assim como os
fatores relacionados. Objetiva-se estimar a redução da função reparadora do sono, queixas
de insônia e sonolência excessiva diurna (SED), buscando identificar fatores relacionados
na população brasileira. Método: Foi desenvolvida uma análise de dados provenientes da
Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, de desenho transversal e amostragem complexa em
todo Brasil. O desfecho considerado foi a frequência de queixas de insônia e SED e
também a redução da FRS. Características de saúde, hábitos de vida, fatores
comportamentais-emocionais, autopercepção de saúde e moradia tiveram suas relações
investigadas. A análise ocorreu separadamente para adultos e idosos. A associação entre
desfechos e variáveis independentes foram medidas pela razão de prevalência (RP) e
estimada pela regressão de Cox, assumindo α≤0,05. Resultados: Entre os adultos, 28,2%
(IC95%:27,4%-29,0%) e 34,1% (IC95%:32,6%-35,7%) dos idosos têm de insônia/SED.
A FRS estava reduzida em 34,1% (IC95%:32,6%-35,7%) dos adultos e 29,2%
(IC95%:27,2%-30,6%) dos idosos. Destaca-se a relação dos sintomas depressivos
(RP=3,10; IC95%:2,70-3,56), oscilação emocional (RP=2,14; IC95%:1,89-2,42),
percepção de saúde geral ruim (RP=2,44; IC95%:2,05-2,90), ter condição crônica de
saúde (RP=1,57; IC95%:1,40-1,77) e morar em zona urbana (RP=1,32; IC95%:1,14-
1,52) com a ocorrência de dissonias. Conclusão: As dissonias atingem quase um terço da
população brasileira e está intimamente relacionada à condições emocionais, cronicidade
e urbanização.
Palavras-Chave: Sono Distúrbios do Sono por Sonolência Excessiva, Distúrbios do Início
e da Manutenção do Sono, Dissonias, Epidemiologia
Introdução
O sono tem uma função relevante na qualidade de vida, produzindo reparação,
conservação e adaptação das funções cognitivas e termorreguladoras, sendo capaz de
prover descanso e disposição para o estado de vigília(1)(2). Todavia, fatores
biológicos(3), comportamentais(4)(5) e contextuais(6)(7) podem interferir na função
reparadora do sono.
Alterações do sono repercutem em diversos sistemas corporais a curto e longo prazos,
como vigor físico e disfunções cardiovasculares(8)(9)(10), assim como em situações
34
sociais, onde os indivíduos precisam responder adequadamente às demandas esperadas,
como trabalho e relações interpessoais(11)(12).
Além da sensação de cansaço provocadas por sono não reparador, outras
alterações do sono são a dificuldade de iniciar, manter ou retornar ao sono, configurando
em estados de insônia. Soma-se também a presença de hábitos de cochilar em situações
de vigília, o que caracteriza estados de sonolência excessiva diurna (SED). Ambas as
situações relacionadas ao sono são de fácil observação na sociedade moderna e encaradas
como normais pela população, mas devastadoras para uma função fisiológica automática
como o sono.
Estimativas internacionais apontam que alterações do ciclo sono-vigília atingem
todas as faixas etárias e gêneros, no entanto parecem manifestar-se distintamente nos
ciclos de vida mediado por situações contextuais e comportamentais, como problemas
conjugais e de trabalho(13)(14), uso de mídias digitais e internet(15),
medicamentos(16)(17), distúrbios alimentares(18) e psiquiátricos(19), dentre outros.
No Brasil, levantamentos epidemiológicos relacionados aos distúrbios do sono
são escassos, consistindo, em sua maioria, de estudos de subpopulações regionais ou com
alguma morbidade, o que gera problemas de representatividade para toda a população.
Entretanto, as evidências apontam para prevalência de SED que varia 13% a
31,5%(10)(5)(20) e sua associação com depressão e risco cardiovascular(21)(10), baixa
escolaridade e sexo feminino(5). A insônia mostra-se variável na população brasileira, de
32,9%(22) à 83,3%(23) em idosos. A qualidade autopercebida do sono foi estimada como
boa ou muito boa em 74,6% dos idosos(23).
Investigar aspectos do comportamento do sono de populações tem potencial
relevância tanto pela escassez de evidências da sua manifestação como possível relação
com condições de saúde críticas, formando sólidos substratos para a tomada de decisão
em saúde pública e também o manejo clínico. Desta forma, buscou-se através da análise
de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada no ano de 2013 no Brasil,
estimar quão íntegra está a FRS assim como a presença de queixas de insônia e SED na
população brasileira, buscando identificar fatores relacionados à modulação da qualidade
da ritmicidade sono-vigília nessa população.
Método
35
A Pesquisa Nacional de Saúde, desenvolvida no território brasileiro em 2013,
apresentou um delineamento transversal com amostragem complexa realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Fundação
Oswaldo Cruz e é parte do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares (SIPD), de onde
a infraestrutura amostral foi retirada.
Fez parte do estudo a população de residentes em domicílios particulares
permanentes, os quais são agrupados em conglomerados chamados setores censitários,
abrangendo capitais, regiões metropolitanas e cidades interioranas. Foram utilizados os
setores censitários da base operacional geográfica de 2010, com a exclusão de aldeias
indígenas, quartéis, bases militares, alojamentos, acampamentos, embarcações,
penitenciárias, colônias penais, presídios, cadeias, asilos, orfanatos, conventos e
hospitais. Também foram excluídos os setores censitários localizados em Terras
Indígenas(24).
O dimensionamento amostral foi determinado a partir do pressuposto da amostragem
aleatória simples, tendo em vista não haver informações de toda a população para as
estimativas dos indicadores de proporção para os grupos de interesse. Foi também
utilizada a proporção de domicílios contendo os grupos populacionais de interesse
baseado no Censo Demográfico 2010. Assim, estimou-se um tamanho amostral de 81.357
participantes.
A amostra da população-alvo para este estudo consistiu de indivíduos maiores de 18
anos e foi selecionada a partir de processo complexo de amostragem por conglomerado,
configurada em três estágios a partir da amostra mestra do SIPD. A unidade primária de
amostragem (UPA) foi o setor censitário seguida pelos domicílios do setor e finalizada
no morador. Nestes dois últimos estágios, domicílio e morador, as unidades de
observação foram selecionadas por amostra aleatória simples(24).
Nos domicílios selecionados, realizava-se a listagem dos moradores maiores de 18
anos e o sorteio de um deles para a função de informante. Este indivíduo respondia ao
instrumento de inquérito com módulos temáticos ordenados de A até W, sendo utilizado,
para esta análise, apenas os módulos que abordavam as características individuais dos
moradores como dados demográficos, sociais, econômicos, de estilo de vida, percepção
de saúde e doenças crônicas, assim como características do domicílio pertinentes ao
estudo. Para mais informações do desenho amostral da PNS 2013 consultar Freitas (11).
36
O desfecho primário do estudo foi aFRS, mensurada através do autorrelato do
questionamento “nas duas últimas semanas, com que frequência o(a) Sr(a) teve problemas
por não se sentir descansado(a) e disposto(a) durante o dia, sentindo-se cansado(a), sem
ter energia?”, do módulo N (N11), produzindo uma variável ordinal agrupada nos
seguintes níveis de respostas: “nenhum dia”, “menos da metade dos dias” e “mais da
metade dos dias/quase todos os dias”. Esta última resposta sendo a mais grave e formada
por aglutinação dos níveis mais frequentes.
O desfecho secundário consistiu na presença autorreferida de queixas de insônia e
sonolência excessiva diurna através da pergunta “nas duas últimas semanas, com que
frequência o(a) Sr(a) teve problemas no sono, como dificuldade para adormecer, acordar
frequentemente à noite ou dormir mais do que de costume?” (N10) que também gerou
uma variável ordinal com a respostas: “nenhum dia”, “menos da metade dos dias” e “mais
da metade dos dias/quase todos os dias”. Esta última resposta sendo a mais grave e
formada por aglutinação dos níveis mais frequentes.
As variáveis independentes foram agrupadas de acordo com os módulos da PNS.
Variáveis demográficas: sexo (homem e mulher), faixa etária, situação conjugal (vive
com companheiro e não vive), raça/cor (branco e não-branco), ocupação laboral
remunerada (sim ou não) e estrato social (AB, C e DE). Esta última foi criada a partir do
Critério de Classificação Econômica Brasil da Associação Brasileira de Empresas de
Pesquisas (ABEP)(25).
Variáveis de Saúde: percepção geral de saúde (boa, regular e ruim), percepção da
saúde bucal (boa, regular e ruim), percepção de sintomas depressivos (sim e não),
percepção de oscilação comportamental (sim e não), portador de doença crônica (sim e
não) e portador de deficiência (sim e não).
Variáveis de Estilo de Vida: considerou-se hábito de vida saudável aqueles que não
fuma, praticaram atividade física nos últimos três meses e não consumiam bebida
alcoólica ou consumiam menos de uma vez por mês (sim ou não). O Índice de Massa
Corporal (IMC) foi classificado em baixo peso (<18,5 Kg/m2 para adultos e ≤22 para
idosos), eutrófico (<25 Kg/m2 para adultos e <27 Kg/m2 para idosos) e sobrepeso/obeso
(≥25 Kg/m2 para adultos e ≥27 Kg/m2 para idosos).
37
Variáveis de Apoio Social: foi realizada uma análise fatorial para redução das
variáveis do módulo M da PNS para adultos. Foram obtidas duas dimensões de Apoio
Social expressas nos questionamentos: “quantos familiares você se sente à vontade para
e pode falar quase tudo (M14)?” e “quantos amigos você se sente à vontade para e pode
falar quase tudo (M15)?”. As respostas foram graduadas em “até um”, “dois a três” e
“quatro ou mais”. Nos idosos utilizou-se a pergunta 39 do módulo K “participa de
atividades sociais organizadas (clubes, grupos comunitários ou religiosos, centros de
convivência do idoso etc.)?”, tendo, como resposta, sim ou não.
Variáveis de Domicílio: Localização do domicílio (urbano ou rural), Relação
Morador-Dormitório, sendo adequado até três indivíduos por dormitório (adequado ou
inadequado), ter computador e internet (sim ou não) e, apenas para idosos, ter celular e
internet (sim ou não).
Tratando-se de um estudo com desenho amostral complexo, a análise dos dados parte
da estimação ponderada das unidades amostrais do último estágio, a qual interfere no
valor das estimativas pontuais e intervalares. As análises dos dados foram estratificadas
para pessoas adultas e idosas, a fim de responder aos objetivos específicos do estudo e o
uso de variáveis distintas para essas subpopulações.
A descrição dos dados foi realizada através de estimativas de prevalência e seus
intervalos de confiança de 95% (IC95%). As inferências de associação entre as variáveis
dependentes primária e secundária em relação às variáveis independentes apresentadas
anteriormente ocorreu por meio da Regressão de Cox, com ajuste para desenho complexo,
e confirmação por meio da significância do teste Qui-quadrado ajustado de Wald. Além
disso, estimação da Razão de Prevalência (RP) a partir da exponecialização do coeficiente
de regressão e seus IC95% teve sua significância estatística avaliada pelo teste t. Adotou-
se um nível de significância de 5% para minimizar possível erro do tipo I.
Resultados
Na amostra da PNS foram entrevistados 60.314 indivíduos. A subpopulação adulta
era composta por 49.205 pessoas, sendo 54,5% (53,7%-55,3%) de mulheres,
prevalecendo os menores de 30 anos [30,1%(29,4%-30,8%)] e, em menor proporção, os
de 50 a 59 anos [20,8%(20,1%-21,5%)]. Na subpopulação idosa, foram entrevistados
11.109 participantes, dos quais 57,7% (56,1%-59,3%) eram mulheres e,
38
aproximadamente, 56,4% (54,7%-58,0%) da amostra tinham entre 60 e 69 anos. Mais
detalhes da descrição da amostra estão apresentados nas Tabelas 1 e 2.
Evidencia-se prevalência de 28,2% (IC95%:27,4%-29,0%) de queixas de
insônia/SED em adultos no Brasil, sendo 13,9% (13,3%-14,5%) de queixas de
insônia/SED em menos da metade dos dias da semana nos últimos quinze dias e 14,3%
(13,7%-14,9%) manifestando quase todos os dias da semana, quadro de maior gravidade.
Quanto aos idosos, as queixas de insônia/SED atingem 34,1% (32,6%-35,7%) da
população, onde 14,8% (13,7%-16,0%) apresenta em menos da metade dos dias e 19,4%
(18,0%-20,7%) quase todos os dias da semana.
Em relação à FRS, em torno de 31,0% (30,2%-31,9%) mencionaram ter redução. Já
18,9% (18,2%-19,5%) relatam que em menos da metade dos dias na semana não estavam
descansados ou dispostos durante o dia e 12,1% (11,6%-12,7%) relataram indisposição
quase todos os dias da semana. Aproximadamente 29,2% (27,2%-30,6%) dos idosos
sentiam-se cansados, onde 17,2% (16,0%-18,4%) estavam sem energia em menos da
metade dos dias da semana e 12,0% (11,0%-13,0%) em quase todos os dias.
As mulheres adultas se mostraram mais associadas às queixas de insônia/SED
somente na situação de maior gravidade (RP=1,14;1,01-1,28). Adultos com idade
menores que 29 anos (RP=0,79;0,71-0,87) e entre 30-39 anos (RP=0,90;0,82-0,98)
apresentam menor ocorrência de dissonias que adultos com mais de 40 anos. Somente
aqueles com menos de 29 anos (RP=0,82;0,71-0,94) têm menor frequência de queixas de
insônia/SED mais graves que seus pares acima de 40 anos.
A percepção de sintomas depressivos (RP=3,10;2,70-3,56) e oscilação
comportamental (RP=2,14;1,89-2,42) mostraram-se associadas positivamente às queixas
de insônia/SED, assim como a existência de condição crônica de saúde (RP=1,57;1,40-
1,77), percepções ruins (RP=2,44;2,05-2,90) e regulares (RP=1,46;1,46-1,86). Portar
algum tipo de deficiência (RP=1,23;1,02-1,48) e morar na zona urbana (RP=1,32;1,14-
1,52) estão associados positivamente às queixas de insônia/SED. Diferentemente, ter
baixo apoio social de amigos, como um ou menos amigos (RP=0,85; IC95%:0,76-0,96),
está inversamente associado à queixas de insônia/SED na população adulta.
Entre os idosos, as queixas de insônia/SED estão positiva e independentemente
associadas ao sexo, ocorrendo mais nas mulheres (RP=1,18; IC95%; 1,03-1,35), àqueles
com percepções de sintomas depressivos (RP=2,19;1,92-2,50/RP=2,51;2,09-3,01) e
39
oscilação comportamental (RP=1,76;1,54-2,01/RP=1,73;1,45-2,07), como também à
presença de condições crônicas (RP=1,56;1,31-1,85/RP=1,56;1,21-2,03). Má
(RP=1,47;1,23-1,75/RP=1,91;1,51-2,42) e regular (RP=1,18;1,03-1,36/ RP=1,26;1,05-
1,51) percepção da saúde geral estão positivamente associadas às queixas de insônia/SED
tanto no geral quanto na sua forma mais grave, (Tabela 2).
Tabela 1. Distribuição de frequência e modelagem bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral
complexo para associação com queixas de insônia/sonolência na população adulta brasileira, 2013.
Queixas de Insônia/SED
Variáveis
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
n %(IC95%) RPbr IC95% RPaj1 IC95% RPaj2 IC95%
Sexo
Mulher 27660 45,5% (44,7-46,3) 1,46 1,35-1,57 1,07 0,99-1,15 1,14 1,01-1,28
Homem 21365 54,5% (53,7-55,3) 1 1 1
Vive com companheiro
Sim 29474 62,7% (61,9-63,5) 1,03 0,95-1,11 0,95 0,88-1,03 0,94 0,85-1,05
Não 19551 37,3% (36,5-38,1) 1 1 1
Raça/Cor
Branco 18792 46,3% (45,4-47,1) 0,97 0,90-1,04 1,01 0,90-1,09 1,05 0,94-1,17
Não-Branco 30233 52,9% (52,9-54,6) 1 1 1
Idade
18-29 anos 14321 30,1% (29,4-30,8) 0,72 0,66-0,78 0,79 0,71-0,87 0,82 0,71-0,94
30-39 anos 14269 25,9% (25,2-26,6) 0,85 0,77-0,93 0,90 0,82-0,98 0,92 0,81-1,02
40 anos ou mais 20435 44,0% (43,2-44,8) 1 1 1
Estrato Social
DE 13288 21,6% (20,9-22,4) 1,10 1,00-1,21 1,01 0,88-1,14 1,13 0,92-1,39
C 21798 43,7% (42,8-44,7) 1,11 1,02-1,21 0,99 0,90-1,09 1,04 0,90-1,20
AB 14039 34,6% (33,535,7%) 1 1 1
IMC
Baixo Peso 1152 2,4% (2,2-2,6) 1,25 1,01-1,56 1,09 0,88-1,35 0,82 0,59-1,13
Sobrepeso 27138 56,4% (55,5-57,3) 1,13 1,05-1,21 1,01 0,93-1,08 1,02 0,92-1,39
Eutrófico 19935 41,2% (40,3-42,1) 1 1 1
Estilo de Vida
Saudável 7093 14,9% (14,3-15,5) 0,86 0,78-0,95 0,93 0,84-1,03 0,87 0,75-1,01
Não saudável 41932 85,1% (84,5-85,7) 1 1 1
Sintomas Depressivos
Sim 16628 32,4% (31,5-33,2) 4,65 4,32-5,01 2,87 2,62-3,13 3,10 2,70-3,56
Não 32397 67,6% (66,68,5) 1 1 1
Oscilação Comportamental
40
Tabela 1. Distribuição de frequência e modelagem bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral
complexo para associação com queixas de insônia/sonolência na população adulta brasileira, 2013.
Queixas de Insônia/SED
Variáveis
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
n %(IC95%) RPbr IC95% RPaj1 IC95% RPaj2 IC95%
Sim 11923 23,7% (22,24,5) 4,12 3,84-4,43 2,05 1,88-2,24 2,14 1,89-2,42
Não 37102 76,3% (75,5-77,1) 1 1 1
Percepção Geral de Saúde
Má 2396 4,6% (4,3-4,9) 3,86 3,38-4,40 1,77 1,55-2,01 2,44 2,05-2,90
Regular 12395 25,1% (24,4-25,8) 2,16 2,01-2,33 1,40 1,29-1,52 1,46 1,46-1,86
Boa 34234 70,3% (69,5-71,1) 1 1 1
Percepção de Saúde Bucal
Má 2650 5,5% (5,1-5,9) 1,89 1,64-2,18 1,05 0,90-1,23 1,20 0,92-1,16
Regular 13537 26% (25,3-26,7) 1,39 1,29-1,50 1,04 0,96-1,12 1,03 0,92-1,28
Boa 32838 68,5% (67,7-69,3) 1 1 1
Condição Crônica de Saúde
Sim 21084 45,4% (44,5-46,3) 2,43 2,26-2,61 1,46 1,35-1,59 1,57 1,40-1,77
Não 27941 54,6% (53,7-55,5) 1 1 1
Portador de Deficiência
Sim 3198 6,6% (6,2-7,1) 1,53 1,33-1,76 1,06 0,93-1,20 1,23 1,02-1,48
Não 45827 93,4% (92,9-93,8) 1 1 1
Apoio Social Família
Um ou menos 20640 39,5% (38,5-40,4) 1,11 1,01-1,21 1,02 0,92-1,13 1,11 0,95-1,29
2-3 17036 35,3% (34,5-36,1) 0,96 0,87-1,05 0,95 0,87-1,05 0,93 0,80-1,08
Mais de 4 11320 25,2% (24,4-26,0) 1 1 1
Apoio Social Amigos
Um ou menos 27993 55,1% (54,256,0) 1,05 0,95-1,17 0,85 0,76-0,96 0,97 0,81-1,15
2-3 13988 29,0% (28,2-29,8) 0,96 0,86-1,08 0,89 0,80-1,01 1,01 0,83-1,19
Mais de 4 7044 15,9% (15,3-16,6) 1 1 1
Atividade Laboral
Possui 34192 70,2% (69,4-71,0) 0,89 0,82-0,96 1,03 0,95-1,12 0,93 0,83-1,05
Não possui 14833 29,8% (29,0-30,6) 1 1 1
Morador/dormitório
Adequado 39335 80,7% (80,0-81,4) 1,03 0,95-1,12 1,05 0,97-1,14 0,95 0,84-1,07
Inadequado 9690 19,3% (18,6-20,0) 1 1 1
Computador e Internet
Sim 20511 49,5(48,5-50,5) 0,95 0,88-1,02 1,05 0,86-1,27 1,03 0,80-1,33
Não 28514 50,5% (49,5-51,5) 1 1 1
Tipo de Moradia
41
Tabela 1. Distribuição de frequência e modelagem bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral
complexo para associação com queixas de insônia/sonolência na população adulta brasileira, 2013.
Queixas de Insônia/SED
Variáveis
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
n %(IC95%) RPbr IC95% RPaj1 IC95% RPaj2 IC95%
Urbana 40246 86,6% (86,1-87,1) 1,11 1,02-1,21 1,08 0,99-1,18 1,32 1,14-1,52
Rural 8779 13,4% (12,9-13,9) 1 1 1
Legenda: Modelo final 1 (ajuste para desfecho ordinal); Modelo final 2 (ajuste para pior desfecho, última categoria
da variável); N (número de indivíduos); IC95% (intervalo de confiança de 95%); RPbr (razão de prevalência bruta);
RPaj (razão de prevalência ajustada).
Tabela 2. Distribuição de frequência, associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral complexo
para associação com queixas de insônia/sonolência na população idosa brasileira, 2013.
Queixas de Insônia/SED
Parâmetro
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
n % (IC95%) RPbr IC95% RPaj1 IC95% RPaj2 IC95%
Sexo
Mulher 6586 57,7% (56,1-59,3) 1,44 1,28-1,63 1,18 1,03-1,35 1,11 0,94-1,32
Homem 4523 42,3% (40,7-43,9) 1 1 1
Vive com companheiro
Sim 5004 57,0% (55,4-58,5) 0,87 0,78-0,97 1,02 0,90-1,15 1,02 0,87-1,19
Não 6105 43,0% (41,5-44,6) 1 1 1
Raça/Cor
Branco 5296 54,2% (52,5-55,9) 0,91 0,81-1,01 1,02 0,91-1,15 1,01 0,86-1,17
Não-Branco 5813 45,8% (44,1-47,5) 1 1 1
Faixa Etária
60-69 anos 6170 56,4% (54,7-58,0) 0,91 0,77-1,06 1,03 0,88-1,22 1,08 0,86-1,37
70-79 anos 3441 30,0%(28,5-31,5) 0,99 0,84-1,17 1,06 0,90-1,25 1,22 0,98-1,53
80 anos + 1498 13,6% (12,6-14,7) 1 1 1
Estrato Social
DE 4514 32,4% (31,0-33,9) 1,44 1,24-1,68 1,21 0,97-1,51 1,05 0,78-1,40
C 4235 41% (39,4-42,7) 1,33 1,14-1,55 1,15 0,96-1,39 1,08 0,84-1,38
AB 2360 26,6% (24,7-28,6) 1 1 1
IMC
Baixo Peso 1713 15,3% (14,1-16,5) 1,07 0,91-1,26 1,01 0,85-1,19 1,14 0,90-1,46
Sobrepeso 4899 45,5% (43,9-47,1) 1,01 0,89-1,12 0,89 0,79-1,01 0,97 0,82-1,16
Eutrófico 4497 39,2% (37,7-40,8) 1 1 1
Estilo de Vida
Saudável 1753 15,3% (14,2-16,4) 0,96 0,82-1,12 1,23 0,85-1.77 1,44 0,86-2,42
42
Tabela 2. Distribuição de frequência, associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral complexo
para associação com queixas de insônia/sonolência na população idosa brasileira, 2013.
Queixas de Insônia/SED
Parâmetro
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
n % (IC95%) RPbr IC95% RPaj1 IC95% RPaj2 IC95%
Não Saudável 9353 1 1 1
Dificuldade em Atividades
Tem 3642 31,7% (30,3-33,2) 1,60 1,44-1,78 0,99 0,88-1,11 0,98 0,83-1,17
Não Tem 7467 68,3% (66,8-69,7) 1 1 1
Sintomas Depressivos
Sim 3697 33,4% (31,8-35,1) 3,39 3,02-3,80 2,19 1,92-2,50 2,51 2,09-3,01
Não 7412 66,6% (64,9-68,2) 1 1 1
Oscilação Comportamental
Sim 2973 26,4% (24,9-27,9) 3,12 2,79-3,49 1,76 1,54-2,01 1,73 1,45-2,07
Não 8136 73,6% (72,1-75,1) 1 1 1
Percepção Geral de Saúde
Má 1459 11,9% (11,0-13,0) 3,04 2,61-3,53 1,47 1,23-1,75 1,91 1,51-2,42
Regular 4773 43,3% (41,8-44,9) 1,69 1,48-1,92 1,18 1,03-1,36 1,26 1,05-1,51
Boa 4877 44,7% (43,1-46,3) 1 1 1
Percepção de Saúde Bucal
Má 1069 7,9% (7,2-8,8) 1,49 1,26-1,76 1,08 0,92-1,26 0,98 0,79-1,21
Regular 3348 29,5% (27,9-31,1) 1,19 1,04-1,36 0,99 0,97-1,13 0,94 0,80-1,11
Boa 6692 62,6% (60,9-64,2) 1 1 1
Condição Crônica de Saúde
Sim 8543 78,6% (77,2-79,9) 2,28 1,93-269 1,56 1,31-1,85 1,56 1,21-2,03
Não 2566 21,4% (20,1-22,8) 1 1 1
Portador de Deficiência
Sim 2319 21,3% (19,9-22,7) 1,30 1,15-1,47 1,01 0,89-1,14 1,09 0,92-1,28
Não 8790 78,7% (77,3-80,1) 1 1 1
Apoio Social
Adequado 2736 25,1% (23,6-26,6) 0,25 0,09-0,74 1,12 1,00-1,26 0,92 0,77-1,09
Baixo 8373 74,9% (73,4-76,4) 1 1 1
Atividade Laboral
Possui 2529 22,5% (21,1-23,9) 0,80 0,69-0,92 1,02 0,87-1,20 1,01 0,81-1,23
Não Possui 8580 77,5% (76,1-78,6) 1 1 1
Morador/dormitório
Adequado 10485 92% (91,0-92,9) 1,19 0,96-1,48 0,93 0,76-1,15 0,98 0,72-1,34
Inadequado 624 8,0% (7,1-9,0) 1 1 1
Computador e Internet
43
Tabela 2. Distribuição de frequência, associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral complexo
para associação com queixas de insônia/sonolência na população idosa brasileira, 2013.
Queixas de Insônia/SED
Parâmetro
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
n % (IC95%) RPbr IC95% RPaj1 IC95% RPaj2 IC95%
Sim 2939 33,9% (32,235,7) 0,77 0,68-0,88 0,87 0,65-1,15 1,06 0,66-1,71
Não 8170 66,1% (64,3-67,8) 1 1 1
C Celular e Internet
Sim 3041 34,8% (33,0-36,6) 1,26 1,11-1,43 0,92 0,71-1,20 1,24 0,80-1,93
Não 8068 65,2% (63,4-67,0) 1 1 1
Tipo de Moradia
Urbano 8948 86,0% (85,1-86,9) 1,01 0,88-1,15 1,04 0,91-1,19 1,08 0,89-1,31
Rural 2161 14,0% (13,1-14,9) 1 1 1
Legenda: Modelo final 1 (ajuste para desfecho ordinal); Modelo final 2 (ajuste para pior desfecho, última categoria da
variável); N (número de indivíduos); IC95% (intervalo de confiança de 95%); RPbr (razão de prevalência bruta); RPaj
(razão de prevalência ajustada).
A redução da FRS que se expressa no cansaço e na falta de energia para as
atividades diárias, mostrou-se associada com gênero nos adultos, prevalecendo entre as
mulheres de modo geral (RP=1,12;1,05-1,20) ou na forma mais grave (RP=1,19;1,09-
1,37) e nas pessoas que vivem com companheiro (RP=1,09;1,02-1,17). O estrato social
mais baixo também se mostrou positivamente relacionado à redução da FRSde modo
geral (RP=1,21;1,07-1,35) e no cansaço em quase todos os dias da semana
(RP=1,42;1,18-1,71). Já o estrato intermediário (C) evidenciou-se associado apenas com
a presença de falta de energia em quase todos os dias da semana (RP=1,30;1,12-1,50)
(Tabela 3).
Ainda nos adultos, a percepção de sintomas depressivos (RP=3,22;2,94-
3,52/RP=3,29;2,83-3,83) e oscilação emocional (RP=1,51;1,41-1,63/ RP=1,66;1,46-
1,89) são mais comuns nas pessoas com redução da FRS. A presença de insônia/SED
(RP=2,47;2,28-2,67/RP=3,03;2,66-3,47), ocorrência de condição crônica (RP=1,23;1,15-
1,31/RP=1,42;1,26-1,61), má (RP=1,32;1,20-1,38/RP=2,30;1,92-2,75) e regular
(RP=1,29;1,18-1,48/RP=1,62;1,43-1,83) percepção geral de saúde e ter atividade
laboral remunerada ou não (RP=1,32;1,23-1,42/RP=1,27;1,13-1,44). Morar na zona
urbana esteve associado com os casos que apresentaram cansaço em quase todos os dias
da semana (RP=1,31;1,10-1,55). Por outro lado, ter baixo peso (RP= 0,82;0,69-0,98) e
44
hábitos saudáveis (RP=0,91;0,83-0,99/RP=0,74;0,64-0,87) estão negativa e
independentemente relacionados com a redução da FRS.
Tabela 3. Associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral complexo com a
autopercepção da função reparadora do sono na população adulta brasileira, 2013.
