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JUAZEIRO DO NORTE/CE, DEZEMBRO DE 2013 - ANO VIII - NÚMERO 43 Oito anos do Jornal Nação Romeira Por Beto Fernandes H á oito anos era editada a primeira edição do Jornal Nação Romeira tendo como missão inicial prestar uma homenagem ao inesquecível Monsenhor Mu- rilo de Sá Barreto, o Vigário do Nordeste. Foi uma edição histórica especial para retra- tar um pouco da rica história evangelizadora do sacerdote responsável pelo acolhimen- to na imensa Nação Romeira da Mãe das Dores e do Padre Cícero Romão Batista. Olhando para trás é preciso reconhecer a inicia- tiva do amigo do Monsenhor Murilo, João Barbosa, e as valorosas colaborações de Estevão Rodrigues, Álbis Fi- lho e do próprio João Carlos Menezes Barbosa, o Joca, que ainda hoje está na labu- ta de editar o informativo. Relembrar o início do Nação Romeira nos remete a dor da separação do nosso Monsenhor Murilo, mas nos faz entender que a comu- nidade católica ganhou um informativo impresso onde são divulgadas ações das pa- róquias da Diocese de Crato, adversidades e conquistas e, principalmente, de ser um canal onde a pauta perma- nente é a reabilitação das ordem sacerdotais do padre Cícero Romão Batista. Quando o idealizador da homenagem a Monsenhor Murilo, João Barbosa, par- tiu para o “Oriente Eterno”, deixou um pedido para que seus filhos e netos no sentido de que jamais deixassem de lutar, no campo das ideias, por este propósito que é de todos os humildes irmãos ro- meiros e romeiras que para o Juazeiro do padre Cícero se deslocam anualmente para renovar seus votos e comprovar a sua fé em Cris- to. “O Juazeiro, antes de ser do Norte, é do padre Cícero. O Juazeiro é dele e de to- dos os romeiros e romeiras que o consideram um santo no coração”, disse-me certa vez João Barbosa, numa das inúmeras vezes que entrei na Fundação Memorial Padre Cícero, quando era presiden- te, para cumprimentá-lo. Assim é que temos, com a expressiva ajuda de importantes colaboradores como Renato Dantas, Rena- to Casimiro, Daniel Walker, Maria do Carmo Pagan For- ti, José Carlos dos Santos, Océlio Teixeira de Sousa, padre João Carlos Perini e João Possiano, dentre ou- tros, temos levado a frente esta árdua, porém ao mes- mo tempo prazerosa missão de informar a comunidade católica. Aqui temos trabalha- do na conscientização de todos para bem receber e acolher a cada romeiro inde- pendente da festa religiosa anual. O Juazeiro do Padre Cícero é uma Terra Santa e como tal deve receber sem- pre da melhor forma possível aos que para cá se deslocam buscando o norte de suas vidas. No Nação Romeira temos buscado defender a Igreja de críticas destrutivas e exageradas e absorvido as construtivas como forma de ajudar no processo de evan- gelização cristã, muitas ve- zes fazendo de forma direta este alerta. Assim é tempo de agradecer. A cada pioneiro e colaborador, aos anuncian- tes que tornam possível esse encontro mensal há 43 me- ses. Mas, fundamentalmen- te, obrigado a você amigo leitor, católico ou não, que vê em nosso informativo um arauto da Igreja Católica Apostólica Romana. Viva a nossa Igreja. Viva o grande Monsenhor Murilo. Vila o Jornal Nação Romeira. Viva nossa Mãe das Dores e o Santo Padim Pade Ciço. Obrigado. Beto Garcia, um caririense construtor e devoto do Padre Cícero PAGINA 3 O sindicalista e vereador Antonio Cledmilson Vieira Pinheiro PAGINA 5 Pedro Lobo, um líder comunitário movido pela fé PAGINA 8 DESTAQUES

Jornal Nação Romeira - Edição 43

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Edição 43 do Jornal Nação Romeira editado em Juazeiro do Norte (Ce). Contatos: [email protected]

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Page 1: Jornal Nação Romeira - Edição 43

JUAZEIRO DO NORTE/CE, DEZEMBRO DE 2013 - ANO VIII - NÚMERO 43

Oito anos do Jornal Nação Romeira

Por Beto Fernandes

Há oito anos era editada a primeira edição do Jornal Nação Romeira

tendo como missão inicial prestar uma homenagem ao inesquecível Monsenhor Mu-rilo de Sá Barreto, o Vigário do Nordeste. Foi uma edição histórica especial para retra-tar um pouco da rica história evangelizadora do sacerdote responsável pelo acolhimen-to na imensa Nação Romeira da Mãe das Dores e do Padre Cícero Romão Batista.

Olhando para trás é preciso reconhecer a inicia-tiva do amigo do Monsenhor Murilo, João Barbosa, e as valorosas colaborações de Estevão Rodrigues, álbis Fi-lho e do próprio João Carlos Menezes Barbosa, o Joca, que ainda hoje está na labu-ta de editar o informativo.

Relembrar o início do Nação Romeira nos remete a dor da separação do nosso Monsenhor Murilo, mas nos faz entender que a comu-nidade católica ganhou um informativo impresso onde são divulgadas ações das pa-róquias da Diocese de Crato, adversidades e conquistas e, principalmente, de ser um canal onde a pauta perma-nente é a reabilitação das

ordem sacerdotais do padre Cícero Romão Batista.

Quando o idealizador da homenagem a Monsenhor Murilo, João Barbosa, par-tiu para o “Oriente Eterno”, deixou um pedido para que seus fi lhos e netos no sentido de que jamais deixassem de lutar, no campo das ideias, por este propósito que é de todos os humildes irmãos ro-meiros e romeiras que para o Juazeiro do padre Cícero se deslocam anualmente para renovar seus votos e comprovar a sua fé em Cris-to. “O Juazeiro, antes de ser do Norte, é do padre Cícero. O Juazeiro é dele e de to-dos os romeiros e romeiras que o consideram um santo no coração”, disse-me certa vez João Barbosa, numa das inúmeras vezes que entrei na Fundação Memorial Padre Cícero, quando era presiden-te, para cumprimentá-lo.

Assim é que temos, com a expressiva ajuda de importantes colaboradores como Renato Dantas, Rena-to Casimiro, Daniel Walker, Maria do Carmo Pagan For-ti, José Carlos dos Santos, Océlio Teixeira de Sousa, padre João Carlos Perini e João Possiano, dentre ou-tros, temos levado a frente esta árdua, porém ao mes-

mo tempo prazerosa missão de informar a comunidade católica.

