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Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163 Código da Escola: 402187 Diretor: José Manuel Teixeira Coordenação Geral: Rosa Manuela Machado Grafismo e paginação: José Faria Email: [email protected] 12 Na sequência dos atentados terroristas ocor- ridos em Paris, motivados por um jornal que, numa sociedade livre e democrática, ousou expressar livremente as suas ideias, ocorre refletirmos sobre os valores da liberdade e da tolerância na sociedade atual. Somos obrigados a pensar: Será que existem fronteiras para a liberdade de expressão? Será que, com elas, o conceito de liberdade de ex- pressão perde o seu verdadeiro significado? A célebre frase “a nossa liberdade termina quando começa a liberdade do outro” faz-nos repensar a liberdade numa sociedade. Uma vez que toda a liberdade é limitada por outra liberdade. E será uma liberdade limitada liber- dade verdadeira? Em democracia, a nossa liberdade deve coexis- tir com a liberdade do outro e numa socieda- de pluralista, a aceitação do outro como igual pressupõe estarmos todos no mesmo patamar de aceitação e crítica, sendo esta vista como uma condição positiva para melhorar. Na verdade, a globalização cada vez mais aproxima grupos de culturas diferentes e essa diversidade cultural presente nas socie- dade contemporâneas implica reconhecer e respeitar as diferenças próprias de cada indi- víduo. Porém, o que constatamos é que esta coexistência não tem sido pacífica e o conflito de valores surge amiúde. Eis, então, surge a questão da liberdade e da tolerância. Ten- do consciência que a liberdade absoluta não existe, pois esta está sempre condicionada por algum fator, seja ele biológico, psicológico ou social, é no ato de escolher que o indivíduo vive a sua liberdade. Esta, por sua vez, assenta na tolerância, por ser um pilar fundamental da possibilidade da livre exposição das ideias. E tolerar é aceitar o diferente como diferente; mas não significa concordância e não é pas- siva, porque não é indiferente nem pratica a indiferença. A tolerância convive bem com a diferença. A tolerância pressupõe que dis- cordemos das pessoas cujas ideias ou ações toleramos, mas será intolerante dar expres- são pública a esse desacordo? Quando tolera- mos algo deveremos abster-nos de o criticar publicamente? A tolerância deixa-nos pensar Editorial Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento Fevereiro 2015 p. 21 p. 24 Reportagem Fotográfica: Ceia de Natal 2014 p. 13 Universo ESMS: 'Escola com Pedalada', Prof. Ricardo Lopes p. 23 Cantinho do Chefe: Bife à Portuguesa. Reportagem fotográfica Corta Mato 2015 p. 06 Crónica: A importância da Psicologia Continua na pág. 2 Opinião À procura da geração CR7 p. 02

Jornal 'O Pregão' 12

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Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento, Guimarães, edição 12.

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Propriedade: Escola Secundária Martins SarmentoAlameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães

Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163Código da Escola: 402187

Diretor: José Manuel TeixeiraCoordenação Geral: Rosa Manuela Machado

Grafismo e paginação: José FariaEmail: [email protected]

nº 12

Na sequência dos atentados terroristas ocor-ridos em Paris, motivados por um jornal que, numa sociedade livre e democrática, ousou expressar livremente as suas ideias, ocorre refletirmos sobre os valores da liberdade e da tolerância na sociedade atual.Somos obrigados a pensar: Será que existem fronteiras para a liberdade de expressão? Será que, com elas, o conceito de liberdade de ex-pressão perde o seu verdadeiro significado?A célebre frase “a nossa liberdade termina quando começa a liberdade do outro” faz-nos repensar a liberdade numa sociedade. Uma vez que toda a liberdade é limitada por outra liberdade. E será uma liberdade limitada liber-dade verdadeira?Em democracia, a nossa liberdade deve coexis-tir com a liberdade do outro e numa socieda-de pluralista, a aceitação do outro como igual pressupõe estarmos todos no mesmo patamar de aceitação e crítica, sendo esta vista como uma condição positiva para melhorar. Na verdade, a globalização cada vez mais aproxima grupos de culturas diferentes e essa diversidade cultural presente nas socie-dade contemporâneas implica reconhecer e respeitar as diferenças próprias de cada indi-víduo. Porém, o que constatamos é que esta coexistência não tem sido pacífica e o conflito de valores surge amiúde. Eis, então, surge a questão da liberdade e da tolerância. Ten-do consciência que a liberdade absoluta não existe, pois esta está sempre condicionada por algum fator, seja ele biológico, psicológico ou social, é no ato de escolher que o indivíduo vive a sua liberdade. Esta, por sua vez, assenta na tolerância, por ser um pilar fundamental da possibilidade da livre exposição das ideias. E tolerar é aceitar o diferente como diferente; mas não significa concordância e não é pas-siva, porque não é indiferente nem pratica a indiferença. A tolerância convive bem com a diferença. A tolerância pressupõe que dis-cordemos das pessoas cujas ideias ou ações toleramos, mas será intolerante dar expres-são pública a esse desacordo? Quando tolera-mos algo deveremos abster-nos de o criticar publicamente? A tolerância deixa-nos pensar

Editorial

Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento Fevereiro 2015

p. 21

p. 24

Reportagem Fotográfica: Ceia de Natal 2014

p. 13Universo ESMS: 'Escola com Pedalada', Prof. Ricardo Lopes

p. 23Cantinho do Chefe: Bife à Portuguesa.

Reportagem fotográfica

CortaMato 2015

p. 06Crónica: A importância da Psicologia

Continua na pág. 2

Opinião

À procura da geração CR7

p. 02

2Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

– mas deixar-nos-á falar? Ora, a tolerância não é incompatível com a crítica; pois se o fosse seria também incompatível com a liberdade de expressão, o que é muito pouco plausível, para não dizer absurdo. Isso significaria que concedíamos liber-dade e direitos aos outros à custa da nos-sa própria liberdade e direitos. Quando toleramos, abstemo-nos de reprimir. Mas criticar uma certa ideia e defender uma ideia alternativa não pode ser visto como repressão. Caso não seja acompanhada de agressões, ameaças ou chantagens, a ar-gumentação não pode ser vista como uma forma de força. A argumentação racional é, pelo contrário, um diálogo: discordamos de uma pessoa e damos-lhe simultanea-mente a possibilidade de discordar de nós; tentamos convencê-la e permitimos que ela nos tente convencer a nós. Criticar, no contexto da argumentação racional, não é ofensivo nem desrespeitoso e não deve fazer parte das coisas que uma pessoa se abstém de fazer por ser tolerante. A crítica não conta como interferência. Criticar não é, portanto, um ato intolerante. Quando consideramos que a tolerância consiste em “respeitar as opiniões das pes-soas”, o que deve ser respeitado não são as opiniões em si mesmas mas sim a sua existência e livre expressão. Respeitar o conteúdo das opiniões que consideramos falsas seria impedirmo-nos de pensar, ou pelo menos de dizer, que essas opiniões são falsas – o que seria uma forma de au-tocensura e impediria o livre exercício do pensamento. Criticar uma opinião que consideramos falsa não nos impede de a tolerar nem constitui um desrespeito para com os seus defensores.Em suma, quando escolhemos livremente expressar a nossa opinião, responsabili-zamo-nos por ela, o que numa sociedade livre não deve ser alvo de repressão mas sim de respeito, constituindo qualquer dessas formas de expressão uma forma de nos fazer pensar no que de diferente de nós existe, num ato de tolerância ativa e na promoção de um diálogo que possibilite o enriquecimento mútuo. Viver em socie-dade implica regras; mas ao proferirmos alguma crítica sobre algum assunto, ma-nifestando deste modo a nossa liberdade de expressão, esta deve ser vista como algo que permitirá uma melhoria nas atitudes e comportamento na perspetiva de quem, simplesmente, vê o mundo de uma forma diferente. •