Queixas de Redução da Função Reparadora
Parâmetro
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
RPbr IC95% RPaj IC95% RPaj IC95%
Sexo
Mulher 1,50 1,40-1,60 1,12 1,05-1,20 1,22 1,09-1,37
Homem 1 1 1
Vive com companheiro
Sim 1,13 1,06-1,22 1,09 1,02-1,17 1,04 0,93-1,25
Não 1 1 1
Raça/Cor
Branco 1,01 0,94-1,08 1,01 0,94-1,09 1,08 0,96-1,20
Não-Branco 1 1 1
Idade
18-29 anos 0,81 0,74-0,88 1,02 0,93-1,12 1,08 0,94-1,25
30-39 anos 0,96 0,89-1,05 1,04 0,96-1,13 1.06 0,93-1,21
40 anos ou mais 1 1 1
Estrato Social
DE 1,02 0,94-1,10 1,21 1,07-1,35 1,42 1,18-1,71
C 0,91 0,83-0,99 1,06 0,97-1,15 1,30 1,12-1,50
AB 1 1 1
IMC
Baixo Peso 0,91 0,73-1,12 0,82 0,69-0,98 0,89 0,66-1,21
Sobrepeso 1,12 1,04-1,20 1,02 0,95-1,09 1,02 0,92-1,14
Eutrófico 1 1 1
Estilo de Vida
Saudável 0,87 0,80-0,96 0,91 0,83-0,99 0,74 0,64-0,87
Não Saudável 1 1 1
Sintomas Depressivos
Sim 5,90 5,49-6,35 3,22 2,94-3,52 3,29 2,83-3,83
Não 1 1 1
Oscilação Comportamental
Sim 4,06 3,81-4,33 1,51 1,41-1,63 1,66 1,46-1,89
Não 1 1 1
Percepção Geral de Saúde
45
Tabela 3. Associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral complexo com a
autopercepção da função reparadora do sono na população adulta brasileira, 2013.
Queixas de Redução da Função Reparadora
Parâmetro
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
RPbr IC95% RPaj IC95% RPaj IC95%
Má 3,28 2,89-3,74 1,32 1,20-1,38 2,30 1,92-2,75
Regular 2,13 1,99-2,28 1,29 1,18-1,48 1,62 1,43-1,83
Boa 1 1 1
Percepção de Saúde Bucal
MáRuim 1,82 1,34-1,54 1,11 1,04-1,19 1,24 0,97-1,22
Regular 1,44 1,59-2,09 1,13 0,98-1,29 1,09 1,01-1,52
Boa 1 1 1
Insônia/SED
Sim 5,01 4,66-5,37 2,47 2,28-2,67 3,03 2,66-3,47
Não 1 1 1
Condição Crônica de Saúde
Sim 2,26 2,12-2,42 1,23 1,15-1,31 1,42 1,26-1,61
Não 1 1 1
Portador de Deficiência
Sim 1,36 1,20-1,55 0,95 0,83-1,08 1,03 0,84-1,25
Não 1 1 1
Apoio Social Família
Um ou menos 0,99 0,91-1,08 0,88 0,80-0,96 1,07 0,92-1,25
2-3 0,93 0,85-1,02 0,90 0,82-0,98 0,93 0,79-1,08
Mais de 4 1 1 1
Apoio Social Amigos
Um ou menos 1,03 0,93-1,14 0,95 0,86-1,06 0,95 0,79-1,14
2-3 0,97 0,87-1,08 0,97 0,87-1,08 0,96 0,80-1,16
Mais de 4 1 1 1
Atividade Laboral
Possui 1,10 1,02-1,19 1,32 1,23-1,42 1,27 1,13-1,44
Não possui 1 1 1
Morador/dormitório
Adequado 0,98 0,91-1,06 0,95 0,88-1,03 0,91 0,80-1,03
Inadequado 1 1 1
Computador e Internet
Sim 1,17 1,01-1,36 0,99 0,84-1,15 0,99 0,76-1,28
Não 1 1 1
Tipo de Moradia
46
Tabela 3. Associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral complexo com a
autopercepção da função reparadora do sono na população adulta brasileira, 2013.
Queixas de Redução da Função Reparadora
Parâmetro
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
RPbr IC95% RPaj IC95% RPaj IC95%
Urbano 1,18 1,07-1,30 1,04 0,95-1,14 1,31 1,10-1,55
Rural 1 1 1
Legenda: Modelo final 1 (adjte para desfecho ordinal); Modelo final 2 (adjte para pior desfecho,
última categoria da variável); N (número de indivíduos); IC95% (intervalo de confiança de 95%);
RPbr (razão de prevalência bruta); RPadj (razão de prevalência adjtada).
Entre os idosos, a redução da FRS está comumente presente nos indivíduos
brancos (RP1=1,18;1,01-1,39) em quase todos os dias da semana (tabela 4). Os idosos
com percepção de sintomas depressivos (RP1=3,37;2,87-3,97/RP2=3,77;2,88-4,96),
oscilação comportamental (RP1=1,75;1,53-1,99/RP2=1,81;1,46-2,24), que têm
dificuldades nas atividades funcionais domésticas (RP1=1,13;1,01-1,27/RP2=1,36;1,12-
1,65) também manifestam mais redução da FRS. Aqueles com más (RP1=1,50;1,23-
1,82/RP2=3,12;2,31-4,21) e regular (RP1=1,21;1,03-1,41/RP2=1,65;1,26-2,16)
percepções de saúde geral, regular percepção de saúde bucal (RP=1,21;1,08-1,37), ter
queixas de insônia/SED (RP=2,45;2,14-2,79/ RP=3,46;2,77-4,33), ter apoio social
(RP=1,14;1,01-1,30), ter computador com acesso à internet (RP=1,44; 1,01-2,07) e morar
em zona urbana (RP=1,32;1,02-1,72) também estão mais associados à autopercepção de
sono não reparador.
Tabela 4. Associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral complexo
autopercepção da função reparadora do sono na população idosa brasileira, 2013.
Queixas de Redução da Função Reparadora
Parâmetro
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
RPbr IC95% RPaj IC95% RPaj IC95%
Sexo
Mulher 1,48 1,30-1,67 1,12 0,98-1,29 1,18 0,95-1,45
Homem 1 1 1
Vive com companheiro
Sim 0,92 0,83-1,03 1,08 0,96-1,21 1,04 0,87-1,24
Não 1 1 1
Raça/Cor
Branco 0,94 0,83-1,06 1,09 0,97-1,22 1,18 1,01-1,39
47
Tabela 4. Associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral complexo
autopercepção da função reparadora do sono na população idosa brasileira, 2013.
Queixas de Redução da Função Reparadora
Parâmetro
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
RPbr IC95% RPaj IC95% RPaj IC95%
Não-Branco 1 1 1
Idade
60-69 anos 1,01 0,84-1,20 1,02 0,93-1,12 1,08 0,94-1,25
70-79 anos 1,03 0,85-1,25 1,04 0,96-1,13 1,06 0,93-1,21
80 anos ou mais 1 1 1
Estrato Social
DE 1,33 1,11-1,58 1,07 0,84-1,35 0,73 0,49-1,08
C 1,20 1,02-1,43 1,01 0,84-1,21 0,76 0,56-1,03
AB 1 1 1
IMC
Baixo Peso 1,01 0,84-1,20 0,95 0,80-1,14 1,22 0,95-1,56
Sobrepeso 1,13 0,99-1,29 1,06 0,94-1,20 1,12 0,93-1,35
Eutrófico 1 1 1
Estilo de Vida
Saudável 1,14 0,96-1,35 0,97 0,89-1,06 1,07 0,80-1,44
Não-Saudável 1 1 1
Dificuldade em Atividades
Tem 1,98 1,77-2,22 1,13 1,01-1,27 1,36 1,12-1,65
Não Tem 1 1 1
Sintomas Depressivos
Sim 6,88 6,00-7,89 3,37 2,87-3,97 3,77 2,88-4,96
Não 1 1 1
Oscilação Comportamental
Sim 4,76 4,25-5,33 1,75 1,53-1,99 1,81 1,46-2,24
Não 1 1 1
Percepção Geral de Saúde
Ruim 4,61 3,91-5,44 1,50 1,23-1,82 3,12 2,31-4,21
Regular 2,10 1,83-2,42 1,21 1,03-1,41 1,65 1,26-2,16
Boa 1 1 1
Percepção de Saúde Bucal
Ruim 1,83 1,54-2,18 1,11 0,92-1,35 1,13 0,89-1,44
Regular 1,52 1,34-1,73 1,21 1,08-1,37 1,11 0,91-1,37
Boa 1 1 1
Insônia/SED
48
Tabela 4. Associação bruta e ajustada por regressão de Cox em desenho amostral complexo
autopercepção da função reparadora do sono na população idosa brasileira, 2013.
Queixas de Redução da Função Reparadora
Parâmetro
Modelo Bruto Modelo Final1 Modelo Final2
RPbr IC95% RPaj IC95% RPaj IC95%
Sim 4,73 4,20-5,34 2,45 2,14-2,79 3,46 2,77-4,33
Não 1 1 1
Condição Crônica de Saúde
Sim 2,57 2,11-3,14 1,20 0,99-1,44 1,58 1,11-2,40
Não 1 1 1
Portador de Deficiência
Sim 1,40 1,22-1,60 1,01 0,89-1,13 1,15 0,95-1,40
Não 1 1 1
Apoio Social
Sim 0,82 0,31-2,16 1,14 1,01-1,30 0,94 0,76-1,17
Não 1 1 1
Atividade Laboral
Possui 0,86 0,70-1,00 0,89 0,77-1,02 0,87 0,66-1,15
Não Possui 1 1 1
Morador/dormitório
Inadequado 1,31 1,05-1,65 0,92 0,74-1,14 1,16 0,77-1,74
Adequado 1 1 1
Computador e internet
Sim 0,94 0,82-1,08 1,44 1,01-2,07 1,58 0,89-2,79
Não 1 1 1
Tipo de Moradia
Urbana 1,01 0,85-1,19 0,99 0,85-1,16 1,32 1,02-1,72
Rural 1 1 1
Legenda: Modelo final 1 (ajustado para desfecho ordinal); Modelo final 2 (ajustado para pior
desfecho, última categoria da variável); N (número de indivíduos); IC95% (intervalo de confiança
de 95%); RPbr (razão de prevalência b//ruta); RPaj (razão de prevalência ajustada).
Discussão
Evidencia-se neste estudo que problemas e queixas relacionados ao sono atingem
praticamente um terço da população brasileira. As queixas de insônia, sonolência e
cansaço por falta de reparação do sono são as principais manifestações de distúrbios do
49
sono, de forma independente ou atrelada às morbidades respiratórias relacionadas ao
sono, como ronco(26)(27) e a síndrome da apneia obstrutiva do sono(28)(29).
Relatamos aqui estimativas com representatividade no Brasil para queixas
relacionadas ao sono. Bittencourt et al. identificaram que 63% dos brasileiros têm alguma
disfunção do sono, sendo a insônia presente em 33% deles(30) e que vem mostrando uma
evolução crescente desde 1987 na cidade de São Paulo(31). Cenários semelhantes foram
identificados em inquérito epidemiológico na Holanda, onde 32,1% da população
apresenta algum distúrbio do sono(32). Diferentemente, extremos epidemiológicos foram
registrados no Japão, cuja prevalência de distúrbios do sono foi de 53% em adultos(33),
e na Nova Zelândia variando de 9% a 14%(34). Levantamento realizado em 56 países
entre 2002 e 2004, mostrou prevalência de 7,6% de queixas relacionados ao sono, com
grande variabilidade(35), o que revela disparidades contextuais nos seus
condicionantes(36).
Quando analisamos morbidades específicas do sono, verifica-se que a insônia
primária apresenta alta prevalência em diversas populações e é facilmente detectável na
atenção primária(37), através dos sintomas utilizados neste estudo. Na Finlândia, a
prevalência de insônia é em torno de 12%(38), sendo que a insônia ocasional atinge
44,8% da população trabalhadora, com tendência crescente, e a insônia crônica afeta
9,2%, de forma estável(39). Em Taiwan, foi identificada uma prevalência de 25% de
insônia(40), bem superior aos Estados Unidos que é de 8% (41).
A manifestação de queixas de insônia, sonolência e sono não reparador parecem
estar relacionadas com diversos condicionantes(22). Quando analisamos a influência do
gênero no sono, vários autores têm relatado a ocorrência de distúrbios do sono de modo
distinto no gênero, principalmente em mulheres (38)(42)(43)(44)(45). As mulheres
adultas brasileiras apresentam mais comumente redução da FRS e queixas de
insônia/SEDque os homens e as idosas relatam mais queixas insônia/SED que os
indivíduos do sexo oposto. Fatores sociais como dupla ou tripla carga de trabalho(46)(47),
baixa escolaridade em relações aos homens(47) e características biológicas como maior
associação com distúrbios de humor(48) e a menopausa(49) podem estar relacionados
com maior frequência de queixas relacionadas ao sono em mulheres, mesmo em situações
não urbanas no Brasil(50).
50
A deficiência do sono reparador também é mais comum em adultos sem
companheiros, em estratos sociais inferiores e que possuem ocupação laboral. Todavia, a
associação com o estado marital apresenta divergência entre os estudos quanto à sua
associação com distúrbios do sono (5)(38)(51)(52)(53). Nossos achados apontam para
maiores queixas de redução da FRS em adultos com companheiros. Atividade
ocupacionais ou laborais com maiores cargas de trabalho(54), trabalho em turnos(55)(41),
altos níveis de estresse nas atividades ocupacionais(14) e estar em baixos estratos
sociais(56)(57)(39)(53) são mais comumente associados à sonolência, insônia e piores
parâmetros do sono.
Os fatores mais fortemente associados às queixas de insônia/SED e redução da
FRSsão sintomas depressivos, oscilação comportamental ou labilidade emocional e ter
alguma condição crônica de saúde, em ambas as populações estudadas no Brasil. Diversos
estudos vêm registrando que comportamentos depressivos, labilidade emocional e
distúrbios psiquiátricos (58)(59)(60)(61) e o fato de ser portador de doença
crônica(62)(63)(64)(65) apresentam íntima relação com distúrbios do sono.
Tais condições de saúde são fortemente condicionadas por pensamentos
catastróficos(66), ocasionando sensibilização central de estímulos dolorosos, os quais
demonstraram associação com baixa eficiência do sono(67) e alteração da função
hipotalâmica do núcleo supraquiasmático(68), o qual é responsável pela ritmicidade
circadiana. Parece que o direcionamento desta associação acontece de modo que as
alterações da FRSpotencializam os efeitos deletérios das disfunções psicogênicas e da
percepção da dor, como aponta estudo em indivíduos com fibromialgia(69) e
osteoartrite(67), tornando piores as manifestações clínicas de condições crônicas.
Outra característica fortemente associada com as queixas é a autopercepção geral
de saúde, também associada a distúrbios psicogênicos em outros estudos(105). Indivíduos
com percepções negativas tendem a apresentar piores resultados objetivos de saúde como
cronificação e maior risco de morte do que aqueles com boas percepções. Hale et al(36)
também identificaram associação entre baixa percepção de saúde e qualidade do sono
deteriorada, o que é evidente em adultos(70) e idosos (71) tanto em países de alta renda
como baixa renda(72). No Brasil, Lima et al.(73) observaram em idosos que reduções na
duração do sono ou o seu excesso estão associados com piores status de saúde
autorreferida.
51
Adultos brasileiros que moram em zonas urbanas apresentam mais
frequentemente queixas de insônia/SED e redução da FRS. Já os idosos vivendo em zona
urbana apresentam apenas redução da FRS em relação aos seus pares da zona rural como
também aqueles que possuem computador e internet em casa. Existem evidências que a
urbanização produz redução no tempo de sono(7) e que ruídos produzidos pelo tráfego de
automóveis(74) e o uso abusivo de mídias e de computador(15)(75) em áreas urbanas
relaciona-se com a ocorrência de distúrbios do sono. Ruídos e luzes artificiais durante a
noite parecem modificar a ritmicidade biológica, como já observado em estudos em
modelo animal(76). Além disso, algumas evidências sugerem a relação da exposição de
luz artificial noturna na desregulação da ritmicidade circadiana e ocorrência de
neoplasias(77)(78)(79).
Fato curioso se apresenta quanto à associação do baixo apoio social em adultos e
idosos com a menor ocorrência de distúrbios do sono. A literatura aponta vários aspectos
benéficos à respeito das teias de suporte social em relação à saúde geral(80)(81) e outras
condições e comportamentos (82)(12). Evidências sugerem que baixo suporte social
também se mostra um modulador dos efeitos de distúrbios do sono através da predição
de marcadores inflamatórios cardíacos(83)(84). Entretanto, em estudo realizado em
Montreal, Canadá, verificou-se que indicadores de apoio social fortes estão positivamente
associados com sono inquieto (6), o que nos mostra uma expressão dos efeitos contextuais
modificada de acordo com características individuais, como o gênero. Outros achados
revelaram que não há relação do suporte social na função do sono em uma coorte de
idosos após ajustamento multinível e seguimento de cinco anos (85).
A literatura científica apresenta diversas condições de saúde relacionadas ao sono.
Contudo, é digno de nota a imensa quantidade de estudos transversais que controlam os
efeitos de confusão com razões de prevalência ajustadas através do uso da regressão
logística. Possivelmente, tais estimativas apontam a direção da relação corretamente,
embora a sua magnitude pode ser equivocada. Esta estratégia de modelagem produz
estimativas pontuais e intervalares superdimensionadas quando a prevalência do evento
de interesse é considerada alta. Diferentemente, nosso estudo produziu estimativas por
meio da Regressão de Cox, a qual produz estimativas de mesma magnitude da Regressão
de Poisson, tanto em amostragens aleatória simples(86) como em analises de amostragens
complexas(87).
52
É prudente mencionar algumas limitações do nosso estudo. Primeiramente, trata-
se de estudo que analisa dados secundários de inquérito nacional, o que pode predispor à
viés de informação desde a coleta até o armazenamento e disponibilização dos dados.
Segundo, a mensuração de queixas de insônia e sonolência foram mensuradas
conjuntamente, não podendo identificá-las de modo separado. Terceiro, não é possível
realizar inferências contextuais mais aprofundadas devido à impossibilidade de linkage
com banco de dados com informações ecológicas dos participantes, apenas à nível de
unidade da federação. Por fim, não há ainda informações diretas sobre renda,
principalmente para adultos, na base de dados da PNS, o que torna a análise econômica
atrelada apenas à propriedade de bens duráveis.
Mesmo em vista dessas limitações, este estudo traz novas evidências sobre
a condição de sono na população brasileira, revelando ser um problema de saúde pública
de grande dimensão que, somada à sua relação com outros distúrbios (destaque para os
psicogênicos e doenças crônicas), os tornam sujeitos à agravamento segundo estudos na
área do sono.
Por outro lado, os condicionantes sociais como gênero, idade e status
socioeconômico manifestam-se diferentemente nas queixas do sono, o que implica na
necessidade de aplicação de políticas públicas de saúde e intersetoriais com relação ao
trabalho, assistência social e de saúde.
Conclusão
A insônia e a sonolência diurna são altamente prevalentes na população brasileira
assim como o desfecho final de qualquer desordem do sono que é a redução da função
reparadora, o que sugere ações ou políticas direcionadas para um melhor manejo da
condição do sono, tendo em vista que este é um indicador sensível à qualidade da saúde
da população por ser reflexo de várias dimensões da vida. Somado a isso, a manifestação
seletiva dos distúrbios do sono em relação ao gênero, faixa etária, estrado social,
ocupação e urbanização implica medidas voltadas para aspectos estruturantes da
organização social.
Os distúrbios do sono na população brasileira estão fortemente relacionados com
manifestações clínicas de distúrbios psicogênicos como sintomas depressivos e labilidade
emocional, assim como a presença de doenças crônicas e baixa percepção de saúde, cuja
53
utilidade se aplicaria também à práxis clinica pois tais relações podem também
potencializar desfechos mais graves como a morte.
Referências
1. Chokroverty S. Overview of sleep & sleep disorders. Indian J Med Res. 2010
Feb;131(February):126–40.
2. Theorell-Haglöw J, Åkerstedt T, Schwarz J, Lindberg E. Predictors for
Development of Excessive Daytime Sleepiness in Women: A Population-Based 10-
Year Follow-Up. Sleep [Internet]. 2015 Dec [cited 2016 Sep 7];38(12):1995–2003.
Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26237774
3. Clark IA, Vissel B. Inflammation-sleep interface in brain disease: TNF, insulin,
orexin. J Neuroinflammation [Internet]. 2014 [cited 2016 Sep 7];11:51. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24655719
4. Wilson HJ, Klimova TM, Knuston KL, Fedorova VI, Fedorov A, Yegorovna
BM, et al. Socio-demographic predictors of sleep complaints in indigenous Siberians
with a mixed economy. Am J Phys Anthropol [Internet]. 2015 Aug [cited 2016 Sep
7];157(4):641–7. Available from: http://doi.wiley.com/10.1002/ajpa.22761
5. Hara C, Rocha FL, Castro É De, Fuzikawa C, Uchoa E, Lima-costa MF.
Prevalence of excessive daytime sleepiness in Brazilian community-dwelling older
adults with very low levels of schooling , and its association with sociodemographic
characteristics and lifestyle : the Bambuí Health and Ageing Study ( BHAS ). J Bras
Psiquiatr. 2008;57(2):91–7.
6. Bassett E, Moore S. Neighbourhood disadvantage, network capital and restless
sleep: Is the association moderated by gender in urban-dwelling adults? Soc Sci Med
[Internet]. 2014 May [cited 2017 Mar 26];108:185–93. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0277953614001336
7. Bottino CJ, Rifas-Shiman SL, Kleinman KP, Oken E, Redline S, Gold D, et al.
The association of urbanicity with infant sleep duration. Health Place [Internet]. 2012
Sep [cited 2017 Mar 25];18(5):1000–5. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22795497
8. Empana J-P, Dauvilliers Y, Dartigues J-F, Ritchie K, Gariepy J, Jouven X, et al.
Excessive daytime sleepiness is an independent risk indicator for cardiovascular
mortality in community-dwelling elderly: the three city study. Stroke. 2009
Apr;40(4):1219–24.
54
9. Gooneratne NS, Richards KC, Joffe M, Lam RW, Pack F, Staley B, et al. Sleep
disordered breathing with excessive daytime sleepiness is a risk factor for mortality in
older adults. Sleep [Internet]. 2011 Apr;34(4):435–42. Available from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3065253&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
10. Lopes JM, Dantas FG, Medeiros JLA de. Excessive daytime sleepiness in the
elderly: association with cardiovascular risk, obesity and depression. Rev Bras
Epidemiol [Internet]. 2013;16(4):872–9. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24896592
11. Pistacchi M, Gioulis M, Contin F, Sanson F, Marsala SZ. Sleep disturbance and
cognitive disorder: epidemiological analysis in a cohort of 263 patients. Neurol Sci
[Internet]. 2014 Dec 18 [cited 2016 Sep 7];35(12):1955–62. Available from:
http://link.springer.com/10.1007/s10072-014-1870-x
12. Lee Y-T, Tsai C-F, Ouyang W-C, Yang AC, Yang C-H, Hwang J-P. Daytime
sleepiness: a risk factor for poor social engagement among the elderly. Psychogeriatrics
[Internet]. 2013 Dec [cited 2016 Sep 7];13(4):213–20. Available from:
http://doi.wiley.com/10.1111/psyg.12020
13. Takahashi M, Tsutsumi A, Kurioka S, Inoue A, Shimazu A, Kosugi Y, et al.
Occupational and socioeconomic differences in actigraphically measured sleep. J Sleep
Res. 2014;23(4):458–62.
14. Børsting Jacobsen H, Endresen Reme S, Sembajwe G, Hopcia K, Stiles TC,
Sorensen G, et al. Work stress, sleep deficiency and predicted 10-year cardiometabolic
risk in a female patient care worker population HHS Public Access. Am J Ind Med.
2014;57(8):940–9.
15. Fossum IN, Nordnes LT, Storemark SS, Bjorvatn B, Pallesen S. The Association
Between Use of Electronic Media in Bed Before Going to Sleep and Insomnia
Symptoms, Daytime Sleepiness, Morningness, and Chronotype. Behav Sleep Med
[Internet]. 2014 Sep 3 [cited 2017 Feb 24];12(5):343–57. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/15402002.2013.819468
16. Bjorvatn B, Meland E, Flo E, Mildestvedt T. High prevalence of insomnia and
hypnotic use in patients visiting their general practitioner. Fam Pract [Internet]. 2017
Feb [cited 2017 Mar 8];34(1):20–4. Available from:
https://academic.oup.com/fampra/article-lookup/doi/10.1093/fampra/cmw107
55
17. Souza JC, Magna LA, Paula TH De. Sonolência excessiva diurna e uso de
hipnóticos em idosos. Rev Psiq Clin. 2003;30(3):80–5.
18. McHill AW, Melanson EL, Higgins J, Connick E, Moehlman TM, Stothard ER,
et al. Impact of circadian misalignment on energy metabolism during simulated
nightshift work. Proc Natl Acad Sci U S A [Internet]. 2014;111(48):17302–7. Available
from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=4260578&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
19. Jaussent I, Bouyer J, Ancelin M-L, Akbaraly T, Pérès K, Ritchie K, et al.
Insomnia and daytime sleepiness are risk factors for depressive symptoms in the elderly.
Sleep [Internet]. 2011 Aug [cited 2013 Jan 8];34(8):1103–10. Available from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3138165&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
20. Souza JC, Magna LA, Aiache S, Magna NS. Sonolência excessiva diurna na
população geral de um município brasileiro. J Bras Psiquiatr. 2008;57(1):34–7.
21. Chellappa SL, Araújo JF. Excessive daytime sleepiness in patients with
depressive disorder. Rev Bras Psiquiatr. 2006;28(55 84):126–9.
22. Hara C, Stewart R, Lima-Costa MF, Rocha FL, Fuzikawa C, Uchoa E, et al.
Insomnia subtypes and their relationship to excessive daytime sleepiness in Brazilian
community-dwelling older adults. Sleep [Internet]. 2011 Aug [cited 2013 Jan
8];34(8):1111–7. Available from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3138166&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
23. Lopes JM, Gabrielle S, Fernandes G. Associação da depressão com as
características sociodemográficas , qualidade do sono e hábitos de vida em idosos do
Nordeste brasileiro : estudo seccional de base populacional. Rev Bras Geriatr e
Gerontol. 2015;18(3):521–31.
24. Freitas MPS de. Pesquisa Nacional de Saúde: Plano Amostral. Brasília; 2014.
25. Kamakura W, Mazzon JA. Critérios de estratificação e comparação de
classificadores socioeconômicos no brasil. Rev Adm Empres [Internet]. 2016 Feb [cited
2017 Feb 17];56(1):55–70. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
75902016000100055&lng=pt&nrm=iso&tlng=en
56
26. Lindberg EVA, Carter NED, Gislason T, Janson C. Role of snoring and daytime
sleepiness in occupational accidents. Am J Respir Criti Care Med. 2001;164:2031–5.
27. Gottlieb DJ, Yao Q, Redline S, Ali T, Mahowald MW. Does snoring predict
sleepiness independently of apnea and hypopnea frequency? Am J Respir Crit Care
Med. 2000 Oct;162(4 Pt 1):1512–7.
28. Bibbins-Domingo K, Grossman DC, Curry SJ, Davidson KW, Epling JW,
García FAR, et al. Screening for Obstructive Sleep Apnea in Adults. Jama [Internet].
2017;317(4):407. Available from:
http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?doi=10.1001/jama.2016.20325
29. Epstein LJ, Kristo D, Strollo PJ, Norma F, Malhota A, Patil SP, et al. Clinical
guideline for the evaluation, management and long-term care of obstructive sleep apnea
in adults. J Clin Sleep Med. 2009;5(3):263–76.
30. Bittencourt L, Santos-Silva R, Taddei J. Sleep Complaints in the Adult Brazilian
Population: A National Survey Based on Screening Questions. J Clin Sleep Med
[Internet]. 2009 [cited 2017 Jun 19];5(5). Available from:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2762719/pdf/jcsm.5.5.459.pdf
31. Rogerio Santos-Silva, Lia Rita Azeredo Bittencourt, Maria Laura Nogueira
Pires, Marco Tulio de Mello, Jose Augusto Taddei, Ana Amelia Benedito-Silva, et al.
Increasing trends of sleep complaints in the city of Sao Paulo, Brazil. Sleep Med
[Internet]. 2010 [cited 2017 Jun 19];11:520–4. Available from: http://ac.els-
cdn.com/S1389945710001565/1-s2.0-S1389945710001565-main.pdf?_tid=f923761e-
5524-11e7-b274-
00000aab0f6c&acdnat=1497900474_e78dcfddf7ef9204e983c455f28af973
32. Kerkhof GA. Epidemiology of sleep and sleep disorders in The Netherlands.
Sleep Med [Internet]. 2017 Feb [cited 2017 Mar 10];30:229–39. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1389945716302362
33. Tareque MI, Ikeda N, Koshio A, Hasegawa T. Is adjustment for reporting
heterogeneity necessary in sleep disorders? Results from the Japanese World Health
Survey. BMC Psychiatry [Internet]. 2016 Feb 6 [cited 2017 Mar 13];16:25. Available
from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26852225
34. Paine S-J, Harris R, Cormack D, Stanley J. Racial Discrimination and Ethnic
Disparities in Sleep Disturbance: the 2002/03 New Zealand Health Survey. Sleep
[Internet]. 2016 Feb 1 [cited 2017 Mar 13];39(2):477–85. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26446108
57
35. Koyanagi A, Stickley A. The Association between Sleep Problems and
Psychotic Symptoms in the General Population: A Global Perspective. Sleep [Internet].
2015 Dec 1 [cited 2017 Mar 13];38(12):1875–85. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26085291
36. Hale L, Hill TD, Friedman E, Nieto FJ, Galvao LW, Engelman CD, et al.
Perceived neighborhood quality, sleep quality, and health status: evidence from the
Survey of the Health of Wisconsin. Soc Sci Med [Internet]. 2013 Feb [cited 2017 Mar
25];79:16–22. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22901794
37. Bjorvatn B, Meland E, Flo E, Mildestvedt T. High prevalence of insomnia and
hypnotic use in patients visiting their general practitioner. Fam Pract [Internet]. 2017
Feb [cited 2017 Feb 11];34(1):20–4. Available from:
https://academic.oup.com/fampra/article-lookup/doi/10.1093/fampra/cmw107
38. Lallukka T, Sares-Jäske L, Kronholm E, Sääksjärvi K, Lundqvist A, Partonen T,
et al. Sociodemographic and socioeconomic differences in sleep duration and insomnia-
related symptoms in Finnish adults. BMC Public Health. 2012;12(1):565.
