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Macapá, v. 7, n. 3, p. 8-16, 2017 Disponível em http://periodicos.unifap.br/index.php/biota Submetido em 09 de Janeiro de 2015 / Aceito em 28 de Agosto de 2017 ARTIGO Biota Amazônia ISSN 2179-5746 Sapotaceae Juss. (Ericales) possui cerca de 58 gêneros e 1.250 espécies distribuídas pantropicalmente. Dez gêneros e 233 espécies tem ocorrência registrada para o Brasil, a maioria na Amazônia. O objetivo deste trabalho foi investigar as espécies de Sapotaceae na Volta Grande do Rio Xingu, Pará, através de um tratamento taxonômico que permitisse a identificação dos táxons, elaborar uma chave de identificação para gêneros e espécies ocorrentes na área. Foram realizadas coletas intensas e aleatórias nas áreas onde está prevista supressão de vegetação para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. As amostras coletadas foram depositadas no herbário MG, e duplicatas encaminhadas ao IAN. A identificação das espécies foi realizada por comparação com fotografias de tipos, quando disponíveis, e com exsicatas existentes nestes herbários, identificadas por especialistas; além de bibliografia especializada. Foram identificadas amostras de 12 espécies. O gênero Pouteria foi o mais ocorrente (5 spp.), seguido por Chrysophyllum (3 spp.), Micropholis (2 spp.) e Manilkara (1 sp.). As espécies diferiram entre si principalmente por caracteres reprodutivos, contudo aspectos vegetativos também foram importantes para sua caracterização, tais como padrões de nervações e filotaxia. O tratamento taxonômico realizado neste trabalho aumenta o conhecimento acerca da família Sapotaceae para a Amazônia, onde tem grande representatividade. Além disso, a identificação destas espécies para a região estudada ajuda a conhecer melhor as composições florísticas dos diferentes tipos de florestas na Volta Grande do Rio Xingu e a contribuir para o manejo das espécies que serão atingidas pela construção da barragem. Palavras-chave: Abiu, Belo Monte, Flora, Maçaranduba, Taxonomia. Sapotaceae Juss. (Ericales) has about 58 genera and about 1,250 species Pantropically distributed. Ten genera and 233 species are know to occur in Brazil, most of then in the Amazon. The aim of this study was to investigate the species of Sapotaceae in the Big Bend of the Xingu River, Pará, performing a taxonomic treatment that allows the identification of taxa, including an identification key, morphological description and illustrations to genera and species that occur in the area. Intense collections of fertile material were made in areas where vegetation suppression was planned. Vouchers were deposited in the herbarium MG, and duplicates for the IAN. Species identification was performed by specialized bibliography, comparison with herbarium specimens these herbaria confirmed with experts and photographs of types, when available. A total of 12 species were identified. Pouteria was the richest genus (5 spp.), followed by Chrysophyllum (3 spp.), Micropholis (2 spp.), and Manilkara (1 sp.). The species are differentiated mainly by reproductive characters, however vegetative features were also important for it characterization, such as patterns of leaf nerves and phyllotaxys. The taxonomic treatment performed in this work increases the knowledge about the Sapotaceae in the Amazon, where it is highly representative. Furthermore, the identification of these species helps to better understand the floristic composition of different types of forests in the Big Bend of the Xingu River. Keywords: Abiu; Belo Monte; Flora; Maçaranduba; Taxonomy. Survey of Family Sapotaceae Juss. (Ericales) in the Big Bend of the Xingu River, Pará - Brazil Levantamento da Família Sapotaceae Juss. (Ericales) na Volta Grande do Rio Xingu, Pará - Brasil 1 2 Jéssyca Vieira da Silva Pinho e João Ubiratan Moreira dos Santos 1. Mestrado em Botânica Tropical (Universidade Federal Rural da Amazônia e Museu Paraense Emílio Goeldi). Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas. E-mail: [email protected] 2. Doutorado em Biologia Vegetal (Universidade Estadual de Campinas). Pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi. Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas. Email: [email protected] Esta obra está licenciadasob uma Licença Creative Commons Attribution 4.0 Internacional DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v7n3p8-16 RESUMO ABSTRACT Introdução Pertencente a Ericales (APG, 1998; APG II, 2003; APG III, 2009), Sapotaceae Juss. possui distribuição Pantropical, com cerca de 58 gêneros e, aproximadamente, 1.250 espécies (CARNEIRO et al., 2013). Destes, 13 gêneros ocorrem no Brasil, incluindo 233 espécies, a maioria na Amazô nia (CARNEIRO et al., 2014). A famıĺ ia é predominantemente arbórea e arbustiva. Entre os representantes de Ericales, Sapotaceae pode ser distinguida por apresentar laticıf́eros, látex leitoso, tricomas castanhos e bifurcados geralmente em “T” (malpiguiáceos), e sementes adornadas por um hilo grande (JUDD et al. , 2009). A importância da famıĺ ia é marcante na indústria madeireira, devido às propriedades de sua madeira, principalmente das espécies de Manilkara e Pouteria (ALVES-ARAU JO; ALVES, 2010); Possui também importância alimentıć ia, com alguns represen- tantes produzindo frutos comestıv́ eis, como o “Abiu” - Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. - e o “Sapoti” - Manilkara zapota (L.) P.Royen (SOUZA; LORENZI, 2012), e seu látex serve para produção de goma de mascar (PENNINGTON, 1990). Taxonomicamente, as relações intrafamiliares não estão bem resolvidas. Ao longo dos anos, vários autores publicaram trabalhos contraditórios que sugeriam sistemas diferentes para a classificação das Sapotaceae, baseados em dados morfológicos (SWENSON; ANDERBERG, 2005). A sistemática filogenética tem mostrado-se bastante eficiente na tentativa de estabilizar as relações do grupo, que atualmente possui três subfamıĺias, reconhecidas através de dados moleculares: Sarcospermatoideae Swenson & Anderberg, Sapotoideae Eaton e Chrysophylloideae Luersson (SWENSON; ANDERBERG, 2005). Entretanto, a falta de sinapomorfias em alguns grupos faz com que estes ainda permaneçam com “posicionamento duvidoso”. No Brasil, há uma carência de estudos de cunho taxonômico para Sapotaceae (ALVES-ARAUJO; ALVES, 2010), gerando grande confusão e aparecimento de numerosos sinônimos genéricos, e até mesmo para espécies bastante conhecidas e com grande importância econômica (PENNINGTON, 1990). Na Amazônia brasileira, apesar da grande representatividade da famıĺ ia, trabalhos taxonômicos são escassos, havendo registro para a Reserva Ducke, em Manaus – AM (PENNINGTON, 2006). No Pará, Sapotaceae é registrada no trabalho de Salomão et al. (2007) através de levantamentos florıś ticos na região da Volta Grande do Rio Xingu, em diferentes tipos de florestas, contudo sem tratamento taxonômico. Valente, Souza e Bastos (2013) também realizaram um levantamento florıś tico de Sapotaceae para as restingas do litoral paraense, fornecendo novos dados para a famıĺia nesta fitofisionomia e, consequentemente, para o estado. Também foi de grande valor o trabalho desenvolvido por Pires (1960), que identificou cerca de 15 novas espécies de Sapotaceae na Amazônia até o fim da década de 1980 (LISBOA; ALMEIDA, 1995).

Levantamento da Família Sapotaceae Juss. (Ericales) na ...Resultados e Discussão Sapotaceae Juss. Árvores, arvoretas ou arbustos latescentes, com tricomas geralmente malpiguiáceos,

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Macapá,v.7,n.3,p.8-16,2017Disponívelemhttp://periodicos.unifap.br/index.php/biota

Submetidoem09deJaneirode2015/Aceitoem28deAgostode2017

ARTIGO

BiotaAmazôniaISSN2179-5746

SapotaceaeJuss.(Ericales)possuicercade58gênerose1.250espéciesdistribuídaspantropicalmente.Dezgênerose233espéciestemocorrênciaregistradaparaoBrasil,amaiorianaAmazônia.OobjetivodestetrabalhofoiinvestigarasespéciesdeSapotaceaenaVoltaGrandedoRioXingu,Pará,atravésdeumtratamentotaxonômicoquepermitisseaidentificaçãodostáxons,elaborarumachavedeidentificaçãoparagêneroseespéciesocorrentesnaárea.ForamrealizadascoletasintensasealeatóriasnasáreasondeestáprevistasupressãodevegetaçãoparaaconstruçãodaUsina Hidrelétrica de Belo Monte. As amostras coletadas foram depositadas no herbário MG, e duplicatasencaminhadasaoIAN.Aidentificaçãodasespéciesfoirealizadaporcomparaçãocomfotografiasdetipos,quandodisponíveis, e com exsicatas existentes nestes herbários, identificadas por especialistas; além de bibliografiaespecializada.Foramidentificadasamostrasde12espécies.OgêneroPouteriafoiomaisocorrente(5spp.),seguidoporChrysophyllum(3spp.),Micropholis(2spp.)eManilkara(1sp.).Asespéciesdiferiramentresiprincipalmenteporcaracteresreprodutivos,contudoaspectosvegetativostambémforamimportantesparasuacaracterização,taiscomopadrõesdenervaçõesefilotaxia.Otratamentotaxonômicorealizadonestetrabalhoaumentaoconhecimentoacercada famíliaSapotaceaeparaaAmazônia,onde temgrande representatividade.Alémdisso, a identificaçãodestasespéciesparaaregiãoestudadaajudaaconhecermelhorascomposiçõesflorísticasdosdiferentestiposdeflorestasnaVoltaGrandedoRioXingueacontribuirparaomanejodasespéciesqueserãoatingidaspelaconstruçãodabarragem.