Rosa Manuela Machado

•A propósito da atribuição da 3ª Bola de Ouro a Cristiano Ronaldo, propõe--se uma reflexão sobre os valores da geração atual. Poderemos ver em CR o protótipo de uma nova geração? Quan-do um jogador já ganhou quase tudo, individual e coletivamente, em vez de se acomodar, se continua a motivar a si mesmo, procurando ser sempre me-

lhor (como o próprio diz), será que po-demos esperar das novas gerações um estado de espírito equivalente no sen-tido de construirmos uma sociedade mais lutadora pelos seus ideais? Estará em génese, depois das denominadas “Geração Rasca” e “Geração à Rasca”, uma “Geração CR7”? Supomos que sim. O seu caso é para todos um exemplo

Editorial (continuação)

“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete”Aristóteles

À procura da geração

CR7

Artigo

O Pregão Fevereiro de 2015 3

Artigo

de que a persistência na busca de metas cada vez mais altas e o trabalho diário ár-duo, levam a que se consiga ser melhor aperfeiçoando o seu talento. Prova, aci-ma de tudo, de que não é só com o “enge-nho” mas sobretudo com a “arte”, com o trabalho que se consegue ser excelente. Este fenómeno de sucesso a que se tem vindo a assistir, assenta em vários fato-res. Para além das suas qualidade inatas e do referido persistente trabalho, tam-bém a vertente emocional e familiar tem um papel relevante. Há quem possa apontar que o fator sor-te é determinante neste fenómeno de su-cesso; mas também aqui é preciso saber aproveitar a oportunidade, o que nem todos fazem. Há, ainda, quem possa dizer que po-deria treinar tanto ou mais que o Cris-tiano e mesmo assim nunca seria tão bom como ele. Ocorre-nos aqui a teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner que nos ensina que são oito as inteligências que encontramos no ser humano, com predominância, em cada um dos sujeitos observados, de uma so-bre as outras: a musical, a linguística, a espacial, a corporal-cinestésica, a lógico--matemática, a intrapessoal, a interpes-soal e a naturalista. Isto significa que a inteligência humana tem todas estas características, mas nem todos as têm na mesma proporção. Depreendemos, por-tanto, que o Ronaldo beneficia de uma inteligência corporal-cinestésica fora do alcance do génio literário de José Sara-mago. O que nos leva a concluir que se cada um de nós é mais inteligente numa dessa áreas, o caminho a seguir é encon-trar uma área, vulgarmente tratada por vocação e desenvolvê-la. Para além destas caraterísticas que o tornam único, Cristiano Ronaldo tem também desenvolvida uma inteligência emocional que lhe permite saber lidar com as suas emoções e a dos outros. Sa-ber lidar com a derrota, ultrapassar uma performance menos boa, ou mesmo estar sempre disposto a dialogar com os fans e a participar em campanhas solidárias, fa-zem dele um ser humano mais completo. Ora, constata-se que no mercado de trabalho, para além do Quociente Inte-lectual que é importante para conquis-tar um emprego, o Quociente Emocional é cada vez mais valorizado. A inteligên-

cia emocional é uma forma diferente de inteligência, composta principalmente de autoconhecimento, de controlo de impulsos, de persistência, de automoti-vação, de habilidade social e de capaci-dade de perceber os sentimentos alheios (Daniel Goleman). Representa a capaci-dade para conciliar as emoções e a razão: usar as emoções para facilitar a razão e raciocinar inteligentemente acerca das mesmas. Segundo o mesmo autor, quase 90% das competências necessárias para o sucesso da liderança são de natureza emocional e social. A inteligência inte-lectual é por norma menos importante que a inteligência emocional ao deter-minar quão bem sucedidos seremos na nossa vida pessoal e profissional. Todos nós conhecemos pessoas que são acade-micamente brilhantes, mas socialmente inadaptadas e mal sucedidas. A inteligên-cia emocional pode ser alcançada por

meio de treino. Não podemos simples-mente ler sobre inteligência emocional . Este tipo de aprendizagem é baseado no que vemos, ouvimos e sentimos. Vemos na sociedade atual muitos que abominam tudo que signifique o esfor-ço e dedicação. Podemos ver, também, a partir de agora, um novo exemplo no Cristiano que representa o esforço, a cul-tura e os valores da perseverança.Cons-tata-se que os valores da fama e da po-pularidade vêm na sequência do esforço sempre imposto a si mesmo e que sendo um dos homens mais influentes do mun-do, segundo algumas revistas, continua a ser o miúdo simples que encontra na sua família a âncora que o segura nos momentos mais difíceis. Cristiano Ronaldo é um fenómeno tão peculiar que a Universidade da Colúm-bia Britânica, no Canadá, está a minis-trar um curso sobre Cristiano Ronaldo que pretende analisar como se "constrói a lenda futebolista". Luís Aguiar, respon-sável pelo curso, considera que a figura mediática do jogador português é uma boa forma de explicar Portugal aos emi-grantes de segunda geração e aos cana-dianos: "Escolhi o Ronaldo porque sou português e tenho orgulho nele. Tem uma visibilidade enorme, é uma figura que não foi explorada sociologicamen-te", diz o docente de sociologia. "O curso aborda pouco as qualidades futebolísti-cas, mas sim as suas qualidades sociais, o humanismo do Ronaldo", esclareceu. Em suma, com trabalho e persistência, qualquer um de nós pode ser melhor em qualquer área. Os fatores adversos são muitos mas nunca devemos desistir. Não descurando a crise enonómica e laboral ou outros obstáculos circunstanciais, mas também não nos desculpando com eles, podemos criar uma sociedade em que a escala de valores deixe de ser a ga-nância, o individualismo, o facilitismo e a fama a qualquer preço para uma hie-raquia em que os valores do trabalho, da persistência, da partilha e da família pos-sam ser os mais importantes. Acredita-mos que o Cristiano está a dar o pontapé de saída para uma nova geração, capaz e trabalhadora (se quisermos, uma Ge-ração CR7!) que quer e contribuirá para um mundo melhor. •

Rosa Manuela Machado

Poderemos ver em CR o protótipo de uma nova geração? Quando um jogador já ganhou quase tudo, individual e coletivamente, em vez de se acomodar, se continua a motivar a si mesmo, procurando ser sempre melhor (como o próprio diz), será que podemos esperar das novas gerações um estado de espírito equivalente no sentido de construirmos uma sociedade mais lutadora pelos seus ideais?

4Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

O (pre)conceito da deficiência,

Maria de Belém Cunha, Coordenadora grupo Educação Especial. Mestre Educação Especial

• São, na atualidade, importante foco de discussão e narrativas mais ou menos ela-boradas as questões que se relacionam com os conceitos da deficiência, incapa-cidade e funcionalidade. Para compreen-der e explicar a incapacidade e a funcio-nalidade foram propostos vários modelos concetuais, expressos na dialética de “mo-delo médico” vs “modelo social”. O mode-lo médico considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado direta-mente pela doença, trauma ou outro pro-blema de saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento indi-vidual por profissionais. Por outro lado, o modelo social de incapacidade, consi-dera a questão principalmente como um problema criado pela sociedade e, basica-mente, como uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A inca-pacidade não é um atributo de um indi-víduo, mas sim um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Daí, entendamos que a solução do problema requer uma ação social e é da responsabilidade cole-tiva da sociedade fazer as modificações ambientais necessárias para a participa-

ção plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social. Portan-to, é uma questão atitudinal ou ideológi-ca que requer mudanças sociais que, a ní-vel político, se transformam numa ques-tão de direitos humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é, ainda, uma questão política2. A assunção da recipro-cidade das relações indivíduo/meio, onde a incapacidade é encarada não como ca-racterística intrínseca da pessoa, mas como resultado do desajustamento entre as funcionalidades do indivíduo e as soli-citações dos quadros sociais onde é cha-mado a intervir, é o ponto de partida para um novo olhar da deficiência.

Um novo construto, um novo paradigma

Como e em consequência à perspeti-va biomédica ou de valorização do déficit na abordagem da deficiência, uma outra se contrapõe, onde a relação entre o dé-ficit e o meio é reconsiderada, procuran-do a leitura e o funcionamento dos indiví-duos com deficiência na consideração dos seus desempenhos efetivos de participa-ção. Esta assunção traduz-se no mode-

lo social, onde se afirma como premissa fundamental a rejeição da incapacidade (disability) como uma característica inter-na da pessoa e a defesa de que esta resul-ta de uma construção social cujo objetivo tem sido discriminar e excluir os indiví-duos (Simeonsson, 2006)

O pensamento dominante até ao fim do século passado era o de que a presen-ça de uma patologia com alguma gravi-dade sustentava razão para o indivíduo apresentar uma incapacidade em qual-quer contexto. Em 1997 que o Institute of Medicine (IOM) coloca os fatores ambien-tais e a qualidade de vida como variáveis neste processo, atribuindo ainda uma frágil importância na funcionalidade. É o modelo da OMS (2001, 2007) que mar-ca a cisão com as anteriores conceções, dando um passo significativo na procu-ra da explicitação desta dinâmica. O mo-delo de incapacidade, isto é, das relações estabelecidas entre as condições de saú-de de um indivíduo e os fatores pessoais e do ambiente que podem afetar ou faci-litar essa funcionalidade e onde surge a substituição dos conceitos de patologia pelo de condição de saúde, de deficiên-

Gradualmente acostumei-me ao silêncio e à escuridão que me rodeavam e esqueci que algum dia fora diferente (…). Quando caminhamos no vale da dupla solidão, conhecemos pouco dos temas, afeições que se originam das palavras, ações e companheirismo carinhosos.”

Helen keller, Surdocega, in A história da minha vida 1

Artigo

….. a propósito do Dia Internacional da deficiência!

O Pregão Fevereiro de 2015 5

Artigo

cia (Impairment) por funções e estruturas do corpo e da noção de limitações funcio-nais por atividade. De igual modo, incapa-cidade (Disability) é tratada em termos de participação com os fatores ambientais a marcarem decisivamente este processo. A participação deixa de depender apenas das estruturas e funções do corpo, pois os fatores do meio são fundamentais.

Uma grande virtude desta proposta é, então, a atribuição ao ambiente do peso essencial na equação que torna possível a expressão capacidades iguais não sig-nificam funcionalidades iguais (Sanches--Ferreira, 12). Deste modo, a Incapacida-de passa a ser entendida num contínuo de situações provocadas pelas relações es-tabelecidas entre as diferentes variáveis envolvidas.

Um olhar rápido às denominações atribuídas à população, hoje designada com Incapacidade Intelectual, - idiotas, imbecis, débeis mentais, "handicap" men-tal, atrasados mentais, deficientes mentais -, regista que a progressão do conheci-mento favoreceu a procura não só de mo-delos mais compreensivos como de de-signações cada vez mais neutras. De fac-to e cit (07), por detrás dessas designações esteve o conceito de inteligência, que, se-gundo Sternberg (1995), "é um artefato cultural que esquecemos foi por nós cria-do e, que mais tarde, tentamos explicar como se de um fenómeno natural se tra-tasse". Então, o que os modelos funcionais desvendam e comprovam é que o ambien-te é a variável mais importante no funcio-namento humano. •

1. Helen Keller (1880-1968), nasceu no Alabama (EUA). Aos 18 meses ficou subitamente cega e surda. Passou os primeiros anos da sua infância fechada numa prisão sensorial que a impedia de comunicar. Aos 6 anos era uma criança com a sua infinita solidão, tida como agressiva, difícil e retardada mental. Foi educada com grande sucesso por Anne Sullivan, uma professora irlandesa. Tornou-se numa importante escritora (O Mundo em que vivo, Lutando con-tra as Trevas, Paz no Crepúsculo…), conferencista e ativista social na defesa das pessoas com deficiência. Foi a primeira pessoa surda e cega a conquistar o bacharelado em artes.

2. A CIF (Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Deficiência) a que o DL 3/2008 de 07 de janeiro faz referência do seu artº 6ª, pon-to 3, baseia-se numa integração destes dois modelos opostos. Para se obter a integração das várias perspetivas de funcionalidade é utilizada uma abor-dagem "biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão coerente das diferentes perspetivas de saúde: biológica, indivi-dual e social.

Bibliografia: Sanches-Ferreira, M; Lopes-dos-Santos, P; Augusto Santos. M, A desconstrução do conceito de Deficiência Mental e a construção do conceito de Incapacida-

de Intelectual: de uma perspetiva estática a uma perspetiva dinâmica da funcionalidade in Rev. Bras. educ. espec. vol.18 no.4 Marília Oct./Dec. 2012

6Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

A Psicologia interessa?

Lia Freitas, 12º CT3

• Na passagem do 11º para o 12º ano todos temos de cumprir uma espécie de ritual que é efetuar mais uma escolha na nos-sa vida escolar, a qual irá de certa forma determinar o nosso futuro. E isto aconte-ce porque, de uma lista extensa de disci-plinas, temos de ser capazes de discernir quais serão as duas “melhores” para nós, medindo concumitantemente as vanta-gens e as desvantagens que poderão ad-vir dessa seleção.

Ora, alguns meses atrás, chegou tam-bém a minha altura de o fazer. Era neces-sário escolher e, tal como a maioria dos es-tudantes, persegiu-me alguma relutância e indecisão, até ao momento em que esta-va sentada na habitual sala de aula. Forra-va-a um branco resplandescente e harmo-nioso, de onde sobressaía um armário me-tálico cuja finalidade me intrigava todos os dias. Decidi. Ao vislumbrar a pequena folha inquiridora que transportava invo-luntariamente vários destinos, acabei por optar pela disciplina de Psicologia. Foi, de facto, uma das opções mais acertadas que fiz no meu percurso estudantil.

