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Do Brasil de Raízes às Andanças da Ginga Conheça as expressões artísticas que manifestam a cultura africana na dança e na música. Puxada de Rede, Côco de Roda, Jongo, Maculelê, Samba de Roda, Dança dos Orixás e Afoxé são as manifestações que fazem parte do Show Cultural. O Ibaô se expressa pela ances- tralidade dos terreiros, sob a benção de Xangô, Oxum e de Mãe Iberecy do Terreiro Chão das Águas, com sua história na comunidade há mais de 40 anos. A manifestação empolga e transmite a paz, tem seus instrumentos, atabaques ou Ilús, timbal, xequerê (xequeré, abê ou afoxé), agogô e alfaia e estabelece parcerias com os grupos Afoxé Oyá Alaxé, de Olinda, e Oyá Obirim Odé, de Hortolândia. Página 2 Ponto de Cultura Ibaô preserva a cultura africana Vinculado ao Instituto Baobá de Cultura e Arte, o Ponto de Cultura Ibaô é uma iniciativa que preserva a história das expressões artísticas e culturais de matriz africana. Desde a década de 80, havia um grupo de capoeira comandado pelo Mestre Tedi que ao passar dos anos foi agregando outras manifestações da cultura africana, como valores culturais, a importância da preservação e a continuidade dos ensinamentos do mestre Tedi e de outros mestres que participaram do grupo e ainda convivem com ele. “A capoeira nos levaria para outras dimensões da cultura” comenta a coordenadora do Ponto de Cultura Alessandra Gama. Hoje, com 30 anos de trajetória o grupo encontrou apoio na validação do Ponto de Cultura, momento que resultou em estimulo e incentivo para propagação da proposta que já vinha sendo mantida em Campinas. O contato com outros Pontos de Cultura e os recursos do convênio possibilitaram dar início a qualificação do espaço físico (sede), aquisição de equipamentos, acervo, projetos e programa cultural junto a comunidade. O público alvo do projeto está concentrado na região Norte de Campinas, região periférica urbana da Vila Padre Manoel de Nóbrega e seu entorno, que envolve outras cinco comunidades: Recanto dos Pássaros, Parque dos Eucaliptos, Jd. Londres, Jd. Garcia, Vila Castelo Branco. A participação do público se dá em diferentes níveis, considerando a importância de garantia do protagonismo e do pertencimento social e cultural dos cidadãos e cidadãs da comunidade. Página 3 Celebração dos 30 anos de memória no Ibaô Ponto de Cultura Ibaô faz o convite para celebração dos 30 anos de história e de memória da Capoeira e das culturas de matriz africana, iniciadas por Mestre Tedi (em memória) e Mãe Iberecy. O evento conta Seminário debate cultura imaterial em maio Capoeira é arte O Instituto Baobá de Cultura e Arte - Ponto de Cultura Ibaô promove, entre 17 e 20 de maio, o I Seminário de Patrimônio Cultural Imaterial Cultura Viva – Pontos de Cultura. O objetivo do evento é fomentar o debate sobre O programa Capoeira Arte Educação Cultural Cidadania (Caec) foi introduzido no Ponto de Cultura para ensinar as crianças de 7 a 12 anos a vivência da capoeira a partir de atividades lúdicas. Página 3 Grupo de capoeira comandado pelo Mestre Tedi deu inicio a proposta que, anos depois, resultaria no Ponto de Cultura Ibaô a participação de integrantes da comunidade e do Grupo Cultural Jongo da Serrinha, para compartilhar momentos, numa vivência mágica, com uma grande roda de Jongo. Página 4 cultura imaterial e promover a troca de experiências. As principais motivações para este Seminário decorrem dos últimos en- contros de capacitação e formação, sob a temática “Patrimônio Imaterial e Culturas Tradicionais”. Página 4

Jornal Iê Ibaô

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Jornal Iê Ibaô de Campinas

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Do Brasil de Raízes às Andanças da GingaConheça as expressões artísticas

que manifestam a cultura africana na dança e na música. Puxada de Rede, Côco de Roda, Jongo, Maculelê, Samba de Roda, Dança dos Orixás e Afoxé são as manifestações que fazem parte do Show Cultural.

