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CONSÓRCIO 1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL ERS - 239 - Trecho: Entr. da ERS - 020 (km 0) até o início da ponte sobre o arroio Tucanos (km 2,66) OBRAS DE DUPLICAÇÃO, PAVIMENTAÇÃO E RECUPERAÇÃO ASFÁLTICA Fevereiro / 2017

LICENCIAMENTO AMBIENTAL - egr.rs.gov.brprevisão de desocupação populacional e previsão de cronograma para execução; Trata-se de licenciamento para OBRAS DE DUPLICAÇÃO, PAVIMENTAÇÃO

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Consórcio:

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LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ERS - 239 - Trecho: Entr. da ERS - 020 (km 0) até o início da ponte sobre o arroio Tucanos

(km 2,66)

OBRAS DE DUPLICAÇÃO, PAVIMENTAÇÃO E RECUPERAÇÃO ASFÁLTICA

Fevereiro / 2017

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1. Identificação da empresa consultora (Nome Completo, CNPJ, e-mails, telefones,

endereço)

Nome Completo: Consórcio SD – Dynatest – STE

CNPJ: 90.515.024/0001-76

Endereço: Rua Senador Annibal Di Primio Beck, 160 – Bairro Boa Vista – Porto Alegre/RS

E-mails: [email protected]

Telefones: (51) 3328-5222 – (51) 3286-1300

Responsável Legal: Ivan Luiz Calefi

2. Descrição (Projeto Básico) do empreendimento:

2.1. Identificação do objeto de licenciamento, contendo extensão, largura prevista para

pista, faixa de domínio, classe da rodovia, tipo de pavimento projetado, tipos de

materiais a serem utilizados para a pavimentação e suas origens, justificativa para a

instalação no local proposto, situação atual, previsão de supressão de vegetação,

previsão de desocupação populacional e previsão de cronograma para execução;

Trata-se de licenciamento para OBRAS DE DUPLICAÇÃO, PAVIMENTAÇÃO E

RECUPERAÇÃO ASFÁLTICA da ERS – 239 no trecho do Entroncamento com a RS – 020

(km 0+000) (para Rolante) até o início da ponte sobre o Arroio Tucanos, com extensão total

de 2,660 km.

O eixo da pista existente deixa de ser central ao projeto a partir da estaca 0+937,29, no

início do primeiro dispositivo de retorno projetado. Após o dispositivo, a duplicação se dará

para o lado esquerdo do eixo existente, aproveitando a estrutura da pista existente para a

pista projetada do lado direito da duplicação.

O projeto de duplicação se desenvolve a partir do km 0+044 do eixo existente, com seu

ponto final situado no km 2+657. A partir do km 1+404 há uma igualdade com o eixo

projetado da pista direita, conforme dados abaixo:

km 1+404 do Eixo Existente == 1+361 do Eixo Pista da direita

A duplicação da rodovia será feita mediante duas condições:

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a) Aumento da largura da plataforma por meio do alargamento da pista existente,

simetricamente, para ambos os lados;

b) Aumento da largura da plataforma por meio da construção de uma nova pista,

adjacente à existente.

Apesar da velocidade diretriz do trecho ser de 80 km/h, a elaboração do projeto buscou

dotar a via com as características técnicas compatíveis com a velocidade de 60 km/h, em

razão dos raios adotados nas curvas reversas dos dispositivos de retorno e, principalmente,

por se tratar de segmento altamente urbanizado.

A seguir, apresentam-se as Características Técnicas do Projeto Geométrico, recomendadas

pelas normas, que se inserem em região ondulada – Classe 1 (Quadro 1):

Quadro 1. Características Técnicas do Projeto Geométrico das obras de duplicação da ERS – 239 no trecho do Entroncamento com a RS – 020 (km 0+000) (para Rolante) até o início da ponte sobre o

Arroio Tucanos.

Características Região Ondulada

Classe da rodovia

Velocidade diretriz

Classe I

80 km/h

Distância mínima de visibilidade de parada 140 m

Distância de visibilidade de ultrapassagem 280 m

Raio mínimo de curva horizontal (sem transição) 210 m

Rampa máxima 4,5 %

Valor mínimo de K para curvas verticais convexas 48

Valor mínimo de K para curvas verticais côncavas 32

Taxa máxima de superelevação 10%

Largura da faixa de rolamento 3,60 m

Inclinação transversal em tangente 2%

Largura da faixa de domínio Variável

A pista tem largura de 7 m e a faixa de domínio varia conforme abaixo:

20m – km 0+000 ao km 0+700 (LD e LE)

25m – km 0+700 ao final do trecho (LD)

35m – km 0+700 ao final do trecho (LE)

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Considerando o dimensionamento do pavimento novo a ser utilizado nos alargamentos da

plataforma e na nova pista de duplicação, e nas interseções, o projeto de pavimentação,

calculado para o pavimento novo, mostra que o pavimento existente está com estrutura

aquém das necessidades para o tráfego projetado. Pode-se verificar que o pavimento novo

requer espessura estrutural de 54,0 cm, e considerando a espessura estrutural sem a

massa asfáltica 34,0 cm é maior que os 30 cm de brita graduada simples da pista existente.