Aqui temos trabalha-do na conscientização de todos para bem receber e acolher a cada romeiro inde-pendente da festa religiosa anual. O Juazeiro do Padre Cícero é uma Terra Santa e como tal deve receber sem-pre da melhor forma possível aos que para cá se deslocam buscando o norte de suas vidas. No Nação Romeira temos buscado defender a Igreja de críticas destrutivas e exageradas e absorvido as construtivas como forma de ajudar no processo de evan-gelização cristã, muitas ve-zes fazendo de forma direta este alerta.

Assim é tempo de agradecer. A cada pioneiro e colaborador, aos anuncian-tes que tornam possível esse encontro mensal há 43 me-ses. Mas, fundamentalmen-te, obrigado a você amigo leitor, católico ou não, que vê em nosso informativo um arauto da Igreja Católica Apostólica Romana.

Viva a nossa Igreja. Viva o grande Monsenhor Murilo. Vila o Jornal Nação Romeira. Viva nossa Mãe das Dores e o Santo Padim Pade Ciço. Obrigado.

Beto garcia, um caririense construtor e devoto do Padre Cícero

PAgINA 3

O sindicalista e vereador Antonio Cledmilson Vieira Pinheiro

PAgINA 5

Pedro Lobo, um líder comunitário movido pela fé

PAgINA 8

DESTAQUES

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Juazeiro do Norte(CE), Dezembro de 20132

“QUE MARAVILHA! A CAPELINHA SE TORNOU BASÍLICA”

“O Papa nos ama!”, vi-brante, gritava dom Fernando Panico, aos 20 de maio de 2008, diante da Praça do Socorro, cheia de romeiros para a tradi-cional “Missa do dia 20”. O bispo do Crato, alegre e sorridente, explicava aos fieis: “A capelinha do Padre Cícero será Basílica Menor. Nossa Senhora das Dores será uma Basílica do Papa. Nin-guém então poderá mais chamar de “fanáticos” os romeiros do Pa-dim e da Mãe das Dores. Agora é lógico chamá-los de “católicos”. Católicos que caminham com o Papa! Católicos que guardam a sua fé católica com orgulho!” Nos dias da elevação a Basílica da igreja construída pelo Padre Cícero, comentando o acon-tecimento o Professor Antônio Renato Casimiro, com emoção, escreveu: “Emerge, com vigor e esperança, este novo sinal de uma Basílica que sinaliza com a próxima e esperada reabilitação do Padre Cícero, numa reconci-liação com os romeiros da Mãe das Dores, a quem se deve tudo

isto que somos hoje em dia.” Aos 15 de setembro de 2008 o Santuário Diocesano de Nossa Senhora das Dores foi elevado a Basílica Menor, com a participa-ção do representante de Bento XVI, o núncio apostólico do Bra-sil, Dom Lourenço Baldisseri. A homilia do prelado verteu sobre todos aqueles santos, que a Igre-ja ainda não reconheceu oficial-mente. E acrescentava, “como o Padre Cícero Romão Batista”. Um aplauso vibrante da parte da numerosa assembléia! O prelado continuava: “O povo pode já de agora seguir os bons ensinamen-tos destes santos não canoniza-dos, esperando, com paciência, o juízo solene da Igreja.” Na sacristia o núncio acrescentava ainda: “Vou fazer tudo o que é ao meu alcance para ajudar dom Fernando na Reabilitação de Pa-dre Cícero”.

“QUERO ACELERAR A REABILITAÇÃO DO PADRE CÍCERO!”

Durante a visita dos bis-pos de 2009 ao Papa o presiden-te do Regional Nordeste 2, da Conferência Nacional dos Bispos

do Brasil (CNBB), dom Antônio Muniz Fernandes, arcebispo de Maceió, dirigiu uma saudação ao Santo Padre. Saudação que cul-minou com um pedido: “Neste contexto de missão, gostaríamos de humildemente pedir à Santa Mãe Igreja a reabilitação canôni-ca do Padre Cícero Romão Batis-ta e a Canonização do Apóstolo da Caridade o Padre Ibiapina”. Dom Fernando, bispo do Crato, naqueles dias foi recebido em separado, em audiência priva-tiva. Ao apresentar-se à porta do escritório do Papa, Bento XVI brincou com ele afetuosamente: “Está chegando o Padre Cícero!” Na conversa de 20 minutos, que seguiu, o Papa mostrou-se muito interessado sobre a reabilitação do Padre Cícero. Dom Fernando Panico na ocasião, para interar o Papa sobre os progressos dos estudos sobre este tema, en-tregou ao Sumo Pontífice o livro “Padre Cícero: sociologia de um Padre, antropologia de um San-to”, de autoria de Antônio Men-des da Costa Braga, uma tese de doutorado defendida na Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E presenteou o Santo Padre também com um se-gundo livro, “Maria do Juazeiro,

a Beata do Milagre” de autoria de Maria do Carmo Forti. Dom Fernando comentou: “Eu estou certo que Sua Santidade vai ler pelo menos algumas paginas destes livros, pois ele tem a curio-sidade do pesquisador e também o interesse de conhecer a verdade sobre quem é o Padre Cícero”. Naque-la ocasião o Papa prometeu a dom Fernando: “Eu vou pedir à Congregação da Doutrina da Fé para acelerar este processo, vou falar com o secretário e também com o prefeito da Congregação, cardeal Levada”. Na ocasião do lançamento do livro “Padre Cí-cero. Poder, fé e guerra no ser-tão” de Lira Neto dom Fernando enviou o livro com a mensagem autografa do famoso escritor: “Este livro é uma pesquisa em busca de uma verdade histórica e de justiça.” Em setembro de 2010 o bispo Dom Cappio con-versava com o Papa sobre Padre Cícero. Bento XVI elogiou muito Padre Cícero e disse que queria acelerar seu processo de reabi-litação. O Papa enviou o Cardeal Claudio Hummes para solicitar

e acelerar a reabi-litação do Padre de Juazeiro. Bento XVI não só prometeu, mas mandou mesmo acelerar. Fez tudo o que pode. Tudo in-dica que agora fal-taria uma reunião com o novo Papa, com apresentação

do estudo feito e o Decreto de Reabilitação. Aos 14 de abril de 2011 muito bem o arcebispo de Maceió, dom Antônio Muniz, afirmava: “Nosso Papa Bento XVI é um grande incentivador da causa de beatificação Padre Cícero, com grande expectativa aguardamos o pronunciamento da Santa Sé e ai sim com todo o povo nordestino chamaremos: O Santo Cícero Romão Batista de todos os brasileiros. Amém.”

NOTA DO EDITOR: Na próxima edição “Um Obrigadão”, “Tudo Mudou, mas Nada Parou” e “Irá

Chegar Um Novo Dia”.