O Ibaô se expressa pela ances-tralidade dos terreiros, sob a benção de Xangô, Oxum e de Mãe Iberecy do Terreiro Chão das Águas, com sua história na comunidade há mais de 40 anos. A manifestação empolga e transmite a paz, tem seus instrumentos, atabaques ou Ilús, timbal, xequerê (xequeré, abê ou afoxé), agogô e alfaia e estabelece parcerias com os grupos Afoxé Oyá Alaxé, de Olinda, e Oyá Obirim Odé, de Hortolândia. Página 2

Ponto de Cultura Ibaôpreserva a cultura africanaVinculado ao Instituto Baobá de

Cultura e Arte, o Ponto de Cultura Ibaô é uma iniciativa que preserva a história das expressões artísticas e culturais de matriz africana.

Desde a década de 80, havia um grupo de capoeira comandado pelo Mestre Tedi que ao passar dos anos foi agregando outras manifestações da cultura africana, como valores culturais, a importância da preservação e a continuidade dos ensinamentos do mestre Tedi e de outros mestres que participaram do grupo e ainda convivem com ele. “A capoeira nos levaria para outras dimensões da cultura” comenta a coordenadora do Ponto de Cultura Alessandra Gama.

Ho j e , c o m 3 0 a n o s d e trajetória o grupo encontrou apoio na validação do Ponto de Cultura, momento que resultou em estimulo e incentivo para propagação da proposta que

já vinha sendo mantida em Campinas. O contato com outros Pontos de Cultura e os recursos do convênio possibilitaram dar início a qualificação do espaço f ísico (sede), aquisição de equipamentos, acervo, projetos e programa cultural junto a comunidade.

O público alvo do projeto está concentrado na região Norte de Campinas, região periférica urbana da Vila Padre Manoel de Nóbrega e seu entorno, que envolve outras cinco comunidades: Recanto dos Pássaros, Parque dos Eucaliptos, Jd. Londres, Jd. Garcia, Vila Castelo Branco. A participação do público se dá em diferentes níveis, considerando a importância de garantia do protagonismo e do pertencimento social e cultural dos cidadãos e cidadãs da comunidade. Página 3

Celebração dos 30 anosde memória no Ibaô

Ponto de Cultura Ibaô faz o convite para celebração dos 30 anos de história e de memória da Capoeira e das culturas de matriz africana, iniciadas por Mestre Tedi (em memória) e Mãe Iberecy. O evento conta

Seminário debate culturaimaterial em maio

Capoeiraé arte

O Instituto Baobá de Cultura e Arte - Ponto de Cultura Ibaô promove, entre 17 e 20 de maio, o I Seminário de Patrimônio Cultural Imaterial Cultura Viva – Pontos de Cultura. O objetivo do evento é fomentar o debate sobre

O programa Capoeira Arte Educação Cultural Cidadania (Caec) foi introduzido no Ponto de Cultura para ensinar as crianças de 7 a 12 anos a vivência da capoeira a partir de atividades lúdicas. Página 3

Grupo de capoeira comandado pelo Mestre Tedi deu inicio a proposta que, anos depois, resultaria no Ponto de Cultura Ibaô

a participação de integrantes da comunidade e do Grupo Cultural Jongo da Serrinha, para compartilhar momentos, numa vivência mágica, com uma grande roda de Jongo. Página 4

cultura imaterial e promover a troca de experiências.

As principais motivações para este Seminário decorrem dos últimos en-contros de capacitação e formação, sob a temática “Patrimônio Imaterial e Culturas Tradicionais”. Página 4

Ano I - nº01

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Expediente

Editorial

Realização

Realização

Pontão de CulturaJornal do Ponto

Coordenador Cultural: Murilo Oliveira

Articuladora: Eliana SilveiraEstagiários: Karina Koch,

Marina Schmidt, Eduardo Kaze, Bruno Praun Coelho e Nilton Faria de Carvalho.

Oficina de Design Gráfico: Natália Balladas

Editoração e Arte Final: Natália Balladas

Ponto de Cultura: IbaôParticipantes: Alessandra

Regina Gama; Bianca Lucia

Este periódico é produto das oficinas de jornal promovidas pelo Pontãode Cultura Jornal do Ponto, projeto da Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo (ADJORI-SP) em convênio com o Ministério da

Cultura sob o nº 748226/2010.

