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Jornal da Vila - n20 - maio de 2007

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Jornal da Vila Tibério, bairro da zona oeste de Ribeirão Preto, tiragem de 10 mil exemplares com circulação também na Vila Amélia, Jardim Santa Luzia, Jardim Antártica, e parte do Sumarezinho e do Monte Alegre

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2 Maio de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaOpiniãO

Informativo mensal com circulação na Vila Tibério

Tiragem: 6 mil exemplares

[email protected] & Falleiros Editora Ltda. MERua Dr. Ary Mariano da Silva, 200

CNPJ 39.039.649/0001-51

Fone: 3011-1321Jornalista responsável: Fernando

Braga - MTb 11.575Impresso na FullGraphics

Ribeirão Preto

LoteamentosA Vila Tibério, como uma

colcha de retalhos, é a soma de diversos loteamentos que foram sendo feitos no decorrer dos anos.

Tibério Augusto, que her-dou a área da atual Vila Tibério de seu sogro, o fazendeiro João Franco de Moraes Octávio, começou a vender grande lotes por volta de 1890. O loteamen-to Vila Tibério e outros foram criados posteriormente, com arruamentos e definição das áreas públicas.

Naquela época as áreas loteadas eram feitas em peque-nas glebas e muitas vezes as ruas não seguiam o traçado de tabuleiro, como pode ser visto em alguns trechos do bairro. Hoje em dia os bairros já são loteados por inteiro, com todas as avenidas já integradas dentro de uma malha já prevista pela Secretaria do Planejamento.

Como não existe uma di-visão oficial de Ribeirão Preto por bairros, ainda hoje há muitas indefinições em di-versos locais e as secretarias municipais não dividem a cidade exatamente da mesma forma, ficando difícil o uso de políticas globais. FB

Mais uma vez, religiosamente, recebo exemplar de nova edição do “JORNAL DA VILA”, desta vez, a edição de número 19. Aí então, rapidinho, o mesmo vai “sendo en-golido” pelos nossos olhos vorazes que buscam as notícias rapidinhas e gostosinhas de ler, que graciosamente nos vão sendo apresentadas a cada tópico.

Este “tal” de Fernando Braga, realmente merece todo nosso agra-decimento, pois é capaz de nos trazer de volta, de bandeja, um desfiar inesgotável de lembranças que vão se aflorando vertiginosamente em nossa memória, fazendo crescer em nossa garganta um nó de emoção que parece querer explodir a qualquer momento... E EXPLODE!

Muitas vezes, podemos dizer sem susto de errar que em cada edição sempre há “escritos” que afloram o nosso emocional. E aí eu tenho cer-teza que, como ocorre comigo, sem dúvida o mesmo se dá com muitos dos fiéis leitores deste “JORNAL DA VILA” que já faz parte da nossa rotina. Lembranças, todos nós temos, boas ou “nem tanto”, elas existem e estão ali guardadinhas, escondidas num cantinho de nossos corações. E então, através das entrelinhas do “JORNAL DA VILA” não há como não se emocionar, mesmo para aquele coração teimoso, que teima em dizer que “não está nem aí”, que não liga “pra essas coisas”...

Eu, por meu lado, já andei escrevendo e enviando algumas memórias... e o Fernando Braga, gentilmente publicou... E ainda

tenho muitas outras “arquivadas” aqui, neste velho coração, que foram vagarosamente coletadas nestes 45 anos desde que cheguei aqui na Vila Tibério, logo ali naquela esquina da Rua Luiz da Cunha com Barão de Cotegipe, curiosa, ansiosa, cheia de sonhos, querendo “abraçar a cidade grande” que se abria à minha frente, mostrando-me na porta de entrada a fabulosa e famosa fábrica da An-tarctica. E eu tinha o maior orgulho em dizer a todos que ficaram lá, (em Brodowski) que eu morava pertinho da Antarctica... pasmem: na mesma rua da Antarctica. Meu Deus, como o tempo passou rápido... é preciso colocar tudo “no papel”, para que muitos possam participar e relem-brar de alguma forma das tantas aventuras vividas... Como era bom andar descalço e soltar papagaio no “largo” atrás da Escola “Santos Dumont” aos 16 anos de idade... Isso mesmo: aos 16 anos. Era bom demais!...

Obrigada Fernando Braga. Você é um grande exemplo de quem se realiza lutando pela ramificação das raízes que nasceram, cresceram e se fincaram. Não é mole não a de-dicação despendida em favor dessa causa: “JORNAL DA VILA”. Que DEUS o abençoe sempre, em cada um de seus mínimos gestos usados em prol da luta travada todos os meses para colocar diante de nossos olhos um novo exemplar do “NOS-SO JORNAL”.

Maria Cleuza Garcia NaldiFã nº 1 do Jornal da Vila

Então...

Em primeiro lugar quero para-benizar o “Jornal da Vila” pelo belo trabalho jornalístico e reafirmar o nosso apoio a este meio de comu-nicação imparcial e histórico do nosso bairro e entorno.

Em relação à frase acima rei-teramos nossos agradecimentos ao JV na pessoa do Sr. Fernando Braga, pela iniciativa espontânea de apoio ao comércio local.

Todos nós empresários locais sabemos das dificuldades encon-tradas no dia-a-dia: a proximidade com o centro da cidade (onde o co-mércio é muito forte), os shoppings centers (3) e ainda o comércio informal.

Logo que a Distrital Sudoeste da ACI-RP foi instalada, formou-se uma comissão para levantar o número real de estabelecimentos comerciais formais e informais, prestadores de serviços e profissio-nais liberais. Após várias consultas e orçamentos chegaram-se a nú-meros muito altos, inviabilizando assim o projeto.

Foi lançado recentemente um Guia do quadrilátero central da ci-dade, onde consta todas as empre-sas ali instaladas. Pegando carona no projeto, solicitamos aos ideali-zadores do mesmo um orçamento para a execução de um guia aqui

da Vila Tibério, mas a prioridade agora é para o “Boulevard” (acima da 9 de Julho).

Penso que esta seja uma forma de mostrar à população do nosso bairro e adjacências toda a for-ça das nossas empresas. Vamos aguardar.

Quanto ao nosso querido bairro os números são cada vez melhores: 5 agências bancárias, a melhor concentração em depósitos na caderneta de poupança da cidade, rede hoteleira, futura fábrica de software, supermercados, droga-rias, restaurantes, pizzarias, serviço funerário, lojas de tintas, fábrica de jeans, a maior distribuidora de tubos PVC da cidade e região, imobiliárias, bares, etc.

