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 24 Klangbilder Imagens sonoras Carlo Domeniconi Elaborado por: Filipa Pinto Ribeiro Ricardo Martins Tiago Alexandre 

Klangbilder - C. Domeniconi

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24Klangbilder

Imagens sonoras

Carlo Domeniconi

Elaborado por:

Filipa Pinto RibeiroRicardo MartinsTiago Alexandre 

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Carlo Domeniconi 

Nascido em Itália, em 1947, Carlo Domeniconi é, semdúvida, um dos compositores guitarristas de maior destaqueno século XX. Iniciou os seus estudos musicais aos 13 anoscom Carmen Lenzi Mozzani e, aos 17 anos de idade concluiu ocurso do Conservatório de Pesaro.Em 1966, deixou Itália e ingressou na Universidade de Músicade Berlim (mais tarde Universidade de Artes de Berlim) ondetrabalhou durante vinte anos como professor.

Ao visitar a Turquia, Carlo Domeniconi ficou encantado peloseu povo e cultura. Desta forma, criou um departamento deguitarra no Conservatório de Istambul. A influência dasonoridade da música tradicional turca é evidente nas suasobras e no seu estilo, onde estão igualmente presenteselementos de inspiração árabe e indiana, criando, desta forma,uma linguagem musical bastante pessoal.

As obras de Carlo Domeniconi são sobretudo para guitarra (quer a solo, duo, trio,quarteto e com outros instrumentos). Compôs cerca de vinte concertos, sendo que metadedeles são para guitarra e orquestra e os restantes para vários agrupamentos instrumentais,

sendo os mais famosos Medium Sweet Guitar Concerto  Concerto Mediterraneo (para duasguitarras), Concerto di Berlinbul  (para baglama - instrumento tradicional turco -, guitarra eorquestra de câmara) e El Trino del Diablo (para violino solo, narrador, soprano, duas guitarras,quarteto de cordas, acordeão, piano, viola da gamba e percussão).

Grande parte das suas obras são regularmente interpretadas por guitarristas comoDavid Russel, Alvaro Pierri, John Williams, Los Angeles Guitar Quartet, Dale Kavanagh, MarcoSocías, Pavel Steidel e Shin-ichi Fukuda, sendo Koyunbaba, Variations on an Anatolian

Folksong, Hommage à Jimi Hendrix , Toccata in Blue e Sindbad as mais famosas.

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24 Klangbilder opus 39 (Berlim, 1989) Imagens Sonoras

Número 1

O Klangbild 1 é uma peça bastante interessante a nível interpretativo. De dificuldade técnicareduzida, desenvolve, no entanto, a utilização de recursos interpretativos como dinâmica earticulação. Apesar do compositor não indicar nenhum andamento, o carácter da melodiaexige um andamento lento/médio, uma vez que é uma peça que nos remete para uma“imagem” algo nostálgica.

Este Klangbild divide-se em três secções. É interessante observar que é possível considerar quea melodia só se encontra presente no baixo (mi, ré, dó,...), mas pode também ser entendidacomo os dois primeiros tempos de cada compasso (mi, sol, si, ré sol, si,…). Em qualquer das

formas, é importante que as três notas si não sejam tocadas da mesma forma, sugerindo euum descrescendo que nos remete para o desaparecimento da nota (eco). A segunda secção éum desenvolvimento da primeira, embora num registo mais agudo. Em ambas as secções, olegato é bastante importante e o equilíbrio das notas entre si também, uma vez que a escritaapresentada tem características de arpejo. Também ao nível do legato, é importante referirque, por vezes, surge a necessidade de ter que deixar dedos da mão esquerda na corda paraque as notas em causa continuem a seu ouvidas, de forma a não criar quebras.

A última secção é claramente cadencial, com um gesto que surge no baixo em crescendo edepois repousa nos últimos acordes da peça.

Número 2

Como em muitas das peças desta série, a simplicidade da leitura contrasta com a exigênciainterpretativa. Este Klangbild  é composto por frases longas que ora repetem, ora terminamnum ponto de relaxamento, com excepção da 4ª frase em que é atingido o clímax. O ritmorepetido pelos grupos de colcheias cria um movimento que é entrecortado, desigual e quemelodicamente vai mudando constantemente, e no entanto unifica toda a peça.O desafio do intérprete parece ser principalmente interligar as frases com naturalidade, edestacar os planos implícitos na escrita.

Número 3 – Fortíssimo Studie 

Este Klangbild é o primiero ao qual o compositor deu um subtítulo que, neste caso concreto,nos indica o objectivo do mesmo: Estudo em Fortíssimo. As principais dificuldades desteestudo prendem-se, contudo, não apenas com a dinâmica (que deve ser fortíssima), mastambém com a velocidade (o compositor indica Presto) e articulação. Esta peça é construída apartir do motivo da primeira frase (cc. 1 a 7), que tem como base a escala pentatónica. Destaforma, toda a peça é desenvolvida a partir destas duas escalas. A secção final (cc. 25 a 34)reexpõe o tema inicial, acrescentando, no entanto, uma segunda camada sonora com a

introdução dos baixos.