Quem somosDo Brasil de Raízes às Andanças da Ginga

Martins Lopes; Bruna Cristina Gama Campagnuci; Bruna Helena Vicente Coutinho; Camila Barros Balbino da Silva; Mayara Stefani de Souza Rodrigues; Polyana Pimentel; Renata Damas

Somos um coletivo que viven-cia a preservação e memória da Capoeira e do Patrimônio Cultural de Matriz Africana, difundidos pela nossa comu-nidade há mais de 30 anos.

Nosso objetivo é fortalecer, dar continuidade e disseminar as raízes da nossa cultura, por meio de práticas educativas e artísticas que dirigem à formação da cidadania, das relações étnicas e da identidade cultural brasileira na sociedade contemporânea.

Em síntese, o Ibaô se propõe a criar, unir e multiplicar as ações em rede, por meio de parcerias com outras comunidades , gr up os e inst i tu içõ es que compartilham da diversidade cultural, colaborando com o desenvolvimento pessoal e c o l e t i v o , p o r m e i o d e propostas e inic iat ivas de salvaguarda e memória dos ofícios, costumes, tradições e saberes da nossa cultura, em especial, a preservação da memória de Mestre Tedi.

Nosso legado tem a participação e parceria de Mestres e Mestras

da Cultura Popular; Zeladoras e Zeladores de Axé; grupos, educadores, amigos e familiares que compartilham seus saberes, conhecimentos e tradições. Em momentos privilegiados na trajetória e existência do Ibaô, dos quais honramos citar Mãe Iberecy; Bá; Mãe Maria de Ibeji; Mãe Eleonora; Baba Tologi; Geizo de Xangô; Tata R a i mu n d o Ka sute m i ( e m memória) - Bankoma (BA); Iyá Maria Helena - Afoxé Oyá Alaxé (PE); Mestre Lumumba; Mestre Shacon Vianna - Maracatu Porto Rico (PE); Dona Cici - Fundação Pierre Verger (BA); Dona Naná - Ilê Axé Opô Afonjá (BA); Dona Zilda Paim (BA); Dona Selma do Coco (PE); Any Manuela Freitas - Samba de Roda de Dona Dalva (BA); Alessandra Ribeiro; Profª. Luciane Oliveira (PUC Campinas); Profº Euzébio Lobo (Unicamp); Célio Turino; Mestre Tedi (em memória); Mestre Marquinhos Simplício; Mestre Ralil (DF); Metre Tucano (PI); Mestre Touro (PI); Mestre Papagaio (PE) e Toshiro (Luthier).

Por volta de 2002, na sede de capoeira Raízes do Brasil em Campinas, foi criado o espetáculo Brasil de Raízes, apresentando as manifestações culturais e trazendo o conhecimento de matriz africana para comunidade. Dentro desse grupo apresentam-se:

- Puxada de rede do xaréu: conta a história dos pescadores que saiam para trabalhar de madrugada para lançar as redes pela manhã, havia relatos e contos sobre pescadores que não voltavam para casa. Acompanhado de cantos que representam a dif iculdade daquele povo e os pés descalços dançando ao som dos tambores. “Acredito que fazemos a puxada de rede por ser uma atividades exercida pelos negros em sua liberdade, assim como a capoeira, por isso essas manifestações vêm em conjunto“, afirma o grupo.

- C ôco de Roda: é uma m a n i f e s t a ç ã o t r a d i c i on a l litorânea de Maceió e Olinda. O côco tem como instrumento o pandeiro e a alfaia acompanhados de cantos e palmas. Quem deu o ensino para o grupo foi Dona

Selma do Côco (Selma Ferreira da Silva). A expressão também revive pela dança os momentos de trabalho colet ivo entre comunidades vizinhas.

- Jongo: é uma manifestação de origem Sudeste. Tem a essência dos tambús e candongueiros, dos mais velhos e mais novos, transmitido de geração em geração. Ritmado pelos pontos (canto) e palmas, a manifestação vem com uma grande ancestralidade e energia.