Palavras-chave:Abiu,BeloMonte,Flora,Maçaranduba,Taxonomia.

SapotaceaeJuss.(Ericales)hasabout58generaandabout1,250speciesPantropicallydistributed.Tengeneraand233speciesareknowtooccurinBrazil,mostofthenintheAmazon.TheaimofthisstudywastoinvestigatethespeciesofSapotaceaeintheBigBendoftheXinguRiver,Pará,performingataxonomictreatmentthatallowstheidentification of taxa, including an identification key,morphological description and illustrations to genera andspeciesthatoccurinthearea.Intensecollectionsoffertilematerialweremadeinareaswherevegetationsuppressionwasplanned.VouchersweredepositedintheherbariumMG,andduplicatesfortheIAN.Speciesidentificationwasperformed by specialized bibliography, comparison with herbarium specimens these herbaria confirmed withexpertsandphotographsoftypes,whenavailable.Atotalof12specieswereidentified.Pouteriawastherichestgenus(5spp.),followedbyChrysophyllum(3spp.),Micropholis(2spp.),andManilkara(1sp.).Thespeciesaredifferentiatedmainlybyreproductivecharacters,howevervegetativefeatureswerealsoimportantforitcharacterization,suchaspatternsofleafnervesandphyllotaxys.ThetaxonomictreatmentperformedinthisworkincreasestheknowledgeabouttheSapotaceaeintheAmazon,whereitishighlyrepresentative.Furthermore,theidentificationofthesespecieshelpstobetterunderstandthefloristiccompositionofdifferenttypesofforestsintheBigBendoftheXinguRiver.

Keywords:Abiu;BeloMonte;Flora;Maçaranduba;Taxonomy.

SurveyofFamilySapotaceaeJuss.(Ericales)intheBigBendoftheXinguRiver,Pará-Brazil

LevantamentodaFamíliaSapotaceaeJuss.(Ericales)naVoltaGrandedoRioXingu,Pará-Brasil

1 2JéssycaVieiradaSilvaPinho eJoãoUbiratanMoreiradosSantos1.MestradoemBotânicaTropical(UniversidadeFederalRuraldaAmazôniaeMuseuParaenseEmílioGoeldi).ProgramadePós-graduaçãoemCiênciasBiológicas.E-mail:[email protected](UniversidadeEstadualdeCampinas).PesquisadordoMuseuParaenseEmílioGoeldi.ProgramadePós-graduaçãoemCiênciasBiológicas.Email:[email protected]

EstaobraestalicenciadasobumaLicençaCreative Commons Attribution 4.0 Internacional

DOI:http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v7n3p8-16

RESUMO

ABSTRACT

IntroduçãoPertencente a Ericales (APG, 1998; APG II, 2003; APG III,

2009), Sapotaceae Juss. possui distribuiçao Pantropical, comcerca de 58 generos e, aproximadamente, 1.250 especies(CARNEIROetal.,2013).Destes,13generosocorremnoBrasil,incluindo233especies,amaiorianaAmazonia(CARNEIROetal.,2014).Afamıliaepredominantementearboreaearbustiva.EntreosrepresentantesdeEricales,Sapotaceaepodeserdistinguidapor apresentar laticıferos, latex leitoso, tricomas castanhos ebifurcados geralmente em “T” (malpiguiaceos), e sementesadornadasporumhilogrande(JUDDetal.,2009).

Aimportanciadafamıliaemarcantenaindustriamadeireira,devido as propriedades de sua madeira, principalmente dasespeciesdeManilkaraePouteria(ALVES-ARAU� JO;ALVES,2010);Possui tambem importancia alimentıcia, comalguns represen-tantesproduzindofrutoscomestıveis,comoo“Abiu”-Pouteriacaimito(Ruiz&Pav.)Radlk.-eo“Sapoti”-Manilkarazapota(L.)P.Royen (SOUZA; LORENZI, 2012), e seu latex serve paraproduçaodegomademascar(PENNINGTON,1990).

Taxonomicamente,asrelaçoesintrafamiliaresnaoestaobemresolvidas. Ao longo dos anos, varios autores publicaramtrabalhoscontraditoriosquesugeriamsistemasdiferentesparaaclassificaçao das Sapotaceae, baseados emdadosmorfologicos(SWENSON;ANDERBERG,2005).Asistematicafilogeneticatemmostrado-se bastante eficiente na tentativa de estabilizar as

relaçoes do grupo, que atualmente possui tres subfamılias,reconhecidasatravesdedadosmoleculares:SarcospermatoideaeSwenson&Anderberg,SapotoideaeEatoneChrysophylloideaeLuersson(SWENSON;ANDERBERG,2005).Entretanto,afaltadesinapomorfias em alguns grupos faz com que estes aindapermaneçamcom“posicionamentoduvidoso”.

NoBrasil,haumacarenciadeestudosdecunhotaxonomicoparaSapotaceae(ALVES-ARAU� JO;ALVES,2010),gerandograndeconfusaoeaparecimentodenumerosossinonimosgenericos,eate mesmo para especies bastante conhecidas e com grandeimportancia economica (PENNINGTON, 1990). Na Amazoniabrasileira, apesar da grande representatividade da famılia,trabalhos taxonomicos sao escassos, havendo registro para aReservaDucke,emManaus–AM(PENNINGTON,2006).NoPara,Sapotaceae e registrada no trabalho de Salomao et al. (2007)atravesdelevantamentosflorısticosnaregiaodaVoltaGrandedoRio Xingu, em diferentes tipos de florestas, contudo semtratamentotaxonomico.Valente,SouzaeBastos(2013)tambemrealizaram um levantamento florıstico de Sapotaceae para asrestingas do litoral paraense, fornecendo novos dados para afamılianestafitofisionomiae,consequentemente,paraoestado.TambemfoidegrandevalorotrabalhodesenvolvidoporPires(1960),queidentificoucercade15novasespeciesdeSapotaceaenaAmazoniaateofimdadecadade1980(LISBOA;ALMEIDA,1995).

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Valeressaltara importânciadetrabalhoscientíficosparaaVolta Grande do Rio Xingu por ser área correspondente à daUsinaHidrelétricadeBeloMonte, cujasobrasestãoemanda-mento.

Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi investigar asespéciesdeSapotaceaenaVoltaGrandedoRioXingu,Pará, apartirdetratamentotaxonômicoquepermitaaidentificaçãodostáxonsparaolocal,visandocontribuircomplanosdemanejodasespécies que serão atingidas pela construçãoda barragemdaUHE–BeloMonte.Alémdisso,contribuitambémparaummaiorconhecimentotaxonômicodogruponaAmazônia.

MateriaiseMétodos

ÁreadeEstudoA área estudada localiza-se na bacia do Rio Xingu, nos

municípiosdeAltamira,VitóriadoXingúeAnapú,noestadodoPará, na área conhecida como "Volta Grande do Xingu", quecompreendeoperímetroformadopelascoordenadasgeográficas3º03'36”Se52º10'50”W;3º03'36”Se51º36'08”W;3º36'20”Se51º36'08”W;3º36'20”Se52º10'50”W(Figura1).

A região apresenta clima tropical úmido do tipo Am daclassificaçãoClimáticadeKöppen-Geiger(KÖPPEN;GEIGER,1928),comtemperaturasmédiasde27,3ºCeprecipitaçãopluviomé-tricaanualemtornode2.123mm(SILVAetal.,2009).Nelaocorremdoistiposvegetacionais:FlorestaOmbrófilaDensa,FlorestaOmbrófilaDensaAluvialeFlorestaOmbrófilaAberta(IBGE,2012),alémdevegetaçãosecundáriaemdiversosestágiosdesucessão.

