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Ano 8 •• n°. 47 ••• outubro de 2009 JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Faculdades Integradas Teresa DʼÁvila O QuE VOCê QuER VER NO Envie suas dicas para: CONGRESSO DA FATEA REÚNE MAIS DE 2 MIL PESSOAS Rodolfo Rodrigues O tema, “Valores, socie- dade e mudança” foi o foco de 32 oficinas, 104 palestras e três Confe- rências Gerais ofereci- das por profissionais das áreas de Tecnologia, Educação e Bio-saúde Foram mais de cem atividades nas diversas áreas do conhecimento “A faculdade estava efervescente de conhecimento e de troca de experiências”, destaca a responsável pela programação e logística, Pollyana Zappa O evento também pro- moveu a cultura, por meio de poesia e piano, exposi- ções, apresentações musi- cais e amostra do Festival Gato Preto Segundo Encontro de Educadores ISS/FMA 2009 debate sobre a educação no Ensino Superior EDuCAçãO ÍNDiCE PRÁTiCO CADERNO Bate-papo: a professora Renata de Freitas destaca a importância da musicalidade na vida das pessoas P.02 P. 03 P.03 [email protected] COMPRAS Segundo dados do iBOPE, cerca de 15,5 milhões de pessoas fazem compras pela internet, o que representa 4,8 bilhões de reais no faturamento das vendas na Web Livia Castro P.06 12 DE OUTUBRO Peregrinos viajam para cum- prir promessas à Nossa Senhora Aparecida, aumentando o lucro no comércio da cidade, que, em 2008, reuniu 890 mil pessoas na festa de 12 de outubro P.08 OBESIDADE São 155 milhões de jovens com excesso de peso em todo o mun- do, segundo dados da OMS. No Brasil, 6,7 milhões de crianças são obesas, um aumento de 12% nos últimos 30 anos Carolina Areco P.07 Comunicação social: alunos, ex-alunos e professores de Comunicação da Fatea participam do Intercom 2009 P.04 Animais: abandonados nas ruas, animais passam fome, transmitem doenças e causam acidentes de trânsito P.05 Esporte: praticar esportes sem orientação pode ser prejudicial à saúde P.06 Brincadeiras: crianças substituem brincadeiras tradicionais pelo computador e vídeogames P.07 Ariane Fonseca

Jornal [in]Formação 7ª edição 2009

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Jornal laboratório da Habilitação em Jornalismo do Curso de Comunicação Social, das Faculdades Integradas Teresa D'Ávila de Lorena, SP. Produzido pelos alunos do 3º ano.

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Ano 8 •• n°. 47 ••• outubro de 2009

JORNALLABORATÓRIODO CURSO DE

COMUNICAÇÃO SOCIAL

FaculdadesIntegradas

Teresa DʼÁvila

O QuE VOCêQuER VER NO

Envie suas dicas para:

CONGRESSO DA FATEA REÚNE MAIS DE 2 MIL PESSOAS

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O tema, “Valores, socie-dade e mudança” foi o foco de 32 ofi cinas, 104 palestras e três Confe-rências Gerais ofereci-das por profi ssionais das áreas de Tecnologia, Educação e Bio-saúde

Foram mais de cem atividades

nas diversas áreas do

conhecimento“A faculdade estava efervescente de conhecimento e de troca de experiências”, destaca a responsável pela programação elogística, Pollyana Zappa

O evento também pro-moveu a cultura, por meio de poesia e piano, exposi-ções, apresentações musi-cais e amostra do Festival Gato Preto

Segundo Encontro de Educadores ISS/FMA 2009 debate sobre a educação no

Ensino Superior

EDuCAçãOÍNDiCE PRÁTiCO

CADERNOBate-papo: a professora Renata de Freitas destaca a importância da musicalidade na vida das pessoas • P.02

• P. 03

• P.03

[email protected]

COMPRASSegundo dados do iBOPE, cerca de 15,5 milhões de pessoas fazem compras pela internet, o que representa 4,8 bilhões de reais no faturamento das vendas na Web

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• P.06

12 DE OUTUBROPeregrinos viajam para cum-prir promessas à Nossa Senhora Aparecida, aumentando o lucro no comércio da cidade, que, em 2008, reuniu 890 mil pessoas na festa de 12 de outubro • P.08

OBESIDADESão 155 milhões de jovens com excesso de peso em todo o mun-do, segundo dados da OMS. No Brasil, 6,7 milhões de crianças são obesas, um aumento de 12% nos últimos 30 anos

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Comunicação social: alunos, ex-alunos e professores de Comunicação da Fatea participam do Intercom 2009• P.04

Animais: abandonados nas ruas, animais passam fome, transmitem doenças e causam acidentes de trânsito • P.05

Esporte: praticar esportes sem orientação pode ser prejudicial à saúde • P.06

Brincadeiras: crianças substituem brincadeiras tradicionais pelo computador e vídeogames • P.07

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Entrevista

Talita Escobar

MúSiCA: expressão que vem da alma

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Jornal Laboratório do curso de Comunicação SocialFaculdades Integradas Teresa D’ Ávila ‒ FATEA Ano VIII ‒ n° 47 - Outubro / 2009

Faculdades integradas Teresa Dʼ Ávila ‒ FATEAAv. Peixoto de Castro, 539 ‒ Vila Celeste • lorena ‒ SP ‒ CEP: 12606-580 • Fone: (12) 2124-2888

EXPEDiENTE

Equipe de Alunos

3° Jornalismo:Alexandre Silva, Ariane Fonseca, Bruna de Paula, Bruna Jardim, Carla Moura, Carolina Areco, Flávia Farias, Guilherme Colombo,Joselaine Costa, Leonardo Souza, Lívia Castro, Lívia Fernandes, Lucas Staut, Luiza Andrini, Mariana Nogueira, Samantha Natielli, Sara Alves,Soraia Alves, Stela Gonçalves,Talita Escobar, Thaís Nunes e Verônica Pessoti.

