8
ANO XXI Nº 467 16 A 31 DE OUTUBRO DE 2013 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR LEIA TAMBÉM Sindicato reintegra bancários demitidos por Itaú e Bradesco Página 7 Campeonato de Futebol dos Bancários entra na segunda fase Página 8 Sindicato realiza festa para as crianças no Clube de Campo Página 8 CAMPANHA NACIONAL Bancários já começam a colher os frutos de uma greve vitoriosa Primeira parcela da PLR deverá ser paga ainda este mês. Já as diferenças, retroativas a setembro, dos reajustes nos salários e auxílios serão pagas até o final de novembro D epois de dois meses e meio de muita luta e uma forte greve que durou 23 dias, os bancários encerraram mais uma Campanha Nacional com vi- tória. As conquistas desta batalha já começam a chegar e, até o final deste mês, os trabalhadores estarão com mais dinheiro nas contas. A primeira parcela da PLR (Par- ticipação nos Lucros e Resultados) será paga pelos bancos até o dia 28. Como a data-base da categoria é 1º de setembro, os bancários re- ceberão, até o final de novembro, a diferença retroativa dos reajustes conquistados nos salários e vales- -refeição e alimentação. Entre outras conquistas da greve, os bancários garantiram reajuste de 8% (aumento real de 1,82%) sobre os salários e as demais verbas e de 8,5% no piso (ganho real de 2,29%). Para a PLR, haverá um aumento de 10% sobre o valor fixo da regra básica, além da elevação da parcela adicional de 2% para 2,2% do lucro líquido a ser distribuído linearmente entre todos. Só esses 0,2% a mais significam R$ 120 milhões do lucro dos bancos que estão indo direta- mente para o bolso dos funcionários. Os bancários também conquista- ram três novas cláusulas na Con- venção Coletiva: proibição de os bancos enviarem SMS cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano e adesão ao progra- ma de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50 por mês. Também garantiram melhorias nos acordos específicos com BB, Caixa e BNB. “É claro que não conquistamos tudo que queríamos. Mas a luta não para. A Campanha Nacional acabou, mas as negociações perma- nentes com os bancos continuam. Vamos manter a pressão sobre as instituições financeiras para avan- çar nas reivindicações que ainda não foram atendidas visando me- lhorar, sempre, os salários e as con- dições de trabalho dos bancários”, diz a presidenta do Sindicato, Ja- queline Mello. Nesta edição especial do Jornal dos Bancários você vai conferir as principais conquistas da greve e os valores que os bancos devem depo- sitar para os funcionários ainda este mês. Também vai relembrar todos os passos da greve, numa galeria de fotos diária do movimento. Páginas 2, 3, 4, 5 e 6 Greve de 23 dias foi uma das mais longas e fortes da história dos bancários

Jornal dos Bancários - ed. 467

Embed Size (px)

DESCRIPTION

de 16 a 31 de outubro de 2013

Citation preview

Page 1: Jornal dos Bancários - ed. 467

ANO XXI • Nº 467 • 16 A 31 DE OUTUBRO DE 2013 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

LEIA TAMBÉMSindicato reintegra bancáriosdemitidos por Itaú e Bradesco

Página 7

Campeonato de Futebol dos Bancários entra na segunda fase

Página 8

Sindicato realiza festa para as crianças no Clube de Campo

Página 8

CAMpAnhA nACIonAL

Bancários já começam a colher os frutos de uma greve vitoriosaPrimeira parcela da PLR deverá ser paga ainda este mês. Já as diferenças, retroativas a setembro, dos reajustes nos salários e auxílios serão pagas até o final de novembro

Depois de dois meses e meio de muita luta e uma forte greve que durou 23

dias, os bancários encerraram mais uma Campanha Nacional com vi-tória. As conquistas desta batalha já começam a chegar e, até o final deste mês, os trabalhadores estarão com mais dinheiro nas contas.