Conforme noticiado anterior-mente pelo Jornal da Vila, a nossa Distrital passou a atender também os associados da Vila Virginia e região.

Enfim concordamos com os leitores de que ainda falta muito a fazer e que toda sugestão sempre é bem vinda para o progresso do nosso bairro.

Um forte abraço a todos,

Mário Luiz MuracaSuperintendente ACI RP

Distrital Sudoeste

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3Maio de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila nOtícias

Movimento para implantação do Parque da Pedreira Santa Luzia

Marinho Muraca, Dorotéa Castigio, Márcio Preccinotto, Lênio Garcia, Lygia Turella, Vereador Capela, Antônio Lorenzato e Vilmar Gomes,

além de Fernando Braga na reunião de 12 de maio

O Jornal da Vila publicou em sua edição de abril, um convite para um encontro visando buscar o melhor ca-minho para implantação do Parque da Pedreira Santa Luzia. Na tarde do dia 12 de maio passado, compareceram à sede da ACI Sudoeste, na Vila Tibério, além do superintendente da Distri-tal, Marinho Muraca e do jornalista Fernando Braga, pelo Jornal da Vila, o vereador Antônio Capela Novas, o ex-vereador Antônio Lorenzato, a presidente da Associação de Mora-dores (Amovita) Dorotéa do Carmo Castígio, o representante do Condema

Lênio Severino Garcia, Vilmar de Al-meida Gomes, do jornal Painel, Márcio Tadeu Preccinotto e Lygia Turella, da Amovita. A farmacêutica Célia Regina Fávero Silvério, uma das idealizadoras do encontro, não pode comparecer pelo falecimento de sua genitora.

Após considerações sobre a situa-ção atual e sobre a parceria USP/Pre-feitura/Ministério Público, Lorenzato falou sobre uma proposta que não foi aprovada pelo executivo, no governo Palocci, na qual, uma construtora propu-nha construir uns dois ou três edifícios de luxo numa área de 10 mil m2, que

Parque da Pedreira Santa LuziaPor um equívoco da Assessoria de Imprensa da Pre-

feitura Municipal de Ribeirão Preto, a pedreira Melhurbi, localizada entre as avenidas Caramuru e Santa Luzia, no Sumaré, começou a ser chamada pelo nome da santa que batiza a verdadeira pedreira de Santa Luzia, que fica na Via do Café, confundindo a imprensa e a população. Na verdade, a prefeitura licitou o Parque Roberto Genaro, que fica no local da antiga pedreira Melhurbi (urbi em latim é cida-de, melhor cida-de). O Parque da Pedreira Santa Luzia continua no papel.

Foi encontrada a doação de todos os bens móveis, benfeitorias e do imóvel na rua Dr. Loyola, 533, antigo 43, medindo 13,20 x 44, feita pelo Circulo Operário Ribeiropretano, com sede nos Campos Elíseos, datado de 12 de julho de 1964.

Agora será realizada missa no local da entidade e será feito uma convocação para realização uma assembléia que elegerá diretoria, de acordo com o estatuto e edital.

O local encontra-se em condições precárias com muito para se fazer.

O padre Júlio César M. Miranda, da paróquia da Vila Tibério, afirma que a finalidade do Círculo é social e que precisa de um projeto objetivo e uma vez constituída a diretoria, ela precisa estar afinada com este projeto.

A entidade vai passar a se chamar Círculo dos Trabalhadores Cristãos da Vila Tibério.

Grupo liderado pelo pe. Júlio foi vistoriar o imóvel

Círculo Operário vai voltar

está em área particular e em troca cons-truiria o parque para a municipalidade.

Lênio Garcia sugeriu a verificação da situação atual da parceria com a USP e das áreas particulares para saber o melhor caminho a tomar.

Capela afirmou que a Prefeitura já está comprometida com a construção do parque da Caramuru, um outro parque na Zona Norte e mais dez praças, que serão entregues até o final do mandato do prefeito e que só uma grande mobilização poderia mudar a “vontade” política.

Valmir chamou a atenção para a

importância de se colocar um nome no movimento para que a população identifique.

Dorotéa pediu para que os docu-mentos recolhidos sejam enviados para ela e que a Amovita vai pedir o que faltar.

Braga propôs a realização de uma caminhada ecológica até o local, con-vocando a população para uma manhã de lazer e ao mesmo tempo consistiria em uma mobilização.

Ficou definido que uma comis-são irá visitar o local em data a ser marcada.

Nova reuniãoUma nova reunião foi realizada

na tarde de 19 de maio, também na sede da Distrital Sudoeste e teve maior participação.

Compareceram o superintenden-te da Distrital da ACI Marinho Mu-raca; o padre Júlio César Miranda, do Santuário de Nossa Senhora do Rosário; o vereador Antônio Capela e esposa Rosângela Capela Novas; o ex-vereador Antônio Lorenzato; o ex-vereador Marcão Zorzetto; Dorotéa Castígio e Eunice Morais de Oliveira, pela Amovita; o bancário aposentado Luiz Carlos Peruchi; o empresário Luiz Renato Sinício, Si-mone Kardratavicius e João Eduardo Tavares Ferreira, pelo Condema; e Fernando Braga, pelo Jornal da Vila.

Após considerações e agenda de atividades, ficou marcada reunião para 2 de junho, às 15 horas, na sede da ACI Vila Tibério, com par-ticipação aberta aos interessados.

4 Maio de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

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Esta foto, provavelmente uma das primeiras imagens da cidade feitas de avião, quando a aeronave sobre-voava a atual rua Paranapanema, foi publicada pelo jornal A Cidade, na edição de 31 de dezembro de 2006, em matéria assinada pelo jornalista Nicola Tornatore.

A foto é de autoria desconhe-cida e traz algumas referências que podem determinar pelo menos a década em que ela foi tirada. Na Praça XV, estavam o Teatro Carlos Gomes (1), que foi demolido em 1945 e o Theatro Pedro II, que

foi inaugurado em outubro de 1930. O edifício Diederichsen (2) já

está pronto, e ele foi inaugurado em 1936. O Aeroclube de Ribeirão

Preto foi fundado em 1939 e os vôos passaram a ser rotineiros após este período. Ao que tudo indica a foto foi batida no início dos anos 40.

Nesta belíssima vista aérea, po-dem ser vistas a rotunda da Compa-nhia Mogiana de Estradas de Ferro (3), local de manobra das locomoti-vas, onde hoje fica o Parque Maurílio Biagi; e as cervejarias Paulista e Antarctica (4).

