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Lançada a ABNT NBR ISO 50001

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Acessibilidade a edificações mobiliário espaços e equipamentos urbanos - ABNT NBR 9050:2004Brasília: 17, 18 e 19/08 São Paulo: 21, 22 e 23/09

Sistema de gestão da segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos - ABNT NBR ISO 22000:2006São Paulo: 08 e 09/09Rio de Janeiro: 20 e 21/09

Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas - ABNT NBR 5419:2005São Paulo: 22 e 23/08Rio de Janeiro: 29 e 30/08Brasília: 27 e 28/09 Instalações elétricas de baixa tensão II - ABNT NBR 5410:2004 - Instalações de potênciaSão Paulo: 12, 13, 14 e 15/09

Sistemas de gestão da energia - Requisitos com orientações para uso - ABNT NBR ISO 50001:2011 São Paulo: 25 e 26/08

Gestão de riscos - Princípios e diretrizes - ABNT NBR ISO 31000:2009Brasília: 16 e 17/08 São Paulo: 5 e 6/09

Padronização de livros e periódicosSão Paulo: 19 e 20/09

Trabalhos AcadêmicosPorto Alegre: 13 e 14/09

Sistemas de gestão da qualidade - Requisitos –ABNT NBR ISO 9001:2008 São Paulo: 01 e 02/09Rio de Janeiro: 15 e 16/09

Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração - ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 Rio de Janeiro: 22 e 23/09

Requisitos gerais para a competência de laboratórios conforme as ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 e NIT - DICLA-035 (BPL)São Paulo: 12, 13 e 14/09

Laboratórios de análises clínicas - Requisitos especiais de qualidade e competência - ABNT NBR NM ISO 15189:2008São Paulo: 19 e 20/09

Auditoria interna da qualidade - ABNT NBR ISO 19011:2002 - Diretrizes para auditoria de sistema de gestão da qualidadeRio de Janeiro: 01 e 02/09

Gestão da qualidade por processosRio de Janeiro: 17/08

Indicadores gerenciais e da qualidadeRio de Janeiro: 09/09

Tratamentos de ocorrências para SGQ ISO 9001São Paulo: 20/09

MASP (Métodos para análise e solução de problemas)São Paulo: 31/08 Rio de Janeiro: 14/09

Diretrizes para treinamento - ABNT NBR ISO 10015:2001São Paulo: 16/09Rio de Janeiro: 28/09

Cálculo de incerteza de mediçãoSão Paulo: 29 e 30/09

Atendimento ao cliente – Qualidade de serviço para pequeno comércio - Requisitos gerais - ABNT NBR 15842:2010São Paulo: 24/08

Gestão para o sucesso sustentado de uma organização - ABNT NBR ISO 9004:2010São Paulo: 23/08

Aplicação de gerenciamento de risco a produtos para a saúde - ABNT NBR ISO 14971:2009São Paulo: 22 e 23/08 Produtos para saúde - Sistemas de gestão da qualidade - Requisitos para fins regulamentares - ABNT NBR ISO 13485:2004São Paulo: 26 e 27/09

Aplicação da engenharia de usabilidade a produtos para a saúde - ABNT NBR IEC 62366:2010 e ABNT NBR IEC 60601-1:2011 São Paulo: 05 e 06/09

Sistemas de gestão de segurança da informação - Requisitos - ABNT NBR ISO/IEC 27001:2006 e Código de prática - ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 São Paulo: 29 e 30/09

Auditoria interna do SGSI - Sistema de gestão da segurança da informação - ABNT NBR ISO/IEC 27001:2006São Paulo: 31/08 e 01/09

Sistema integrado de gestão (qualidade, meio ambiente e saúde e segurança ocupacional) São Paulo: 08 e 09/09

Gerenciamento de riscos de explosão - ABNT NBR 15662:2009São Paulo: 28/09

Avaliação de processo - ABNT NBR ISO/IEC 15504 - Partes 1 a 5São Paulo: 08 e 09/09

Etiquetagem de têxteis com ênfase na ABNT NBR NM ISO 3758:2010São Paulo: 20 e 21/09

Normas do vestuário infantil: Uniforme escolar e vestibilidadeSão Paulo: 15/09

Qualificação de fornecedores e subcontratados de acordo com o Programa ABVTEXSão Paulo: 29/08 Meios de hospedagem – Sistema de gestão da sustentabilidade – Requisitos - ABNT NBR 15401:2006Porto Alegre: 30 e 31/08São Paulo: 22 e 23/09

CURSOSDestaques de

agosto e

setembro

de 2011

Veja a programação completa no site: www.abnt.org.brInformações e inscrições: [email protected].: (11) 2344 1723 / 1722

Cursos pagina.indd 4 27/07/2011 16:48:13

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[ Editorial ]A serviço do desenvolvimento

Brasil passa por um momento ímpar em sua história. A estabilidade econômica, o alto índice de emprego e os milhões de pessoas que estão superando a linha de pobreza comprovam essa máxima. Parte dessas transformações está ancorada

na implantação de políticas públicas voltadas à promoção do desenvolvimento sustentá-vel do país. Um exemplo é o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, que entra em sua segunda fase (2011-2014).

O setor de transportes passará por reformulações impactantes com o investimento de R$ 104,5 bilhões do PAC 2 para a expansão de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, assim como para a integração da malha ferroviária com os demais modais de transportes.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) com certeza contribuirá com esse novo cenário, com seu acervo já existente e também elaborando novos documentos que tragam as mais recentes inovações tecnológicas e que garantam segurança e melhor desempenho para o setor de transportes.

Nesse sentido, a atuação do Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-16) e do Comitê Brasileiro Metroferroviário (ABNT/CB-06) tem sido fundamental para a atualização das normas técnicas diante da globalização e da evolução tecnológica.

Ainda no setor de transportes, cabe ressaltar a atuação da ABNT para propiciar que pes-soas com deficiência ou mobilidade reduzida tenham seus direitos assegurados. Por meio da Comissão de Estudo de Transporte com Acessibilidade (CE-40:000.02) e da Comissão de Estudo Especial de Fabricação de Veículo Acessível (ABNT/CEE-64), a ABNT elaborou um conjunto de normas inclusivas para os transportes aquaviário, metroferroviário, aéreo, rodoviário e urbano.

Inclusive, desde 2004, após firmar acordo com o Ministério Público Federal, a ABNT garante livre acesso às normas de acessibilidade pela internet.

Ao investir sua experiência na elaboração de normas técnicas de acessibilidade, a ABNT tem cumprido um importante papel social como entidade privada que auxilia na formula-ção de políticas públicas.

Ricardo FragosoDiretor-geral

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COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO:

Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa

Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra

São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTec), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), Petróleo Bra-sileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A / Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipa-mentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Conselho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agrega-dos, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FISCAL

Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Man-tenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar

CONSELHO TÉCNICO:

Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

DIRETORIA EXECUTIVA:

Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso ([email protected]) / Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior ([email protected]) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone ([email protected])/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira ([email protected])

ESCRITÓRIOS:

Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 ([email protected]) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 – Fax (11) 3017.3633 ([email protected]) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007 – 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 ([email protected]) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 ([email protected]) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 ([email protected]) – Rio Grande do Sul: PR – Telefone: (41) 3323-5286 ([email protected]) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 ([email protected]) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/BA – Tele-fone: (71) 3329-4799 ([email protected])

EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT:

Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exem-plares / Número Avulso: R$ 10,00 / Assinatura: [email protected] / Assinatura Anual: R$ 100,00 / Publicidade: [email protected] / Redação: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Bianca Vendrame / Oficina da Palavra / Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Coordenação: Laila Pieroni / Revisão: Claudia D’Elia / Boletim ABNT: Agosto 2011 – Volume 9 – Nº108 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: Liete Lucas Pereira ([email protected]) / Impressão: Type Brasil.

PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA:

www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633

[ Índice ]03 [ Capa ]

Desenvolvimento à vista

12 [ Entrevista ]Uma questão de conscientização

16 [ Artigo ]A Classificação Internacional

17 [ Institucional ]Lançada a ABNT NBR ISO 50001Eficiência a toda provaPresença em eventos internacionaisVisitas da Índia e da África do SulA marca ABNT em evidênciaNormalização e TI em discussão

24 [ Dúvidas ]

26 [ Consumidor ]Cinto de segurança: proteção obrigatória

27 [ Turismo e Normalização ]Normalização e Certificação em destaque no 6° Salão do Turismo

28 [ Foco na MPE ]Brasileiros em ação na ISO

29 [ Notícias da Normalização ]

30 [ Notícias da Certificação ]

32 [ Calendário ]

34 [ Novos Sócios ]

36 [ Certificações ]

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Brasil possui área superior a 8,5 milhões de quilômetros quadrados, uma imensidão que torna fundamental a implementação de po-

líticas de transporte capazes de atender às especifici-dades geográficas de cada região e de seus habitantes. De acordo com especialistas do setor, o país carece de infraestrutura. A maior parte das rodovias não oferece boas condições de tráfego. O sistema ferroviário, com aproximadamente 28 mil quilômetros de vias perma-nentes, não utiliza nem metade de sua extensão. Ae-roportos estão operando com capacidade insuficiente. Quanto aos portos, ainda faltam sistemas logísticos que permitam a integração entre caminhões, trens e navios.

São muitos os desafios no setor de transporte de passageiros. Nos grandes centros urbanos é comum deparar-se com congestionamentos, transporte pú-blico lotado, sobretarifa, altos índices de acidentes e poluição atmosférica e sonora. Mas esse cenário ainda tem solução. Carlos David Nassi e Márcio de Almeida D’Agosto, coordenadores do Programa de Engenharia de Transportes (PET) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia, da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), listam uma série de ações para reverter essa situação: melhores práticas de planejamento e gestão dos transportes; desenvolvimento de métodos para escolha de novas tecnologias; sistemas de propulsão e fontes de ener-gia; e uso de sistemas de inteligência artificial para monitoramento e controle da operação de transpor-tes.

As mudanças podem estar próximas. Especialistas do setor acreditam que o Programa de Aceleração do Cres-cimento (PAC) é uma ótima oportunidade para reformu-lações no setor de transportes. Para se ter uma ideia, se-gundo o Relatório do PAC 2, disponível no site do Governo Federal, entre 2011 e 2014 estão previstos R$ 104,5 bilhões em investimentos para o setor de transportes. Desse total, R$ 48,4 bilhões serão empregados em rodovias; R$ 43,9 bilhões em ferrovias; R$ 4,8 bilhões em portos;

O

Desenvolvimento à vista Os próximos anos serão decisivos para a melhoria do setor de transportes no país. A aplicação de normas técnicas assegura que esse crescimento atenda aos requisitos básicos de segurança e qualidade.

R$ 2,6 bilhões em hidrovias; R$ 3 bilhões em aeroportos; e R$ 1,8 bilhão em equipamentos para estradas vicinais.

Da norma à lei

Tudo leva a crer que os próximos anos serão deci-sivos para a melhoria do setor de transportes no país. Para garantir que esse crescimento aconteça atenden-do aos requisitos básicos de segurança e qualidade e ainda empregue as mais recentes tecnologias dis- poníveis no mercado, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) dispõe de um acervo com centenas de normas para o setor. Referenciadas em processos de licitações, muitas normas técnicas são consideradas marcos regulatórios, citadas em leis e decretos federais.

Márcio de Almeida D’Agosto, vice-coordenador do Progra-ma de Engenharia de Transportes (PET) da UFRJ

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), vinculado ao Ministério das Cidades, é o órgão executi-vo responsável pela coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) e pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). “A maioria das resoluções do Contran esta-

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[ Capa ]“A maioria das resoluções do Contran estabelece o uso de normas técnicas da ABNT”

belece o uso de normas técnicas da ABNT”, observa o diretor interino do Denatran e presidente do Contran, Orlando Moreira da Silva.

Orlando Moreira da Silva, diretor interino do Denatran e presidente do Contran

Atuando no desenvolvimento de projetos de âmbito nacional voltados para a educação e seguran-ça no trânsito, o Denatran aderiu ao programa Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), órgão inte-grante da Organização das Nações Unidas (ONU). “De 2011 a 2020, esse programa pretende reduzir em 50% o número de acidentes e mortes no trânsito”, revela o presidente do Denatran.

De acordo com a OMS, atualmente registram-se mais de 1,3 milhão de mortes no trânsito por ano no mundo. São milhões de feridos, alguns com le-sões permanentes, na faixa etária de 15 a 44 anos, o que corresponde a uma significativa parcela pro-dutiva da sociedade.

Compartilhando conhecimento

A questão do trânsito e dos transportes tam-bém ganhou os bancos das universidades e é for-temente discutida no Programa de Engenharia de Transportes (PET) da UFRJ. O PET oferece cursos de mestrado e doutorado visando à capacitação de profissionais nas áreas de engenharia de tráfego, planejamento de transportes, transporte de carga e transporte público.

O programa já gerou grandes parcerias com insti-tuições como o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Ministério dos Transportes, Petrobras, Rio Ônibus e Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).

“Enquanto parte da academia, o PET é o indutor das inovações na construção, gestão e operação dos sistemas de transportes. A normalização propicia uma melhor difusão destes conhecimentos por meio da sua padronização”, ressalta o vice-coordenador do PET, Márcio de Almeida D’Agosto.

O Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-16) é responsável pela elaboração das normas técni-cas para o setor e atualmente possui 111 documentos em vigor. A área de atuação do ABNT/CB-16 abrange o trans-porte de carga e de passageiros, sinalização viária, pesqui-sa de tráfego e comportamento no trânsito. “Nosso Co-mitê trabalha em duas vertentes essenciais para o desen-volvimento de um país: o da infraestrutura, que permite a todo brasileiro o direito de ir e vir com qualidade, e, na outra vertente, procuramos normalizar os produtos que permitam este direito com custo-benefício e segurança”, informa o superintendente do ABNT/CB-16, Hélio Antonio Moreira.

Hélio Antonio Moreira, superintendente do ABNT/CB-16

O ABNT/CB-16 está organizado em cinco Comissões de Estudo, definidas por áreas de atuação. São elas: Si-nalização Horizontal (CE-16:300.01), Sinalização Vertical (CE-16:300.02), Sinalização Semafórica (CE-16:300.03), Transporte de Produtos Perigosos (CE-16:400.04) e Segurança no Tráfego (CE-16:300.05). “Elaborar uma norma técnica é compartilhar conhecimento, promover a competitividade com as melhores tecnologias, projetar a excelência nos planos econômico, social, ambiental e de segurança”, conclui o superintendente do Comitê.