- Maculelê: tem referência do Recôncavo baiano (Santo Amaro) do Mestre Popó, citado em muitas cantigas. O maculelê tem como instrumento os atabaques,usados em conjunto com o canto e o som dos lelés (madeiras), usados por cada participante. O par de lelés representa a arma dos negros em uma guerra. A manifestação pode ser considerada tanto como dança, como luta. Assim como a capoeira, é uma arte.

- Samba de Roda: é uma das manifestações mais populares. O samba de roda das apresentações tem referência da cultura baiana e paulista. É uma expressão vinda de terreiros, tendo como instrumento o timbal, reco-reco, pandeiros,

cavacos, violão, atabaques, prato, caxixís, palmas e cantos.

- Dança dos Orixás: tem origem africana. A dança não focada na religião vem dos terreiros de umbanda e candomblé, composto por atabaques e agdavis (varetas).

D ep ois de a lguns anos , apresentações e conhecimento, o grupo de capoeira Raízes do Brasil conseguiu o seu Ponto de Cultura batizado como Ibaô. Em 2008 o espetáculo Brasil de Raízes se desenvolveu e virou Andanças da Ginga, desde então o Show Cultural não parou de crescer, tendo mais uma manifestação:

- Afoxé: significa o poder da palavra. O Ibaô se expressa pela ancestralidade dos terreiros, sob a benção de Xangô, Oxum e de Mãe Iberecy do Terreiro Chão das Águas, com sua história na comunidade há mais de 40 anos. A manifestação empolga e transmite a paz, tem seus instrumentos, atabaques ou Ilús, timbal, xequerê (xequeré, abê ou afoxé), agogô e alfaia e estabelece parcerias com os grupos Afoxé Oyá Alaxé, de Olinda, e Oyá Obirim Odé, de Hortolândia.

Herança cultural preservada pela expressão artística

Ano I - nº01

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Ponto de Cultura preserva a memória da cultura africana

Desde a década de 80, havia um grupo de capoeira comandado pelo Mestre Tedi que ao passar dos anos foi agregando outras manifestações da cultura africana, como valores culturais, a importância da preservação e a continuidade dos ensinamentos do mestre Tedi e de outros mestres que participaram do grupo e ainda convivem com ele. “A capoeira nos levaria para outras dimensões da cultura” comenta a coordenadora do Ponto de Cultura Alessandra Gama.

Em 2004, o grupo tomou conhecimento do programa Cultura Viva e do edital de Pontos de Cultura oferecidos em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado e o Ministério da Cultura, e houve interesse em participar com o objetivo de dar continuidade à cultura africana.

Somente em 2009 o projeto foi selecionado, a partir de então nos tornamos Pontos de Cultura Memória. O contato com outros Pontos de Cultura e os recursos do convênio possibilitaram dar início a qualificação do espaço f ísico (sede), aquisição de equipamentos, acervo, projetos e programa cultural junto a comunidade. “Não temos só a intenção de ser um grupo artístico, as atividades visam proporcionar além da convivência, um ambiente de produção e troca de conhecimentos, de saberes e de valorização da memória e do

patrimônio cultural”, acrescenta Alessandra.

Os beneficiados pelo projetoO público alvo do projeto

está concentrado na região Norte de Campinas, região periférica urbana da Vila Padre Manoel de Nóbrega e seu entorno, que envolve outras cinco comunidades: Recanto dos Pássaros, Parque dos Eucaliptos, Jd. Londres, Jd. Garcia, Vila Castelo Branco. A participação do público se dá em diferentes níveis, considerando a importância de garantia do protagonismo

e do pertencimento social e cultural dos cidadãos e cidadãs da comunidade.

CoordenadoresDavid Rosa é o coordenador

geral do Ponto, professor de capoeira que deu continuação ao trabalho do mestre Tedi. Alessandra Regina Gama é coordenadora de projetos e programação cultural e está no grupo desde 2001. Ela se dedica aos projetos e articulações nas redes dos pontos e participou da construção do coletivo que originou o instituto.