Isso mostra que há a necessidade de fazer complementações, que podem ser com concreto

asfáltico, ou com brita graduada simples.

Ainda deve ser levado em conta que parte do trecho terá inversão da declividade transversal

da pista existente, o também requer complementação dos mesmos materiais, ou somente

de brita graduada simples.

No que se refere a restauração do pavimento da pista existente, ao longo de todo o trecho,

ela compreenderá a execução dos seguintes serviços:

a) Execução de fresagem contínua com espessura de 3,0 cm;

b) Execução dos remendos localizados;

c) Execução da pintura de ligação sobre a superfície resultante da fresagem;

d) Reposição da camada fresada e execução do reforço previsto em concreto asfáltico.

O agregado pétreo e o concreto asfáltico deverão ser adquiridos de fornecedor comercial,

tendo sido considerado, para efeitos de orçamento, o fornecedor Pavway – Pavimentação,

Construção e Projetos Ltda., com instalações industriais localizadas na margem direita da

rodovia ERS-474, no km 22, afastada 20,14 km do final do trecho (Ponte sobre o arroio

Tucanos). O material asfáltico provirá da refinaria Alberto Pasqualini, da Petrobrás,

localizada na cidade de Canoas/RS.

Identifica-se a necessidade de supressão de vegetação em estágio inicial de regenercao

para a execução das obras de duplicação do trecho em avaliação, entre o km 0+000 e km

2+402, conforme apresentado no Laudo de Cobertura Vegetal (item 6) e quantitativos

apresentados no item 6.2.

Destaca-se que não esta prevista desocupação populacional, pois as melhorias projetadas

não atingem áreas fora da Faixa de Domínio.

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O Cronogorama de execução é apresentado em Anexo.

2.2. Plantas e imagens de satélite coloridas, contendo localização geográfica com a

demarcação do km inicial e km final do trecho rodoviário, identificação das principais

obras-de-arte existentes e as de projeto, demarcação dos segmentos pavimentados,

variantes, áreas de supressão de vegetação, áreas ambientalmente sensíveis,

nascentes, áreas de preservação permanente e suas delimitações, transposição de

cursos d’água, corredores de fauna previstos, áreas previstas para canteiros de

obras e bota-fora, entre outras, tudo em escala compatível e dados na legenda;

O canteiro de obras deverá a ser implantado dentro da faixa de domínio da rodovia em local

a ser definido segundo as condições mais favoráveis. Todavia, sua localização específica

será determinada após o licenciamento ambiental prévio, de acordo com a necessidade das

obras e será definido pela empresa construtora a ser contratada. Tendo em vista a extensão

do trecho, bem como a sua localização próxima a centros urbanos, a empresa construtora

deverá avaliar a necessidade ou não da implantação total ou parcial do canteiro de obras. O

projeto de implantação desta infraestrutura será apresentado ao órgão ambiental quando do

encaminhamento do processo de obtenção de Licença de Instalação.

Conforme informações do Projeto de Engenharia, não haverá bota-foras ao longo do trecho.

As áreas de supressão de vegetação são apresentadas no Mapa de Supressao de

Vegetação, no Apendice, juntamente com o Perfil Linear da Vegetação. As áreas

ambientalmente sensíveis, áreas de preservação permanente e suas delimitações são

apresentadas no Mapa de Áreas Sensíveis (Apendice). Destaca-se que de acordo com a Lei

12.651/2012 não é exigida Área de Preservaçăo Permanente no entorno de reservatórios

artificiais de água que năo decorram de barramento ou represamento de cursos d’água

naturais.

2.3. Seções-tipo (somente algumas transversais) representativas do trecho.

As seções-tipo representativas do trecho são apresentadas no Apendice.

3. DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO contendo caracterização geológica (tipo de solo

predominante), geomorfológica (características do relevo) e geotécnicas da área de

influencia direta atingida pelas obras. Identificacao de áreas ambientalmente sensíveis

(estabilidade geotécnica identificadas em planta e fatores de risco), acompanhado de

anteprojeto de proteção/conservação das mesmas, com plano de contenção e

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estabilidade de taludes, medidas mitigadoras de prevenção para eventuais riscos de

agravamento de processos erosivos e movimentos acidentais de massa rochosa,

incluindo dados sobre a localização das áreas que sofrerão cortes/desmonte, bota-fora

(resíduos da construção civil/material inservível), volumes de rochas a serem extraídos e

o destino destes materiais, locais passíveis de acúmulo de água para instalação de

taludes ou outros fatores relacionados a execução do Empreendimento, citando nome e

número da ART dos responsáveis técnicos.