A primeira parcela da PLR (Par-ticipação nos Lucros e Resultados) será paga pelos bancos até o dia 28. Como a data-base da categoria é 1º de setembro, os bancários re-ceberão, até o final de novembro, a diferença retroativa dos reajustes

conquistados nos salários e vales--refeição e alimentação.

Entre outras conquistas da greve, os bancários garantiram reajuste de 8% (aumento real de 1,82%) sobre os salários e as demais verbas e de 8,5% no piso (ganho real de 2,29%). Para a PLR, haverá um aumento de 10% sobre o valor fixo da regra básica, além da elevação da parcela adicional de 2% para 2,2% do lucro líquido a ser distribuído linearmente entre todos. Só esses 0,2% a mais significam R$ 120 milhões do lucro dos bancos que estão indo direta-mente para o bolso dos funcionários.

Os bancários também conquista-ram três novas cláusulas na Con-venção Coletiva: proibição de os bancos enviarem SMS cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano e adesão ao progra-ma de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50 por mês. Também garantiram melhorias nos acordos específicos com BB, Caixa e BNB.

“É claro que não conquistamos tudo que queríamos. Mas a luta não para. A Campanha Nacional acabou, mas as negociações perma-nentes com os bancos continuam. Vamos manter a pressão sobre as

instituições financeiras para avan-çar nas reivindicações que ainda não foram atendidas visando me-lhorar, sempre, os salários e as con-dições de trabalho dos bancários”, diz a presidenta do Sindicato, Ja-queline Mello.

Nesta edição especial do Jornal dos Bancários você vai conferir as principais conquistas da greve e os valores que os bancos devem depo-sitar para os funcionários ainda este mês. Também vai relembrar todos os passos da greve, numa galeria de fotos diária do movimento.

Páginas 2, 3, 4, 5 e 6

Greve de 23 dias foi uma das mais longas e fortes da história dos bancários

Page 2: Jornal dos Bancários - ed. 467

2

16 a 31 de outubro de 2013

Encerrada a batalha, é hora de começar a colher os frutos da greve. A primei-

ra parcela da PLR será paga pelos bancos até dez dias após a assinatu-ra da Convenção Coletiva. Ou seja, antes do final de outubro, os traba-lhadores já estarão com o dinheiro nas contas. Como a data-base da categoria é 1º de setembro, os ban-cários receberão, até o final de no-vembro, a diferença retroativa dos reajustes conquistados nos salários e vales-refeição e alimentação.

Os resultados da Campanha, que incluem ganho real de 1,82% so-bre os salários e demais verbas e de 2,29% sobre o piso, são fruto de uma greve longa e dura – que se estendeu durante 23 dias. Os banqueiros chegaram a declarar, inclusive para a imprensa, que não haveria aumento real este ano. Ten-taram vencer pelo cansaço. Apela-ram para as velhas estratégias: uso de interditos proibitórios e pressão sobre os bancários.

“Não foi uma campanha fácil”, diz a presidenta do Sindicato, Ja-queline Mello. “Mas os bancários estão de parabéns por terem resis-tido e enfrentado a truculência dos bancos. Graças à nossa forte greve, conseguimos quebrar a intransigên-cia da Fenaban e conquistamos um grande acordo este ano”, completa Jaqueline.

O Banco do Brasil foi um dos mestres na intimidação: antes mes-mo de iniciada a greve, já publica-va comunicados com ameaças. As-sim como outros bancos privados, montou centrais clandestinas para tentar barrar a greve. Em outras instituições, funcionários foram obrigados a chegar à agência antes das seis horas da manhã para bur-lar o movimento.

Não adiantou. Aos poucos, a gre-ve foi crescendo e contagiando até

quem andava meio cético. E o me-lhor: com apoio da sociedade. Para isso, os bancários usaram e abusa-ram de atividades voltadas para o bem comum. É o caso do mutirão de doação de sangue, com a campanha “Bancário é sangue bom e banqueiro é sanguessuga”. Ou da distribuição de sopa em ato em frente ao Itaú.