39. Kronholm E, Partonen T, Härmä M, Hublin C, Lallukka T, Peltonen M, et al.
Prevalence of insomnia-related symptoms continues to increase in the Finnish working-
age population. J Sleep Res [Internet]. 2016 Aug [cited 2017 Mar 10];25(4):454–7.
Available from: http://doi.wiley.com/10.1111/jsr.12398
40. Kao C-C, Huang C-J, Wang M-Y, Tsai P-S. Insomnia: prevalence and its impact
on excessive daytime sleepiness and psychological well-being in the adult Taiwanese
population. Qual Life Res [Internet]. 2008 Oct [cited 2016 Sep 7];17(8):1073–80.
Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18752042
41. Yong LC, Li J, Calvert GM. Sleep-related problems in the US working
population: prevalence and association with shiftwork status. Occup Environ Med
[Internet]. 2016 Sep 8 [cited 2016 Oct 30];oemed-2016-103638. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27609325
42. Matthews KA, Hall M, Dahl RE. Sleep in healthy black and white adolescents.
Pediatrics [Internet]. 2014;133(5):e1189-96. Available from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=4006433&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
43. Kim BH, Lee H-E. The association between working hours and sleep
disturbances according to occupation and gender. Chronobiol Int [Internet]. 2015 Sep
58
14 [cited 2016 Oct 30];32(8):1109–14. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/07420528.2015.1064440
44. Lin CM, Davidson TM, Ancoli-israel S. Gender diferrences in obstructive sleep
apnea and treament implications. Sleep Med Rev. 2008;12(6):481–96.
45. van den Berg JF, Miedema HME, Tulen JHM, Hofman A, Neven AK, Tiemeier
H. Sex differences in subjective and actigraphic sleep measures: a population-based
study of elderly persons. Sleep. 2009 Oct;32(10):1367–75.
46. Silva-Costa A, Rotenberg L, Griep RH, Fischer FM. Relationship between
sleeping on the night shift and recovery from work among nursing workers - the
influence of domestic work. J Adv Nurs. 2011;67(5):972–81.
47. Alves Pereira EC, Basso Schmitt AC, Alves Cardoso MR, Paixão Pereira WM,
Lorenzi-Filho G, Blumel JE, et al. Prevalência da sonolência diurna excessiva e fatores
associados em mulheres de 35 a 49 anos de idade do “Projeto de Saúde de
Pindamonhangaba” (PROSAPIN). Rev Assoc Med Bras. 2012;58(4):447–52.
48. Levandovski R, Dantas G, Fernandes LC, Caumo W, Torres I, Roenneberg T, et
al. Depression Scores Associate With Chronotype and Social Jetlag in a Rural
Population Depression Scores Associate With Chronotype and Social Jetlag in a Rural
Population. Chronobiol Int [Internet]. 2011 [cited 2017 Jun 19];28(9):771–8. Available
from: http://www.tandfonline.com/action/journalInformation?journalCode=icbi20
49. Jaqueline Rodrigues Robaina, Claudia S. Lopes, Lúcia Rotenberg, Eduardo
Faerstein. Fatores psicossociais e socioeconômicos relacionados à insônia e menopausa:
Estudo Pró-Saúde. Cad Saúde Pública [Internet]. 2015 [cited 2017 Jun 19];31(3):597–
606. Available from: http://www.scielo.br/pdf/csp/v31n3/0102-311X-csp-31-03-
00597.pdf
50. Beijamini F, Knutson KL, Lorenzi-Filho G, Egan KJ, Taporoski TP, De Paula
LKG, et al. Timing and quality of sleep in a rural Brazilian family-based cohort, the
Baependi Heart Study. Nature [Internet]. 2016 [cited 2017 Jun 19];6. Available from:
https://www.nature.com/articles/srep39283.pdf
51. Kim BH, Lee H-E. The association between working hours and sleep
disturbances according to occupation and gender. Chronobiol Int [Internet]. 2015 Sep
14 [cited 2017 Feb 25];32(8):1109–14. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/07420528.2015.1064440
59
52. Monk TH, Buysse DJ, Billy BD, Fletcher ME, Kennedy KS, Begley AE, et al.
Shiftworkers report worse sleep than day workers, even in retirement. J Sleep Res.
2013;22(2):201–8.
53. Garbarino S, Lanteri P, Durando P, Magnavita N, Sannita WG. Co-morbidity,
mortality, quality of life and the healthcare/welfare/social costs of disordered sleep: A
rapid review. Int J Environ Res Public Health. 2016;13(8).
54. Grandner MA. Sleep, Health, and Society. Sleep Med Clin [Internet]. 2017 Mar
[cited 2017 Mar 10];12(1):1–22. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1556407X16301060
55. Smagula SF, Stone KL, Fabio A, Cauley JA. Risk factors for sleep disturbances
in older adults: Evidence from prospective studies. Sleep Med Rev [Internet]. 2016 Feb
[cited 2017 Feb 25];25:21–30. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1087079215000155
56. Hara C, Stewart R, Lima-Costa MF, Rocha FL, Fuzikawa C, Uchoa E, et al.
Insomnia subtypes and their relationship to excessive daytime sleepiness in Brazilian
community-dwelling older adults. Sleep [Internet]. 2011 Aug [cited 2016 Sep
7];34(8):1111–7. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21804673
57. Calati R, Gaspar-barba E, Cruz-fuentes CS, Nenclares A, Jimenez-genchi A,
Ronchi D De, et al. Excessive daytime sleepiness in depressed women. Psychiatry Res.
2010;179(2):171–5.
58. Asztalos M, Cardon G, De Bourdeaudhuij I, De Cocker K. Cross-Sectional
Associations between Sitting Time and Several Aspects of Mental Health in Belgian
Adults. J Phys Act Heal [Internet]. 2015 Aug [cited 2017 Mar 13];12(8):1112–8.
Available from: http://journals.humankinetics.com/doi/10.1123/jpah.2013-0513
59. Alberti S, Chiesa A, Andrisano C, Serretti A. Insomnia and Somnolence
Associated With Second-Generation Antidepressants During the Treatment of Major
Depression. J Clin Psychopharmacol [Internet]. 2015 Jun [cited 2017 Feb
24];35(3):296–303. Available from:
http://content.wkhealth.com/linkback/openurl?sid=WKPTLP:landingpage&an=0000471
4-201506000-00014
60. Yokoyama E, Kaneita Y, Saito Y, Uchiyama M, Matsuzaki Y, Tamaki T, et al.
Association between depression and insomnia subtypes: a longitudinal study on the
elderly in Japan. Sleep. 2010 Dec;33(12):1693–702.
60
61. Kim J-M, Stewart R, Kim S-W, Yang S-J, Shin I-S, Yoon J-S. Insomnia,
depression, and physical disorders in late life: a 2-year longitudinal community study in
Koreans. Sleep. 2009 Sep;32(9):1221–8.
62. Schwartz NG, Rattner A, Schwartz AR, Mokhlesi B, Gilman RH, Bernabe-Ortiz
A, et al. Sleep Disordered Breathing in Four Resource-Limited Settings in Peru:
Prevalence, Risk Factors, and Association with Chronic Diseases. Sleep [Internet]. 2015
Sep 1 [cited 2017 Mar 21];38(9):1451–9. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25845694
63. Barone DA, Chokroverty S. Neurologic Diseases and Sleep. Sleep Med Clin
[Internet]. 2017 Mar [cited 2017 Mar 21];12(1):73–85. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1556407X16301011
64. Parvan K, Lakdizaji S, Roshangar F, Mostofi M. Quality of sleep and its
relationship to quality of life in hemodialysis patients. J caring Sci [Internet].
2013;2(4):295–304. Available from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=4134147&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
65. Akbaraly TN, Jaussent I, Besset A, Bertrand M, Barberger-Gateau P, Ritchie K,
et al. Sleep complaints and metabolic syndrome in an elderly population: The three-city
study. Am J Geriatr Psychiatry. 2015;23(8):818–28.
66. Danielsson NS, Harvey AG, MacDonald S, Jansson-Fröjmark M, Linton SJ.
Sleep Disturbance and Depressive Symptoms in Adolescence: The Role of Catastrophic
Worry. J Youth Adolesc [Internet]. 2013 Aug 12 [cited 2017 Mar 24];42(8):1223–33.
Available from: http://link.springer.com/10.1007/s10964-012-9811-6
67. Campbell CM, Buenaver LF, Finan P, Bounds SC, Redding M, McCauley L, et
al. Sleep, Pain Catastrophizing, and Central Sensitization in Knee Osteoarthritis Patients
With and Without Insomnia. Arthritis Care Res (Hoboken) [Internet]. 2015 Oct [cited
2017 Mar 24];67(10):1387–96. Available from: http://doi.wiley.com/10.1002/acr.22609
68. Barloese MCJ. Neurobiology and sleep disorders in cluster headache. J
Headache Pain [Internet]. 2015 [cited 2017 Mar 24];16:562. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26289164
69. Choy EHS. The role of sleep in pain and fibromyalgia. Nat Rev Rheumatol
[Internet]. 2015 Apr 28 [cited 2017 Mar 24];11(9):513–20. Available from:
http://www.nature.com/doifinder/10.1038/nrrheum.2015.56
61
70. Machón M, Vergara I, Dorronsoro M, Vrotsou K, Larrañaga I. Self-perceived
health in functionally independent older people: associated factors. BMC Geriatr
[Internet]. 2016 Mar 9 [cited 2017 Mar 25];16:66. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26961707
71. Oliveira BHD, Yassuda MS, Cupertino APFB, Neri AL. Relações entre padrão
do sono, saúde percebida e variáveis socioeconômicas em uma amostra de idosos
residentes na comunidade: Estudo PENSA. Cien Saude Colet [Internet]. 2010 May
[cited 2017 Mar 25];15(3):851–60. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232010000300028&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
72. Mazzotti DR, Guindalini C, Sosa AL, Ferri CP, Tufik S. Prevalence and
correlates for sleep complaints in older adults in low and middle income countries: A
10/66 Dementia Research Group study. Sleep Med [Internet]. 2012 Jun [cited 2017 Mar
25];13(6):697–702. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1389945712001086
73. Margareth Guimarães Lima, Marilisa Berti de Azevedo Barros, Maria Cecília
Goi Porto Alves. Sleep duration and health status self-assessment (SF-36) in the elderly:
a population-based study (ISA-Camp 2008). Cad Saúde Pública [Internet]. 2012 [cited
2017 Jun 19];28(9):1674–84. Available from:
http://www.scielo.br/pdf/csp/v28n9/v28n9a07.pdf
74. Kim M, Chang SI, Seong JC, Holt JB, Park TH, Ko JH, et al. Road Traffic
Noise. Am J Prev Med [Internet]. 2012 Oct [cited 2017 Mar 25];43(4):353–60.
Available from: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0749379712004448
75. Andersen LL, Garde AH. Sleep problems and computer use during work and
leisure: Cross-sectional study among 7800 adults. Chronobiol Int [Internet]. 2015 Nov
26 [cited 2017 Mar 13];32(10):1367–72. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/07420528.2015.1095202
76. Nordt A, Klenke R. Sleepless in town-drivers of the temporal shift in dawn song
in urban European blackbirds. PLoS One [Internet]. 2013 [cited 2017 Mar
25];8(8):e71476. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23940759
77. Kloog I, Portnov BA, Rennert HS, Haim A. Does the Modern Urbanized
Sleeping Habitat Pose a Breast Cancer Risk? Chronobiol Int [Internet]. 2011 Feb 23
[cited 2017 Mar 25];28(1):76–80. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/07420528.2010.531490
62
78. Kim KY, Lee E, Kim YJ, Kim J. The association between artificial light at night
and prostate cancer in Gwangju City and South Jeolla Province of South Korea.
Chronobiol Int [Internet]. 2017 Feb 7 [cited 2017 Mar 25];34(2):203–11. Available
from: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/07420528.2016.1259241
79. Hurley S, Goldberg D, Nelson D, Hertz A, Horn-Ross PL, Bernstein L, et al.
Light at night and breast cancer risk among California teachers. Epidemiology
[Internet]. 2014 Sep [cited 2017 Mar 25];25(5):697–706. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061924
80. Matsumoto S, Yamaoka K, Inoue M, Muto S, Teikyo Ishinomaki Research
Group and Health and Life Revival Council in the Ishinomaki district (RCI) TIRG and
H and LRC in the I district. Social ties may play a critical role in mitigating sleep
difficulties in disaster-affected communities: a cross-sectional study in the Ishinomaki
area, Japan. Sleep [Internet]. 2014 Jan 1 [cited 2017 Feb 27];37(1):137–45. Available
from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24470703
81. Masoudnia E. Impact of weak social ties and networks on poor sleep quality: A
case study of Iranian employees. Asian J Psychiatr [Internet]. 2015 Dec [cited 2017 Mar
13];18:42–8. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1876201815002312
82. Kent RG, Uchino BN, Cribbet MR, Bowen K, Smith TW. Social Relationships
and Sleep Quality. Ann Behav Med [Internet]. 2015 Dec 15 [cited 2017 Feb
27];49(6):912–7. Available from: http://link.springer.com/10.1007/s12160-015-9711-6
83. Cho HJ, Seeman TE, Kiefe CI, Lauderdale DS, Irwin MR. Sleep disturbance and
longitudinal risk of inflammation: Moderating influences of social integration and social
isolation in the Coronary Artery Risk Development in Young Adults (CARDIA) study.
Brain Behav Immun [Internet]. 2015 May [cited 2017 Mar 26];46:319–26. Available
from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25733101
84. Castro-Diehl C, Diez Roux A V., Redline S, Seeman T, McKinley P, Sloan R, et
al. Sleep Duration and Quality in Relation to Autonomic Nervous System Measures:
The Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA). Sleep [Internet]. 2016 Nov [cited
2017 Apr 22];39(11):1919–26. Available from: https://academic.oup.com/sleep/article-
lookup/doi/10.5665/sleep.6218
85. Chen J-H, Lauderdale DS, Waite LJ. Social participation and older adults’ sleep.
Soc Sci Med [Internet]. 2016 Jan [cited 2017 Mar 13];149:164–73. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0277953615302513
63
86. Coutinho LMS, Scazufca M, Menezes PR. Métodos para estimar razão de
prevalência em estudos de corte transversal. Rev Saúde Pública. 2008;42(6):992–8.
87. Francisco PMSB, Donalisio MR, Barros MBDA, Cesar CLG, Carandina L,
Goldbaum M. Medidas de associação em estudo transversal com delineamento
complexo: razão de chances e razão de prevalência. Rev Bras Epidemiol.
2008;11(3):347–55.
64
Article 1
COMPLAINTS OF INSOMNIA, EXCESSIVE SLEEPINESS AND REDUCTION
OF THE RESTORATIVE FUNCTION OF SLEEP IN THE BRAZILIAN
POPULATION: ANALYSIS OF THE NATIONAL HEALTH RESEARCH, 2013.
Abstract
Introduction: Non-restorative sleep complaints, difficulty initiating sleep and sleepiness
are common and may be disorders in the sleep-wake cycle regulation. There is no
representative information for the Brazilian population as the related factors change
contextually. Method: An analysis of data from the National Health Survey of 2013 was
developed, with transversal design and complex sampling throughout Brazil. The
outcomes considered was the frequency of insomnia/excessive daytime sleepiness (EDS)
complaints and, also a reduction of the restorative function of sleep. Health
characteristics, life habits, behavioral, health self-perception and housing had their
relationships investigated. The analysis occurred separately for adults and the elderly. The
association between outcomes and independent variables was measured by the prevalence
ratio (PR) and estimated by the Cox regression, assuming α≤0.05. Results:
Approximately 28.2% (IC95%:27.4%-29.0%) of adults and 34.1% (IC95%:32.6%-
35.7%) in the elderly have insomnia/EDS. The restorative function of sleep was reduced
by 34.1% (IC95%:32.6%-35.7%) in adults and 29.2% (IC95%:27.2%-30.6%) in the
elderly. The relationship between depressive symptoms (PR=3.10; IC95%:2.70-3.56),
emotional oscillation (PR=2.14; IC95%:1.89-2.42), poor perception of general health
(RP=2.44, IC95%:2.05-2.90), have chronic health condition (PR=1.57, IC95%: 1.40-
1.77) and live in urban areas (PR=1.32, IC95%:1.14-1.52) with the occurrence of
dyssomnias. Conclusion: Dyssomnias affects almost a third of the Brazilian population
and is closely related to health self-perception, emotional conditions, chronicity and
urbanization.
Key-words: Sleep, Disorders of Excessive Sleepiness, Sleep Initiation and Maintenance
Disorders, Dyssomnias, Epidemiology, Brazil.
Introduction
Sleep has a relevant function in the quality of life, it produces repair, conservation
and adaptation of cognitive and thermoregulatory functions, being able to provide rest
conditions and thus to recover the disposition to the vigil state (1)(2). However, biological
(3), behavioral (4)(5) and contextual (6)(7) factors may interfere with restorative function
of sleep.
Sleep disorders have short- and long-term repercussions on body systems, such as
physical vigor and cardiovascular dysfunctions(8)(9)(10), respectively, as well as in
social situations where individuals need to respond appropriately to expected demands
such as work and interpersonal relationships (11)(12).
65
In addition to the sensations of fatigue caused by non-restorative sleep, other sleep
disorders are the difficulty of initiating, maintaining, or returning to sleep, setting in
insomnia. The presence of napping habits in vigil situations, which characterizes
excessive daytime sleep (EDS). Both sleep-related situations are easily observed in
modern society and viewed as normal by the population, but devastating to an automatic
physiological function such as sleep.
International estimates indicate that sleep-wake cycle disorders reach all age
groups and genders, but they seem to manifest distinctly in life-cycles mediated by
contextual and behavioral situations such as marital and work problems(13)(14), use of
digital media and internet(15), medicines(16)(17), eating disorders(18) and psychiatric
disorders(19), among others.
In Brazil, epidemiological surveys related to sleep disorders are scarce, mostly
consisting of studies of regional subpopulations or with some morbidity, which generates
representativity problems for the entire population. However, the evidence indicates a
prevalence of EDS that ranges from 13% to 31.5%(10)(5)(20) and its association with
depression and cardiovascular risk(21)(10), low education and female sex(5). Insomnia
is variable in the Brazilian population, from 32.9%(22) to 83.3%(23) in the elderly. The
self-perceived quality of sleep was estimated as good or very good in 74.6% of the
elderly(23).
Investigating aspects of sleep behavior of populations has potential relevance due
to the scarcity of evidence of its manifestation and possible relation with critical health
conditions, forming solid substrates for public health decision making and also clinical
management. In this way, it was sought through data analysis of the National Health
Survey (PNS), carried out in 2013 in Brazil, to estimate how integral the restorative
function of sleep is, as well as the presence of insomnia and EDS in the Brazilian
population, seeking to identify factors related to the modulation of sleep-wake rhythm
quality in this population.
Method
The National Health Survey, developed in the Brazilian territory in 2013, presented a
cross-sectional design with complex sampling conducted by the Brazilian Institute of
Geography and Statistics (IBGE) in partnership with the Oswaldo Cruz Foundation and
is part of the Integrated Home Inspection System (IHIS) from where the sample
infrastructure was withdrawal.
66
The study included the population of residents in permanent private households,
which are grouped into conglomerates called census tracts, covering capitals,
metropolitan regions and country towns. The census tracts of the geographical operational
base of 2010 were used, with the exclusion of indigenous villages, barracks, military
bases, lodges, camps, boats, penitentiaries, penal colonies, prisons, chains, asylums,
orphanages, convents and hospitals. The census tracts located in indigenous lands were
also excluded(24).
Sampling size was determined from the simple random sampling assumption, with no
information from the entire population for the estimation of the proportion indicators for
the interest groups. The proportion of households containing population groups of interest
based on the 2010 Demographic Census was also used. Thus, a sample size of 81,357
participants was estimated.
The sample of the target population for this study consisted of individuals older than
18 years and was selected from a complex conglomerate sampling process, configured in
three stages from the (IHIS)master sample. The primary sampling unit (PSA) was the
census tract followed by households in the sector, and finished in the resident. In these
last two stages, household and resident, the observation units were selected by simple
random sample(24).
In the selected households, the list of the residents older than 18 years and the draw
of one of them for the function of informant were made. This individual responded to the
survey instrument with thematic modules ordered from A to W, being used for analysis
only the modules that addressed the individual characteristics of the residents as
demographic, social, economic, lifestyle, perception of health, and chronic diseases data
as well as characteristics of the household pertinent to the study. For more information
on the sampling design consult Freitas (11).
The primary outcome of the study was the restorative ability of sleep, measured
through self-report in the questioning. "In the last two weeks, how often did you have
problems because you did not feel rested and willing during the day, feeling tired, lacking
energy?" of the N module (N11), producing an ordinal variable grouped into the following
response levels: "no day", "less than half the days" and "more than half the days/almost
every day".
The secondary outcome was the self-reported presence of complaints of insomnia and
excessive daytime sleepiness through the question "In the last two weeks, how often did
you have problems with sleep, such as difficulty falling asleep, waking often at night or
67
sleep more than usual? "(N10) which also generated an ordinal variable with the
responses: "no day", "less than half the days "and" more than half the days/almost every
day".
The independent variables were grouped according to the PNS modules.
Demographic variables: gender (male and female), age group, marital status (live with
partner and not live), race/color (white and nonwhite), paid or unpaid work occupation
(yes or no) and social stratum, (AB, C e DE). This last one created from the Brazilian
Economic Classification Criteria of the Brazilian Market Research Association
(ABEP)(25).
Health variables: general health perception (good, regular and poor), oral health
perception (good, regular and poor), depressive symptoms perception (yes and no),
behavioral oscillation perception (yes and no), chronic disease patient (yes and no) and
disabled (yes and no).
Lifestyle variables: people who do not smoke, practiced physical activity in the last
three months and did not consume alcoholic beverages or consume less than once a month
(yes or no) were considered healthy habit. Body Mass Index (BMI) was classified as low
weight (<18.5 Kg/m2 for adults and ≤22 for the elderly), eutrophic (<25 Kg/m2 for adults
and <27 Kg/m2 for the elderly) and overweight/obese (≥25 Kg/m2 for adults and≥27
Kg/m2 for the elderly).
Social Support Variables: a factorial analysis was performed to reduce the size of the
variables of the M module of the PNS for adults. Two sizes of Social Support were
expressed in the questions: "How many family members do you feel comfortable with
and can you speak almost everything (M14)?" and "How many friends do you feel
comfortable with and can you speak almost everything (M15)?". Responses were graded
in "up to one," "two to three," and "four or more." In the elderly, question 39 of module
K was used: "Do you participate in organized social activities (clubs, community or
religious groups, centers for elderly coexistence, etc.)?", answering yes or no.
Household Variables: Location of the household (urban or rural), Resident-Bedroom
Relation, being suitable up to three individuals per dormitory (adequate or inadequate),
to have computer and internet (yes or no) and only for the elderly, to have cellular and
internet (yes or no).
In the case of a study with a complex sampling design, the data analysis is based on
the weighted estimation of the sample units of the last stage, which interferes with the
value of the point and interval estimates. The analyzes of the data were stratified for adults
68
and elderly, in order to respond to the specific objectives of the study and the use of
distinct variables for these subpopulations.
The data were described using estimates of prevalence and their 95% confidence
intervals (IC95%). The association inferences between the primary and secondary
dependent variables in relation to the independent variables presented previously
occurred through the Cox Regression, with adjustment for complex design, and
confirmation by means of the significance of the adjusted Chi-square test of Wald. In
addition, estimation of the Prevalence Ratio (PR) from the exponentialisation of the
regression coefficient and its IC95% had its statistical significance assessed by the t test.
A significance level of 5% was adopted to minimize possible type I error.
Results
In the PNS sample, 60,314 individuals were interviewed. The adult subpopulation
comprised 49,205 people, with 54.5% (53.7%-55.3%) of women prevailing under 30
years of age [30.1%(29.4%-30.8%)] and, to a lesser extent, those aged 50-59 years [20.8%
(20.1%-21.5%)]. In the elderly subpopulation, 11,109 participants were interviewed, of
which 57.7% (56.1%-59.3%) were women and approximately 56.4% (54.7%-58.0%) of
the sample had between 60 and 69 years. Further details of the sample description are
presented in Tables 1 and 2.
There was a prevalence of 28.2% (IC95%: 27.4%-29.0%) of insomnia/EDS
complaints in adults in Brazil, of which 13.9% (13.3%-14.5%) of insomnia/EDS
complaints in less than half the days of the week in the last 15 days and 14.3% (13.7%-
14.9%) manifesting almost every day of the week. As for the elderly, complaints of
insomnia/EDS reach 34.1% (32.6%-35.7%) of the population, where 14.8% (13.7%-
16.0%) presents in less than half of days and 19.4% (18.0%-20.7%) almost every day of
the week.
Regarding the restorative function of sleep, about 31.0% (30.2%-31.9%) mentioned
having a reduction in the restorative function. 18.9% (18.2%-19.5%) report that less than
half the days of the week were not rested or willing during the day and 12.1% (11.6%-
12.7%) reported indisposition almost every day of the week. Approximately 29.2%
(27.2%-30.6%) of the elderly felt tired, where 17.2% (16.0%-18.4%) were out of energy
on less than half the days of the week and 12.0% (11.0%-13.0%) on almost every day.
Women were more associated with complaints of insomnia/EDS only in the most
serious situation (RP=1.14;1.01-1.28). Adults younger than 29 years (RP=0.79;0.71-0.87)
69
and between 30-39 years (RP=0.90;0.82-0.98) have a lower occurrence of dyssomias than
adults with more than 40 years. Only those under 29 years of age (RP=0.82;0.71-0.94)
have a lower frequency of insomnia/EDS complaints than their peers over 40 years.
The perception of depressive symptoms (RP=3.10;2.70-3.56) and behavioral
oscillation (RP=2.14;1.89-2.42) were positively associated with insomnia/EDS
complaints, as well as the existence of a chronic health condition (PR=1.57;1.40-1.77),
poor perceptions (PR=2.44;2.05-2.90) and fair perceptions (PR=1.46;1.46-1.86). To carry
some type of disability (PR=1.23;1.02-1.48) and to live in urban areas (PR=1.32;1.14-
1.52) is positively associated with insomnia/EDS manifests itself almost.
Among the elderly, complaints of insomnia/EDS are positively and independently
associated with gender, occurring more in women (PR=1.18; IC95%, 1.03-1.35), those
with perceptions of depressive symptoms (PR= 2.19; 1.92-2.50/PR=2.51;2.09-3.01) and
behavioral oscillation (PR=1.76;1.54-2.01/PR=1.73;1.45-2.07), as well as the presence of
chronic conditions (PR=1.56;1.31-1.85/PR=1.56;1.21-2.03). It should be noted that
women are only associated with insomnia/EDS complaints in less than half the days. Poor
perceptions (PR=1.47;1.23-1.75/PR=1.91;1.51-2.42) and fair perceptions
(PR=1.18;1.03-1.36/PR=1.26;1.05-1.51) of general health are positively associated with
insomnia/EDS complaints both in general and in their most severe form, almost every
day of the week (Table 2).