Direção Geral: Prof.ª Dr.ª Irmã Olga de SáVice-direção: Prof.ª Me. Irmã Raquel Retz

Editora geral: Prof.ª Me. Bianca de Freitas (MTB: 28876)

Projeto Gráfi co: Agência Experimenta ‒ Agência Integrada de Comunicação

Coordenação do curso de Comunicação Social:Prof. Me. Jeff erson de Moura

Colaborador de fotografi a:Prof. Me. Luis Antonio Feliciano

Revisão: Prof.ª Dr.ª Irmã Olga de SáProf.ª Me. Irmã Raquel RetzProf.ª Me. Neide Arruda

Prof. Me. Bianca de Freitas, editora geral do jornal

[In]Formação

Diagramação: Samantha Natielli

Apesar de ter se formado na área de Letras, de ter feito sua especiali-zação em Ensino de Espanhol pela PUC de São Paulo, de ter habilitação de Professora de Espanhol em Lín-gua Estrangeira pela Universidade de Salamanca (Espanha) e Mestrado em Linguística Aplicada pela Uni-tau, a verdadeira paixão de Renata Aparecida de Freitas, professora da FATEA há quatro anos, continua sendo a música.

“Aprendi a ler partitura antes de ser alfabetizada”, revelou a professora, que começou a estudar piano quan-do tinha apenas cinco anos. Depois disso não parou mais. Graduou-se em Regência de Coral pelo Conser-vatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro em 1980, e se tornou pro-fessora de teoria musical, harmonia vocal e instrumental, além de lecio-nar piano durante 20 anos.

Hoje, embora esteja mais voltada para o ensino de idiomas, especial-mente o espanhol, Renata continua a exercer a sua paixão, sendo regente do Coral da FATEA, o seu novo amor. Em entrevista para o [In]Formação, a professora conta como começou a tra-balhar com corais, do surgimento do Coral da FATEA e sobre como a música está presente em nossas vidas.

[In]Formação: Quando iniciou o seu primeiro coral?

Renata Freitas: O primeiro coral que regi era de Passa Quatro. Assis-ti a uma apresentação do grupo e uma de minhas primas participava. Perguntei a ela como fazer parte, e como eu sabia música, podia ajudar nos ensaios. O grupo tinha umas 20 pessoas. Quando a regente se afas-tou, pediram-me para assumir o co-ral. Ele era mantido pela prefeitura

da cidade, isso tem uns 20 anos...[In]Formação: Como surgiu a

ideia de criar o coral da FATEA? Quando começou?

Freitas: Quando entrei na FATEA, ensinava músicas da cultura espa-nhola para os alunos do Curso de Letras. Era um grupo grande, que gostava de cantar e estava sempre se apresentando. Surgiu, daí, a ideia de ofi cializar o grupo, fazer um tra-balho a quatro vozes. O Coral da FATEA passou a existir, ofi cialmente, a partir de novembro de 2006. Che-gamos a ter entre 25 e 30 cantores, mas hoje temos cerca de 15.

[In]Formação: Quantas apresen-tações já realizaram? Quais foram as mais marcantes?

Freitas: Nesse período de quase três anos fi zemos muitas apresen-tações, tanto na FATEA como nas cidades vizinhas. No Natal de 2007 apresentamos em Guará, no Shopping Buriti, em Canas e no Clube Comer-

cial de Lorena. As que mais marca-ram o grupo foram as aberturas dos Congressos da FATEA, em 2007 e agora em setembro de 2009.

[In]Formação: Quem pode parti-cipar do coral?

Freitas: Pessoas que tenham mu-sicalidade, ou seja, é preciso ter bom ouvido musical e ser afi nado. Se sou-ber ler música, melhor ainda, mas isso não é uma condição fundamental.

[In]Formação: Como funciona um coral?

Freitas: Um coral existe e funcio-na a partir do interesse e da dedica-ção do grupo que o compõe. Sem cantores, o regente não tem condi-ções de fazer nada. O cantor precisa ter disponibilidade para estar pre-sente nos ensaios e responsabilida-de com o compromisso assumido.

[In]Formação: O coral ajuda no desenvolvimento social das pesso-as? Por quê?

Freitas: Sim, porque desperta a

consciência de que aquilo que é im-possível para uma pessoa é possível para um grupo unido. Tivemos uma experiência recente que ilustra esse caso, na abertura do segundo Con-gresso. Éramos um grupo de 15, e a nós, juntaram-se mais 20. E assim é possível notar que cada um faz, sim, a diferença. E a convivência no grupo fortalece os laços de amizade e ensina a superar as difi culdades com base na união.

[In]Formação: É mais difícil can-tar sozinho ou cantar em grupo?

Freitas: Se a pessoa for afi nada e tiver desenvoltura, canta sozinha sem problemas. Em um coral é preciso, além de cantar, ter concentração, para não se deixar levar pela melodia das outras vozes. Portanto, creio que can-tar em grupo de vozes é mais difícil.

[In]Formação: A música tem o poder de despertar osc sentidos. Como é isso?

Freitas: A música tem o poder, por exemplo, de nos lembrar momentos vividos. Fica associada a eles. Toca as pessoas e as faz rir, chorar, parti-cipar. Tudo depende da música, da interpretação e do momento.

[In]Formação: A música é uma expressão da alma?

Freitas: Sim, pois a música é arte, e arte é expressão da alma. Por isso ela mexe com as emoções das pessoas.

[In]Formação: Qual é a importân-cia da música na vida das pessoas?

Freitas: Algumas precisam can-tar, tocar um instrumento para se sentirem completas, outras prefe-rem ouvir e assistir a apresentações musicais. Os gostos são variados, mas creio que ela está presente na vida de todas as pessoas, com im-portância diversa.

“Entre Aspas”• >>>P. 02

EDITORIAL

“Aprendi a ler partitura antes de ser alfabetizada”, destaca Renata Freitas

A FATEA está em destaque, nessa edição do [In]Formação. E não po-dia ser diferente, já que a Instituição acaba de sediar o 2º Congresso In-tegrado do Conhecimento e outros três eventos acadêmicos, que reuni-ram mais de mil pessoas.

Além disso, a turma de Comuni-cação ‘fez bonito’ em Curitiba, no In-tercom, o maior congresso da área, na América Latina, que contou com uma caravana de mais de 40 alunos da FATEA, sendo que seis apresen-taram trabalhos. Professores e ex-

alunos também mostraram sua pro-dução nos núcleos de pesquisa.