Oferecemos atividades abertas ao público, que interage em múltiplas linguagens, forma e expressões por meio de oficinas culturais; roda de capoeira e de danças t radic ionais ; grupos de leitura e estudos; encontros; palestras; workshops e seminários; produção artística e ensaios; visitas monitoradas; produção audiovisual e cultura digital; exposição, conservação e manutenção de acervo. Endereço: Rua Ema, nº 170 - Vila Padre Manoel de Nóbrega - Campinas, SP - CEP 13061-350Telefones: (19) 3727-0606 /3342-5911 / 3342-5912

Tudo começou com grupo de capoeira

Projeto Ponto de Memória

O Ponto de Memória Ibaô visa: integrar as ações convergindo para o reconhecimento do espaço como articulador social de grande relevância comunitária; fortalecer a apropriação pela comunidade, dos bens imateriais, simbólicos, materiais e do patrimônio cultural e local; promover as práticas educativas que valorizam a tradição oral na transmissão e expressão dos saberes.

O projeto beneficiará a todas as faixas etárias da população. Ao público idoso a proposta p r i v i l e g i a o r e g i s t r o d e depoimentos, vídeos e exposições de objetos simbólicos, visando à reconstrução e valorização da memória. As atividades são executadas por jovens, par t ic ipantes das of ic inas oferecidas gratuitamente com ajuda de custo (alimentação e

transporte) para participação, como forma de promover a capacitação, qualif icação e formação de agentes culturais sociais . Para os estudantes (crianças e adolescentes), é oferecida uma programação educativa, em parceria com as escolas e universidades, para promover o acesso e a reflexão crítica acerca do patrimônio cultural vivo da comunidade, suas formas de valorização, preservação, difusão e replicação, bem como a extensão de atividades para o público em geral.

Os projetos e iniciativas são elaborados de forma a articular e contemplar os seguintes eixos:

- Pro dução s imb ól ica e preservação da memória

- Cultura, educação e cidadania- Cultura e desenvolvimento

sustentável.

Proposta contempla todas as faixas etárias

CAEC- Capoeira Arte Educação Cultural CidadaniaO programa Capoeira Arte

Educação Cultural Cidadania ( C a e c ) f o i i n t r o d u z i d o no Ponto de Cultura para e n s i n a r a s c r i a n ç a s d e 7 a 12 anos a v ivência da capoeira a partir de atividades lú d i c as , qu e e s t i mu l am a convivência em grupo por meio da oralidade, fazeres art íst icos, musicalidades e historialidades.

Com o objetivo de inserir as crianças no aprendizado da capoeira e de outras tradições africanas, a oficina acontece nas terças e quintas-feiras, das 7h30 às 21h e tem capacidade para atender 45 participantes. A a u l a é c o m p o s t a p e l o toque de ber imbau, rodas

de l e i tura , j ogos te at rai s , danças e cantigas de roda. “Ser capoeirista faz parte de

um universo amplo que se liga com outras tradições”, conclui Alessandra.

Programa estimula a convivência por meio de atividades lúdicas

Proposta do Iê IbaôCelular: (19) 9111-3747 / 9173-0887E-mail: [email protected] no Facebook: Ponto de Cultura IbaôCoordenação Geral:David Rosa - E-mail: [email protected] / [email protected]. de Projetos e Programação Cultural:Alessandra Gama - E-mail: [email protected] / [email protected] Coordenação Administrativa:Adriana Campagnuci - E-mail: [email protected]

Ano I - nº01

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CapoeiraCentro Cultural de Capoeira Raízes do BrasilTerça/Quinta: 19h30 às 20h30 – crianças e adolescentes de 06 a 12 anos e 20h30 às 22h – jovens e adultos, a partir de 13 anos.Sábado: 13h30 às 15h – turma mista e roda de capoeira * Das 09h às 12h – Escola Municipal do Pq. Oziel (alunos e comunidade em geral)** Rodas de confraternização e aniversariantes toda última quinta feira do mês, às 20h **Conversa de TerreiroConversas e histórias sobre tradições de matriz africana. Vivências e rodas de Maculelê, Samba de roda, Coco de roda, Jongo, Puxada de Rede do Xaréu e Dança Afro.Sábado: às 15h30

Celebração dos 30 anos de memória no IbaôVivência e roda com a Comunidade Jongo da Serrinha

A associação Grupo Cultural Jongo da Serrinha (GCJS) foi criada em 2000 com o objetivo d e d a r c ont i nu i d a d e a o s trabalhos de preservação do patrimônio histórico do jongo e assistência social desenvolvidos há mais de 40 anos por Vovó Maria Joana Rezadeira e Mestre Darcy do Jongo.