A Psicologia remete para o estudo de todos os fenómenos psicológicos e com-portamentais intrínsecos ao ser huma-no e, como tal, transporta-nos para essa complexidade gigantesca que a espécie humana oferece.

Revelando-se uma área que tem sido alvo de uma profunda análise e investiga-ção, tem procurado dar resposta a todas as nossas questões que na Antiguidade nunca tinham avistado qualquer vestígio de explicação. Colocam-se, assim, ques-tões como: Que tipo de fatores influen-ciam o comportamento? Como se explica o que sentimos pelas pessoas que nos são próximas? Qual é a importância da rela-ção precoce do bebé com a mãe na vida

do ser humano? Como é que influencia-mos os outros? e Quais são os fatores que influenciam a atração e a agressão? – são--nos explicadas pela Psicologia de uma forma pertinente e sagaz.

Retomando a questão inicial, todas as aulas são uma fonte enriquecedora de co-nhecimento e, ao contrário do que o in-correto senso comum transmite, não é uma disciplina maçadora e que requere muito estudo. A matéria é dada de uma forma tão acessível e súbtil que nos for-nece, imediatamente e com esforço mo-derado, as ferramentas necessárias para alcançar ótimos resultados.

Em jeito de conclusão, e subli-nhando uma total sinceridade da mi-nha parte, penso que a Psicologia se afi-gura como uma disciplina extremamente cativante e fascinante, pois aborda te-mas intemporais e do nosso quotidiano, que nos transportam para um nível su-perior de erudição, compreensão de nós mesmos e de tudo o que nos rodeia, con-ferindo-nos por isso uma mundividência mais ampla e inspirando-nos a um auto--conhecimento e a uma reflexão incansá-veis. Sendo assim, atrevo-me a aconselhar todos os alunos que se interes-sam por aprofundar o co-nhecimento do ser humano a optar por Psicologia. Estou certa de que não se irão arrepender! •

Reflexão

O Pregão Fevereiro de 2015 7

Reflexão

Será possível que um dia as máquinas venham a ter um

cérebro inteligente?Tiago Lima, 10.º CT2

• Será possível que um dia as máquinas venham a ter um cérebro inteligente?

Para ter um cérebro tão inteligente como o humano, uma máquina teria que estar ciente do livre-arbítrio, ou seja, do poder de escolher entre a opção A e a op-ção B. Mas o que é, afinal, uma máquina? Uma máquina serve, na maior parte das vezes, para nos ajudar no nosso dia-a-dia (ex: carro, torradeira, impressora, etc.). E se um dia alguém criasse uma máquina com inteligência suficiente para pensar que é uma escrava dos humanos? Iria es-colher continuar com as funções para as quais foi programada ou escolher revol-tar-se contra o seu dono? Quando eu tinha 11 anos de idade assisti a um filme chama-do “9”, em que os humanos criaram uma máquina super inteligente, programada para criar robôs para fins bélicos. Quando a máquina se apercebeu de que era supe-rior aos humanos, decidiu que eles eram seres inferiores e então revoltou-se, crian-do robôs que foram destruindo todas as formas de vida no planeta Terra.

Mas agora retomando o assunto: se as máquinas algum dia chegarem a ser in-

teligentes, com o poder do livre arbítrio, estas terão de ter moral. E, se as máqui-nas tivessem moral, estas não seriam tra-tadas como seres humanos, capazes de pensar sobre a liberdade, sobre a mor-te ou sobre o seu papel na vida? Seremos um dia capazes de criar uma máquina as-sim, ou transferir a consciência de uma pessoa para uma máquina? Tenho então dois exemplos fictícios para tentar res-ponder a esta questão, que provêm de dois videojogos que já joguei. No primei-ro, “Portal” (1 e 2), a principal antagonista é um robô (GlaDOS), com altas tendências homicidas. Durante o jogo, descobre-se que parte da I.A. (inteligência artificial) de GlaDOS é a consciência da mulher do seu criador, que foi forçada a fazer parte da máquina. Daí provem o seu rancor por to-dos os seres humanos. O segundo exem-plo provém de um videojogo da série “Metal Gear Solid”, cujo chefe final é um robô (Metal Gear) e onde toda a informa-ção (como maneira de pensar, objetivos, etc.) da mentora falecida do herói foi ins-talada no seu núcleo. Então o robô, duran-te a luta, reproduz frases (pertencentes à

mentora) que afetam grande e negativa-mente o heroi. No fim da batalha, o robô age de uma forma inesperada: para parar o ataque nuclear que este estava progra-mado a ativar, afunda-se no oceano, sen-do as suas últimas palavras um conselho para que o herói esqueça a morte da sua mentora e continue com a vida.

Na minha opinião, a criação de uma máquina com um cérebro tão inteligente como o nosso é possível (embora os exem-plos que eu apresentei sejam fictícios). Mas,“quando” e “como” são as únicas per-guntas que deixo... •

8Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

10 atitudes de pessoas muito

criativas

• É consensual dizer-se que a criativida-de não se resume a técnicas e habilida-des, é sobretudo uma atitude mental na forma de encarar os problemas. Mesmo para alguém versado nas técnicas de cria-tividade (brainstorming, mapa mental, etc.), sem uma atitude mental correta, es-tas técnicas não produzirão quaisquer re-sultados. Para serem eficazes, as técnicas de criatividade precisam de ser acompa-nhadas de atitudes que nos levem a ver o mundo sob diferentes perspetivas e a tri-lhar caminhos nunca antes tentados.

Algumas atitudes mentais essenciais para o pensamento criativo são a seguir apresentadas.

1. CuriosidadeCriatividade requer uma disposição

permanente para investigar, procurar entender e obter informação nova sobre as coisas que nos rodeiam. Para se tor-nar uma pessoa mais criativa você deve aprender a perguntar “porquê?” e “e se…?” e incorporar estas perguntas no seu modo de vida.

Infelizmente, com a maturidade per-demos aquela atitude inquisitiva da infân-cia, quando não dávamos trégua aos nos-sos pais, querendo saber o porquê sobre tudo. Torna-se necessário estimular o re-gresso desta curiosidade natural, anulada pela escola, pela família e pelas empresas.

2. Confrontando desafiosAs pessoas criativas não fogem dos

desafios, enfrentam-nos perguntando “como posso superar isto?”. Elas têm uma atitude positiva e veem em cada proble-ma uma oportunidade de exercitar a cria-tividade e conceber algo novo e valioso.

3. Descontentamento construtivoAs pessoas criativas têm uma percep-

ção aguda do que está errado no ambien-te que as rodeia. Contudo, elas têm uma atitude positiva a respeito desta percep-ção e não se deixam abater pelas coisas erradas. Pelo contrário, transformam este descontentamento em motivação para fa-zer algo construtivo. Santos Dumont foi um entusiasta em balões de ar, mas não estava satisfeito com suas limitações e não descansou até inventar uma aerona-ve dirigível.

4. Mente abertaCriatividade requer uma mente rece-

tiva e disposta a examinar novas ideias e factos. As pessoas criativas têm consciên-cia e procuram livrar-se dos preconceitos, suposições e outros bloqueios mentais que podem limitar o raciocínio. Quem vê um telemóvel apenas como um telefone, jamais pensaria em agregar ao aparelho outras funcionalidades como fotografia, GPS, e-mail e MP3.