Isso tudo mostra o importante pa-pel da FATEA enquanto fomentadora da pesquisa, espaço essencial para o desenvolvimento profi ssional e aca-dêmico. Um jovem que pesquisa e que busca participar de congressos é um jovem curioso, inquieto, que quer saber sempre mais e que tem o olhar voltado para o novo, para a busca de respostas. E essas são ca-racterísticas do perfi l esperado dos profi ssionais no mercado hoje.

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CONGRESSO DA FATEA REúNE CulTuRA, EDuCAçãO E CiêNCiA

O evento discutiu os valores e as mudanças na sociedade contemporânea

Segundo Congresso Integrado do Conhecimento destaca valores, sociedade e mudança em mais de cem atividades

Samantha NatielliStela Gonçalves

Sara Alves

Paralelamente ao 2º Congresso In-tegrado do Conhecimento, a Fatea sediou o 2º Encontro de Educadores de ISS/FMA, nos dias 23, 24 e 25 de setembro. Representantes e profes-sores das faculdades das Irmãs Sale-

sianas se reuniram, com o intuito de refletir sobre os trabalhos realizados nas diversas instituições.

As expectativas para esse segun-do encontro foram superadas, apro-ximadamente 150 pessoas estive-ram presentes, sendo que 80 era o número esperado.

Segundo Pe. Pedro de Almeida Cunha, que coordenou o evento, o encontro tinha como objetivo a interação, a ampliação de conhe-cimentos e o aprofundamento de determinados temas. “Foi um mo-mento de troca em que os educa-dores da Fatea puderam expor seu trabalho vivenciado”, explica.

A programação foi extensa, con-tendo nove mesas redondas, que abordaram assuntos relacionados com o Ensino Superior. Dentre os temas estavam: Estágio remunera-do, Formação continuada, Ensino à distância e Iniciação científica.

Para a cerimônia de abertura es-tavam presentes as Irmãs: Maria Del Carmen Canales (Conselheira geral da FMA), Vilma S. Bertini (Presidente da Mantenedora) e Olga de Sá (Dire-tora Geral da Fatea).

O primeiro encontro foi realizado ano passado em Campos dos Goyta-cases (RJ). O próximo encontro será em Macaé (RJ).

[In]Foco • >>>P. 03

Privilegiando a pesquisa cientí-fica, o conhecimento, os relaciona-mentos e a cultura, a Fatea realizou nos dias 23, 24 e 25 de setembro, o “Segundo Congresso Integrado do Conhecimento”, com o tema ‘Socie-dade, valores e mudança’, reunindo mais de duas mil pessoas na facul-dade, durante o evento.

O evento, que acontece a cada dois anos, começou a ser planejado na se-gunda quinzena de janeiro , trazendo 104 palestras, 32 oficinas e três Confe-rências Gerais, reunindo profissionais e pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento.

Na abertura, que ocorreu no dia 23, às 19h, a diretora geral da Fatea, Irmã Olga de Sá elogiou a organiza-ção do evento, agradeceu a partici-pação dos congressistas e destacou a presença da Conselheira Geral da Pastoral Juvenil, do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – Irmã Maria Del Carmen Canales e da Pre-sidente da Entidade Mantenedora das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – Irmã Vilma Santoro Berti-ni, da Inspetoria Santa Catarina de Sena – São Paulo.

“É um prazer para todos nós rece-bermos nossas Irmãs Filhas de Ma-ria Auxiliadora, alunos, professores, coordenadores da Fatea e a todos que possibilitaram a realização deste evento”, disse irmã Olga.

A vice-diretora das Faculdades Integradas Teresa D´Ávila, Irmã Raquel Retz agradeceu às empre-sas que apoiaram o evento: Banco HSBC, Agência Experimenta, Ma-deireira do Trevo, Livraria Letras e Cia., Matos Digital, Lorenpet, Ciesp, Imprime, Inove, Vale TV, FIESP, Style, Olgber, CNA, Apolo Tubulars e BASF.

Juntos, o Prof. Me. Marcus Viní-cius, a Prof. Me. Pollyana Zappa e as Irmãs entregaram os troféus e o Selo de Empresa Parceira da Educação às empresas do Vale do Paraíba que disponibilizaram recursos para que o Segundo Congresso Integrado do Conhecimento acontecesse.

Como parte da cerimônia, o Te-nente Ávila, do 5° BIL (Batalhão de Infantaria Leve) de Lorena interpre-tou o Hino Nacional Brasileiro, acom-panhado de um violinista.

E, em todos os dias de Congresso, houve palestras, oficinas, Conferên-cia Geral e, também, eventos cultu-rais que aconteceram em diversas partes da Faculdade, como apre-sentação de corais, teatros, expo-sição de fotografia, poesia e piano, contação de estórias e amostra do Festival Gato Preto.

Um dos eventos mais prestigia-dos foi a Conferência Geral que teve como tema “Inovação e Humani-

dade Digital”, apresentada na noite de quarta-feira, 23, primeiro dia do Segundo Congresso Integrado do Conhecimento, pelo designer Gil Giardelli, reunindo 600 pessoas no Espaço Arte da Fatea.

“Inovação, coletividade e talento são, hoje, as características funda-mentais para o aperfeiçoamento das relações nas mídias sociais, há espaço para aqueles que possuem criatividade e não têm medo de ino-var na rede”, destacou Gil Giardelli, ao falar sobre os conteúdos dispo-nibilizados na Web.

No Congresso, também acon-teceram quatro eventos simulta-neamente: O Segundo Encontro dos Educadores, o VI Encontro de Iniciação Cientifica e IV Mostra de Pós-graduação. “A faculdade estava efervescente de conhecimento e de troca de experiências” destaca a responsável pela programação e lo-gística Pollyana Zappa.

Segundo Pollyana, as expectati-vas foram superadas e a participa-ção dos alunos e professores foi fun-damental para o sucesso do evento. “Com tantas possibilidades de ati-vidades, havia pessoas presentes em todas, no Encontro de Iniciação Científica, por exemplo, foram 350 trabalhos apresentados”.