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Dados da OMS apontam mais de 1,3 milhão de mortes no trânsito por ano no mundo

[ Capa ]

Apoio às oficinas de reparo A frota veicular individual tende a aumentar, por

inúmeros motivos. A estabilização da economia, o alto índice de empregabilidade e a carência de transporte público de qualidade estão entre eles. O cenário é pre-ocupante em todo o país. Na cidade de São Paulo, por exemplo, desde 2008, gradativamente, o Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso I/M-SP vem sendo aplicado aos meios de transportes com o objetivo de minimizar as emissões de poluentes e esti-mular a manutenção adequada dos veículos.

A ABNT NBR 14624:2000 - Inspeção técnica veicular - Codificação dos itens de inspeção é forte aliada nesse pro-grama. Além dela, o presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa-SP), Antonio Fiola, aponta uma procura muito grande dos proprietários de oficinas de reparo pela ABNT NBR 14781:2001 - Veículos rodoviários automoto-res em manutenção - Inspeção, diagnóstico, reparação e/ou substituição em sistema de exaustão, justamente para atender às exigências do programa. Atualmente, am-bas as normas estão passando por revisão.

Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP

Um convênio entre a ABNT e o Serviço Brasilei-ro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) possibilita que pequenos negócios adquiram normas a preços reduzidos ou acessem coletâneas gratuita-mente, dependendo do setor em que atuem. É o caso das oficinas de reparos de veículos, para as quais são disponibilizadas 30 normas. “Trata-se de uma parceria

que visa ao desenvolvimento do setor e que foi iden-tificada como uma necessidade, uma vez que as em-presas de reparação tinham dificuldade em adquirir as normas”, comenta Fiola.

No setor de transporte, o uso de normas para pneus também é garantia de segurança. No âmbito do Comitê Brasileiro de Pneus e Aros (ABNT/CB-45), 18 normas técnicas já foram elaboradas.

Teste de impactoA avaliação da qualidade e da segurança de veículos

ainda nas montadoras também é uma preocupação do Denatran. Em 2007, o Contran publicou a Resolução n° 221, que entra em vigor em 2014, estabelecendo que seja realizado no país o teste de impacto (crash test) biomecânico. “Com um boneco todo monitorado será possível saber o que acontece com o ocupante do veículo, principalmente o condutor, no momento de uma colisão”, justifica o presidente do Denatran, Orlando Moreira da Silva.

Por enquanto, segundo Silva, as montadoras no Brasil só têm a obrigatoriedade de realizar o teste de impacto para identificar as possíveis avarias no veícu-lo. “Inclusive, a resolução n° 221 cita normas técnicas da ABNT”, lembra o presidente do Denatran.

Entre as normas mencionadas na Resolução está a ABNT NBR 15300:2005 - Veículos rodoviários auto-motores - Proteção ao ocupante - Ensaios de impacto frontal, Parte 1: Requisitos de desempenho, Parte 2: Procedimento de ensaio de impacto frontal com 100% de sobreposição e Parte 3: Procedimento de ensaio de impacto frontal com 40% de sobreposição.

Setor metroferroviário Nos dias 5 e 6 de julho, o Sindicato Interestadual das

Indústrias de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), entidade mantenedora do Comitê Brasileiro Metroferroviário (ABNT/CB-06), realizou o 1° Encontro Nacional de Tecnologia Metroferroviária. Du-rante o evento foram debatidos temas como sinalização, traçado e infraestrura, rodas, eixos e rolamentos, classi-ficação e identificação de vagões. “A discussão desses temas teve o objetivo de trazer mais subsídios para o ABNT/CB-06 criar novas normas e aperfeiçoar e atualizar as existentes, agregando mais valor ao sistema metrofer-roviário brasileiro”, pontua o assessor técnico do Simefre e chefe de Secretaria do Comitê, Paschoal De Mario.

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Há 111 normas técnicas elaboradas no âmbito do Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-16)

[ Capa ]

Paschoal De Mario, secretário executivo do ABNT/CB-06

Para o consultor técnico e representante da As-sociação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) no ABNT/CB-06, Mário Barcellos, a atuação do Comitê Metroferroviário tem sido justamente a de atualizar as normas brasileiras, face à globalização e à evolução tecnológica.

Esse trabalho já resulta em um acervo de apro-ximadamente 1.200 normas. “As normas técnicas padronizam produtos e procedimentos, o que, com certeza, aumenta a segurança e a confiabilidade da operação metroferroviária. Além disso, prote-gem o mercado nacional contra a invasão de pro-dutos importados, que nem sempre possuem ní-veis de qualidade necessários e desejáveis”, afirma Barcellos.

Por sua vez, o chefe de Secretaria do ABNT/CB-06, Paschoal De Mario, aponta a falta de infraestrutu-ra como uma das principais causas dos problemas do sistema de transportes no Brasil. De acordo com ele, as carências do setor ferroviário de carga serão resolvidas por meio da ampliação e consolidação dos corredores de exportação, com a construção de variantes de acesso aos portos, aumentando dessa forma o escoamento das cargas. “No que diz respei-to ao transporte de passageiros, nos grandes cen-tros urbanos torna-se imprescindível a construção e ampliação dos sistemas metroviário, trens metro-politanos, bem como projetos para instalação de Veículos Leve sobre Trilhos (VLT), o bonde moder-no”, ressalta.

De Mario acrescenta que se fazem necessários o planejamento e a implantação de um sistema logísti-co para a integração dessas linhas principais, metrô e

trem metropolitano entre eles, e com os demais mo-dais, ônibus e VLT.

Serviço avaliado

A Pesquisa de Imagem dos Transportes na Re-gião Metropolitana de São Paulo, de 2010, realiza-da anualmente pela Associação Nacional de Trans-portes Públicos (ANTP), com 2.340 entrevistados na capital e Grande São Paulo, indica que aumentou o grau de satisfação dos usuários com relação ao sistema público de transportes. Comparado com 2009, o nível de aprovação “excelente” ou “bom” do metrô subiu de 82% para 84%. Já a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) teve au-mento de 50% para 54%.

A imagem dos ônibus municipais da Capital também teve significava pontuação. Realizada em novembro de 2010, antes do reajuste da tarifa, a ava-liação de melhoria do serviço, segundo entrevistados, subiu de 50% em 2009 para 59% no ano passado. Do mesmo modo, os coletivos da Região Metropolitana conquistaram melhor pontuação, passando de 55% para 59% .

Mário Barcellos, consultor técnico da ANTF

Do número total de entrevistados, 14% acreditam que houve piora do transporte coletivo. Entre os itens citados estão a falta de linhas de ônibus (33%), ônibus muito lotados (32%), sistema não atendendo à deman-

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[ Capa ]“As normas técnicas padronizam produtos e

procedimentos, o que aumenta a segurança e a confiabilidade da operação metroferroviária”

da (22%), metrô muito lotado (6%), transporte coletivo muito caro (5%), entre outras reclamações, como longo tempo de espera, frota antiga e trajeto demorado.

Transporte acessível

A acessibilidade é questão relevante também quando se trata dos meios de transporte. O documento federal n° 5296, de 2004, ficou amplamente conhe-cido como o Decreto da Acessibilidade por regula-mentar leis que estabelecem normas gerais e cri-térios básicos para a promoção da acessibilidade. Neste documento é citada a ABNT NBR 9050:2004 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, atualmente em fase final de revisão.

Mas também há normas de acessibilidade especí-ficas para o setor dos transportes, contemplando os sistemas aquaviário, metroferroviário, aéreo, rodoviá-rio e urbano.

Um especialista nesse assunto é Eduardo Cazoto Belopede, consultor de Tecnologias e Aces-sibilidade e coordenador da Comi são de Estudo de Transporte com Acessibilidade (CE-40:000.02), do Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB-40). Ele também está à frente da Comissão de Es-tudo Especial de Fabricação de Veículo Acessível (ABNT/CEE-64), que realizou o processo de revisão da ABNT NBR 14022:2011 - Acessibilidade em veí-culos de características urbanas para o transporte coletivo de passageiros e da ABNT NBR 15570:2011 - Transporte — Especificações técnicas para fabricação de veículos de características urba- nas para transporte coletivo de passageiros. “A ABNT NBR 14022:2011 estabelece os conceitos e critérios do que deve ser feito em termos de acessi-bilidade e a ABNT NBR 15570:2011 traz as referên-cias técnicas para a fabricação dos veículos aten-dendo às referências definidas”, ele esclarece.

Belopede ressalta que a ABNT NBR 15570:2011 foi elaborada por consenso entre os setores mais impor-tantes envolvidos com o assunto, como fabricantes de veículos, empresários de transporte coletivo, comuni-dade técnica, entidades de representação dos direitos das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida e órgãos do Governo Federal.

A Associação Nacional de Fabricantes de Ônibus (Fabus) é uma das entidades com partici-

pação ativa nas comissões de estudo de acessibili- dade e transportes da ABNT. “Nossas associadas vêm atendendo com respeito e integridade tudo o que foi posteriormente exigido pelo Inmetro com base nas normas de acessibilidade e nos pro-cedimentos de certificação compulsória”, assegura o coordenador técnico da Fabus, Paulo Roberto Mutterle.

Eduardo Cazoto Belopede, coordenador da Comissão de Estudo de Transporte com Acessibilidade (CE-40:000.02)

Avaliação da Conformidade

O Decreto da Acessibilidade delegou ao Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualida-de Industrial (Sinmetro) e ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) a elaboração de regulamentos técnicos e o desenvolvimento de Programas de Avaliação da Conformidade para acessibilidade nos transportes coletivos rodoviários e aquaviários, em veículos e equipamentos novos e em circulação. “Nesse con-texto, as Normas Brasileiras (ABNT NBR 15570:2011, ABNT NBR 14022:2011, ABNT NBR 15646:2008 e ABNT NBR 15450:2006) foram o principal insumo para o Inmetro elaborar os regulamentos técnicos, bem como os Programas de Avaliação da Conformi-dade”, afirma o diretor da Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo.

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dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), ficou definido que a acessibilidade no transporte aquaviário está sob a responsabilidade da Marinha do Brasil. De acordo com Lobo, a estimativa é de que até dezembro de 2012 todas as embarcações passíveis de adaptação estejam adaptadas.

Já as embarcações fabricadas a partir de setem-bro de 2011 devem sair das fábricas acessíveis. No entanto, o diretor da Qualidade do Inmetro ressalta que nem todas as embarcações, sejam elas novas ou adaptadas, permitem plena acessibilidade, tendo em vista a existência de restrições técnicas e estruturais das embarcações.

Novas tecnologias

O emprego de novas tecnologias torna-se fun-damental para que sejam oferecidos serviços de transportes ágeis, seguros e com qualidade. Por isso, vem se tornando cada vez mais comum o uso de Sistemas Inteligentes de Transporte, termo originário do inglês Intelligent Transport Syste-ms (ITS). De forma sucinta, o ITS é a convergência de aparelhos eletrônicos, tecnologia de informa-ção, softwares e comunicação sem fio, usados no gerenciamento e controle de sistemas de trans-porte.

Essa tecnologia traz benefícios diretos ao usuário de transportes coletivos. Por exemplo, por meio de um sistema de informação ITS gerenciado por uma empresa de transporte, o passageiro pode ter acesso aos itinerários, tarifas, horários e percurso do coletivo por telefone celular ou internet. Outra possibilidade é a instalação de painéis nos terminais e pontos de ôni-bus, informando em tempo real a previsão de chegada dos ônibus.

Criado em 1992, o Comitê Técnico de Intelligent Transport Systems (ISO/TC 204), da International Organization for Standardization (ISO), já elaborou 117 normas.

No Brasil, recentemente foi instalada a Comissão de Estudo Especial de Sistemas Inteligentes de Trans-porte (ABNT/CEE-127). “A ABNT/CEE-127 foi criada há dois anos. Atualmente estão em estudo as normas ISO 14813 (três partes) e ISO 14819 (quatro partes), que deverão ser publicadas nos próximos 90 dias”, anuncia o coordenador da comissão, Alfredo Bútolo.

“Os ônibus urbanos e rodoviários novos devem sair da fábrica acessíveis e certificados compulsoriamente”

[ Capa ]

Alfredo Lobo, diretor da Qualidade do Inmetro

Desde 2007, o Inmetro vem implementando Programas de Avaliação da Conformidade para acessibilidade nos transportes coletivos. “Os ôni-bus urbanos e rodoviários novos, desde dezem-bro de 2010, devem sair da fábrica acessíveis e certificados compulsoriamente. Estima-se que até 2014 toda a frota seja renovada e esteja acessível”, observa Lobo.

Já os veículos mais antigos, fabricados a partir de 1999, que estão em circulação, devem passar por um processo de adaptação, assegurando-se que os requi-sitos de segurança continuem atendidos. “De acordo com o regulamento, desde julho de 2010, 100% dos veículos deveriam estar adaptados. Entretanto, até o momento 65% estão acessíveis”, comenta o diretor do Inmetro.

Por meio da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade (RBMLQ), o Inmetro realiza operações pe-riódicas de fiscalização, visando ao cumprimento do regulamento.

Segundo o diretor da Qualidade, essas ações vêm sendo realizadas em todas as regiões do país, incluindo as mais remotas, com o apoio de embar-cações da Marinha e aviões da Força Aérea Brasi-leira. “As empresas que ainda têm ônibus que não atendem ao regulamento serão autuadas. Esse va-lor é arbitrado em função da gravidade da irregu-laridade, frequência que a infração ocorreu, porte e regionalização da empresa (para as que operam em grandes capitais os valores das multas são mais altos)”, informa Lobo.

Em um acordo de cooperação técnica entre o Inmetro, a Marinha do Brasil, por meio da Diretoria de Portos e Costas, a Secretaria de Direitos Humanos, por intermédio da Secretaria Nacional de Promoção

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[ Capa ]“Existem na ISO normas técnicas consolidadas para qualidade de biocombustíveis, mas não para sustentabilidade aplicada à

produção, consumo e distribuição”

Tecnologias de hidrogênio

A crescente preocupação com a preservação am-biental tem estimulado o desenvolvimento de tecno-logias focadas na redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. É o caso das tecnologias de hidrogênio, envolvendo a produção, geração, trans-porte, segurança e distribuição dessa fonte energética.

Para transformar o hidrogênio em energia é utiliza-do um equipamento denominado célula a combustí-vel. “São geradores eletroquímicos em que se conver-te a energia química das moléculas, no caso o hidro-gênio, em eletricidade. É similar a uma bateria, porém a massa ativa nas células a combustível é um líquido (etanol, metanol) ou gás (hidrogênio) e está armazena-da em um tanque externo de combustível. Já na bate-ria comum a massa ativa está armazenada na própria bateria”, explica o diretor da Electrocell e coordenador da Comissão de Estudo Especial de Tecnologias de Hi-drogênio (ABNT/CEE-67), Gerhard Ett.