Ao lado do córrego do Retiro, na atual av. Francisco Junqueira, existia um grande brejo onde hoje fica a ro-tatória Amin Calil. Com a retificação do curso do ribeirão Preto uma parte da área foi aterrada. Na margem do córrego do Retiro, em direção aos Campos Elíseos, as casas estão longe do curso d’água. Depois, ele foi ca-nalizado, permitindo a ocupação das

margens, com a ocupação da calha do rio, agravando as inundações que acontecem até hoje.

Ribeirão Preto se resumia ao centro, à Vila Tibério, ao Barracão (depois desmembrado em Ipiranga e Campos Elíseos). Além da Santa Cruz do José Jacques, de Bonfim Paulista e do bairro da República.

Destaques na Vila Tibério5 Estação da Mogiana (Hoje Rodoviária)6 Via do Café7 Praça Coração de Maria8 Estádio Luiz Pereira9 Rua Aurora e Lar Santana10 Local da Praça José Mortari11 Local da Escola Santos Dumont12 Córrego Antarctica (Av. Antônio e Helena Zerrener)13 Local do West Shopping14 Caminhos existentes nos terrenos

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Foto Acervo Center Photos

Vila Tibério nos anos 40Vila Tibério nos anos 40

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4 Maio de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaHistória

5Maio de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila GeOGrafia

O que é a Vila TibérioComo definir um bairro tão

tradicional como o nosso. Qualquer descrição física esbarra no que a Vila Tibério tem de mais forte: sua história. Assim, desnudamos a terra para tentar entendê-la.

Antigamente, qualquer chácara ou mesmo um grande terreno po-dia ser loteado ou desmembrado, ganhando status de bairro. Assim na área da atual Vila Tibério, temos nomes que se perderam no tempo e quase desapareceram dos mapas e das memórias, como as “vilas” Formosa, Balbina, Joaquim Na-buco, Antônio de Oliveira, Aurora, Uchoa, Maria Augusta, Manoel Junqueira e Jardim Conceição.

Somente em 1960 Ribeirão Preto teve a primeira lei de lotea-mentos sancionada.

Como ainda não existe nenhu-ma lei que defina a divisão dos bair-ros em Ribeirão Preto. O CEP, a lis-ta telefônica e muitas companhias utilizam nomes dos loteamentos para a localização das residências e dos pontos comerciais.

Em 1983, a Secretaria do Pla-nejamento dividiu a cidade por setores, procurando agrupar áreas homogêneas, visando racionalizar as políticas públicas no município.

Segundo o arquiteto Francisco Nucitelli, da Divisão de Infor-matização e Computação Gráfica da Secretaria do Planejamento, o setor O2 (Oeste 2) pode muito bem ser entendido como Vila Tibério, por ser uma região que apresenta grande homogeneidade, tanto ge-ográfica, como populacional.

Localizada na zona Oeste de Ribeirão Preto, a Vila Tibério faz divisa a leste com o Centro da cidade pelo ribeirão Preto (av. Jerônimo Gonçalves); que muda o sentido do seu curso para o norte,

dividindo a Vila com os Campos Elíseos (av. Fábio Barreto); ao sul o córrego Laureano faz o limite com a Vila Virgínia, a oeste, o córrego Antarctica, faz as divisas com o Monte Alegre, o Sumarezinho e o Ipiranga (av. Antônio e Helena Zerrenner). Serve de divisa seca, com o Monte Alegre, a rua Roque Naccarato, que se prolonga até a rua Albert Einstein e depois, se-guindo pela Via do Café, pegando a av. dos Migrantes até encontrar o córrego Laureano.

Esta divisão é controversa. As ruas Municipal, Industrial e a Maurício de Camargo, aparecem na lista telefônica como parte do Ipiranga, mesmo estando a leste do córrego Antarctica, que foi canalizado na av. Zerrenner. Antigos moradores destas ruas se dizem tiberenses e não aceitam esta confusão. (Veja matéria da rua Municipal na página 12).

Ao sul da Via do Café está a Vila Amélia, que parte de seus moradores acha que é um bairro in-dependente, mas muitos se sentem como legítimos tiberenses.

No oeste existe um pouco de incerteza quanto aos limites, por parte dos moradores. Ainda existe a confusão dos loteamentos. E, no leste, a Rodoviária e o Pronto So-corro são considerados como área central da cidade, apesar de ficarem do lado de oeste do ribeirão Preto.

DESCRIçãO FíSICA - si-tuado sobre uma pequena colina, a Vila tem seu ponto mais alto no cruzamento das ruas Paraíso com a Jorge Lobato, onde atinge 554 metros acima do nível do mar e o seu ponto mais baixo tem altitude de 520 metros, no encontro do córrego Antarctica com o ribeirão Preto, sob a Via Norte. Um desní-

vel de apenas 34 metros para uma distância de pouco mais de um quilômetro.

A pequena colina adentra o bairro pela única divisa seca, a oes-te, onde as ruas Maracaju, Tenente Catão Roxo, Guilherme Schmidt, Guia Lopes, Piratininga, Padre Anchieta e Paranapanema rumam para o “espigão” do Monte Alegre.

Com área de 2,8 km2, a Vila é maior do que o Vaticano, que tem 0,44 km2, e do que o Principado de Mônaco, cuja pista de Monte Carlo faz parte do calendário da Fórmu-la1, e tem uma área de 1,89 km2.

A população tiberense é de apro-ximadamente 20 mil pessoas, supe-rando vários municípios da micror-região de Ribeirão Preto, como os ex-distritos de Guatapará e Dumont, além de Luís Antônio e Serra Azul, com menos de 10 mil habitantes e São Simão e Pradópolis, com cerca de 15 mil habitantes. Tem quase a população de Brodowski, que conta com 22 mil habitantes. FBraga

Do livro Cidades Invisíveis, do escritor italiano Italo Calvino, onde o veneziano Marco Pólo conta ao imperador Kublai Khan todas as viagens que já havia feito. Calvino mostra um império sem fim e sem forma, um domínio que se destrói e se reconstrói. São praças, ruas, vielas, pessoas, gostos e cheiros que não podem ser representados totalmente no papel, ou na voz de Marco Pólo, o eterno estrangeiro.

“Inutilmente, magnânimo Kublai, tentarei descrever a cidade de Zaíra dos altos bastiões. Poderia falar de quantos degraus são feitas as ruas em forma de escada, da circunferência dos arcos dos pórticos, de quais lâminas de zinco são recobertos os tetos; mas sei que seria o mesmo que não dizer nada. A cidade não é feita disso, mas das relações entre as medidas de seu espaço e os acontecimentos do passado. (...) A cidade se embebe como uma esponja dessa onda que reflui das recordações e se dilata. Uma descrição de Zaíra como é atualmente deveria conter todo o passado de Zaíra. Mas a cidade não conta o seu passado, ela o contém como as linhas da mão, escrito nos ângulos das ruas, nas grades das janelas, nos corri-mões das escadas, nas antenas dos pára-raios, nos mastros das bandeiras, cada segmento riscado por arranhões, serradelas, entalhes, esfoladuras.”