E um desses trabalhos foi do aluno do 1º ano de Administração Eduardo Januzelli. “Fiquei ansioso, satisfeito e me senti realizado por ter concluído um projeto que exigiu de mim tanto esforço. Esse congresso somou mui-to para o enriquecimento do meu conhecimento” expressou Eduardo, que frisou que a experiência abriu novas perspectivas e possibilidades.

E este valor, também foi reconhe-cido por diversos alunos que partici-param do congresso como expressou a aluna do curso de Letras da Fatea, Thalliane Weber. “Um evento deste é importante para proporcionar aos alunos novos meios de se obter o conhecimento, novos contatos pro-fissionais, novas perspectivas; pro-porcionar à faculdade novos ramos do conhecimento, novas tecnologias apresentadas pelos palestrantes de fora” , destacou Thalliane, que disse ter adquirido uma visão mais ampla do mundo, do mercado de trabalho, uma formação acadêmica dinâmica e bem estruturada.

O 2° Congresso Integrado do Co-nhecimento foi o momento oportu-no para discussões e um marco para o desenvolvimento. O maior desafio de realizar um evento assim, segun-do a coordenadora de programa-ção, foi de fato a participação do público. “Os alunos são a causa do congresso”, disse a vice-diretora da Fatea, Irmã Raquel Retz.

Fatea promove o Segundo Encontro de Educadores de ISS/FMA

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Educação• >>>P. 04

NA FATEAD

COMUNICAÇÃO DA FATEA NO INTERCOM 2009

Com o objetivo de unir o univer-so dos veículos impressos e web, o jornal [In]Formação agora tem o seu próprio espaço na internet, o “[In]Formação On-line”.

Acesse!http://informacaojor.blogspot.com

Adaptando-se às novas tecnologias de comunicação, propiciadas pela in-ternet, o curso de Comunicação Social da Fatea cria o seu espaço no Twitter, propiciando aos alunos a integração entre conhecimento e interatividade, além da agilidade na informação.

Acesse: http://twitter.com/comunicaacao

DIF 2009: “Tribos Musicais” Luiza Andrini

Samantha Natielli

A contagem regressiva já começou e os alunos de Desenho Industrial es-tão atarefados, pois falta pouco para o DIF (Desenho Industrial Fashion) 2009, que neste ano acontecerá no dia 5 de

novembro, dia em que se comemora o Dia do Designer. Com o tema “Tribos Musicais”, os alunos do 2° ano de DI, que são os organizadores do evento, irão produzir as roupas do desfi le e toda a decoração do local.

O objetivo do DIF, segundo o co-ordenador do Curso de Desenho Industrial, Nelson Matias, é propor-cionar o envolvimento dos alunos do 2° DI com projetos, utilizando a linguagem visual, pensando na con-temporaneidade. “Os alunos devem produzir um evento, não só pelo evento, mas sim pelo conhecimento de todas as etapas”, ressaltou.

Ele lembra que o DIF está comple-tando oito anos. Ao longo do tempo, abordou muitos diferentes temas, tais como: materiais recicláveis, ma-térias primas oriundas do papel, etc. Cada ano é escolhida uma nova pro-posta e o professor une esse tema

de acordo com seus interesses.Segundo uma das organizadoras,

Camila de Moura, as tarefas são dis-tribuídas por grupos, e cada grupo tem um responsável que passa as informações para o representante geral, e assim há um controle das atividades de todos.

As roupas exibidas no desfi le são jul-gadas por uma comissão, formada por pessoas especialistas no tema, profi s-sionais da área de moda, artes plásticas e projetos. O vencedor ganha além dos prêmios dos patrocínios o reconheci-mento como o melhor projeto.

“É de grande importância os alunos participarem do DIF, pois exige bas-tante esforço e assim acabam adqui-rindo mais conhecimento. Eles têm que cuidar da iluminação, música, de-coração, da logística dos manequins, da confecção da roupa, entregar rela-tórios, etc.”, fi nalizou o Coordenador.

O DIF 2009 acontece dia 5 de novembro

No dia 30 de outubro acontece a premiação do Festival Gato Preto, que este ano completa a sua quin-ta edição. O Prêmio Gato Preto de Cinema premia os melhores curtas, documentários, animações e mini-curtas. Podem participar, amadores, profi ssionais, alunos e comunidade.

No ano passado, a premiação, que tem como jurados, representantes de renome nacional no meio artístico, contou com a participação de Mauro Alice, montador de Carandiru , do crí-tico de arte, Walter César Addeo e do cinéfi lo Joel Benedito Ramos.

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Alunos, professores e ex-alunos da Fatea apresentaram trabalhos nos núcleos de pesquisa do 32º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, organizado pela Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comu-nicação), que ocorreu em Curitiba (PR) entre os dias 4 e 7 de setembro deste ano. O evento é considerado o maior congresso de comunicação do país e, também, o maior encon-tro de pesquisadores e alunos de Comunicação da América Latina.

A Intercom é uma associação cien-tífi ca sem fi ns lucrativos fundada em São Paulo em 1977 e está integrada às redes internacionais de ciências da comunicação. Os congressos anuais da entidade representam uma importante mostra dos avanços do pensamento e das pesquisas científi cas no campo da comunicação. A programação abrange um conjunto de atividades que abran-ge os segmentos da vida acadêmica e profi ssional ligados à área.

Professores, alunos e pesquisado-res do Brasil e do mundo se reuniram na Universidade Positivo, em Curiti-ba (PR) para debater sobre o tema “Comunicação, educação e cultura na era digital”. Foram mais de cinco mil participantes do evento que uniu amostras de trabalhos científi cos, palestras, grupos de pesquisa, ofi ci-nas, mesas redondas, apresentações culturais, debates, mesas redondas, ofi cinas, lançamentos de livros entre outras atividades.

As alunas do 3° ano de Jornalis-mo da Fatea, Ariane Fonseca e Lívia Fernandes apresentaram o trabalho “Convergência Midiática no Portal Canção Nova: um estudo de caso“, Talita Escobar, Sara Alves e Joselai-ne Costa apresentaram a pesquisa “Folkcomunicação: a cobertura das manifestações populares no caderno Vale Viver, do jornal Valeparaibano“.