5. FlexibilidadeAs pessoas muito criativas são hábeis

em adotar diferentes abordagens na solu-ção de um problema. Elas sabem combinar ideias, estabelecer conexões inusitadas e gerar muitas soluções potenciais. Elas ado-ram olhar as coisas sob diferentes perspe-tivas e gerar muitas ideias alternativas.

6. Suspensão do julgamentoImaginar e criticar ao mesmo tempo

é como conduzir com o pé no travão. As pessoas criativas sabem que há um tem-po para desenvolver ideias e outro para julgá-las. Elas têm consciência de que to-das as ideias nascem frágeis e precisam de tempo para maturar e revelar o seu po-tencial e utilidade antes de ser submetida ao julgamento.

7. SínteseOlhe as árvores, sem perder a visão da

floresta. A capacidade de se concentrar nos detalhes sem perder de vista o todo é uma habilidade fundamental das pes-soas criativas. A visão do todo dá-lhe os caminhos para estabelecer conexões en-tre informações e ideias aparentemente desconexas.

8. OtimismoHenry Ford resumiu bem as conse-

quências das nossas atitudes: Pessoas que acreditam que um problema pode ser re-

Prof. Jorge Faria

Destaque

O Pregão Fevereiro de 2015 9

solvido acabam por encontrar uma solu-ção. Para elas nenhum desafio é tão gran-de que não possa ser enfrentado e ne-nhum problema tão difícil que não possa ser solucionado.

9. PerseverançaAs pessoas muito criativas não desis-

tem facilmente dos seus objetivos e persis-tem na busca de soluções, mesmo quando o caminho se mostra longo e os obstácu-los parecem intransponíveis. Com mui-ta frequência, a procura de uma solução criativa requer determinação e paciência. Vejamos o Professor Sir Harold Kroto, pré-mio Nobel da Química: “Nove em dez das

minhas experiências falham, e isto é con-siderado um resultado muito bom entre os cientistas”.

10. Eterno aprendizFrequentemente, a solução criativa

nasce de combinações inusitadas, estabe-lecendo analogias e conexões entre ideias e objetos que não pareciam ter qualquer relação entre si. A matéria prima para es-tas analogias e conexões são os factos ob-servados e os conhecimentos e experiên-cias anteriores que a pessoa traz consigo. É através de seu património cultural que cada pessoa pode dar o seu toque de ori-ginalidade. Este património cultural nasce

e alimenta-se de uma atitude de insaciável curiosidade e de prazer em aprender coi-sas novas.

Quais destas atitudes mentais caracte-rizam a sua maneira de lidar com os seus desafios? Quais são os seus pontos fortes? Quais atitudes você precisa de desenvol-ver para fortalecer a sua criatividade? Fo-calize naquelas que você considera essen-ciais para o aprimoramento da sua criati-vidade e prepare um plano de ação. Mas tenha sempre em mente que atitudes não são mudadas de um dia para outro. Isto re-quer disciplina, paciência e perseverança. Pode ser difícil, mas o prémio é alto. •

10Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Destaque

(São Nicolau abeira-se da Janela. Olha em volta. Detém-se por momentos. Quase de seguida, começa a declamar o texto)

Alto! QUEM SOIS? (pausa)Que me quereis? DINHEIRO?(olha a comissão com atenção. Espanta-se!)AH! A “tropa” que marchou à frente dos bois,aquela que me ergueu um Pinheiro!

Um, Dois, Três, Quatro, Cinco... Seis...Foi esta a conta que Deus fez?Repetem-se os papéisda Comissão de ’94... a do “Chinês”!

Os “ajustes” já chegaram à Causa,estão a cortar na “Infantaria”;quem organiza esta “pausa”merece outro tipo de honraria

Só se pensa no Ranking das Escolas...isso presta para alguma coisa?Anda tudo à cata de esmolasa ver onde o saco poisa

Ai, que conversa do intestino...Agora falarei ao Nicolino:

Ó FIEL ESTUDANTADA,PERDOAI-ME O MODO BRUTO;O QUE VOS TRAZ À ESCOLA AMADA?...VINDES PEDIR O ESTATUTO?

(em jeito de segredo)

Falai com o Diretor,marcai depressa reunião;dizei-lhe que Vero Amoré estar ao lado da Tradição

Sou vosso Santo patronoà Terra voltado por Divina Graçaaqui mora hoje o meu trono,

bebo à vossa...enchei-me a taça!(virando-se para a banda, falando pausadamente)

E TU, Ó FILHA DE DELÃES,O FAMILIAR SOM QUERO ESCUTAR... (pausa)ESTÁS NO LICEU DE GUIMARÃESPÕE O MEU HINO A TOCAR!

(a banda toca o Hino escolástico/de São Nicolau)

(com muito ênfase, alegre)

OH...”Folgar rapazes folgar folgar, que só para o ano torna a voltar, que só para o ano torna a voltar...”

Música para os meus ouvidosque de cera estavam entupidos...

Todo o ano, em cada carta:“Ó Pai Natal...Ó Pai Natal...”;nem uma, ó “rais parta”, fala das Maçãzinhas no Toural...

E numa incursão pela internetfotos da roubalheira eu visó lá faltou uma retrete...e o pódio...era o da “JUNI”?

(a plenos pulmões)

Ó BANDA, Ó BANDA,TOCA A RUFAR;SABES BEM QUEM MANDA;TOCA! FAZ MEU SOM ECOAR!

(a banda toca o Hino)

(para a comissão, com grande ênfase)

Honrada és, Ó Tropa minha,Grande Alma Te habita;

(expressão séria)Preparada para o que (ainda) se avizinha?Veremos como a Cidade se agita!

(irónico)

Liceu, é este Bom Motivopara que se colha maduro fruto:ao Próximo Orçamento Participativoapresenta o Nicolino Estatuto!

(mostra a cesta à comissão)

Esta é vossa, só vossa,(desce a cesta)

dela fazei bom proveito;vá, ide deitar o olho à moçaenquanto retorno ao Eterno Leito.

(com grande ênfase)

ASSIM ME DESPEÇO, MEUS FILHOS,EMBARCANDO NA ETÉREA NAUQUE ME LEVARÁ A OUTROS TRILHOS...AH... E NÃO É “PAI NATAL”... É SÃO NICOLAU!

(pausa)

E TOQUE A BANDA! •

Texto dedicado à excelentíssima Senhora Professora Dulce Nogueira, 4 de dezembro de 2014

Posses - LiceuDo autor, Paulo César Gonçalves,

Antigo Aluno do Liceu de Guimarães (1994-2000), para a sua queridíssima Escola.

O Pregão Fevereiro de 2015 11

Destaque

Amigo Guilherme Valadão

A. Meireles Graça, Velho Nicolino, 2014

É uma festa linda, de um paganismo irreverente em homenagem a um Santo, esse humaníssimo Nicolau, também conhecido por Pai Natal. Festa esta impossível de descrever.