Do outro lado, os bancos – que tinham apresentado uma única proposta de 6,1%, recusavam-se a dialogar. Depois de um mês de si-lêncio, apresentaram mais uma pro-posta inaceitável: 7,1% de reajuste e mais nenhum avanço. A oferta foi recusada de pronto e a greve ganhou ainda mais fôlego. Os ban-queiros foram obrigados a ceder.

Além do aumento real nas verbas salariais e no piso, melhorou tam-bém a PLR (Participação nos Lucros e Resultados), aumentando de 2%

para 2,2% o lucro líquido a ser dis-tribuído linearmente na parcela adi-cional. Houve avanços também nas cláusulas sociais, a exemplo da proi-bição de envio de SMS para cobrar resultados, abono assiduidade de um dia por ano, constituição de grupo de trabalho com especialistas para apu-rar as causas dos adoecimentos dos bancários e adesão ao programa de vale-cultura do governo.

BAnCos púBLICosOs bancários também conquista-

ram avanços importantes nas nego-ciações específicas com os bancos públicos.

No Banco do Brasil, entre as principais conquistas estão a con-tratação de 3 mil concursados para desafogar a sobrecarga de trabalho dos bancários, a ampliação do nú-mero de caixas executivos com a

Circulação semanal

Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221.

Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul. Conselho Editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul, Sulamita Esteliam e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi.

Fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. Impressão: NGE Tiragem: 12.000 exemplares

Secretário-Geral: Fabiano FélixComunicação: Anabele SilvaFinanças: Suzineide RodriguesAdministração: Epaminondas FrançaAssuntos Jurídicos: Justiniano JuniorBancos Privados: Geraldo TimesBancos Públicos: Daniella Almeida

Cultura, Esportes e Lazer: Adeílton FilhoSaúde do Trabalhador: Wellington TrindadeSecretária da Mulher: Sandra TrajanoFormação: João RufinoRamo Financeiro: Flávio CoelhoIntersindical: Renato TenórioAposentados: Luiz Freitas

Informativo do Sindicato dos Bancários de PernambucoDIRETORIA EXECUTIVA

Presidenta: Jaqueline Mello

CAMpAnhA nACIonAL

hora de colher os louros da greveOs bancários recebem nos próximos dias a 1ª parcela da PLR. As diferenças retroativas asetembro dos reajustes conquistados nos salários e vales serão pagas até o final de novembro

Greve atingiu 90% das mais de 600 agências bancárias de pernambuco

Jaqueline Mello

Page 3: Jornal dos Bancários - ed. 467

33

16 a 31 de outubro de 2013

pRInCIpAIs ConQUIsTAs

Reajuste8% (1,82% de aumento real)

PisosReajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%)

Participação nos Lucros e ResultadosRegra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 19.825,86PLR adicional: aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos line-armente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste)

Auxílios• Vale-refeição: de R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia• Cesta-alimentação e 13ª cesta: de R$ 367,92 para R$ 397,36• Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 330,71 (para filhos até 71 me-ses). E de R$ 261,95 para R$ 282,91(para filhos até 83 meses)• Requalificação profissional: de R$ 1.047,11 para R$ 1.130,88

Adiantamento emergencialNão devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do tra-balho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS

Combate ao assédio moral• Gestores ficam proibidos de enviar torpedos aos celulares particulares dos bancários cobrando cumprimento de resultados• Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denún-cias de assédio moral encaminhadas pelos sindicatos

Novas conquistas• Abono-assiduidade: 1 dia de folga remunerada por ano• Vale-cultura: R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos

Compromissos assumidos• Discutir um novo modelo de PLR antes da campanha nacional de 2014• Reunião específica para discutir aprimoramento do programa de preven-ção de conflitos no ambiente de trabalho• Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial

Dias paradosOs dias parados na greve devem ser compensados até 15 de dezembro, com, no máximo, uma hora-extra diária, de segunda a sexta-feira. Isso quer dizer que mais de 60% dos dias parados serão antistiados.