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A nível técnico, este Klangbild  desenvolve o estudo da dinâmica em fortíssimo, como já foireferido, e trabalha igualmente o equilíbrio sonoro entre todas as notas, uma vez que não háoscilações dinâmicas. É ainda de realçar a utilização do efeito de eco (cc. 32 e 33), conseguidoatravés da utilização da técnica de sul ponticello.

Número 4

Peça em que o ritmo se assemelha ao do Minuetto, e na qual o balanço e o fraseadoaparentam ser bastante intuitivos. A primeira parte, que funciona como introdução, tem paraum principiante um interessante problema de digitação: a corda solta que se tem como deexecução mais fácil, ou um mecanismo simétrico em que se usam os mesmos dedos nas cordasimediatamente acima, mas menos óbvio. Outra particularidade é a mudança de andamento nofinal da 2ª parte (o andamento inicial não é dado, mas deduz-se no mínimo que devecontrastar com o segundo) para a qual é pedido um Rallentando, o que obriga o intérprete a

calcular o quanto abranda em função de onde quer chegar.

Número 5 

O Klangbild 5 inicia-se com a utilização de duas camadas que se desenvolvem em simultâneo.Desta forma, existe uma melodia na voz superior e outra na voz inferior e ambas devem sertocadas de forma a que este efeito seja audível. Assim sendo, apresenta dificuldades ao níveldo equilíbrio entre as duas vozes. Na segunda secção, em contraste com a primeira, temos aevidente utilização de uma melodia e acompanhamento, muito embora seja uma secção com

maiores dificuldades técnicas, nomeadamente no que ao legato diz respeito.

Este Klangbild  desenvolve, desta forma, a capacidade de controlo de diversas vozes emsimultâneo e, a nível técnico, trabalha o legato, quer através da mão direita como da mãoesquerda (com a necessidade de deixar os dedos na corda para que a nota continue a seraudível).

Número 6

A principal característica a destacar deste Klangbild será a diferença entre o motivo inicial, queé escrito a uma voz apenas, e que é desenvolvido posteriormente em duas vozes, a partir dasugestão inicial, com os finais em cadências bem marcadas através da articulação. Adificuldade fundamental reside em separar as vozes, preocupação que o compositor parece termuito em conta ao longo de toda esta série, sendo que nestas peças a simplicidade dasposições de mão esquerda pode libertar mais facilmente o intérprete para essa preocupação.

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Número 7

Este Klangbild  apresenta semelhanças ao Klangbild  5, na medida em que se desenvolvetambém em duas camadas. Contudo, este apresenta sempre uma melodia acompanhada,desenvolvendo a capacidade de equilibrar e/ou dar destaque às duas ou à voz superior. A nível

técnico é uma excelente peça para desenvolver a utilização do polegar, uma vez que oacompanhamento deve ser sempre executado com este dedo. Os compassos finais da segundasecção apresentam ainda dificuldades ao nível do legato, uma vez que existe uma constantealternância entre as duas vozes que exige que, por diversas vezes, o executante tenha quedeixar os dedo da mão esquerda na corda para que o efeito seja ligado.

Número 8

Peça marcada pela anacrusa, e pelo balanço que ela imprime. As mudanças de ambiente sem

grandes extravagâncias rítmicas ou tonais surgem uma vez mais, demonstrando a unidadedesta série de peças. O arpejo inicial com notas que abrangem mais do que uma oitava, e quevai mudando ora a nota central ora a superior, tem as suas particularidades técnicas, aindaque não seja muito difícil. O contraste é conseguido com as secções em que a articulação emligado alterna com a normal e as notas passam a estar mais próximas em termos de intervalos.

Para a apresentação: trabalhar as acentuações com base na anacrusa. Realçar a importânciados contrastes dinâmicos pedidos pelo compositor no final da peça, como exemplo para oreportório em geral, executando para os realçar.

Número 9

Este Klangbild apresenta diversas dificuldades a nível técnico. É uma peça que se desenvolve aduas vozes, sendo a melodia em staccato e o acompanhamento legato. Desta forma, aprincipal dificuldade é obter um bom efeito staccato, Tal é particularmente difícil quandoestamos perante cordas soltas (como acontece nos dois primeiros compassos). Desta forma, épossível optar pela utilização de outra corda, em que se utilizem os dedos da mão esquerdapara reforçar o staccato. Outra dificuldade deste estudo é a utilização das dinâmicas, quedevem ser alternadas entre f e p, com um crescendo para fortíssimo,que culminará num últimoacorde em sfz, que poderá ser realizado com rasgueado para ser ainda mais intenso. Para além

destas questões, é uma peça com um andamento rápido (Presto) e que deve ser interpretadasempre em sul ponticello.