MetodologiadeColetaeTratamentodoMaterialOs métodos de amostragem consistiram em coletas

intensaseaoacasonasáreasondeestáprevistasupressãodevegetação nos sítios denominados Bela Vista, Belo Monte,CanaldeDerivaçãoePimental,incluindoasilhas,assimcomonos fragmentos florestais, ao longo das vias de acessochamadastravessões27,40e55.

Acoletadematerialbotânicoteveinícioemdezembrode2012eestendeu-seatéoutubrode2013.AsamostrasforamcoletadaseherborizadasconformeFidalgoeBononi(1989).Omaterialcoletadofoiprensadoaindaemcampoeherborizadoem estufa demadeira a aproximadamente 60ºC. As coletasforamprovenientesdeárvoresdeáreasdesupressão.Foramanalisados somente materiais férteis, por meio de técnicaslaboratoriaisusuais;amostrasestéreisforamdescartadas.As

amostras foramdepositadasnoherbário“JoãoMurçaPires”(MG)eduplicatasenviadasaoacervodoIAN.

Foi realizado levantamento das coleções de Sapotaceaedepositadas nos herbários IAN e MG; adicionalmente foramvistasascoleçõesdosherbáriosdaEmbrapaRecursosGenéticoseBiotecnologia-Cenargen(CEN)edaFundaçãoUniversidadedeBrasília–UnB(UB)afimdesituaroslimitesdeocorrênciasjáexistentes para a região Norte, bem como para auxílio nasidentificaçõesdasespécies.Aterminologiautilizadanadescriçãodas estruturas morfológicas segue Radford et al. (1974), ePennington(1990),bemcomodescriçõesoriginaisdasespécies.Também foi elaborada, para otimização, orientação epadronização das atividades, uma ficha para descrição dasespécies, usando como critérios diversos com caracteresvegetativosereprodutivosdosespécimes.

AsabreviaçõesdosnomesdosautoresdasespéciesestãodeacordocomBrummittePowell(1992)eassiglasdosherbárioscomThiers(2013).Paraosdadossobreadistribuiçãogeográficados táxons foram utilizados dados compilados de bibliografiaespecíficaparaafamíliaseconsultaseletrônicasaosbancosdedadosdoMissouriBotanicalGarden's (TROPICOS, 2013), TheNewYorkBotanicalGarden(NYBG,2013).

Os táxons inventariados estão apresentados em ordemalfabética,seguidodaobraemquefoipublicada,citaçãodomate-rialexaminado,observaçõesfenológicas,distribuiçãogeográficaecomentáriostaxonômicos.

ResultadoseDiscussão

SapotaceaeJuss.Árvores, arvoretas ou arbustos latescentes, com tricomas

geralmente malpiguiáceos, ferrugíneos a acinzentados. Látexusualmente branco, presente em todas as partes das plantas(caule,ramosfolhas,floresefrutos).Folhassimples,usualmentealternas, espiraladas, dísticas ou raramente opostas. Inflores-cênciasemfascículosaxilaresouramifloros,raramenteocorremem curtos brotos axilares desfolhados. Flores unissexuais ouandróginas; cálice imbricado, quincuncial, dialissépalo, 4-6sépalas, em espiral; corola gamopétala, tubular ou ciatiforme,comformaçãodelobos;estamesepipétalosfixadosnotubodacorola(acimaouabaixodomeio),emnúmerode4-6,geralmenteinclusos, com anteras geralmente extrorsas; estaminódiosgeralmente presentes, em número de 1-6, de várias formas,alternados aos estames; ovário súpero, glabro ou piloso, 1-7lóculos, geralmente uniovulares, estilete excerto ou incluso,estigmasimplesoulevementelobado.Frutodeformasvariadas,geralmente baga, mas também ocorrem em drupa; pericarpousualmente carnoso e suculento; sementes de 1 a várias,globosas a elipsoides, robustas ou comprimidas lateralmente,testa lisa ou enrugada, geralmentebrilhante, livresounãodopericarpo.Hiloporvezesocupandometadeoumaisdasemente.

ChavedeidentificaçãoparaasespéciesdeSapotaceaeocorrentesnaVoltaGrandedoRioXingu-PA

1.Folhasopostas.............................................................................................Pouteriaoppositifolia1´.Folhasalternas.......................................................................................................................................2

2.Folhasalternasdísticas.................................................................................................................3

3.Folhas1,5-5,4cmdecomp.,venaçãobroquidódroma,faceabaxialserícea,pecíolopiloso............................................................................Chrysophyllumsparsiflorum3'. Folhas (6,5-) 9-20 cmde comp., venação craspedódroma, face abaxialglabra,pecíologlabro...............................................................................Micropholisegensis

2'Folhasalternasespiraladas.........................................................................................................4

9BiotaAmazônia

LevantamentodaFamíliaSapotaceaeJuss.(Ericales)naVoltaGrandedoRioXingu,Pará-Brasil

Figura1.Localizaçaodaareadeestudo,naGrandeCurvadorioXingu,comadelimitaçaodossıtiosBelaVista,BeloMonte,CanaldeDerivaçaoePimental./Figure1.Locationofthestudyarea,intheGreatCurveoftheXinguRiver,withthedelimitationoftheBelaVista,BeloMonte,BypasschannelandPimental.

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4. Folhas sem aspecto estriado, venação broquidódroma ou eucamptó-droma.................................................................................................................................................54'.Folhasdeaspectoestriado,venaçãocraspedódroma.........................................................................................................................................................Micropholisgardneriana

5.Cálicecom4sépalas.........................................................................................................6

6. Ovário bilocular; lâmina foliar com tricomas na face interna damargemrevolut............................................................................Pouteriacladantha6'.Ovárioplurilocular;lâminafoliarsemtricomasnafaceinternadamargemrevoluta................................................................................................................7

7.Sépalaelíptica,comindumentoexternoestrigoso;ováriocom4lóculos................................................................................................Pouteriacaimito7'.Sépalasuborbicular,comindumentoexternopuberulento;ováriocom5-11lóculos................................................................................Pouteriavenosa

5'.Cálicecommaisde4sépalas...........................................................................................8

8. Anteras com tricomas, estaminódios triangulares, nuncabilobados;ováriounilocular............................................................................................................................................................Pouteriareticulatasubsp.reticulata8'.Anterasglabras,estaminódiosgeralmentelanceolados,àsvezesbilobalos;Ovárioplurilocular.................................................................................9

9.Lâminafoliarcomfaceabaxialglabra..................................................10

10.Folhacom12-16nervurassecundárias,sépalasglabrasnafaceinterna.................................................Chrysophyllumlucentifolium10'.Folhacom9-11nervurassecundárias,sépalasseríceasnafaceinterna.....................................................Chrysophyllumpomiferum

9'.Lâminafoliarcomfaceabaxialpilosa..............................................11

11. Face abaxial das folhas pubérula; corola glabra; 6estames inseridosnoápicedo tuboestaminal, alternadoscom 6 estaminódios de ápices bilobados; ovário globoso..........................................................................................Manilkarahuberi11'.Faceabaxialdasfolhasvelutina;corolapilosa,5estamesinseridos na fauce do tubo da corola, alternados com 5estaminódioslanceoladoslivres;ovárioovoide..............................................................................................................Pouteriamacrophylla

ChrysophyllumlucentifoliumCronquist,Mem.TorreyBot.Club,73:304,1946.Tipo:Brasil.Riode Janeiro:Macaé, Junho1832;Riedels.n.(FotodoIsótipoherbárioUS).

Fig.2(B-E)

Árvorede30–40mdealtura;folhasde5,2-11,3cmcomp.x1.8-4.7cmlarg.,alternasespiraladas,elípticasaoblanceoladas,base atenuada, ápice agudo a mucronado, cartáceas, margeminteira e revoluta, glabras; venação eucamptódroma abroquidódroma,12–16nervurassecundárias;pecíolo0.4-0.9cm de comp., não canaliculado, com leve indumento esbran-quiçado,semelhanteapó.Brotosáfilosemalgumasaxilasfoliarespresentes. Inflorescência em fascículo axilar. Flor andrógina;cálicequincuncial,5sépalas,corolagamopétala,glabra,5pétalasovaladas;estamescinco,epipétalos,fixadospróximosaotopodotubo da corola, anteras lanceoladas; estaminódios vestigiaiscinco.Ováriopiloso,comlóculoscinco,uniovulares;fruto(nãovisualizado:descriçãoemPennington,1990)(-1.5)3.5-5cmdecomp., ovoide, subgloboso ou obovoide, glabro, ápice agudo,arredondado ou truncado, base arredondada ou truncada,geralmente seca na cor preta. Sementes (não visualizadas:descriçãoemPennington,1990)váriasporfruto,de1.4-2.5cmcomp.,comprimidaslateralmente,testas lisasebrilhantes,hiloestende-senamaiorpartedocomprimentodasementee,porvezes,aolongodabase.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,51º51'29"W,3º17'40"S,26.V.2012(fl.),D.A.A.GomesPSACF_EX00324(MG);ibid.,51º57'24"W,3º20'02"S,13.VIII.2013(fl.),R.B.SantosPSACF_EX01762(MG).