Em 2010, a ABNT/CEE-67 publicou seis normas. A previsão é que ainda este ano sejam publicados cinco normas e, em 2012, mais 12 documentos normativos sobre tecnologia de hidrogênio. “O hidrogênio pode ser obtido por diversas formas de energia, de forma renovável ou não, pode ser armazenado e transporta-do e, quando utilizado, gera uma energia limpa, sem ruído e cheiro”, ressalta o coordenador.

Alfredo Bútolo, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Sistemas Inteligentes de Transporte (ABNT/CEE-127)

Gerhard Ett, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Tecnologias de Hidrogênio (ABNT/CEE-67)

No Brasil, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/SP) tem se destacado com o lançamen-to do primeiro ônibus com célula a combustível a hi-drogênio da América Latina, projeto lançado em 2009, financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela Financiadora de Es-tudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). “Os ônibus convencionais emitem dois tipos de poluição: o chamado material par-ticulado, vulgo fumaça preta, e os gases de efeito estu-fa. Então, o grande diferencial do ônibus a hidrogênio é que ele não produz nenhum poluente, é energia 100% limpa. Do cano do escapamento sai vapor d’água”, res-salta o gerente de Desenvolvimento e Planejamento da EMTU/SP, Ivan Carlos Regina.

Quanto às demais vantagens desse tipo de trans-porte, o gerente da EMTU/SP conta que o desempenho operacional é igual ao do ônibus movido a diesel, mas, além de não causar poluição do ar, também evita a poluição sonora. Com 12 metros de comprimen-to, o ônibus tem capacidade para 63 passageiros e segue as normas de acessibilidade. O veículo é uti-lizado no Corredor Metropolitano ABD, fazendo o trajeto de São Mateus a Jabaquara, na capital paulista.

A empresa está construindo mais três ônibus a hidrogênio e uma estação de produção do combustível por eletrólise a partir da água, para abastecimento dos veículos.

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[ Capa ]“O grande diferencial do ônibus a hidrogênio é que ele não produz nenhum poluente”

Sustentabilidade

O Brasil já é um dos maiores produtores de bio-combustiveis (etanol e biodiesel) e bioenergia (como carvão vegetal renovável) do mundo. Essa posição ganha reforço com a Comissão de Estudo Especial de Critérios de Sustentabilidade em Bioenergia (ABNT/CEE-128). “Ela foi criada com o objetivo de coordenar a atuação do Brasil no Project Committee ISO/PC 248, cujo escopo é a normalização de crité-rios de sustentabilidade para produção, distribuição e aplicação de bioenergia”, explica o gerente de sus-tentabilidade da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) e membro da ABNT/CEE-128, Luiz Fernando do Amaral.

Segundo Amaral, normalizadores de todo o mundo que participam do ISO/PC 248 estão diante de um de-safio enorme: “Existem na ISO inúmeras normas técni-cas consolidadas para qualidade de biocombustíveis, mas não para sustentabilidade aplicada à produção, consumo e distribuição”.

A bioenergia e os biocombustíveis têm papel pre-ponderante no combate às mudanças climáticas. “A bioenergia pode ser produzida por praticamente qualquer país e em qualquer local, diferentemente da produção de combustíveis fósseis, que é restrita a um punhado de países e regiões. Assim, a bioenergia tem

o potencial de ser muito mais democrática”, avalia o especialista.

Luiz Fernando do Amaral, gerente de sustentabilidade da Unica e membro da ABNT/CEE-128

Amaral acredita que a fronteira das possibilidades da bioenergia está longe de ter sido atingida no Brasil. “Investimentos em tecnologia e cuidados com a sus-tentabilidade da produção e consumo são essenciais. Oportunidades não faltam para que, com responsabi-lidade, possamos produzir cada vez mais desta energia renovável e benéfica ao país”, conclui

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a gestora do processo de elaboração de Normas Brasileiras e é representante oficial da International Organization for Standardization (ISO) no Brasil. A ABNT é também um organismo certificador de sistemas, produtos e pessoas.

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CERTIFICAÇÃOA ABNT é um Organismo Certificador acreditado pelo Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade (SBAC), podendo oferecer Certificações ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001, Responsabilidade Social ABNT NBR 16001, Rotulagem Ambiental, Produtos destinados a diversos Setores, Pessoas e diversos Sistemas de Gestão, como : Turismo de Aventura, Meios de Hospedagem.certificação @abnt.org.br

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Uma questão de conscientização Para o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos, Ailton Brasiliense, é fundamental que a população entenda quais são seus direitos e cobre dos governantes melhorias nos serviços.

[ Entrevista ]

presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos, Ailton Brasilien-

se, fala a respeito de políticas pú-blicas de trânsito e transportes e aponta a direção para a melhoria do setor no país.

Ailton Brasiliense, presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos

O Quem utiliza diariamente o trans-porte público no Brasil depara-se muitas vezes com uma realidade constrangedora. O alto custo da passagem, o desconforto durante a viagem devido ao excesso de pas-sageiros e a falta de informações

nos pontos de ônibus estão entre as críticas mais comuns dos usuá-rios.

Com uma experiência de mais de 40 anos na área de transpor-tes, o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, acom-panha essa realidade de perto. Ele, que já atuou no planejamento das primeiras linhas de metrô em São Paulo, presidiu a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), foi diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), presidente do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e agora está em seu se-gundo mandato na presidência da ANTP, aponta os principais proble-mas do setor. “No Brasil, raríssimas cidades preocuparam-se com o crescimento da população e com a questão do planejamento urbano”, disse.

Justamente para discutir essas questões é que a ANTP foi criada, em 1977, e continua até hoje em plena atividade, realizando bienal-mente o Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, seminários, cursos e eventos destinados ao de-bate e busca de soluções para os problemas da mobilidade nas cida-des brasileiras.

Por sinal, um dos grandes pro-blemas apontados pelo presidente da ANTP é justamente a falta de políticas públicas para o setor. “O trânsito não faz parte de plano de governo da maioria dos candida-tos, mas é um item que mata 100

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“Nos últimos 50, 60 anos, podemos acompanhar uma extrema priorização dada ao transporte individual”

[ Entrevista ]

pessoas por dia, fere 1.000 pessoas diariamente e custa R$ 80 milhões por dia”, pontua.

Em entrevista ao Boletim ABNT, Ailton Brasiliense comenta as prin-cipais questões que envolvem o se-tor, revela as ações desenvolvidas pela ANTP e aponta os caminhos para a melhoria do sistema de trân-sito e transporte público no país.

Qual é a sua experiência na ANTP?

A ANTP foi criada em 1977. Pas-sei a conviver com ela a partir dos anos 1980. Participava de grupos de trabalho, das comis-sões técnicas. Na época havia a comissão técnica de Circulação e Urbanismo, que existe até hoje, para cuidar do envolvimento da questão urbana, e tínhamos como referência, evidentemen-te, Curitiba, no Paraná. É uma cidade que desde o começo da década de 60, quando tinha uma população de apenas 300 mil ha-bitantes, preocupou-se em saber como é que seria quando viesse a crescer e tivesse 500, 800 mil ou 1 milhão de habitantes. Que sistema de transporte seria mais adequado, que cuidados tinham que ser tomados para que não se adensassem regiões que não ti-nham capacidade para o sistema viário, como evitar o crescimen-to nas proximidades de reservas de água? Então fomos buscando e analisando exemplos, vendo com mais profundidade essas questões. Fui me envolvendo e adquirindo mais conhecimento a respeito do setor de trânsito e transportes exatamente pelo convívio que tive na ANTP. De 1995 até 2002 fui diretor execu-tivo da entidade, depois saí para ser diretor do Denatran, presi-

dente do Contran, e voltei para ser presidente da ANTP em 2008. Agora estou em meu segundo mandato, que termina no final deste ano.

Quais são os objetivos da ANTP?

Bienalmente realizamos congres-sos para debater as questões re-lacionadas a transportes e trânsi-to. Em outubro, no Rio de Janeiro, realizaremos o 18° Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsi-to. Hoje temos 11 comissões téc-nicas que, entre suas atividades, desenvolvem teses e projetos que são divulgados no congresso. Neste ano serão apresentadas mais de 400 propostas. Vamos abordar questões relacionadas ao tripé: uso do solo, transpor-te e trânsito, enfocando temas como meio ambiente e econo-mia, naquilo que o transporte, o trânsito e o uso do solo inter-ferem na economia local. Por meio das comissões técnicas da ANTP também realizamos mui-tos seminários, pesquisas e tra-balhos específicos, como o pro-jeto Transporte Humano - Cida-des com Qualidade de Vida, que apresentou os melhores exem-plos praticados no Brasil, com duas edições, em 1997 e 2003, e pretendemos lançar uma outra em 2012. Fizemos um conjunto de trabalhos com o Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES) sobre te-mas específicos, como o sistema metroviário, a questão do meio ambiente, entre outros estudos que estão disponíveis na ANTP. Além disso, realizamos uma ou-tra atividade importante que é secretariar o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos

de Transporte Urbano e Trânsito, assim como os fóruns regionais.

Poderia traçar um panorama his-tórico das políticas públicas volta-das para as questões de trânsito e meios de transportes no Brasil?

Nos últimos 50, 60 anos, pode-mos acompanhar uma extrema priorização dada ao transporte individual. Durante esse período, raríssimas cidades preocuparam-se com o crescimento da população e com a questão do planejamento urbano, que foi absolutamente re-negado, deixando que a economia de mercado decidisse “como” e “para onde” é que a cidade deve-ria crescer. Essa é uma tônica ge-ral dos governantes municipais e estaduais. As empreiteiras ficaram ricas e as cidades péssimas, caóti-cas, congestionadas e geradoras de acidentes, situação que gerou um custo brutal para todas as cidades, com raras exceções.

Quais são as consequências de se priorizar o transporte individual em detrimento do transporte público?

Recentemente houve a redução do imposto sobre produtos indus-trializados (IPI) para que se tives-se a manutenção da produção de veículos no Brasil ou até mesmo para que houvesse o aumento dessa pro-dução, fato que se concretizou. Essa tônica permanente de se priorizar o transporte individual e ausência de entendimento das necessidades do desenvolvimento das questões urbanas implica, usando o exemplo da cidade de São Paulo, congestio-namento, sobretarifa e oferta de um serviço de transporte público ruim. A partir do momento que melhorou o nível do emprego no país, melhora-

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“Como o transporte público é muito ruim, as pessoas passam a usar cada vez mais outros meios, como é o caso da motocicleta”

[ Entrevista ]

ram os salários, consequentemente, a população está comprando mais carros. O cidadão vai trabalhar com seu automóvel, volta para casa con-gestionando e poluindo a cidade e aumenta potencialmente o número de acidentes. Tudo ao contrário do que seria razoável que uma socie-dade civil equilibrada e inteligente poderia realizar. Para piorar, como o transporte público é muito ruim, as pessoas passam a usar cada vez mais outros meios, como é o caso da mo-tocicleta.

O que mostram as estatísticas de acidentes envolvendo o usuário de motocicleta?

Além de poluir tanto quanto qual-quer outro veículo, a motocicleta é ainda mais grave, pois gera aci-dentes e acidentados. De quatro pessoas que morrem todos os dias na cidade de São Paulo, estatistica-mente mais de 1,5 é motociclista, 2 são pedestres e o que está faltan-do para chegar no 4 é passageiro-condutor de veículo. Estou citan-do os números de São Paulo, mas evidentemente isso acontece em outras cidades numa proporção menor, mas diferente de zero. Hoje temos no Brasil oito estados - Pará, Tocantins, Roraima, Acre, Rondô-nia, Maranhão, Piauí e Ceará - em que o número de motocicletas já é maior que o de carros. Por si só não tem nada de ruim, só que elas poluem e o poder público tem uma atuação muito fraca. Então exis-te um grande número de pessoas que, além de dirigirem veículos que estão totalmente condenados, não tem sequer habilitação. Nas regiões norte e nordeste estabele-ceu-se uma cultura de que capacete é uma bobagem, coisa desnecessá-ria e tem até prefeito “inventando”

lei proibindo uso de capacete. O trânsito não faz parte de plano de governo da maioria dos candida-tos, mas é um item que mata 100 pessoas por dia, fere 1.000 pessoas diariamente e custa R$ 80 milhões por dia. A soma de todas as guer-ras no mundo hoje não mata 100 pessoas por dia, mas a nossa guer-ra civil, que temos aqui já há algum tempo, mata, com a perspectiva de matar cada vez mais. Lamentavel-mente, os dados que se tem são esses, montados pelos estudos que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Denatran e a ANTP realizaram nos últimos anos.

Qual a relação entre transportes públicos e trânsito?

Fizemos em 1998 alguns trabalhos sobre o custo do congestionamen-to, ou seja, quanto o congestiona-mento impacta na tarifa do ônibus. Desenvolvemos uma metodologia junto com várias empresas públi-cas, num projeto que foi bancado pelo Ipea. Só para citar um exem-plo, naquele ano, em São Paulo, a tarifa do ônibus era impactada pelo congestionamento em 16%. Hoje estimamos que isso deva estar por volta de 25%. Por falta de corredores de ônibus reduz-se drasticamente a velocidade e, con-sequentemente, diminui-se o tem-po de espera dos passageiros com o aumento da frota. Esse é um dos maiores itens que pesam numa planilha tarifária, juntamente com os recursos humanos para opera-ção e manutenção dos veículos.

Quais são as principais queixas dos usuários de transportes públicos?

Não se tem confiabilidade. Na peri-feria, ao sair de casa o usuário não

tem calçada, sendo obrigado a an-dar na rua. O ponto de ônibus é um pedaço de pau espetado, não se tem informação nenhuma de qual linha passa no local, qual o itine-rário e a frequência de cada linha. Se tiver sol toma-se sol, se chover toma-se chuva. Quando chega o ônibus talvez o usuário consiga su-bir e, se subir, tem que se sujeitar às condições que o motorista im-põe com aceleração e frenagem. Os veículos estão sempre lotados, situação que está longe de ser se-gura e confortável. A tarifa de todo transporte público no Brasil é cara, porque a frota está superdimensio-nada por conta da velocidade que é baixíssima. Para piorar, há ainda as propagandas nos ônibus, conhe-cidas como Busdoor, com dizeres absurdos. Estimulam o consumo, incentivando o uso de motocicleta para escapar do trânsito, ou segu-radoras informam que dão descon-to ao cliente que adquirir seguro para dois automóveis. Por isso, as pessoas acham que a única solução é mesmo o transporte individual, restando caminhar, fazer o trajeto de bicicleta, moto ou carro.

Quais programas de transporte pú-blico são referência nacional?