Número 10 

Esta peça contrasta com a anterior a vários níveis, porém quase aparentando formar umconjunto de duas peças complementares, que até parece ser sugerido pela edição. Tem umcarácter fundamentalmente coral na primeira frase, enquanto na segunda a voz superior seimpõe como mais relevante. Em termos interpretativos é exigente no que toca ao equilíbrio

das vozes, e tem o desafio de um final na dominante, que obriga o intérprete a pensar namelhor maneira de fazer chegar ao ouvinte a informação de que aquele é o final.

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Número 11 

Este Klangbild  é particularmente interessante para alunos principiantes. É uma peça que se

desenvolve a partir da escala pentatónica e que está escrita em duas camadas: uma superiorque apresenta a melodia em paralelismos e um baixo que deve ser sempre realizado com opolegar. A utilização simultânea dos dedos 3 e 4 no mesmo trasto é um dos aspectos técnicosabordados neste Klangbild , bem como o equilíbrio entre a voz superior e o baixo. Existetambém uma pequena passagem da voz inferior em staccato, que é outra das dificuldadesaqui presentes. Contudo, a maior dificuldadade encontra-se nos cc. 13/14 e 17/18: anecessidade de deixar o dedo 3 na nota dó, que dura dois tempos, enquanto as notas sib e fácom os dedos 4 e 1. Outro aspecto relevante deste estudo é a utilização dos paralelismos(dedos que deslizam na mão esquerda), como é evidente nos compassos 16 e 20.

Tendo em conta que a secção A da peça é repetida três vezes, outro desafio aqui presente é a

utilização de recursos que permitam uma sonoridade mais variada.

Número 12

Sendo a segunda peça desta obra que tem um subtítulo, este é possivelmente o Klangbild quemais exigente é em termos interpretativos, sem no entanto ter dificuldades técnicas, como éapanágio destas peças. É totalmente escrito em contraponto a duas vozes, com muito poucospontos de repouso tonal e contendo a proeza de as vozes seguirem um caminho paralelo, nemsempre concordante, mas no entanto sem chocarem na direcção do fraseado quase

independente. O subtítulo é elucidativo: à procura do meu final . Se o Da Capo faz completosentido, o mesmo não se pode afirmar do final, que resulta completamente inconclusivo,obrigando o intérprete, tal como no Klangbild 10, a criar recursos para resolver este problema.

Número 13 

O Klangbild 13 desenvolve-se a partir de pequenos motivos de dois compassos, em que há umentrelaçar das duas vozes aqui presentes. Estes motivos alteram-se na voz inferior, que vaicomeçando sempre na nota imediatamente anterior (exemplo: o primeiro inicia-se em sol  – 

c.1 -, o segundo em fá  – c. 3  – e assim sucessivamente) até que culmina numa secção centralmais homofónica.

Apresenta algumas dificuldades a nível rítmico, uma vez que deve ser sentido a dois. A níveltécnico, a principal dificuldade é a obtenção de um bom legato nas e entre as duas vozes.

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Número 14

Em termos de escrita, o presente número desta série tem fortes semelhanças com umaPavana renascentista. Tal como noutros Klangbilder , as notas longas, menos habituais nasescritas posteriores, predominam, porém aqui o compositor usa um tipo de fraseado que

sugere uma paisagem da renascença. O contraponto a duas vozes é pontuadoesporadicamente com um acorde completo, e as frases longas e simétricas, durando 6compassos cada.

Número 15

Este Klangbild  é uma peça com alguma complexidade, quer ao nível da interpretação comotécnico. Tal como vários dos Klangbilder, aparenta uma simplicidade que é apenas derivada àsimplicidade da escrita: melodia e acompanhamento e figuras rítmicas regulares. Contudo,

revela-se difícil a nível rítmico, uma vez que existe a alternância constante entre 3/4 e 4/4. Estainstabilidade rítmica cria uma anacrusa nos compassos quaternários e que, caso não seja beminterpretada, pode comprometer a condução das frases. É uma peça que requer um bomdomínio do legato, uma vez que, por diversas vezes, existem notas longas noacompanhamento em que é necessário deixar o(s) dedo(s) da mão esquerda, sem prejudicar,no entanto, a fluência da melodia.

Número 16

Esta peça é marcada pela indicação de dinâmica sempre forte. Não tendo um espectrodinâmico tão abrangente como o habitual, o intérprete vê-se perante mais um desafiointerpretativo para conseguir dar expressividade a esta paisagem sonora. Os baixos sãofundamentalmente bordões, e apenas num ponto fazem uma frase ascendente e descendente,sendo ao longo do resto sempre mais estáticos do que a voz principal. O carácter da peça ébastante dançante, lembrando, tal como outra peças desta série, uma escrita contemporâneainspirada em música antiga.