Observaçõesfenológicas:OsespécimesexaminadosforamencontradoscomfloresnosmesesdeJunhoeAgosto.Frutificaçãonãomencionada na obra príncipe, e não há informações nosherbárioslocaissobreafrutificaçãodestaespécieparaaáreadeestudada.

Distribuição: América Central (Costa Rica e Panamá) e

AméricadoSul(Bolívia,Brasil,Colômbia,Guiana,GuianaFrancesa,PerueVenezuela).NoBrasil:regiõesNorte(Acre,Amazonas,Pará,RondôniaeRoraima),Nordeste(BahiaeMaranhão),Centro-oeste(Mato Grosso) e Sudeste (Espírito Santo e Rio de Janeiro)(TROPICOS,2013;CARNEIROetal.,2014).

Chrysophyllum lucentifolium pode ser reconhecida dentre asespéciesdaáreadeestudospelaocorrênciadebrotosdesfolhadosnasaxilasdealgumasfolhas.Pennington(1990)descreveparaestaespécieaocorrênciaeventualdestesbrotos,bemcomoapresençaesporádicadefloresnosmesmos.Cronquist(1946)relacionaestaespécie aChrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler exMiq.)Engl.,masdifere-sedestapelobrilhodasfolhasglabras,umestiletemaiscurtoefilamentosdosestamesnãofixadosàbasedotubo,massimpróximoaotopodomesmo.

Chrysophyllum pomiferum (Eyma) T. D. Penn., Fl. Neotrop.Monogr.,52:602,1990.Tipo:Guyana.TinamouFalls:CuyuniRiver,07.03.1931.Davis,T.A.W.,1040(Fotodoholótipo,herbárioK).

Fig.2(AeF)

Basiônimo:AchrouteriapomiferaEyma,RecueilTrav.Bot.Neerl.33:193,fig.3.1936.

Árvorede35-40mdealtura;folhas4,2-9,7cmcomp.x2,0-4,4cmlarg.,alternasespiraladas,elípticasaobovadas,baseatenuada,ápiceobtuso,cartáceasacoriáceas,margeminteiranãorevoluta,glabras; venação briquidódroma, 9-11 nervuras secundárias;pecíolo0.4-1.0cmcomp.,nãocanaliculado,glabro.Inflorescênciaemfascículoaxilar.Floresunissexuais(nãovisualizadas:descriçãoemPennington,1990).Cálicecom5sépalasovais,comtricomasapressos externamente, e seríceos internamente. Corola gamo-pétala,glabra.Cincoestaminódiosglabros.Emfloresmasculinas,estamesepipétalosfixadosabaixodametadedotubodacorola,anteras lanceoladas, glabras. Em flores femininas, ovário cincolóculos,comindumentoestrigoso,estileteglabro,estigmasimples,estames estão ausentes; fruto globoso, superfície levementeenrugada,comcálicepersistente.Presençadeapículoemanchaclaranoápicedofruto.Sementes(nãovisualizada:descriçãoemPennington, 1990) várias por fruto, comprimidas lateralmente,testalisaebrilhante.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,semcoordenadas,26.V.2012(fr.).D.A.A.Gomes,PSACF_EX00478(MG).

Observações fenológicas: O espécime examinado foiencontrado frutificando no mês de Maio. Pennington (2006)relata floraçãonomêsdeoutubro,paraespéciespresentesnaAmazôniaCentral.

Distribuição: América do Sul, em oito países: Brasil,Colômbia,Equador,Guiana,GuianaFrancesa,Peru,SurinameeVenezuela.NoBrasil:regiãoNorte(Amazonas,ParáeRoraima)(TROPICOS,2013;CARNEIROetal.,2014).

AmorfologiafoliardeC.pomiferumébastantesemelhanteasdeChrysophyllumvenezuelanense(Pierre)T.D.Penn.eC.lucentifolium(PENNINGTON, 1990). Contudo, esta espécie pode ser diferen-ciadadestas,edasdemaispresentesnesteestudo,principalmentepelassépalasseríceasnafaceinterna.

ChrysophyllumsparsiflorumKlotzschexMiq.,Martius,C.F.P.von&auct.suc.(eds.),Fl.bras.,7:90,1863.Tipo:Guyana.Nr.Pirara,Julho-Agosto1843(fl),Schomburgk680(FotodoIsótipoherbárioP).

Fig.2(GeH)

Árvorede20-25mdealtura.Folhas1,5-5,4cmcomp.x2,4-4,3cmlarg.,alternasdísticas,elípticasaoblongas,baseobtusaaatenuada, ápice atenuado, cartácea, margem inteira e nãorevoluta, face abaxial com leve indumento seríceo; venação

10BiotaAmazônia

JéssycaVieiradaSilvaPinhoeJoãoUbiratanMoreiradosSantos

Page 4: Levantamento da Família Sapotaceae Juss. (Ericales) na ...Resultados e Discussão Sapotaceae Juss. Árvores, arvoretas ou arbustos latescentes, com tricomas geralmente malpiguiáceos,

broquidódroma,11-19nervurassecundárias;pecíolo0.5-0.8cmde comp., pouco canaliculado, piloso; inflorescência (nãovisualizada:descriçãoemPennington,1990)emfascículoaxilar;flores unissexuais (não visualizadas: descrição em Pennington,1990),cálicecom(-4)5sépalas,ovaisasuborbiculares,seríceasoupuberulentasnafaceexterna,glabrasnafaceinterna;corolagamopétala,glabraoucompoucostricomasexternosnabasedotubo;naflormasculina,estames(4-)5,fixospertodabasedotubodacorola;anterasamplamenteovadas,comtricomas;nasfloresfemininas, ovário ovóide, 2-5 lóculos, piloso; estilete glabro;estigma levemente expandido ou minuciosamente lobado,estamesausentes; frutogloboso, elipsóideouobovóide, glabro,ocasionalmentepiloso,comcálicepersistente.Sementesolitária,testalisa,brilhante,obovóide,plano-convexa,hilolargo.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,51º55'26"W,3º19'55"S,30.V.2012(fr.),D.A.A.GomesPSACF_EX00325(MG);ibid.,51º45'22"W,3º19'03"S,02.VI.2012(fr.),L.C.AntonioPSACF_EX00488(MG);ibid.,51º51'58"W,3º27'17"S,15.VI.2012,C.FaveriPSACF_EX00478(MG);ibid., 51º 54' 19" W, 3º 20' 57" S, 13.VI.2013 (fr.), F. A. RaulPSACF_EX01447 (MG); ibid., 51º 47' 22" W, 3º 08' 57" S,03.VII.2013(fr.),T.C.S.SilvaPSACF_EX01542(MG).

Observações fenológicas: os espécimes examinados foramencontrados com frutos nosmeses deMaio, Junho e Julho. Deacordo comPennington (1990), noBrasil esta espécie flora noperíododeJulhoaJaneiro.

Distribuição:AméricadoSul:Bolívia,Brasil,Guiana,GuianaFrancesaeVenezuela.NoBrasil:regiõesNorte(Amazonas,Pará,Rondônia,RoraimaeTocantins),Nordeste(BahiaeMaranhão)eCentro-oeste(GoiáseMatoGrosso)(TROPICOS,2013;CARNEIROetal.,2014).

Espécie reconhecida pelas folhas alternas dísticas com faceabaxialserícea,venaçãobroquidódromaepecíolopiloso,poucocanaliculado;estascaracterísticaspodemsermuitoúteis,inclusive,paraidentificaçãoemcampo.Asementeplano-convexaobovóide,comhilo largo na face plana tambémé bastante característica.Pennington (2006) relaciona C. sparsiflorum a ChrysophyllumargenteumJacq.,masdifereC.sparsiflorumpelacorolaglabraehiloadaxialnasemente.EmC.argenteum,acorolaéseríceaeohilodasementeébasi-ventral.

Manilkara huberi (Ducke) Standl., Trop.Woods, 33: 19, 1933.Tipo: Brasil. Pará: Estrada de Ferro de Braganca, Santa Isabel,Fevereirode1909(fl.),Coletordesconhecido.n.MG10177(FotodoIsolectótipo,herbárioBM).