Opinião

Bento XVI e a reabilitação do padre Cícero (Parte V)

Fundado por João BarbosaOS TEXTOS ASSINADOS SãO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS RESPECTIVOS AUTORES NãO REPRESENTANDO NECESSáRIA E

OBRIGATORIAMENTE O PENSAMENTO DA EDITORIA. TIRAgEM: 3.000 ExEMPLARES

EDIçãO DE FEVEREIRO/2012Editor: Beto FernandesComercial: João Carlos Menezes BarbosaColaboradores: José Carlos dos Santos, João Possiano, Francisco Filho e Océlio Teixeira de Sousa.Projeto Gráfico e Diagramação: Claudio Henrique M. Peixoto - (88) 8826.0151

REDAçãO: (88)8827-1660COMERCIAL: (88)8801-1910Rua do Cruzeiro, 942, Bairro São MiguelCEP 63010-485 Juazeiro do Norte – CearáE-mail: [email protected]

POR PADRE JOãO CARLOS PERINI

Nem o clima natalino fez recrudescer a campanha midiática – na prática um verdadeiro “estrondo publicitário” – contra a honrada figura de Dom Fernando Panico, bispo diocesano de Crato

“O Estado de S.Paulo”, jornal que se edita

na capital paulista, publicou – na edição do último domin-go, dia 15 – notícia requen-tada com velhas acusações, todas destituídas de funda-mento. A nota do “Estadão” é atribuída ao “correspondente daquele jornal em Genebra, na Suíça”, embora o lingua-jar lá constante seja típico do utilizado pelos conheci-dos adversários da Diocese e do Bispo de Crato, a exem-plo da surrada expressão: “D.Fernando, um italiano na-turalizado brasileiro” (SIC).

A nota do Estadão, em síntese, requenta aleivosias já esclarecidas e foi focada nesta frase: “O bispo da dio-cese de Crato, d. Fernando

Panico, de 67 anos, entrou no radar do chefe da igreja em Roma depois de inqué-rito aberto pela Polícia Civil em sua cidade por causa de uma polêmica em torno da venda de casas da diocese e até por acusações de estelio-nato” (SIC).

Nada mais falso. Em contato mantido na manhã de hoje com a Nunciatura Apostólica, em Brasília, Dom Fernando Panico recebeu a informação de que nem o Santo Padre, o Papa Francis-co, nem qualquer órgão do Vaticano examinam denún-cias sobre a venda de imó-veis da Diocese, assunto já devidamente esclarecido à opinião pública e ao Senhor Núncio Apostólico no Brasil

e à Santa Sé. Ademais, o Bis-po de Crato nunca foi con-vocado, pelo Vaticano, para prestar informações sobre a venda dessas casas, já rein-corporadas ao patrimônio da Diocese. Aguarda-se para os próximos dias o pronuncia-mento da Justiça sobre essa denúncia. Por oportuno, es-clarecemos que nas duas ve-zes que esteve pessoalmente com o Papa Francisco, (am-bas as audiências foram soli-citadas pelo Bispo de Crato), a tônica da conversa entre os dois foi o pedido de reabilita-ção canônica do Padre Cíce-ro Romão Batista, a introdu-ção da causa de beatificação de Benigna Cardoso da Silva e assuntos pastorais desta Igreja Particular.

A Diocese de Crato lamen-ta o fato de a campanha de mentiras contra esta institui-ção e o Bispo de Crato – que vem sendo feita há mais de dois anos por motivos escu-sos, – tenha encontrado gua-rida num órgão do porte de “O Estado de S.Paulo”. Nesta data um advogado da Asses-soria Jurídica da Diocese de Crato está se deslocando à capital paulista, com o objeti-vo de manter contatos com a diretoria daquele jornal, bus-cando o direito de resposta, previsto na Lei de Imprensa, uma vez que as partes ofen-didas – no caso a Diocese e a pessoa do Bispo Diocesano – não foram ouvidas anteci-padamente sobre as acusa-ções. Quando for oportuni-

zado o direito de resposta a Diocese e o Bispo de Crato comprovarão – com farta documentação – a falsidade dessa velha, e agora requen-tada, acusação.

Com a serenidade e equi-líbrio que sempre caracte-rizaram suas ações, Dom Fernando Panico aguarda o desfecho de mais uma falsa acusação, na certeza de que ao final a verdade continua-rá prevalecendo.

Crato, 16 de dezembro de 2013.

Assessoria de Imprensa da Diocese

Nota da Assessoria de Imprensa da Diocese de Crato

Page 3: Jornal Nação Romeira - Edição 43

Beto garcia, um caririense construtor e devoto do Padre Cícero

ELE É FILHO DE JESUS WERTON GARCIA E MARIA CLEIDE CRUZ GARCIA E NATURAL DE BARBALHA. É um conceituado engenheiro civil formado pela UFC com mais de 10 anos de atuação da elaboração de projetos e execuções e obras em mais de 30 municípios cearenses primando sempre pela qualidade e pontualidade nos empreendimentos. Estamos falando de Geraldo Eriberto Werton Cruz, o Beto Garcia, que pode ser defi nido como um construtor devoto do padre Cícero. O nosso Destaque Romeiro é casado com Maria Eliane Cidade Werton e pai de Samuel, Sávio e Malena.

Por Beto Fernandes

A Werton Engenharia e Ar-quitetura LTDA é uma sólida empresa com mais

de 10 anos de bons serviços prestados em todo interior ce-arense, especialmente no cariri. Funciona na Rua padre Cícero, 334, 2º andar, sala 202. Antes era a GEC Constrições haven-do a alteração com ingresso do arquiteto Samuel Cidade Wer-ton na plêiade de profi ssionais da empresa.

A Werton Engenha-ria destacou-se com obras em Nova Jaguaribara como o aterro sanitário e estação de tratamento de água obedecen-do todas as normas técnicas da cidade projetada com a cons-trução do Açude Castanhão. Ainda há a marca da empresa em Campos Sales com o CVT (Centro Vocacional Tecnológi-co); Escola Estadual em Brejo Santo e construção e ampliação dos fóruns de Araripe e Cam-pos Sales, além de construção de quadras poliesportivas co-bertas, centros de saúde e pavi-mentação.

Estado do CaririBeto Garcia compreen-

de que o Cariri Cearense sem-pre teve muito potencial, mas reconhece que nos últimos 10 anos o desenvolvimento fi cou ainda mais potencializado com a implantação de faculdades particulares e públicas e a ofi -cialização da própria RMC (Re-gião Metropolitana do Cariri). “Eu cito como exemplo o pró-prio Aeroporto Regional que tem uma demanda elevadíssi-ma. Acredito e defendo a união

de todos para pensarmos até na criação do Estado do Cariri. Por que não? Não é uma divisão, mas sim um reconhecimento a uma área que tem se desenvol-vido e que se for emancipada poderá se desenvolver ainda mais ajudando, por conseguin-te, no desenvolvimento nacio-nal”, vislumbrou.