Em 2001, o Grupo Cultural Jongo da Serr inha (GCJS) inaugurou no alto do Morro da Serrinha o Centro Cultural Jongo da Serrinha (CCJS), o n d e a c o nt e c e o p r o j e t o Escola de Jongo. Seu projeto político-pedagógico é baseado na preservação da memória e na valorização da cultura e de patrimônios locais.

O Jongo é mais que uma forma de expressão. Além da dança, dos tambores, de toda magia e encantamento p r e s e n t e s , a q u i f a l a m o s também de um modo coletivo de manter viva a memória d o s no ss o s ante p ass a d o s , carac ter í s t ico de a lgumas comunidades do Sudeste e das heranças culturais que o povo Bantu nos deixou.

Ass i m c om o o Jongo, a Capoeira, o Samba, o Maculelê, o Côco e o Afoxé (entre outras expressões culturais de matriz africana) são tradições que resistem ao tempo e permeiam as relações sociais coletivas, o s s a b e r e s , o s r i t o s , o s modos de fazer, viver e de aprender, que dão sentido à afirmação da identidade entre as comunidades de matr iz africana e em nossas tradições.

E m 2 0 0 2 c on he c e mo s o Jongo por meio do Mestre Roberto Dídio (M. Chocolate), que havia morado alguns anos no Rio de Janeiro e como c ap o e i r i s t a , t e v e c ont at o com a Comunidade do Jongo d a S e r r i n h a , e m ro d a s e apresentações do grupo. O Jongo também nos t rouxe muitas histórias, sentidos e referências da cultura Bantu. O sambista e mestre Aniceto d o I m p é r i o , e m u m a d e suas composições, atribui a familiaridade ancestral entre a Capoeira e o Jongo:

“Capoeira quem é teu pai?sou filha de bamba,eu nasci do jongo,sou africana irmãdo samba...”

(Quem é teu pai - Aniceto do Império)

Acompanhamos apresen-tações do Jongo da Serrinha em Campinas e São Paulo (2003 e 2004 , resp ec t ivamente) , g u a r d a m o s c o m m u i t o carinho a presença de todos os integrantes e da querida Tia Maria, também das cantigas e da dança que invadia nossos corações a cada momento. Passamos a cantar e dançar o Jongo da Serrinha nas rodas de Capoeira e nas apresentações d o g r u p o , s o b r e t u d o , reconhecer a inf luência da dinâmica circular tão ancestral e t ã o p r e s e nt e e m n o s s a história e memória. Na mesma época a cidade de Campinas foi presenteada pela memória do Jongo, com a formação

da Comunidade Jongo Dito Ribeiro, que são nossos irmãos e parceiros.

E m 2 0 0 5 t i v e m o s a oportunidade de conhecer a comunidade do Jongo São José, em viagem ao Quilombo São José da Serra, em Valença, Rio de Janeiro, organizada pelo Jongo Dito Ribeiro. Nos pr imeiros anos do ‘Arraiá d o J o n g o D i t o R i b e i r o’ sentimos o encanto de estar na roda com os jongueiros de Guará (Guaratinguetá), d a c omu n i d a d e Jongo d o Ta m a n d a ré ( SP ) . A ‘ Te i a 2010’, encontro da rede dos Pontos de Cultura, foi outro grande momento esp ec ia l entre o Ibaô e o Jongo, pois es t ivemos na pres ença de mestres e jongueiros de muitas comunidades, como Piquete (SP), Barra do Piraí, Vassouras e Pinheiral (RJ), além da Serrinha, Guará e Dito Ribeiro.

Neste momento, convidamos a tod@s para celebrar conosco 3 0 an o s d e h i s t ór i a e d e memória da Capoeira e das culturas de matriz africana, inic iadas por Mestre Tedi (em memória) e Mãe Iberecy, e m n o s s a c o m u n i d a d e . Estaremos recebendo no Ponto de Cultura Ibaô integrantes da comunidade e do Grupo Cultural Jongo da Serrinha, para compartilharmos momentos, numa vivência mágica, com uma grande roda de Jongo.