Para a aluna Talita Escobar, a impor-tância de se participar de um evento como este, refl ete não só na sua vida

acadêmica como no seu currículo profi ssional: “É muito importante apresentar trabalhos reconhecidos pela Intercom, uma das maiores re-presentantes da Comunicação no país, pois além de divulgar as minhas pesquisas, contribui para um diferen-cial no mercado de trabalho”, diz.

O Prof. Dr. Fábio Corniani, que mi-nistra aulas para Publicidade e Propa-ganda na Fatea e a Prof. Ms. Bianca de Freitas, professora do curso de Jorna-lismo, apresentaram trabalhos na Di-visão Temática de Folkcomunicação, uma área da comunicação que estu-da os processos comunicacionais, a partir das manifestações populares.

A ex-alunas da Fatea, Agnes de Souza Arruda, Cristina Leite Fernan-des (2005), Tatiane Carvalho (2005) e Aline Neto (2003), também formadas em Jornalismo, apresentaram seus trabalhos de mestrado.

Para o coordenador do curso de Co-municação Social da Fatea, Jeff erson de Moura, a participação no Intercom destaca o avanço do curso nas pes-quisas em comunicação no país: “os alunos, professores e ex-alunos de Co-municação Social da Fatea têm se des-tacado cada vez mais diante da comu-nidade científi ca e a participação deles no Intercom deste ano refl ete não só o comprometimento com o mercado de trabalho, como também, com a ciência, importante para o desenvolvimento teórico e refl exivo diante da profi ssão”.

Os trabalhos completos dos alu-nos e professores da Fatea no 32° Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação estão disponíveis nos Anais do Congresso, publicado no site ofi cial do evento: http://www.intercom.org.br

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Alunos de Comunicação participam do Intercom 2009, em Curitiba (PR)

Fatea comemora o Dia da Respon-sabilidade Social no Lar dos Vicenti-nos, em Lorena, no dia 26 de setem-bro, com atividades envolvendo alunos dos cursos de Letras, Pedago-gia, Desenho Industrial, Jornalismo e Educação Artística. A ação da Fatea foi organizada pelo Next - Núcleo de Extensão Universitária.

Page 5: Jornal [in]Formação 7ª edição 2009

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Coord. de Comunicação, Jefferson Moura, elogia professores e alunos pela conquista

Abandono de animais é caso de saúde públicaAlexandre Silva

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Abandonados nas ruas, animais passam fome, sofrem maus tratos, transmitem doenças e causam aci-dentes de trânsito. Estão nas ruas pelos mais variados motivos, porque já nasceram de cães abandonados, porque seus antigos donos muda-ram e não os levaram junto, porque ficaram doentes, ou porque cresce-ram mais que o esperado.

Estima-se que na cidade de São Paulo são exterminados mais de 20 mil animais por ano. A captura, a guarda e o extermínio destes geram despesas às prefeituras.

“No Vale do Paraíba são poucas as entidades que olham por esses ani-mais” afirma a veterinária Ana Maria Ferreira. Um dos principais aspectos que geram o abandono de animais é o fator financeiro. Muitas famílias ado-tam cães e gatos, e quando percebem que eles têm um custo de manuten-ção alto, acabam os abandonando nas ruas, praças, parques e até bueiros.

A dona de casa Agostinha da Cos-ta, de 55 anos, de Roseira, ficou indig-nada com a falta de humanidade da

pessoa que abandonou três gatinhos num bueiro da cidade de Guaratin-guetá. Ela tentou, durante todo o dia, encontrar alguém que pudesse tratar ou adotá-los. Sem sucesso, ela resolveu ficar com os gatinhos que estavam com muita fome e apre-sentavam maus tratos. Ela disse que telefonou para a prefeitura e entida-des que cuidam de animais, mas nin-

guém se interessou pelo caso. “Estou mais tranqüila porque eles tomaram leite, e conseguimos colocá-los den-tro de uma caixa e ficaram protegi-dos”, afirma a dona de casa.

Outro fator preocupante nesses casos é a famosa carrocinha, nome popular dado aos veículos que os ca-nis municipais ou os Centros de Con-trole de Zoonoses usam para captu-

rar animais. As instalações da maioria desses canis são precárias e esse fato, por si, já configura maus tratos aos animais apreendidos. O cambão, instrumento usado para laçar os animais, quando usado por pessoal sem preparo pode deslocar o maxi-lar, quebrar dentes ou mesmo causar danos na coluna, fraturas nas patas e até mesmo a morte do animal.

O abandono de animais, além de ser um ato criminoso e cruel tam-bém traz diversas conseqüências para a população, tais como: proli-feração desenfreada de animais de rua, doenças como sarna, pulgas, carrapatos, vermes, raiva etc.

Praticar maus-tratos contra ani-mais é crime previsto no art. 3º do Decreto Federal 24.645/34 e no Art. 32 da Lei Federal 9.605/98, e a pena são detenções de três meses a um ano e a multa é de R$ 500 a R$ 2 mil. A guarda responsável pressupõe alimentação, banho, vacinação, além de abrigo, já que a legislação sanitária proíbe que animais per-maneçam nas ruas.

Cerca de 20 mil animais são exterminados por ano, na cidade de São Paulo

Samantha Natielli

Todos os anos, o Guia do Estu-dante, publicado pela Editora Abril, avalia os cursos superiores de todo o Brasil, diferenciando-os por estrelas, que se referem à qualidade do curso. Além disso, o guia oferece um selo de qualidade, que pode ser utilizado pela instituição para comunicação e divulgação. E em 2009, o curso de Comunicação Social com habilita-ção em Rádio e TV e fonoaudiolo-gia da Fatea conquistam 3 estrelas, destacando-se entre os melhores cursos do país.

O Guia do Estudante é um guia que reúne os cursos brasileiros mais conceituados. No início do ano, um formulário com questões que vão desde a infraestrutura oferecida aos

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alunos à titulação dos professores é enviado às faculdades para que o co-ordenador de cada curso preencha.

“Estar entre as melhores faculda-des brasileiras com o curso de RTV é um reconhecimento pelo empe-nho e esforço da coordenação, dos professores, direção e dos alunos, principal motivo do nosso traba-lho”, destaca o prof. Me. Jefferson de Moura, coordenador do curso de Comunicação Social da Fatea.

O curso de RTV será citado na publicação GE Melhores Universi-dades 2009.