Crescimento Vertical “No meu entender o

crescimento vertical de Jua-zeiro se deve a pequena área territorial da cidade, mas tam-bém a visão dos empresários e ampliação do poder aquisitivo das pessoas que agora podem consumir mais e realizar o so-nho da casa própria. É mais prático se projetar e construir apartamento porque são bara-tos, mais práticos e rápidos e cabem mais unidades em um menor espaço”, avaliou. Esse crescimento vertical, no enten-der de Beto, é natural e em 10, no máximo 20 anos, a cidade será uma das que contará com mais prédios acima de cinco andares do Nordeste.

À medida que destaca o

crescimento da construção civil o engenheiro civil adverte para necessidade de que as pessoas se qualifi quem cada vez mais para exercer as mais diversas atividades numa obra. “Hoje é completamente diferente do passado quando uma pessoa sem instrução podia exercer, por exemplo, a atividade de um servente de obra. É preciso que esta pessoa tenha cursos técnicos e realmente esteja qua-lifi cada e preparada porque vai melhorar a produção e, claro,

seus vencimentos”, esclareceu.

FamíliaNo entender de Beto

Garcia a família é a base de tudo. A célula que sustenta a sociedade. “Fui criado numa família católica com elevado rigor moral. Me pai sempre ensinou que o melhor caminho para vida é o estudo, a honesti-dade, honradez e fé. Por minha formação católica prezo ainda pela cristandade, dignidade e ética. Aprendi isso, ensino e ensinarei para meus fi lhos e fu-turos netos”, comentou.

Padre Cícero

Como todo bom nor-destino Beto Garcia é devoto do padre Cícero Romão Ba-tista. “Como não respeitar um homem que chegou aqui e en-controu uma árvore e depois com sua fé, inteligência e tra-balho ergueu uma das prin-cipais cidades do Bra-sil? Acredito e tenho fé nele assim como todos da minha fa-mília”, frisou.

Beto Gar-

c i a d i s s e t a m b é m que a Igreja católica em função dos estudos da vida do “Pa-triarca do Nordeste” vai rever o conceito e acabará reabili-tando suas ordens sacerdotais. “Eu acredito nisso. Eu sei que a igreja, até pelo clamor popular que existe, reabilitará, beatifi -cará e santifi cará esse homem que já é santo em nossos cora-ções”, projetou. Ele aproveitou o ensejo do fi nal de ano para

desejar votos de Um Natal de paz e har-monia aos leitores do Jor-n a l Nação R o -meira, f a m i -l i a r e s e ami-gos de Santana Cariri e um 2014 de prosperida-des e produ-tividade para todos os clien-tes da Werton Engenharia e Ar-quitetura.

DESTAQUE ROMEIRO

3Juazeiro do Norte(CE), Dezembro de 2013

seus vencimentos”, esclareceu.

FamíliaNo entender de Beto

Garcia a família é a base de tudo. A célula que sustenta a sociedade. “Fui criado numa família católica com elevado rigor moral. Me pai sempre ensinou que o melhor caminho para vida é o estudo, a honesti-dade, honradez e fé. Por minha formação católica prezo ainda pela cristandade, dignidade e ética. Aprendi isso, ensino e ensinarei para meus fi lhos e fu-turos netos”, comentou.

Padre Cícero Como todo bom nor-

destino Beto Garcia é devoto do padre Cícero Romão Ba-tista. “Como não respeitar um homem que chegou aqui e en-controu uma árvore e depois com sua fé, inteligência e tra-balho ergueu uma das prin-cipais cidades do Bra-sil? Acredito e tenho fé nele assim como todos da minha fa-mília”, frisou.

Beto Gar-

c i a d i s s e t a m b é m que a Igreja católica em função dos estudos da vida do “Pa-triarca do Nordeste” vai rever o conceito e acabará reabili-tando suas ordens sacerdotais. “Eu acredito nisso. Eu sei que a igreja, até pelo clamor popular que existe, reabilitará, beatifi -cará e santifi cará esse homem que já é santo em nossos cora-ções”, projetou. Ele aproveitou o ensejo do fi nal de ano para

desejar votos de Um Natal de paz e har-monia aos leitores do Jor-n a l Nação R o -meira, f a m i -l i a r e s e ami-gos de Santana Cariri e um 2014 de prosperida-des e produ-tividade para todos os clien-tes da Werton Engenharia e Ar-quitetura.

SERVIÇO

Werton Engenharia e Arquitetura LTDA

• Engenheiro: Beto Garcia

• Arquiteto: Sávio Cidade Werton

• Rua padre Cícero, 334, 2º andar, sala 202, defronte a Praça Padre Cícero. • Telefones: (88) 3512-7393 e 9767-2225

“FUI CRIADO numa família católica com elevado rigor moral.

Me pai sempre ensinou que o melhor caminho para vida é o

estudo...”

Page 4: Jornal Nação Romeira - Edição 43

4 Juazeiro do Norte(CE), Dezembro de 2013

CRATO

Presidente da Câmara anuncia concurso público e construção da sede própria Luís Carlos Saraiva

(PSL), presidente da Mesa Diretora da Câ-

mara Municipal de Crato, está anunciando para este mês de dezembro o lança-mento de edital para con-tratação de uma empresa visando realizar o concurso público da Casa de Leis. A demora, segundo o ve-reador se deu porque sua assessoria advertiu que a arrecadação deve ser feita

pelo município que, por conseguinte deve pagar a empresa já que o legislativo não tem a competência para esta fi nalidade.

O presidente não es-condeu sua simpatia, com todo respeito a quem con-correr, pela FUNDETEC (Fundação de Desenvol-vimento Tecnológico do Cariri), no seu entender, uma instituição séria que tem realizado concursos

públicos sem nenhuma ir-regularidade. Luís Carlos Saraiva garantiu que não vai lotar a Câmara com pes-soal de forma desnecessária e lembrou a redução de 60 para 17 servidores no início do ano, fora os assessores parlamentares. O concurso deve ser aberto para 15, no máximo 20 vagas, princi-palmente para a função de agente administrativo.

Sobre a sede do Le-

gislativo Luís Carlos infor-mou que o município já fez doação de um terreno insti-tucional e que um arquiteto teria se comprometido em gratuitamente fazer o pro-jeto. “Através do Dr. Leitão Moura conversei com o Go-vernador Cid Gomes e esta-mos com uma promessa de conseguir 50% do valor da obra e aguardamos a con-clusão do projeto para saber o valor aproximado do em-

preendimento que deve ser grande, amplo e moderno com acessibilidade e ecolo-gicamente correto para que até março possamos baixar edital para construção”, en-fatizou.