Salve o Jongo!À Benção dos jongueiros velhos,

benção aos jongueiros novos!

Dia: 21 de abrilHorário: às 15hContribuição: R$ 15 por pessoaVagas: limitadasLocal: Ponto de Cultura Ibaô

Rua Ema, 170 - Vila Padre Manoel da NóbregaCampinas - SPTel.: (19) 3342-5911 / 5912E-mai l : pcu l tu ra [email protected]

Ponto de Cultura realiza SeminárioCom o objetivo de promover a

troca e estabelecer diálogos entre Pontos de Cultura e Comunidades Tradicionais que têm ações voltadas ao patrimônio cultural imaterial, Instituto Baobá de Cultura e Arte - Ponto de Cultura Ibaô promove, entre 17 e 20 de maio, o I Seminário de Patrimônio Cultural Imaterial Cultura Viva – Pontos de Cultura.

As principais motivações para este Seminário decorrem dos últimos

encontros de capacitação e formação, sob a temática “Patrimônio Imaterial e Culturas Tradicionais”, ocorridas nos Encontros da Rede de Pontos de Cultura do Estado de São Paulo (2010 e 2011), no qual a totalidade dos participantes elucidaram inquietações acerca da temática, fervilhando a necessidade de outros momentos e espaços de discussão e construção coletiva, bem como de outros grupos de trabalhos.

Programação (sujeita a alterações)

Instituto Baobá de Cultura e Arte – Ponto de Cultura Ibaô - Rua Ema, 170 – Vila Padre Manoel de Nóbrega - CEP 13061-350Telefones: (19) 3342-5911/5912 / (19) 9173-0887Site: www.pontodeculturaibao.

17/05 – Quinta-feira

19/05 – Sábado

18/05 – Quinta-feira

20/05 – Domingo

19h00 – Recepção/Creden-ciamento de participantes19h30 – Composição da mesa de abertura – falas de boas vindas20h00 – Apresentações culturais

08h00 – Café da manhã receptivo10h00 – Fala inspiradora: Mestre da Folia de ReisMesa técnica: Panorama das políticas públicas do Patrimônio Cultural Imaterial11h00 – Formação de plenária – perguntas para a mesa 12h00 – Almoço14h00 – Exposição sobre Museologia Social (Técnico (a) do IBRAM)14h45 – Exposição sobre Educação Patrimonial (em aberto/IPHAN)15h30 – Perguntas da plenária para a mesa / Bate papo16h00 – Intervalo / Lanche18h00 – Programação cultural

20h00 – Encerramento

08h00 – Café da manhã receptivo09h00 – Mesa temática: Práticas so-ciais de Patrimônio Cultural Imaterial10h30 – Perguntas da plenária para a mesa / Bate papo 12h00 – Almoço14h00 – Grupos de trabalho – Apre-sentações, trocas de experiências e elaboração documental18h00 – Rodas de encerramento19h00 – Lançamento do projeto “Ponto de Memória – Museu Ibaô: memória social da Capoeira e das culturas de matriz africana”

10h00 – Exposição de práticas e projetos: Patrimônio Imaterial nos Pontos de Cultura12h00 – Composição da mesa de ence r ramen to (a de f i n i r representantes/participações)

blogspot.comE-mail: [email protected] GamaCoordenadora de Projetos e Programação [email protected] /[email protected]

Contatos:

Programação do Ibaô –Primeiro Semestre de 2012

AfoxéEnsaios aos sábados a partir das 17hCine CulturaToda última sexta-feira do mês, às 19h. Exibição e bate papo.Março, dia 30 – Documentário “Cidade das Mulheres”, de Lázaro FariasAbril, dia 27 – Documentário “Ori”, de Beatriz NascimentoMaio, dia 25 – Filme “Narradores de Javé”, Eliane CafféJunho, dia 29 – Documentário “PierreVerger: mensageiro entre dois mun-dos”, de Lula Buarque de HollandaCultura e SaúdeSegunda feira: das 14h às 16h (Prof. Vanessa Fernandes)Quarta feira: das 08h às 11h30 (Equipe multidisciplinar Centro de Saúde Integração e PUCC)