Setor O2,da Secretaria do Planejamento: Vila Tibério

6 Maio de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

Nascida do casamento de por-tuguês com negro, ela tinha uma cor maravilhosa – invejada por nós todas. O sorriso sempre presente na boca bonita, sempre com batom rosado, a fazia mais linda.

Solidariedade, amizade, amor, compaixão e viver para os outros era sua vida. Trabalhava dia e noite. Acordava às 3 ou 4 horas da manhã para fazer salgadinhos para festas de aniversário, casamento e até festas oficiais – ela fazia docinhos decorados, inventava cenários para festas.

Era ajudada pelos filhos Zé Carlos, Luiz Carlos, Edson e Clei-de que é artesã e professora. Nós, amigas de Cleide, íamos ajudar e ainda ganhar um dinheirinho e os salgados e doces que sobravam.

- Uhm! As balas de coco, secas ou geladinhas, que delícia, derre-tiam na boca!

Os clientes podiam escolher o modelo do bolo. Fazia uns com sete andares, com noivinhos em cima, em formato de coração, era só dizer o que desejava que a dona Maria

Dona Maria Tatá, uma grande mulherBoleira fazia. E se não pudesse pagar na hora, pagava depois e ela chegou a fazer festa surpresa (gra-tuita) para aniversariantes. Para mim foram várias.

Naquela época não havia bu-ffets em Ribeirão Preto e muitas boleiras de Vila e de outros bairros aprenderam com ela. Todas nós aprendemos com ela: a sorrir, ser educada, gentil, atender a todos, qualquer dia, qualquer hora.

Era sempre elegante, bem vestida, com colar e brincos combi-nando e saltinho alto. Era religiosa, agradecia a Deus, sempre, pois saiu do aluguel e comprou uma bela casa com sua luta diária.

A casa de D. Maria Tatá, a bo-leira, era a casa de todo mundo na Vila Tibério e de Ribeirão. Todos se tornavam seus amigos de tão maravilhosa e acolhedora que ela era. A varanda, o terreno enorme no fundo, com jabuticabas, mangas. Era o nosso setor de festas e brin-cadeiras-dançantes. Uma vitrola, discos e ki-suco ou cuba-libre e nos divertíamos muito até de madruga-

A coluna “GALhOFADAS” que começou no DIáRIO DE NOTíCIAS, se transferindo e sendo divulgada por longo tempo em O DIáRIO, teve

também bons momentos em A CIDADE e no jornal VERDADE. E agora, em 2007, pretende ter uma passagem pela Vila Famosa, a Vila Tibério de

Ribeirão Preto, através das páginas do JORNAL DA VILA.

Gente

da. A gente dançava, brincava, ria, namorava e fazíamos amigos.

Ela e outras mães nos levavam aos bailes, festas e carnavais. Íamos e voltávamos à pé. Quando Cleide comprou um carro passeávamos por toda a cidade: Bosque, Sete Capelas, pelo lago da Medicina, que era aberto ao público.

O Botafogo tinha um bloco de carnaval aqui na Vila Tibério e íamos desfilar no sambódromo. Foram anos de vitórias. A Cleide, filha da D. Maria Tatá, era o des-taque – linda, ganhava todos os concursos de beleza.

Dona Maria Tatá era uma mu-lher moderna, sorridente, feliz (foi feliz até na doença), conversadeira, mãe e amiga de todos. Na alegria, na doença e na morte – ela estava lá – sem preconceitos, recebia to-dos em sua casa, sem discriminar ninguém. Os nossos amigos, que vinham de outras cidades podiam ser levados para a casa de Dona Maria Tatá que seriam recebidos de braços abertos. Que mulher!

Vilma Soffi

Alô, Vila Tibério! Já descobri quem foi Tibério: foi um botafo-guense ferrenho que se enturmou com os romanos e acabou Impe-rador de Roma.

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Me respondam, rapidinho: é verdade que os primeiros moradores da rua Paraíso foram Adão e Eva?

...oooOoo...

E na Vila enluarada, deu pra ouvir a bronca do coronel: “O senhor me trate com respeito. Eu sou o coronel Camisão. E antes que me esqueça: coronel Camisinha é a mãe!”.

...oooOoo...

Fantástico! A antiga porteira da Vila Tibério foi definitiva-mente aberta, no dia em que Pelé chegou a Ribeirão para um jogo no Estádio Luiz Pereira, e deu a ordem: “Abre a porteira, que eu quero entrar”...

...oooOoo...

Sem dúvida, o Rei Pelé foi o sujeito que mais entrou na Vila Tibério para jogos com o Botafo-go: teve jogo em que entrou com bola e tudo...

...oooOoo...

Papo no boteco da Martinico Prado: “Ei, amigão! Você está com cara de quem já tomou to-das! Não, patrãozinho, só tomei um martinico de nada”...

“Tio” Alfredinho Sampaio, treinador folclórico da dupla Come-Fogo, já passou pela Vila Tibério, e fez sucesso na rua Padre Feijó: ensinou pra garotada o futebol simples, “Fei-jó com Arroz”...

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Atenção! Lula também é devoto de frei Galvão, mas é chegado mesmo na canequinha do frei Caneca: pra tomar todas!

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Vila Tibério, urgente! Vila Tibério é um bairro de lindas mulheres, só que a rua Santos Dumont extrapolou: tem uma mulher que é um avião!

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Bomba! Bomba! Chega a notícia dando conta de que os pombos da praça da Catedral vão se mudar pra Marquês de Pombal!

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Lula na Vila! O presidente Lula pretende fazer uma visita à Vila Tibério, pra ouvir alguns conselhos: vai procurar Con-selheiro Dantas e Conselheiro Saraiva...

...oooOoo...

Padre Anchieta informa: o pároco que estava mexendo com o assunto dos pombos da Catedral, não suportou o cheiro, e lavou as mãos...

Dona Maria Tatá com o marido Onofre e com a filha Cleide

Dona Maria

Boleira

Maria Olívia de Andrade, a dona Maria Tatá, fez bolos por mais de 50 anos e era conhecida não só na Vila Tibério.