Guia do Estudante destaca cursos da Fatea

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Viver Bem• >>>P. 06

QUANDO O ESPORTE É PREJUDICIAL À SAÚDELeonardo Souza

Prática de esportes coletivos sem orientação profissional é comum aos veteranosLe

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Práticar esportes sem orientação pode prejudicar à saúde e o hábito é comum entre atletas amadores

O cronômetro apontava os quinze minutos do segundo tempo no Está-dio General Affonseca, em Lorena. O passe da intermediária encontrou o camisa 14 da equipe Campo Novo. O chute, interceptado pelo goleiro, ba-lançou as redes no segundo toque. Era o primeiro gol de João Golob, o João da Casa Carioca, que foi ova-cionado pelo pequeno público que acompanhava mais um Campeonato de Futebol Máster do Esporte Clube Hepacaré. A partida prosseguiu, mas, Seu João não. Ao atravessar o campo para dar combate à jogada adversá-ria, o veterano atleta caiu, no auge de seus 65 anos, vítima de um ataque cardíaco. O tempo parou naquela tar-de nublada de 31 de março de 2008.

Assim como João Golob muitas pessoas mantêm o habito de prati-

car atividades físicas sem orientação profissional. Segundo pesquisa rea-lizada pela Secretaria de Estado da Saúde, em 2007, 68% das pessoas que se exercitam regularmente ou participam de algum esporte recre-ativo em São Paulo não procuram ajuda profissional. A falta de orienta-ção é maior entre o sexo masculino: 74% dos homens se exercitam sem acompanhamento. Entre as mulhe-res, o índice foi de 56%.

Para a professora de Educação Física, Renata Barros, esportes pra-ticados sem o devido preparo, po-dem sobrecarregar o organismo, causando desde lesões simples como uma tendinite, até o agrava-mento de uma patologia cardiovas-cular. “A grande preocupação é que muitas pessoas levam uma vida se-

dentária no dia a dia e no final de semana exigem do organismo al-gumas valências físicas que não são trabalhadas habitualmente como força, velocidade e resistência”.

A orientação dos especialistas é que as pessoas que não dispõem de muito tempo para a prática de exercí-cios, alternem as atividades recreati-vas com as aeróbicas. “Quem dispõe de apenas um dia para recreação, como uma partida de futebol no fim de semana, por exemplo, deve prati-car uma atividade aeróbica simples, como musculação ou uma caminha-da na esteira, para equilibrar o gasto de energias do corpo e evita os ris-cos a saúde”, revela Barros.

A prática de exercícios, conforme sua intensidade, provoca o aumento do rit-mo dos batimentos cardíacos e do vo-lume respiratório exigido pelo organis-mo. No caso de Seu João, por exemplo, o excesso de energia gasto na partida de futebol causou o aumento da força de contração do coração em um perí-odo muito curto, acarretando um au-mento excessivo da pressão arterial e posteriormente a parada cardíaca.

Para evitar o surgimento de do-enças ou o agravamento de uma patologia já existente, o médico cardiologista, Ernesto Neto, explica que o atleta deve estar condiciona-do e ser orientado sobre o esporte mais adequado para seu organismo. “Para praticar uma atividade física, o paciente precisa de uma avaliação médica prévia, principalmente com testes ergométricos e cardiovascula-

res, nos quais é analisada a carga de exercícios permitida”.

Ainda segundo o especialista, a pratica de exercícios somente uma vez por semana não é recomendada. “O atleta deve lembrar, sempre, que até para jogar futebol tem que exis-tir o condicionamento, mesmo que seja em uma brincadeira. É compli-cado, pois a pessoa não faz nada a semana inteira e, no fim de semana, pratica duas, três horas de uma ativi-dade de intenso desgaste físico”.

Atletas amadores devem estar atentos a algumas manifestações do corpo, que indicam esforço inade-quado, como rosto muito vermelho durante a atividade e dores muscu-lares, de coluna e nos joelhos. Outras preocupações devem ser a alimenta-ção e a reposição liquida do organis-mo, pois durante a pratica esportiva o suor é liberado e a falta de nutrien-tes pode causar a desidratação.

Consciente dos riscos da prática do futebol durante o calor intenso, o atacante veterano, Paulo Ferreira, de 55 anos, passa pelo médico re-gularmente e mantém o hábito de ingerir água a cada lance de perigo. “Deixo a garrafa de água atrás do gol adversário e sempre que arris-co uma jogada ofensiva paro para matar a sede. Aqui, devo respeito ao médico e ao meu treinador”, brincou Paulinho, atleta conhecido pelos campos de Lorena, que além do futebol aos sábados pratica ca-minhada durante a semana.

Compras pela internet ganham confiança do consumidorLivia Castro

Com a facilidade que a internet proporciona, ficou mais prático fa-zer compras sem sair de casa. Mas, é preciso muito cuidado com a se-gurança e a procedência dos sites na internet. De acordo com alguns dados divulgados pela empresa de consultoria e-bit, só no primeiro se-mestre de 2009, o faturamento das compras online foi de R$ 4,8 bilhões, um crescimento de 27% comparado ao mesmo período de 2008.

Segundo os dados do IBOPE Onli-ne, os sites de comércio eletrônico já fazem parte da navegação de mais de dois terços dos internautas brasileiros, e até o final do ano, a expectativa é que o número de consumidores chegue a 17 milhões. Cerca de 15,2 milhões de brasileiros já fizeram compras via in-ternet, ao menos uma vez.

O militar Rodrigo Lopes Silva é a prova de que, com segurança, fazer compras na internet pode ser mais

prático. “Eu só compro em sites se-guros e que eu conheço, mas o que eu prezo mesmo é a comodidade, faço tudo pela internet: compras, pagamentos e consultas em banco. É tudo mais fácil”, conta.

Existem dois tipos de lojas na internet: as nativas - que vendem somente online, como a Sack’s e o Submarino; e as de tijolo e também online - que são aquelas que pos-suem lugar fixo, mas também ven-dem pela internet, como as Lojas Americanas, Ponto Frio etc.