• A noite do Pinheiro marca o início das Festas Nicolinas, as festas dos alunos do ensino secundário da cidade de Guima-rães. Festas únicas, uma tradição de mais de 350 anos. É uma festa linda, de um pa-ganismo irreverente em homenagem a um Santo, esse humaníssimo Nicolau, também conhecido por Pai Natal. Festa esta impossível de descrever. Organizada por estudantes novos, é a alegria dos es-tudantes velhos e de um Povo todo que, faça chuva ou faça sol, vem para a rua go-zar o frio mais quente do mundo: a Frater-nidade! A Paz! O Reviver! Imagine mais de 50.000 pessoas, alinhadas nos passeios, à espera de um cortejo que sairá do Campo de S. Mamede, por detrás do Castelo, mais ou menos por volta da meia noite, num percurso aproximado dos três quilóme-tros, feito a passo de boi, porque é isso: um enorme pinheiro amarrado nas cabecei-ras de três ou quatro carros de bois minho-tos, de eixos livres e chiantes, alumiado de mil grisetas, adornado de festões nos seus fueiros, lumieiras e archotes fumegantes; precedido do carro de Minerva e seguido de carros alegóricos onde, através de car-tazes e outros expedientes, os jovens estu-dantes dão vaza ao seu espírito crítico!

E agora imagine: precedendo o carro de Minerva, uma multidão de Velhos Ni-colinos, antigos estudantes, zabumbando seus bombos e caixas, mais de 10.000 cai-xas e mais de 2.000 bombos (!), numa toa-da única e exclusiva, a pauta herdada no curso de muitas gerações!

Curioso é ver como o estrangeiro, o passante, se converte à Festa e, sem dar por isso, se deixa arrastar na alegria co-mum, e paga em abraços ao Povo de Gui-marães esta rara oportunidade de sentir que a vida é para ser vivida!

E também, sim, as energias foram con-solidadas na boa gastronomia de uns ro-jões "à maneira", batatinhas rugidas em pingue de mistura com belas castanhas e muitos grelos, o capitoso verde tinto, os fi-gos secos, o creme queimado e outros mi-lagres das nossas freiras de Santa Clara...

Lá pelas quatro da madrugada, o Pi-nheiro é replantado no Campo da Feira, mastro ufano das Festas Nicolinas que, ini-ciadas a 29 de novembro, terminam a 6 de dezembro. A cada dia, um número único de uma Tradição que juramos eternizar!

Não há festas tão antigas como estas... •

12Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Universo ESMS

• O grupo da Educação Espe-cial candidatou para acredi-tação (12 horas/ 0.5UC), uma ação de formação, na modali-dade de ciclo de estudos (três sessões a decorrer duran-te o ano letivo), para docen-tes da Escola Secundária Mar-tins Sarmento, subordinada ao tema “ Desafios da ação docen-te – Partilhar e refletir para me-lhorar a intervenção com os alunos em risco (deficiência, cultural e ambiental)” cuja mo-nitorização caberá à Professo-ra Maria de Belém Cunha.

A primeira sessão, Sessão temática 1 - “Sociedade Inclu-siva/Escola inclusiva. Qual nó Górdio?!” decorreu no passa-do dia 12 de novembro, para todos os docentes da nossa es-cola e foi orientada pelo Dr. Se-rafim Queirós da DEGesTE e o Dr. Vítor Tété da ESE do Porto.

O principal propósito des-

ta ação de formação é promo-ver a reflexão e partilha de ex-periências e vivências em con-texto escolar entre docentes, visando os seguintes objetivos:

• Integrar na dimen-são pedagógica as componen-tes pessoais dos docentes e dos alunos;

• Desenvolver a cons-ciência sobre a importância do papel do professor na gestão do processo de ensino e apren-dizagem para todos os alunos;

• Promover a reflexão de métodos e estratégias que possibilitem uma gestão mais adequada em contexto de sala de aula considerando a popu-lação escolar;

• Sensibilizar para a formação atendendo à diversi-dade e diferenças da popula-ção escolar. •

Prof.ª Maria de Belém Cunha, Grupo de Educação Especial

• "Hacker" é uma palavra de origem inglesa que, inicialmen-te, caracterizava um “especia-lista em programação e resolu-ção de problemas em sistemas informáticos”.

Hoje é a derivação crimino-sa do termo e designa alguém com profundos conhecimentos de informática que os usa para aceder a sistemas informáticos alheios sem autorização.

Este pirata informático pode utilizar as suas capacida-des para recolher informações confidenciais e retirar ganhos financeiros da sua atividade. Pode, por exemplo, vender da-dos de cartões de crédito, pres-sionar governos e instituições com a divulgação de informa-ção sigilosa. •

2º PMIM

• Formação - Educação Especial

Desafios da ação docentePartilhar e refletir para melhorar a intervenção com os alunos em risco (deficiência, cultural e ambiental)

• Curiosidades

Origem da palavra "Hacker"

A sessão foi orientada pelo Dr. Serafim Queirós da DEGesTE e o Dr. Vítor Tété da ESE do Porto.

O Pregão Fevereiro de 2015 13

Universo ESMS

• Os ativos, talentosos, únicos e irrepetíveis que existem hoje em Guimarães “por via da exis-tência de um sistema de ensino de excelência, onde pontuam escolas secundárias prestigia-das…” (CMG 2014) assinalados na candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia jus-tificam uma séria reflexão da escola sobre o seu papel reno-vador e empreendedor numa sociedade mais ecológica e sustentável do ponto de vis-ta ambiental. Nesta perspeti-va, é atual e pertinente o tema da mobilidade sustentável e do potencial da bicicleta na con-quista de um estilo de vida saudável desenvolvido nas an-teriores edições deste “Pre-gão”. O impacto do transporte ativo manifesta-se também na sustentabilidade da nossa cida-de, pois os nossos hábitos quo-tidianos de deslocação para a escola produzem efeitos dire-tos no tráfego rodoviário ur-bano e, por consequência, na qualidade de vida dos seus ci-dadãos, indo ao encontro do desafio emanado do documen-to estratégico para uma cidade mais verde.

No plano da mobilidade, a

bicicleta é um transporte in-dividual versátil que permite uma elevada autonomia; é fácil de utilizar, ocupa pouco espa-ço, é fácil de estacionar, mas a sua maior virtude está na redu-ção do tempo gasto nas curtas deslocações (até 4 km), princi-palmente em situação de trân-sito. A vertente ecológica da

bicicleta enquanto transpor-te silencioso e não poluente (emissão de gases) garante-lhe um lugar cimeiro enquanto transporte amigo do ambien-te. Toda a forma de deslocação cuja energia motriz provém do indivíduo determina o modo ativo das suas deslocações. Nes-ta medida, a decisão de utilizar a bicicleta enquanto transpor-te ativo nas múltiplas desloca-ções diárias revela uma atitude sensata e inteligente do ponto de vista do combate ao seden-tarismo e nos ganhos evidentes de saúde que daí advêm. Neste contexto impõe-se a seguinte questão: Porque não conside-rar, em benefício da sustenta-bilidade das cidades e da qua-lidade de vida dos cidadãos, a

bicicleta (enquanto transporte ativo) na oferta de transporte para a escola como medida de investimento público no domí-nio da mobilidade?

Parece-me acertada a medi-da que permita uma escolha ple-na do modo de deslocação para a escola, admitindo-se a possi-bilidade de utilizar a bicicleta como alternativa ao automóvel e ao transporte público para cum-prir este trajeto quotidiano, ba-seando a minha opinião nos se-guintes pressupostos.