O presente diagnóstico tem como objetivo retratar a qualidade ambiental atual, indicando as

principais características dos diversos fatores que compõem o sistema ambiental, de forma

a permitir o entendimento da dinâmica e das interações existentes entre os meios físico,

biótico e socioeconômico da Área de Influência. Este diagnóstico está estruturado da

seguinte forma:

- Meio Físico: neste item serão descritos a geologia/geomorfologia, as características do

solo, os aspectos geotécnicos e a caracterização de áreas sensíveis, bem como passivos

ambientais. Desta forma, será apresentado a seguir o cenário ambiental atual das áreas que

potencialmente sofrerão interferências a partir da instalação/operação do empreendimento.

O anteprojeto de proteção/conservação das áreas sensíveis, com plano de contenção e

estabilidade de taludes, medidas mitigadoras de prevenção para eventuais riscos de

agravamento de processos erosivos e movimentos acidentais de massa rochosa são

apresentados no item 10 e 11.

Este diagnóstico ambiental foi elaborado a partir da integração de dados secundários sobre

Geomorfologia, Geologia, Pedologia e Geotecnia em ambiente SIG com auxílio de

bibliografia específica. Além disso, foi realizada visita a campo em 02/02/2017 para

diagnosticar, no local, a contextualização do meio físico para obter informações que

fundamentam o diagnóstico apresentado.

A base cartográfica digital utilizada para Geomorfologia foi a Base Vetorial: Modificado de

Hasenack, H.; Weber, E. (org.) - Base cartográfica vetorial contínua do RS Esc.: 1:50.000.

UFRGS/2010 (Geomorfologia: PROJETO RADAMBRASIL. Vol. 33 - IBGE,1986.) Para

geologia foi usada a Base Vetorial: Modificado de Hasenack, H.; Weber, E.(org.) - Base

cartográfica vetorial contínua do RS Esc.: 1:50.000. UFRGS/2010 (Geologia: Mapa

Geológico do RS - Esc. 1:750.000, CPRM 2008) e para Pedologia a Base Vetorial:

Modificado de Hasenack, H.; Weber, E. (org.) - Base cartográfica vetorial contínua do RS

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Esc.: 1:50.000. UFRGS/2010 (Pedologia: PROJETO RADAMBRASIL. Vol. 33 - IBGE,1986 -

Atualizado em 2006 pela UFRGS/EMBRAPA).

A base cartográfica para os demais levantamentos, como de áreas sensíveis foi a base

Base Vetorial: Modificado de Hasenack, H.; Weber, E. (org.) - Base cartográfica vetorial

contínua do RS Esc.: 1:50.000. UFRGS/2010 Imagem: Esri, DigitalGlobe, GeoEye -

Abr/2014.

Definição da Área de Influência

A área de influencia de um empreendimento para um estudo ambiental pode ser descrita

como o espaço passível de alterações em seus meios físico, biótico e/ou socioeconômico,

decorrentes da sua implantação e/ou operação.

Neste cenário, a definição dos limites geográficos da área de influencia de um determinado

projeto e um dos requisitos legais para avaliação dos impactos ambientais, sendo

legalmente requerida pela Resolução Conama no 01/86, no item III, de seu artigo 5:

Além disso, a delimitação das áreas de influencia é determinante para todo o trabalho, uma

vez que somente apos esta etapa, e possível orientar as diferentes analises temáticas, bem

como a intensidade dos impactos e a sua natureza.

Desta forma, a área de influencia direta para as obras de duplicação do trecho rodoviário da

ERS-239, entre o entroncamento com a rodovia ERS-020 e a ponte sobre o Arroio Tucanos

foi definida como sendo a Faixa de Domínio (em faixas de terras variáveis conforme o

Projeto de Engenharia aprovado - vide item 2), levando em consideração diversos aspectos

decorrentes a este tipo de empreendimento, confrontado com as vulnerabilidades de cada

meio afetado, considerando os componentes ambientais que, de alguma forma, tenham

seus aspectos alterados pela implantação do empreendimento em questão.

Caracterização Geológica Regional

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A geologia regional do trecho da rodovia RS-239, insere-se sobre terrenos de feições de

vales e montanhas entre as rochas das Formações Botucatu e Serra Geral pertencente à

Bacia do Paraná. Essa designação refere-se à província magmática relacionada aos

derrames e intrusivas da Bacia do Paraná, abrangendo rochas de origem vulcânicas e

sedimentares ao longo de toda a região centro-sul do Brasil e estendendo-se ao longo das

fronteiras do Paraguai, Uruguai e Argentina.

A Bacia do Paraná abrange, em sua base, litologias sedimentares neo-Ordovicianas a eo-

Cretáceas, representadas, entre outros, pelas Formações Rio Bonito, Pirambóia, Santa

Maria e Botucatu. Nas suas porções de topo, ocorrem as rochas vulcânicas oriundas da

última grande separação continental Juro-Cretácea, compondo os basaltos, riolitos e

riodacitos da Formação Serra Geral. Esta unidade está constituída dominantemente por

basaltos e basalto-andesitos de filiação toleiítica, os quais contrastam com riolitos e

riodacitos aflorantes (WHITE, 1906).