- Vinha gente de longe aqui em casa. E não era só bolos e doces não. Mamãe fazia também salga-dos assados e até mesmo jantares. Ela atendia como um buffet, diz a professora e assistente social

Cleide Cecília de Andrade, filha de dona Maria.

Vindo ainda criança de Cra-vinhos, dona Maria Tatá mudou para a Vila Tibério onde ajudava na venda da família. Conheceu o ferroviário Onofre de Andrade (seu Nenê) e com ele se casou.

Contava com a ajuda do marido e dos filhos para a confecção dos

doces e salgados e depois para servir nas festas.

Tiveram os filhos Luiz Carlos, que é metalúrgico, casado com dois filhos; José Carlos, que era funilei-ro, falecido há 21 anos; e Cleide, que ainda mora na Vila Tibério.

Seu Nenê morreu há oito anos e Dona Maria Tatá faleceu em 2005 aos 88 anos de idade.

7Maio de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

Barbante e Tião MarinoFutebol nas veias

espOrte

Tião Marino jogou pelo Corinthians,

Figueirense, Flamengo,

Internacional de Limeira São José e

Sertãozinho, onde encerrou a

carreira.Ainda é o principal

artilheiro do São José com 82 gols

Os irmãos Marino, nas peladas, já tinham gosto por posições dife-rentes. Sebastião Marino Neto, ou Tião Marino, mais velho, gostava de atacar. Era um atacante oportu-nista. Barbante defendia. Sempre jogavam pelo mesmo time.

Do futebol de rua foram para o Juventude Católica, time amador dirigido por José Bernardi, e em se-guida para o Juvenil do Botafogo.

Com 16 anos, Tião Marino foi para o juvenil do Flamengo e em 1969 foi contratado pelo Fluminen-se de Feira de Santana, na Bahia.

Com rápida passagem pelo Corinthians, Tião Marino jogou ao lado de Rivelino, Ado e Vaguinho. Fez gol contra o Internacional de Porto Alegre passando pelo zaguei-ro Figueroa.

Foi para a Figueirense onde foi artilheiro e ajudou a conquistar o bi-campeonato estadual.

Depois subiu com a Interna-cional de Limeira e brilhou no São José, onde atingiu a marca até hoje não superada de 82 gols. É o artilheiro histórico do time. Tião Marino formou um ataque

Barbante no time dos sonhos do Botafogo: com Sócrates e Zé Mário na ponta

Eduardo Barbante

marcante na Águia do Vale ao lado dos pontas Edinho e Nenê.

Finalmente jogou pelo Sertão-zinho, onde encerrou a carreira.

Tião Marino vive hoje em Ri-beirão Preto, onde nasceu no dia 26 de maio de 1951.

Ele é representante comercial e ainda costuma bater uma bolinha com os veteranos do Tupi Futebol Clube.

E José Eduardo Marino, o Barbante, nasceu em Ribeirão Preto, no dia 5 de agosto de 1952.

Além do Botafogo, jogou também no Nossa Senhora Aparecida, de Pontal, Santarritense, SAAD e Ara-çatuba, onde encerrou a carreira. Sua melhor fase foi em 1976, quan-do foi titular absoluto e campeão do torneio Vicente Feola, onde ‘nasceu’ a equipe que mais tarde conquistaria a Taça Cidade de São Paulo. Na partida final do torneio pegou tudo e garantiu a taça.

Atualmente, Eduardo Barbante é representante comercial no ramo de confecções.

Barbante e Tião Marino já jogaram contra si: Inter 2 x Botafogo 2Tião fez os 2 gols da Inter, um contra Leonetti e outro contra Barbante

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8 Maio de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

A Vila temA Vila tem Jardim. Tem Cravo e Rosa, tem

Roxo e Russo. Tem Branco, Claro, Moreno e Negrão.

Fracasso, Próspero e Vitória, como os Inocente, não são Parente. Paciência.

A Vila também tem Anjos. Tem Abade, Profeta, Evangelista e Bispo, tem Messias, Papa, Jesus e Deus. Tem Guerra e Paz. Com Trombeta, Trom-boni e Cruz.

Tem Cebollero, Peixeiro, Marinheiro e Mon-tanheiro. Tem Gentil, Valente e Nobre, tem Reis e Cavalheiro.

Cabral e Colombo estão ancorados por aqui.Para o Caçador ficar Feliz, tem Coelho, Pardal e

Leitão, tem Carneiro, Galo e Lebre, tem Cordeiro, Sardinha e Urso.

Essa não é uma brincadeira de Gatto e Ratto. É uma homenagem do Jornal da Vila a essas

famílias da Vila Tibério e adjacências. (FB)

A VILA REVISITADA Como disse Álvaro de Campos: “Outra vez te revejo, .................................................Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei, E aqui tornei a voltar, e a voltar. E aqui de novo tornei a voltar? Ou somos, todos os Eu que estive aqui ou estiveram, Uma série de contas-entes ligadas por um rio-memória, Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?” Tudo muda... O tempo todo no mundo. Ilha no mundo das seqüelas Do progresso. A Vila não é mais a mesma. Trocou-se a geografia desnaturalizou-se a natureza. Mas a Vila sempre nos abre seus alegres braços. São grande mistério suas ruas com casarões antigos e clientela variadamente insólita. Quanda a porteira separa. Uma ponte une... A porteira caiu, olha a ponte Da liberdade guardiã. Eis a Vila. O Trem da Mogiana, grande enguia, máquina que deslizava sobre os trilhos, como na água. Olores álacres de cerveja antárctica O apito da fábrica e do trem escorria das horas Hoje brilhantes tumbas Depósitos de sonhos falidos Amantes poéticos do rio. A praça Coração de Maria segregando mistérios, um verde e umbroso jardim em meio à fresca e perfumada floração. Nossa Senhora do Rosário com torre erecta procurando o azul concretizada igreja, fortaleza de fé. O D. Sinhá Junqueira, fortaleza atenta com ar de majestade gigante manso, pacífico onde estavam todas as respostas. O Botafogo bilingüe/dual que Pantera também é chamado, harmonizando os domingos de vitória e euforia. Sigo pela Luís da Cunha, da porteira da Mogiana até o “fim da rua”, outra ponte A ruazinha central serpentiando/paralelepipedos ornada de pequenas lojas, bares, residências impregnada de doces olores a alma à procura de mim. Caprichos geográficos brincadeira de homens que brinda a terra de Tibério.