Temos algumas referências em São Paulo, Campinas e Santos (SP), em Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG), e o Rio de Janeiro está se preparando para isso. Agora, com a Copa do Mundo em 2014, apareceu uma boa opor-tunidade. O Governo Federal vai investir em infraestrutura e espera-mos que seja a oportunidade que estava faltando para repensarmos nossas cidades. O Brasil tem 190 milhões de habitantes, deve che-gar a 230, 240 milhões, portanto,

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“O trânsito não faz parte de plano de governo da maioria dos candidatos, mas é um item que mata 100 pessoas por dia”

[ Entrevista ]

são mais 40, 50 milhões de pes-soas, das quais 90% vão viver em regiões urbanas. Então, é preciso estudar como essas pessoas vão morar, como vão se locomover. Na-turalmente, o futuro vai nos impor a discussão das questões urbanas, de transportes e de trânsito. É cla-ro que os projetos desenvolvidos não serão implementados de hoje para amanhã. A maioria das cida-des nunca fez nada nesse sentido, então, algumas vão levar cinco, outras 10 ou mesmo 20 anos. Mas, seja como for, é possível consertar muita coisa. Por exemplo, ao longo do trecho de um corredor de ôni-bus podem-se construir moradias, comércio e serviços. E não fazer com que as pessoas tenham que se locomover de uma ponta à ou-tra da cidade para trabalhar. Hoje o que se vê é a pessoa indo trabalhar a 20, 30 km de sua residência. Isso é uma coisa “criminosa” que insis-timos em repetir. Quem sabe os futuros administradores busquem esse tipo de soluções, favorecen-do um adensamento inteligente ao longo dos corredores de ônibus, que não foram feitos, mas que, com o investimento para a Copa do Mundo, devem ser construídos.

Como lidar com a questão de trans-portes público e meio ambiente?

Na ANTP temos uma comissão téc-nica de Meio Ambiente para discu-tir esse tema. A questão do meio ambiente com o transporte é mui-to importante. No sentido macro, podemos usar ainda como exem-plo o corredor de ônibus. Constrói-se um corredor com diversos obje-tivos. Primeiro, que ele concentre o maior número de viagens, tenha confiabilidade, o tempo de viagem seja menor, consequentemente,

tenha custo menor. Se tudo isso acontece, têm-se menos veículos sendo utilizados para o transporte de pessoas. Então, só com o au-mento da velocidade dos veículos, já haverá menor propagação de poluição. Outra questão que está relacionada com o meio ambiente é o combustível, sendo importan-te analisar a qualidade do diesel empregado nos veículos, que com uma concentração menor de enxo-fre polui menos.

Existe uma estimativa da frota de meios de transportes acessíveis no país?

O prazo estipulado é que até 2014 toda a frota de transportes públicos seja acessível. A maioria das em-presas e os órgãos públicos estão se preparando para isso e nos pró-ximos anos vamos ter uma mudan-ça bastante significativa em termos de acessibilidade. Agora, é preciso lembrar que acessibilidade não é só quando se está esperando o ôni-bus, ela começa na calçada. Se, por exemplo, não se tiver calçadas em bom estado, não se chega a lugar nenhum. Então, tornar um veículo acessível é algo que a sociedade brasileira vai fazer. Mas, quando vamos tornar a cidade acessível?

O que é preciso ser feito para ga-rantir a melhoria do transporte pú-blico no país?

O fundamental seria a população entender quais são seus direitos e o que significa participação políti-ca. Segundo, que a sociedade civil tenha realmente condições de co-brar isso de seus governantes. Do jeito que está, as políticas públicas vão continuar favorecendo o trans-porte individual. As pessoas que

não têm e algumas que nunca te-rão aceitam isso, porque elas acre-ditam que um dia vão ter condi-ções financeiras para comprar um carro. Na verdade, deveria haver uma revolta nacional de todo mun-do contra a falta de calçadas, isso é um direito fundamental. Mas o ci-dadão que está no ônibus acha que deve ser “castigado” pelo fato de não ter carro e no dia que ele tiver vai resolver esse problema. Esse mesmo cidadão não defende suas maiores bandeiras, enquanto pe-destre e usuário, porque ele acha que um dia a “sorte” irá ajudá-lo a pôr fim a esse sofrimento.

Então a solução para esse proble-ma tem relação direta com a cons-cientização da sociedade?

Sim, isso é um nível básico de conscientização política. Falta à sociedade discutir os seus valores, reivindicar para que haja uma fis-calização de trânsito realmente efi-caz, que se tirem das ruas pessoas não habilitadas para conduzir um veículo ou aqueles que têm e não respeitam as regras de trânsito. Se não tivermos essa consciência polí-tica, vamos ficar a mercê de pesso-as que vão ocupar cargos públicos e continuar fazendo o que sempre fizeram. Investimentos de recursos em saúde, habitação, transporte e trânsito, educação, que deveriam ser prioritários, são relegados para segundo plano. Devemos começar a eleger pessoas que não sejam meros ocupantes de cargos públi-cos, mas que tenham uma visão de estadista, independentemente de estar num cargo municipal, es-tadual ou federal. Mas, a realidade é que, ao longo de nossa história, estadistas contam-se em poucos dedos

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[ Artigo ]

uso da informação como matéria-prima para de-senvolvimento de novos

produtos e serviços está alinhado à sobrevivência das organizações na Sociedade do Conhecimento. Há necessidade de análise e uso de informações selecionadas para tomada de decisões e nesse aspec-to as normas técnicas destacam-se como fator primordial para estabe-lecimento da competitividade, da segurança e qualidade da produção do mercado global. Para isso, é pre-ciso estar atento aos documentos em vigor, e encontrá-los não preci-sa ser um martírio. Com a utiliza-ção da Classificação Internacional de Normas (CIN), ou International Classification for Standards (ICS), é possível obter resultados mais pre-cisos nas buscas nos catálogos dos organismos de normalização.

A CIN/ICS funciona como estru-tura para a organização das nor-mas técnicas por área temática, semelhantemente a sistemas de classificação utilizados em unida-des de informação. Sendo um meio reconhecido internacionalmente para se obter uma classificação uniforme de norma técnicas, tem a finalidade principal de ser uma ferramenta de busca eficaz para a implementação das melhores prá-ticas nas organizações.

A Classificação Internacional de Nor-mas (CIN) destina-se a ser utilizada como uma estrutura para catálogos de normas e outros documentos norma-tivos internacionais, regionais e nacio-nais, e como uma base para sistemas regulares de normas internacionais, re-gionais e nacionais. Também pode ser

A Classificação Internacional* Por Anderson Correia Soares

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* Anderson Correia Soares é assistente técnico da Gerência de Editoração e Acervo da ABNT.

utilizada para classificação de normas e documentos normativos em bases de dados, bibliotecas etc. A CIN poderá facilitar a harmonização de informa-ções e ferramentas de organização, tais como catálogos, listas seletivas, bibliografias e bases de dados em meios magnéticos e óticos, de modo a promover a ampla disseminação de normas e outros documentos norma-tivos internacionais, regionais e nacio-nais.(CIN/ICS, 2010, p.3).

Na definição encontrada no ABNT ISO IEC Guia 59 (1994, p.7):

A International Classification for Standards (ICS) provê, por meio do uso de códigos numéricos, a facilidade de comunicação, independentemente do idioma, entre usuários de normas e aqueles que as desenvolvem por todo o mundo. A ICS também provê uma estrutura modelo para catálogos de normas e sistemas ordenados. Muitos membros da ISO já se comprometeram a implementar a ICS em nível nacional e prevê-se que outros membros irão segui-los. A ICS será também útil como base para um sistema mais estruturado para acessar informações sobre ativi-dades de desenvolvimento de normas.

A Classificação procura cobrir as mais variadas áreas, como ciên-cias naturais, tecnologia da saúde, metrologia e medição, sistemas e componentes mecânicos, enge-nharia industrial, engenharia da transferência de energia e calor, engenharia eletrotécnica, teleco-municações, tecnologia da infor-mação, engenharia dos veículos rodoviários, indústria do vestuário,

agricultura, petróleo, exploração de minérios e minerais, indústrias da cerâmica e do vidro, engenharia civil, tecnologia alimentar e indús-tria de tintas, entre outras.

Graças a uma notação simples, objetiva e fácil de lembrar, a CIN/ICS pode ainda servir como base para identificar informações sobre as atividades de desenvolvimento de normas, avaliação do surgimen-to de novas tecnologias, avaliação do crescimento de empresas que adotaram o sistema de gestão da qualidade, o crescimento de inves-timentos em segurança de produ-tos e serviços e avaliação quanto à intercambialidade de tecnologias. O direito autoral da Classificação é da ISO, e no Brasil apenas a ABNT está autorizada a publicar e distri-buir o documento. Para obtê-la, basta acessar o Catálogo ABNT (www.abnt.org.br/catalogo)

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Brasil tem forte envolvi-mento na nova Norma Internacional de gestão

de energia. Participou, em 2007, das discussões promovidas pela Unido, a agência da Organização das Nações Unidas encarregada de estimular o desenvolvimento industrial em países de economia em transição. Junto com os Estados Unidos, levou a demanda pela nor-ma para a International Organiza-tion for Standardization (ISO), em esforço que em 2008 colocou am-bos os países na linha de frente do processo, representados por seus organismos de normalização: Asso-ciação Brasileira de Normas Técni-cas (ABNT) e American Standards Institute (Ansi). No dia 7 de julho, a norma foi lançada para a sociedade brasileira, em evento realizado na ABNT em São Paulo.

A ABNT NBR ISO 50001:2011 – Sistemas de gestão da energia – Re-quisitos com orientações para uso é uma adoção da ISO 50001:2011 – Energy management systems - Requirements with guidance for use. Sua publicação ocorreu no dia 15 de junho, na ISO e países mem-bros, incluindo o Brasil. A trajetória de cerca de quatro anos, desde os primeiros debates até a finalização do documento, foi lembrada pelo diretor técnico da ABNT, Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone, na abertura do evento prestigiado por mais de 70 pessoas.

O diretor da ABNT lembrou que quando o Brasil e os Esta-dos Unidos foram escolhidos para assumir a secretaria do ISO/PC-242

Lançada a ABNT NBR ISO 50001A Norma Internacional de gestão da energia está à disposição das organizações brasileiras, como ferramenta para melhorar o desempenho energético e reduzir danos ambientais.

– Energy Management, responsá-vel pela elaboração da norma, a China e a Inglaterra pediram para se juntar ao grupo. Os especialis-tas brasileiros, entretanto, tiveram participação relevante. “O Brasil enviou 34 comentários em todas as etapas do processo, sendo 19 deles na fase de FDIS (Final Draft International Standard), a última minuta da norma”, ressaltou De Simone.

Os detalhes da ABNT NBR ISO 50001:2011 foram apresentados por Alberto Fossa, chefe da delega-ção brasileira na ISO e coordenador da Comissão de Estudo Especial de Gestão e Economia de Energia (ABNT/CEE-116), constituída pela ABNT como espelho do comitê internacional.

O reconhecimento do governo federal à importância da norma foi reiterado por George Soares, assis-tente da Diretoria de Transmissão das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras) e também membro da ABNT/CEE-116. Ele afirmou que a

ABNT NBR ISO 50001:2011 já cons-ta no Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEF), que define di-retrizes para que o país alcance os objetivos do Plano Nacional de Energia (PNE 2030).

Lançado em 2007 pelo Ministé-rio de Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética, o PNE esti-pula uma redução de 10% do con-sumo de energia no país até 2030 e tem na eficiência energética um fator fundamental para equacio-namento do suprimento. “Esta é a primeira norma cuja implemen-tação se paga com a redução do consumo de energia e vai alavan-car serviços e ganhos para o País”, justificou Soares.

A ABNT NBR ISO 50001:2011 especifica requisitos para implan-tação e manutenção de um sistema de gestão da energia, com o propó-sito de habilitar organizações de todos os tipos e tamanhos, inde-pendentemente de condições geo-gráficas, culturais ou sociais, a bus-carem a melhoria contínua de seu

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Sustentabilidade

Mais de 70 pessoas prestigiaram o evento de lançamento

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desempenho energético. Ao mini-mizar o esgotamento dos recursos energéticos, a norma possibilitará que sejam atenuados os efeitos do uso de energia no meio ambiente, como o aquecimento global.

Mudança de atitude

Alberto Fossa informou que a nova Norma Internacional pode reduzir à metade as emissões de dióxido de carbono (CO2), nos pró-ximos 15 anos, desde que as orga-nizações e as pessoas mudem de atitude. A conscientização de que cada um deve fazer a sua parte de-verá ser mais eficiente do que gran-des acordos entre países, como o Protocolo de Kyoto, por exemplo. “E isso pode ser conseguido com as tecnologias existentes”, ele res-saltou.

Por meio de ações pulveriza-das mundo afora, a norma tem potencial de causar um impacto positivo de 60% no uso de ener-gia. Tal projeção é possível porque a melhoria contínua do desempe-nho energético das organizações, um dos objetivos da norma, im-plica diretamente a diminuição do consumo de energia. No cenário brasileiro, além da sintonia com o PNE 2030 e com o PNEF, a ABNT NBR ISO 50001:2011 deverá

estimular a indústria e os consu-midores a aumentarem o uso de produtos eficientes, identificados com o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).

Com três focos principais – efi- ciência energética, uso da ener- gia e consumo de energia - a ABNT NBR ISO 50001:2011 re-comenda às organizações vá-rios procedimentos como, por exemplo, adoção de critérios de eficiência na compra de equipa-mentos, estruturação e cuidados adicionais na operação e manu-tenção de equipamentos, cons-cientização e treinamento sobre

os aspectos vinculados ao uso adequado da energia.

A relevância do tema gestão da energia, segundo Fossa, pode ser conferida pelo fato de a ISO ter ini-ciado os trabalhos com um Comitê de Projetos (Project Committee – PC), que atuaria por tempo limita-do, e decidiu transformá-lo em Co-mitê Técnico (Technical Committee – TC), que hoje reúne mais de 100 especialistas de 45 países partici-pantes e outros 14 observadores.

No Brasil, o interesse não é me-nor, tanto que a ABNT/CEE-116 tem a participação de 40 organizações e esteve representada em 25 reu- niões plenárias da ISO, envolven-do-se fortemente nas discussões. “Há um cenário internacional úni-co”, disse Fossa.