A Formação Serra Geral é composta predominantemente por basaltos. Estas são as rochas

vulcânicas mais comuns. Os cristais que as formam são muito pequenos, e sua cor pode

variar de preto a cinza escura ou castanha. Os basaltos podem ser ainda vesiculares, que

são pequenas bolhas preenchidas por líquidos que formam quartzo, ágata, ametista e outros

minerais. As rochas vulcânicas da Formação Serra Geral são originadas pela consolidação

de lavas vulcânicas (magma) na superfície e têm idades que compreendem o intervalo

Jurássico- Cretáceo, com aproximadamente 150 - 115 m.a.

Segundo Roisenberg e Vieiro (2002), o vulcanismo Serra Geral tem sua origem relacionada

à fusão parcial do manto astenosférico, com ou sem contribuição litosférica, como resposta

aos mecanismos de descompressão quando da tafrogênese que provocou a última grande

separação continental.

A Formação Botucatu é composta por arenitos que são rochas sedimentares provenientes

da consolidação da areia por um "cimento" qualquer. Este cimento é um material que une

um grão ao outro. Estes arenitos são de coloração rosa-clara com os grãos finos a médio,

constituídos predominantemente por quartzo. Apresenta estruturas do tipo estratificação

cruzada em cunha e tangencial de médio a grande porte.

Os Sedimentos Recentes são representados por depósitos aluvionares, formados por

areias, cascalheiras e sedimentos silticos-argilosos de planícies de inundação, terraços e

depósitos de calha da rede fluvial atual e subtotal. Estes são representados por estratos

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depositados sob condições de água doce e salgada em ambiente lagunar, compostos por

sequências de rochas argilosas intercaladas com material de origem orgânica.

Caracterização Geológica Local (AID – Faixa de Domínio)

As litologias que compõem o trecho estudado compreendem rochas sedimentares da

Formação Botucatu e Sedimentos Recentes apenas, havendo resquícios de rocha basáltica

muito alterada nas porções mais elevados do trecho, mas que, hoje, já se pode considerar

como solo e não mais rocha. Os afloramentos mapeados ao longo do trecho restringiram-se

à faixa de domínio na área de influência direta, sendo representados por corte de estradas,

e campos baixos.

Ao longo do trecho não foi possível identificar nenhuma litologia da Formação Serra Geral

devido ao alto grau de alteração intempérica, sendo este observado apenas perfis de solo

junto a cortes de estradas por vezes com pequenas camadas caulinizadas e componentes

da maior parte dos perfis, com predomínio de óxido de ferro, atribuindo aos sedimentos

coloração avermelhado a amarronzado como pode ser visto na Figura 1.

Figura 1. Perfis de solo junto a cortes na faixa de domínio da ERS-239.

Sob aspectos geológico-geotécnicos o intenso fraturamento e alteração das rochas

basálticas promovem a facilitação no desprendimento de blocos e movimento de massa,

portanto causam o colapso do maciço quando exposto a sobrecargas ou a cortes de

estradas.

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O arenito Botucatu aflorante observado na região ocorre em taludes ao longo de cortes de

estradas ao longo do trecho da rodovia, sotoposta pelas camadas de basalto intensamente

alterado. Este arenito esta disposto em camadas com estratificação paralela a plano-

paralela e possui uma composição predominantemente quartzo feldspática de granulometria

media a fina de coloração rosada como pode ser visto na Figura 2.

Figura 2. Arenito Botucatu aflorante observado na região, em taludes.

Por fim os sedimentos recentes observados são representados por depósitos aluvionares,

distribuídos ao longo das baixadas, e nas proximidades das drenagens, formado por

cascalheiras de pequenos depósitos coluvionares e de areias de granulometria média a

grossa moderadamente selecionada a mal selecionadas juntamente com sedimentos

silticos-argilosos de planícies de inundação, terraços e depósitos de calha da rede fluvial

atual e subtotal, visualizado na Figura 3.

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Figura 3. Depósitos aluvionares nas proximidades das drenagens.

O Mapa Geológico com a distribuição das litologias encontradas na área do projeto (AID) é

apresentado no Apendice.

Caracterização Geomorfológica Regional

Regionalmente, o trecho em avaliação insere-se entre o Domínio Morfoestrutural das Bacias

e Coberturas Sedimentares e Domínio Morfoestrutural Depósitos Sedimentares, os quais se

dividem nas Regiões Geomorfológicas existentes ao longo do traçado da rodovia: Região do

Planalto das Araucárias – Unidade Geomorfológica Patamares da Serra Geral e Região

Geomorfológica Planície Continental – Unidade geomorfológica da Planície Aluvio-

Coluvionar, conforme apresentado na Figura 4.

Figura 4. Regiões Geomorfológicas existentes ao longo do trecho em avaliação.