Fig.3(H-L)

Basiônimo:MimusopshuberiDucke,Arch.Jard.Bot.RiodeJaneiro2:14.1918.

Árvorede35-50mdealtura.Folhas11,1-17,0cmcomp.x5,7-8,3 cm larg., alternas espiraladas, oblongas a elípticas, baseatenuada, ápice obtudo a cuspidado, cartáceas a coriáceas,margeminteira,Faceadaxialglabra,faceabaxialcomindumentode tricomas densos e curtos, de cor amarelada; venaçãobroquidódroma,28-32secundárias.Pecíolo3,0-4,1cmcomp.,nãocanaliculado, glabro; inflorescência em fascículo axilar; floresandróginas,cálicecom6sépalas,dispostasemduasséries;corolatubular curta, glabra; estames 6, epipétalos e fundidos aosestaminódios (tubo estaminal), anteras glabras, lanceoladas asagitadas. Seis estaminódios glabros, com ápice bilobado,alternados aos estames; ovário globoso, piloso, 6 (-7) lóculosuniovulares; estilete glabro, estigma simples; fruto globoso aovoide, baga, glabro. Semente (não visualizada: descrição emPennington, 1990) comprimida lateralmente, com uma quilhadorsallongitudinalbemdesenvolvida.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,51º48'01"W,3º07'45"S,23.VIII.2012,L.C.AntonioPSACF_EX00737(MG);ibid.,51º58'15"W,3º11'05"S,01.V.2013(fl.),F.A.RaulPSACF_EX01146(MG).

Observações fenológicas: os espécimes examinados foramencontradoscomfloresnosmêsdeAbrileMaio,efrutificandonomês de Agosto. As flores são conhecidamente protogínicas(Azevedo,2007),passandopela fase feminina coma flor aindafechadasomentecomoestigmaexposto(Figura3,L),eumafasemasculina,comaaberturatotaldacorolaparaexposiçãodeseusestames.Acorolaécaduca,ecaiapósafertilização(Figura3,K).

Distribuição: América do Sul: Brasil, Guiana Francesa,SurinameeVenezuela.NoBrasil:regiõesNorte(Acre,AmazonasePará), Centro-oeste (Mato Grosso) e Sudeste (Espírito Santo)(TROPICOS,2013;CARNEIROetal.,2014).

Dentreasespéciesregistradasparaaáreadeestudo,diferedetodasasoutraspelavenaçãooblíquaemrelaçãoaprincipal,eaface abaxial das folhas, que possui indumento amarelado. Assemelhanças entre troncos podem confundir M. huberi comespécies comoManilkara paraensis (Huber) Standl.,Manilkaracavalcantei Pires & W. Rodrigues ex T.D. Penn. e Manilkarabidentatasubsp.surinamensis(Miq.)T.D.Penn.,masosaspectosfoliaresantesmencionados,associadosaumováriopuberulento(quenãoémuitocomumparagênero)geralmentesãosuficientespara diferencia-la das demais anteriormente mencionadas(AZEVEDO,2007).

Micropholisegensis(A.DC.)Pierre,Urban,I.,Symb.Antill.(Urban).,5:127,1904.Tipo:Brasil.Amazonas:Ega,1834.Poeppig,2516(FotodoIsótipo,herbárioP).

Fig.3(A-D)Basiônimo:SideroxylonegenseA.deCandollein:A.P.deCandolle,Prodr.8:182.1844.

Árvore30-35mdealtura;folhas(6,5-)9-20cmcomp.x(2-)3-9cmlarg.,alternasdísticas,elípticasaoblongas,baseatenuadaamucronada, ápice atenuado a acuminado, cartáceas a coriáceas,margeminteiraerevoluta,glabras;venaçãocraspedódroma,comaspecto estriado; veias secundárias e intersecundárias indistin-guíveisumasdasoutras;presençadeveiasmarginalesubmarginal,

11BiotaAmazônia

Figura2.AeF:Chrysophyllumpomiferum.A-habito(detalheparaanervaçao);F-frutocomcaliceserıceopersistente.B-E:Chrysophyllumlucentifolium.B-habito(detalheparaanevaçao);C-�lor;D-gineceu;E-corola.G-H:Chrysophyllumsparsi�lorum.G-habito(detalheparaanervaçao);H-semente./Figure2.AandF:Chrysophyllumpomiferum.A-habit(detailforthevenation);F-fruitwithpersistentsericeouscalyx.B-E:Chrysophyllumlucentifolium.B-habit(detailforthevenation);C-�lower;D-girdled;E-corolla.G-H:Chrysophyllumsparsi�lorum.G.habit(detailforthevenation);H-seed.

1cm

HG

F

5mm

CD

2mm

2mm

B

E2mm

A

LevantamentodaFamíliaSapotaceaeJuss.(Ericales)naVoltaGrandedoRioXingu,Pará-Brasil

Page 5: Levantamento da Família Sapotaceae Juss. (Ericales) na ...Resultados e Discussão Sapotaceae Juss. Árvores, arvoretas ou arbustos latescentes, com tricomas geralmente malpiguiáceos,

muito próximas; pecíolo de 0,3-1,5 cm comp., canaliculado,glabro;inflorescênciasemfascículosaxilares;floresunissexuais,cálicecom5sépalas,puberulentasexternamenteepordentrocommargemglabra,àsvezesciliada;corolagamopétala,tubular,glabra;naflormasculina,estames5,epipétalos,fixadosnotopodo tubo da corola, anteras lanceoladas, glabras; cincoestaminódioscurtoseglabros;emfloresfemininas,ováriocônicocomtricomasnabase,5lóculos,estileteinclusoeglabro,estigmalevemente lobado, estames vestigiais; fruto (não visualizado:descriçãoemPennington,1990)obovóideouelipsóide,glabro;semente (não visualizada: descrição em Pennington, 1990)comprimidalateralmente,ápicegeralmentearredondado,basegeralmente cônico, testa áspera não brilhante, às vezestransversalmente enrugada, marrom pálida. Hilo estreito ecomprido.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,coordenadas51º46'54"W,3º07'03"S,09.VII.2012(fl.),C.FaveriPSACF_EX00631(MG).

Observações fenológicas: os espécimes examinados esta-vam em flor no mês de Julho, e com frutos nos meses deDezembroeJaneiro.

Distribuição:AméricaCentral(Panamá)atéaAméricadoSul(Bolívia,Brasil,Colômbia,Equador,Guiana,GuianaFrancesa,Peru,SurinameeVenezuela).NoBrasil:regiõesNorte(Acre,Amazonas,AmapáeRondônia) eNordeste (Maranhão) (TROPICOS,2013;CARNEIROetal.,2014).

Micropholis egensis pode ser confundida com MicropholiscasiquiarensisAubrév.devidoaaspectos foliarescomo filotaxia,formadalâminaevenação,masaformadofrutodiferenciaestasduasespécies(SILVA,2004).Dentreasespéciesregistradasparaaárea de estudo, esta espécie se diferencia de Micropholisgardneriana(A.DC)Pierre,quetemfolhasalternasespiraladaseovárioovoide,pelasfolhasalternasdísticaseoováriocônico.

Micropholisgardneriana(A.DC.)Pierre,Not.Bot.:37,1891.Tipo:Brasil.Goiás,Dezembrode1839(fl,fr).Gardner3310(FotodoIsótipo,herbárioGH).

Fig.3(E-G)

Basiônimo:SideroxylongardnerianumA.DC.Prodr.8:182.1844.

Arbustoouárvoreaté15mdealtura;folhas5,8-8,2cmcomp.x3,0-4,4 cm larg., alternas espiraladas, elípticas a oblanceoladas,base cunheada, ápice acuminado a agudo, cartácea a coriácea,margem inteira, face abaxial compoucos tricomas ferrugíneos;venação craspedódroma a broquidódroma; secundárias eintersecundárias longas e próximas, indistinguíveis umas dasoutras,dandoaspectoestriadoàs folhas;pecíolo0,7-1,1cmdecomp., canaliculado, levemente piloso; inflorescência emfascículosaxilares;floresunissexuais,com5sépalaspuberulentasimbricadas;corolagamopétalatubular,pétalasovais,glabra;emfloresmasculinas,estames5,epipétalos,inclusos,fixadosnotopodo tubo da corola; anteras lanceoladas a ovais, glabras; cincoestaminódioscurtoseglabros;emfloresfemininas,ovárioovoide,piloso, com 5 lóculos uniovulares, estilete glabro, estigmalevemente lobado, estames vestigiais. Fruto (não visualizado:descriçãoemPennington,1990)elipsóide,macio,glabro.Semente(não visualizada: descrição em Pennington, 1990) comprimidalateralmente,comtestaebrilhante.Hiloadaxial.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,51º47'07"W,3º09'27"S,21.VI.2013(fl.),T.C.S.SilvaPSACF_EX01478(MG).