EDITAIS PARA CONCURSO e construção da Câmara serão baixados em dezembro e marco, respectivamente.

Dom Fernando defende as romarias do juazeiroA ação feita pela Po-

lícia Rodoviária Federal, nos estados de Pernambu-co, Alagoas e Sergipe, por ocasião da última romaria de Finados, quando autuou caminhões – os chamados “Paus de Arara” – que se di-rigiam a Juazeiro do Norte, preocupou o bispo de Cra-to. Dom Fernando Panico, endereçou correspondên-cias ao deputado José Nobre Guimarães (PT-CE), Líder da bancada de seu parti-do na Câmara e ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-nal) cobrando providências para cessar essas autuações

exageradas, abusivas e des-respeitosas contra os romei-ros do Padre Cícero.

Ao deputado José

Nobre Guimarães, dom Fer-nando pediu agendar uma audiência com o Ministro da Justiça, José Eduardo

Cardozo, para mostrar que o transporte de romeiros nos chamados “Paus de Arara” se enquadra na Re-solução nº 82, do Conselho Estadual de Trânsito, quan-do concede autorização para trânsito de pessoas em “viagens por motivos reli-giosos quando não houver condições de atendimento por transporte de ônibus”.

Para o IPHAN, dom Fernando lembrou que o fe-nômeno das romarias a Jua-zeiro do Norte possui uma riqueza histórica, cultural e religiosa, e que existe es-tudos em andamento para considerar as Romarias ao

Padre Cícero como Patri-mônio Imaterial do Povo Brasileiro. Essas correspon-dências foram endossadas pelos membros da Pastoral Diocesana de Romarias, que atua na cidade de Jua-zeiro do Norte.

Em Juazeiro do Norte, dia 26 de novembro, houve reunião na Casa Paroquial Mãe das Dores envolven-do integrantes da Pastoral da Romaria da Diocese e a promotora de justiça Efi gê-nia Cruz, que é responsável pela defesa do consumidor, meio ambiente, urbanismo e transportes. Na ocasião os integrantes ouviram a

promotora que demonstrou preocupação com o trans-porte pau de arara.

Dom Fernando reco-nheceu o zelo da represen-tante do Ministério Público e os integrantes da Pastoral ressaltaram a mística que existe em relação à vinda da Nação Romeira para esta Terra Santa como ir as celebrações com os pés descalços, dormir no chão, mesmo com leitos em ran-chos, pousadas e hotéis e a principal delas, se deslocar em paus de arara quando oram, rezam e cantam ben-ditos durante a jornada de renovação da fé e votos.

Em 1.997 Verônica Pereira de Oli-veira começou

uma atividade que em 16 anos se transformou num símbolo de exitosa iniciativa empresarial: O Telefaxina. Via telefone, como o próprio nome sugere, a empresária ofereceu serviços de faxina começando com uma diarista que era acompanhada em todas as atividades se tornan-do uma marca registrada da empre-endedora.

A primeira grande parcei-ra empresarial foi a SINGER que terceirizou o serviço de limpeza e conservação. A empresa compre-endeu a vantagem administrativa de terceirizar os serviços melhorando visivelmente a qualidade de sua pro-dução com foco específi co para sua atividade principal onde é especialis-ta mundialmente.

Outro nicho de sucesso do Telefaxina tem sido a limpeza de construção sendo que a primeira cliente neste seguimento foi a FMJ (Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte). Esse seguimento ganhou ainda mais visibilidade com a parce-ria com a Prefeitura de Juazeiro e a WR Engenharia. O nicho foi buscado após instalação de outras empresas

do ramo mostrando a cria-tividade de Verônica.

Embora não seja o mais rentável a empre-sária reconhece o Telefa-xina em relação à pessoa física é o carro chefe. Na área empresarial quem contrata os serviços iden-tifi ca aspectos positivos como funcionários unifor-mizados, zelo e capricho, produtos e ferramentas adequadas com o devido acompanhamento rigoro-

so da proprietária. Antenada com os novos

tempos a empresária, através do Serviço de Telefaxina aderiu ao networking com troca de salutares informações chamando a atenção para que profi ssionais liberais bus-cassem o serviços em residências, escritórios, clínicas e consultórios.

Como se não bastasse o Telefaxina ampliou seus serviços numa salutar parceria com a Na-cional Gás Butano em Crato. Com treinamentos e capacitações houve melhor produção com diminuição do número de horas extras e maior efi cácia na jornada diária com pro-cesso de descarga, carga e linha de produção possibilitando a produção anual de mais de 210 mil botijões de 13 quilos. Neste sentido há um com-promisso conjunto do Telefaxina com

a Nacional Gás Butano. A primeira com a manutenção da motivação dos funcionários e a segunda com ampliação e modernização de suas instalações para dinamizar cada vez mais a linha de produção.

Indiscutivelmente o telefaxi-na é um modelo de sucesso empre-sarial no na Região Metropolitana do Cariri.

REUNIãO com a representante do Ministério Público e integrantes da Pastoral da Romaria

PRESIDENTE da Câmara Municipal Luís Carlos Saraiva

Cariri.

Telefaxina é um modelo de sucesso empresarial no Cariri

Page 5: Jornal Nação Romeira - Edição 43

FOLHETIM

5Juazeiro do Norte(CE), Dezembro de 2013

O SINDICALISTA E VEREADOR Antonio Cledmilson Vieira Pinheiro

O DESTAQUE POLÍTICO DESTA EDIçãO DO JORNAL NAçãO ROMEIRA é o também líder sindical Antonio Cledmilson Vieira Pinheiro, esposo de Maria das Dores da Silva, sete fi lhos e seis netos. Natural do Distrito de Trussu, zona rural de Acopiara, Cledmilson já está radicalizado no Cariri Cearense e preside o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados e 2º Grupo de vestuários de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha.

Cledmilson Vieira co-mentou inicialmente sobre o movimento

sindical quando defendeu a ampliação do processo de organização da categoria. “Eu acredito que o movi-mento sindical podia ser ainda mais desenvolvido.