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O Domínio Morfoestrutural das Bacias e Coberturas Sedimentares traduz-se por um vasto

planalto do tipo monoclinal, cujas cotas altimétricas decaem para oeste em direção ao rio

Uruguai, de modo geral de 1.200 para 100 m. Essa superfície mostra feições

geomorfológicas distintas, apresentando áreas intensamente dissecadas, onde a rede de

drenagem, obedecendo às condicionantes estruturais, promoveu uma dissecação do tipo

diferencial, entremeadas por superfícies aplanadas desnudas ora retocadas ora

degradadas.

A Região Geomorfológica Planalto das Araucárias, que compõe o Domínio Morfoestrutural

das Bacias e Coberturas Sedimentares, possui suas formas de relevo esculpidas

especialmente em rochas efusivas ácidas da Formação Serra Geral, que ocorrem

normalmente capeando as rochas efusivas básicas que correspondem, geralmente, aos

relevos mais conservados dessa região. Em áreas mais restritas, os modelados de

dissecação do relevo se desenvolveram em rochas efusivas básicas, geralmente resultando

em formas de relevo mais dissecadas.

As formas de relevo desenvolvem-se em arenitos da Formação Botucatu, siltitos, siltitos

arenosos com intercalações de arenitos finos, da Formação Rosário do Sul, além de lamitos,

argilitos e arenitos finos da Formação Estrada Nova.

A Unidade Geomorfológica Planalto dos Campos Gerais, apresenta-se espacialmente

descontínua, separada por áreas de relevo mais dissecado, correspondentes às Unidades

Geomorfológicas Planalto Dissecado Rio Iguaçu – Rio Uruguai e Serra Geral.

O Domínio Morfoestrutural dos Depósitos Sedimentares forma um conjunto de formas de

acumulação recente que se distribuem de forma contínua, ao longo dos cursos d’água de

maior ordem hierárquica. Estes formam amplas e extensas planícies fluviais, numa

superfície plana e alongada na direção norte/sul no que diz respeito ao Rio Jacuí. Essa

superfície, na maior parte dos casos, é destinada ao cultivo do arroz irrigado. Já os Terraços

fluviais, correspondem a antigos leitos maiores dos rios, que foram reescavados, uma ou

mais vezes, por retomadas erosivas de qualquer origem. Os aluviões dos terraços, (da

mesma forma que os aluviões das várzeas atuais), dão indicação do sistema morfogenético

vigente na época de sua formação.

A Região Geomorfológica Planície Continental que compõe o Domínio Morfoestrutural dos

Depósitos Sedimentares. Constitui uma área baixa, posicionada entre a Unidade Planície

Marinha a leste e os relevos planálticos a oeste, onde se alojam os lagos costeiros. Nessa

região dominam os modelados esculpidos em depósitos de origem continental, ocorrendo

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em pequenos trechos, geralmente as margens da laguna dos Patos, os modelados

derivados do remanejamento eólico, originando dunas atuais. Predomina vegetação

Pioneira, já alterada pela ação antrópica, onde ocorrem dominantes Planossolos, Glei Pouco

Húmico Solódicos e a areias quartzosas. A denominação da região foi dada em função da

sua localização espacial no domínio. Abrange duas unidades geomorfológicas: Planície

Lagunar e Planície Aluvio- Coluvionar.

A Unidade Geomorfológica Planície Aluvio-Coluvionar corresponde à superfície plana,

rampeada suavemente para leste, em alguns trechos descontinuas, posicionadas entre a

planície Lagunar a Leste e os relevos das Regiões Geomorfológicas Planalto das Araucárias

e Sul-Rio-Grandense a oeste. O seu posicionamento espacial possibilita enquadrá-la, do

ponto de vista de origem da deposição, como área de transição entre influencias continental

e marinha. Nas áreas de influencia continental predominam os modelados planos

imbricados, resultantes da convergência de leques coluviais de espraiamento, cones de

dejeção ou concentração de depósitos de enxurradas nas partes terminais de rampas e

pedimentos. Ocorrem ainda formas de topo plano ou baixos tabuleiros.

Caracterização Geomorfológica Local (AID – Faixa de Domínio)

A síntese geomorfológica local foi elaborada a partir da integração de mapa geomorfológico

em ambiente SIG com auxílio de bibliografia específica e trabalho de campo com

caminhamento. A base cartográfica utilizada no mapeamento bem como a descrição das

feições geomorfológicas teve como base a mesma identificação e taxonomia adotada pelo

Projeto RADAMBRASIL (IBGE 1986) (Modificado de Hasenack, H.; Weber, E. (org.) - Base

cartográfica vetorial contínua do RS Esc.: 1:50.000. UFRGS/2010.

Geomorfologicamente, estre trecho da ERS-239, está inserido entre as Unidades

Geomorfológicas Patamares da Serra Geral e Planície Aluvio-Coluvionar pertencentes

respectivamente a Região Geomorfológica Planalto das Araucárias, Domínio Morfoestrutural

Bacias e Coberturas Sedimentares e Região Geomorfológica Planície Continental do

Domínio Morfoestrutural dos Depósitos Sedimentares.