Número 17 

Este é um Klangbild escrito de uma forma aparentemente bastante simples, mas, mais umavez, com diversos aspectos curiosos o fundamentais para uma boa interpretação. Embora sejaescrito apenas a uma voz, é importante dar destaque à melodia (notas mais agudas) e nãopermitir que os baixos se sobreponham. A primeira secção é, desta forma, bastanteinteressante para desenvolver a articulação entre os dedos p/m e p/i, uma vez que se baseianesse movimento. A segunda secção tem um carácter menos rítmico e mais livre, com ummovimento de arpejo. Uma vez que o motivo aqui apresentado é repetido duas vezes, éinteressante criar um efeito de eco na segunda vez, utilizando a técnica de sul ponticello. Anível rítmico apresenta algumas dificuldades, uma vez que se inicia em anacrusa. Embora ocompositor não determine um andamento, é perceptível o carácter rítmico da peça e, como

tal, deve-se adoptar um andamento médio/rápido.

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Número 18

Mais uma peça com características de dança, e desta vez com a particularidade de ter uma

secção repetida que vai intercalando as restantes. Na secção que funciona como refrão épedido o contrate forte/piano na repetição. Nas restantes secções há a particularidade de umaespécie de ritardando escrito, com as notas a ficarem mais longas nos finais de frase. O baixo éutilizado quase sempre como pedal.

Número 19 

Este é um Klangbild  que, tecnicamente, é já bastante complexo. Apresenta uma escrita quevaria entre duas e três vozes, mas exige do intérprete um bom domínio do legato e, como tal,

uma boa escolha da digitação. É frequente a necessidade de deixar algumas notas a soar, quernos acordes como no acompanhamento da melodia. É uma peça complexa a nível rítmica, semcompasso definido, e com constantes alterações do tamanho das frases que surgem tambémcom inícios em anacruse.

Número 20 

Mais uma vez o ritmo é imposto pelas colcheias, e o ambiente da peça marcado por umostinato, característica muito comum nesta série que se deve provavelmente à subordinação à

ideia de paisagem sonora. A melodia alterna entre ambas as vozes terminando numa secçãomais movida na voz superior. O final das duas primeiras secções é marcado com articulaçãostacatto, e da seguinte com ligaduras de expressão. Claramente é uma peça em que o maisimportante é a gestão do fraseado, o encadeamento das ideias com coerência e distinguindo-se, mas sem quebrar o movimento imposto inicialmente. 

Número 21

Este Klangbild estrutura-se a partir do tema apresentado nos cc. 1 a 11, de carácter simples e

quiçá infantil. De seguida surge um novo motivo no baixo que funciona como resposta (c. 12)ao anterior e que se desenvolve até terminar numa secção de acordes que assinalam o final daprimeira parte do estudo. Após isto, surge uma segunda secção que recorda o motivo inicialque será depois reexposto, embora com a introdução de notas graves comoacompanhamento. A nível técnico, é uma peça que introduz a utilização de ligadosascendentes (técnica fundamental na guitarra) e, para além disso, permite desenvolver odomínio do equilíbrio entre as várias vozes, nomeadamente na secção de acordes.

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Número 22

Peça em forma A-B-A, com frases quaternárias na secção A, que funciona como tema, com o

baixo a como pedal e a melodia na voz superior. É desafiante sobretudo a nível harmónico, epelos contrastes pedidos pelo compositor. Funciona quase como um jogo de ecos, com umdesenvolvimento e clímax na secção central. Tecnicamente é das mais exigentes da série,requerendo independência nas dinâmicas, o que complica a tarefa da mão direita.

Número 23

Esta é uma peça que explora bastante a utilização do staccato e legato, quer isoladamentecomo em simultâneo. Para além disto, explora o registo agudo da guitarra, sendo necessárias

constantes mudanças de posição. É ainda de referir a necessidade de utilização de uma meiabarra no c. 14, sendo por isto indicada para alunos de níveis mais avançados.

Número 24

Mais um Klangbilder marcado pelo uso do ostinato, sendo este o mais longo de toda a série.Apenas é pontualmente quebrado por apontamentos fugazes. Exige bastante independênciana execução por forma a manter a constância no ostinato, enquanto a melodia se movecalmamente. As secções em que o ostinato quebra surgem como oásis harmoniosos na

paisagem constante do deserto. A primeira obriga a uma digitação inteligente de mão direita,passando por esta única vez a melodia para o baixo, num movimento descendente. A segundaconta com duas articulações em ligado sugeridas pelo compositor que diversificam a peça mascontudo obrigam o intérprete a algum cuidado para que estas não soem incoerentes.