Table 1. Frequency distribution and unadjusted and adjusted model by Cox regression in complex sample design
for association with insomnia/sleepiness complaints in Brazilian adult population, 2013
Insomnia/EDS Complaints
Variables
Unadjusted Model Final Model1 Final Model2
N %(CI95%) PRbr CI95% PRaj1 CI95% PRaj2 CI95%
Gender
Female 27660 45,5% (44,7-46,3) 1,46 1,35-1,57 1,07 0,99-1,15 1,14 1,01-1,28
Male 21365 54,5% (53,7-55,3) 1 1 1
Live with his/her partner
Yes 29474 62,7% (61,9-63,5) 1,03 0,95-1,11 0,95 0,88-1,03 0,94 0,85-1,05
No 19551 37,3% (36,5-38,1) 1 1 1
Race/Color
White 18792 46,3% (45,4-47,1) 0,97 0,90-1,04 1,01 0,90-1,09 1,05 0,94-1,17
Non-White 30233 52,9% (52,9-54,6) 1 1 1
Age
18-29 years 14321 30,1% (29,4-30,8) 0,72 0,66-0,78 0,79 0,71-0,87 0,82 0,71-0,94
70
Table 1. Frequency distribution and unadjusted and adjusted model by Cox regression in complex sample design
for association with insomnia/sleepiness complaints in Brazilian adult population, 2013
Insomnia/EDS Complaints
Variables
Unadjusted Model Final Model1 Final Model2
N %(CI95%) PRbr CI95% PRaj1 CI95% PRaj2 CI95%
30-39 years 14269 25,9% (25,2-26,6) 0,85 0,77-0,93 0,90 0,82-0,98 0,92 0,81-1,02
40 years/+ 20435 44,0% (43,2-44,8) 1 1 1
Social Stratum
DE 13288 21,6% (20,9-22,4) 1,10 1,00-1,21 1,01 0,88-1,14 1,13 0,92-1,39
C 21798 43,7% (42,8-44,7) 1,11 1,02-1,21 0,99 0,90-1,09 1,04 0,90-1,20
AB 14039 34,6% (33,535,7%) 1 1 1
BMI
Low weight 1152 2,4% (2,2-2,6) 1,25 1,01-1,56 1,09 0,88-1,35 0,82 0,59-1,13
Overweight 27138 56,4% (55,5-57,3) 1,13 1,05-1,21 1,01 0,93-1,08 1,02 0,92-1,39
Eutrophic 19935 41,2% (40,3-42,1) 1 1 1
Lifestyle
Healthy 7093 14,9% (14,3-15,5) 0,86 0,78-0,95 0,93 0,84-1,03 0,87 0,75-1,01
Unhealth 41932 85,1% (84,5-85,7) 1 1 1
Depressive Symptoms
Yes 16628 32,4% (31,5-33,2) 4,65 4,32-5,01 2,87 2,62-3,13 3,10 2,70-3,56
No 32397 67,6% (66,68,5) 1 1 1
Behavioral Oscillation
Yes 11923 23,7% (22,24,5) 4,12 3,84-4,43 2,05 1,88-2,24 2,14 1,89-2,42
No 37102 76,3% (75,5-77,1) 1 1 1
General Perception of Health
Bad 2396 4,6% (4,3-4,9) 3,86 3,38-4,40 1,77 1,55-2,01 2,44 2,05-2,90
Regular 12395 25,1% (24,4-25,8) 2,16 2,01-2,33 1,40 1,29-1,52 1,46 1,46-1,86
Good 34234 70,3% (69,5-71,1) 1 1 1
Oral Health Perception
Bad 2650 5,5% (5,1-5,9) 1,89 1,64-2,18 1,05 0,90-1,23 1,20 0,92-1,16
Regular 13537 26% (25,3-26,7) 1,39 1,29-1,50 1,04 0,96-1,12 1,03 0,92-1,28
Good 32838 68,5% (67,7-69,3) 1 1 1
Chronic Health Condition
Yes 21084 45,4% (44,5-46,3) 2,43 2,26-2,61 1,46 1,35-1,59 1,57 1,40-1,77
No 27941 54,6% (53,7-55,5) 1 1 1
Disabled
Yes 3198 6,6% (6,2-7,1) 1,53 1,33-1,76 1,06 0,93-1,20 1,23 1,02-1,48
No 45827 93,4% (92,9-93,8) 1 1 1
Family Social Support
One or less 20640 39,5% (38,5-40,4) 1,11 1,01-1,21 1,02 0,92-1,13 1,11 0,95-1,29
71
Table 1. Frequency distribution and unadjusted and adjusted model by Cox regression in complex sample design
for association with insomnia/sleepiness complaints in Brazilian adult population, 2013
Insomnia/EDS Complaints
Variables
Unadjusted Model Final Model1 Final Model2
N %(CI95%) PRbr CI95% PRaj1 CI95% PRaj2 CI95%
2-3 17036 35,3% (34,5-36,1) 0,96 0,87-1,05 0,95 0,87-1,05 0,93 0,80-1,08
More than 4 11320 25,2% (24,4-26,0) 1 1 1
Friends Social Support
One or less 27993 55,1% (54,256,0) 1,05 0,95-1,17 0,85 0,76-0,96 0,97 0,81-1,15
2-3 13988 29,0% (28,2-29,8) 0,96 0,86-1,08 0,89 0,80-1,01 1,01 0,83-1,19
More than 4 7044 15,9% (15,3-16,6) 1 1 1
Work Activity
Yes 34192 70,2% (69,4-71,0) 0,89 0,82-0,96 1,03 0,95-1,12 0,93 0,83-1,05
No 14833 29,8% (29,0-30,6) 1 1 1
Resident/bedroom
Suitable 39335 80,7% (80,0-81,4) 1,03 0,95-1,12 1,05 0,97-1,14 0,95 0,84-1,07
Unsuitable 9690 19,3% (18,6-20,0) 1 1 1
Computer and Internet
Yes 20511 49,5(48,5-50,5) 0,95 0,88-1,02 1,05 0,86-1,27 1,03 0,80-1,33
No 28514 50,5% (49,5-51,5) 1 1 1
Type of Housing
Urban 40246 86,6% (86,1-87,1) 1,11 1,02-1,21 1,08 0,99-1,18 1,32 1,14-1,52
Rural 8779 13,4% (12,9-13,9) 1 1 1
Legend: Final model 1 (adjustment for ordinal outcome); Final model 2 (adjustment for worst outcome, last
category of variable); N (number of individuals); IC95% (95% confidence interval); PRunadj (unadjusted prevalence
ratio); PRadj (adjusted prevalence ratio).
Table 2. Frequency distribution, gross and adjusted association by Cox regression in complex sample design for
association with insomnia/sleepiness complaints in Brazilian elderly population, 2013.
Insomnia/SED Complaints
Parameter
Unadjusted Model Final Model1 Final Model2
N % (CI 95%) PRunadj CI 95% PRaj1 CI 95% PRaj2 CI 95%
Gender
Female 6586 57,7% (56,1-59,3) 1,44 1,28-1,63 1,18 1,03-1,35 1,11 0,94-1,32
Male 4523 42,3% (40,7-43,9) 1 1 1
Live with his/her partner
Yes 5004 57,0% (55,4-58,5) 0,87 0,78-0,97 1,02 0,90-1,15 1,02 0,87-1,19
No 6105 43,0% (41,5-44,6) 1 1 1
Race/Color
White 5296 54,2% (52,5-55,9) 0,91 0,81-1,01 1,02 0,91-1,15 1,01 0,86-1,17
72
Table 2. Frequency distribution, gross and adjusted association by Cox regression in complex sample design for
association with insomnia/sleepiness complaints in Brazilian elderly population, 2013.
Insomnia/SED Complaints
Parameter
Unadjusted Model Final Model1 Final Model2
N % (CI 95%) PRunadj CI 95% PRaj1 CI 95% PRaj2 CI 95%
Non-White 5813 45,8% (44,1-47,5) 1 1 1
Age Group
60-69 years 6170 56,4% (54,7-58,0) 0,91 0,77-1,06 1,03 0,88-1,22 1,08 0,86-1,37
70-79 years 3441 30,0%(28,5-31,5) 0,99 0,84-1,17 1,06 0,90-1,25 1,22 0,98-1,53
80 years + 1498 13,6% (12,6-14,7) 1 1 1
Social Stratum
DE 4514 32,4% (31,0-33,9) 1,44 1,24-1,68 1,21 0,97-1,51 1,05 0,78-1,40
C 4235 41% (39,4-42,7) 1,33 1,14-1,55 1,15 0,96-1,39 1,08 0,84-1,38
AB 2360 26,6% (24,7-28,6) 1 1 1
BMI
Low Weight 1713 15,3% (14,1-16,5) 1,07 0,91-1,26 1,01 0,85-1,19 1,14 0,90-1,46
Overweight 4899 45,5% (43,9-47,1) 1,01 0,89-1,12 0,89 0,79-1,01 0,97 0,82-1,16
Eutrophic 4497 39,2% (37,7-40,8) 1 1 1
Lifestyle
Health 1753 15,3% (14,2-16,4) 0,96 0,82-1,12 1,23 0,85-1.77 1,44 0,86-2,42
Unhealth 9353 1 1 1
Difficulty in Activities
Yes 3642 31,7% (30,3-33,2) 1,60 1,44-1,78 0,99 0,88-1,11 0,98 0,83-1,17
No 7467 68,3% (66,8-69,7) 1 1 1
Depressive Symptoms
Yes 3697 33,4% (31,8-35,1) 3,39 3,02-3,80 2,19 1,92-2,50 2,51 2,09-3,01
No 7412 66,6% (64,9-68,2) 1 1 1
Behavioral Oscillation
Yes 2973 26,4% (24,9-27,9) 3,12 2,79-3,49 1,76 1,54-2,01 1,73 1,45-2,07
No 8136 73,6% (72,1-75,1) 1 1 1
General Perception of Health
Bad 1459 11,9% (11,0-13,0) 3,04 2,61-3,53 1,47 1,23-1,75 1,91 1,51-2,42
Regular 4773 43,3% (41,8-44,9) 1,69 1,48-1,92 1,18 1,03-1,36 1,26 1,05-1,51
Good 4877 44,7% (43,1-46,3) 1 1 1
Oral Health Perception
Bad 1069 7,9% (7,2-8,8) 1,49 1,26-1,76 1,08 0,92-1,26 0,98 0,79-1,21
Regular 3348 29,5% (27,9-31,1) 1,19 1,04-1,36 0,99 0,97-1,13 0,94 0,80-1,11
Good 6692 62,6% (60,9-64,2) 1 1 1
Chronic Health Condition
Yes 8543 78,6% (77,2-79,9) 2,28 1,93-269 1,56 1,31-1,85 1,56 1,21-2,03
73
Table 2. Frequency distribution, gross and adjusted association by Cox regression in complex sample design for
association with insomnia/sleepiness complaints in Brazilian elderly population, 2013.
Insomnia/SED Complaints
Parameter
Unadjusted Model Final Model1 Final Model2
N % (CI 95%) PRunadj CI 95% PRaj1 CI 95% PRaj2 CI 95%
No 2566 21,4% (20,1-22,8) 1 1 1
Disabled
Yes 2319 21,3% (19,9-22,7) 1,30 1,15-1,47 1,01 0,89-1,14 1,09 0,92-1,28
No 8790 78,7% (77,3-80,1) 1 1 1
Social Network
Suitable 2736 25,1% (23,6-26,6) 0,25 0,09-0,74 1,12 1,00-1,26 0,92 0,77-1,09
Low 8373 74,9% (73,4-76,4) 1 1 1
Work Activity
Yes 2529 22,5% (21,1-23,9) 0,80 0,69-0,92 1,02 0,87-1,20 1,01 0,81-1,23
No 8580 77,5% (76,1-78,6) 1 1 1
Resident/bedroom
Suitable 10485 92% (91,0-92,9) 1,19 0,96-1,48 0,93 0,76-1,15 0,98 0,72-1,34
Unsuitable 624 8,0% (7,1-9,0) 1 1 1
Computer and Internet
Yes 2939 33,9% (32,235,7) 0,77 0,68-0,88 0,87 0,65-1,15 1,06 0,66-1,71
No 8170 66,1% (64,3-67,8) 1 1 1
C Cell phone and Internet
Yes 3041 34,8% (33,0-36,6) 1,26 1,11-1,43 0,92 0,71-1,20 1,24 0,80-1,93
No 8068 65,2% (63,4-67,0) 1 1 1
Type of Housing
Urban 8948 86,0% (85,1-86,9) 1,01 0,88-1,15 1,04 0,91-1,19 1,08 0,89-1,31
Rural 2161 14,0% (13,1-14,9) 1 1 1
Legend: Final model 1 (adjustment for ordinal outcome); Final model 2 (adjustment for worst outcome, last category
of variable); N (number of individuals); CI95% (95% confidence interval); PRunadj (unadjusted prevalence ratio); PRadj
(adjusted prevalence ratio)
The restorative function of sleep, expressed in tiredness and lack of energy for
daily activities, was associated with gender in adults, prevailing among female in general
(PR=1.09;1.02-1.17) or in the most severe form (PR=1.19;1.09-1.37) and in people living
with partners (PR=1.09;1.02-1.17) in less than half the days of week in adults. The lowest
social stratum was also positively related to the reduction of the restorative function of
sleep in general (PR=1.21;1.07-1.35) and tiredness on almost every day of the week
(PR=1.42;1.18-1.71). The intermediate stratum (C) was evidenced to be associated only
74
with the presence of lack of energy on almost every day of the week (PR=1.30;1.12-1.50)
(Table 3).
In adults, the perception of depressive symptoms (PR=3.22;2.94-
3.52/PR=3.29;2.83-3.83) and emotional oscillation (PR=1.51;1.41-1.63/ PR=1.66;1.46-
1.89) are more common in people with reduction of the restorative function. The presence
of insomnia/SED (PR=2.47;2.28-2,67/PR=3.03;2.66-3.47), have a chronic condition
(PR=1.23;1.15-1.31/PR=1.42;1.26-1.61), poor (PR=1.32;1.20-1.38/PR=2.30;1.92-2.75),
and fair (PR=1.29;1.18-1.48/PR=1.62;1.43-1.83), general perception of health and having
paid or unpaid work activity (PR=1.32;1.23-1.42/PR=1.27;1.13-1.44). Living in the
urban area was associated with cases that showed tiredness almost every day of the week
(PR = 1.31,1.10-1.55). On the other hand, having low weight (PR=0.82,0.69-0.98) and
having healthy habits (PR=0.91;0.83-0.99/PR=0.74;0.64-0.87) are negatively and
independently related to tiredness in less than half the days.
Table 3. Unadjusted and adjusted association by Cox regression in complex sample design with self-
perception of restorative function of sleep in the Brazilian adult population, 2013.
Restorative Function Complaints
Parameter
Unadjted Model Final Model1 Final Model2
PRunadj CI95% PRadj CI95% PRadj CI95%
Gender
Female 1,50 1,40-1,60 1,09 1,02-1,17 1,22 1,09-1,37
Male 1 1 1
Live with his/her partner
Yes 1,13 1,06-1,22 1,09 1,02-1,17 1,04 0,93-1,25
No 1 1 1
Race/Color
White 1,01 0,94-1,08 1,01 0,94-1,09 1,08 0,96-1,20
Non-White 1 1 1
Age
18-29 years 0,81 0,74-0,88 1,02 0,93-1,12 1,08 0,94-1,25
30-39 years 0,96 0,89-1,05 1,04 0,96-1,13 1.06 0,93-1,21
40 years or more 1 1 1
Social stratum
DE 1,02 0,94-1,10 1,21 1,07-1,35 1,42 1,18-1,71
C 0,91 0,83-0,99 1,06 0,97-1,15 1,30 1,12-1,50
AB 1 1 1
BMI
Low Weight 0,91 0,73-1,12 0,82 0,69-0,98 0,89 0,66-1,21
75
Table 3. Unadjusted and adjusted association by Cox regression in complex sample design with self-
perception of restorative function of sleep in the Brazilian adult population, 2013.
Restorative Function Complaints
Parameter
Unadjted Model Final Model1 Final Model2
PRunadj CI95% PRadj CI95% PRadj CI95%
Overweight 1,12 1,04-1,20 1,02 0,95-1,09 1,02 0,92-1,14
Eutrophic 1 1 1
Lifestyle
Health 0,87 0,80-0,96 0,91 0,83-0,99 0,74 0,64-0,87
Unhealth 1 1 1
Depressive Symptoms
Yes 5,90 5,49-6,35 3,22 2,94-3,52 3,29 2,83-3,83
No 1 1 1
Behavioral Oscillation
Yes 4,06 3,81-4,33 1,51 1,41-1,63 1,66 1,46-1,89
No 1 1 1
General Perception of Health
Poor 3,28 2,89-3,74 1,32 1,20-1,38 2,30 1,92-2,75
Regular 2,13 1,99-2,28 1,29 1,18-1,48 1,62 1,43-1,83
Good 1 1 1
Oral Health Perception
Poor 1,82 1,34-1,54 1,11 1,04-1,19 1,24 0,97-1,22
Regular 1,44 1,59-2,09 1,13 0,98-1,29 1,09 1,01-1,52
Good 1 1 1
Insomnia /EDS
Yes 5,01 4,66-5,37 2,47 2,28-2,67 3,03 2,66-3,47
No 1 1 1
Chronic Health Condition
Yes 2,26 2,12-2,42 1,23 1,15-1,31 1,42 1,26-1,61
No 1 1 1
Disabled
Yes 1,36 1,20-1,55 0,95 0,83-1,08 1,03 0,84-1,25
No 1 1 1
Family Social Support
One or less 0,99 0,91-1,08 0,88 0,80-0,96 1,07 0,92-1,25
2-3 0,93 0,85-1,02 0,90 0,82-0,98 0,93 0,79-1,08
Mais de 4 1 1 1
Friends Social Support
One or less 1,03 0,93-1,14 0,95 0,86-1,06 0,95 0,79-1,14
2-3 0,97 0,87-1,08 0,97 0,87-1,08 0,96 0,80-1,16
76
Table 3. Unadjusted and adjusted association by Cox regression in complex sample design with self-
perception of restorative function of sleep in the Brazilian adult population, 2013.
Restorative Function Complaints
Parameter
Unadjted Model Final Model1 Final Model2
PRunadj CI95% PRadj CI95% PRadj CI95%
More than 4 1 1 1
Work Activity
Have 1,10 1,02-1,19 1,32 1,23-1,42 1,27 1,13-1,44
Do not have 1 1 1
Resident/bedroom
Suitable 0,98 0,91-1,06 0,95 0,88-1,03 0,91 0,80-1,03
Unsuitable 1 1 1
Computer and Internet
Yes 1,17 1,01-1,36 0,99 0,84-1,15 0,99 0,76-1,28
No 1 1 1
Type of Housing
Urban 1,18 1,07-1,30 1,04 0,95-1,14 1,31 1,10-1,55
Rural 1 1 1
Legend: Final model 1 (adjustment for ordinal outcome); Final model 2 (adjustment for wors
outcome, last category of variable); N (number of individuals); IC95% (95% confidence interval);
PRunadj (unadjusted prevalence ratio); PRadj (adjusted prevalence ratio).
For the elderly, the reduction of restorative function of sleep is commonly present
in white individuals (PR1=1.18;1.01-1.39) on almost every day of the week (Table 4).
The elderly with a perception of depressive symptoms (PR1=3.37;2.87-
3.97/PR2=3.77;2.88-4.96), behavioral oscillation (PR1=1.75;1.53-1.99/PR2=1.81;1.46-
2.24), to have difficulties in domestic functional activities (PR1= 1.13,1.01-
1.27/PR2=1.36,1.12-1.65) also show more tiredness in general and more forceful in
situations of almost every day of the week. Those with poor perceptions (PR1=1.50;1.23-
1.82/PR2=3.12;2.31-4.21) and fair perceptions (PR1=1.21;1.03-1.41/PR2=1.65;1.26-
2.16) of general health are also more associated with self-perception of greater tiredness.
77
Table 4. Unadjusted and adjusted association by Cox regression in complex sampling design self-
perception of restorative function of sleep in the Brazilian elderly population, 2013.
Reduction of Restorative Function Complaints
Parameter
Unadjusted Modelo Final Model1 Final Model2
PRunadj CI95% PRadj CI95% PRadj CI95%
Gender
Female 1,48 1,30-1,67 1,12 0,98-1,29 1,18 0,95-1,45
Male 1 1 1
Live with his/her partner
Sim 0,92 0,83-1,03 1,08 0,96-1,21 1,04 0,87-1,24
Não 1 1 1
Race/Color
White 0,94 0,83-1,06 1,09 0,97-1,22 1,18 1,01-1,39
Non-White 1 1 1
Age
60-69 years 1,01 0,84-1,20 1,02 0,93-1,12 1,08 0,94-1,25
70-79 years 1,03 0,85-1,25 1,04 0,96-1,13 1,06 0,93-1,21
80 years or more 1 1 1
Social Stratum
DE 1,33 1,11-1,58 1,07 0,84-1,35 0,73 0,49-1,08
C 1,20 1,02-1,43 1,01 0,84-1,21 0,76 0,56-1,03
AB 1 1 1
BMI
Low Weight 1,01 0,84-1,20 0,95 0,80-1,14 1,22 0,95-1,56
Overweght 1,13 0,99-1,29 1,06 0,94-1,20 1,12 0,93-1,35
Eutrophic 1 1 1
Lifestyle
Health 1,14 0,96-1,35 0,97 0,89-1,06 1,07 0,80-1,44
Unhealth 1 1 1
Difficulty in Activities
Have 1,98 1,77-2,22 1,13 1,01-1,27 1,36 1,12-1,65
Do not have 1 1 1
Depressive Symptoms
Yes 6,88 6,00-7,89 3,37 2,87-3,97 3,77 2,88-4,96
No 1 1 1
Behavioral Oscillation
Yes 4,76 4,25-5,33 1,75 1,53-1,99 1,81 1,46-2,24
No 1 1 1
General Perception of Health
Poor 4,61 3,91-5,44 1,50 1,23-1,82 3,12 2,31-4,21
78
Table 4. Unadjusted and adjusted association by Cox regression in complex sampling design self-
perception of restorative function of sleep in the Brazilian elderly population, 2013.
Reduction of Restorative Function Complaints
Parameter
Unadjusted Modelo Final Model1 Final Model2
PRunadj CI95% PRadj CI95% PRadj CI95%
Regular 2,10 1,83-2,42 1,21 1,03-1,41 1,65 1,26-2,16
Good 1 1 1
Oral Perception of Health
Poor 1,83 1,54-2,18 1,11 0,92-1,35 1,13 0,89-1,44
Regular 1,52 1,34-1,73 1,21 1,08-1,37 1,11 0,91-1,37
Good 1 1 1
Insomnia/EDS
Yes 4,73 4,20-5,34 2,45 2,14-2,79 3,46 2,77-4,33
No 1 1 1
Chronic Health Condition
Yes 2,57 2,11-3,14 1,20 0,99-1,44 1,58 1,11-2,40
No 1 1 1
Disabled
Yes 1,40 1,22-1,60 1,01 0,89-1,13 1,15 0,95-1,40
No 1 1 1
Social support
Yes 0,82 0,31-2,16 1,14 1,01-1,30 0,94 0,76-1,17
No 1 1 1
Work Activity
Yes 0,86 0,70-1,00 0,89 0,77-1,02 0,87 0,66-1,15
No 1 1 1
Resident/bedroom
Unsuitable 1,31 1,05-1,65 0,92 0,74-1,14 1,16 0,77-1,74
Suitable 1 1 1
Computer and internet
Yes 0,94 0,82-1,08 1,44 1,01-2,07 1,58 0,89-2,79
No 1 1 1
Type of Housing
Urban 1,01 0,85-1,19 0,99 0,85-1,16 1,32 1,02-1,72
Rural 1 1 1
Legend: Final model 1 (adjustment for ordinal outcome); Final model 2 (adjustment for
worstoutcome, last category of variable); N (number of individuals); 95% CI (95% confidence
interval); PRunadj unadjusted prevalence ratio); PRadj (adjusted prevalence ratio).
Discussion
79
It is evidenced in this study that sleep-related problems and complaints reach
practically one-third of the Brazilian population. The complaints of insomnia, sleepiness
and tiredness due to lack of repair are the main manifestations of sleep disorders,
independently or linked to sleep-related respiratory morbidities, such as snoring(26)(27)
and obstructive sleep apnea syndrome(28)(29).
We report here representative estimates in Brazil for complaints related to sleep.
Bittencourt et al. identified that 63% of Brazilians have some sleep dysfunction, with
insomnia being present in 33% of them(30) and showing an increasing evolution since
1987 in the city of São Paulo(31). Similar scenarios were identified in an epidemiological
survey in the Netherlands, where 32.1% of the population had some sleep disorder(32).
Differently, epidemiological extremes were recorded in Japan, whose prevalence of sleep
disorders was 53% in adults (33), and in New Zealand ranging from 9% to 14% (34). A
survey carried out in 56 countries between 2002 and 2004 showed a prevalence of 7.6%
of complaints related to sleep, with great variability (35), revealing contextual differences
in their conditioning factors(36).
When we analyze specific sleep morbidities, it is verified that primary insomnia
presents high prevalence in several populations and is easily detectable in primary
care(37), through the symptoms used in this study. In Finland, the prevalence of insomnia
is around 12%(38), with occasional insomnia reaching 44.8% of the working population,
with increasing trends, and chronic insomnia affects 9.2% in a stable way (39). In Taiwan,
a prevalence of 25% of insomnia(40), was identified, much higher than the United States,
which is 8% (41).
The manifestation of complaints of insomnia, sleepiness and non-restorative sleep
seem to be related to several conditioning factors(22). When we analyze the influence of
gender on sleep, several authors have reported the occurrence of sleep disorders
differently in the gender, especially in female (38)(42)(43)(44)(45). Brazilian adult
women present more commonly a reduction of the restorative function than men and the
elderly report more insomnia/EDS complaints than individuals of the opposite sex. Social
factors such as double or triple workload (46)(47), low level of schooling in relation to
men(47) and biological characteristics such as increased association with mood
disorders(48) and menopause(49) may be related to higher frequency of sleep-related
complaints in women, even in non-urban situations in Brazil(50).
80
Restorative sleep deficiency is also more common in adults without partners, in
lower social strata, and who are employed. However, the association with marital status
shows a divergence between the studies regarding its association with sleep disorders
(5)(38)(51)(52)(53). Occupational or work activities with higher workloads(54), shift
work (55)(41), high levels of stress in occupational activities(14) and being in low social
strata (56)(57)(39)(53) are more commonly associated with sleepiness, insomnia, and
worse sleep parameters.
The factors most strongly associated with insomnia/EDS complaints and
reduction of the restorative function of sleep are depressive symptoms, behavioral
oscillation or emotional lability, and having some chronic health condition in both
subpopulations studied in Brazil. Several studies have reported that the state of depressive
behavior, emotional lability and psychiatric disorders (58)(59)(60)(61) and having
chronic disease(62)(63)(64)(65) present an intimate relationship with disorders of sleep.
Such health conditions are strongly conditioned by catastrophic thoughts(66),
causing central sensitization of painful stimuli, which have shown an association with
low sleep efficiency(67) and alteration of the hypothalamic function of the
suprachiasmatic nucleus(68), which is responsible for the circadian rhythm. It seems that
the aim of this association is that alterations in the restorative function of sleep potentiate
the deleterious effects of psychogenic dysfunctions and pain perception, as shown in the
study of individuals with fibromyalgia(69) and osteoarthritis(67), making clinical
manifestations worse of chronic conditions.
Another characteristic strongly associated with complaints is the general self-
perception of health, also associated with psychogenic disorders in other studies (105).
Individuals with negative perceptions tend to have worse health outcomes such as chronic
health conditions and higher risk of death than those with good perceptions. Hale et
al.(36) also identified an association between poor health perception and impaired sleep
quality, which is evident in adults(70) and elderly (71) in both high and low income
countries(72). In Brazil, Lima et al.(73) observed in the elderly that reductions in sleep
duration or their excess are associated with prior self-reported health status.
Brazilian adults living in urban areas have more frequent complaints of
insomnia/EDS and reduction of the restorative function of sleep. On the other hand, the
elderly living in urban areas have only a reduction of the restorative function in relation
81
to their peers in rural areas, as well as those with computers and internet at home. There
is evidence that urbanization produces a reduction in sleep time(7) and that noise
produced by car traffic(74) and the abuse of media and computer (15)(75) in urban areas
is related to the occurrence of disorders of sleep. Artificial noises and lights at night seem
to modify the biological rhythm, as already observed in animal model studies(76). In
addition, some evidence suggests the relation of nocturnal artificial light exposure in the
deregulation of circadian rhythm and the occurrence of neoplasia(77)(78)(79).
It is a curious fact about the association of low social support in adults and the
elderly with the least occurrence of sleep disorders. The literature points to several
beneficial aspects regarding social support webs in relation to general health(80)(81) and
other conditions and behaviors (82)(12). Evidence suggests that low social support also
shows a modulator of the effects of sleep disorders through the prediction of cardiac
inflammatory markers(83)(84). However, in a study conducted in Montreal, Canada, it
was found that strong social support indicators are positively associated with restless
sleep (6), which shows us an expression of contextual effects modified according to
individual characteristics, such as gender. Other findings revealed that there is no relation
of social support in sleep function in a cohort of elderly people after multilevel adjustment
and five-year follow-up (85).
The international scientific literature presents several health conditions related to
sleep. However, the large number of cross-sectional studies that control confounding
effects with prevalence ratios adjusted through the use of logistic regression is
noteworthy. Possibly, such estimates point the direction of the relationship correctly,
although its magnitude may be misleading. This modeling strategy produces oversized
point and interval estimates when the prevalence of the event of interest is considered
high. In contrast, our study produced estimates using the Cox Regression, which produces
estimates of the same magnitude of the Poisson Regression, both in simple random
sampling(86) and in complex sampling analyzes(87).
It is prudent to mention some limitations of our study. Firstly, it is a study that
analyzes secondary data of national survey, which can predispose to the information
biases from the collection to the storage and availability of the data. Second, the
measurement of complaints of insomnia and sleepiness were measured together, not being
able to identify them separately. Third, it is not possible to make more in-depth contextual
inferences due to the impossibility of linkage with database with ecological information
82
of the participants, only at the unit level of the federation. Finally, there is still no direct
information on income, especially for adults, in the PNS database, which makes the
economic analysis linked only to the ownership of durable goods.
Even in view of these limitations, this study brings new evidences about the sleep
condition in the Brazilian population, revealing to be a large public health problem that,
in addition to its relation with other disorders (emphasis on psychogenic and chronic
diseases), make them subject to aggravation according to studies in the area of sleep.
On the other hand, the social determinants such as gender, age and socioeconomic
status are manifested differently in sleep complaints, which implies the need to apply
public health and intersectoral policies in relation to work, social and health care.
Conclusion
Insomnia and daytime sleepiness are highly prevalent in the Brazilian population
as well as the final endpoint of any sleep disorder, which is the reduction of the restorative
function, which suggests actions or policies aimed at a better management of the sleep
condition, considering that this is an indicator sensitive to the quality of the population's
health as it reflects various dimensions of life. In addition, the selective manifestation of
sleep disorders in relation to gender, age group, social stage, occupation and urbanization
implies measures aimed at structuring aspects of social organization.
Sleep disorders in the Brazilian population are strongly related to clinical
manifestations of psychogenic disorders such as depressive symptoms and emotional
lability, as well as the presence of chronic diseases and low health perception, the
usefulness of which would also apply to clinical praxis since such relationships can also
potentiate more serious endpoints such as death.
References
1. Chokroverty S. Overview of sleep & sleep disorders. Indian J Med Res. 2010
Feb;131(February):126–40.
2. Theorell-Haglöw J, Åkerstedt T, Schwarz J, Lindberg E. Predictors for
Development of Excessive Daytime Sleepiness in Women: A Population-Based 10-
Year Follow-Up. Sleep [Internet]. 2015 Dec [cited 2016 Sep 7];38(12):1995–2003.
Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26237774
83
3. Clark IA, Vissel B. Inflammation-sleep interface in brain disease: TNF, insulin,
orexin. J Neuroinflammation [Internet]. 2014 [cited 2016 Sep 7];11:51. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24655719
4. Wilson HJ, Klimova TM, Knuston KL, Fedorova VI, Fedorov A, Yegorovna
BM, et al. Socio-demographic predictors of sleep complaints in indigenous Siberians
with a mixed economy. Am J Phys Anthropol [Internet]. 2015 Aug [cited 2016 Sep
7];157(4):641–7. Available from: http://doi.wiley.com/10.1002/ajpa.22761
5. Hara C, Rocha FL, Castro É De, Fuzikawa C, Uchoa E, Lima-costa MF.
Prevalence of excessive daytime sleepiness in Brazilian community-dwelling older
adults with very low levels of schooling , and its association with sociodemographic
characteristics and lifestyle : the Bambuí Health and Ageing Study ( BHAS ). J Bras
Psiquiatr. 2008;57(2):91–7.