O trabalho de campo com a coleta dos pontos na AID foi realizado no sentido Oeste - Leste,

partindo do Ponto 01 junto ao km 2+609 da rodovia ERS-239 e indo em direção leste até o

ponto km 0+000, junto ao entroncamento com ERS-020.

O traçado inicialmente desenvolve-se sobre a Unidade Geomorfológica da Planície Aluvio-

Coluvionar da Região Geomorfológica Planície Continental onde se observa um terreno

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relativamente plano a pouco ondulado, com pendente indo nas direções sul. As altitudes ao

longo desta unidade observadas variam entre 15 a 35 m, com cotas médias de 25 m, como

pode ser observado na Figura 5.

Figura 5. Unidade Geomorfológica da Planície Aluvio-Coluvionar da Região Geomorfológica Planície Continental.

Essas unidades apresentam características de modelados de dissecação relativamente

plano a moderado. As formas de relevo apresentam-se como lajeados, tendo-se também

marcas de movimentos de massa (sulcos, voçorocas, ravinas). Localmente ocorrem

formações superficiais do tipo colúvios e elúvios, espessas e argilosas.

Seguindo a rodovia em direção leste, continuando o trajeto, nas proximidades do município

de Taquara, onde possível observar um relevo de forma ondulado a pouco montanhoso com

porções mais dissecadas próximas as encostas e pequenos platôs isolados nas porções

norte e sul da rodovia. As altitudes ao longo desta unidade observadas variam entre 40 a 70

m, com cotas médias de 60 m.

Os processos superficiais são o escoamento freático e movimentos de massa seculares,

com fraca intensidade, caracterizando um meio estável. Localmente, pode ocorrer

escoamento superficial difuso e concentrado elementar sob ação antrópica, com média e

forte intensidade, tornando o meio instável (Figura 6).

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Figura 6. Escoamento superficial difuso, com média e forte intensidade.

O Mapa Geomorfologico é apresentado no Apendice.

Caracterização Pedológica Regional e Local (AID – Faixa de Domínio)

A caracterização pedológica regional e local foi elaborada a partir da integração de mapa de

solos em ambiente SIG com auxílio de bibliografia secundária específica e vistoria de campo

com caminhamento ao longo da AID definida para o projeto. A base cartográfica utilizada no

mapeamento bem como a descrição dos tipos de solos existentes no local utilizou a base do

Projeto Radambrasil (1986) (Atualizado pela UFRGS/Embrapa em 2006).

De acordo com esta base (2006), a rodovia ERS-239 está inserida em duas classes de

solos: PVa (Argissolo Bruno-acinzentado alitico abruptico) e Ce (Cambissolo Háplico Ta

Eutrófico típico).

Argissolo Bruno-acinzentado alitico abruptico

Este solo possui cor amarronzada que predomina no horizonte B textural. Em função das

suas características químicas, apresentam simultaneamente mudança textural abrupta, mas

não tem textura arenosa nos horizontes A ou A+E, consistem em Abrupticos.

Estes são solos geralmente profundos a muito profundos e bem drenados, apresentado um

perfil com uma sequência de horizontes A-Bt-C ou A-E-Bt-C, onde o horizonte Bt é do tipo Bt

textural, contendo argila com baixa CTC (T≤27 cmolc/kg). Portanto são solos que

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apresentam tipicamente um perfil com um gradiente textural, onde o horizonte B sempre é

mais argiloso em comparação aos horizontes A ou A+E. Esses solos podem ser originados

dos mais diversos tipos de rochas, como os basaltos, granitos, arenitos e outros sedimentos.

Neste caso do trecho, de Arenitos.

Cambissolo Háplico Ta Eutrófico típico

São solos com matéria orgânica mais pobre, onde o horizonte superficial A é proeminente

ou A moderado. Os Cambissolos Háplicos, identificados em levantamentos mais detalhados,

ocorrem em quaisquer situações de relevo e paisagem nas demais regiões do estado. Os

solos são rasos a profundos, apresentando no perfil uma sequência de horizonte A-Bi-C ou

O-A-Bi-C, onde o horizonte Bi é do tipo B incipiente.

As condições de drenagem destes solos variam de bem drenados a imperfeitamente

drenados, dependendo da posição que ocupam na paisagem. Cambissolos são solos em

processo de transformação, razão pela qual tem características insuficientes para serem

enquadrados em outras classes de solos mais desenvolvidas. Por exemplo, o gradiente

textural pode ser insuficiente para classificar o solo como Argissolo, ou o CTC é muito alta

para classificá-lo como Latossolo. A presença de fragmentos de rocha é comum no perfil

dois Cambissolos, atestando um baixo grau de alteração (pouca intemperização) do

material.

O Mapa Pedológico da AID é apresentado no Apendice.

Caracterização Geotécnica Local (AID – Faixa de Domínio)

De acordo com a Fepam (2001) a classificação dos solos a impactos ambientais visa

subsidiar o planejamento de atividades que possam interferir em suas características, na

instalação de empreendimentos potencialmente poluidores.