Para o coordenador, o ano de 2008 tornou-se histórico, por ser aquele em que o mundo começou efetiva-mente a se preocupar com a gestão da energia e a redução das mudan-ças climáticas. Essa mobilização deve continuar, não só com a busca de novas soluções tecnológicas, como pela disseminação do entendimento da cadeia de energia e o que a socie-dade pode fazer para monitorá-la e utilizá-la adequadamente

Eficiência energética, um tema que atrai a atenção da sociedade

Alberto Fossa, coordenador da ABNT/CEE-116, entre os analistas da ABNT Leonardo Martins e Eduardo Lima, que secretariam os trabalhos na ISO e no Brasil, respectivamente

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onfiabilidade, qualidade e segurança fazem a di-ferença no mercado de

mangueiras de incêndio, principal-mente se os fabricantes demons-tram aos clientes o atendimento às normas técnicas. Empresas que buscam a certificação voluntária só apontam vantagens na iniciativa e encontram na Associação Brasilei-ra de Normas Técnicas (ABNT) o su-porte necessário para comprovar a eficiência de seu desempenho. Tem sido assim há mais de 12 anos, quando a Marca de Conformidade ABNT foi concedida pela primeira vez para esse tipo de produto.

A Kidde Brasil foi a pioneira na conquista do certificado para man-gueiras de incêndio, em janeiro de 1999, marcando a estreia do pro-grama de certificação voluntária da ABNT. “Acreditamos que a cer-tificação voluntária de produtos e serviços é o melhor caminho a

Eficiência a toda prova

C ser seguido, tanto pelos fabrican-tes quanto pelos usuários, pois é uma forma espontânea e natural de se exigir qualidade. Além disso, é um diferencial técnico para as empresas e realmente agrega valor ao produto”, assegura Humberto Brotto Lopes, coordenador do Departamento de Qualidade da empresa.

A certificação voluntária de mangueiras de incêndio foi um divisor de águas no setor. “Antes de 1999, por falta de uma Norma Brasileira adequada, o mercado de mangueiras de incêndio adotava práticas de alto risco ao usuário”, lembra Maurício Feres, coorde-nador da Comissão de Estudo de Mangueiras de Incêndio e Aces-sórios do Comitê Brasileiro de Se-gurança contra Incêndio (ABNT/CB-24). O cenário mudou devido a uma perfeita interação de todas as partes envolvidas, de acordo com

Sergio Pacheco, gerente de Certifi-cação de Produtos da ABNT.

Já em 1997, o Instituto Nacio-nal de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) havia promovido a avaliação de amostras dos produtos no mer-cado, constatando falhas que de-mandaram a revisão, em 1998, da ABNT NBR 11861- Mangueira de incêndio - Requisitos e métodos de ensaio. Paralelamente, a ABNT Certificadora desenvolveu um pro-grama de certificação voluntária. As empresas, por sua vez, fizeram investimentos para conquistar a Marca de Conformidade ABNT, hoje ostentada pela Bucka, Couto-Flex e Inmasp, além da Kidde Brasil.

“O programa de certificação trouxe uma série de inovações técnicas para a época, como a exi-gência de a empresa ter laborató-rio próprio e sistema de gestão da qualidade em conformidade com a

A certificação voluntária de mangueiras de incêndio estabelece diferenciais competitivos no mercado.

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ABNT NBR ISO 9001, a realização de ensaios e inspeções trimestrais, além do ensaio interlaboratorial feito pela empresa e pelo Institu-to de Pesquisas Tecnológicas (IPT), com supervisão da ABNT”, ressalta Pacheco.

A ABNT consolidou seu progra-ma ao obter a acreditação junto ao Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC) em 2002. Segundo Pacheco, o resultado mais relevante de todas as ações imple-mentadas foi a definição completa do produto mangueira de incêndio. Ele explica: “A iniciativa impede a certificação de empresas que ape-nas montam os produtos, sem ter capacidade plena de fabricação, nem instalações laboratoriais”.

O diretor da Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, comenta que foi muito importante a mobili-zação do setor, depois que a ABNT criou o programa de certificação voluntária. “Tudo passou a funcio-nar direito e tínhamos, enfim, um mercado autorregulado”, ele afir-ma.

Mais recentemente, o seg-mento de mangueiras de incêndio manifestou preocupação com a comercialização de produtos im-portados não conformes. Então o Inmetro passou a estudar a con-veniência de um Regulamento de Avaliação da Conformidade (RAC). “Em um primeiro momento, deve-rá ser voluntário, mas se não resol-ver será transformado, inevitavel-mente, em compulsório e então o importador terá de apresentar a certificação de acordo com o siste-ma brasileiro e obter a anuência do Inmetro”, informa Lobo.

Uma vantagem da compulsorie-dade, de acordo com o diretor da Qualidade, é que o Inmetro pode

fiscalizar e, se encontrar uma man-gueira sem a marca de conformi-dade ou com certificado irregular, interditará o produto e multará a indústria ou o importador. Por enquanto, resta ao setor esperar. “Nossa expectativa é colocar o texto do RAC em consulta pública ainda este ano”, ele anuncia.

O mercado exige

A Kidde Brasil, com sede e fábri-ca instaladas em uma área de 18 mil metros quadrados na cidade de Vinhedo (SP), produz a cada ano cerca de 3 milhões de metros de mangueiras de incêndio, destina-das aos mercados interno e exter-no. Para conquistar a certificação pioneira, a empresa teve de enfren- tar alguns desafios, principalmen-te em relação à conscientização dos colaboradores. O coordenador Humberto Lopes garante que o esforço foi plenamente recompen-sado.

“A parceria e a relação de con-fiança e credibilidade entre a ABNT e a Kidde Brasil foram fundamen-tais para que as informações fos-sem transmitidas de forma clara e precisa a representantes, distribui-dores, clientes finais, empresas se-guradoras, Corpo de Bombeiros e outros órgãos públicos e privados”, lembra Lopes.

O representante da Kidde avalia que hoje a Marca de Conformidade ABNT é uma exigência do merca-do. Ele afirma: “Outras empresas perceberam que para continuar competindo também precisariam aderir à Marca de Conformidade ABNT e, desta forma, o Brasil deu um salto muito importante neste segmento, beneficiando toda a so-ciedade”.

De acordo com Lopes, a Marca de Conformidade ABNT, além de conscientizar as empresas da im-portância das boas práticas, tor-nou clara a responsabilidade civil e criminal daqueles que insistiam em ignorar a normalização, fazen-do com que os riscos iminentes fossem praticamente eliminados. “Em vários estados no Brasil, como Rio de Janeiro e Ceará, existem de-cretos estabelecidos pelo Corpo de Bombeiros para a aquisição de pro-dutos que possuam a certificação ABNT, tamanha é a confiabilidade e credibilidade desta instituição”, ele conclui.

Foi para atender ao mercado, por exemplo, que a Bucka Indústria e Comércio investiu na certificação voluntária, há cerca de 10 anos. A empresa, que tem tradição no segmento de equipamentos de combate a incêndio, ainda come-mora o resultado. “A Marca de Conformidade ABNT agrega con-fiabilidade e qualidade ao produto, além de melhorar o processo pro-dutivo”, assegura Pedro Trevisan, supervisor da Qualidade.

Comprometimento

O Grupo C.M.Couto Coutoflex, que atua no mercado de equipa-mentos contra incêndio desde 1970, buscou a certificação volun-tária há mais de 10 anos e aprovou os resultados. “A Marca de Confor-midade ABNT formaliza o compro-metimento da empresa com a fa-bricação de produtos que atendam plenamente aos requisitos técnicos e de qualidade constantes nas Nor-mas Brasileiras. Com isso o consu-midor tem a garantia de estar ad-quirindo um equipamento com alto nível de qualidade e tecnologia”,

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afirma o gerente de Marketing, Renato Vidal.

A empresa projeta, fornece e instala os mais variados tipos de sistemas fixos para combate a incêndio e tem clientes nos seg-mentos comercial, industrial e re-sidencial, para os quais também oferece manutenção corretiva dos equipamentos. Até pelas caracte-rísticas dos serviços prestados, as-segurar a confiança do mercado é essencial.

Vidal identifica na Marca de Conformidade ABNT um diferencial que funciona como fator seletivo. “A comprovação de qualidade, téc-nica e respeito ao consumidor é de extrema importância para fornece-dores e usuários, que têm a ABNT como parceira de alta relevância”, ele conclui.

Segmento evoluiu

Marcelo Tomaz, diretor indus-trial da Inmasp, conta que a em-presa buscou a certificação logo que entrou no mercado, em 2006, porque o processo era entendido como algo sério, confiável e de-mocrático. Hoje ele tem certeza de que a Marca de Conformidade ABNT traz aos clientes a serieda-de que o segmento merece. “Na esfera comercial, a certificação agregou à nossa marca um alto grau de confiabilidade, facilitando o escoamento de nossos produtos e a solidificação de nossa marca. No âmbito fabril, trouxe também um melhor controle de nossos processos devido à grande exigên-cia estabelecida nos procedimen-tos específicos de cada produto”, afirma.

Outro aspecto apontado por Tomaz é a oportunidade que a

ABNT oferece aos fabricantes de opinar sobre o processo de certi-ficação. “Os procedimentos torna-ram-se ferramentas utilizadas pelas Comissões de Estudo responsáveis pela elaboração e aprimoramen-to de normas técnicas e isto é de enorme importância para o ama-durecimento do setor”, comenta o diretor industrial.

A Inmasp, sediada no municí-pio de Magé (RJ), fabrica produtos de combate a incêndio e também presta serviços nessa área. A con-quista de novos mercados e a con-solidação da marca, de acordo com Tomaz, são devidas em grande par-te à Marca de Conformidade ABNT. “A seriedade com que é conduzido todo o processo de certificação trouxe para o segmento uma gran-de evolução”, ele argumenta. E cita como exemplo o nível de reclama-ção de clientes: “Hoje esse indica-dor é praticamente zero em todos os fabricantes que participam do programa de certificação de man-gueiras de incêndio”.

Enfim, segurança

O coordenador Maurício Feres lembra que antes de 1999 muitos revendedores compravam uniões de baixa qualidade para fazer a empata-ção (fixação) na mangueira, sem ado-tar uma técnica adequada ou mesmo providenciar um ensaio hidrostático para comprovar a eficácia do conjun-to mangueira-união.

“Também ofereciam mangueiras inadequadas para uso em áreas co- merciais, industriais ou residenciais, que podiam gerar acidentes, com grande risco ao usuário. A pedido do Inmetro foram ensaiadas várias man- gueiras de incêndio, encontrando-se problemas que motivaram a elabora-

ção das novas normas de mangueira e união”, comenta Feres.

A mobilização resultou nas se-guintes normas técnicas:

* ABNT NBR 11861:1998, Man-gueira de incêndio – Requisitos e métodos de ensaio - Fez com que o duto flexível fosse forneci-do com uniões conectadas pelo fabricante, constituindo assim a mangueira de incêndio. Tam-bém estabeleceu cinco tipos de mangueira e as respectivas indi-cações para uso.

* ABNT NBR 14349:1999, União para mangueira de incêndio - Requisitos e métodos de ensaio - Especificou, para uso comercial ou industrial, uma união com luva de empatamento de no mí-nimo 40 mm (luva longa).

* ABNT NBR 12779:2009, Man-gueira de incêndio - Inspeção, manutenção e cuidados - Trou-xe recomendações severas que ajudaram a corrigir falhas re-manescentes dos tempos de insegurança no mercado. No relatório de inspeção, se encon-trada mangueira tipo 1 em ins-talação comercial ou industrial, por exemplo, deve constar: “A mangueira tipo 1 não é indi-cada para uso comercial ou in-dustrial; a sua utilização nestes locais está em desacordo com a recomendação normativa. No caso de um acidente ou sinistro, o responsável ou proprietário está sujeito a responsabilidade civil e criminal, além de even-tual problema de ressarcimen-to do seguro. Recomenda-se a sua substituição por no mínimo mangueira tipo 2.”

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Diretoria Executiva da ABNT e alguns colaboradores par-ticiparam, nos meses de ju-

nho e julho, das seguintes reuniões internacionais:

• Technical Management Board (TMB), de 14 a 17 de junho, em Genebra, Suíça

• Technical Barriers to Trade (TBT), de 15 a 17 de junho, em Genebra, Suíça

• ISO Chair’s Conference 2011, de 16 a 17 de junho, em Genebra, Suíça

• Secretariat Week, de 20 a 24 de junho, em Genebra, Suíça

• Seminário ISO/IEC 27001, de 27 a 29 de junho, em Santa Cruz, Bolívia

• Codex Alimentarius Commission, de 4 a 8 de julho, em Genebra, Suíça

• ISO Regional Course: Setting National Standardization Strate-gies, de 4 a 9 de julho, em Buenos Aires, Argentina

• ISO Commercial Policies Steering Group Meets (ISO/CPSG), de 7 a 8 de julho, em Genebra, Suíça

Presença em eventos internacionais

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os dias 11 a 14 de julho, os organismos nacionais de nor-malização do Brasil (ABNT),

da Índia (Bureau of Indian Standar-ds - BIS) e da África do Sul (South African Bureau of Standards - SABS) reuniram-se na ABNT, no Rio de Janeiro, com a presença de repre-sentantes do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualida-de Industrial (Inmetro) e do Ministé-rio das Relações Exteriores (MRE).

O objetivo do encontro foi a discussão de um plano de tra-balho para a implementação do

Visitas da Índia e da África do Sul

N Memorando de Entendimento (MoU), firmado em 2008 pelos go- vernos dos três países, contemplan-do normalização, regulamentação técnica e avaliação da conformi-dade. A programação incluiu uma visita às instalações do Inmetro em Xerém, Rio de Janeiro. Além de terem estabelecido um plano de trabalho, os organismos concorda-ram em realizar avaliação periódica com relação à sua implementação, agendando a próxima reunião do Grupo para o último trimestre de 2012

O objetivo foi a implementação de Memorando de Entendi-mento com o Brasil.

Um plano de trabalho foi estabelecido durante a reunião

Esta seção é destinada à divulgação de processos e termos utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Nesta edição destacamos o que é um Organismo de Acreditação.

É um organismo autorizado a executar a acreditação, o que significa reconhecer a competência de organis-mos de certificação para exercer atividades de avaliação da conformidade de produtos, serviços e sistemas de gestão, entre outros

Para seu conhecimento

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Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tem aproveitado todas as

oportunidades para divulgar seus produtos e serviços em feiras e outros eventos, cumprindo assim a sua missão: disseminar a nor-malização técnica aos mais diver-sos setores da sociedade. Além de apresentar as normas ao público, também distribui em seus estan-des boletins, gibis e folders so-bre cursos e oferece informações sobre os sistemas ABNTColeção e ABNTCatálogo.