Com certeza ainda falta uma melhor forma-

ção sindical nos nos-sos trabalhadores

e trabalhadoras. Imaginem que

existem traba-lhadores que têm medo de se fi liar por-que podem perder o emprego. É preciso m u d a r essa re-alidade e cons-cienti-zar que o nosso s i n d i -cato é uma en-tidade de l e g í t i m a

representa-ção e direi-

to de quem trabalha nas

indústrias de calçados e vestu-

ários”, afi rmou. Homem de

família, Cledmil-son Vieira, exter-nou para os lei-tores do “Nação Romeira” sobre o que represen-ta para sua vida

a esposa fi lhos e netos. “É preciso cada vez mais agre-gar valores a família, pois caso contrário à sociedade perderá seu rumo. É pre-ciso que esta nova geração reveja este conceito para que tudo não fi que perdi-do”, enfatizou. “Muito se fala sobre a necessidade de se viver em um país de primeiro mundo, mas é preciso na verdade é da manutenção dos valores da família para estarmos de bem com a sociedade e com o mundo. A família é à base de qualquer cidadão e, consequentemente, do mundo”, acrescentou.

Na condição de ve-reador, com cadeira asse-gurada através de 2.512 su-frágios no PSD, Cledmilson Vieira disse ser uma honra representar o povo juazei-rense, mas não escondeu a frustração com avaliação negativa generalizada dos trabalhos do Legislativo Municipal este ano. Ele cri-ticou a imprensa que gene-raliza as pessoas conside-rando uma injustiça colocar todos na mesma panela havendo a necessidade de se separar o joio do trigo. “Tem gente errada em todo setor, mas é preciso saber que todos não são iguais. É preciso saber fazer a sepa-ração”, conclamou.

Cledmilson disse que defende a união de todos os vereadores, inde-pendente de partido, situ-ação ou oposição. “A nossa atuação deve ser conjunta e eu defendo isso desde o primeiro dia do mandato.

Vejo muito individualis-mo esquecendo os proje-tos coletivos. Vamos dar as mãos e ajudar a aprovar os projetos que não são da ad-ministração, por exemplo, mas de interesse coletivo”, defendeu. O vereador disse que pretende caracterizar seu mandato com a defesa de projetos que realmente ajudem no desenvolvimen-to estrutural da sede e zona rural do município.

Falando como cató-lico praticante reconheceu que a reabilitação das or-dens sacerdotais do padre Cícero Romão Batista está atrasada. “Eu entendo que a nossa Igreja deve rever esse conceito porque o padre Cí-cero foi um homem fi el aos ensinamentos católicos. En-tendo também que cada um de nós deve defender esta ideia intransigentemente porque como se não bastas-se o lado espiritual e cristão ele é também o símbolo de nosso desenvolvimento econômico. É em função da fé de milhões de romeiros que para cá se deslocam anualmente que nosso co-mércio tem um crescimen-to pujante. Com a Igreja ofi cializando a reabilitação além de fazer uma correção histórica vamos ampliar a visitas de romeiros de todo o país”, avaliou.

Por fi m, externou votos de um Natal de paz e harmonia no real sentido do advento do Menino Deus e um ano novo venturoso a todos os cidadãos juazeirenses e caririenses.

“A NOSSA ATUAçãO deve ser conjunta e eu defendo isso desde o primeiro dia do mandato. Vejo muito individualismo esquecendo os projetos coletivos. Vamos dar as mãos e ajudar a aprovar os projetos que não são da administração, por exemplo, mas de interesse coletivo”

“É PRECISO cada vez mais agregar valores a família, pois caso contrário à sociedade perderá seu rumo...”

Page 6: Jornal Nação Romeira - Edição 43

6 Juazeiro do Norte(CE), Dezembro de 2013

Na década de 10, dos anos 1.900, o Bispo do Crato fecha a capela do Socorro. Maria Tubiba e Zé Romeiro se juntam com as gentes do Horto e descem. Invadem a ca-pela deixando-a aberta, mesmo contra a vonta-de do Bispo. Parece uma praga. A igreja do Crato esta sempre a perseguir as coisas do Padre Cí-cero, pensa Palmeira. Agora junto com os po-líticos, manda a polícia prender Zé Lourenço na Baixa D’anta por causa do boi Mansinho.

Continua Palmei-ra em seu divagar:

- O boi... O boi Mansinho. Seu Padre recebia muito presen-te. Um deles, dado pelo Coronel Delmiro Gou-veia, foi um boi. Num era boi não, era um tou-ro. Queria seu Delmiro, melhorar os rebanhos do sertão. Era um cabra in-ventador seu Delmiro... O presente dado ao Pa-dre tinha um caminho certo, o sítio arrendado

ao Beato Zé Lourenço que, alem de reza-dor, tinha tino para o plan-tar. Era uma beleza o boi. Logo ele fez o ofício de cobri a rebanhada das redonde-zas. Era cada garrote que era uma bele-za. Rapidim, rapidim ele se fez rei. Era um boi fazedor de fartura. Um boi santo. Dava gosto vê ele enfeitado que nem o boi de brincar de mes-tre Boneca. O tempo foi passando e inventaram uma invencionice que o boi Mansinho era boi de altar. Que lá na Bai-xa D’anta se fazia pro-cissão, se tirava novena p’ro boi, que o mijo e a bosta dele era meisinha. Ora, mijo de boi sempre foi bom p’ra sapiranga e bosta p’ra estancar sangue de furo. Sempre. Num é d’gora com o boi do Seu Padre. Ai veio o Dotô Fuloro c’a polícia,

levou o boi e um boca-do de gente presa. Lem-bro-me bem do beato Zé Lourenço, Zé Romei-ro e Maria T u b i b a . Mataram o boi e qui-seram fazer o povo da

Baixa d’Anta e do Horto que estava preso, comer da carne do boi. Quem já se viu comer um bicho que a gente gosta?

- A besta-fera anda solta mesmo, num já basta à morte de Tu-biba, prisão de Zé Ro-meiro. E agora Dr. Floro Bartolomeu da Costa, o Dr. Floro, quer destruir as Cortes Celestes. Aí Floro se ajunta aos ma-cacos, sobem o Horto e prende dos penitentes. Alguns até desapare-ceram... Por que é que Floro é assim? Ora ele ajuda a gente, ora man-da prender, matar...

- A perseguição é tamanha contra meu Padrinho, que ele fecha os olhos p’ra o que esta acontecendo com nós.

- Não Palmeira ele num fecha não. O que ele tá fazendo é pondo nós a prova. A prova de nossa sinceridade a ele e as coisas do Juazeiro.

A estratégia do Padre deu certo. As me-didas tomadas por Floro em relação ao boi san-to, as cortes celestes, fazem com que a igreja e a políticos esqueces-sem o Horto. E assim, a nação romeira constrói o lugar do início e do fi m do mundo.

O Horto sobrevive!