No que diz respeito à importância atual para o trecho rodoviário em questão, os solos da

área de influencia podem, em alguns setores, servir de áreas de empréstimo as obras,

conforme descrito no Item referente às jazidas. E, assim sendo, também podem representar

áreas sensíveis, bastante suscetíveis à ocorrência de impactos, considerando as

características dadas pela estrutura e conformação geomorfológica.

No âmbito do empreendimento em questão, a instalação deste requer intervenções

pequenas, seja na forma de cortes e ou de aterros, o que altera suas características

originais podendo desencadear processos erosivos, por exemplo. Outra possível

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intervenção diz respeito à contaminação dos solos por um possível vazamento de óleos e

graxas. Assim sendo, esta classificação permite diagnosticar o quadro de sensibilidade

ambiental dos solos encontrados na área de influencia da ERS-239.

Os critérios adotados neste reconhecimento são aqueles considerados no âmbito da

elaboração do “Mapa de Classificação dos Solos do Estado do Rio Grande do Sul Quanto a

Resistencia a Impactos Ambientais”, de autoria da Fepam (2001). Foram consideradas as

características dos solos e dos tipos de terreno, consideradas de maior relevância para a

identificação dos impactos ambientais agentes neste recurso natural. Com relação ao solo

foram avaliados os seguintes fatores: profundidade, textura, presença de gradiente textural

A/B, drenagem natural, presença de lençol freático e presença de lençol suspenso. Os

fatores de terreno avaliados foram: risco de inundação, erodibilidade, relevo, declividade e

aptidão agrícola. A partir destes critérios foi elaborado um quadro-guia (Figura 7).

Figura 7. Critérios adotados para avaliacao da sensibilidade ambiental dos solos encontrados na área de influencia da ERS-239.

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Partindo deste princípio de análise, pode-se determinar que os solos da região apresentam

média resistência a Impactos Ambientais. Devido à média resistência a ocorrência de

impactos torna-se necessária à adoção de medidas e, ou, implantação de planos e

programas ambientais que possam mitiga-los, seja na fase de instalação quanto de

operação do empreendimento. Como exemplo, nesse sentido, cita-se a implantação de

áreas de bota-fora, implantação de cobertura vegetal em áreas de corte e aterro, prevenção

e correção de acidentes com cargas perigosas, conservação do solo e agua no

acampamento e áreas afins, dentre outros.

Em suma, os terrenos atingidos diretamente pelas obras de duplicação e pavimentação do

trecho da rodovia ERS-239 apresenta características geotécnicas semelhantes em

praticamente todo o seu percurso, principalmente em função de apresentarem duas

unidades geológicas ocorrentes – a Formação Botucatu e os Depósitos Aluvionares e duas

classes de solos-Argissolo Bruno Acizentado e o Cambissolo Háplico.

No que tange às condições geotécnicas do trecho da rodovia analisada (pista existente),

esta se apresenta totalmente pavimentada e em boas condições geotécnicas e estáveis ao

longo de todo o trajeto a ser duplicado, não apresentando a ocorrência de solos

hidromórficos ou passíveis de recalque, ocorrendo em terreno predominantemente plano e

muito pouco ondulado. A pista de rolamento apresenta-se plana, nivelada construída

também de asfalto, como pode ser observado na Figura 8.

Figura 8. Pista de rolamento plana, nivelada, construída de asfalto.

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De uma maneira geral o trecho percorrido possui características homogêneas sob o aspecto

geotécnico, tendo apresentados em pequenos pontos isolados da rodovia, um maior nível

de preocupação quanto à propagação de processos erosivos e instabilização parcial de

taludes.

São ocorrentes apenas quedas/escorregamento de blocos e de terra de pequenas

dimensões, em ponto específicos, especialmente onde as condições naturais do terreno

foram instabilizadas em virtude de alterações (cortes de estrada e áreas de empréstimo). No

entanto, cabe esclarecer que não se verificou qualquer periculosidade em função de todos

os aspectos observados.

Levantamento de Áreas Ambientalmente Sensíveis (Meio Físico)

As áreas ambientalmente sensíveis são ambientes que requerem considerações especiais

por apresentarem características únicas quanto às peculiaridades físicas, biológicas ou

culturais de uma área ou região, podendo ser divididas em dois tipos:

a. Aquelas que são sensíveis porque possuem recursos naturais de grande importância

e que devem ser consideradas prioritárias para a conservação;

b. Aquelas áreas em que certos tipos de desenvolvimento e ocupação devem ser

limitados devido aos riscos ambientais que representam.

Com a duplicação deste trecho da ERS-239, o fluxo de veículos tende a ser mais intenso,

favorecendo o acúmulo de substâncias tóxicas na faixa de rodagem e aumentando os

potenciais riscos de acidentes com cargas de produtos perigosos. Essas substâncias além

de poluentes, em muitos casos, não se alteram no ambiente e persistem nos sistemas

físicos e bióticos.