No mês de julho, a ABNT esteve presente no seguinte evento:

• 1º Encontro Nacional de Tec-nologia Metroferroviária, que aconteceu nos dias 05 e 06 de julho, na Universidade de São Paulo (USP). No evento, foram debatidos oito temas, selecio-nados pelo Comitê Brasileiro Metroferroviário (ABNT/CB-06): Estudos Gerais - Direito de Pas-sagem; Traçado e Infraestru-

A marca ABNT em evidência

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tura - Classificação de Via; Tra-çado e Infraestrutura - Passa-gem de Nível; Traçado e In-fraestrutura - Tolerâncias de Via Permanente; Rodas, Eixos e Rolamentos - Rodas Ferro-viárias em “S”; Dormentes e Lastros - Dormentes de Plásti-

co; Dormentes e Lastros - Apli-cação de Lastro de Escória e Vagões; Truques e Acessórios - Classificação e Identificação de Vagões.

Cerca de 30 pessoas visitaram o estande da ABNT

No estande da ABNT, o público recebeu informações sobre produtos e serviços

A reunião foi coordenada pelo gerente de TI da ABNT, Nelson Al Assal Filho, que apresentou mode-los digitais de negócio e gestão que a entidade desenvolveu em Nor-malização, Certificação e Comer-cial, desde 2003.

Pelo recurso de web conferen-ce, dois diretores da International Organization for Standardization (ISO) participaram do evento, falando

Normalização e TI em discussãoGrupo formado pela Copant reuniu-se no Rio de Janeiro.

oi realizada no Rio de Janeiro, nos dias 15 a 17 de junho, a reunião do grupo de Su-

porte Tecnológico à Normaliza- ção (STN), criado pela Comissão Pan-Americana de Normas Técni-cas (Copant). Participaram especia-listas em Tecnologia da Informação dos organismos de normalização da Argentina, Bolívia, Panamá e Brasil.

F sobre TI e copyrights. A Bolívia mos-trou interesse nas plataformas de-senvolvidas pela ABNT e a Argentina ficou de visitar a Associação, no Rio de Janeiro, para conhecer melhor a plataforma de Certificação e as novas tecnologias de E-Commerce.

A ABNT realizará web confe-rences para outros países, com o objetivo de divulgar os resultados das próximas reuniões

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Minha empresa trabalha com móveis e acessórios. Gostaria de saber se a ABNT possui uma norma sobre sofás.

Nelson Leite – Aluminart Indústria de Móveis e Acessórios – Engenheiro Coelho – SP

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 15164:2004 - Móveis es-tofados - Sofás, que especifica as características físico-mecânicas de materiais para sofás, bem como estabelece os métodos para determinação de estabilidade, resistência e durabilidade, indepen-dentemente de seu desenho, materiais utilizados e processo de fabricação. Esta Norma não se aplica a sofás-cama, divãs, chaise-longues, pufes, recamiers, cadeiras de aproximação e cadeiras es-tofadas reclináveis.

Qual é a norma da ABNT referente a brinquedos infláveis?

Cristina Alves – Mundo de Infláveis Ltda – Itapevi - SP

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 15859:2010 - Brinque-dos infláveis de grande porte — Requisitos de segurança e méto-dos de ensaio, que especifica os requisitos de segurança para os brinquedos infláveis nos quais as atividades principais são desti-nadas ao lazer, como, por exemplo, pular, brincar, jogar e deslizar.

Esta Norma estabelece medidas frente aos riscos e também para reduzir ao mínimo os acidentes dos usuários. Tais medidas são diri-gidas aos responsáveis pelo projeto, fabricação e fornecimento de brinquedos infláveis. A norma especifica os requisitos que visam à proteção do usuário contra os perigos que este não seja capaz de prever ao utilizar o brinquedo, ou que ele possa razoavel-mente prever.

A norma é aplicável aos brinquedos infláveis destinados a usuários de todas as idades, conforme especificado em cada brinquedo, individual ou coletivo. Não se aplica aos brinquedos inflados sobre a água, aos brinquedos do-mésticos infláveis, a outras estruturas sustentadas com ar, aos brinquedos infláveis utilizados unicamente para proteção, piscinas infláveis, infláveis utilizados para sal-vamento e a outros tipos de brinquedos infláveis cuja atividade principal não seja destinada ao lazer.

Preciso saber se a ABNT possui alguma norma que trate da composição química do aço inoxidável AISI 316 L.

Márcia Martins – Brats Indústria e Comércio de Produtos Metálicos Especiais Ltda. – Cajamar – SP

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 5601:1981 - Aços inoxidáveis - Classificação por composição química, que padroniza diferentes tipos de aços inoxidáveis em função da sua composição química. São estabelecidas três classes:

- Classe A: aços inoxidáveis austeníticos (não temperáveis por tra-tamento térmico);

- Classe B: aços inoxidáveis martensíticos (temperáveis por trata-mento térmico);

- Classe C: aços inoxidáveis ferríticos (não temperáveis por trata-mento térmico).

Qual é a norma da ABNT que trata da perio-dicidade da limpeza de caixas de água?

Jessana F. Tavares Lima – SESI - Taubaté - SP

A ABNT responde: Temos a ABNT NBR 5626:1998 - Instalação predial de água fria, que estabelece exi-

gências e recomendações relativas ao projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria. Essas exi-

gências e recomendações referem-se fundamentalmente ao respeito aos princípios de bom desempenho da instalação

e da garantia de potabilidade da água, no caso de instalação de água potável.

Esta Norma é aplicável à instalação predial que possibilita o uso doméstico da água em qualquer tipo de edifício, residencial ou não. O uso doméstico prevê a possibilidade de uso de água potá-vel e de água não potável.

Gostaria de saber qual é a norma fundamental da ABNT (norma zero) utilizada para fazer outras normas.

Carmela Gardi - Petrobrás – Rio de Janeiro - RJ

A ABNT responde: Existe a ABNT Diretiva 2:2011 - Regras para a estrutura e redação de documentos técnicos ABNT, que especifica as regras para a estrutura e redação dos Documen-tos Técnicos ABNT. Estas regras têm o objetivo de assegurar que os Documentos Técnicos ABNT sejam redigidos do modo mais uniforme possível, qualquer que seja seu conteúdo. Esta parte da Diretiva ABNT também apresenta algumas orienta-ções com relação à apresentação dos Documentos Técnicos ABNT.

[ Dúvidas ]

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[ Consumidor ]

uso do cinto de segu-rança é obrigatório tan-to para os condutores

quanto para os passageiros de veículos automotores, desde 1998, em todo o território nacio-nal. Entretanto, muitas pessoas ainda resistem e alegam que o equipamento incomoda. Nem param para pensar no quanto são beneficiadas se atenderem ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Mais do que a conscien-tização, o alto valor das multas vem, entretanto, coibindo o des-respeito à legislação.

Em caso de acidentes de trân-sito, o cinto de segurança impe-de que a pessoa seja projetada para fora do veículo ou bata a cabeça contra o para-brisa ou outras partes duras do automó-vel. Estatísticas comprovam que o uso correto desse dispositivo de segurança reduz em até 30% as consequências fatais e em até 60% as lesões graves, como trau-matismo e perda de visão.

Os chamados cintos de três pontos e os subabdominais são os previstos no CTB, dependen-do da localização dos assentos. A tecnologia continua avançando também nesse segmento. Em al-guns automóveis mais modernos, um sensor faz uma campainha soar ininterruptamente enquan-to os cintos de segurança não são afivelados, obrigando os ocu-pantes a usá-los. Em outros, um mecanismo instalado ao longo da estrutura de suporte das portas afivela automaticamente os cin-tos assim que estas são fechadas.

Hoje, a importância do cinto de segurança já é ensinada nas

Cinto de segurança: proteção obrigatória

escolas para as crianças, o que ajuda a preparar futuros moto-ristas. O desafio é fazê-los enten-der que não devem sair dirigindo sem proteção, acreditando que acidentes só acontecem com os outros.

Visando à padronização dos cintos de segurança, de forma a garantir que esses dispositivos realmente protejam o usuário, a Associação Brasileira de Nor-mas Técnicas (ABNT) disponibili-za duas normas cujos requisitos possibilitam que os fabricantes coloquem no mercado produtos de qualidade:

- ABNT NBR 6091:2009 - Veícu-los rodoviários automotores — Ancoragens de cintos de se-gurança — Localização e resis-tência à tração, que especifica os requisitos básicos para a an-coragem de cintos de seguran-ça destinados aos ocupantes adultos, de bancos voltados

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para a frente ou para trás, nos veículos das categorias M e N.

- ABNT NBR 7337:2011 - Veícu-los rodoviários automotores — Cintos de segurança — Requisitos e ensaios, que estabelece os re-quisitos exigíveis para cintos de segurança e métodos para de-terminação das características de cintos de segurança, utiliza- dos como equipamento de prote-ção individual em veículos rodovi-ários automotores, exceto ciclo- motores, motonetas, motocicle-tas e rebocados, com o objetivo de reduzir os riscos de lesões corpo-rais em caso de um acidente.

O Comitê Brasileiro Automo- tivo (ABNT/CB-05) é o respon- sável pelas normas sobre cintos de segurança, entre outros as-suntos. Para saber mais, entre em contato com o Analista Técnico da ABNT, Álvaro Almeida, pelo e-mail [email protected]

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Salão do Turismo é o maior evento do setor no País, funcionando como

uma grande vitrine de produtos e roteiros voltados principalmente para o consumidor final. Neste ano, os temas da normalização e certifi-cação foram abordados em várias oportunidades.

No Núcleo do Conhecimento, o debate “Certificação da Qualida-de: impactos na cadeia produtiva do turismo” teve a participação de Chantal Beck, chefe do Programa de Qualidade da Federação Suíça de Turismo, Eduardo Coelho, dire-tor de Comunicação da Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta), e Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimen-tação e gestor do Comitê Brasileiro de Turismo (ABNT/CB-54).

Sampaio destacou a importância das normas técnicas para o turismo brasileiro, tanto no que se refere à capacitação e competências de pessoal, quanto no que se refere ao estabelecimento de referências téc-nicas para as empresas do setor. Ele também destacou o papel do ABNT/CB-54 como o foro brasileiro para a normalização do turismo, com um processo transparente, legítimo, aberto e contando com a participa-ção das diversas partes interessa-das. Ressaltou ainda a significativa participação do Brasil nos trabalhos do ISO/TC 228 – Tourism and related services, com o apoio do MTur por meio de um convênio com a Asso-ciação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Eduardo Coelho apresentou os resultados atingidos pelo Programa Aventura Segura, pelo qual 91 em-

presas foram capacitadas e apoia-das, em uma iniciativa do MTur, em parceria com o Sebrae Nacional, e execução da Abeta, alcançando a certificação de Sistema de Gestão da Segurança conforme a ABNT NBR 15331:2005 – Turismo de aventura – Sistema de gestão da segurança – Requisitos. O Aventura Segura, iniciado há seis anos, já qua-lificou mais de 5 mil profissionais.

“Normas ISO: a liderança do Brasil no Turismo de Aventura” mar-cou o segundo dia de debates do evento. Desde 2009 o País lidera, em conjunto com o Reino Unido, o Gru-po de Trabalho (WG7) de Turismo de Aventura, no âmbito do ISO/TC 228.

Um grupo de especialistas com-posto por Gustavo Timo, coorde-nador-geral da Abeta; Leonardo Persi, coordenador de Eventos, Pu-blicações e Normalização da Abeta; Daniel Spinelli, ex-vice-presidente da entidade e convener do Grupo de Trabalho (WG7) de Turismo de Aventura da ISO; e José Augusto Pinto de Abreu, da Sextante Ltda., apresentou novidades sobre este processo de normalização interna-cional. “Muitos desconhecem a apli-cabilidade das normas técnicas, mas elas são essenciais para aprimorar e estabelecer um patamar de qualida-de nos serviços e produtos em qual-quer setor”, ressaltou Abreu.

Daniel Spinelli lembrou que em maio os integrantes do WG7 reuni-ram-se na Itália para avançar na ela-boração de três projetos de Normas Internacionais. “Mais uma etapa cumprida. Em outubro deste ano, os especialistas se reunirão no Rio de Janeiro para consolidar os comentá-rios finais. O objetivo é sair da reunião no Brasil com os documentos pron-

tos para serem enviados para vota-ção e comentários no ISO/TC 228”. A previsão é que as três normas este-jam publicadas até o início de 2013.

Painel no MéxicoRepresentada pelo analista de

Normalização Internacional e secre-tário do ISO/TC 228 WG 7, Leonardo Martins, a ABNT participou do Pai-nel de Tendências Internacionais da Normalização em Turismo, no dia 15 de julho, na Cidade do México. O evento, promovido pelo Instituto Mexicano de Normalização e Certifi-cação (IMNC) em conjunto com a Co-missão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant), contou com a pre- sença de profissionais de diversos países, como Argentina, Honduras, Espanha, além de México e Brasil.

A secretária do ISO/TC 228 - Turismo e Serviços Relacionados, Elena Ordozgoiti, deu início aos debates com uma apresentação sobre os conceitos gerais da Nor-malização Internacional e Regional (Europa). Em seguida, discorreu sobre as atividades do Comitê, mostrando detalhadamente a atu-ação e os projetos desenvolvidos pelos Grupos de Trabalho e o ce-nário atual. Finalizando o evento, foi realizada mesa redonda com re-presentantes do Brasil, Honduras, México e Espanha, para discutir os próximos passos do Copant CT 149, de Serviços Turísticos, e as opor-tunidades de normalização nessa área. Os debates se desenrolaram com a participação do público e os temas mais abordados foram Tu-rismo de Aventura, Classificação Hoteleira e participação dos mem-bros do CT 149 no ISO/TC 228

[ Turismo e Normalização ]

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Normalização e Certificação em destaque no 6° Salão do Turismo

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[ Foco na MPE ]

Brasileiros em ação na ISO

ISO/IEC JTC1, o comitê conjunto da International Organization for Standar-

dization (ISO) e da International Electrotechnical Commission (IEC), responsável pela normalização in-ternacional sobre tecnologia da informação, mantém um Grupo de Trabalho, dentro de seu Subco-mitê de Sistemas e Engenharia de Software, que está mobilizando micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras. Integrantes da Comis-são de Estudo de Engenharia de Software e Sistemas – Perfis de Ciclo de Vida para Micro-Organiza-ções, essas empresas estão acom-panhando a elaboração da série de documentos ISO/IEC 29110 e se preparando para adotá-la no Brasil.

A Comissão de Estudo, identifi-cada como CE-21:007.24, é vincu-lada ao Comitê Brasileiro de Com-putadores e Processamento de Dados (ABNT/CB-21) e atua como comitê-espelho do grupo de traba-lho internacional, originado em um movimento liderado pelo Canadá, que em uma reunião da ISO, em 2004, identificou a necessidade de adaptação das normas existentes no ISO/IEC JTC1/SC7 à realidade das pequenas organizações.