6. Bassett E, Moore S. Neighbourhood disadvantage, network capital and restless
sleep: Is the association moderated by gender in urban-dwelling adults? Soc Sci Med
[Internet]. 2014 May [cited 2017 Mar 26];108:185–93. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0277953614001336
7. Bottino CJ, Rifas-Shiman SL, Kleinman KP, Oken E, Redline S, Gold D, et al.
The association of urbanicity with infant sleep duration. Health Place [Internet]. 2012
Sep [cited 2017 Mar 25];18(5):1000–5. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22795497
8. Empana J-P, Dauvilliers Y, Dartigues J-F, Ritchie K, Gariepy J, Jouven X, et al.
Excessive daytime sleepiness is an independent risk indicator for cardiovascular
mortality in community-dwelling elderly: the three city study. Stroke. 2009
Apr;40(4):1219–24.
9. Gooneratne NS, Richards KC, Joffe M, Lam RW, Pack F, Staley B, et al. Sleep
disordered breathing with excessive daytime sleepiness is a risk factor for mortality in
older adults. Sleep [Internet]. 2011 Apr;34(4):435–42. Available from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3065253&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
10. Lopes JM, Dantas FG, Medeiros JLA de. Excessive daytime sleepiness in the
elderly: association with cardiovascular risk, obesity and depression. Rev Bras
Epidemiol [Internet]. 2013;16(4):872–9. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24896592
84
11. Pistacchi M, Gioulis M, Contin F, Sanson F, Marsala SZ. Sleep disturbance and
cognitive disorder: epidemiological analysis in a cohort of 263 patients. Neurol Sci
[Internet]. 2014 Dec 18 [cited 2016 Sep 7];35(12):1955–62. Available from:
http://link.springer.com/10.1007/s10072-014-1870-x
12. Lee Y-T, Tsai C-F, Ouyang W-C, Yang AC, Yang C-H, Hwang J-P. Daytime
sleepiness: a risk factor for poor social engagement among the elderly. Psychogeriatrics
[Internet]. 2013 Dec [cited 2016 Sep 7];13(4):213–20. Available from:
http://doi.wiley.com/10.1111/psyg.12020
13. Takahashi M, Tsutsumi A, Kurioka S, Inoue A, Shimazu A, Kosugi Y, et al.
Occupational and socioeconomic differences in actigraphically measured sleep. J Sleep
Res. 2014;23(4):458–62.
14. Børsting Jacobsen H, Endresen Reme S, Sembajwe G, Hopcia K, Stiles TC,
Sorensen G, et al. Work stress, sleep deficiency and predicted 10-year cardiometabolic
risk in a female patient care worker population HHS Public Access. Am J Ind Med.
2014;57(8):940–9.
15. Fossum IN, Nordnes LT, Storemark SS, Bjorvatn B, Pallesen S. The Association
Between Use of Electronic Media in Bed Before Going to Sleep and Insomnia
Symptoms, Daytime Sleepiness, Morningness, and Chronotype. Behav Sleep Med
[Internet]. 2014 Sep 3 [cited 2017 Feb 24];12(5):343–57. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/15402002.2013.819468
16. Bjorvatn B, Meland E, Flo E, Mildestvedt T. High prevalence of insomnia and
hypnotic use in patients visiting their general practitioner. Fam Pract [Internet]. 2017
Feb [cited 2017 Mar 8];34(1):20–4. Available from:
https://academic.oup.com/fampra/article-lookup/doi/10.1093/fampra/cmw107
17. Souza JC, Magna LA, Paula TH De. Sonolência excessiva diurna e uso de
hipnóticos em idosos. Rev Psiq Clin. 2003;30(3):80–5.
18. McHill AW, Melanson EL, Higgins J, Connick E, Moehlman TM, Stothard ER,
et al. Impact of circadian misalignment on energy metabolism during simulated
nightshift work. Proc Natl Acad Sci U S A [Internet]. 2014;111(48):17302–7. Available
from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=4260578&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
19. Jaussent I, Bouyer J, Ancelin M-L, Akbaraly T, Pérès K, Ritchie K, et al.
Insomnia and daytime sleepiness are risk factors for depressive symptoms in the elderly.
85
Sleep [Internet]. 2011 Aug [cited 2013 Jan 8];34(8):1103–10. Available from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3138165&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
20. Souza JC, Magna LA, Aiache S, Magna NS. Sonolência excessiva diurna na
população geral de um município brasileiro. J Bras Psiquiatr. 2008;57(1):34–7.
21. Chellappa SL, Araújo JF. Excessive daytime sleepiness in patients with
depressive disorder. Rev Bras Psiquiatr. 2006;28(55 84):126–9.
22. Hara C, Stewart R, Lima-Costa MF, Rocha FL, Fuzikawa C, Uchoa E, et al.
Insomnia subtypes and their relationship to excessive daytime sleepiness in Brazilian
community-dwelling older adults. Sleep [Internet]. 2011 Aug [cited 2013 Jan
8];34(8):1111–7. Available from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=3138166&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
23. Lopes JM, Gabrielle S, Fernandes G. Associação da depressão com as
características sociodemográficas , qualidade do sono e hábitos de vida em idosos do
Nordeste brasileiro : estudo seccional de base populacional. Rev Bras Geriatr e
Gerontol. 2015;18(3):521–31.
24. Freitas MPS de. Pesquisa Nacional de Saúde: Plano Amostral. Brasília; 2014.
25. Kamakura W, Mazzon JA. Critérios de estratificação e comparação de
classificadores socioeconômicos no Brasil. Rev Adm Empres [Internet]. 2016 Feb [cited
2017 Feb 17];56(1):55–70. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
75902016000100055&lng=pt&nrm=iso&tlng=en
26. Lindberg EVA, Carter NED, Gislason T, Janson C. Role of snoring and daytime
sleepiness in occupational accidents. Am J Respir Criti Care Med. 2001;164:2031–5.
27. Gottlieb DJ, Yao Q, Redline S, Ali T, Mahowald MW. Does snoring predict
sleepiness independently of apnea and hypopnea frequency? Am J Respir Crit Care
Med. 2000 Oct;162(4 Pt 1):1512–7.
28. Bibbins-Domingo K, Grossman DC, Curry SJ, Davidson KW, Epling JW,
García FAR, et al. Screening for Obstructive Sleep Apnea in Adults. Jama [Internet].
2017;317(4):407. Available from:
http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?doi=10.1001/jama.2016.20325
86
29. Epstein LJ, Kristo D, Strollo PJ, Norma F, Malhota A, Patil SP, et al. Clinical
guideline for the evaluation, management and long-term care of obstructive sleep apnea
in adults. J Clin Sleep Med. 2009;5(3):263–76.
30. Bittencourt L, Santos-Silva R, Taddei J. Sleep Complaints in the Adult Brazilian
Population: A National Survey Based on Screening Questions. J Clin Sleep Med
[Internet]. 2009 [cited 2017 Jun 19];5(5). Available from:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2762719/pdf/jcsm.5.5.459.pdf
31. Rogerio Santos-Silva, Lia Rita Azeredo Bittencourt, Maria Laura Nogueira
Pires, Marco Tulio de Mello, Jose Augusto Taddei, Ana Amelia Benedito-Silva, et al.
Increasing trends of sleep complaints in the city of Sao Paulo, Brazil. Sleep Med
[Internet]. 2010 [cited 2017 Jun 19];11:520–4. Available from: http://ac.els-
cdn.com/S1389945710001565/1-s2.0-S1389945710001565-main.pdf?_tid=f923761e-
5524-11e7-b274-
00000aab0f6c&acdnat=1497900474_e78dcfddf7ef9204e983c455f28af973
32. Kerkhof GA. Epidemiology of sleep and sleep disorders in The Netherlands.
Sleep Med [Internet]. 2017 Feb [cited 2017 Mar 10];30:229–39. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1389945716302362
33. Tareque MI, Ikeda N, Koshio A, Hasegawa T. Is adjustment for reporting
heterogeneity necessary in sleep disorders? Results from the Japanese World Health
Survey. BMC Psychiatry [Internet]. 2016 Feb 6 [cited 2017 Mar 13];16:25. Available
from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26852225
34. Paine S-J, Harris R, Cormack D, Stanley J. Racial Discrimination and Ethnic
Disparities in Sleep Disturbance: the 2002/03 New Zealand Health Survey. Sleep
[Internet]. 2016 Feb 1 [cited 2017 Mar 13];39(2):477–85. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26446108
35. Koyanagi A, Stickley A. The Association between Sleep Problems and
Psychotic Symptoms in the General Population: A Global Perspective. Sleep [Internet].
2015 Dec 1 [cited 2017 Mar 13];38(12):1875–85. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26085291
36. Hale L, Hill TD, Friedman E, Nieto FJ, Galvao LW, Engelman CD, et al.
Perceived neighborhood quality, sleep quality, and health status: evidence from the
Survey of the Health of Wisconsin. Soc Sci Med [Internet]. 2013 Feb [cited 2017 Mar
25];79:16–22. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22901794
87
37. Bjorvatn B, Meland E, Flo E, Mildestvedt T. High prevalence of insomnia and
hypnotic use in patients visiting their general practitioner. Fam Pract [Internet]. 2017
Feb [cited 2017 Feb 11];34(1):20–4. Available from:
https://academic.oup.com/fampra/article-lookup/doi/10.1093/fampra/cmw107
38. Lallukka T, Sares-Jäske L, Kronholm E, Sääksjärvi K, Lundqvist A, Partonen T,
et al. Sociodemographic and socioeconomic differences in sleep duration and insomnia-
related symptoms in Finnish adults. BMC Public Health. 2012;12(1):565.
39. Kronholm E, Partonen T, Härmä M, Hublin C, Lallukka T, Peltonen M, et al.
Prevalence of insomnia-related symptoms continues to increase in the Finnish working-
age population. J Sleep Res [Internet]. 2016 Aug [cited 2017 Mar 10];25(4):454–7.
Available from: http://doi.wiley.com/10.1111/jsr.12398
40. Kao C-C, Huang C-J, Wang M-Y, Tsai P-S. Insomnia: prevalence and its impact
on excessive daytime sleepiness and psychological well-being in the adult Taiwanese
population. Qual Life Res [Internet]. 2008 Oct [cited 2016 Sep 7];17(8):1073–80.
Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18752042
41. Yong LC, Li J, Calvert GM. Sleep-related problems in the US working
population: prevalence and association with shiftwork status. Occup Environ Med
[Internet]. 2016 Sep 8 [cited 2016 Oct 30];oemed-2016-103638. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27609325
42. Matthews KA, Hall M, Dahl RE. Sleep in healthy black and white adolescents.
Pediatrics [Internet]. 2014;133(5):e1189-96. Available from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=4006433&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
43. Kim BH, Lee H-E. The association between working hours and sleep
disturbances according to occupation and gender. Chronobiol Int [Internet]. 2015 Sep
14 [cited 2016 Oct 30];32(8):1109–14. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/07420528.2015.1064440
44. Lin CM, Davidson TM, Ancoli-israel S. Gender diferrences in obstructive sleep
apnea and treament implications. Sleep Med Rev. 2008;12(6):481–96.
45. van den Berg JF, Miedema HME, Tulen JHM, Hofman A, Neven AK, Tiemeier
H. Sex differences in subjective and actigraphic sleep measures: a population-based
study of elderly persons. Sleep. 2009 Oct;32(10):1367–75.
88
46. Silva-Costa A, Rotenberg L, Griep RH, Fischer FM. Relationship between
sleeping on the night shift and recovery from work among nursing workers - the
influence of domestic work. J Adv Nurs. 2011;67(5):972–81.
47. Alves Pereira EC, Basso Schmitt AC, Alves Cardoso MR, Paixão Pereira WM,
Lorenzi-Filho G, Blumel JE, et al. Prevalência da sonolência diurna excessiva e fatores
associados em mulheres de 35 a 49 anos de idade do “Projeto de Saúde de
Pindamonhangaba” (PROSAPIN). Rev Assoc Med Bras. 2012;58(4):447–52.
48. Levandovski R, Dantas G, Fernandes LC, Caumo W, Torres I, Roenneberg T, et
al. Depression Scores Associate With Chronotype and Social Jetlag in a Rural
Population Depression Scores Associate With Chronotype and Social Jetlag in a Rural
Population. Chronobiol Int [Internet]. 2011 [cited 2017 Jun 19];28(9):771–8. Available
from: http://www.tandfonline.com/action/journalInformation?journalCode=icbi20
49. Jaqueline Rodrigues Robaina, Claudia S. Lopes, Lúcia Rotenberg, Eduardo
Faerstein. Fatores psicossociais e socioeconômicos relacionados à insônia e menopausa:
Estudo Pró-Saúde. Cad Saúde Pública [Internet]. 2015 [cited 2017 Jun 19];31(3):597–
606. Available from: http://www.scielo.br/pdf/csp/v31n3/0102-311X-csp-31-03-
00597.pdf
50. Beijamini F, Knutson KL, Lorenzi-Filho G, Egan KJ, Taporoski TP, De Paula
LKG, et al. Timing and quality of sleep in a rural Brazilian family-based cohort, the
Baependi Heart Study. Nature [Internet]. 2016 [cited 2017 Jun 19];6. Available from:
https://www.nature.com/articles/srep39283.pdf
51. Kim BH, Lee H-E. The association between working hours and sleep
disturbances according to occupation and gender. Chronobiol Int [Internet]. 2015 Sep
14 [cited 2017 Feb 25];32(8):1109–14. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/07420528.2015.1064440
52. Monk TH, Buysse DJ, Billy BD, Fletcher ME, Kennedy KS, Begley AE, et al.
Shiftworkers report worse sleep than day workers, even in retirement. J Sleep Res.
2013;22(2):201–8.
53. Garbarino S, Lanteri P, Durando P, Magnavita N, Sannita WG. Co-morbidity,
mortality, quality of life and the healthcare/welfare/social costs of disordered sleep: A
rapid review. Int J Environ Res Public Health. 2016;13(8).
54. Grandner MA. Sleep, Health, and Society. Sleep Med Clin [Internet]. 2017 Mar
[cited 2017 Mar 10];12(1):1–22. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1556407X16301060
89
55. Smagula SF, Stone KL, Fabio A, Cauley JA. Risk factors for sleep disturbances
in older adults: Evidence from prospective studies. Sleep Med Rev [Internet]. 2016 Feb
[cited 2017 Feb 25];25:21–30. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1087079215000155
56. Hara C, Stewart R, Lima-Costa MF, Rocha FL, Fuzikawa C, Uchoa E, et al.
Insomnia subtypes and their relationship to excessive daytime sleepiness in Brazilian
community-dwelling older adults. Sleep [Internet]. 2011 Aug [cited 2016 Sep
7];34(8):1111–7. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21804673
57. Calati R, Gaspar-barba E, Cruz-fuentes CS, Nenclares A, Jimenez-genchi A,
Ronchi D De, et al. Excessive daytime sleepiness in depressed women. Psychiatry Res.
2010;179(2):171–5.
58. Asztalos M, Cardon G, De Bourdeaudhuij I, De Cocker K. Cross-Sectional
Associations between Sitting Time and Several Aspects of Mental Health in Belgian
Adults. J Phys Act Heal [Internet]. 2015 Aug [cited 2017 Mar 13];12(8):1112–8.
Available from: http://journals.humankinetics.com/doi/10.1123/jpah.2013-0513
59. Alberti S, Chiesa A, Andrisano C, Serretti A. Insomnia and Somnolence
Associated With Second-Generation Antidepressants During the Treatment of Major
Depression. J Clin Psychopharmacol [Internet]. 2015 Jun [cited 2017 Feb
24];35(3):296–303. Available from:
http://content.wkhealth.com/linkback/openurl?sid=WKPTLP:landingpage&an=0000471
4-201506000-00014
60. Yokoyama E, Kaneita Y, Saito Y, Uchiyama M, Matsuzaki Y, Tamaki T, et al.
Association between depression and insomnia subtypes: a longitudinal study on the
elderly in Japan. Sleep. 2010 Dec;33(12):1693–702.
61. Kim J-M, Stewart R, Kim S-W, Yang S-J, Shin I-S, Yoon J-S. Insomnia,
depression, and physical disorders in late life: a 2-year longitudinal community study in
Koreans. Sleep. 2009 Sep;32(9):1221–8.
62. Schwartz NG, Rattner A, Schwartz AR, Mokhlesi B, Gilman RH, Bernabe-Ortiz
A, et al. Sleep Disordered Breathing in Four Resource-Limited Settings in Peru:
Prevalence, Risk Factors, and Association with Chronic Diseases. Sleep [Internet]. 2015
Sep 1 [cited 2017 Mar 21];38(9):1451–9. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25845694
90
63. Barone DA, Chokroverty S. Neurologic Diseases and Sleep. Sleep Med Clin
[Internet]. 2017 Mar [cited 2017 Mar 21];12(1):73–85. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1556407X16301011
64. Parvan K, Lakdizaji S, Roshangar F, Mostofi M. Quality of sleep and its
relationship to quality of life in hemodialysis patients. J caring Sci [Internet].
2013;2(4):295–304. Available from:
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=4134147&tool=pmcentrez&
rendertype=abstract
65. Akbaraly TN, Jaussent I, Besset A, Bertrand M, Barberger-Gateau P, Ritchie K,
et al. Sleep complaints and metabolic syndrome in an elderly population: The three-city
study. Am J Geriatr Psychiatry. 2015;23(8):818–28.
66. Danielsson NS, Harvey AG, MacDonald S, Jansson-Fröjmark M, Linton SJ.
Sleep Disturbance and Depressive Symptoms in Adolescence: The Role of Catastrophic
Worry. J Youth Adolesc [Internet]. 2013 Aug 12 [cited 2017 Mar 24];42(8):1223–33.
Available from: http://link.springer.com/10.1007/s10964-012-9811-6
67. Campbell CM, Buenaver LF, Finan P, Bounds SC, Redding M, McCauley L, et
al. Sleep, Pain Catastrophizing, and Central Sensitization in Knee Osteoarthritis Patients
With and Without Insomnia. Arthritis Care Res (Hoboken) [Internet]. 2015 Oct [cited
2017 Mar 24];67(10):1387–96. Available from: http://doi.wiley.com/10.1002/acr.22609
68. Barloese MCJ. Neurobiology and sleep disorders in cluster headache. J
Headache Pain [Internet]. 2015 [cited 2017 Mar 24];16:562. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26289164
69. Choy EHS. The role of sleep in pain and fibromyalgia. Nat Rev Rheumatol
[Internet]. 2015 Apr 28 [cited 2017 Mar 24];11(9):513–20. Available from:
http://www.nature.com/doifinder/10.1038/nrrheum.2015.56
70. Machón M, Vergara I, Dorronsoro M, Vrotsou K, Larrañaga I. Self-perceived
health in functionally independent older people: associated factors. BMC Geriatr
[Internet]. 2016 Mar 9 [cited 2017 Mar 25];16:66. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26961707
71. Oliveira BHD, Yassuda MS, Cupertino APFB, Neri AL. Relações entre padrão
do sono, saúde percebida e variáveis socioeconômicas em uma amostra de idosos
residentes na comunidade: Estudo PENSA. Cien Saude Colet [Internet]. 2010 May
[cited 2017 Mar 25];15(3):851–60. Available from:
91
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232010000300028&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
72. Mazzotti DR, Guindalini C, Sosa AL, Ferri CP, Tufik S. Prevalence and
correlates for sleep complaints in older adults in low and middle income countries: A
10/66 Dementia Research Group study. Sleep Med [Internet]. 2012 Jun [cited 2017 Mar
25];13(6):697–702. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1389945712001086
73. Margareth Guimarães Lima, Marilisa Berti de Azevedo Barros, Maria Cecília
Goi Porto Alves. Sleep duration and health status self-assessment (SF-36) in the elderly:
a population-based study (ISA-Camp 2008). Cad Saúde Pública [Internet]. 2012 [cited
2017 Jun 19];28(9):1674–84. Available from:
http://www.scielo.br/pdf/csp/v28n9/v28n9a07.pdf
74. Kim M, Chang SI, Seong JC, Holt JB, Park TH, Ko JH, et al. Road Traffic
Noise. Am J Prev Med [Internet]. 2012 Oct [cited 2017 Mar 25];43(4):353–60.
Available from: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0749379712004448
75. Andersen LL, Garde AH. Sleep problems and computer use during work and
leisure: Cross-sectional study among 7800 adults. Chronobiol Int [Internet]. 2015 Nov
26 [cited 2017 Mar 13];32(10):1367–72. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/07420528.2015.1095202
76. Nordt A, Klenke R. Sleepless in town-drivers of the temporal shift in dawn song
in urban European blackbirds. PLoS One [Internet]. 2013 [cited 2017 Mar
25];8(8):e71476. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23940759
77. Kloog I, Portnov BA, Rennert HS, Haim A. Does the Modern Urbanized
Sleeping Habitat Pose a Breast Cancer Risk? Chronobiol Int [Internet]. 2011 Feb 23
[cited 2017 Mar 25];28(1):76–80. Available from:
http://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/07420528.2010.531490
78. Kim KY, Lee E, Kim YJ, Kim J. The association between artificial light at night
and prostate cancer in Gwangju City and South Jeolla Province of South Korea.
Chronobiol Int [Internet]. 2017 Feb 7 [cited 2017 Mar 25];34(2):203–11. Available
from: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/07420528.2016.1259241
79. Hurley S, Goldberg D, Nelson D, Hertz A, Horn-Ross PL, Bernstein L, et al.
Light at night and breast cancer risk among California teachers. Epidemiology
[Internet]. 2014 Sep [cited 2017 Mar 25];25(5):697–706. Available from:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25061924
92
80. Matsumoto S, Yamaoka K, Inoue M, Muto S, Teikyo Ishinomaki Research
Group and Health and Life Revival Council in the Ishinomaki district (RCI) TIRG and
H and LRC in the I district. Social ties may play a critical role in mitigating sleep
difficulties in disaster-affected communities: a cross-sectional study in the Ishinomaki
area, Japan. Sleep [Internet]. 2014 Jan 1 [cited 2017 Feb 27];37(1):137–45. Available
from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24470703
81. Masoudnia E. Impact of weak social ties and networks on poor sleep quality: A
case study of Iranian employees. Asian J Psychiatr [Internet]. 2015 Dec [cited 2017 Mar
13];18:42–8. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1876201815002312
82. Kent RG, Uchino BN, Cribbet MR, Bowen K, Smith TW. Social Relationships
and Sleep Quality. Ann Behav Med [Internet]. 2015 Dec 15 [cited 2017 Feb
27];49(6):912–7. Available from: http://link.springer.com/10.1007/s12160-015-9711-6
83. Cho HJ, Seeman TE, Kiefe CI, Lauderdale DS, Irwin MR. Sleep disturbance and
longitudinal risk of inflammation: Moderating influences of social integration and social
isolation in the Coronary Artery Risk Development in Young Adults (CARDIA) study.
Brain Behav Immun [Internet]. 2015 May [cited 2017 Mar 26];46:319–26. Available
from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25733101
84. Castro-Diehl C, Diez Roux A V., Redline S, Seeman T, McKinley P, Sloan R, et
al. Sleep Duration and Quality in Relation to Autonomic Nervous System Measures:
The Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA). Sleep [Internet]. 2016 Nov [cited
2017 Apr 22];39(11):1919–26. Available from: https://academic.oup.com/sleep/article-
lookup/doi/10.5665/sleep.6218
85. Chen J-H, Lauderdale DS, Waite LJ. Social participation and older adults’ sleep.
Soc Sci Med [Internet]. 2016 Jan [cited 2017 Mar 13];149:164–73. Available from:
http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0277953615302513
86. Coutinho LMS, Scazufca M, Menezes PR. Métodos para estimar razão de
prevalência em estudos de corte transversal. Rev Saúde Pública. 2008;42(6):992–8.
87. Francisco PMSB, Donalisio MR, Barros MBDA, Cesar CLG, Carandina L,
Goldbaum M. Medidas de associação em estudo transversal com delineamento
complexo: razão de chances e razão de prevalência. Rev Bras Epidemiol.
2008;11(3):347–55.
93
94
Artigo 2.
Risco de Morte e Eventos Cardio-Cerebrovasculares em Idosos com Queixas de
Sonolência Excessiva Diurna e Insônia: Estudo de Coorte Prospectiva
Risk of Death and Cardio-Cerebrovascular Events in the Elderly with Complaints of Excessive
Daytime Sleepiness and Insomnia: Prospective Cohort Study
Resumo
O objetivo deste estudo foi estimar o risco de morte e de eventos cardiovasculares em
idosos comunitários com queixa de insônia e sonolência excessiva diurna ao longo de
oito anos de seguimento. Foi desenhada uma coorte prospectiva com 160 idosos, sendo a
primeira onda em 2009 e a segunda em 2017. Os grupos de seguimento foram
determinados pela exposição ou não à queixas de insônia primária e a sonolência
excessiva diurna com ou sem ronco relatadas pelos participantes. As co-variáveis sexo,
estado conjugal, depressão, hipertensão e diabetes foram controladas. O desfecho
primário foi a morte e o secundário os eventos cárdio-cerebrovasculares. Os riscos dos
desfechos foram estimados por risco relativo através da regressão de Poisson, adotando-
se α≤0,05. Registraram-se 40 (25,97%:19,04-32,89) mortes no período e 48
(30,76%:23,52-38,01) eventos cardio-cerebrovasculares. Os homens apresentaram maior
risco (RR=1,88; 1,01-3,50) de morte. A depressão (RR= 2,04;1,06-3,89), gravidade da
insônia (RR=2,39;1,52-4,56) e latência do sono entre 16-30 minutos (RR=3,54;1,26-9,94)
e 31-60 minutos (RR=2,23;1,12-4,47) aumentaram o risco de morte independentemente
em idosos comunitários. Os eventos cardio-cerebrovasculares foram preditos apenas por
idosos hipertensos e/ou diabéticos (RR=8,30;1,98-34,82). Assim, a mortalidade em
idosos sofre considerável influência do estado emocional e da dificuldade de dormir,
diferente dos eventos cárdio-cerebrovasculares que são condicionados apenas pelas
condições pressóricas arteriais e metabólicas.
Palavras-Chave: Distúrbios do Sono por Sonolência Excessiva, Distúrbios do Início e da
Manutenção do Sono, Morte, Epidemiologia.
Abstract
The objective of this study was to estimate the risk of death and cardiovascular events in
community-dwelling elderly people with insomnia and sleepness complaints during eigth
years of follow-up. A prospective cohort was designed with 160 old people, where the
first wave was in 2009 and the second in 2017. The follower groups were determined by
exposure or not to insomnia and excessive daytime sleepiness complaints with or without
snoring. Gender, marital status, depression, hypertension and diabetes were controlled.
The primary outcomes were death and secondary outcomes of cardio-cerebrovascular
events. The risks of the outcomes were estimated by relative risk using the Poisson
regression, adopting α≤0.05. There were 40 (25.97%: 19.04-32.89) deaths in the period
and 48 (30.76%: 23.52-38.01) cardio-cerebrovascular events. Men presented higher risk
(RR = 1.88, 1.01-3.50) of death. Depression (RR = 2.04, 1.06-3.89), insomnia severity
(RR = 2.39, 1.52-4.56) and sleep latency between 16-30 minutes (RR = 3, 54, 1.26-9.94)
and 31-60 minutes (RR = 2.23, 1.12-4.47) increase the risk of death independently in
95
community-dwelling elderly. Cardiovascular events were predicted only by hypertensive
and/or diabetic elderly (RR = 8.30, 1.98-34.82). Thus, mortality in the elderly suffers
considerable influence of the emotional state and the difficulty to sleep, different from
the cardio-cerebrovascular events that are conditioned only by the arterial pressure and
metabolic conditions.
Key-words: Disorders of Excessive Somnolence, Sleep Initiation and Maintenance
Disorders, Death, Epidemiology.
Introdução
Distúrbios do sono parecem estar relacionados com desfechos graves de saúde
como eventos cardio-cerebrovasculares(1)(2)(3) e até mesmo a morte(4)(5)(6) de modo
independente. Entre os distúrbios destacam-se as insônias e os sintomas de sonolência
excessiva diurna (SED), que são condições do sono relacionadas possivelmente com
alterações neurofisiológicas(7), psicogênicas(8) e comportamentais(9).
Existem consistentes evidências apontando para a relação da insônia e SED com
a má oxigenação sanguínea(10) e o déficit no automatismo circulatório(11), produzindo
sobrecarga cardíaca. As queixas de insônia e SED são de manifestações clínicas
comumente mais branda e podem surgir previamente ou em estágios iniciais de distúrbios
do sono mais debilitantes como a síndrome da apneia obstrutiva do sono(12) ou
independentemente.
Estudos recentes no Brasil revelaram associação entre risco cardiovascular,
insônia e SED(13)(14). Em outros contextos, Lee et al. evidenciaram, em uma coorte de
pacientes coronários, que a presença de SED era fator preditivo para eventos
cardiovasculares futuros, quando controlados outros fatores intervenientes(15). Já
Empana et al. também relataram que a SED é fator de risco para mortalidade
cardiovascular em idosos comunitários na França, mas não para mortalidade por câncer
após seis anos de seguimento(16). Parece também que a SED tem função preditiva na
ocorrência de eventos cerebrovasculares(3).
Estudos relatam que a insônia também se relaciona com eventos
cardiovasculares(17). Assim como a SED, a insônia revela ser potencial fator de risco
para eventos cerebrovasculares, quando controladas outras co-variáveis(2). Achados
apontam que a insônia está associada com a mortalidade geral apenas em homens, mas se
diferencia de acordo com os contextos (18)(19)(20).
96
Além dessas condições clínicas, de modo associado ou independente, vários
parâmetros relacionados ao sono podem estar influenciando a ocorrência de morte e
eventos cárdio-cerebrovasculares como a eficiência do sono, duração do sono, usos de
medicamentos para dormir e movimentos involuntários do corpo(21). Soma-se ainda a
interação com fatores individuais como gênero e características comportamentais, como
estilo de vida e emocionais, e também sociais, a exemplo da escolaridade e estrato social,
que sugerem relação com alterações do relógio biológico(22).