CONTINUAÇÃO DA TRILOgIA DO HORTO(PARTE FINAL)

A construção do Horto

POR RENATO DANTAS

FOLHETIM JUAZEIRO DO NORTE: Lançado o Livro José Lourenço -

O Beato Perseguido

Um novo livro contan-do a história da per-seguição e destruição

ao Caldeirão do Beato José Lourenço foi lançado em Ju-azeiro do Norte no dia cinco de dezembro em concorrido evento no Memorial padre Cícero. A obra é de autoria da professora Maria Loureto de Lima e faz parte das co-memorações dos 13 anos de fundação da UPA (Universi-dade Patativa do Assaré).

Loureto sintetizou a obra, destacando as virtudes de José Lourenço Gomes, um homem bom e de forte liderança comunitária que se tornou amigo do padre Cícero Romão Batista. Disse também que contextualizou o livro a partir de sugestões do saudoso professor José Boaventura de Sousa, ain-da na época do IPESC ( Inst i -t u t o

Pesquisa do cariri), de Da-niel Walker e de Agnaldo Carlos.

O pai de Loureto, Eleutério Tavares, rema-nescente do Caldeirão foi a principal fonte dos fatos relativos à chacina sendo a sua sensibilização para dar

depoimentos, o primeiro passo da obra. Se-

gundo a profes-sora a chacina do Caldeirão criou marcas que ainda hoje muitos falam de for-ma tímida sobre toda a

situação. “Na verdade a gen-

te conseguiu através de

u m

embasamento teórico do meu pai Eleutério Tavares e da socióloga Luitgarde de Oliveira Cavalcanti Barros um trabalho que vai contri-buir para pesquisa da histó-ria do Cariri não apenas no contexto cultural, mas de forma social também. Esse é o nosso interesse, que se torne numa grande fonte de pesquisa”, afi rmou.

Segundo Loureto, Zé Lourenço criou a primeira comunidade agrícola or-ganizada no Brasil tendo como lema o trabalho, a fé e cuidar das pessoas com a vocação de respeitar e ado-rar a Santa Cruz do Deserto, símbolo de quem viveu a re-alidade do Caldeirão. Para a escritora a força utilizada contra o beato Zé Louren-ço foi um crime. “E não foi apenas o poder constituído do exército, do Governo. Em 1937 o caldeirão reunia umas quatrocentas famílias que viviam de organização coletiva onde todos se ir-manavam em prol de uma igualdade e isso despertou interesse na igreja e no po-der político que resultou numa chacina, num ato rude de muita ignorância”, ressaltou.

Loureto disse consi-derar importante o olhar da Igreja na atualidade que in-centiva e participa ativamen-te de um processo de resga-

te histórico do Caldeirão do beato José Lourenço

com uma romaria anu-al coordenado pelo padre Vilecir Vidal e, por conseguinte da própria Diocese de Crato. O evento foi prestigiado por lideranças políti-cas, professores e acadêmicos.

FOTO: PAUTÍLIA FERRAZ

MARIA LOURETO autografando sua obra

Page 7: Jornal Nação Romeira - Edição 43

Juazeiro do Norte(CE), Dezembro de 2013 7SOCIAL

João Carlos BarbosaSociedade [email protected]

FONE/FAX (88) 3571.1993Rua Letícia Vasconcelos, 217 Parque Triangulo - Juazeiro do Norte-CE

[email protected]

PSICOLOgIA O casal Gilmar e Selena Santana, felizes da vida com a aprovação de sua fi lha Carol no vestibular para Psicologia.

BEIJO DOCE Magnífi co, o novo espaço que o Beijo Doce Buffet está construindo para seus eventos. Uma área de 435 mts. Um amplo espaço, a mais bela estrutura de casa de eventos do Juazeiro. De parabéns José Hugo e Márcia Cristiane

MEDICINA Olha o que minha fi lha torta Rebeca Menezes, escreveu pra sua mãe Cristiane Menezes.Agradecendo pela sua formatura em Medicina: “Faltam palavras pra externar tudo o que ela é pra mim...Aquela que sempre acreditou, me impulsionou, não me deixou desistir de lutar pelo meu sonho quando tudo parecia impossível! Sem dúvidas, se cheguei até aqui foi mérito dela! Minha mãe, te devo tudo o que sou, cada vitória, cada sonho realizado, cada obstáculo vencido...absolutamente NADA seria possível sem seu apoio incondicional, sem sua mão estendida e seu abraço acolhedor depois das quedas! Realmente não existem palavras sufi cientes... MUITO OBRIGADA! Te amo mais que tudo!”

MAÇOM Dois amigos entraram na Ordem Maçônica, são eles: o companheiro de imprensa Paulo Ernesto da TV Verdes Mares. Na Foto com o Irmão Jucimar Leite, e o outro é o amigo Alexandre Feitosa na foto com este colunista.

PARABÉNSQuem foi muito cumprimentado no último dia 02 pela passagem de seu aniversário,foi o Irmão Maçom Francisco Jatme Luna. NOVA PARÓQUIAO Padre Sebastião Bandeira foi recebido com uma missa na Matriz da cidade de Potengi – Ce, onde é atualmente o novo pároco. Desejamos boa sorte.

CASA DOS RELOJOEIROS Toda a imprensa do Cariri reunida no Pedro do Sirigado, numa promoção da Casa dos Relojoeiros. O empresário João Araújo, José Carlos Albano e Jean Rodrigues oferece todos os anos o que nenhuma outra empresa faz pela imprensa do Cariri. É uma noite especial que reúne os melhores profi ssionais do Ceará. Obrigado.

POLÍCIA FEDERAL Foi empossada a nova Delegada da Polícia Federal em Juazeiro do Norte. Trata-se da Dra. Rejane Maria Maciel Sales que está na corporação há 10 anos e substitui ao Dr. Francisco de Assis Castro Bonfi m. Boa sorte nos novos desafi os. Um registro da nova delegada com o esposo, Dr. Vagner Sales, também delegado federal e os fi lhos.

SELO A agencia dos Correios de Juazeiro, realizou no último dia 14 o lançamento de um selo personalizado do Maçom mais antigo do Brasil em atividade, trata-se do

Irmão Luiz Gonçalves Pereira da Loja Maçônica Evolução Nordestina Nº 86 da Grande Loja Maçônica

do Estado do Ceará. O ato foi realizado no Templo da Loja Deus e Humanidade Nº 14.