“De acordo com o relatório SME and Entrepreneurship Outlook (2005) da Organization for Economic Cooperation and Development (OECD), as micro e pequenas em-presas constituíam a forma domi-nante de organização em todos os países do mundo, respondendo por mais de 95% da população dos negócios, dependendo do país”, re-vela a coordenadora da Comissão de Estudo, Gisele Villas Boas.

A questão levantada pelo Canadá deu início a um importante trabalho que vem sendo desenvol-

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vido, atualmente, com a participa-ção de vários países, para elabo-ração de um conjunto de normas relacionadas a software e serviços de tecnologia da informação que seja adequado ao contexto destas micro-organizações, denominadas VSE (Very Small Entities).

No Brasil o cenário não é dife-rente, como observa Gisele: “Nos-sa indústria de software é formada por uma maioria esmagadora de pequenas organizações. A Comis-são de Estudo de Engenharia de Software e Sistemas - Perfis de Ciclo de Vida para Micro-Organizações foi então criada para acompanhar o trabalho que está sendo desen-volvido pelo ISO/IEC JTC 1 SC 7 WG 24, auxiliando na elaboração dos documentos, para que tenhamos, de fato, normas acessíveis às mi-cro-organizações”.

O foco nas pequenas empre-sas, segundo a coordenadora, é a essência de todo trabalho. “O objetivo geral deste projeto é ele-var a capacidade produtiva destas organizações por meio da melho-ria dos seus processos produtivos, especialmente, em Engenharia de

Software e Tecnologia da Informa-ção”, ela explica, acrescentando que, por se tratar de uma norma cer-tificadora de reconhecimento inter- nacional, a credencial de qualidade trará vantagens competitivas e fa-cilitará a habilitação destas micro-organizações para exportação.

Participação ativaA Comissão tem um plano de

trabalho que define como obje-tivos principais: acompanhar as atividades do subcomitê interna-cional ISO/IEC JTC 1 SC 7 WG24 e participar ativamente do desenvol-vimento da série de normas dire-cionadas às VSE, atendendo às reu-niões internacionais e votando nos documentos que estão dentro do escopo de trabalho da comissão; conduzir ações para a adoção des-ta série como Normas Brasileiras; e conduzir ações de sensibilização do setor em relação às normas.

A série ISO/IEC 29110 traz um conjunto de documentos agrupa-dos por perfis. O primeiro perfil, denominado genérico, destina-se à normalização de ciclos de vida para

Integrantes do Grupo de Trabalho do ISO/IEC JTC 1 SC 7 reunidos na França

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[ Foco na MPE ]

micro-organizações desenvolvedo-ras de software. Também está em desenvolvimento um perfil espe-cífico para empresas que seguem metodologias ágeis.

Três das partes da série ISO/IEC 29110 já foram publicadas pela ISO (ISO/IEC 29110-2; ISO/IEC 29110-4-1 e ISO/IEC 29110-5-1-2). No Brasil, também já foram traduzidas pela Comissão de Estudo e estão em fase de revisão. “Nossa expectativa é que a publicação aconteça ainda este ano”, anuncia Gisele.

“Na última reunião plenária do ISO/IEC JTC 1 SC 7, realizada em maio, na França, foi iniciado um novo trabalho, em conjunto com o ISO/IEC JTC 1 SC 7 WG 25 que trabalha na elaboração da série ISO/IEC 20000, para atender às micro-organizações prestadoras de serviços”, informa a coordenadora.

Dez especialistas brasileiros compareceram a essa reunião, compondo a décima maior dele-gação, tendo à frente China, Índia, Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Austrália, Coreia do Sul, França e Canadá. “Esta representação nos dá o tom da importância que têm os trabalhos realizados pela ABNT e da responsabilidade que temos, no que diz respeito à participação no cenário internacional de norma-lização”, destaca Gisele Villas Boas. Ela participou das reuniões do gru-po de trabalho sobre perfis de ciclo de vida para micro-organizações, assim como a analista técnica da ABNT, Carolina Martins de Oliveira.

Uma característica apontada pela coordenadora é que, diferen-temente de outros projetos da ISO, nos trabalhos relacionados com

a série de normas destinadas às VSE há alguns aspectos inovado-res, como, por exemplo, a criação de uma rede colaborativa que tem como objetivo disseminar a norma, apoiar e acelerar a sua aplicação nas organizações: o Network Cen-ter.

“Outro aspecto diferenciado é que, acompanhando as normas, estarão disponíveis Deployment Packages (DP) contemplando templates, orientações técnicas, fer-ramentas e outros mecanismos que possam apoiar e acelerar a imple-mentação e execução dos processos”, destaca Gisele. Os NetCenters, como são denominados estes centros de apoio, auxiliam no desenvolvimento destas ferramentas. Participam desta iniciativa: Bélgica, Canadá, Colômbia, Finlândia, França, Japão, Luxembur-go, Tailândia e, desde maio, o Brasil, representado pela Riosoft, que for-malizou um acordo de cooperação com a rede.

A Comissão de Estudo quer dis-seminar ainda mais o seu trabalho entre as MPE. Interessados em mais informações devem enviar e-mail para [email protected]

Gisele Villas Boas: “O objetivo é elevar a capacidade produtiva das MPE”

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[ Notícias da Normalização ]

Já foi iniciada a instalação da nova versão da plataforma Livelink com o módulo eCommittees, apre-sentando uma série de funcionali-dades que trarão mais facilidades de navegação na web e de comu-nicação e colaboração entre seus participantes.

O princípio básico do módulo eCommittees é fornecer aos se-cretariados dos Comitês Técni-cos e Comissões de Estudo uma ferramenta que facilitará a dis-seminação de documentos, o

Nova versão do Livelinktrabalho colaborativo e maior integração com os Comitês (TC), Subcomitês (SC) e Grupos de Trabalho (WG) da ISO. O eCommittees fornecerá um am-biente que inclui serviços de backup e ferramentas de apoio ao trabalho dos comitês, para garantir uniformidade das estru-turas entre todos eles.

O primeiro a ter os seus traba-lhos na nova plataforma foi o Comi-tê Brasileiro de Máquinas e Equipa-mentos Mecânicos (ABNT/CB-04),

que fez parte do projeto-piloto da ABNT com a ISO. A migração dos dados foi iniciada no dia 7 de junho e atualmente o Comitê já conta com todos os serviços disponíveis nesta nova versão.

Nosso objetivo é fazer a migra-ção gradual dos comitês técnicos ao longo deste segundo semestre do ano e do primeiro semestre de 2012. Mais informações podem ser obti-das com Cristiano Curcio, pelo tele-fone (11) 3017-3622 ou pelo email [email protected]

Acompanhe a participação bra-sileira no mundo ISO! Venha fazer parte.

• A ABNT participou do ISO/TC Chairs Conference, evento trianual de troca de experiên- cias e debates sobre o futuro dos trabalhos técnicos da nor-malização internacional, que ocorreu nos dias 16 e 17 de maio, em Genebra, na Suíça. Durante a Conferência foram discutidas, entre outros as-suntos, questões referentes às formas de enfrentar os desafios futuros, levando em conta o Plano Estratégico da ISO e seu impacto em toda a comunidade técnica.

• A ABNT enviou representante ao evento Secretariats Week, que ocorreu no período de 20 a 24 de maio, também em Genebra. Neste encontro fo-ram aprimorados os conceitos e treinamentos sobre o pro-cesso de condução de Secreta-rias ISO.

Normalização Internacional em movimento!• Nos dias 14 e 15 de junho, a ABNT,

que é membro do ISO TMB (Technical Management Board), participou de reunião do grupo, em Genebra, na Suíça, tendo representação de seu Diretor Técnico, Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone.

• Desde o mês de junho, a ISO vem disponibilizando acesso gra-tuito à revista ISO Focus, possibi-litando contato ainda mais dire-to com diversas informações no campo da Normalização e, prin-cipalmente, a respeito dos bene-fícios gerados pelas normas ISO para a sociedade. Essa iniciativa ajuda a intensificar a dissemina-ção da contribuição das normas ISO como ferramentas para lidar com os desafios globais.

• A ABNT esteve presente em workshop da Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant) sobre Turismo, reali-zado na Cidade do México, no dia 15 de junho. O colaborador Leonardo Martins, que também

atua como secretário do ISO TC 228/WG 7 - Adventure tourism, representou a ABNT no evento, em que foram debatidas ques-tões referentes ao futuro da nor-malização regional para o setor.

• ISO expande sua área de atua- ção – Com um universo de aproximadamente 18.600 nor-mas publicadas, nos mais va-riados campos de atividade, a ISO continua ampliando seu escopo de atuação. Recente-mente, passou a atuar também nos seguintes campos:

o Gestão de Recursos Humanos;

o Terceirização;

o Gerenciamento de Risco;

o Gerenciamento de Projetos;

o Fabricação Aditiva.

Tal expansão demonstra a cres-cente preocupação da ISO em atender de modo eficiente às de-mandas de um mercado cada vez mais globalizado e competitivo

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[ Notícias da Certificação ]

Estímulo ao turismo de alto padrão

Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), em parceria com

o Ministério do Turismo (MTur) e Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Indus-trial (Inmetro) , realizou nos dias 16 a 18 de junho, durante a Feira Internacional de Turismo das Ca-taratas do Iguaçu, o I Workshop Internacional de Turismo. A exem-plo de outros eventos promovidos nas 12 cidades sedes da Copa 2014 e em mais 8 cidades prioritárias ao turismo, o workshop focou a quali-ficação e a certificação de empre-sas que atuam em meios de hospe-dagem e de turismo de aventura. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) esteve presente, sendo representada pelo geren-te geral de Certificação, Antonio Carlos Barros de Oliveira.

Os participantes puderam conhecer e debater as práticas em qualificação e certificação do turismo internacional, comparan-do com experiências brasileiras. O evento reuniu representantes de órgãos oficiais de turismo, empre-sários, operadores de turismo, se-tor hoteleiro, agências de viagens, entidades de classe das diversas ocupações do turismo, organismos de certificação e instituições de en-sino, entre outros.

Novos contratos A ABNT conquistou importantes

e estratégicos contratos resultan-tes de licitações. São eles:

Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibrametro) - Cer-tificação do Sistema de Gestão da Qualidade ABNT NBR ISO 9001:2008

O Companhia de Eletricidade de

Santa Catarina (Celesc) - Certifica-ção do Sistema de Gestão da Quali-dade ABNT NBR ISO 9001:2008

Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) - Certificação do Sis-tema de Gestão Integrada (SGI), Normas ABNT NBR ISO 9001:2008, ABNT NBR ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007

Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) - Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade ABNT NBR ISO 9001:2008

Empresa Brasileira de Infraestru-tura Aeroportuária (Infraero) – Certificação do Sistema de Ges-tão da Qualidade ABNT NBR ISO 9001:2008 para os seguintes aeroportos:

• Aeroporto Internacional de Belém

• Aeroporto Internacional de São Luiz

• Aeroporto de Santarém

• Aeroporto de Marabá

Serviço Social do Comércio (Sesc) – Certificação de 8 restaurantes da entidade para avaliação do Serviço de Alimento Seguro conforme a ABNT NBR 15635:2008.

Qualificação para a Copa 2014

A ABNT, representada por seu gerente geral de Certificação, Antonio Carlos Barros de Olivei-ra, participou como apoiadora do Workshop de Qualificação para a Copa 2014, realizado no dia 9 de junho, em Salvador, que teve como objetivo informar e apresentar para a comunidade e organizações diversas as demandas por qualifi-cação de pessoas e empresas, com

vistas à realização da Copa da Fifa no Brasil em 2014.

O evento foi organizado pelo Governo do Estado da Bahia, por meio das secretarias estaduais para Assuntos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (Secopa); do Tra-balho, Emprego , Renda e Esporte (Setre); da Administração; do Turis-mo; e, da Educação, contando tam-bém com o apoio do Serviço Brasi-leiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da União dos Prefeitos da Bahia (UPB) e Prefeitu-ra de Salvador, através do Escritório Municipal da Copa (Ecopa).

Temas como a importância da qualificação na Copa 2014, progra-ma de certificação de profissionais e empresas, além dos projetos dos governos do Estado e do Município e do Sistema “S”, formado por en-tidades relacionadas ao setor pro-dutivo, como Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Sesc) e Serviço Social da Indústria (Sesi), foram abordados. A ABNT apresentou palestra sobre a certificação de empresas no setor do turismo de aventura, sustenta-bilidade de meios de hospedagem e pessoas no segmento hoteleiro.

Tendo em vista o potencial do tu-rismo na economia e a necessidade da conscientização e preparação de empresários para a prestação de ser-viços focados na qualidade do aten-dimento, a ABNT também discutiu com a Secopa-BA e o Sebrae a imple-mentação da ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de serviço para pequeno comércio - Requisitos gerais, sendo constituído um grupo de trabalho para avaliar as vantagens competiti-vas para as empresas do setor, a par-tir da elaboração de um processo de certificação

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Reuniões das Comissões de Estudo

[ Calendário ]

ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil Agosto diaCE-02:136.01 Desempenho de edificações 17CE-02:136.01 Desempenho de edificações - GT1 18

ABNT/CB-05 - Comitê Brasileiro Automotivo Agosto diaCE-05:103.03 Terminais e barras de direção 16CE-05:103.05 Sistemas de freios 18CE-05:103.05/3 Material de fricção 18CE-05:105.01/2 Ensaios de impacto “Crash Test” 18CE-05:105.02/3 Cadeirinha de criança 30CE-05:105.03 Acústica em veículos 18CE-05:106.07 Sistema de transporte inteligente 17 Setembro diaCE-05:101.01 Terminologia 2CE-05:102.01 Filtros 1CE-05:102.01/7 Geradores 14CE-05:102.02 Emissões de veículos leves 1CE-05:102.03 Emissões de veículos pesados 14CE-05:103.02 Sistema de embreagem 14CE-05:103.03 Terminais e barras de direção 13CE-05:103.05 Sistema de freios 15CE-05:103.05/3 Material de fricção 15CE-05:105.01/2 Ensaios de impacto “Crash Test” 15CE-05:105.01/3 Película 14CE-05:106.03 Iluminação veicular 6CE-05:106.05 Baterias automotivas 14CE-05:106.07/1 TMC - Traffic message channel 15

ABNT/CB-14 - Comitê Brasileiro de Informação e Documentação Agosto diaCE-14:000.01 Documentação 26CE-14:000.03 Identificação e descrição 25

ABNT/CB-15 - Comitê Brasileiro de Mobiliário Agosto diaCE-15:002.03 Móveis para dormitório 23CE-15:005.03 Móveis para escritório/cadeiras 30CE-15:007.03 Revestimento e acabamento 25

ABNT/CB-17 - Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário Agosto diaCE-17:800.02 Cintas têxteis industriais 18 e 22