CAMpAnhA nACIonAL

pRInCIpAIs ConQUIsTAsnos BAnCos púBLICosBANCO DO BRASIL• Contratação de 3 mil concursados• Mais caixas executivos, efetivando quem está há mais de 90 dias na função• Para a ascensão por meio do TAO (Talentos e Oportunida-des) serão considerados os primeiros 20 colocados nas dis-putas das vagas. A medida serve para coibir favorecimentos

CAIXA• Manutenção da PLR Social • Pagamento de todas as horas-extras feitas pelos funcio-nários de agências com até 15 empregados • Mais contratações

BNB• Manutenção da PLR Social • Contratação de 850 funcionários• Revisão do PCR

efetivação de quem está há mais de 90 dias na função e critérios mais objetivos e jus-tos para ascensão profissional por meio do TAO (Talentos e Oportunidades).

Na Caixa, a manutenção da PLR Social vai garantir, no mínimo, o pagamento de R$ 8 mil de participação nos lucros e resul-tados. Os bancários também conquistaram o pagamento de todas as horas-extras feitas pelos funcionários de agências com até 15 empregados e mais contratações.

Já no Banco do Nordeste, o acordo adi-tivo manterá a PLR Social e a constituição de uma comissão paritária que vai ela-borar, em noventa dias, uma proposta de revisão para o Plano de Carreira e Remu-neração (PCR). Outra conquista é o com-promisso do BNB de contratar 850 novos empregados.

Page 4: Jornal dos Bancários - ed. 467

4

16 a 31 de outubro de 2013

Relembre como foi o dia-a-dia da greve nesta galeria de fotosCAMpAnhA nACIonAL

1º DIA: Bancários cruzam os braços e iniciam uma das maiores greves da história da categoria

6º DIA: Mesmo no início da greve, nível de adesão na Caixa já supera a do ano passado e é destaque

7º DIA: Caminhada com bandeiraço dos bancários chama a atenção da população na região central do Recife e marca uma semana de greve

12º DIA: Greve cresce ainda mais no interior. na região de Gravatá e Vitória, por exemplo, todas as agências estão paradas

13º DIA: Bancários realizam protesto solidário e doam sangue para o hemope. no mesmo dia, os grevistas realizam ato contra o santander no parque Amorim

Page 5: Jornal dos Bancários - ed. 467

55

16 a 31 de outubro de 2013

Relembre como foi o dia-a-dia da greve nesta galeria de fotos2º DIA: sindicato realiza primeiro protesto da greve para denunciar a ganância dos bancos. Ato teve a participação do presidente da CUT nacional, Vagner Freitas, e do deputado federal Fernando Ferro

5º DIA: o final de semana não tira o ânimo dos bancários, que engrossam ainda mais a greve, principalmente em olinda e outras cidades da RMR

8º DIA: Durante toda a greve, sindicato presta auxílio para os clientes utilizarem o autoatendimento e dialoga com a população sobre os motivos da paralisação

9º DIA: Bancos aumentam pressão e ingressam na Justiça com os chamados “interditos”, mas não conseguem enfraquecer a greve

14º DIA: Com o lema “sou bancário, não escravo”, grevistas protestam contra o Bradesco na Concórdia

15º DIA: Bancários fazem doação de sopa e lembram que caldeirão dos banqueiros só tem osso, em protesto contra o Itaú, na Dantas Barreto

Page 6: Jornal dos Bancários - ed. 467

6

16 a 31 de outubro de 2013

16º DIA: os bancos finalmente rompem o silêncio e chamam os bancários para retomar as negociações. Mas a nova proposta não agrada os sindicatos

19º DIA: Em assembleia, bancários rejeitam a proposta apresentada pelos bancos na sexta. E realizam mais um protesto, desta vez no BB da Rio Branco

20º DIA: Bancários param agência estratégica da Caixa que cuida das contas do Governo de pernambuco e deixam a equipe de Eduardo Campos em polvorosa