Todavia, são incipientes as evidências dessas relações na população brasileira,
principalmente em subpopulações vulneráveis biológica e socialmente como os idosos,
cuja proporção na população cresce constantemente mesmo em regiões com maiores
características de subdesenvolvimento como a região nordeste. Estudar desfechos de
morte e eventos cardio-cerebrovasculares a partir da exposição à condições mórbidas do
sono e emocionais se faz necessário no cenário de compreensão da sua distribuição e na
produção de políticas públicas.
Desta forma, como a regulação do ritmo circadiano é influenciada por fatores
contextuais que interagem com aspectos individuais biológicos e comportamentais, torna-
se interessante investigar como a presença de queixas de insônia, SED, parâmetros do
sono e emocionais influenciam na mortalidade e eventos cárdio-cerebrovasculares em
indivíduos idosos. Portanto, o presente estudo objetiva estimar o risco de morte e eventos
cárdio-cerebrovasculares em idosos comunitários com e sem presença de queixas de
insônia e SED.
Método
Desenvolveu-se um estudo de coorte prospectiva. A população de base para
pesquisa se constitui de indivíduos idosos residentes na zona urbana da cidade de
Campina Grande, Paraíba. A amostra foi de idosos participantes de pesquisa transversal
no ano de 2009, desenvolvida por Lopes, Dantas e Medeiros(13), na mesma cidade e que
foi considerada a primeira onda de coleta de dados com 160 participantes, dimensionados
para um estudo de prevalência de SED e insônia. A segunda onda de coleta de dados
ocorreu no ano de 2017 para estimar a ocorrência dos desfechos de morte e eventos
cárdio-cerebrovasculares.
97
O dimensionamento amostral para estimar o risco de morte no grupo de exposição
(com SED/insônia) e sem exposição considerando um desfecho estimado de 10% no
grupo sem exposição e de 30% no grupo sob exposição, junto com um nível de confiança
de 95% para minimizar um erro tipo I e um poder de teste de 80% para minimizar
ocorrência de erro tipo II. Desta forma era necessário um mínimo de 48 participantes em
cada grupo para o seguimento poder estimar os desfechos adequadamente. Assim,
identificaram na primeira onda 114 idosos como pertencente ao grupo de expostos.
Foram incluídos na amostra indivíduos de ambos os gêneros com idade acima de
60 anos, rastreados na primeira onda em 2009 e que se disponibilizarem a participar do
estudo. Os indivíduos com incapacidade para responder aos questionamentos e de serem
avaliados fisicamente foram excluídos da pesquisa.
Os participantes responderam, na primeira onda, ao formulário sócio-demográfico
(APÊNDICE 1) contendo dados sobre sexo (homem ou mulher), idade (em anos),
escolaridade (analfabeto, ensino fundamental, ensino médio, ensino superior), situação
conjugal (com ou sem companheiro). Além disso, algumas informações sobre a existência
de condição de saúde crônica, como hipertensão e diabetes, foram averiguadas para efeito
de controle de confusão, por ser as doenças crônicas mais prevalentes em idosos.
Identificou-se de modo dicotômico a presença ou ausência de tais condições através de
autorrelato e prontuários dos serviços de atenção primária.
Para avaliar a presença de sonolência excessiva diurna foi utilizada a Escala de
Sonolência de Epworth ou Escala de cansaço (23) (ANEXO 1). Eram identificados com
SED aqueles com pontuação acima de 10 na escala de cansaço, sendo entre 11 e 16 o grau
leve e acima deste, o último escore grau severo. As queixas de insônia foram avaliadas
de modo subjetivo a partir de um interrogatório a respeito da dificuldade de se iniciar o
sono, se manter no estado de sono e dificuldade de retornar ao sono sem motivo aparente
(24). Assim foi criado um indicador composto que avaliava a presença de SED e/ou
insônia chamado indicado de distúrbio do sono.
A latência para o sono foi determinada a partir de domínios do Índice de Qualidade
do Sono de Pittsburgh (IQSP) (ANEXO 2). O IQSP avalia a qualidade do sono em sete
domínios: qualidade subjetiva, latência do sono, duração do sono, eficiência do sono,
distúrbios do sono, uso de medicação para dormir e disfunção durante o dia. A pontuação
98
varia de 0 a 20, sendo considerado sono de qualidade ruim indivíduos com pontuação
maior que 5. O ronco foi estimado pela Escala de Ronco de Stanford (23).
Em todos os participantes foi medido o índice de massa corpórea (IMC), o qual é
baseado na massa e altura do indivíduo. O peso era obtido com balança da marca GEOM®
e modelo B8030 com capacidade para 150 kg e sensibilidade de 100g. A altura era
mensurada pelo estadiômetro compacto adulto tipo trena da marca Wiso® graduado em
centímetros. Caso o participante não apresentasse condições de caminhar até a balança
ou adotar a postura ortostática para medição da altura, foi excluído da pesquisa. Além
disso foram coletados dados de circunferência abdominal (CA) com fita métrica
inelásticas, dividindo em participantes de baixo e alto risco cardiovascular tendo como
ponto de corte as seguintes referências: <84 cm para mulheres e <104 cm para homens
(25). Construiu-se um índice nutricional dicotômico como adequado (IMC<27 kg/m2 e/ou
baixo risco cardiovascular) e inadequado (IMC≥27 Kg/m2 e/ou alto risco cardiovascular).
Para avaliar a existência de sintomas depressivos no idoso utilizou-se a Escala de
Depressão Geriátrica de Sheikh e Yesavage (26) (ANEXO 3), onde as pontuações de 0 a
10 equivalem a estado normal, 11 a 20 remete quadros depressivos médios e de 21 a 30
pontos indica possível depressão moderada/severa.
Os pesquisadores foram devidamente treinados para utilizarem os instrumentos de
coleta de dados de modo confiável antes de aplicarem o questionário socioeconômico,
antropometria, Escala Geriátrica de Depressão, Escala de Sonolência de Epworth e do
IQSP.
A segunda onda da pesquisa foi realizada em 2017. Os pesquisadores utilizaram
a estratégia do contato telefônico inicialmente, seguido da visita domiciliar, visita à
Unidade Básica de Saúde e contato com informantes-chaves como vizinhos e parentes
para a localização dos participantes e desfechos. Após a localização, era inquerido ao
participante ou familiar sobre o estado de vivo ou morto, ocorrência de disfunções
cardiovasculares e também cerebrovasculares.
A escolha dos participantes na primeira onda foi aleatória dentro dos 49 bairros
do perímetro urbano estabelecido pela prefeitura da cidade de Campina Grande-PB. As
ruas sorteadas foram percorridas de uma extremidade a outra, nas duas laterais, saltando-
se nove casas a partir da esquina escolhida como início, de acordo com o método utilizado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para aleatorização neste
99
município. Esta alternância era dada pela razão entre o número total de domicílios do
bairro e o número de idosos a serem visitados no mesmo. Caso não haja idoso no
domicílio selecionado deve-se procurar na residência mais próxima. Tendo mais de um
idoso no local, realizar-se-á coleta de dados com todos.
A análise inferencial foi realizada com o desfecho primário morte e o secundário
eventos cardio-cerebrovasculares, controlando o efeito das co-variáveis como hipertensão
e diabetes. Estimou-se o risco relativo para as variáveis independentes SED/insônia,
depressão e obesidade a partir da Modelagem Linear Generalizada com modelo baseada
em distribuição de Poisson e função ligante logarítmica linear. Nesta situação inferencial
adotou-se um nível de significância de 5% para se minimizar um erro tipo I.
Resultados
Foram seguidos 160 idoso com idade variando de 60 a 98 anos, média de
72,16±7,84 anos, 112 (71,2%) mulheres e 135 (84,4%) com escolaridade máxima de
ensino fundamental completo, sendo quatro perdas de seguimento. Nesta amostra, 118
(73,75%:66,93-80,56) eram normais quanto à SED, 30 (18,75%:12,70-24,79)
apresentando grau leve de SED e 12 (7,50%:3,41-11,58) na forma grave de SED. A
insônia esteve presente em 98 (54,9%) dos idosos, sendo 65 (43,0%) de estádio
moderado/grave. Registrou-se o desfecho morte em 40 idosos (25,97%:19,04-32,89) e o
desfecho de evento cardio-cerebrovascular aconteceu em 48 deles (30,76%:23,52-38,01).
A tabela 1 descreve a distribuição das outras variáveis independentes assim como
modelagem preditiva.
Tabela 1. Análise descritiva, Modelo bruto e ajustado para o risco de morte em idosos do
município de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2009-2017.
Risco de Morte
Variáveis Modelo Bruto Modelo Ajustado
n (%) RR IC95% RR IC95%
Sexo
Homem 44 (28,2) 1,69 1,01-2,87 1,73 0,92-3,28
Mulher 112 (71,8) 1 1
Situação Conjugal
Com companheiro 37 (23,7) 1,59 0,91-2,77 1,50 0,86-2,62
Sem companheiro 119 (76,3) 1 1
Depressão
100
Tabela 1. Análise descritiva, Modelo bruto e ajustado para o risco de morte em idosos do
município de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2009-2017.
Sim 66 (42,3) 1,66 0,97-2,84 2,39 1,52-4,56
Não 90 (57,7) 1 1
Índice Nutricional
Inadequado 36 (23,1) 0,76 0,42-1,38 1,12 0,58-2,18
Adequado 120 (76,9) 1 1
Hipertensão/Diabetes
Sim 114 (73,1) 0,86 0,48-1,53 0,84 0,46-1,51
Não 42 (26,9) 1 1
Índicador de Distúrbio do Sono
Insônia/SED 114 (81,3) 0,91 0,40-2,07 0,62 0,33-1,16
Normal 46 (28,7) 1 1
IQSP
Bom 62 (45,9) 0,78 0,43-1,41 0,62 0,33-1,16
Ruim 73 (54,1) 1 1
IC95% (intervalo de confiança de 95%); RR (risco relativo); SED (sonolência excessiva diurna);
IQSP (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg).
A modelagem de Poisson revelou, após ajustamento, que entre as variáveis
independentes estudadas, apenas a presença de sintomas depressivos é considerada fator
de risco para morte em idosos comunitários. Os idosos com depressão tinham 2,39 vezes
(IC95%:1,52-4,56) mais possibilidades de morrer do que aqueles sem sintomas
depressivos. Por outro lado, os indicadores compostos de estado nutricional, distúrbios
do sono, qualidade do sono e até mesmo hipertensão/diabetes não foram capazes de
demonstrar influência na mortalidade durante o acompanhamento de oito anos do estudo.
Ao analisar as variáveis constituintes dos indicadores compostos inclusos no
modelo anterior, identifica-se uma nova distribuição para o desfecho morte. Ter sintomas
depressivos continua sendo um fator de risco para morte. Todavia, percebe-se que existe
uma predição maior de morte para o sexo masculino, 88% a mais que nas mulheres
(RR=1,88; 1,01-3,50), e também nos idosos com companheiro (RR=2,10; 1,20-3,68). De
modo semelhante, os indicadores de latência de sono entre 16-30 minutos (RR=2,23;1,12-
4,47) e entre 31-60 minutos (RR=3,54;1,26-9,94) predizem mais mortes do que aqueles
que dormem antes de 15 minutos. Ter insônia leve também foi considerado preditor de
morte nesta amostra, os que apresentam o grau leve possuem 2,30 (IC95%:1,08-4,89)
mais possibilidades de morrer.
101
Tabela 2. Modelo ajustado segregado em morbidades específicas do
sono para o risco de morte em idosos do município de Campina
Grande, Paraíba, Brasil, 2009-2017.
Risco de Morte
Variáveis Modelo Ajustado
n (%) RR IC95%
Sexo
Homem 44 (28,2) 1,88 1,01-3,50
Mulher 112 (71,8) 1
Situação Conjugal
Com companheiro 37 (23,7) 2,10 1,20-3,68
Sem companheiro 119 (76,3) 1
Depressão
Sim 66 (42,3) 2,04 1,06-3,89
Não 90 (57,7) 1
Hipertensão/Diabetes
Sim 114 (73,1) 1,19 0,54-2,60
Não 42 (26,9) 1
Índice Nutricional
Inadequado 36 (23,1) 1,27 0,59-2,71
Adequado 120 (76,9) 1
Latência Sono
Mais 60 min 22 (16,2) 1,68 0,74-3,81
Entre 31-60 min 19 (14,0) 3,54 1,26-9,94
Entre 16-30 min 31 (22,8) 2,23 1,12-4,47
Menos de 15 min 64 (47,1) 1
Gravidade da Insônia
Moderada/Severa 65 (43,0) 0,94 0,29-2,96
Leve 33 (21,9) 2,30 1,08-4,89
Sem insônia 53 (35,1) 1
Gravidade do Ronco
Ronco Excessivo 38 (26,2) 0,69 0,31-1,53
Ronco Leve 54 (37,2) 1,24 0,58-2,65
Sem Ronco 53 (36,6) 1
SED
Moderada/Severa 12 (7,7) 1,08 0,43-2,68
Leve 29 (18,6) 0,60 0,24-1,53
Sem SED 115 (73,7) 1
102
Tabela 2. Modelo ajustado segregado em morbidades específicas do
sono para o risco de morte em idosos do município de Campina
Grande, Paraíba, Brasil, 2009-2017.
IC95% (intervalo de confiança de 95%); RR (risco relativo); SED
(sonolência excessiva diurna).
Para o desfecho de evento cárdio-cerebrovascular, no acompanhamento de oito
anos, a única variável independente que demonstrou capacidade preditiva para esse
desfecho foi o indicador de hipertensão/diabetes. Idosos hipertensos e/ou diabéticos
tinham uma probabilidade 5,72 vezes (IC95% maior de ter disfunções cardiovasculares
ou acidente vascular cerebral que os idosos normotensos e metabolismo glicérico
normais. Os indicadores compostos e segregados do estado nutricional, distúrbio do sono
e qualidade do sono não revelam nenhum efeito no período analisado (tabela 4).
103
Tabela 3. Modelo preditivo para o risco de evento cardio-cerebrovascular em
idosos do município de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2009-2017.
Risco de ECC
Variáveis Modelo Bruto Modelo Adjtado
RR IC95% RR IC95%
Sexo
Homem 1,19 0,72-1,98 1,23 0,69-2,21
Mulher 1 1
Situação Conjugal
Com companheiro 0,98 0,55-1,72 1,03 0,58-1,82
Sem companheiro 1 1
Depressão
Sim 1,14 0,71-1,83 1,29 0,78-2,15
Não 1 1
Índice Nutricional
Inadequado 0,64 0,33-1,25 0,94 0,55-1,62
Adequado 1 1
Hipertensão/Diabetes
Sim 4,43 1,69-11,64 5,72 1,87-17,46
Não 1 1
Índicador de Distúrbio do Sono
Sim 0,72 0,32-1,63 0,66 0,31-1,38
Não 1 1
ÍQSP
Bom 1,27 0,76-2,10 1,36 0,82-2,27
Ruim 1 1
IC95% (intervalo de confiança de 95%); RR (risco relativo); SED (sonolência
excessiva diurna); IQSP (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg).
104
Tabela 4. Modelo preditivo segregado em morbidades
específicas do sono para o risco de eventos cardio-
cerebrovasculares em idosos do município de Campina Grande,
Paraíba, Brasil, 2009-2017.
Risco de Morte
Variáveis Modelo Adjtado
RR IC95%
Sexo
Homem 1,38 0,59-3,21
Mulher 1
Situação Conjugal
Com companheiro 1,32 0,62-2,82
Sem companheiro 1
Depressão
Sim 1,32 0,67-2,59
Não 1
Hipertensão/Diabetes
Sim 8,30 1,98-34,82
Não 1
Índice Nutricional
Inadequado 1,18 0,58-2,41
Adequado 1
Latência Sono
Mais 60 min 1,03 0,40-2,62
Entre 31-60 min 1,34 0,50-3,55
Entre 16-30 min 1,09 0,45-2,59
Menos de 15 min 1
Gravidade da Insônia
Moderada/Severa 1,35 0,55-3,33
Leve 2,14 0,84-5,42
Sem insônia 1
Gravidade do Ronco
Ronco Excessivo 0,99 0,41-2,41
Ronco Leve 0,96 0,44-2,07
Sem Ronco 1
SED
Moderada/Severa 0,79 0,26-2,43
Leve 0,74 0,28-1,97
Sem SED 1
105
IC95% (intervalo de confiança de 95%); RR (risco relativo); SED
(sonolência excessiva diurna).
Discussão
Encontramos que os desfechos de morte e eventos cardio-cerebrovasculares
estudados são preditos por exposições distintas dentre aqueles estudados. A morte de
idosos comunitários é fortemente predita pela ocorrência de sintomas depressivos, sendo
mais comum entre os homens. Entre as características do sono, destaca-se a elevada
latência para o sono e a gravidade da insônia como fatores de risco para morte em idosos.
Por outro lado, apenas os idosos hipertensos e/ou diabéticos apresentaram mais riscos de
desenvolver eventos cardio-cerebrovasculares.
Diversos estudos vêm esclarecendo sobre o maior risco de morte entre homens,
principalmente por condições crônicas como neoplasias(27) e doenças
cardiovasculares(28) em idosos. Em adultos e jovens, a principal causa de mortalidade
em homens são as causas externas(29). O status conjugal também é identificado como
condição relacionada à vulnerabilidade de saúde, geralmente indivíduos sem
companheiros apresentam menores suportes sociais e maior predisposição à eventos
prejudiciais relacionados à saúde, como a morte(30). Todavia, nossos achados sugerem
que idosos com companheiro são mais vulneráveis à morte. A hipótese explicativa
aventada alicerça-se nas características da população estudada, onde a possibilidade de
interação entre baixas condições sócio-econômicas e baixo apoio social sobrecarregam
os cônjuges no cuidado recíproco ou de vulnerável. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde
apontam também para uma maior ocorrência de declínio na reparação do sono em
indivíduos com companheiro no Brasil.
Evidenciou-se neste estudo que sintomas depressivos em idosos são fatores de
risco para morte. Em estudo desenvolvido por Diniz et al. (31), realizado no Brasil, os
sintomas depressivos prediziam eventos de morte para todas as causas, apresentando
interação com o sexo masculino. Surtees et al. também identificaram que sintomas
depressivos são preditivos para mortalidade por isquemia cardíaca em uma coorte da
população geral na Inglaterra (32), o que corrobora com evidências que indicam a
depressão como a principal morbidade crônica que atinge os idosos atualmente(33)(34).
Quadros depressivos geralmente estão relacionados com alterações do sono. Lima
at al. relataram que idosas com menor tempo de sono apresentam piores indicadores de
saúde mental nos aspectos emocionais em estudo populacional no Brasil(35). Jaussent et
106
al. (36) relataram, em coorte de três anos, que sintomas de insônia e sonolência são
preditivos para depressão.
Depressão como fator preditivo de morte em idosos está relacionado com a
potencialização de comorbidades crônicas (37)(38) e/ou comportamento suicida(39)(40).
A depressão em idosos quando associada à morbidades crônicas dificulta o manejo das
outras condições, como diabetes e hipertensão por exemplo, principalmente em relação à
aderência ao tratamento e autocuidado (41). Soma-se também à modificação de percepção
da dor(42)(43) e estado geral de saúde(5), criando manifestações clínicas
superdimensionadas ao real problema fisiopatológico.
Nossos achados apontam para uma exposição de risco de morte produzida pela
latência do sono aumentada e a gravidade da insônia em idosos. De modo semelhante,
Lallukka et al. revelaram que na Noruega e Finlândia a insônia aumenta a probabilidade
de morte em homens(4)(19) assim como nos Estados Unidos(20)(44), principalmente a
sua característica de dificuldade de iniciar o sono. A insônia está fortemente associada a
outros fatores que predizem morte como a duração do sono reduzida ou elevada(45) e a
depressão(24) em idosos. Por outro lado, Chen et al. identificaram independência entre
insônia e eventos de morte em idosos asiáticos em nove anos de segmento(46). Tais
discrepâncias podem ser advindas de diferenças contextuais ou tempo de seguimento
insuficiente para ocorrência dos desfechos.
Diferentemente de outros estudos, o indicador composto de queixas de sonolência
excessiva diurna e insônia assim como seus indicadores simples não se mostram fatores
preditivos para eventos cardio-cerebrovasculares, semelhante aos achados de Chien et
al.(47). Todavia, Wu et al.(2) evidenciaram por meio de coorte em Taiwan que a insônia
aumenta o risco de evento cerebrovascular, principalmente em adultos jovens comparado
a idosos. Eventos cardíacos também foram preditos pela presença de sintomas de insônia
em outros achados epidemiológicos(12)(48).
Para o desfecho de eventos cardio-cerebrovasculares, nossos dados não apontam
riscos para as condições do sono ou emocionais. O único preditor relevantemente
identificado foi a condição de saúde de hipertensão e/ou diabetes nos idosos. A literatura
científica já evidencia, com bastante respaldo, os efeitos deletérios que a hipertensão
arterial sistêmica e o diabetes produzem na sociedade contemporânea, sendo robusto fator
107
de risco ou componente para eventos cerebrovasculares isquêmicos(49)(50)(51) e
hemorrágicos(52), isquemia cardíaca(29)(53) e síndrome metabólica(50)(29).
Alguns pontos merecem destaque na interpretação dos nossos achados. Apesar do
rigor metodológico no planejamento do seguimento, não foram controladas variáveis
sociais importantes como a renda ou status social que refletiria bem aspectos contextuais
implicantes nas exposições e desfechos. A baixa escolaridade da população estudada não
permitiu boa variabilidade desta característica e, portanto, maiores inferências sobre seus
efeitos. A falta de bom conhecimento da saúde e/ou acesso a serviços de saúde da amostra
impediu a identificação mais precisa de possíveis eventos cardio-cerebrovasculares
subclínicos, sendo sua identificação realizada por autorrelato. Por fim, o adjtamento de
co-variáveis foi limitado pelo tamanho da amostra.
Contudo, foram obtidas informações de grande valor para população idosa
estudada, a qual está à margem dos grandes centros urbanos do Brasil, localizada em
região com características peculiares quanto aos aspectos sociodemográficos, culturais e
econômicos, e escassos estudos de seguimento para subpopulações vulneráveis. Assim, a
identificação dos efeitos independentes que as características do sono e sintomas
depressivos produzem sobre a mortalidade de idosos são de considerável importância
para as ações e políticas na saúde da pessoa idosa principalmente para o planejamento
micro e macropolítico. Essas informações servirão para alicerçar as tomadas de decisão
na organização do cuidado da pessoa idosa, principalmente para mitigar os
predisponentes de vulnerabilidade da sua capacidade funcional e sobrevida.
Conclusão
Identificamos na amostra estudada efeitos independentes que sintomas
depressivos, latência do sono para dormir e gravidade da insônia produzem na
mortalidade de pessoas idosas. Tais condicionantes se caracterizam pela sua capacidade
modificável e, portanto, possibilidade de minimizar a probabilidade de ocorrência de
morte caso sejam combatidos com o manejo mais adequado e no nível de atenção
apropriado. Somam-se também os efeitos relacionados à questão de gênero, no caso em
questão o masculino que estão mais propensos à morte. Isto remete a necessidades de
estratégias setoriais relacionadas tanto ao acesso aos serviços de saúde como também aos
modos de produção de trabalho e assistência social a fim de dirimir as inequidades.
108
Quanto aos eventos cárdio-cerebrovasculares, apenas a presença de hipertensão
e/ou diabetes aumenta risco de morte em idosos comunitários. Apesar de bem conhecido
como fatores de risco, existem lacunas no manejo apropriado destas condições quando se
refere à adesão ao tratamento e acesso aos serviços de saúde e seus insumos, que são
influenciados por questões sociais de renda, educação e gênero, a fim de conseguir
melhores resultados em saúde pública.
Referências
1. Wang Y-M, Song M, Wang R, Shi L, He J, Fan T-T, et al. Insomnia and
Multimorbidity in the Community Elderly in China. J Clin Sleep Med [Internet]. 2017
Apr 15 [cited 2017 May 29];13(4):591–7.
2. Wu MP, Lin HJ, Weng SF, Ho CH, Wang JJ, Hsu YW. Insomnia subtypes and
the subsequent risks of stroke: Report from a nationally representative cohort. Stroke.
2014;45(5):1349–54.
3. Boden-Albala B, Roberts ET, Bazil C, Moon Y, Elkind MS V, Rundek T, et al.
Daytime sleepiness and risk of stroke and vascular disease: findings from the Northern
Manhattan Study (NOMAS). Circ Cardiovasc Qual Outcomes [Internet]. 2012 Jul 1
[cited 2017 Apr 30];5(4):500–7.
4. Lallukka T, Podlipskyte A, Sivertsen B, Andruskiene J, Varoneckas G, Lahelma
E, et al. Insomnia symptoms and mortality: a register-linked study among women and
men from Finland, Norway and Lithuania. J Sleep Res [Internet]. 2016 [cited 2017 Mar
10];25.
5. Garbarino S, Lanteri P, Durando P, Magnavita N, Sannita WG. Co-morbidity,
mortality, quality of life and the healthcare/welfare/social costs of disordered sleep: A
rapid review. Int J Environ Res Public Health. 2016;13(8).
6. Gómez-Olivé FX, Thorogood M, Kandala NB, Tigbe W, Kahn K, Tollman S, et
al. Sleep problems and mortality in rural South Africa: Novel evidence from a low-
resource setting. Sleep Med [Internet]. 2014;15(1):56–63.
7. Buijs FN, León-Mercado L, Guzmán-Ruiz M, Guerrero-Vargas NN, Romo-
Nava F, Buijs RM. The Circadian System: A Regulatory Feedback Network of
Periphery and Brain. Physiology. 2016;31(3).
8. Alberti S, Chiesa A, Andrisano C, Serretti A. Insomnia and Somnolence
Associated With Second-Generation Antidepressants During the Treatment of Major
Depression. J Clin Psychopharmacol [Internet]. 2015 Jun [cited 2017 Feb
24];35(3):296–303.
9. He F, Bixler EO, Liao J, Berg A, Imamura Kawasawa Y, Fernandez-Mendoza J,
et al. Habitual sleep variability, mediated by nutrition intake, is associated with
abdominal obesity in adolescents. Sleep Med [Internet]. 2015 Dec [cited 2017 Feb
25];16(12):1489–94.
109
10. Clark IA, Vissel B. Inflammation-sleep interface in brain disease: TNF, insulin,
orexin. J Neuroinflammation [Internet]. 2014 [cited 2016 Sep 7];11:51.
11. Lombardi C, Parati G, Provini F, Vetrugno R, Plazzi G, Vignatelli L, et al. Sleep
disordered breathing Daytime sleepiness and neural cardiac modulation in sleep-related
breathing disorders. J Sleep Res. 2008;17:263–70.
12. Johansson P, Alehagen U, Svanborg E, Dahlström U, Broström A. Sleep
disordered breathing in an elderly community-living population : Relationship to
cardiac function , insomnia symptoms and daytime sleepiness. Sleep Med.
2009;10(9):1005–11.
13. Lopes JM, Dantas FG, Medeiros JLA de. Excessive daytime sleepiness in the
elderly: association with cardiovascular risk, obesity and depression. Rev Bras
Epidemiol [Internet]. 2013;16(4):872–9.
14. Souza JC, Magna LA, Aiache S, Magna NS. Sonolência excessiva diurna na
população geral de um município brasileiro. J Bras Psiquiatr. 2008;57(1):34–7.
15. Lee C-H, Ng W-Y, Hau W, Ho H-H, Tai B-C, Chan MY, et al. Excessive
daytime sleepiness is associated with longer culprit lesion and adverse outcomes in
patients with coronary artery disease. J Clin Sleep Med [Internet]. 2013 Dec 15 [cited
2017 Apr 30];9(12):1267–72.
16. Empana J-P, Dauvilliers Y, Dartigues J-F, Ritchie K, Gariepy J, Jouven X, et al.
Excessive daytime sleepiness is an independent risk indicator for cardiovascular
mortality in community-dwelling elderly: the three city study. Stroke. 2009
Apr;40(4):1219–24.
17. Sofi F, Cesari F, Casini A, Macchi C, Abbate R, Gensini GF. Insomnia and risk
of cardiovascular disease: a meta-analysis. Eur J Prev Cardiol [Internet]. 2014 Jan [cited
2017 Mar 4];21(1):57–64.
18. Lallukka T, Podlipskyte A, Sivertsen B, Andruskiene J, Varoneckas G, Lahelma
E, et al. Insomnia symptoms and mortality: a register-linked study among women and
men from Finland, Norway and Lithuania. J Sleep Res [Internet]. 2016 [cited 2017 Apr
30];25.
19. Sivertsen B, Pallesen S, Glozier N, Bjorvatn B, Salo P, Tell GS, et al. Midlife
insomnia and subsequent mortality: the Hordaland health study. BMC Public Health
[Internet]. 2014 Jul 15 [cited 2017 Mar 4];14:720.
20. Li Y, Zhang X, Winkelman JW, Redline S, Hu FB, Stampfer M, et al.
Association between insomnia symptoms and mortality: a prospective study of U.S.
men. Circulation [Internet]. 2014 Feb 18 [cited 2017 Mar 4];129(7):737–46.
21. Castro-Diehl C, Diez Roux A V., Redline S, Seeman T, McKinley P, Sloan R, et
al. Sleep Duration and Quality in Relation to Autonomic Nervous System Measures:
The Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA). Sleep [Internet]. 2016 Nov [cited
2017 Apr 22];39(11):1919–26.
110
22. Farajnia S, Deboer T, Rohling JHT, Meijer JH, Michel S. Aging of the
Suprachiasmatic Clock. Neurosci [Internet]. 2014 Feb [cited 2017 Mar 26];20(1):44–55.
23. Bertolazi AN, Fagondes SC, Hoff LS, Dartora EG, Miozzo ICDS, de Barba
MEF, et al. Validation of the Brazilian Portuguese version of the Pittsburgh Sleep
Quality Index. Sleep Med. 2011 Jan;12(1):70–5.