ABNT/CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados Agosto diaCE-18:300.06 Durabilidade do concreto 16CE-18:600.15 Produtos de fibrocimento 16 Setembro diaCE-18:600.07 Elementos de concreto para manuntenção e monitoramento de sistemas de saneamento 13CE-18:600.21 Paredes de concreto 14

ABNT/CB-21 - Comitê Brasileiro de Computadores e Processamento de Dados Agosto diaCE-21:007.06 Requisitos de software 19CE-21:007.07 Ciclo de vida de software 18 e 19CE-21:007.26 Teste de software 17

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[ Calendário ]

Setembro dia

CE-21:007.10 Avaliação processos de software 6

ABNT/CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio

Setembro dia

CE-24:202.03 Sistemas de detecção e alarme contra incêndio 12

ABNT/CB-26 - Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar

Setembro dia

CE-26:020.01 Aspectos gerais de segurança de equipamento eletromédico 2

CE-26:020.02 Equipamento eletromédico 2

CE-26:060.01 Equipamento respiratório e de anestesia 5 e 6

CE-26:060.02 Gases para uso hospitalar, seus processos e suas instalações 12 e 14

CE-26:150.01 Gestão da qualidade 1

ABNT/ONS-27 - Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica

Agosto dia

CE-27:300.01 Processos em offset 25

CE-27:300.04 Processos em impressão digital 18

CE-27:300.07 Pós-impressão 23

CE-27:400.02 Tintas gráficas 17

CE-27:400.03 Colometria 17

CE-27:400.05 Livros didáticos 23 e 24

Setembro dia

CE-27:300.03 Processos em rotogravura 1

CE-27:300.05 Processos em flexografia 15

CE-27:400.07 Materiais de ensino e aprendizagem 15

CE-27:400.10 Padronização de autoenvelopes 14

CE-27:500.01 Questões ambientais e de segurança 13

CE-27:500.02 Higiene e ergonomia 13

ABNT/CB-28 - Comitê Brasileiro de Siderurgia

Agosto dia

CE-28:000.03 Produtos planos de aço 25

CE-28:000.06 Produtos tubulares de aço 18

ABNT/CB-41 - Comitê Brasileiro de Minérios de Ferro

Agosto dia

CE-41:000.00.03 Ensaios físicos 19

Setembro dia

CE-41:000.00.01 Amostragem 16

CE-41:000.00.01 GT Cross Belt 15

CE-41:000.00.02 Raio X pastilha fundida 17

ABNT/CB-43 - Comitê Brasileiro de Corrosão

Setembro dia

CE-43:000.02 Pintura industrial 14

ABNT/CB-50 - Comitê Brasileiro de Materiais, Equipamentos e Estruturas Offshore para a Indústria do Petróleo e Gás Natural

Agosto dia

CE-50:000.07 Estruturas oceânicas 18

Setembro dia

CE-03:018.01 Instalações elétricas de unidades marítimas móveis e fixas 16

ABNT/ONS-58 - Organismo de Normalização Setorial de Ensaios Não Destrutivos

Agosto dia

CE-53:000.03 Metrologia de END 24

CE-58:000.06 Ultrassom 25

Setembro dia

CE-58:000.08 Q&C - GTN aeronáutico 14

CE-58:000.14 Inspeção eletromagnética 14

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[ Calendário ]

Nome / Razão Social CategoriasANFAMOTO - ASSOC. NAC. DOS FAB. E ATAC. DE MOTOPEÇAS COLETIVO CONTR. - C

ASPACER ASSOCIAÇÃO PAULISTA DAS CERÂMICAS DE REVESTIMENTO COLETIVO CONTR. - D

OUVIDORIA GERAL DO MUNICÍPIO DE BELÉM COLETIVO CONTR. - D

ALK ENGENHARIA SERVIÇOS ESPECIALIZADOS COL. CONTR.M.EMP.

AMRTEC TECNOLOGIA, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

ASTRI DECORAÇÕES TEMÁTICAS LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

PAG AQUI LTDA. COL. CONTR.M.EMP.

TITAN PNEUS BRASIL COLETIVO MANTENEDOR

ELIANA YUKI TAKASAKI INDIVIDUAL

GUILHERME DA MOTA SILVEIRA INDIVIDUAL

LUIZ ANTONIO FERRARO MATHIAS INDIVIDUAL

PAULO RICARDO BRAZEIRO DE CARVALHO INDIVIDUAL

PEDRO ARMANDO LIMA COUCEIRO INDIVIDUAL

[ Novos Sócios ] 16/06/2011 a 15/07/2011

ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial

Agosto dia

ABNT/CEE-63 Gestão de Riscos 16

ABNT/CEE-94 Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas 31

ABNT/CEE-103 Manejo Florestal 18

ABNT/CEE-106 Análises Ecotoxicológicas 16, 17 e 18

ABNT/CEE-109 Segurança e Saúde Ocupacional 30

ABNT/CEE-112 Serviços Financeiros 16

ABNT/CEE-116 Gestão e Economia de Energia 23

ABNT/CEE-124 Escadas Transportáveis 29

ABNT/CEE-126 Ergonomia 19

ABNT/CEE-127 Sistemas Inteligentes de Transporte 17

ABNT/CEE-129 Resíduos de Serviços de Saúde 22

ABNT/CEE-130 Gestão da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 25

ABNT/CEE-134 Modelagem de Informação da Construção 19

ABNT/CEE-135 Radiações Ionizantes 17

ABNT/CEE-161 Sistemas de Blindagem 18

ABNT/CEE-165 Aparelho para Melhoria da Qualidade da Água para Consumo Humano 22

Setembro dia

ABNT/CEE-73 Tubos e Acessórios de Polietileno 15

ABNT/CEE-80 Sistemas de Prevenção contra Explosão 5

ABNT/CEE-97 Gestão de Segurança para a Cadeia Logística 14

ABNT/CEE-100 Segurança dos Brinquedos 2

ABNT/CEE-106 Análises Ecotoxicológicas 13, 14 e 15

ABNT/CEE-142 Sustentabilidade na Gestão de Eventos 1

ABNT/CEE-149 Redes de Proteção para Edificações 1

ABNT/CEE-159 Persianas 8

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boletim ABN

T35

agosto | 2011

[ Calendário ]

FeirasXXI Fenasan/Encontro Técnico AESabesp 01 a 03 de agostoLocal: Expo Center Norte - Pavilhão Azul Rua José Bernardo Pinto, 333 - São Paulo - SP Informações: www.concreteshow.com.br e www.fenasan.com.br

M&T Expo Peças e Serviços 2011 10 a 13 de agostoLocal: Centro de Exposições Imigrantes Rodovia dos imigrantes km 1,5 – Água Funda - São Paulo - SP Informações: www.mtexpops.com.br

Concrete Show 31 de agosto a 02 de setembroLocal: Centro de Exposições Imigrantes Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo - SP Informações: www.concreteshow.com.br

36º Fórum de Análise do Mercado de Celulose, Papel e Indústria Gráfica 02 de agostoLocal: Centro de Convenções Millenium Rua Doutor Bacelar, 1043 - Vila Clementino - São Paulo - SP Informações: www.anave.org.br

13º Seminário de Estruturas 10 agostoLocal: Teatro WTC Av. das Nações Unidas, 12.551 - Brooklin Novo - São Paulo - SP Informações: www.sindusconsp.com.br

Moldes 2011 10 e 11 de agostoLocal: Sede da ABM Rua Antonio Comparato, 218 - Campo Belo - São Paulo - SP Informações: www.abmbrasil.com.br/seminarios/moldes/2011

Fórum Permanente de Tecnologia da Informação e Comunicação - Fórum TIC 23 a 25 de agostoLocal: Centro de Convenções Royal Tulip Brasília SHTN Trecho 1, Conj 1B, Bloco C - Brasília - DF Informações: www.forumtic.org.br

Apoio Institucional

Lançamento da revisão da ABNT NBR ISO/IEC 20000-1 - Tecnologia da informação - Gerenciamento de serviços - Parte 1: Especificação 24 de agosto Horário: 17h Local: ABNT Rua Minas Gerais, 190 - Higienópolis - São Paulo - SP Informações e inscrições: [email protected]

Eventos

Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse www.abnt.org.br/eventos

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Produz divisórias de alto padrão em estrutura de alumínio, com espessura de 86 mm e excelente desempenho acústico. Painel com saque frontal e modulação-padrão de 900 mm ou outra medida especial definida por arquiteto. Permite qualquer remanejamento. Transparência ou privacidade, vidro duplo ou vidro único. Possibilita o uso de persianas entre vidros ou películas.

Utiliza matéria-prima ecologicamente correta e processo produtivo com maquinários de alta tecnologia, assegurando o máximo de qualidade desde o projeto até a conclusão da obra.

RAZÃO SOCIAL: VALTER ANTONIO SESTARI JUNIOR (MARCETEX DIVISÓRIAS)ESCOPO: MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO: DIVISÓRIA MODULAR TIPO PISO-TETO.NORMA: ABNT NBR 15141:2008DATA DA CONCESSÃO: 02/06/2011

RAZÃO SOCIAL: ZAPATA MEXICAN BAR (ZAPATA)ESCOPO: SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO - REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E CONTROLES OPERACIONAIS - RESTAURANTE MEXICANO COM SISTEMA DE SEQUÊNCIA DE PRATOS E À LA CARTE. NORMA: ABNT NBR 15635:2008 DATA DA CONCESSÃO: 06/04/2011

O Zapata Mexican Bar, de Curitiba, localizado no Centro Cívico, faz parte do Grupo Zapata. Especializado em culinária mexicana, o Zapata inaugurou sua primeira unidade em 2007, atendendo para almoço, Happy Hour e jantar. Com programação variada, o restaurante oferece atrações como música latina e mexicana, mariachis e tequileiros. Tudo isso sem dispensar o constante e agora notório comprometimento com a segurança dos alimentos e bebidas servidos a seus clientes.

RAZÃO SOCIAL: EIM ENGENHARIA E INCORPORAÇÃO MEDEIROS LTDA. (EIM ENGENHARIA)ESCOPO: EXECUÇÃO DE OBRAS DE EDIFICA-ÇÕES - NÍVEL C NORMA: REGIMENTO GERAL, REGIMENTO ESPECÍFICO, REFERENCIAL NORMATIVO E REQUISITOS COMPLEMENTARES DO SIS-TEMA DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE EMPRESAS DE SERVIÇOS E OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (SiAC)DATA DA CONCESSÃO: 19/04/2011

A EIM ENGENHARIA atua no mercado da Construção Civil desde 2007, no estado do Rio Grande do Norte, especificamente na construção de empreendimentos imobiliários. Com sede em Natal, a empresa iniciou o Sistema de Gestão da Qualidade no ano de 2010, abrangendo as seguintes atividades: Subsetor: Obras de edificações Escopo: Execução de obras de edificações

RAZÃO SOCIAL: POUSADA OURO DE MINAS LTDA. (POUSADA OURO DE MINAS) ESCOPO: SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO - REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E CONTROLES OPERACIONAIS - SERVIÇO DE CAFÉ DA MANHÃ.NORMA: ABNT NBR 15635:2008 DATA DA CONCESSÃO: 14/04/2011

Uma nova opção de hospedagem na pequena e acolhedora cidade de Tiradentes. A pousada Ouro de Minas conta com uma bela estrutura para atender a seus hóspedes, com apartamentos amplos e confortáveis, TV, frigobar, cama box, ventilador de teto, telefone, wi-fi, ducha com aquecimento central e apartamentos com hidromassagem e lareira.

A pousada utiliza de forma sustentável os recursos naturais como aquecimento solar, redução do desperdício de água e móveis de madeira reaproveitada (demolição).

Visite nosso site: www.pousadaourodeminas.com.br

RAZÃO SOCIAL: TERRA CHAPADA VIAGENS E TURISMO LTDA. (TERRA CHAPADA EXPEDIÇÕES)

ESCOPO: SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA EM TURISMO DE AVENTURA - CAMINHADA - CAMINHADA DE LONGO CURSO - FLUTUAÇÃO EM CAVERNA ALAGADA NO POÇO AZUL, MUNICÍPIO DE NOVA REDENÇÃO.

NORMA: ABNT NBR 15331:2006

DATA DA CONCESSÃO: 17/02/2011

A Terra Chapada Expedições é uma agência receptiva em Lençóis – Chapada Diamantina - Bahia, pioneira na criação de vários produtos de ecoturismo, sendo o roteiro de “Volta ao Parque” escolhido pela EMBRATUR como modelo para as operadoras no Abeta Summit 2009. Superamos as expectativas dos nossos clientes, demonstrando a qualidade dos nossos serviços, e não temos registro de acidentes. Buscamos a melhoria constante dos nossos serviços para mantermos a nossa meta de segurança e satisfação.

RAZÃO SOCIAL: PROWSHIP SERVIÇOS NAVAIS LTDA. (PROWSHIP)

ESCOPO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇO COM MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA EM FABRICAÇÃO, MONTAGEM E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL NAS ÁREAS NAVAL, OFF SHORE, PETRÓLEO E GÁS, INDUSTRIAL, SIDERÚRGICA, METALÚRGICA E QUÍMICA.

NORMA: ABNT NBR ISO 9001:2008

DATA DA CONCESSÃO: 09/06/2011

Prestação de serviço com mão de obra especializada em fabricação, montagem e manutenção industrial nas áreas naval, off Shore, petróleo e gás, industrial, siderúrgica, metalúrgica e química.

Atividades: Gerenciamento de produção, gerenciamento de contratos, fabricação e montagem de tubulação, solda (ER, TIG, MIG, MAG), caldeiraria e estrutura em geral, reparo de válvulas, teste de pressão, flushing de rede, montagem de instrumentação, comissionamento de serviços e ensaios não destrutivos (END).

Certificações

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tim A

BNT

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Associe-se ao seleto grupo de empresas e profissionais que contribuem ativamente para a Normalização do Brasil.

Faça parte da ABNT

O que sua empresa ganha sendo associado?• Até40%dedescontonaaquisiçãodeNormasTécnicasNacionais• Até20%dedescontoemNormasInternacionaiseEstrangeiras• 20%dedescontoemtodososCursosdaABNT• Até20%dedescontonaassinaturadoABNTColeção(AcessoàsNormasTécnicasdeseuinteresse)• RecebermensalmenteoBoletimABNT,cominformaçõessobreasituaçãodasNormasTécnicasBrasileiras,Mercosul,ISOeIEC,entreoutrasnotícias.

Rua Minas Gerais, 190 - Higienópolis01244-010 - São Paulo - SP / (11) 3017 3600

Av. Treze de Maio, 13 28º andar - Centro20031-901 - Rio de Janeiro - RJ / (21) 3974 2300

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