Carlos A. Noccioli [email protected]

OpiniãO

O Jornal da Vila recebeu ofício de agra-decimento da Ong Mais Cidadania, com data de 7 de maio de 2007. com nº 093/07, que transcre-vemos abaixo:

A Associação de Difusão Comunitária - ONG Mais Cidadania agradece ao Jornal da Vila pela preciosa cola-boração no Evento “Dia Mais Cidadania” que ocorreu dia 29 de abril de 2007, no horário das 9 às 21 horas, no Parque Maurílio Biagi.

O evento reuniu mais de duas mil pes-soas em toda sua ex-tensão, foram realizadas dez palestras, tivemos a participação de seis ONGs com alimentação e para finalizar a festa seis bandas de música. Todos os objetivos fo-ram alcançados.

Contamos sempre com sua parceria em eventos sociais que es-tamos viabilizando em prol da sociedade, espe-rando que desta forma nossa contribuição faça muita diferença e possa atingir o objetivo de trazer melhor qualidade de vida a todos seres do nosso Planeta.

Cordialmente,Alessandro Da Sil-

va Firmino - Presidente ONG Mais Cidadania

Minha Vila, meu chão idolatrado,Porque te amo tanto assim, não sei.És o meu ninho, meu recanto amado,Espaço amigo que nunca deixarei.

Nas tuas entranhas construí meu teto, Nas tuas ruas meu rumo busquei, Pelos teus ares espalhei meu canto E no teu solo meu sonho plantei.

Na tua noite adormeci sorrindo,Chorando, às vezes, contrastes eu seiMas os teus dias sempre me trouxeramFrutos dos sonhos que idealizei.

Lágrimas, cantos, amores, saudades, Tudo de alegre ou triste que eu juntei Quero tornar em sementes douradas Que em tua doce terra plantarei.

Quando, mais tarde, brotarem ao solE à chuva com que Deus te presenteiaHás de ficar mais formosa e perfumadaComo pérola brilhando sobre a areia.

Minha Vila, os cantos de ternura Que dos meus lábios fluem espaço afora São oferendas que através dos anos Juntei e venho te entregar agora.

Cada momento vivido contigo,Cada lembrança, cada evocação Fazem parte do buquê de floresQue hoje te entrego com meu coração.

Elvira Gaioli RossiProfessora aposentada

Canto de amor à Vila

Agradecimento

À você mãezinha,que já cumpriu sua missão na terraque agora vive entre os anjos e as estrelasÁ você mãezinha ausente, um carinho especial.porque morrer não significa deixar de ser,morrer significa renascer em algum lugar..Em algum lugar você contínua viva,e pode me ver, me escutar, me ajudar a ter féa ter esperança de um dia novamente te encontrar.Por hora fica a lembranças dos momentosfelizes que passamos juntas, como este ai da foto...A sua benção mãezinha e um grande beijoda filha que ainda conta muito com vocêEternamente...

Célia Regina

Faleceu no último dia 12 de maio, a sra. Adair Machado Fávero. Contava com 72 anos. Era casada com Antônio Fávero e tinha uma úni-ca filha, a farmacêutica Célia Regina Fávero Silvério, casada com Antonio Carlos Silvério. Deixa os netos, Eduardo Henrique e Marcelo Au-gusto. Sempre morou na Vila Tibério.

ApAreçA nA ViLA TibériO

F.: 3011-1321

Anuncie no Jornal da VilaO jornal que conta a história da gente

FALECIMENTO

9Maio de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

Tiberenses vão ver o PapaGente

“A visita do Papa Bento XVI ao Brasil, foi algo inexplicavel-mente belo, inexplicavelmente emocionante, algo que certa-mente será inesquecível para as milhares de pessoas que esta-vam presentes. Foi como sentir a presença de Deus em nosso meio, trazendo uma boa nova e mensagens que priorizam o valor da vida e da integridade dos valores do ser humano”.

Camila CicilliniMusicista

“Toda a imagem que faziam de que o Papa era uma pessoa muito séria, se desfez... Eu vi uma pessoa simples, humilde e muito sorridente. Você via que ele estava feliz por estar aqui”.

Daniele CicilliniAnalista de Sistema

“Ao ver o Papa subir sobre o altar no Campo de Marte em São Paulo, a emoção foi muito grande, não tem como explicar, mesmo que eu o vi de longe, mas só de vê-lo ali e nos dando a benção ao povo, é o mesmo que sentir as bençãos vinda diretas do céu.”

Sueli TorniciFuncionária pública

Cerca de 40 pessoas saíram da Vila Tibério, em uma excursão, na manhã de 10 de maio com destino à São Paulo. Elas eram algumas das centenas de milhares de pessoas que saíram de todos os cantos do Brasil e da América Latina para ver e ouvir o Papa Bento XVI.

O grupo saiu do Santuário Nos-sa Senhora do Rosário às 8 horas do dia 10 de maio e se dirigiu ao estádio do Pacaembu, em São Pau-lo, para o Encontro do Papa com a Juventude ás 17 horas. Do grupo, apenas as jovens tiberenses Daniele Cicillini e Vanessa Vico Cesca, ambas com 27 anos, e os semina-ristas Agnaldo e Aléssio puderam entrar. A paróquia recebeu poucos convites por causa da limitação da capacidade do estádio.

No ônibus, Padre Júlio ilustrou a viagem com histórias e orações

No dia seguinte, 11 de maio, após pernoite em São Paulo, o gru-po rumou para o Vale do Paraíba, para assistir a grande missa em frente à Basílica de Nossa Senhora Aparecida.

Depois de almoçar, o grupo retornou chegando à noite em Ri-beirão Preto.

O destaque da viagem ficou por conta do Padre Júlio, que, nas palavras de Daniele, foi o grande guia espiritual da excursão.

- Ele envolveu o pessoal com orientações sobre a vida do Papa e contou a história e os milagres de Frei Galvão. Ele preparou o cora-ção do pessoal com histórias e ora-ções, disse Daniele, que também é catequista e participa do grupo de orações na paróquia.

Daniele e Vanessa com os seminaristas Agnaldo e Aléssio

Sueli e ElianeAgnaldo, Vanessa, Miriam, Cassandra, Ligia e Natália

Natália e Daniele

10 Maio de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilasOciedade

Moradores da Vila Tibério falecidos de 18/4 a 17/5/2007 atendidos pela Organização

de Luto Baldocci

Márcia Regina MascaranhasRua Dois de Julho

* 27/10/1962 + 12/5/2007

Papelaria A Escolar

Elas são irmãs de Dom Davi Picão, Bispo de Santos: Maria Apparecida que interpretava Verônica

nas procissões pelas alamedas da Vila Tibério, com a irmã Judith Esteves, na Festiva dos Cravos Vermelhos

Profa. Dra. Edna Paciência Vietta, Psicóloga Clínica,Professora Titular aposentada da USP.Seus pais, Osmar Paciência, já falecido e dona Maria, foram donos do Bar Paciência, na esquina da Santos Dumont com a Conselheiro Dantas

Musicoterapia na Vila Promover a saúde é o principal

objetivo da Musicoterapia, não só a saúde do corpo, mas também da mente e do espírito, das relações sociais que a pessoa mantém, da cultura e do meio em que ela vive. O que diferencia a Musicoterapia das outras formas de terapia é o fato de suas intervenções apoiarem-se em experiências musicais.