21º DIA: Três grandes manifestações agitam o BB, a Caixa e o BnB no Recife para pressionar o governo nas negociações agendadas para o dia seguinte

22º DIA: negociações em são paulo avançam a madrugada. Em pernambuco, bancários protestam contra a truculência do santander, na agência Agamenon Magalhães, no Espinheiro

23º DIA: Bancos apresentam nova proposta e bancários aprovam acordo com mais conquistas para toda a categoria

Page 7: Jornal dos Bancários - ed. 467

77

16 a 31 de outubro de 2013

A Polícia Federal (PF) mul-tou quinze bancos em R$ 6,526 milhões por falhas na seguran-ça de agências e postos de aten-dimento bancário. As penalida-des foram emitidas durante a 98ª reunião da Comissão Con-sultiva para Assuntos de Segu-rança Privada (CCASP), em Brasília. O campeão foi o Bra-desco, com multas de R$ 2,363 milhões, seguido do Banco do Brasil com R$ 1,646 milhão, do Itaú com R$ 1,080 milhão e do Santander com R$ 748 mil.

As principais irregularidades foram redução do número de vigilantes, alarmes inoperan-

tes, transporte ilegal de valo-res, planos de segurança não renovados e cerceamento da fiscalização de policiais fede-rais, dentre outros itens.

A CCASP é integrada por representantes do governo e entidades dos trabalhadores e

dos empresários. A Contraf--CUT é a porta-voz dos bancá-rios e a CNTV, dos vigilantes. A Febraban representa os ban-cos. Foi a terceira reunião da CCASP em 2013. A próxima reunião foi agendada para o dia 10 de dezembro.

IRREsponsABILIDADE soCIAL

Itaú e Bradesco demitem bancáriosdoentes e são obrigados a reintegrar

FALhAs nA sEGURAnçA

Bancos são multadosem R$ 6,526 milhões

Saed José Cabus Filho é um dos vários bancários que viram sua saúde psíquica

ser destruída pela pressão no traba-lho. Funcionário do Itaú há cinco anos e meio, ele estava de licença quando foi demitido pelo banco. Para passar por cima da lei, que garante estabilidade ao portador de doença ocupacional, o banco alegou justa causa. Mas recusou-se a informar o trabalhador o motivo da dispensa. No dia 4 de outubro,

ele foi reintegrado aos quadros do banco por decisão judicial.

Muito antes de decidir procurar ajuda médica, Saed já mostrava os sintomas da doença. “Não con-seguia dormir à noite e, no outro dia, me mantinha acordado às custas de café. Tinha um desâni-mo imenso, vontade de chorar, me sentia incompetente, perda de me-mória, vivia irritado...”, conta ele. Saed estava de licença há cerca de três meses quando recebeu um te-

legrama em casa. Na mensagem, avisavam para comparecer à agên-cia que, por decisão da inspetoria, ele estava desligado dos quadros do banco.

no BRADEsCoTambém a bancária Maria Nei-

de Rocha Leite Freire estava há dez anos tratando lesões no punho, cotovelo e ombro quando foi de-mitida pelo Bradesco. Apesar das dores, ela continuava a trabalhar:

“Pensava em sair de licença depois das férias, porque já não aguentava mais tanta dor e desrespeito, quan-do fui demitida, em 1º de junho deste ano”, conta. Tinha 29 anos e 4 meses de banco.

Tanto no caso de Saed quanto no de Neide, todo o processo de ca-racterização de acidente de traba-lho foi feito através da Secretaria de Saúde do Sindicato, que emitiu a CAT, e orientou os bancários a buscarem seus direitos na Justiça.

noTAs

AposentadosAtenção aposentados! Quem tiver algum contra-

to de trabalho celetista anterior a 21 de setembro de 1971 deve ligar para o Departamento Jurídico do Sindicato e fornecer o número da Carteira Profis-sional (CTPS) e do PIS/Pasep. A documentação é uma exigência da Justiça Federal na ação coletiva de ressarcimento dos juros progressivos nas contas de FGTS, movida pelo Sindicato em 2011. Ligue 3316-4220 e fale com Lenivan.