Sabe-se que grande parte do pú-blico que compra na internet é mais exigente que os demais. Fazem, na maioria das vezes, cotação de pre-ços, optam por sites mais seguros e verificam sempre o prazo de entre-ga. Um dado interessante divulgado pela e-bit é que a classe C represen-ta 59% das pessoas que compram pela internet, arrecadando R$ 431

milhões apenas no primeiro semes-tre de 2009, ou seja, 10% de todo fa-turamento em compras online.

Para a analista de sistemas, Ava-nise Regina Oliveira, a grande van-tagem de comprar pela internet é o preço e a facilidade em achar produ-tos. “Em datas comemorativas tudo fica em promoção, então prefiro comprar na internet. Um outro fa-tor é que aqui, na região do Vale do Paraíba, eu não tenho fácil acesso a alguns produtos, e na internet eu acho tudo”, explica.

Mas, na internet, todo cuidado é pouco. Antes de fechar qualquer pe-dido pela rede, é recomendável que seja feita uma pesquisa sobre a loja, sua política de privacidade, formas de pagamento e sua idoneidade em órgãos de defesa do consumi-dor. Confirme também dados como o seu CNPJ na página da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.

br). Sites de grandes redes de vare-jo costumam ter conexões seguras com cadeado de proteção e páginas criptografadas.

Algumas pessoas ainda preferem as compras tradicionais, direto na loja. Para a auxiliar administrativa, Graciela de Freitas Ribeiro, ver o pro-duto e escolher a dedo, traz mais se-gurança e satisfação. “Eu nunca me interessei por esse tipo de compra, eu prefiro ver o produto na minha frente do que escolher por meio de fotos na internet”, declara.

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Comportamento • >>>P. 07

CRIANÇAS ESTÃO DESAPRENDENDO A BRINCAR Talita Escobar

Jogos eletrônicos e internet substituem as velhas brincadeiras infantis

Brincadeiras infantis tradicionais são trocadas pelo videogame e pelo computador

Com o Dia das Crianças se apro-ximando, muitos pais começam a pesquisar nas lojas os pedidos de presentes feitos pelos filhos. E não é uma surpresa quando se constata que a grande maioria dos pedidos se refere a brinquedos eletrônicos.

Essa realidade já pode ser vista no cotidiano das famílias há alguns anos, graças ao “boom” da tecnologia. Des-de então, o mercado de brinque-dos tenta criar novidades cada vez mais sofisticadas e elaboradas para as crianças do século XXI. Mas, com tanta variedade de entretenimentos eletrônicos, os pequenos acabam entrando no mundo tecnológico de forma cada vez mais precoce, e as antigas brincadeiras praticadas pelos pais são mais facilmente esquecidas. É o caso de Neemias Amaro, de seis anos de idade, que espera ganhar no Dia das Crianças um Playstation 3 ou um PSP (playstation portátil). “Jogar videogame é a minha brincadeira preferida”, disse enquanto jogava Star Wars em seu Playstation 2.

Segundo uma pesquisa realizada em fevereiro de 2007 pelo Ibope/NetRatings, cerca de 1,35 milhão de crianças brasileiras, de seis a 11 anos, utilizam diariamente a Internet, per-manecendo, por mês, mais de 15 ho-ras e 26 minutos conectadas. Outros números levantados pela pesquisa é que desses internautas, 64% usavam comunicadores instantâneos, 61% acessavam buscadores, 53% acessa-vam portais e comunidades virtuais e 37% usavam media players.

Assim, enquanto as crianças de

antigamente brincavam de ama-relinha, pega-pega, cabra-cega e passa anel, as de hoje passam cada vez mais tempo na frente de um computador, de uma televisão ou se entretendo com brinquedos eletrô-nicos. “Isso fez com que as crianças atuais se socializem menos com ou-tras crianças e com que perdessem o hábito saudável de brincar de outras brincadeiras”, explicou a pedagoga Margarida Bouzan Guimarães.

Para ela, as brincadeiras infantis são um fator fundamental para o desenvolvimento das aptidões fí-sicas e mentais da criança, sendo um agente facilitador para que esta estabeleça vínculos sociais com os

seus semelhantes, descubra sua personalidade e aprenda a viver em sociedade. Desta forma, o excesso de tempo reservado às novas tec-nologias acaba sendo prejudicial. “As novas gerações buscam estas atividades justamente por que têm que ficar dentro de casa e, em geral, sem ter um adulto para orientar suas atividades. Os próprios adultos se acomodam e até gostam de ver seus filhos entretidos no computador... sem ‘perturbar’”, revelou.

Geraldo e Neila Amaro até ensina-ram algumas brincadeiras tradicio-nais para Neemias, como soltar pipa, peão e pular corda, mas a diversão predileta do pequeno continua a ser o videogame. “A diferença da nossa geração para a geração de hoje, é que antigamente, a maioria das nos-

sas brincadeiras era com as crianças da rua. Nós não ficávamos dentro de casa, como as crianças hoje ficam por causa do trânsito e da violência, era uma outra realidade”, disse Geraldo.

De acordo com a presidente do Museu Frei Galvão, Thereza Maia, formada em pedagogia, além da tec-nologia, a atual geração de crianças não conhece as brincadeiras infantis tradicionais muitas vezes pelos pró-prios pais não ensinarem, e pela falta de um espaço apropriado. “Hoje em dia muitos pais alegam que não têm tempo de brincar com seus filhos e passar essa cultura. E também com o aumento da violência, as crianças não brincam mais nas ruas e não se relacionam com os vizinhos, o que colabora para o desconhecimento das antigas brincadeiras”, alegou.

Para que as crianças possam ex-pandir o seu conhecimento, é que o Museu Frei Galvão está promovendo, desde o mês de agosto, a exposição “Brinquedos e Brincadeiras Infantis”. Nela é possível encontrar, na parte es-crita, pesquisas sobre os brinquedos e as brincadeiras do Vale do Paraíba. Na parte visual, estão expostos vá-rios brinquedos, como pipas, peões, bonecas de palha, ioiôs, cordas, boli-nhas de gude, bonecas de pano, car-rinhos de lata, petecas, entre outros. A exposição permanecerá no museu até o final do mês de outubro, e pode ser visitada das 9h às 11h e das 13h às 17h. A entrada é gratuita.