Um recente estudo efetua-do na nossa comunidade edu-cativa evidencia um cenário positivo no que se refere à bi-cicleta, pois a maioria (95%) dos 145 alunos inquiridos afir-mou saber andar de bicicleta

e um número considerável de-les reside num perímetro favo-rável ao uso da bicicleta. Para a maioria dos alunos (92%) an-dar de bicicleta é “fixe”, sendo muito utilizada de forma espo-rádica nos tempos livres. A es-cola pode desempenhar um papel formativo e mobiliza-dor, aproveitando este quadro positivo, para produzir peque-nas mudanças numa socieda-de dominada pela mobilidade motorizada e contribuir dire-tamente num processo de in-versão favorável ao transporte ativo. Para o efeito será deter-minante envolver os alunos no processo de mudança e com-prometer as famílias e a so-ciedade civil neste esforço de transformação.

A eficiência e a comodida-de conferidas à bicicleta pelos avanços tecnológicos, associa-da a um transporte económi-co, silencioso, amigo do am-biente, independente e fun-damentalmente ativo para a pessoa, tornam esta opção de mobilidade atraente e inteli-gente, sendo desejável a sua ge-neralização. Esta necessidade de “renovação ambiental” co-loca a mobilidade sustentável na agenda das decisões sobre o planeamento urbano, privile-giando o conceito de “cidadão multimodal” onde a escolha da melhor solução de transporte para cada necessidade especí-fica é promovida e cuidada. •

Ricardo Lopes, Prof. Grupo de Ed. Física

• Sustentabilidade e vida saudável

Escola com pedalada

A vertente ecológica da bicicleta enquanto transporte silencioso e não poluente (emissão de gases) garante-lhe um lugar cimeiro enquanto transporte amigo do ambiente.

14Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Pinheiro de 2014Homenagem aos que fazemfesta da nossa festa!

Cheguei mais cedo, carinho,E, na minha solidão,E, na minha solidão, De longe faço caminhoNos braços da Tradição.Mas, para isso, acredita,Tinha de vir à Cidade;Esta cidade bonita Onde vivi mocidadeBem colorida de amores Que guardo dentro de mim: As mais perfeitas flores De que faço o meu jardim!

E minha alegria é tantaPor no tempo regressar Que venho na noite santa Velhos sons ressuscitar. Sons antigos, nicolinos, Velhos sons, velho rufar De Celtas clandestinos Que acabam por acordar Dentro do meu coração: Saudades de eras perdidasGerando em mim ilusãoDe ter vivido mil vidas!

Numa delas o destinoMe deu por fugaz encantoO dom de ser NicolinoPor obra e graça de um santo!Entrei no velho LiceuQue já era de SarmentoE tanto saber me deuQue até fugi do ConventoQue era das ClarissasUma ancestral clausura Onde ao fim de duas missasSe provava uma doçura...

E nem sabeis como eu Fiquei tão enamorado

Desse toucinho do céuPor freirinhas cozinhado:Quantas vezes em segredoDeixei o meu pensamentoPerder-se sempre sem medoNas salas desse Convento...Depois, fugindo das freirasDas doçuras e amoresLá lançava umas asneirasDe resposta aos professores!

Um dia até fui suspensoPor tanto me armar ao finoE num milagre pretensoVirei Velho NicolinoGuardando dentro de mimDo Santo a douta verdade:Amar sempre até ao fimViver sempre em mocidade!

Assim sabeis como eu Por muita sorte ou azarO Passei no velho LiceuA pretexto de estudarComo um fugaz meteoroQue vai fugindo da vida:Feliz aqui me demoroA fazê-la repartidaPelas novas geraçõesQue me trazem mocidadeE me atrasam a partida Para o Campo da Verdade!

As caixas ouço rufarOs bombos rugir ao fundo...Façamos ressuscitarA Alegria no mundoE numa bela toadaComo manda a TradiçãoNesta noite abençoadaGuimarães no coração...Vamos erguer o PinheiroNos corações, seu espaço:Aqui vos deixo primeiroO meu nicolino abraço!•

• Trabalho coletivo

Ceia dos velhos no Liceu de Guimarães

Universo ESMS

O Pregão Fevereiro de 2015 15

Trazemos, hoje, uma receita que facil-mente todos poderão executar e saborear: Bife à Portuguesa. Este prato da cozinha tradicional portuguesa é um prato muito apreciado na nossa gastronomia.

Inicialmente este bife foi elaborado para “competir” com a posta à Mirandesa, pois, até aí, os bifes, nacos ou postas eram todos grelhados, e servidos com batatas cozidas.

Foi então que surgiu o Bife à Portugue-sa, completamente diferente dos outros, não só porque a batata é cozida e depois frita, mas também porque o bife é frito, como se diz na cozinha, corado. No seu molho leva vinagre e acompanha com uma fatia de presunto, também frito.

Apresento-vos, então, um prato delicio-so da nossa cozinha tradicional, que em alguns restaurantes ainda se confeciona.

Bons petiscos e bom apetite! •

Receita do Chefe Luís Costa

Confeção:Temperar o bife com sal e pimenta. Colo-car um sautê¨* ao lume, adicionar o azei-te, o alho esmagado, o louro e fritar o pre-sunto. Retirar o presunto, o alho e o louro reservar. Fritar o bife e retirá-lo do sautê. Retirar o excesso de gordura e refrescá-lo com o vinho branco. Adicionar a mantei-ga e deixar derreter. Acrescentar as gotas de vinagre e deixar ferver um pouco. Adi-cionar ao molho todos os ingredientes an-teriores para ganharem sabor. Colocar no prato as batatas previamente fritas às ro-delas, o bife por cima, o presunto em cima do bife bem como o alho e o louro. Estes dois servirão meramente para decoração. Por fim, regar com o molho e servir bem quente.*Sautê – Nome francês e utilizado nas co-zinhas para se referir um tacho de fritar.

Ingredientes:• 250 gr – Bife de vitela do vazio• q.b. – Sal grosso• q.b. – Pimenta moída em grão• 1 dl – Azeite• 1 – Dente de alho com casca• 1 – Folha de louro• 1 – Fatia de presunto• 1 dl – Vinho branco• 25 gr – Manteiga• q.b. – Vinagre• q.b. – Batatas cozidas com a pele

• Cantinho do Chefe

Bife à Portuguesa

Universo ESMS

16Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Universo ESMS

Nos últimos anos, o número de pessoas alérgicas ou que sofrem de intolerância ali-mentar expandiu-se, representando atual-mente mais de 10% da população mundial.

Apoiada no Regulamento Europeu 1169/2011, a nova lei pretende facilitar a in-formação sobre os alergénios presentes nos produtos alimentares (embalados e não embalados), de forma a garantir a se-gurança alimentar de todos os cidadãos, sem que estes tenham de dar a conhecer as suas alergias ou intolerâncias.

A lei entrou em vigor no passado dia 13 de Dezembro de 2014. Desde esta data que é obrigatória a identificação dos aler-génios presentes no fabrico ou na elabora-ção de um alimento e que continuam a es-tar presentes no produto acabado, embo-ra seja de forma modificada.

Esta informação deve constar, por es-crito, no menu/ementa (restaurantes, ca-fés, pastelarias, padarias, cantinas, …) ou no rótulo dos produtos embalados. Nes-tes, a informação sobre os alergénios deve

estar em destaque relativamente à lista-gem dos outros ingredientes, sendo, para tal, escritos de forma evidenciada (cor di-ferente, negrito, maiúsculas, sublinhadas, tamanho maior, …), ou, no caso de ausên-cia de lista de ingredientes, devem ser re-feridos com a menção “Contém…”.