Os musicoterapeutas trabalham com uma gama variada de pacientes. Entre estes estão incluídas pessoas

com dificuldades motoras, pacientes com deficiência mental, paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes, idosos e crianças com dificuldade de aprendizagem.

Qualquer pessoa pode procurar a ajuda de um musicoterapeuta, não sendo necessário saber tocar um instrumento musical, nem ter algum distúrbio ou deficiência, basta querer a ajuda de um profissional para me-lhorar a qualidade de vida.

Para saber mais sobre os bene-fícios da Musicoterapia venha nos conhecer.

Musicoterapeutas: Daiana Spa-nhol Carrion e Priscila Beatriz Ubaldino.

Rua Paraíso, 349 – Vila Tibério Fone 3019-3761

A Papelaria A Escolar, uma das mais tradicionais da Vila Tibério, há 25 anos servindo o bairro. Fundada em 1982, na Guilherme Schmidt, está há seis anos na rua Martinico Prado, esquina com a Augusto Severo, com mais de 3 mil itens de papelaria, informática e material para escritório.

O proprietário, José Paulo Ferreira, acredita no potencial da Vila Tibério e vê com otimismo o futuro da região.

A esposa e sócia, Denise Aparecida Maria Ferreira, comemorou aniversário neste dia 19 de maio.

Dra. Márcia Franklin de Almeida Bezzon comemorou aniversário no dia 5 de maio.Ela está entre osmelhores fisioterapeutasde Ribeirão

Maria Antonieta Cano Spanghero, a Dona Antônia,

com 81 anos, põe literalmente

a mão na massa. Todos os dias ela ajuda na

cozinha do salgadinho mais famoso da Via do Café,

o Tira Gosto

O Jorna l da Vila rece-beu diploma de Honra ao Méri-to da Instituição Religiosa Padre Donizetti, pelo mérito de civis-mo.

O diploma é datado de 6 de abril e foi entre-gue pelo presi-dente da Asso-ciação, Franklin Winston.

Na foto, o sr. Winston com Eduardo

Pinatti, do Despachante

Guga

11Maio de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila nOtícia / saúde

Dúvidas sobre medicamentos e manipulações podem ser esclarecidas

nas seguintes farmácias da Vila Tibério:

Orientação Farmacêutica

A obesidade é o maior problema de saúde da atualidade e atinge in-divíduos de todas as classes sociais, é hereditária e constitui um estado de má nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento dos nutrientes. O peso excessivo causa problemas psicológicos, frustra-ções, infelicidade, além de uma gama enorme de doenças lesivas. O aumento da obesidade tem relação com o sedentarismo, a disponi-bilidade atual de alimentos, erros alimentares e pelo próprio ritmo desenfreado da vida atual. Hoje em dia a obesidade é considerada uma doença, e o que é pior: uma doença crônica e incurável.

A obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a gené-tica e a nutrição irregular. A genética evidencia que existe uma tendência familiar muito forte para a obesidade.

A nutrição tem importância no aspecto de que uma criança supe-ralimentada será provavelmente um adulto obeso. O excesso de alimentação nos primeiros anos de vida aumenta o número de células adiposas, um processo irreversível, que é a causa principal de obesidade para toda a vida.

No Brasil, 40% da população (mais de 65 milhões de pessoas) está com excesso de peso e 10% dos adultos (cerca de 10 milhões) são

Obesidadeobesos. A tendência é mais acentua-da entre as mulheres do que entre os homens. E, por incrível que pareça, cresce mais rapidamente nos seg-mentos de menor poder econômico.

Em ritmo acelerado e escala planetária, a culinária tradicional está sendo atropelada pelo fast-food. E bilhões de seres humanos estão migrando dos carboidratos para as gorduras.

Artérias entupidas e diabetes são as principais conseqüências do excesso de peso.

O sedentarismo é a causa mais importante do excesso de peso e da obesidade. Por esse motivo, a ativi-dade física tem que ser o primeiro item de qualquer programa de trata-mento da doença. A pessoa sedentá-ria deve começar reeducando-se em suas atividades cotidianas. O indi-víduo precisa buscar uma mudança no estilo de vida, pois os fatores comportamentais desempenham, de longe, o papel mais importante no emagrecimento.

Evite dietas milagrosas e medi-camentos sem acompanhamentos médicos; jamais pule refeições; coma devagar e sem pressa, sabo-reando os alimentos; evite comer em fast-food, faça exercícios físicos moderadamente. São algumas dicas para uma vida e uma alimentação mais saudável.

Sérgio José Vieira SanchesFarmacêutico Bioquímico

O Jornal Gazeta de Ribeirão publicou na sua edição de 15 de maio, em matéria assinada por Adriana Matiuzo, que transcreve-mos grande parte:

SuJEIRA DE POMBOS‘MATA’ PRAçA

“A presença de andarilhos, as más condições de conservação e, principalmente, a sujeira provo-cada pelos pombos espantaram os moradores da Vila Tibério de uma de suas praças mais tradicionais: a Coração de Maria. O espaço, que tem movimento cada dia mais reduzido e aparência decadente, já é rotulada de “praça fantasma”.

A reportagem constatou que “mesmo em uma bela tarde de sol não havia crianças na área de playground. Também quase não se via adultos, além dos andarilhos. A sujeira dos pombos era marcante, cobrindo todo o calçamento e os 30 bancos da praça. O cheiro era insuportável”.

Os fiéis da Igreja Nossa Senhora do Rosário não conseguem realizar nenhuma atividade religiosa no lo-cal. Segundo o padre da paróquia, Júlio César Miranda, a Coração de Maria é hoje “inútil”, especialmen-te por conta da sujeira promovida pelos pombos. “Ninguém chega nem perto da praça. Desistimos de querer fazer qualquer evento como uma procissão”, afirmou.”

“A praça está totalmente aban-donada. Antes víamos crianças andando de patins, brincando. Hoje nem nos horários de saída da escola [Sinhá Junqueira], as crianças vêm aqui”, afirmou universitária Juliana Guadagnucci que costuma buscar um trecho sem árvore na praça para pode se sentar no horário de almoço.”