24. Yokoyama E, Kaneita Y, Saito Y, Uchiyama M, Matsuzaki Y, Tamaki T, et al.
Association between depression and insomnia subtypes: a longitudinal study on the
elderly in Japan. Sleep. 2010 Dec;33(12):1693–702.
25. Monteiro CA. Importância relativa do Índice de Massa Corporal e da
circunferência abdominal na predição da hipertensão arterial. Rev Saúde Pública.
2007;41(5):788–96.
26. Giavoni A, Melo GF De, Parente I, Dantas G. Elaboração e validação da Escala
de Depressão para Idosos. Cad Saúde Pública. 2008;24(5):975–82.
27. Sado J, Kitamura T, Kitamura Y, Zha L, Liu R, Sobue T, et al. Rationale,
design, and profile of the Three-Prefecture Cohort in Japan: A 15-year follow-up. J
Epidemiol [Internet]. 2017 [cited 2017 May 8];27(4):193–9.
28. Jamison DT, Summers LH, Alleyne G, Arrow KJ, Berkley S, Binagwaho A, et
al. Global health 2035: a world converging within a generation. Lancet [Internet]. 2013
Dec 7;382(9908):1898–955.
29. Mokdad AH, Forouzanfar MH, Daoud F, Mokdad AA, El Bcheraoui C, Moradi-
Lakeh M, et al. Global burden of diseases, injuries, and risk factors for young people’s
health during 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study
2013. Lancet [Internet]. 2016 Jun [cited 2017 Mar 21];387(10036):2383–401.
30. Robards J, Evandrou M, Falkingham J, Vlachantoni A. Marital status, health and
mortality. Maturitas [Internet]. 2012 Dec [cited 2017 Jun 7];73(4):295–9.
31. Diniz BS, Reynolds CF, Butters MA, Dew MA, Firmo JOA, Lima-Costa MF, et
al. The effect of gender, age, and symptom severity in late-life depression on the risk of
all-cause mortality: the Bambuí Cohort Study of Aging. Depress Anxiety [Internet].
2014 Sep [cited 2017 May 8];31(9):787–95.
32. Surtees PG, Wainwright NWJ, Luben RN, Wareham NJ, Bingham SA, Khaw K-
T. Depression and Ischemic Heart Disease Mortality: Evidence From the EPIC-Norfolk
United Kingdom Prospective Cohort Study. Am J Psychiatry [Internet]. 2008 Apr [cited
2017 May 8];165(4):515–23.
33. Chapman DP, Perry GS. Depression as a major component of public health for
older adults. Prev Chronic Dis. 2008 Jan;5(1):A22.
34. Castro LS, Castro J, Hoexter MQ, Quarantini LC, Kauati A, Mello LE, et al.
Depressive symptoms and sleep: a population-based polysomnographic study.
Psychiatry Res [Internet]. 2013 Dec 30 [cited 2016 Oct 23];210(3):906–12.
35. Margareth Guimarães Lima, Marilisa Berti de Azevedo Barros, Maria Cecília
Goi Porto Alves. Sleep duration and health status self-assessment (SF-36) in the elderly:
111
a population-based study (ISA-Camp 2008). Cad Saúde Pública [Internet]. 2012 [cited
2017 Jun 19];28(9):1674–84.
36. Jaussent I, Bouyer J, Ancelin M-L, Akbaraly T, Pérès K, Ritchie K, et al.
Insomnia and daytime sleepiness are risk factors for depressive symptoms in the elderly.
Sleep [Internet]. 2011 Aug [cited 2013 Jan 8];34(8):1103–10.
37. Smith DJ, Court H, McLean G, Martin D, Martin JL, Guthrie B, et al.
Depression and Multimorbidity. J Clin Psychiatry [Internet]. 2014 Nov 24 [cited 2017
May 29];75(11):1202–8.
38. Spangenberg L, Forkmann T, Brähler E, Glaesmer H. The association of
depression and multimorbidity in the elderly: Implications for the assessment of
depression. Psychogeriatrics. 2011;11(4):227–34.
39. Kiosses DN, Szanto K, Professor A, Alexopoulos GS. Suicide in Older Adults:
The Role of Emotions and Cognition. Curr Psychiatry Rep. 2014 [cited 2017 May
29];16(11):495-508.
40. Conwell Y, Orden K Van, Caine ED, Romano J. Suicide in Older Adults.
Psychiatr Clin North Am. 2011 [cited 2017 May 29]; 34(2):451-468.
41. Gallo JJ, Hwang S, Hui Joo J, Bogner HR, Morales KH, Bruce ML, et al.
Multimorbidity, Depression, and Mortality in Primary Care: Randomized Clinical Trial
of an Evidence-Based Depression Care Management Program on Mortality Risk. J Gen
Intern Med [Internet]. [cited 2017 May 29];31(4):380–6.
42. Campbell CM, Buenaver LF, Finan P, Bounds SC, Redding M, McCauley L, et
al. Sleep, Pain Catastrophizing, and Central Sensitization in Knee Osteoarthritis Patients
With and Without Insomnia. Arthritis Care Res (Hoboken) [Internet]. 2015 Oct [cited
2017 Mar 24];67(10):1387–96.
43. Danielsson NS, Harvey AG, MacDonald S, Jansson-Fröjmark M, Linton SJ.
Sleep Disturbance and Depressive Symptoms in Adolescence: The Role of Catastrophic
Worry. J Youth Adolesc [Internet]. 2013 Aug 12 [cited 2017 Mar 24];42(8):1223–33.
44. Parthasarathy S, Vasquez MM, Halonen M, Bootzin R, Quan SF, Martinez FD,
et al. Persistent insomnia is associated with mortality risk. Am J Med [Internet]. 2015
Mar [cited 2017 Mar 4];128(3):268–75.e2.
45. Ikehara S, Iso H, Date C, Kikuchi S, Watanabe Y, Wada Y, et al. Association of
sleep duration with mortality from cardiovascular disease and other causes for Japanese
men and women: the JACC study. Sleep. 2009 Mar;32(3):295–301.
46. Chen H-C, Su T-P, Chou P. A nine-year follow-up study of sleep patterns and
mortality in community-dwelling older adults in Taiwan. Sleep [Internet]. 2013 Aug 1
[cited 2017 Mar 4];36(8):1187–98.
47. Chien K-L, Chen P-C, Hsu H-C, Su T-C, Sung F-C, Chen M-F, et al. Habitual
sleep duration and insomnia and the risk of cardiovascular events and all-cause death:
report from a community-based cohort. Sleep [Internet]. 2010 Feb [cited 2017 Mar
4];33(2):177–84.
112
48. Kawada T, Rosenblad A, Hallqvist J, Jennum P, Rod N, Sato A. Insomnia and
Cardiac Events in Patients With Heart Failure. Circ J [Internet]. 2017 [cited 2017 Apr
30];81(1):125.
49. Lopes JM, Sanchis GJB, Medeiros JLA de, Dantas FG. Hospitalização por
acidente vascular encefálico isquêmico no Brasil: estudo ecológico sobre possível
impacto do Hiperdia. Rev Bras Epidemiol [Internet]. 2016;19(1):122–34.
50. Oliveira AF de, Valente JG, Leite I da C, Schramm JM de A, Azevedo ASR de,
Gadelha AMJ. Global burden of disease attributable to diabetes mellitus in Brazil. Cad
Saúde Pública. 2009;25(6):1234–44.
51. Khoury JC, Kleindorfer D, Alwell K, Moomaw CJ, Woo D, Adeoye O, et al.
Diabetes Mellitus: A Risk Factor for Ischemic Stroke in a Large Biracial Population.
Stroke. 2013;44:1500–4.
52. Grise EM, Adeoye O. Blood pressure control for acute ischemic and
hemorrhagic stroke. Curr Opin Crit Care [Internet]. 2012 Apr [cited 2017 May
29];18(2):132–8.
53. Murray CJL, Vos T, Lozano R, Naghavi M, Flaxman AD, Michaud C, et al.
Disability-adjusted life years (DALYs) for 291 diseases and injuries in 21 regions,
1990-2010: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2010. Lancet
[Internet]. 2012 Dec 15 [cited 2014 Mar 19];380(9859):2197–223.
113
CONCLUSÃO
114
6. CONCLUSÃO
As queixas de insônia, sonolência e redução da função reparadora do sono são
fortemente prevalentes na população brasileira adulta e idosa, e tais condições apresentam
íntima relação com comportamentos negativos do estado emocional e de saúde geral
assim como a presença de condições de saúde crônicas e deficiências. Foram identificados
também que aspectos contextuais proximais de gênero feminino, ocupação laboral e de
local de moradia urbana se associaram com as queixas relacionadas ao sono. Por outro
lado, hábitos de vida saudáveis como não ser tabagista, consumo não exagerado de
bebidas alcóolicas e prática de atividade física regular como também baixa massa
corporal são inversamente associados às queixas de cansaço e fadiga não reparada pelo
sono.
Foi possível evidenciar também que as mesmas queixas de insônia e a dificuldade
para iniciar o sono maior que 15 minutos consistiram em fatores de risco independentes
para a ocorrência de morte em idosos comunitários assim como ter sintomas depressivos.
Além disso, ser do gênero masculino e possuir companheiro era preditivo de morte. Já os
eventos cardio-cerebrovasculares foram preditos apenas pela presença de
hipertensão/diabetes.
As evidencias apontam que os desfechos relacionados ao sono na população brasileira
interagem com várias dimensões da vida, sejam biológicas, comportamentais e
contextuais. E que dentro da epidemiologia das desordens do sono, nossos achados
revelam similaridades com outros estudos fora do âmbito nacional, tornando mais
consistentes as evidências científicas. Todavia, traz algumas peculiaridades ou fatos
novos, que são desafiadoras na área de neuroepidemiologia clínica, ao revelar relações
interessantes nos aspectos comportamentais e sociais, como é o caso dos hábitos de vida
e apoio social.
Além disso, este estudo respalda também a criação, implementação e avalição de
políticas públicas intersetoriais destinadas à melhoria da qualidade de vida da população
adulta e idosa no Brasil, com foco prioritário na saúde mental e do sono, estreitamente
relacionadas e de grande influência em desfecho críticos de saúde como a morte, assim
como em dimensões sociais como gênero, relações de produção do trabalho, condições
115
de vida e assistência social, e comportamentais como hábito de vida e auto-percepção
quanto à vida.
Tais políticas destinam-se às necessidades de ações na saúde da subpopulação adulta
urbana, principalmente no concernente às cargas e jornadas de trabalho, transporte,
moradia e lazer que beneficiariam a regulação do sono e a saúde mental. Quanto à pessoa
idosa, a identificação oportuna e acompanhamento longitudinal de condições crônicas de
saúde mental ou sistêmica e de vulnerabilidades social corroborariam para mitigar os
condicionantes de morte relatados neste estudo.
Quanto ao comportamento, estimular contextos saudáveis através de ações de
macropolítica e micropolítica do sistema de saúde que visem a criação de ambientes
saudáveis nas cidades, subsídio à aquisição de produtos e serviços que promovam a saúde,
regulamentação de comportamentos nocivos à saúde e relacionados ao trabalho e
alimentação, por exemplo.
A saúde do sono possui diversos indicadores que medem indiretamente a saúde geral,
pois grande parte das condições de saúde são afetadas ou afetam o sono, o que nos permite
afirmar que a qualidade do sono é um reflexo do bem-estar do indivíduo. Assim,
mensurações e acompanhamento desses indicadores geram importantes informações da
saúde das populações e constitui em subsídio para a tomada de decisão clínica e saúde
pública.
116
REFERÊNCIAS
117
7. REFERÊNCIAS
AKBARALY, T. N. et al. Sleep complaints and metabolic syndrome in an elderly
population: The three-city study. American Journal of Geriatric Psychiatry, v. 23, n. 8,
p. 818–828, 2015.
ALBERTI, S. et al. Insomnia and Somnolence Associated With Second-Generation
Antidepressants During the Treatment of Major Depression. Journal of Clinical
Psychopharmacology, v. 35, n. 3, p. 296–303, jun. 2015.
ALESSI, C. A et al. More daytime sleeping predicts less functional recovery among
older people undergoing inpatient post-acute rehabilitation. Sleep, v. 31, n. 9, p. 1291–
300, set. 2008.
ALLEN, R. P. et al. Restless legs syndrome: diagnostic criteria , special considerations ,
and epidemiology A report from the restless legs syndrome diagnosis and epidemiology
workshop at the National Institutes of Health the participants in the Restless Legs
Syndrome Diagn. v. 4, p. 101–119, 2003.
ALVES PEREIRA, E. C. et al. Prevalência da sonolência diurna excessiva e fatores
associados em mulheres de 35 a 49 anos de idade do “Projeto de Saúde de
Pindamonhangaba” (PROSAPIN). Revista da Associação Médica Brasileira, v. 58, n. 4,
p. 447–452, 2012.
ANDERSEN, L. L.; GARDE, A. H. Sleep problems and computer use during work and
leisure: Cross-sectional study among 7800 adults. Chronobiology International, v. 32, n.
10, p. 1367–1372, 26 nov. 2015.
ASZTALOS, M. et al. Cross-Sectional Associations between Sitting Time and Several
Aspects of Mental Health in Belgian Adults. Journal of Physical Activity and Health, v.
12, n. 8, p. 1112–1118, ago. 2015.
BARLOESE, M. C. J. Neurobiology and sleep disorders in cluster headache. The
journal of headache and pain, v. 16, p. 562, 2015.
BARONE, D. A.; CHOKROVERTY, S. Neurologic Diseases and Sleep. Sleep
Medicine Clinics, v. 12, n. 1, p. 73–85, mar. 2017.
BASSETT, E.; MOORE, S. Neighbourhood disadvantage, network capital and restless
sleep: Is the association moderated by gender in urban-dwelling adults? Social Science
& Medicine, v. 108, p. 185–193, maio 2014.
BEIJAMINI, F. et al. Timing and quality of sleep in a rural Brazilian family-based
cohort, the Baependi Heart Study. Nature, v. 6, 2016.
BERTOLAZI, A. N. et al. Portuguese-language version of the Epworth sleepiness scale:
validation for use in Brazil. J Bras Pneumol, v. 35, n. December 2008, p. 877–883,
2009.
BERTOLAZI, A. N. et al. Validation of the Brazilian Portuguese version of the
Pittsburgh Sleep Quality Index. Sleep medicine, v. 12, n. 1, p. 70–5, jan. 2011.
BIBBINS-DOMINGO, K. et al. Screening for Obstructive Sleep Apnea in Adults.
Jama, v. 317, n. 4, p. 407, 2017.
BITTENCOURT, L.; SANTOS-SILVA, R.; TADDEI, J. Sleep Complaints in the Adult
Brazilian Population: A National Survey Based on Screening Questions. Journal of
Clinical Sleep Medicine, v. 5, n. 5, 2009.
BIXLER, E. O. et al. Excessive Daytime Sleepiness in a General Population Sample :
The Role of Sleep Apnea , Age , Obesity , Diabetes , and Depression. J Clin Endocrinol
Metab, v. 90, n. 8, p. 4510–4515, 2005a.
BJORVATN, B. et al. High prevalence of insomnia and hypnotic use in patients visiting
their general practitioner. Family Practice, v. 34, n. 1, p. 20–24, fev. 2017a.
118
BODEN-ALBALA, B. et al. Daytime sleepiness and risk of stroke and vascular disease:
findings from the Northern Manhattan Study (NOMAS). Circulation. Cardiovascular
quality and outcomes, v. 5, n. 4, p. 500–7, 1 jul. 2012.
BONGAARTS, J. Human population growth and the demographic transition. Phil Trans
R. Soc, v. 364, p. 2985–2990, 2009.
BØRSTING JACOBSEN, H. et al. Work stress, sleep deficiency and predicted 10-year
cardiometabolic risk in a female patient care worker population HHS Public Access.
Am J Ind Med, v. 57, n. 8, p. 940–949, 2014.
BOTTINO, C. J. et al. The association of urbanicity with infant sleep duration. Health
& place, v. 18, n. 5, p. 1000–5, set. 2012.
BUIJS, F. N. et al. The Circadian System: A Regulatory Feedback Network of
Periphery and Brain. Physiology, v. 31, n. 3, 2016.
BUTT, M. et al. Obstructive sleep apnea and cardiovascular disease. International
journal of cardiology, v. 139, n. 1, p. 7–16, 18 fev. 2010.
CALATI, R. et al. Excessive daytime sleepiness in depressed women. Psychiatry
Research, v. 179, n. 2, p. 171–175, 2010.
CAMPBELL, C. M. et al. Sleep, Pain Catastrophizing, and Central Sensitization in
Knee Osteoarthritis Patients With and Without Insomnia. Arthritis Care & Research, v.
67, n. 10, p. 1387–1396, out. 2015.
CASTRO-DIEHL, C. et al. Sleep Duration and Quality in Relation to Autonomic
Nervous System Measures: The Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA). Sleep,
v. 39, n. 11, p. 1919–1926, nov. 2016.
CASTRO, L. S. et al. Depressive symptoms and sleep: a population-based
polysomnographic study. Psychiatry research, v. 210, n. 3, p. 906–12, 30 dez. 2013.
CHAPMAN, D. P.; PERRY, G. S. Depression as a major component of public health
for older adults. Preventing chronic disease, v. 5, n. 1, p. A22, jan. 2008.
CHELLAPPA, S. L.; ARAÚJO, J. F. Excessive daytime sleepiness in patients with
depressive disorder. Rev Bras Psiquiatr, v. 28, n. 55 84, p. 126–129, 2006.
CHEN, H.-C.; SU, T.-P.; CHOU, P. A nine-year follow-up study of sleep patterns and
mortality in community-dwelling older adults in Taiwan. Sleep, v. 36, n. 8, p. 1187–98,
1 ago. 2013.
CHEN, J.-H.; LAUDERDALE, D. S.; WAITE, L. J. Social participation and older
adults’ sleep. Social Science & Medicine, v. 149, p. 164–173, jan. 2016.
CHERVIN, R. D.; ALDRICH, M. S. Characteristics of apneas and hypopneas during
sleep and relation to excessive daytime sleepiness. Sleep, v. 21, n. 8, p. 799–806, 15
dez. 1998.
CHICA-URZOLA, H. L.; ESLAVA-SCHMALBACH, F. E. J. Validación de la Escala
de Somnolencia de Epworth. v. 9, n. 4, p. 558–567, 2007.
CHIEN, K.-L. et al. Habitual sleep duration and insomnia and the risk of cardiovascular
events and all-cause death: report from a community-based cohort. Sleep, v. 33, n. 2, p.
177–84, fev. 2010.
CHO, H. J. et al. Sleep disturbance and longitudinal risk of inflammation: Moderating
influences of social integration and social isolation in the Coronary Artery Risk
Development in Young Adults (CARDIA) study. Brain, behavior, and immunity, v. 46,
p. 319–26, maio 2015.
CHOKROVERTY, S. Overview of sleep & sleep disorders. The Indian journal of
medical research, v. 131, n. February, p. 126–40, fev. 2010.
CHOY, E. H. S. The role of sleep in pain and fibromyalgia. Nature Reviews
Rheumatology, v. 11, n. 9, p. 513–520, 28 abr. 2015.
119
CINTRA, F. D. et al. Alterações cardiovasculares na síndrome da apnéia obstrutiva do
sono. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 86, n. 6, p. 399–407, jun. 2006.
CLARK, I. A.; VISSEL, B. Inflammation-sleep interface in brain disease: TNF, insulin,
orexin. Journal of neuroinflammation, v. 11, p. 51, 2014.
CONWELL, Y. et al. Suicide in Older Adults. Psychiatr Clin North Am, v. 34, n. 2, p.
451–468, 2011.
CORTESE, S. et al. Does excessive daytime sleepiness contribute to explaining the
association between obesity and ADHD symptoms? Medical hypotheses, v. 70, n. 1, p.
12–6, jan. 2008.
COUTINHO, L. M. S.; SCAZUFCA, M.; MENEZES, P. R. Métodos para estimar razão
de prevalência em estudos de corte transversal. Rev Saúde Pública, v. 42, n. 6, p. 992–
998, 2008.
DANIELSSON, N. S. et al. Sleep Disturbance and Depressive Symptoms in
Adolescence: The Role of Catastrophic Worry. Journal of Youth and Adolescence, v.
42, n. 8, p. 1223–1233, 12 ago. 2013.
DINIZ, B. S. et al. The effect of gender, age, and symptom severity in late-life
depression on the risk of all-cause mortality: the Bambuí Cohort Study of Aging.
Depression and anxiety, v. 31, n. 9, p. 787–95, set. 2014.
EMPANA, J.-P. et al. Excessive daytime sleepiness is an independent risk indicator for
cardiovascular mortality in community-dwelling elderly: the three city study. Stroke, v.
40, n. 4, p. 1219–24, abr. 2009.
EPSTEIN, L. J. et al. Clinical guideline for the evaluation, management and long-term
care of obstructive sleep apnea in adults. Jornal of Clinical Sleep Medicine, v. 5, n. 3, p.
263–276, 2009a.
FARAJNIA, S. et al. Aging of the Suprachiasmatic Clock. The Neuroscientist, v. 20, n.
1, p. 44–55, fev. 2014.
FAUBEL, R. et al. Sleep duration and health-related quality of life among older adults:
a population-based cohort in Spain. Sleep, v. 32, n. 8, p. 1059–68, ago. 2009.
FILHO, G. L. et al. Consequências cardiovasculares na SAOS Cardiovascular
consequences of obstructive sleep apnea syndrome. J Bras Pneumol, v. 36, n. 2, p. 1–61,
2010a.
FOSSUM, I. N. et al. The Association Between Use of Electronic Media in Bed Before
Going to Sleep and Insomnia Symptoms, Daytime Sleepiness, Morningness, and
Chronotype. Behavioral Sleep Medicine, v. 12, n. 5, p. 343–357, 3 set. 2014.
FRAGOSO, CAV AND GILL, T. SLEEP COMPLAINTS IN COMMUNITY-LIVING
OLDER PERSONS: A MULTIFACTORIAL GERIATRIC SYNDROME. J Am Geriatr
Soc, v. 55, n. 11, p. 1853–1866, 2009.
FRANCISCO, P. M. S. B. et al. Medidas de associação em estudo transversal com
delineamento complexo: razão de chances e razão de prevalência. Revista Brasileira de
Epidemiologia, v. 11, n. 3, p. 347–355, 2008.
FREITAS, M. P. S. DE. Pesquisa Nacional de Saúde: Plano Amostral. Brasília: [s.n.].
GALLO, J. J. et al. Multimorbidity, Depression, and Mortality in Primary Care:
Randomized Clinical Trial of an Evidence-Based Depression Care Management
Program on Mortality Risk. J Gen Intern Med, v. 31, n. 4, p. 380–6, [s.d.].
GARBARINO, S. et al. Co-morbidity, mortality, quality of life and the
healthcare/welfare/social costs of disordered sleep: A rapid review. International Journal
of Environmental Research and Public Health, v. 13, n. 8, 2016.
GIAVONI, A. et al. Elaboração e validação da Escala de Depressão para Idosos. Cad
Saúde Pública, v. 24, n. 5, p. 975–982, 2008.
120
GÓMEZ-OLIVÉ, F. X. et al. Sleep problems and mortality in rural South Africa: Novel
evidence from a low-resource setting. Sleep Medicine, v. 15, n. 1, p. 56–63, 2014.
GOONERATNE, N. S. et al. Sleep disordered breathing with excessive daytime
sleepiness is a risk factor for mortality in older adults. Sleep, v. 34, n. 4, p. 435–42, abr.
2011.
GOTTLIEB, D. J. et al. Does snoring predict sleepiness independently of apnea and
hypopnea frequency? American journal of respiratory and critical care medicine, v. 162,
n. 4 Pt 1, p. 1512–7, out. 2000.
GRANDNER, M. A. Sleep, Health, and Society. Sleep Medicine Clinics, v. 12, n. 1, p.
1–22, mar. 2017.
GRISE, E. M.; ADEOYE, O. Blood pressure control for acute ischemic and
hemorrhagic stroke. Current Opinion in Critical Care, v. 18, n. 2, p. 132–138, abr. 2012.
HALE, L. et al. Perceived neighborhood quality, sleep quality, and health status:
evidence from the Survey of the Health of Wisconsin. Social science & medicine
(1982), v. 79, p. 16–22, fev. 2013.
HARA, C. et al. Prevalence of excessive daytime sleepiness in Brazilian community-
dwelling older adults with very low levels of schooling , and its association with
sociodemographic characteristics and lifestyle : the Bambuí Health and Ageing Study (
BHAS ). J Bras Psiquiatr, v. 57, n. 2, p. 91–97, 2008.
HARA, C. et al. Insomnia subtypes and their relationship to excessive daytime
sleepiness in Brazilian community-dwelling older adults. Sleep, v. 34, n. 8, p. 1111–7,
ago. 2011a.
HARA, C. et al. Insomnia subtypes and their relationship to excessive daytime
sleepiness in Brazilian community-dwelling older adults. Sleep, v. 34, n. 8, p. 1111–7,
ago. 2011b.
HAYLEY, A. C. et al. Excessive daytime sleepiness and metabolic syndrome: a cross-
sectional study. Metabolism, v. 64, n. 2, p. 244–252, fev. 2015.
HE, F. et al. Habitual sleep variability, mediated by nutrition intake, is associated with
abdominal obesity in adolescents. Sleep Medicine, v. 16, n. 12, p. 1489–1494, dez.
2015.
HURLEY, S. et al. Light at night and breast cancer risk among California teachers.
Epidemiology (Cambridge, Mass.), v. 25, n. 5, p. 697–706, set. 2014.
IKEHARA, S. et al. Association of sleep duration with mortality from cardiovascular
disease and other causes for Japanese men and women: the JACC study. Sleep, v. 32, n.
3, p. 295–301, mar. 2009.
JAMISON, D. T. et al. Global health 2035: a world converging within a generation.
Lancet, v. 382, n. 9908, p. 1898–955, 7 dez. 2013.
JAQUELINE RODRIGUES ROBAINA et al. Fatores psicossociais e socioeconômicos
relacionados à insônia e menopausa: Estudo Pró-Saúde. Cad. Saúde Pública, v. 31, n. 3,
p. 597–606, 2015.
JAUSSENT, I. et al. Insomnia symptoms in older adults : associated factors and gender.
Am J Geriatr Psychistry, v. 19, n. 1, p. 88–97, 2011a.
JAUSSENT, I. et al. Insomnia and daytime sleepiness are risk factors for depressive
symptoms in the elderly. Sleep, v. 34, n. 8, p. 1103–10, ago. 2011b.
JD, L.; DS, C.; I, W. Obstructive sleep apnea and cardiovascular disease. J Am Coll
Cardiol, v. 41, n. 9, p. 1429–1437, 2003.
JOHANSSON, P. et al. Sleep disordered breathing in an elderly community-living
population : Relationship to cardiac function , insomnia symptoms and daytime
sleepiness. Sleep Medicine, v. 10, n. 9, p. 1005–1011, 2009.
121
JOHANSSON, P. et al. Sleep disordered breathing in community dwelling elderly :
Associations with cardiovascular disease , impaired systolic function , and mortality
after a six-year follow-up. Sleep Medicine, v. 12, n. 8, p. 748–753, 2011.
JOO, S. et al. Prevalence of excessive daytime sleepiness and associated factors in the
adult population of Korea. Sleep Medicine, v. 10, n. 2, p. 182–188, 2009.
KALCHIEM-DEKEL, O. et al. Snoring intensity and excessive daytime sleepiness in
subjects without obstructive sleep apnea. The Laryngoscope, v. 126, n. 7, p. 1696–1701,
jul. 2016.
KAMAKURA, W. et al. Critérios de estratificação e comparação de classificadores
socioeconômicos no brasil. Revista de Administração de Empresas, v. 56, n. 1, p. 55–
70, fev. 2016.
KANNO, Y. et al. Prognostic Significance of Insomnia in Heart Failure. Circulation
Journal, v. 80, n. 7, p. 1571–1577, 24 jun. 2016.
KAO, C.-C. et al. Insomnia: prevalence and its impact on excessive daytime sleepiness
and psychological well-being in the adult Taiwanese population. Quality of life
research : an international journal of quality of life aspects of treatment, care and
rehabilitation, v. 17, n. 8, p. 1073–80, out. 2008.
KAWADA, T. et al. Insomnia and Cardiac Events in Patients With Heart Failure.
Circulation Journal, v. 81, n. 1, p. 125, 2017.
KENT, R. G. et al. Social Relationships and Sleep Quality. Annals of Behavioral
Medicine, v. 49, n. 6, p. 912–917, 15 dez. 2015.
KERKHOF, G. A. Epidemiology of sleep and sleep disorders in The Netherlands. Sleep
Medicine, v. 30, p. 229–239, fev. 2017.
KEZIRIAN, E. J. et al. Behavioral Correlates of Sleep-Disordered Breathing in Older
Men. Sleep, v. 32, n. 2, p. 253–251, 2009.
KHAYAT, R.; PATT, B.; HAYES, D. Obstructive sleep apnea: the new cardiovascular
disease. Part I: obstructive sleep apnea and the pathogenesis of vascular disease. Heart
Failure Reviews, v. 14, n. 3, p. 143–153, 20 set. 2009.
KHOURY, J. C. et al. Diabetes Mellitus: A Risk Factor for Ischemic Stroke in a Large
Biracial Population. Stroke, v. 44, p. 1500–1504, 2013.
KIM, B. H.; LEE, H.-E. The association between working hours and sleep disturbances
according to occupation and gender. Chronobiology International, v. 32, n. 8, p. 1109–
1114, 14 set. 2015.
KIM, J.-M. et al. Insomnia, depression, and physical disorders in late life: a 2-year
longitudinal community study in Koreans. Sleep, v. 32, n. 9, p. 1221–8, set. 2009.
KIM, K. Y. et al. The association between artificial light at night and prostate cancer in
Gwangju City and South Jeolla Province of South Korea. Chronobiology International,
v. 34, n. 2, p. 203–211, 7 fev. 2017.
KIM, M. et al. Road Traffic Noise. American Journal of Preventive Medicine, v. 43, n.