Rafael no CarefEleito em junho último por votação direta do

funcionalismo e com apoio do Sindicato, Rafael Matos tomou posse no dia 8 de outubro no Conse-lho de Administração (Caref) do Banco do Brasil. Rafael será o primeiro representante eleito dos funcionários do BB após a regulamentação da Lei 12.353, que garante a representação dos trabalha-dores em conselhos de administração de empresas públicas ou de economia mista com mais de 200 funcionários.

Page 8: Jornal dos Bancários - ed. 467

8

16 a 31 de outubro de 2013

EspoRTE

LAzER CLUBE DE CAMpo

Campeonato de Futebol dosBancários entra em nova fase

Brincadeiras e guloseimas naFesta das Crianças do Sindicato

Inscrições abertas para ocupaçãodos chalés nos próximos 2 meses

O 15º Campeonato de Fu-tebol dos Bancários de Pernambuco entra em

nova etapa. Quando esta edição foi fechada, faltava apenas uma rodada para a conclusão da primeira fase. Mas os nomes dos classificados estavam praticamente definidos. O Bradesco Caxangá já estava des-classificado e o BNB, para perma-necer no páreo, teria que golear o Banco do Brasil.

O Bradesco encerra a primeira fase como líder da Chave A e o Itaú, da Chave B. Na vice-liderança, o time da Apcef já estava consagrado no Grupo A. O Santander permane-cia em segundo lugar do Grupo B, mas o Bradesco Cabo ainda tinha chances de chegar lá. “Isso poderia ter acontecido desde a penúltima

rodada, quando o Bradesco Cabo colocou quatro gols à frente do Bra-desco Capibaribe. Mas, no segundo tempo, acabou cedendo o empate e o jogo terminou em 5 a 5”, conta o secretário de Cultura, Esportes e

Lazer do Sindicato, Adeílton Filho.Esta inusitada partida revela que

nada pode ser considerado defini-do. “Estamos terminando o Cam-peonato com um saldo de bons jo-gos, muitas emoções e lindos gols.

Claro que há os times que vem rendendo melhor. Mas o futebol é cheio de surpresas”, diz Adeílton.

Acompanhe o Campeonato no site do Sindicato: www.bancarios-pe.org.br.

Domingo, 20 de outubro, a me-ninada é o centro das atenções do Clube de Campo dos Bancários, em Aldeia. É quando Sindicato vai celebrar o Dia das Crianças. A par-tir das 11h, haverá recreador para garantir diversão com segurança para os pequenos e tranquilidade para os pais. Mas os portões do Clube abrem às 8h e, as piscinas funcionam a partir das 9h.

O Clube já garante espaço e atra-ção ao gosto de crianças de todas as idades. Mas além da área verde, das piscinas, quadras esportivas e jogos de salão, haverá pula-pula, tobogã e outras atividades. Além, claro, das guloseimas: pipoca e algodão-doce.

Confira a galeria de fotos da fes-ta no site do Sindicato: www.ban-cariospe.org.br.

Quem quiser ocupar os chalés nos finais de semana de novembro e dezembro, tem até o próximo dia 24 para fazer as inscrições. O sorteio será realizado no dia 25 de outubro. Os interessados devem entrar em contato com Vera Vasco pelos tele-fones 3316-4238 ou 3316-4226, das 14h às 17h30.

O Clube de Campo do Sindicato

tem dez chalés mobiliados e equi-pados, com dois quartos, banheiro, sala e cozinha conjugados. A hospe-dagem para o final de semana custa R$ 70. No feriado de 15 de novem-bro, o valor será diferenciado: por se tratar de feriadão, serão cobrados R$ 100. Neste caso, os chalés estarão à disposição dos ocupantes a partir do dia 14, uma quinta-feira, às 15h.

Jogos são realizados no Clube de Campo nas manhãs de sábado e domingo