A lista de alergénios que está incluída nesta lei é a seguinte:

• Alimentação

Alergénios (Lei de Informação Alimentar)

Com esta informação disponível, cada pessoa só come o que quer, sabendo o que pode ou não comer! •

3º PR (Curso Profissional Técnico Restauração)

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18Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Os alunos do 12º ano do curso de Artes Visuais apresentam até ao dia 20 de fevereiro, no espaço da Biblioteca Escolar, a pequena ex-posição “AO INVÉS”, resultado de um exercício realizado na disciplina de Desenho A em torno do jogo surrealista “Cadavre Exquis”. Uma

exposição para mexer e descobrir (com algum tempo pelo meio), histórias por vezes bizarras.

• Artes Visuais

Exposição

"Ao Invés"

Universo ESMS

20Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Universo ESMS

Correr, brincar, conviver, dão mote ao Guimarães Corre Corre, iniciativa que reúne todas as segundas-feiras, dezenas de pessoas para um treino descontraído com duração de uma hora, pelas ruas da cidade de Guimarães. Esta iniciativa, tem como objectivo não só a promoção de es-tilos de vida saudáveis, mas também, dar a conhecer a cidade de Guimarães, em passo de corrida.

Segundo José Capela, um dos organi-zadores, Guimarães, pelas suas caraterís-ticas morfológicas, reúne excelentes con-dições para este tipo de treinos, que já são frequentes em cidades como Lisboa, Porto, Coimbra. Tendo iniciado há pouco mais de um mês, os treinos já contam com cerca de 80 participantes assíduos, sobre-tudo vimaranenses, mas também há par-ticipantes oriundos das cidades vizinhas de Braga, Famalicão ou Porto. Os percur-sos, esses, são todas as semanas diferen-tes mas nunca ultrapassam os oito qui-lómetros nem o perímetro urbano. Es-tádio, centro histórico ou colina sagrada são emblemáticos locais habituais de pas-sagem, mas também há vielas, ruas escon-didas e locais desconhecidos para muitos dos participantes, o que faz do Guimarães Corre Corre, uma divertida oportunidade para conhecer melhor a nossa cidade e a nossa História.

Um dos aspetos mais interessantes do Guimarães Corre Corre é que não é ape-nas feito de atletas, habituados a correr dezenas de quilómetros diariamente. Se-gundo Mauro Fernandes (organizador), um número significativo de participantes, iniciou-se na prática da corrida com esta iniciativa e a evolução destes é visível de semana para semana. O objetivo é a corri-da em grupo, pelo que, mesmo com a aju-da dos mais experientes, passo mais des-contraído, ou pequenas paragens para reagrupar, ninguém fica para trás. A or-

ganização acredita que muito em breve o número de corredores ultrapassará a centena de participantes ativos pelo que os interessados em fazer parte desta equi-pa apenas têm de aparecer na Plataforma das Artes, todas as segundas-feiras, pelas 21 horas. Aparece! •

Prof. José Faria

• Iniciativa Guimarães, Corre, Corre

A história da cidade em passo de corrida

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O Pregão Fevereiro de 2015 21

Universo ESMS

• Reportagem fotográfica

Corta-mato 2015Sara Leite e Vera Machado, 1º PTM

22Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

O Pregão Fevereiro de 2015 23

24Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Universo ESMS

• Reportagem fotográfica

Ceia Natal 2014

O Pregão Fevereiro de 2015 25

Universo ESMS

Ana Almeida, Diana Barbosa, Joana Salgado e Vítor Silva, 3º PTM

26Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

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SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 12REIS; P; O; PIOR; AIA; COISA; ARI; SS; IA; NA; AS; P; ASSASSINO; C; ABUSAR; ULTIMA; NERO; R; M; ARAR; ELA; PE; AI; OLE; TO; RAM; RAS; AI; E; MATE; ITEM; S; MEIAS; AEREA; RATO; SIM; ADRO; AIA; RA; ES; ORA; SS; PAR; NUA; ES; T; COPA; TARA; I; ORARAM; EMALAS.

O Pregão Fevereiro de 2015 27

H 1 Um dos dias festivos da quadra natalícia; antónimo de melhor.

2 Dama de companhia; qualquer objeto inani-mado; nome masculino.

3 “Segurança Social”; atravessava; Sódio (s.q.); campeão.

4 Pessoa que mata outra ou outras premeditada-mente ou na sequência de uma ação violenta.

5 Forçar ou maltratar sexualmente; derradeira.

6 Nome masculino; remexer (a terra) com o arado ou a charrua.

7 Namorada; nome extensivo a grande número de órgãos de locomoção dos animais; instante; interjeição que exprime espanto.

8 Reco; memória do computador; chefe político no oriente; momento.

9 Lance final; cada um dos artigos de uma ex-posição escrita, de um contrato, de umregula-mento, etc.

10 Peças de vestuário de tecido de malha que cobrem o pé e a perna; distraída.

11 Dispositivo operado manualmente que permite executarfunções no computador sem o recurso ao teclado (Informática); anuência; terreiro em frente ou à volta de uma igreja.

12 Criada de quarto; Rádio (s.q.); pertences; fala em público.

13 “Santíssimo Sacramento”; casal; despida; estás presente.

14 Cada uma das bolsas do sutiã que cobrem diretamente os seios; mania.

15 Suplicaram; colocas em mala.

V 1 Descompostura; vestígio que alguém, algum animal ou alguma coisa deixou no solo ou no ar, quando passou.

2 Aqui está; que provoca uma emoção estética; antónimo de menos.

3 Vagueava; conjunto de elementos que rodeiam alguém ou alguma coisa; limite; neste lugar.

4 Essa coisa; distância do centro ao limite da circunferência (Geometria); preposição que introduz expressões diversas.

5 Construção destinada a habitação, por oposição a apartamento; pé grande; comilão.

6 Poeira; lançaram para longe de si.

8 Aqueles; resumidamente.

9 Uma das cores do arco-íris; barco de recreio; transpiram.

10 Construção sepulcral, pré-histórica, tipica-mente feita de pedras grandes; estará; pedra de altar.

11 Passeava; metal precioso; receio; alumínio (s.q.).

12 Discursa; estômago; interjeição usada para fazer as bestas andar.

13 Excluireis (alguém) de um grupo ou das amizades; vegetação no deserto.

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12www.esmsarmento.pt

Jornal ‘O Pregão’ online em http://issuu.com/opregao

Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia-o para o email:[email protected]

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Equipa de ‘O Pregão’Glória M. MachadoJoão MiguelJorge C. FariaJosé L. FariaJosé M. TeixeiraMaria Assunção FreitasMaria Graça PachecoRosa Manuela Machado

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Sítios e Blogs

http://www.ciencia20.up.pt/Projeto de comunicação de ciência desenvolvido na Universidade do Porto, que tem como objetivo fundamental promover um maior diálogo entre ciência e sociedade.http://codigo.pt/testes/Este é um sítio onde pode fazer testes do código da estrada.

Post it “Tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

Fernando Pessoa

Prof. António [email protected]

Palavras Cruzadas 12

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