4, p. 353–360, out. 2012.
KIOSSES, D. N. et al. Suicide in Older Adults: The Role of Emotions and Cognition.
Curr Psychiatry Rep, v. 16, n. 11, 2014.
KLOOG, I. et al. Does the Modern Urbanized Sleeping Habitat Pose a Breast Cancer
Risk? Chronobiology International, v. 28, n. 1, p. 76–80, 23 fev. 2011.
KOYANAGI, A.; STICKLEY, A. The Association between Sleep Problems and
Psychotic Symptoms in the General Population: A Global Perspective. Sleep, v. 38, n.
12, p. 1875–85, 1 dez. 2015.
KRONHOLM, E. et al. Prevalence of insomnia-related symptoms continues to increase
in the Finnish working-age population. Journal of Sleep Research, v. 25, n. 4, p. 454–
457, ago. 2016.
122
LALLUKKA, T. et al. Sociodemographic and socioeconomic differences in sleep
duration and insomnia-related symptoms in Finnish adults. BMC Public Health, v. 12,
n. 1, p. 565, 2012.
LALLUKKA, T. et al. Insomnia symptoms and mortality: a register-linked study among
women and men from Finland, Norway and Lithuania. J Sleep Res, v. 25, 2016.
LEE, C.-H. et al. Excessive daytime sleepiness is associated with longer culprit lesion
and adverse outcomes in patients with coronary artery disease. Journal of clinical sleep
medicine : JCSM : official publication of the American Academy of Sleep Medicine, v.
9, n. 12, p. 1267–72, 15 dez. 2013a.
LEE, Y.-T. et al. Daytime sleepiness: a risk factor for poor social engagement among
the elderly. Psychogeriatrics, v. 13, n. 4, p. 213–220, dez. 2013b.
LESSOV-SCHLAGGAR, C. N. et al. Genetic association of daytime sleepiness and
depressive symptoms in elderly men. Sleep, v. 31, n. 8, p. 1111–7, ago. 2008.
LEVANDOVSKI, R. et al. Depression Scores Associate With Chronotype and Social
Jetlag in a Rural Population Depression Scores Associate With Chronotype and Social
Jetlag in a Rural Population. Chronobiology International, v. 28, n. 9, p. 771–778, 2011.
LÉVY, P. et al. Obstructive sleep apnoea syndrome. Nature Reviews Disease Primers,
v. 1, p. 15015, 25 jun. 2015.
LI, Y. et al. Association between insomnia symptoms and mortality: a prospective study
of U.S. men. Circulation, v. 129, n. 7, p. 737–46, 18 fev. 2014.
LIN, C. M.; DAVIDSON, T. M.; ANCOLI-ISRAEL, S. Gender diferrences in
obstructive sleep apnea and treament implications. Sleep Med Rev, v. 12, n. 6, p. 481–
496, 2008.
LINDBERG, E. V. A. et al. Role of snoring and daytime sleepiness in occupational
accidents. Am J Respir Criti Care Med, v. 164, p. 2031–2035, 2001.
LOMBARDI, C. et al. Sleep disordered breathing Daytime sleepiness and neural
cardiac modulation in sleep-related breathing disorders. J Sleep Res, v. 17, p. 263–270,
2008.
LOPES, J. M. et al. Hospitalização por acidente vascular encefálico isquêmico no
Brasil: estudo ecológico sobre possível impacto do Hiperdia. Revista Brasileira de
Epidemiologia, v. 19, n. 1, p. 122–134, 2016.
LOPES, J. M.; DANTAS, F. G.; MEDEIROS, J. L. A. DE. Excessive daytime
sleepiness in the elderly: association with cardiovascular risk, obesity and depression.
Revista brasileira de epidemiologia = Brazilian journal of epidemiology, v. 16, n. 4, p.
872–9, 2013.
LOPES, J. M.; GABRIELLE, S.; FERNANDES, G. Associação da depressão com as
características sociodemográficas , qualidade do sono e hábitos de vida em idosos do
Nordeste brasileiro : estudo seccional de base populacional. Revista Brasileira de
Geriatria e Gerontologia, v. 18, n. 3, p. 521–531, 2015.
LURIE, A. Cardiovascular disorders associated with obstructive sleep apnea. Adv
Cardiol, v. 46, p. 197–266, 2011.
MACHÓN, M. et al. Self-perceived health in functionally independent older people:
associated factors. BMC geriatrics, v. 16, p. 66, 9 mar. 2016.
LIMA, M.G.; BARROS, M.B.A.; ALVES, M.C.G.P. Sleep duration and health status
self-assessment (SF-36) in the elderly: a population-based study (ISA-Camp 2008).
Cad. Saúde Pública, v. 28, n. 9, p. 1674–1684, 2012.
MASOUDNIA, E. Impact of weak social ties and networks on poor sleep quality: A
case study of Iranian employees. Asian Journal of Psychiatry, v. 18, p. 42–48, dez.
2015.
123
MATSUMOTO, S. et al. Social ties may play a critical role in mitigating sleep
difficulties in disaster-affected communities: a cross-sectional study in the Ishinomaki
area, Japan. Sleep, v. 37, n. 1, p. 137–45, 1 jan. 2014.
MATTHEWS, K. A.; HALL, M.; DAHL, R. E. Sleep in healthy black and white
adolescents. Pediatrics, v. 133, n. 5, p. e1189-96, 2014.
MAZZOTTI, D. R. et al. Prevalence and correlates for sleep complaints in older adults
in low and middle income countries: A 10/66 Dementia Research Group study. Sleep
Medicine, v. 13, n. 6, p. 697–702, jun. 2012.
MCHILL, A. W. et al. Impact of circadian misalignment on energy metabolism during
simulated nightshift work. Proceedings of the National Academy of Sciences of the
United States of America, v. 111, n. 48, p. 17302–7, 2014.
MENDES MEDEIROS, C. A. et al. Neck circumference, a bedside clinical feature
related to mortality of acute ischemic stroke. Revista da Associação Médica Brasileira,
v. 57, n. 5, p. 559–564, set. 2011.
MIHĂICUŢĂ, S. et al. [Excessive diurnal somnolence--causes, mechanisms,
therapeutical approach]. Pneumologia (Bucharest, Romania), v. 55, n. 1, p. 13–8, [s.d.].
MOKDAD, A. H. et al. Global burden of diseases, injuries, and risk factors for young
people’s health during 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of
Disease Study 2013. The Lancet, v. 387, n. 10036, p. 2383–2401, jun. 2016.
MONK, T. H. et al. Shiftworkers report worse sleep than day workers, even in
retirement. Journal of Sleep Research, v. 22, n. 2, p. 201–208, 2013.
MONTEIRO, C. A. Importância relativa do Índice de Massa Corporal e da
circunferência abdominal na predição da hipertensão arterial. Rev Saúde Pública, v. 41,
n. 5, p. 788–796, 2007.
MORENO, C. R. C. et al. Musculoskeletal pain and insomnia among workers with
different occupations and working hours. Chronobiology International, v. 33, n. 6, p.
749–753, 2 jul. 2016.
MURRAY, C. J. L. et al. Disability-adjusted life years (DALYs) for 291 diseases and
injuries in 21 regions, 1990-2010: a systematic analysis for the Global Burden of
Disease Study 2010. Lancet, v. 380, n. 9859, p. 2197–223, 15 dez. 2012.
NEIKRUG, A. B.; ANCOLI-ISRAEL, S. Sleep disorders in the older adult - a mini-
review. Gerontology, v. 56, n. 2, p. 181–9, jan. 2010.
NOAL, R. B. et al. Ronco habitual e apnéia obstrutiva observada em adultos : estudo de
base populacional , Pelotas , RS Habitual snoring and obstructive sleep apnea in adults :
population- based study in Southern Brazil. Rev Saúde Pública, v. 42, n. 2, p. 224–233,
2008.
NORDT, A.; KLENKE, R. Sleepless in town-drivers of the temporal shift in dawn song
in urban European blackbirds. PloS one, v. 8, n. 8, p. e71476, 2013.
OLIVEIRA, B. H. D. et al. Relações entre padrão do sono, saúde percebida e variáveis
socioeconômicas em uma amostra de idosos residentes na comunidade: Estudo PENSA.
Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n. 3, p. 851–860, maio 2010.
OLIVEIRA, A. F. DE et al. Global burden of disease attributable to diabetes mellitus in
Brazil. Cad Saúde Pública, v. 25, n. 6, p. 1234–1244, 2009.
OZEKE, O.; ERTAN, C.; DEMIR, A. D. Sleep apnea, heart failure, and sleep position.
Sleep Breath, p. 48–50, 2011.
PACK, A. I.; GISLASON, T. Obstructive Sleep Apnea and Cardiovascular Disease.
Progress in Cardiovascular Diseases, v. 51, n. 5, p. 434–451, mar. 2009.
PAINE, S.-J. et al. Racial Discrimination and Ethnic Disparities in Sleep Disturbance:
the 2002/03 New Zealand Health Survey. Sleep, v. 39, n. 2, p. 477–85, 1 fev. 2016.
124
PALLESEN, S. et al. Prevalence and risk factors of subjective sleepiness in the general
adult population. Sleep, v. 30, n. 5, p. 619–24, maio 2007.
PARISH, J. M.; SOMERS, V. K. Obstructive sleep apnea and cardiovascular disease.
Mayo Clin Proc, v. 79, n. 8, p. 1036–46, 2004.
PARTHASARATHY, S. et al. Persistent insomnia is associated with mortality risk. The
American journal of medicine, v. 128, n. 3, p. 268–75.e2, mar. 2015.
PARVAN, K. et al. Quality of sleep and its relationship to quality of life in
hemodialysis patients. Journal of caring sciences, v. 2, n. 4, p. 295–304, 2013.
PIN, T.; CHENG, W. Prevalence and determinants of excessive daytime sleepiness in
an Asian multi-ethnic population. Sleep Medicine, v. 6, p. 523–529, 2005.
PISTACCHI, M. et al. Sleep disturbance and cognitive disorder: epidemiological
analysis in a cohort of 263 patients. Neurological Sciences, v. 35, n. 12, p. 1955–1962,
18 dez. 2014.
RAKEL, R. E. Clinical and Societal Consequences of Obstructive Sleep Apnea and
Excessive Daytime Sleepiness. Postgraduate Medicine, v. 121, n. 1, p. 86–95, 13 jan.
2009.
RANDLER, C. et al. Cross-cultural comparison of seven morningness and sleep-wake
measures from Germany, India and Slovakia. International Journal of Psychology, v.
50, n. 4, p. 279–287, ago. 2015.
REDLINE, S. et al. Obstructive Sleep Apnea – Hypopnea and Incident Stroke. Am J
Respir Criti Care Med, v. 182, n. 7, p. 269–277, 2010.
ROBARDS, J. et al. Marital status, health and mortality. Maturitas, v. 73, n. 4, p. 295–9,
dez. 2012.
ROGERIO SANTOS-SILVA et al. Increasing trends of sleep complaints in the city of
Sao Paulo, Brazil. Sleep Medicine , v. 11, p. 520–524, 2010.
SABANAYAGAM, C.; SHANKAR, A. Sleep duration and cardiovascular disease:
results from the National Health Interview Survey. Sleep, v. 33, n. 8, p. 1037–42, ago.
2010.
SADO, J. et al. Rationale, design, and profile of the Three-Prefecture Cohort in Japan:
A 15-year follow-up. Journal of Epidemiology, v. 27, n. 4, p. 193–199, 2017.
SANTANA, V. S.; SILVA, M. Mortalidade , anos potenciais de vida perdidos e
incidência de acidentes de trabalho na Bahia, Brasil. Caderno de Saúde Pública, v. 23, n.
11, p. 2643–2652, 2007.
SCHUTTE-RODIN, S. et al. Clinical Guideline for the Evaluation and Management of
Chronic Insomnia in Adults. Journal of Clinical Sleep Medicine, v. 4, n. 5, p. 487–504,
2008.
SCHWARTZ, N. G. et al. Sleep Disordered Breathing in Four Resource-Limited
Settings in Peru: Prevalence, Risk Factors, and Association with Chronic Diseases.
Sleep, v. 38, n. 9, p. 1451–9, 1 set. 2015.
SHAMSUZZAMAN, A. S. M.; GERSH, B. J.; SOMERS, V. K. Obstructive Sleep
Apnea. JAMA, v. 290, n. 14, p. 1906, 8 out. 2003.
SHNEERSON, J. M. Sleep Medicine: A guide to sleep and its disorders. 2a ed. Oxford:
Blackwell Publishing, 2005.
SILVA-COSTA, A. et al. Relationship between sleeping on the night shift and recovery
from work among nursing workers - the influence of domestic work. Journal of
Advanced Nursing, v. 67, n. 5, p. 972–981, 2011.
SILVA, A et al. Gender and age differences in polysomnography findings and sleep
complaints of patients referred to a sleep laboratory. Braz J Med Biol Res, v. 41, n. 12,
p. 1067–75, dez. 2008.
125
SIVERTSEN, B. et al. Midlife insomnia and subsequent mortality: the Hordaland health
study. BMC public health, v. 14, p. 720, 15 jul. 2014.
SMAGULA, S. F. et al. Risk factors for sleep disturbances in older adults: Evidence
from prospective studies. Sleep Medicine Reviews, v. 25, p. 21–30, fev. 2016.
SMITH, D. J. et al. Depression and Multimorbidity. The Journal of Clinical Psychiatry,
v. 75, n. 11, p. 1202–1208, 24 nov. 2014.
SOFI, F. et al. Insomnia and risk of cardiovascular disease: a meta-analysis. European
Journal of Preventive Cardiology, v. 21, n. 1, p. 57–64, jan. 2014.
SOUZA, J. C. et al. Sonolência excessiva diurna na população geral de um município
brasileiro. J Bras Psiquiatr, v. 57, n. 1, p. 34–37, 2008.
SOUZA, J. C.; MAGNA, L. A.; PAULA, T. H. DE. Sonolência excessiva diurna e uso
de hipnóticos em idosos. Rev Psiq Clin, v. 30, n. 3, p. 80–85, 2003.
SPANGENBERG, L. et al. The association of depression and multimorbidity in the
elderly: Implications for the assessment of depression. Psychogeriatrics, v. 11, n. 4, p.
227–234, 2011.
SURTEES, P. G. et al. Depression and Ischemic Heart Disease Mortality: Evidence
From the EPIC-Norfolk United Kingdom Prospective Cohort Study. American Journal
of Psychiatry, v. 165, n. 4, p. 515–523, abr. 2008.
TAKAHASHI, M. et al. Occupational and socioeconomic differences in actigraphically
measured sleep. Journal of Sleep Research, v. 23, n. 4, p. 458–462, 2014.
TAREQUE, M. I. et al. Is adjustment for reporting heterogeneity necessary in sleep
disorders? Results from the Japanese World Health Survey. BMC psychiatry, v. 16, p.
25, 6 fev. 2016.
THEORELL-HAGLÖW, J. et al. Predictors for Development of Excessive Daytime
Sleepiness in Women: A Population-Based 10-Year Follow-Up. Sleep, v. 38, n. 12, p.
1995–2003, dez. 2015.
THORPY, M. International Classification of Sleep Disorders. In: Sleep Disorders
Medicine. New York, NY: Springer New York, 2017. p. 475–484.
TOGEIRO, S. M. G. P.; SMITH, A. K. Métodos diagnósticos nos distúrbios do sono.
Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 27, p. 8–15, maio 2005.
TSUNO, N.; JAUSSENT, I.; DAUVILLIERS, Y. Determinants of excessive daytime
sleepiness in a French community-dwelling elderly population. J Sleep Res, v. 16, p.
364–371, 2007.
VAN DEN BERG, J. F. et al. Sex differences in subjective and actigraphic sleep
measures: a population-based study of elderly persons. Sleep, v. 32, n. 10, p. 1367–75,
out. 2009.
VASCONCELOS, A. M. N.; GOMES, M. M. F. Demographic transition: the Brazilian
experience. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 21, n. 4, p. 539–548, 2012.
VENKATESHIAH, S. B. et al. Restless Legs Syndrome. Critical Care Clinics, v. 31, n.
3, p. 459–472, jul. 2015.
WANG, Y.-M. et al. Insomnia and Multimorbidity in the Community Elderly in China.
Journal of Clinical Sleep Medicine, v. 13, n. 4, p. 591–597, 15 abr. 2017.
WICKWIRE, E. M.; SHAYA, F. T.; SCHARF, S. M. Health economics of insomnia
treatments: The return on investment for a good night’s sleep. Sleep Medicine Reviews,
v. 30, p. 72–82, dez. 2016.
WILSON, H. J. et al. Socio-demographic predictors of sleep complaints in indigenous
Siberians with a mixed economy. American Journal of Physical Anthropology, v. 157,
n. 4, p. 641–647, ago. 2015.
126
WOLF, J.; LEWICKA, J.; NARKIEWICZ, K. Obstructive sleep apnea: an update on
mechanisms and cardiovascular consequences. Nutrition, metabolism, and
cardiovascular diseases : NMCD, v. 17, n. 3, p. 233–40, mar. 2007.
WOLKOVE, N. et al. Sleep and aging: 2. Management of sleep disorders in older
people. CMAJ, v. 176, n. 10, p. 1449–1454, 2007.
WONG, W. S. et al. The co-morbidity of chronic pain, insomnia, and fatigue in the
general adult population of Hong Kong: Prevalence and associated factors. Journal of
psychosomatic research, v. 73, n. 1, p. 28–34, jul. 2012.
WU, M. P. et al. Insomnia subtypes and the subsequent risks of stroke: Report from a
nationally representative cohort. Stroke, v. 45, n. 5, p. 1349–1354, 2014.
YOKOYAMA, E. et al. Association between depression and insomnia subtypes: a
longitudinal study on the elderly in Japan. Sleep, v. 33, n. 12, p. 1693–702, dez. 2010.
YONG, L. C.; LI, J.; CALVERT, G. M. Sleep-related problems in the US working
population: prevalence and association with shiftwork status. Occupational and
environmental medicine, p. oemed-2016-103638, 8 set. 2016.
YOUNG, T. et al. Sleep Disordered Breathing and Mortality : Eighteen-Year Follow-up
of the Wisconsin Sleep Cohort. Sleep, v. 31, n. 8, p. 1071–1078, 2008.
ZHANG, J. et al. The longitudinal course and impact of non-restorative sleep: A five-
year community-based follow-up study. Sleep Medicine, v. 13, p. 570–576, 2012.
ZIELIŃSKI, J. et al. Snoring and excessive daytime somnolence among Polish middle-
aged adults. The European respiratory journal : official journal of the European Society
for Clinical Respiratory Physiology, v. 14, n. 4, p. 946–50, out. 1999.
127
APÊNDICES
128
APÊNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Este é um convite para você participar da pesquisa: RISCO DE MORTE, EVENTOS
CARDIOVASCULARES E CEREBROVASCULARES EM INDIVÍDUOS COM
DISTÚRBIOS DO SONO, que é coordenada por JOHNNATAS MIKAEL LOPES. Sua
participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento,
retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade. Você
foi selecionado à participar desta pesquisa, pois realizou exame polissonográfico na
Clínica Santa Maria, no qual os pacientes constituíram a população-fonte. Sendo assim,
convido você a participar desta pesquisa que tem por objetivo estimar o risco de
ocorrência de problemas cardiovasculares, cerebrovasculares e morte precoce em pessoas
com ou sem diagnóstico de síndrome da apnéia obstrutiva do sono. Caso decida aceitar o
convite, você ou o responsável será submetido à apenas perguntas relacionadas a
ocorrência dos eventos mencionados: está vivo/morto? Teve/ não teve infarto ou acidente
vascular encefálico. Os riscos envolvidos com sua participação é: desconforto emocional
em relação às perguntas sobre problemas danosos a vossa saúde, sentir sua privacidade
reduzida. Esta pesquisa terá os seguintes benefícios para a sociedade: melhor
conhecimento dos efeitos dos distúrbios do sono, fonte de informação para a tomada de
decisão em saúde pública e também no manejo clínico de pacientes. Em consonância a
Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, o pesquisador se responsabiliza pelo
sigilo de todas as informações e seu nome não será identificado em nenhum momento e
guarda dos dados por 10 anos. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação
dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários. Se você tiver algum
gasto decorrente de sua participação na pesquisa, você será ressarcido, caso solicite. Em
qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta
pesquisa, você será indenizado. Você ficará com uma via deste Termo e toda a dúvida a
respeito desta pesquisa, poderá ser perguntada diretamente para Johnnatas Mikael Lopes,
coordenador da pesquisa, nos telefones: (84) 9 9664-2381. Enquanto, as objeções a
respeito da conduta ética poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa-
UFRN, no (84) 3342-2230 - [email protected].
129
Consentimento Livre e Esclarecido:
Declaro que compreendi os objetivos e procedimentos desta pesquisa, como ela será
realizada, os riscos e benefícios envolvidos, e concordo em participar voluntariamente da
pesquisa.
__________________________________________________
Nome do participante da pesquisa:
_________________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa:
_________________________________________________
Johnnatas Mikael Lopes
Coordenador da pesquisa:
130
APENDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Este é um convite para você participar da pesquisa: RISCO DE MORTE, EVENTOS
CARDIOVASCULARES E CEREBROVASCULARES EM INDIVÍDUOS COM
DISTÚRBIOS DO SONO, que é coordenada pelo JOHNNATAS MIKAEL LOPES. Sua
participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento,
retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade.
Como você ou se parente participou de estudo em 2009 para verificar a presença de
sonolência da população de Campina Grande-PB, o convidamos a responder algumas
perguntas sobre a saúde do referido participante. A pesquisa que tem por objetivo estimar
o risco de ocorrência de problemas cardiovasculares, cerebrovasculares e morte precoce
em idosos da cidade de Campina Grande-PB. Caso decida aceitar o convite, você será
submetido à apenas perguntas relacionadas a ocorrência dos eventos mencionados: está
vivo/morto? Teve/ não teve infarto ou acidento vascular encefálico. Os riscos envolvidos
com sua participação é: desconforto emocional em relação às perguntas sobre problemas
danosos a vossa saúde, sentir sua privacidade reduzida. Esta pesquisa terá os seguintes
benefícios para a sociedade: melhor conhecimento dos efeitos dos distúrbios do sono,
fonte de informação para a tomada de decisão em saúde pública e também no manejo
clínico de pacientes. Em consonância a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde, o pesquisador se responsabiliza pelo sigilo de todas as informações e seu nome
não será identificado em nenhum momento e guarda dos dados por 10 anos. Os dados
serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma a não
identificar os voluntários. Se você tiver algum gasto decorrente de sua participação na
pesquisa, você será ressarcido, caso solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum
dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será indenizado. Você ficará com
uma via deste Termo e toda a dúvida a respeito desta pesquisa, poderá ser perguntada
diretamente para Johnnatas Mikael Lopes, coordenador da pesquisa, nos telefones: (84)
9 9664-2381. Enquanto, as objeções a respeito da conduta ética poderão ser questionadas
ao Comitê de Ética em Pesquisa-UFRN, no (84) 3342-2230 - [email protected].
131
Consentimento Livre e Esclarecido:
Declaro que compreendi os objetivos e procedimentos desta pesquisa, como ela será
realizada, os riscos e benefícios envolvidos, e concordo em participar voluntariamente da
pesquisa.
__________________________________________________
Nome do participante da pesquisa:
_________________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa:
_________________________________________________
Johnnatas Mikael Lopes
Coordenador da pesquisa:
132
APÊNDICE C
FORMULÁRIO
NOME: ______________________________________________ IDADE: ________
DN: ___/___/___ GENERO: ( ) MAS ( ) FEM ESTADO CIVIL:___________________
ENDEREÇO: _________________________________ BAIRRO: __________________
TEL.: __________________ OCUPAÇÃO: _____________________
1. Nível Educacional
1. ( ) analfabeto
2. ( ) 1º incompleto
3. ( ) 1º completo
4. ( ) 2º incompleto
5. ( ) 2º completo
6. ( ) Ensino Sup. Incompleto
7. ( ) Ensino Sup. Completo
2. Estadiometria
1ª medida:_______ (m) 2ª medida: ________(m) 3ª medida: ________ (m)
3. Peso:
1ª medida ______ (Kg) 2ª medida ________ (Kg) 3ª medida ______ (Kg)
4. Nível de atividade física:
Realiza alguma atividade física:
( ) Não ( ) Sim
133
5. Caso tenha respondido afirmativamente a questão anterior, mencione qual atividade
realiza.
( ) caminhada ( ) ginástica ( ) natação
( ) musculação ( ) atividades em grupo ( ) outros ________
6. Qualidade do sono:
a. ( ) Dificuldade para iniciar o sono
b. ( ) Dificuldade em manter o sono
c. ( ) Acorda ou Levanta-se sedo pela manhã
134
ANEXOS
135
ANEXO 1
PARTE DO QUESTIONÁRIO DE COLETA DA PESQUISA NACIONAL DE
SAÚDE
136
ANEXO 2
137
138
139
ANEXO 3
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA
QUESTÕES RESPOSTAS
1. Você está satisfeito com sua vida? sim não
2. Abandonou muitos de seus interesses e atividades? sim não
3. Sente que a sua vida está Vazia? sim não
4. Sente-se frequentemente Aborrecido? sim não
5. Você tem fé no futuro? sim não
6. Tem pensamentos negativos? sim não
7. Na maioria do tempo está de bom humor? sim não
8. Tem medo de que algo de mal vá lhe acontecer? sim não
9. Sente-se feliz na maioria do tempo? sim não
10. Sente-se frequentemente adoentado, só? sim não
11. Sente-se frequentemente intraquilo? sim não
12. Prefere ficar em casa a sair? sim não
13. Preocupa-se muito com o futuro? sim não
14. Tem mais problema de memória que os outros? sim não
15. Acha bom estar vivo? sim não
16. Fica frequentemente triste? sim não
17. Sente-se inútil? sim não
18. Preocupa-se muito com o passado? sim não
19. Acha a vida interessante? sim não
20. Para você é difícil começar novos projetos? sim não
21. Sente-se cheio de energia? sim não
140
22. Sente-se sem esperança? sim não
23. Acha que os outros têm mais sorte que você? sim não
24. Preocupa-se com coisas sem importância? sim não
25. Sente frequentemente vontade de chorar? sim não
26. É difícil para você concentrar-se? sim não
27. Sente-se bem ao despertar? sim não
28. Prefere evitar as reuniões sociais? sim não
29. É fácil para você tomar decisões? sim não
30. O seu raciocínio está claro como antigamente? sim não
Total
Avaliação:
Conte 1 ponto para cada resposta depressiva (compatível com
depressão)
.0-10 normal
.11-20 depressão média
. 21-30 depressão moderada/severa
141
ANEXO 4
ESCALA DE SONOLÊNCIA DE EPWORTH
Qual a probabilidade de você cochilar ou adormecer nas situações apresentadas a seguir?
Ao responder, procure separar da condição de se sentir simplesmente cansado. Isso se
refere ao seu estilo de vida normal recente. Mesmo que você já tenha feito algumas dessas
coisas recentemente, tente imaginar como elas poderiam lhe afetar. Utilize a escala abaixo
para escolher a alternativa mais apropriada para cada situação.
0 – Nenhuma chance de cochilar
1 – Pequena chance de cochilar
2 – Moderada chance de cochilar
3 – Alta chance de cochilar
CHANCE DE COCHILAR/
SITUAÇÃO PROPOSTA
0 Nenhuma
chance
3 Peq
uen
a
chance
2 Moderada
chance
3
Alta
chance
Sentado e lendo
Assistindo TV
Sentado, quieto em lugar público, sem
atividade (sala de espera, cinema, teatro,
reunião).
Como passageiro de um trem, carro ou
ônibus, andando uma hora sem parar.
Deitado para descansar à tarde, quando as
circunstâncias permitem.
Sentado e conversando com alguém
Sentado calmamente após o almoço, sem ter
bebido álcool.
Se você estiver de carro, enquanto pára por
alguns minutos no trânsito intenso.
142
ANEXO 5
ESCALA DE RONCO DE STANFORD
Classificação do ronco:_____________
0 sem ronco.
1-3 Ronco leve não interrompe o (a) parceiro (a) durante o sono.
4-6 Ronco alto incomoda o (a) parceiro (a) durante o sono.
7-9 Ronco muito intenso incomoda outras pessoas em ambientes diferentes.
ANEXO 6
143
ÍNDICE DE QUALIDADE DO SONO DE PITTSBURGH
Instruções: As seguintes questões relacionam-se aos seus hábitos de sono apenas durante
a ÚLTIMA SEMANA. Suas respostas deverão indicar a opção mais precisa para a
maioria dos dias e noites na última semana. Por favor, responda todas as questões.
Durante a ÚLTIMA SEMANA,
1. Em que horário você costumava deitar-se para dormir?
_____________________________
2. Quanto tempo (em minutos), você levava para adormecer a cada
noite?_________________
3. Em que horário você costumava acordar pela manhã?
______________________________
4. Quantas horas você conseguia dormir durante a noite? (Esta resposta pode ser diferente
do número. De horas passadas na
cama)______________________________________________
5. Durante a última semana,
com que frequência você teve
problemas de sono em virtude de:
Nenhuma vez 1
vez
2 vezes 3 vezes +
a) Não conseguir dormir dentro de
30 minutos
b) Acordar no meio da noite ou
cedo da manhã
c) Levantar para usar o banheiro
d) Não conseguir respirar
confortavelmente
e) Tossir ou roncar muito alto
f) Sentir muito frio
g) Sentir muito calor
h) Ter pesadelos
i) Sentir dor
j) Outras razões (por favor
descreva a frequência:
144
6. Durante a última semana,
com que frequência
você ingeriu medicamentos
(prescritos ou não) para
auxiliá-la a dormir?
7. Durante a última semana,
com que frequência
você teve problemas para
permanecer acordada
enquanto dirigia o automóvel, fazia
suas refeições ou
participava de atividades sociais?
8. Durante a última semana, quão
problemático foi
manter o entusiasmo para
completar suas tarefas?
Muito Bom Bom Ruim Muito
Ruim
9. Durante a última semana, em
geral, como
você classificaria a qualidade do
seu sono?