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Brincar é preciso

Exposição

Obesidade infantil: um mal contemporâneoCarolina Areco

Estudante do 6ª ano do ensino fun-damental, Ana Paula Rocha, de 11 anos, convive há pelo menos quatro anos com o sobrepeso e as consequências naturais que o problema oferece, prin-cipalmente no ambiente escolar. “Sofro preconceito de meus amigos, que fa-

lam: “olha sua barriga, você é gorda!”, relata a garota, que pesa 55 kg, distri-buídos em 1,48 metros de altura.

Mas, Ana não está sozinha. Ela faz parte de um grupo estimado em 155 milhões de jovens que apresentam excesso de peso em todo o mun-

do, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, os números também preocupam. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o país apresenta 6,7 milhões de crianças com esse problema, um aumento de 12% nos últimos 30 anos.

Entre as principais causas desse quadro está o sedentarismo. Crianças antes habituadas a brincadeiras que exigiam do corpo, como bonecas, fu-tebol e gincanas, atualmente se diver-tem sem esforço físico, privilegiando a interatividade digital em detrimento do contato pessoal. Televisão, compu-tador, celular e videogame são as ati-vidades preferidas, numa ciranda em que o mundo adulto se antecipa e vira realidade infantil.

O sedentarismo aliado à má alimen-tação é a fórmula ideal para a geração da obesidade na infância. Salgadi-nhos, balas, sorvetes e outros produ-

tos industrializados são companhei-ros das crianças do recreio na escola à mesa de jantar em casa.

Isso, somado à propensão genética faz com que sérios problemas cardio-vasculares apareçam cada vez mais cedo nos consultórios. “Hoje a gente encontra crianças obesas, com coles-terol elevado, pressão alta e diabetes. São complicações que, se não acon-tecerem na infância, vão ocorrer no futuro” afirma o pediatra dr. Maurício Lobosco Werneck. “É importante não acostumar o filho com refrigerantes, doces, açúcar em excesso, frituras. Na verdade, a mãe não poderia nem ter isso dentro de casa”, instrui. É impor-tante, também, tomar cuidado com o que as crianças comem na escola.

Por fim, as velhas e boas brinca-deiras seriam bem-vindas. Nesse caso, a orientação é simples: pular corda, pega-pega, esconde-escon-de, empinar pipa.

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Estima-se que 155 milhões de jovens apresentem excesso de peso, segundo OMS

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PAGADORES DE PROMESSASAriane Fonseca

Peregrinos viajam para cumprir promessas à Nossa Senhora Aparecida; comércio da cidade lucra com turistas

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O Santuário Nacional espera superar os 890 mil visitantes de 2008

Velas nas mãos, sorriso nos lábios e olhos atentos. Esse é o tipo de pes-soa mais encontrada em Aparecida no mês de outubro. Vindos de todos os cantos do Brasil, muitos peregri-nos viajam quilômetros de distância para visitar o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida a fim de agradecer as graças alcançadas. O alívio espiritual encontrado na cida-de pelos fiéis também é motivo de alegria para os comerciantes, que lo-tam as ruas do pequeno município nesta época do ano.

Pamella Indaiá de Souza, de 22 anos, e Fabio Seabra da Silva, de 26, são apenas dois dos mais de 137 mil peregrinos esperados no dia 12, data na qual se comemora o dia da padroeira do país. A jovem paulis-tana e seu namorado vão levar uma camiseta oficial do curso de Educa-ção Física de Fabio à santa para agra-decer o ingresso no curso superior pelo Prouni (Programa Universidade para Todos). Por dois anos, ele ten-tou a bolsa, custeada pelo governo federal, mas não conseguiu.

Em fevereiro deste ano, Pamella, que participa ativamente da Igreja na pastoral da catequese e é devota de Nossa Senhora Aparecida, resolveu recorrer à santa para ajudar o namo-rado. “Ele não passou nem na 1ª nem na 2ª chamada. Vendo como estava triste com a situação, fiz a promessa.

A graça foi tão maravilhosa que ele foi o único aluno a passar na 3ª fase, com bolsa de 50%. Além disso, Fábio ainda foi premiado, após três meses de curso, com uma oportunidade de estágio, algo raro para calouros, tes-temunha a estudante que já conhece o Santuário Nacional.

Segundo o cientista da religião e especialista em Bíblia, Denis Duarte, o ato de pagar promessas tem ori-gens anteriores a Cristo. Já no Anti-go Testamento, há vários textos que remontam ao ato de agradecer uma graça alcançada. O salmo 66 é um exemplo: “Entro em tua casa com

holocaustos, cumpro meus votos feitos a ti, os votos que meus lábios pronunciaram e minha boca prome-teu, na minha angústia”.

Duarte afirma ainda que, além da intenção do agradecimento por uma graça alcançada, no Catolicismo, as promessas têm a função de apro-ximar o homem do Ser Divino. “Ela deve ter como finalidade principal aproximar o fiel de sua divindade, afervorar na pessoa o desejo dessa aproximação por meio da oração, provocando nele uma vontade de uma relação mais íntima com Deus”, explica o estudioso.

Aproveitando a visita dos turis-tas, quem se alegra em receber os pagadores de promessas são os co-merciantes. De terços a cortadores de batata, o peregrino encontra de tudo nas barracas espalhadas pelo centro da cidade e no entorno da Basílica. Mesmo funcionando du-rante todo o ano, segundo os am-bulantes, é no mês de outubro que o lucro é maior.

De acordo com a proprietária da ‘Casa da Bíblia’, loja de arte sacra e artigos religiosos do Shopping Apa-recida, Lúcia Marins, o faturamento nesta época do ano cresce cerca de 30% a mais do que nos demais me-ses. “O objeto mais vendido são as imagens de Nossa Senhora Apareci-da e lembrancinhas como chaveiro que tem a imagem da padroeira”, diz Lúcia, que trabalha cerca de 12 ho-ras por dia na alta temporada da fé.

As atividades em comemoração a Festa de Nossa Senhora Apareci-da começam no dia 1º de outubro e terminam apenas no fim do mês. Na programação para os peregri-nos, estão novenas, celebrações de missas e pregações. O Santuário Nacional espera superar a marca de visitantes alcançada em 2008, que chegou a 890 mil.

Comércio