SELO A agencia dos Correios de Juazeiro, realizou no último dia 14 o lançamento de um selo personalizado do Maçom mais antigo do Brasil em atividade, trata-se do

Irmão Luiz Gonçalves Pereira da Loja Maçônica Evolução Nordestina Nº 86 da Grande Loja Maçônica

do Estado do Ceará. O ato foi realizado no Templo da Loja Deus e

Page 8: Jornal Nação Romeira - Edição 43

Juazeiro do Norte(CE), Dezembro de 20138DESTAQUE ROMEIRO

Pedro Lobo, um líder comunitário movido pela fé

NASCIDO NO ANO DE 1.974 no Sítio São José, município Crato, Pedro Lobo é fi lho do casal Antonio Vanderlei Soares e Rita Maria Lobo Cruz. Desde jovem que tem destacado trabalho junto ao movimento de organização comunitária começando pela presidência da Associação do São José. Como todo bom caririense é devoto do padre Cícero Romão Batista e da padroeira de Crato, Nossa Senhora da Penha, quando fez questão de ser fotografado ao lado da Sé Catedral para matéria como Destaque Romeiro desta edição do Nação Romeira.

Por Beto Fernandes

Casado com a fi siote-rapeuta Josilene Dou-rado Linhares, Pedro

Lobo tem três fi lhos: Jamile, 14; Pedro Jorge e Joana Pris-cila, seis anos. “A família é a célula mater da sociedade.

Busco criar meus fi lhos com o mesmo exemplo que fui criado. Eles são exemplos de formação moral com quem aprendi a respeitar as pesso-as e a valorizar os princípios cristãos. Vi isso em relação a mim e aos meus sete irmãos e quero que seja um exem-plo também para os meus fi -lhos”, afi rmou visivelmente emocionado.

Pedro Lobo tem des-tacado trabalho desde sua adolescência quando aos 16 anos presidiu a Associação Comunitária do São José com expressiva participação no movimento de jo-vens devo-t o s

de Nossa Senhora do Car-mo. Foi ainda aluno de esco-la pública (Melvin Jones) no Muriti e da Escola Agrotécni-ca Federal, hoje IFECE (Ins-tituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ce-ará) e da URCA. Como vice-presidente do Sindicato dos Técnicos Agrícolas do Ceará foi um dos articuladores do

Programa T é c n i c o

R u r a l execu-

t a d o n a

administração do ex-gover-nador Lúcio Alcântara e um dos pioneiros na organização da Federação das Entidades Comunitárias de Crato.

O Instituto Flor de Pe-qui faz parte da história de articulação de Pedro Lobo a partir dos técnicos agrícolas que vislumbraram a melho-ria da qualidade de vida de famílias das zonas rurais dos municípios a partir de credi-to fundiário para garantir compras de propriedades e prática de novas tecnologias sociais de convivência com o semiárido como cisternas de placas para consumo

humano e quintais produ-tivos. O destacado ainda reputa como primordial a parceria com a ASA (Arti-culação do Semiárido) já que é visível a geração de emprego e renda das fa-mílias. Numa nova fase de trabalho da “Flor de Pequi”, Pedro Lobo res-salta a construção de ca-

sas populares através do PNHR (Plano Na-cional de Habitação Rural) além da elabo-ração e acompanha-mento de projetos do PRONAF (Programa Nacional de Fortale-cimento da Agricul-tura Familiar).

Articulação do PTC

P e d r o Lobo é tam-

bém articu-lador do

PTC (Programa Territórios da Cidadania) para o Cari-ri. Ele explicou que o pro-grama tem como objetivos promover o desenvolvi-mento econômico e univer-salizar programas básicos de cidadania com uma es-tratégia de desenvolvimen-to territorial sustentável. “A participação social e a integração de ações entre Governo Federal, estados e municípios são fundamen-tais para a construção dessa estratégia e aqui no Cariri, 28 municípios são contem-plados com ações onde um colegiado formado por 100 instituições têm assento de forma paritária apontando necessidade e prioridades de cada localidade”, com-plementou.

O PTC recebe na atu-alidade acompanhamento de 18 ministérios do Go-verno Federal com injeção de recursos para obras de infraestrutura, saúde, edu-cação, social e cultural.

Desenvolvimento Regional

No entender de Pe-dro Lobo o Cariri Cearense perdeu bastante ao longo dos anos com uma disputa desnecessária entre as cida-des de Crato e Juazeiro. Ele afi rma que é preciso ver o desenvolvimento regional com um conjunto de diálo-go dos municípios e citou como positivo a decisão do Governador Cid Gomes de distribuir obras estrutu-

rantes de forma equitativa como a CEASA, Hospital e Centro de Convenções.

Disse ainda que Crato tem uma grande vo-cação cultural e educacio-nal havendo a necessidade de junção de forças, inde-pendente de partidos para se conseguir a implantação de um curso de medicina, fortalecer a URCA e poten-cializar o IFCE e o curso de ciências agrárias podendo receber também o impor-tante curso de veterinária

Padre Cícero

O Destaque Romeiro desta edição também com-preende que é preciso se re-parar a história sacerdotal de Cícero Romão Batista. “Eu acredito e espero que o papa Francisco repare esse erro histórico da nos-sa querida Igreja Católica Apostólica Romana. O pa-dre Cícero já é santo para o povo católico do Crato, do Juazeiro, do Cariri, do Cea-rá, do Nordeste e do Brasil. Falta agora apenas à ofi cia-lização do Vaticano. Tere-mos um passo de cada vez. Eu ainda espero ver esse grande sonho de todos nós realizado”, afi rmou.

Pedro Lobo também desejou votos de um Natal de Paz a todos os leitores do Jornal Nação Romeira e um ano novo de muitas exitosas parcerias melhorando cada vez a qualidade de vida da gente caririense.

lhos”, afi rmou visivelmente emocionado.

Pedro Lobo tem des-tacado trabalho desde sua adolescência quando aos 16 anos presidiu a Associação Comunitária do São José com expressiva participação no movimento de jo-vens devo-t o s

foi um dos articuladores do Programa T é c n i c o

R u r a l execu-

t a d o n a

ria da qualidade de vida de famílias das zonas rurais dos municípios a partir de credi-to fundiário para garantir compras de propriedades e prática de novas tecnologias sociais de convivência com o semiárido como cisternas de placas para consumo

humano e quintais produ-tivos. O destacado ainda reputa como primordial a parceria com a ASA (Arti-culação do Semiárido) já que é visível a geração de emprego e renda das fa-mílias. Numa nova fase de trabalho da “Flor de Pequi”, Pedro Lobo res-salta a construção de ca-

sas populares através do PNHR (Plano Na-cional de Habitação Rural) além da elabo-ração e acompanha-mento de projetos do PRONAF (Programa Nacional de Fortale-cimento da Agricul-tura Familiar).

Articulação do PTC

P e d r o Lobo é tam-

bém articu-lador do

CASADO COM A FISIOTERAPEUTA Josilene Dourado Linhares, Pedro Lobo tem três fi lhos: Jamile, 14; Pedro Jorge e Joana Priscila, seis anos.