Observaçõesfenológicas:oespécimeexaminadoestavaem

flores no mês de Junho. Não há informação documentada arespeitodafrutificaçãodestaespécieparaaáreadeestudo.

Distribuição: América do Sul: Bolívia, Brasil, Colômbia,GuianaeVenezuela.NoBrasil:regiõesNorte(ParáeRondônia),Nordeste(Bahia,Maranhão,PernambucoeSergipe),Centro-oeste(Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso) (TROPICOS, 2013;CARNEIROetal.,2014).

ÉdiferenciadadeMicropholisegensispelafilotaxiaetambémpeloovárioovoide.EmM.egensisoovárioécônico.Asfolhascomvenação craspedódroma e de aspecto estriado distinguem ogênerodestaespéciedosdemaisencontradosnesteestudoqueapresentamfilotaxiaalternaespiralada.

Pouteriacaimito(Ruiz&Pav.)Radlk.,Sitzungsber.Math.-Phys.Cl.Königl.Bayer.Akad.Wiss.München,12:312,1882.Tipo:Peru.Datadesconhecida.Pavón,J.A.,s.n.(FotodoIsótipo,herbárioF).

Fig.4(EeF)

Basiônimo:AchrascaimitoRuiz&Pavón,Fl.peruv.3:18,pl.240.1802.

Árvorede15-30mdealtura;folhas5,6-12,5cmcomp.x2,5-4,3cmlarg.,alternasespiraladas,elípticasaoblanceoladas,baseatenuada, ápice atenuado, cartáceas, margem inteira revoluta,glabraemambasasfaces;venaçãobroquidódromaaeucamptó-droma, 13-18 secundárias; intersecundárias presentes; pecíolo0,5-0,8 cm comp., não canaliculado, glabro; inflorescência (nãovisualizada:descriçãoemPennington,1990)emfascículoaxilar;flores andróginas (não visualizadas: descrição em Pennington,1990),cálicecom4sépalaselípticas,estrigosasnafaceexternaeglabrasnafaceinterna;corolagamopétala,tubularegeralmentemaislargaàalturadomeio,glabra;estames4,epipétalos,fundidos

12BiotaAmazônia

JéssycaVieiradaSilvaPinhoeJoãoUbiratanMoreiradosSantos

Figura3.A-D:Micropholisegensis.A-habito(detalheparaanervaçao);B-gineceu;C-�loremcortelongitudinal;D-corola;E-G:Micropholisgardineriana.E-habito(detalheparaanervaçao;F-gineceuemcortelongitudinal;G-corola;H-L:Manikarahuberi;H-habito(detalheparaanervaçao);I-fruto;J-corola;K-�loremfasefeminina./Figure3.A-D:Micropholisegensis.A-habit(detailforthevenation);B-girdled;C-�lowerinlongitudinalsection;D-corolla;E-G:Micropholisgardineriana.E-habit(detailofthevenation);F-girdledinlongitudinalsection;G-corolla;H-L:Manikarahuberi;H-habit(detailofthevenation);I-fruit;J-corolla;K-�lowerinfemalephase.

A

B

C

D

E

F

G

H

LK

I

J

2mm

3mm

5mm

2mm

3mm

5mm

5mm5mm

Page 6: Levantamento da Família Sapotaceae Juss. (Ericales) na ...Resultados e Discussão Sapotaceae Juss. Árvores, arvoretas ou arbustos latescentes, com tricomas geralmente malpiguiáceos,

até metade do tubo da corola; anteras lanceoladas ou ovais,glabras; quatro estaminódios lanceolados, glabros. Ovárioovoide, estrigoso, com 4 lóculos uniovulares; estilete excerto,glabro, estigma simples ou levemente lobado; fruto globoso aelipsoide, carnoso, glabro, pubescente ou velutino; sementeelipsoide, geralmente robusta, às vezes comprimida lateral-mente,testalisanãobrilhante,marromclara.Hilocompridoeestreito.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,51º47'35"W,3º08'37"S,21.I.2013(fr.),L.C.AntonioPSACF_EX00985(MG).

Observações fenológicas: os espécimes examinadosestavam frutificando no mês de Janeiro. De acordo comPennington (2006), floresce na Amazônia Central no mês deNovembro.

Distribuição: América Central (Costa Rica e Panamá) eAmérica do Sul (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana,Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela). No Brasil éamplamentedistribuídaemtodasasregiõesgeográficasdopaís.RegiãoNorte:todososestados.RegiãoNordeste:Bahia,Ceará,ParaíbaePernambuco;RegiãoCentro-oeste:MatoGrosso.RegiãoSudeste:EspíritoSanto,MinasGerais,RiodeJaneiroeSãoPaulo.RegiãoSul:Paraná(TROPICOS,2013;CARNEIROetal.,2014).

Dentre as espécies registradas para a área, esta espécie éreconhecidaentreasdemaisporpossuirquatrosépalaselípticascomindumentoexternoestrigosoefaceinternaglabra.ApesardesuasemelhançacomPouteriaguianensisAubl.,P.caimitosediferencia desta por folhasmenores e quantidade inferior deintersecundáriasquandocomparadaaP.guianensis.

Pouteria cladantha Sandwith, Bull. Misc. Inform. Kew, 1931:480,1931.Tipo:Guyana.Essequibo:MoraballiCreek,Agostode1929(fl),Sandwith,113(FotodoIsótipo,herbárioU).

Fig.4(A-D)

Árvore25-30mdealtura;folhas5,5-10,5cmcomp.x2,0-3,4cm larg., alternas espiraladas, elípticas a oblanceoladas, baseatenuada, ápice atenuado a cuspidado, cartáceas a coriáceas,margeminteiraerevoluta,glabraemambasasfaces;venaçãobroquidódroma,12-14secundárias;pecíolode0,5-2,0cmcomp.,não canaliculado, glabro; presença de intersecundárias;inflorescênciaemfascículoaxilar;floresandróginas,cálicecom4sépalasespessas;corolagamopétala,pétalasovais,glabraoucomtricomaspor forado tubo;estamesepipétalos4-5, fixadosnotopodotubodacorola;anterasovoideseglabras;estaminódios(não visualizados: descrição em Pennington, 1990) 4 ou 5,glabros; ovário bilocular, piloso, estilete curto, glabro, estigmasimples;fruto(nãovisualizado:descriçãoemPennington,1990)elipsoide a globoso, macio, suculento, glabro na maturidade.Semente (não visualizada: descrição em Pennington, 1990)solitária, elipsoide, comprimida lateralmente, testa lisa ebrilhante.Hilocomprido.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,51º51'42"W,3º21'23"S,01.IX.2012(fl.),L.C.AntonioPSACF_EX00759(MG).

Observações fenológicas: o espécime examinadoencontrava-seemflornosmesesdeAgostoeSetembro.Nãoháregistrosdoperíododefrutificaçãodestaespécieparaaáreadeestudo.

Esta espéciepode ser identificada, dentre reconhecidasnaVoltaGrandedoRioXingu,peloováriobiloculareapresençadetricomasapenasnafaceinternadamargemrevolutanasfolhas.Emcampo,apresençadequatrosépalasespessaspodeserútilparadiagnóstico.

Pouteriamacrophylla(Lam.)Eyma,RecueilTrav.Bot.Néerl.,33:164,1936.

Fig.5(A–E)

Basiônimo:ChrysophyllummacrophyllumLam.,Tab.Encycl.2:44.1794.

Árvore20-30mdealtura.Folhas5,6-15,0cmcomp.x2,3-6,7cm larg., alternas espiraladas, elípticas a oblanceoladas, baseatenuada, ápice acuminado a cuspidado, cartáceas, margeminteira e revoluta, face adaxial glabra e face abaxial comindumento velutino; venação eucamptódroma, 12-16 secun-dárias;pecíolo0,7-1,5cmdecomp.,nãocanaliculado,levementepiloso; inflorescência em fascículos axilares ou ramifloros(agrupados abaixo das folhas); flores andróginas, cálice de 5sépalas imbricadas, puberulentas e às vezes franjadas; corolagamopétalatubular,pilosa;estames5,epipétalos,fixadosnotopodo tubo da corola; anteras lanceoladas, glabras; cincoestaminódioslanceoladoseglabros;ováriocônico,piloso,com5lóculos uniovulares, estilete glabro, estigma simples oulevementelobado;frutoglobosoaelipsoide,glabroouvelutino;semente1-2,globosaaovoide(quandosolitária),plano-convexa(quando em par), testa lisa e brilhante, marrom clara, comapículo em pelo menos uma das extremidades. Hilo largo,geralmenteocupandocercademetadedasuperfíciedasemente.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,51º44'34"W,3º13'01"S,07.VIII.2012,L.C.AntonioPSACF_EX00728(MG);ibid.,51º48'17"W,3º20'39"S,22.XI.2012,L.C.AntonioPSACF_EX00796(MG);ibid.,51º44'07"W,3º06'28"S,30.I.2013,L.C.AntonioPSACF_EX01053(MG).