“Para a presidente da Associa-ção de Moradores da Vila Tibério, Dorotéa do Carmo Castígio, apesar

Gazeta traz “morte” da Coração de Mariade os pombos gerarem sujeira, o desgaste da praça é o maior proble-ma. Há mais de um ano atividades da comunidade realizadas na praça foram suspensas. Até março do ano passado, a associação promovia oficinas e até apresentações musi-cais na praça.

Ainda no ano passado, a Asso-ciação Comercial e Industrial do bairro conseguiu arrecadar material para uma reforma, mas a associa-ção foi orientada pela Divisão de Parques e Jardins do Município a aguardar pelo tombamento da praça.

TOMBAMENTO - A praça Coração de Maria deve ser tom-bada como patrimônio histórico ainda este ano.

O processo de tombamento está em análise no Conppac (Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural) desde o ano passado junto ao das praças 7 de Setembro e Camões.

A praça, com elementos históri-cos dos anos 10, é considerada um marco da Vila Tibério, o primeiro bairro operário de Ribeirão. Foi criada junto com a igreja e foi tão significativa para o bairro no início do século passado que em

seu entorno foram instalados focos de prestação de serviço e lazer como o antigo cinema, onde hoje funciona uma igreja, e a escola que ainda funciona no local, a Sinhá Junqueira que é do Estado.

De acordo com o arquiteto Cláudio Henrique Baúso, que pre-side o Conppac, a Vila Tibério tem uma história interessante e marcada pela peculiaridade. “A Vila Tibério sempre teve vida própria, sempre teve seu próprio patrimônio, uma vida independente. Prova disso é que o bairro tem sua própria as-sociação comercial e que também deu origem ao clube do Botafogo, onde é mantida até hoje sua antiga sede”, afirmou Baúso.

Segundo ele, o tombamento deve ajudar muito a praça no que diz respeito a sua estrutura. Baúso afirmou que como patrimônio, a praça, necessariamente, passaria por uma reforma, mas tendo pre-servados todos os seus detalhes e cores originais.

Um dos símbolos históricos da praça é a fonte luminosa que está desativada e que, segundo a associação de moradores, precisa ser substituída.”

Camomila e Bem-me-Quer - Fone: (16) 3630-3598 - Rua Martinico Prado, 1.181

Flor & Erva - Fone: (16) 3636-8623Av. do Café, 375

Pharmacos - Fone: (16) 3625-5371Rua Conselheiro Dantas, 1.087

Doce Vida - Fone: (16) 3625-8172Rua Bartolomeu de Gusmão, 763

Ética - Fone: (16) 3610-6501Rua Luiz da Cunha, 839

AniversárioHá um ano as irmãs

Simone Regina e Silmara Renata

Quintiliano iniciaram a loja de utilidades

domésticas, com artigos para presentes consertos de materiais

elétricos e vendas de peças. Sob a benção

de Santa Rita, elas começaram no 22 de maio, dia da santa, e acreditam que estão sendo abençoadas.

12 Maio de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

A rua Municipal começa na Via Norte e termina na rua In-dustrial, num pequeno trecho de pouco mais de 100 metros.

Ao lado do hipermercado Car-refour, que foi construído na área da histórica Cerâmica São Luiz, estão as famílias Villa, Curato, Cangianelli, Molin, Chiquetti, Thomazella, Oliveira, Pereira, Michelle, Silva, Vasconcellos, Sampaio, Caso, Francosi, Lima, Santos, Mota, Ennes, Baldo, Pi-res, a família de Walter Fabbris, quase todas tradicionais, com mais de 40 anos no local.

especiaL

Se essa rua fosse minha...Municipal

A Municipal é uma pequena rua que passava sobre os trilhos e em forma de “s” saía na Conselheiro Saraiva. Era a única saída para veículos vindos do matadouro e do frigorífico.

Apesar de ser uma rua muito antiga, foi calçada e remodelada na administração do prefeito Cos-tábile Romano.

Moradores se dizem tiberenses

Se alguém não foi lembrado, favor enviar email [email protected]

ou ligar para 3011-1321 e falar com Fernando.

No início da Rua Municipal fi-cava a Cerâmica São Luiz e na Rua Industrial ficavam o Frigorífico Morandi e a fábrica de refrigeran-tes Gino Alpes. Do outro lado do córrego, estava o matadouro.

Muitos desconhecem que os córregos são os divisores dos bairros e, portanto, até o córrego Antarctica ainda é Vila Tibério.

Nelson Francischini está há 25 anos com a famosa Peixaria do Nelson. Reside também os familiares de Rômulo Morandi, fundador do frigorífico.

Com endereço na rua Munici-pal e entrada principal pela Via Norte, está a estamparia Geração Sport, do empresário Luiz Otávio Sorrini, famosa por fabricar cami-sas de times de futebol.

O pequeno engano da

Rua Municipal

Vila VerdeO Jornal da Vila, preocupado com o pequeno número de

árvores no bairro, está lançando uma campanha para deixar a Vila Tibério mais verde. O quarteirão que tiver o maior nú-mero de árvores plantadas na calçada vai ganhar uma matéria especial, com seus moradores, na edição de setembro de 2007.

Plante desde já. A apuração será feita em agosto.Na próxima edição divulgaremos mais detalhes. O mecânico de manutenção

aposentado Walter Fabbris, de 77 anos, morador da rua Municipal há 44 anos, não se conforma com a confusão criada.

- Para mim, a rua Municipal sempre foi Vila Tibério. A divisa é o rio. É o corguinho que dividia a Vila com o Matadouro, que ficava

“Sempre me imaginei morando na Vila Tibério,

sempre fui tiberense”no Ipiranga, que naquela época chamava Barracão. O frigorífico Morandi, que depois foi comprado pelos Marchesi, ficava na Vila, diz seu Walter.

Casado com a sra. Ophélia Pa-dovan Fabbris há 54 anos, com três filhos, Ângela Maria, Marco Antô-nio e Lúcia Helena. E seis netos.

Walter Fabbris

Ivone Francischini

Mapa da área em que o ribeirão Preto

descreve uma curva e vai receber as águas

do córrego Antarctica, ainda na

Vila Tibério

Para a proprietária da Peixaria do Nelson, Ivone de Lima Gomes Frencischini, a rua Municipal sem-pre foi da Vila Tibério.

Estabelecidos no local há mais de 25 anos, dona Ivone não entende por que essa confusão.

- Nossa ligação sempre foi com a Vila Tibério, diz ela.

“Ligação com a Vila”