Observaçõesfenológicas:osespécimesexaminadosforamencontradoscomfloresnosmesesdeAgostoeSetembro,ecomfrutosnomêsdeJaneiro.

Distribuição:AméricadoSul:Bolívia,Brasil,GuianaFrancesa,PerueSuriname.NoBrasil,regiõesNorte(Acre,Amazonas,Pará

13BiotaAmazônia

LevantamentodaFamíliaSapotaceaeJuss.(Ericales)naVoltaGrandedoRioXingu,Pará-Brasil

C

1mm

D

1mm

B

5mm

A

G 1mm

H I

5mm

E 1mm

F J

2mm

K

1mm

Figura4.A-D:Pouteriacladantha.A-habito(detalheparaanervaçao);B-in�lorescencia;C-�loremcortelongitudinal;D-corola.E-F:Pouteriacaimito.E-habito(detalheparaanervaçao);F-semente.G-K:Pouteriareticulatasubsp.reticulata.G-habito(detalheparaanervaçao);H-gineceu;I-fruto;J-corola;K-ovarioemcortetransversal./Figure4.A-D:Pouteriacladantha.A-habit(detailofthevenation);B-in�lorescence;C-�lowerinlongitudinalsection;D-corolla.E-F:Pouteriacaimito.E-habit(detailofthevenation);F-seed.G-K:Pouteriareticulatasubsp.reticulata.G-habit(detailofthevenation);H-girdled;I-fruit;J-corolla;K-ovaryintransversesection.

Page 7: Levantamento da Família Sapotaceae Juss. (Ericales) na ...Resultados e Discussão Sapotaceae Juss. Árvores, arvoretas ou arbustos latescentes, com tricomas geralmente malpiguiáceos,

eTocantins),Nordeste(BahiaeMaranhão),Centro-oeste(GoiáseMato Grosso) e Sudeste (Espírito Santo e Rio de Janeiro)(TROPICOS,2013;CARNEIROetal.,2014).

Pouteria macrophylla se distingue das outras espéciespresentesnaáreadeestudoprincipalmentepelafaceabaxialdasfolhascomindumentodeaspectovelutinoeasementerobusta,geralmenteglobosa,comhilolargoqueocupacercademetadedesuatesta.

Pouteriaoppositifolia(Ducke)Baehni,Candollea,9:359,1942.Tipo: Brasil. Pará: Nr. Belém do Pará, Setembro de 1922 (fl).Ducke,s.n.(FotodoHolótipo,herbárioRB).

Fig.5(F–H)Basiônimo:SyzygiopsisoppositifoliaDucke,Arch.Jard.Bot.RiodeJaneiro4:158,t.17.1925.

Árvorede30-35mdealtura;folhas8,5-11,6cmcomp.x2,2-4,2cmlarg.,opostasasubopostas,elípticasaoblanceoladas,baseatenuada,ápiceacuminado,cartáceasacoriáceas,margeminteirae revoluta, face abaxial com escassos tricomas ferrugíneos;venaçãoeucamptódroma,16-22secundárias;pecíolo0,7-1,0cmcomp., canaliculado, piloso; inflorescência em fascículo axilar;flores (não visualizadas: descrição em Pennington, 1990)andróginas, cálice com 5 sépalas puberulentas; corola gamo-pétalaciatiforme,seríceaporfora,glabranafaceinterna;estamesepipétalos,fixadosnotopodotubo,anteraslanceoladaseglabras;cincoestaminódios,lanceoladoseglabros;ováriosúpero,piloso,5lóculos,estileteincluso,estriado,subglabro,estigmalevementelobado; fruto elipsoide, glabro, comanel de tricomas longos eferrugíneosnabase(junçãocomassépalas),apículonoápice;semente comprimida lateralmente, elipsoide, solitária, testabrilhanteelevementeenrugada.Hilocomprido.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrande do Rio Xingu, 51º 44' 31"W, 3º 06' 59" S, 22.II.2013(fl./fr.),T.C.S.SilvaPSACF_EX01054(MG).

Observações fenológicas: o espécime examinado foiencontradocombotõesfloraismuitojovensefrutosnomêsdeFevereiro.

Distribuição:Deacordocomosregistros,estaespécieestárestrita ao Brasil, ocorrendo nos estados do Amapá, Pará eMaranhão.(TROPICOS,2013;CARNEIROetal.,2014).

AfilotaxiaopostadiferenciaPouteriaoppositifoliadetodasasoutrasregistradasnesteestudo,eéimportanteparaidentificaçãoemcampo.

Pouteriareticulata(Engl.)Eymasubsp.reticulata,RecueilTrav.Bot.Néerl.,33:183,1936.Tipo:Brasil.RiodeJaneiro(fl).Glaziou,12070(FotodoIsótipo,herbárioP).

Fig.4(G–K)

Árvorede30 -40mdealtura; folhassimples5,0-11,0cmcomp.x1,5-3,7cmlarg.,alternasespiraladas,baseatenuadaamucronada,ápiceatenuadoacuspidado,cartáceasacoriáceas,margeminteiraelevementerevoluta,glabraemambasasfaces;venaçãoeucamptódromaabroquidódroma,11-17secundárias;presença de intersecundárias; pecíolo 0,5-1,0 cm comp., nãocanaliculado,levementepiloso;inflorescênciaemfascículoaxilar;floresunissexuais,cálicecom6sépalaslivresepuberulentasnafaceexterna;corolagamopétala,glabraecompétalasfranjadas;Seis estames epipétalos, fixados no topo do tubo da corola.Vestigiais em flores femininas.Anteras lanceoladas, com trico-mas.Estaminódios6,glabros,lanceolados;nasfloresfemininas,

ovário globoso, piloso, unilocular, uniovular, estilete curto,estigma simples; fruto elipsoide, com cálice persistente,pubescente, com apículo no ápice; semente (não visualizada:descriçãoemPennington,1990)solitária,elipsóide,comprimidalateralmente, testa lisa, brilhante, livre do pericarpo. Hilocomprido.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,51º47'43"W,3º06'27"S,15.I.2013,L.C.AntonioPSACF_EX00983(MG);ibid.,51º44'18"W,3º06'56"S,05.II.2013,T.C.S.SilvaPSACF_EX01042(MG);ibid.,51º47'48"W,3º09'24"S,02.III.2013,T.C.S.SilvaPSACF_EX01067(MG);ibid.,51º46'45"W,3º20'31"S,15.III.2013,F.A.RaulPSACF_EX01064(MG).

Observações fenológicas: os espécimes examinadosestavamemflornomêsdeMarçoefrutificandonosmesesdeOutubro,Dezembro,JaneiroeFevereiro.

Distribuição:DesdeaAméricaCentral (Belize,CostaRica,Guatemala, Honduras, México, Nicarágua e Panamá) até aAmérica do Sul (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, GuianaFrancesa,Peru,SurinameeVenezuela).NoBrasil:regiõesNorte(Acre,Amazonas,Amapá,Pará,RondôniaeRoraima),Nordeste(Bahia,CearáeMaranhão),Centro-oeste(GoiáseMatoGrosso)eSudeste(EspíritoSanto,MinasGerais,RiodeJaneiroeSãoPaulo)(TROPICOS,2013;CARNEIROetal.,2014).

Estaespécie,comparadaàsoutrasSapotaceaeidentificadasnestetrabalho,podeserreconhecidaprincipalmenteporseuová-riounilocular.AdeterminaçãodasubespéciePouteriareticulatasubsp.reticulata foipossívelpelasanterascomtricomas,vistoque emPouteria reticulata subsp. surinamensis as anteras sãoglabras.

Pouteriavenosa(Mart.)Baehni,Candollea,9:393,1942.Fig.5(I–L)

Basiônimo:AchrasvenosaFlora22(Beibl.1):4.1839.

Árvorede20–30mdealtura.Folhas6,6-21,4cmcomp.x2,2-8,3cmlarg.,alternasespiraladas,elípticasaoblanceoladas,baseatenuada,ápiceobtusoacuspidado,cartáceas,margeminteiraelevemente revoluta, folha glabra em ambas as faces; venaçãoeucamptódroma,8-14secundárias;pecíolo0,6-3,0cm,canalicu-lado, levementepiloso; inflorescênciaemfascículoaxilar; floresandróginas,cálicecom4sépalassuborbicularesepuberulentas;corolagamopétalatubular;estamesepipétalos,fixadospróximoaotopodotubodacorola,anteraslanceoladaseglabras;ovário,cônico, piloso, 5-11 lóculos uniovulares, estilete curto, glabro,estigmasimples;fruto(nãovisualizado:descriçãoemPennington,1990) globoso, velutino a glabro; sementes (não visualizadas:descriçãoemPennington,1990)globosasaplano-convexas,testalisaebrilhante.Hiloocupandoumoudoisterçosdasuperfíciedasemente,dependendodonúmerodesementesnofruto.

Materialexaminado:Brasil.Pará:Altamira,RioXingu,VoltaGrandedoRioXingu,51º53'37"W,3º17'22"S,07.VI.2012(fl.),D.A.A.GomesPSACF_EX00481(MG).

Observações fenológicas: o espécime examinado foiencontradocombotõesfloraisnomêsdeJunho.

Distribuição:AméricadoSul:Brasil,Guiana,GuianaFrancesa,SurinameeVenezuela.NoBrasil:todaaregiãoNorte.NaregiãoNordeste:BahiaePernambuco;naregiãoSudeste:EspíritoSanto,MinasGerais,RiodeJaneiroeSãoPaulo;naregiãoSul:Paraná,RioGrandedoSuleSantaCatarina(TROPICOS,2013;CARNEIROetal.,2014).

14BiotaAmazônia

JéssycaVieiradaSilvaPinhoeJoãoUbiratanMoreiradosSantos

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Estaespécie,dentreasregistradasparaaGrandeVoltadoRioXingu,podeseridentificadapelasfloresdequatrosépalassubor-bicularesepuberulentasnafaceexterna.

ConsideraçõesfinaisDentre as amostras analisadas foram identificadas 12

espécies, de quatro gêneros, a maioria de hábito arbóreo.Pouteria,foiogêneromaisrico,comseisespéciesidentificadas.Emseguida,Chrysophyllum(trêsspp.),Micropholis(duasspp.)eManilkara,comapenasumaespécie.

Os levantamentos prévios das coleções de Sapotaceaedepositadasnosherbárioslocaismostraramquecincoespéciesdetrêsgênerosseconstituememnovasocorrênciasparaaáreadeestudo.Sãoelas:Chrysophyllumlucentifolium,Chrysophyllumpomiferum,Micropholis gardneriana, Pouteria oppositifolia ePouteria venosa. Segundo O'Brien (1998), P. oppositifoliaencontra-secomostatusdeconservaçãononível“vulnerável”,porémelanãoseencontralistadanoLivroVermelhodaFloradoBrasil(CARNEIROetal.,2013).

Acercadospadrõesdedistribuiçãogeográfica,asespéciesforammajoritariamenteNeotropicaise,noBrasil,ocorrememtodososdomíniosfitogeográficosestabelecidosporCarneiroetal.(2014),compredomíniodeocorrênciaparaaAmazôniaetendoquatrodas espécies aqui apresentadas restritas a estedomínio.De acordo coma Lista deEspécies Flora doBrasil,todasasespéciesregistradasnestetrabalhopossuemocorrên-ciaparaaregiãoNorte,sendoChrysophyllumpomiferumaúnicacomocorrênciarestritaaestaregiãoePouteriacaimitoaúnicaregistrada para todas as regiões do país (CARNEIRO et al.,2014).

ParaaregiãodaVoltaGrandedoRioXingu,asSapotaceaeinventariadas mostraram maior presença no município deVitóriadoXinguenasproximidadesdeAnapu(Figura6).

As espécies de sapotáceas presentes neste trabalho jáconstavamdepositadasnascoleçõesdosherbárioslocais,sendoacoleçãodoMGamaissignificativacontandocomcercade310espéciesemaisde4.000espécimesdepositadosdafamília.Asespéciesaquiidentificadasaumentaramonúmeroderegistrospara a cidade de Altamira neste herbário, e introduziramregistrosparaasdemaiscidadesdaVoltaGrandedoRioXingu.OmesmoaumentoderegistrosfoicontabilizadoparaoherbárioIAN,cujoacervodeSapotaceaeémenor.

Salomãoetal. (2007)descreveramespéciesdeSapotaceaeparaamaioriadasfitofisionomiasporelesdescritas.Contudo,com o tratamento aqui empregado nota-se a forte presençadestasplantasemfitofisionomiasdeFlorestaOmbrófilaDensa(FOD), Floresta Ombrófila Aberta com Palmeira (FOAP),VegetaçãoSecundáriaInicial(SS1),Intermediária(SS2)eTardia(SS3),etambémemÁreasdePastagem(AP).

Sapotaceae é um grupo complexo no que diz respeito àmorfologia,quefoiofocodesteestudo,entretanto,característicasvegetativas como filotaxia e padrões de nervação foramimportantesparaodiagnósticodasespécies,emconjuntocomoscaracteresreprodutivos.

Característicasdesementestambémforamimportantesparaa determinaçãode algumas espécies, comoC. sparsiflorum eP.macrophylla. Aspectos de estames e estaminódios, número delóculos no ovário foram marcantes para espécies como P.cladantha(ováriobilocular),P.reticulatasubsp.reticulata(anterascomtricomaseováriounilocular).Istomostraque,pormaisquecaracteres vegetativos sugiram uma identificação, os aspectosreprodutivos são fundamentais para determinar corretamentealgunstáxons.

Achavedeidentificaçãoaquipropostafoibastanteembasadaem caracteres vegetativos, visando incentivar que osmesmossejam mais explorados para o diagnóstico de espécies deSapotaceae,afimdequeelasjápossamserdeterminadasaindanacoletaemcampo.

OtratamentotaxonômicorealizadonestetrabalhoaumentaoconhecimentoacercadafamíliaSapotaceaenaAmazônia,ondetemgranderepresentatividade.Alémdisso,aidentificaçãodestasespécies para a região estudada ajuda a conhecer melhor ascomposiçõesflorísticasdosdiferentestiposdeflorestasnaVoltaGrandedoRioXingu.Aindaassim,sãonecessáriosmaisemaioresestudos para a família na área, com o intuito de aumentar oconhecimento taxonômicoebiológicodamesma,eatémesmosubsidiarprojetosfuturosdeconservaçãodasflorestaslocais.

15BiotaAmazônia

LevantamentodaFamíliaSapotaceaeJuss.(Ericales)naVoltaGrandedoRioXingu,Pará-Brasil

Figura5.A-E:Pouteriamacrophylla.A-habitoscom�lorefruto(detalheparaanervaçao);B-gineceu;C-corola;D-sepalas;E-semente.F-H:Pouteriaoppositifolia.F-habito(detalheparaanervaçao);G-semente;H-fruto.I-L:Pouteriavenosa.I-habito(detalheparaanervaçao);J-botao�loral;K-gineceu;L-corola./Figure5.A-E:Pouteriamacrophylla.A-habitswith�lowerandfruit(detailofthevenation);B-girdled;C-corolla;D-sepals;E-seed.F-H:Pouteriaoppositifolia.F-habit(detailofthevenation);G-seed;H-fruit.I-L:Pouteriavenosa.I-habit(detailofthevenation);J-�loralbutton;K-girdled;L-corolla.

AB

C

D

E

F

GH

K L

IJ

5mm

5mm

1cm

5mm

5mm

5mm

1cm

Figura6.ColetadeSapotaceaenaVoltaGrandedoRioXingu.(Fonte:redespeciesLink,2014). /Figure6. Collection of Sapotaceae in theGrandBakc of the XinguRiver.(Source:speciesLinknetwork,2014).

Page 9: Levantamento da Família Sapotaceae Juss. (Ericales) na ...Resultados e Discussão Sapotaceae Juss. Árvores, arvoretas ou arbustos latescentes, com tricomas geralmente malpiguiáceos,

AgradecimentosAo Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas –

BotânicaTropicaldaUniversidadeFederalRuraldaAmazônia(UFRA),aoMuseuParaenseEmílioGoeldi(MPEG),eaocorpodeprofessoreseservidores,bemcomoaoorientadorProf.Dr.JoãoUbiratanMoreiradosSantoseàCAPES,pelabolsaconcedida.ÀNorteEnergiaS.A.pelaautorizaçãodeacessoaáreadeestudoelogísticaduranteotrabalhodecampoeàequipeBiotaProjetoseConsultoriaLtda.pelofinanciamentodasatividadesatravésdoprojetoSalvamentoeaproveitamentocientíficodafloradaUHEBeloMonteemconvêniocomMPEG/FADESP.

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16BiotaAmazônia

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