Considerando-se a análise da vulnerabilidade e sensibilidade ambiental no senso

geotécnico (uma vez que, no Termo de Referência, há associação direta de tal item

apenas), foi definido, segundo critérios relacionados à geomorfologia, ao uso e ocupação do

solo, a geotecnia e aos recursos naturais existentes. Assim, as áreas foram classificadas

segundo algumas características, estando relacionadas à ocorrência de corpos d’água ou

áreas úmidas, declividades altas relacionadas a cortes e aterros, propensão a inundação ou

áreas de preservação permanente/APP.

A seguir é apresentada a relação de pontos ambientalmente sensíveis encontrados na AID

ao longo do trecho em avaliação (Quadro 2).

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Quadro 2. Pontos ambientalmente sensíveis encontrados na AID (meio físico)

Ponto Km Área Sensível Imagem

AS-1 2+609 LD/LE APP Arroio Tucanos

(faixa marginal de

proteção de 30 m de

largura para cada lado

da margem)

AS-2 2+400 LE Área Úmida

AS-3 2+200 LE Açude escavado

AS-4 2+000 LD Área Úmida

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Ponto Km Área Sensível Imagem

AS-5 1+080 LD Poço Cavado (cacimba)

AS-6 0+485 LD/LE APP curso de água sem

denominação (faixa

marginal de proteção de

30 m de largura para

cada lado da margem)

As áreas enquadradas na condição de “Área Ambientalmente Sensível” devem receber

sinalização específica, conforme manual de sinalização do DAER, e estão apresentadas no

Mapa de Áreas Sensíveis no Apendice.

3.1. Levantamento das nascentes e cursos d’água localizados na área de influência

direta da rodovia, devidamente locadas em planta (sobre imagem de satélite) com

as suas respectivas áreas de preservação permanentes em hectares, sendo objeto

de intervenção/obras, e análise dos potenciais riscos da contaminação desses

locais por substâncias perigosas;

Para este levantamento, foram abordados os aspectos relacionados aos recursos

hidrogeológicos e hídricos da AID (Área de Influência Direta) do empreendimento, tanto

aqueles relacionados aos processos superficiais (transposições de drenagem e cursos de

água), quanto os subterrâneos (nascentes e/ou poços de captação de água).

De acordo com o termo de referencia solicitado, a abordagem foi efetuada através de

trabalho de campo, com caminhamento detalhado na AID (Faixa de Domínio) do trecho em

questão, realizado para identificação, de forma ordenada de cursos de água e de nascentes

(recursos hídricos subterrâneos).

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A análise dos recursos hídricos subterrâneos ancorou-se em três momentos metodológicos,

a saber:

Busca por informação hidrogeologia e cartográfica básica e confecção de mapas

temáticos;

Avaliações a campo com observação da rede de drenagem e existência ou não de

nascentes e, finalmente;

Avaliações pós-trabalho de campo com sistematização e consolidação dos

resultados.

Foi verificado que ao longo da Faixa de Domínio (AID) do empreendimento, não existe

ocorrência de nascentes de água, apenas 2 cursos d’água correspondentes ao Arroio

Tucanos e córrego sem denominacão, com faixa marginal de proteção/APP de 30 m de

largura para cada lado da margem correspondendo a 0,34 hectares e 0,25 hectares

respectivamente (km 2+609 LD/LE e km 0+485 LD/LE respectivamente). Com a duplicação

da rodovia, o fluxo de veículos tende a se intensificar, aumentando os potenciais riscos de

acidentes com cargas de produtos perigosos neste trecho. Sua localização é apresentada

no Mapa de Áreas Sensíveis no Apendice.

Sobretudo, há a ocorrência de 1 (um) poço cavado (poço tipo cacimba) “abandonado” junto

ao km 1+080 LD, dentro da faixa de domínio, o qual deve ser considerado quando das obras

de duplicação, já que a boca do poço está aberta e pode existir risco de contaminação da

água freática. A Figura 9 a seguir ilustra este local.

Figura 9. Poço cavado abandonado no km 1+080 (LD).

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4. Estimativa de jazidas minerais (devidamente licenciadas) a serem utilizadas, assim como

áreas de empréstimo de material mineral, áreas de disposição final de resíduos da

construção civil (bota-fora, material mineral inservível), canteiro de obras, entre outras;

Estimativas de Jazidas Minerais a serem utilizadas

As pedreiras e jazidas indicadas como fontes de material pétreo para a execução do

empreendimento no RTVA elaborado para as obras de duplicação em 2010, no município de

Parobé/RS encontra-se em operação comercial e possui quantidades suficientes para suprir

a demanda (CTA, 2010). Porém, para fins deste diagnóstico de Meio Físico, foram

selecionados alguns processos minerários ativos, em Regime de Licenciamento (Registro

de Licença), para substâncias em potencial utilização para as obras. Dados levantados do

Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM (órgão do Ministério de Minas e

Energia, responsável pela gestão dos recursos minerais do Brasil), do ano de 2017 (Data:

06/02/2017), indicam a presença de diversas áreas com processos minerários localizadas

um raio médio de até 15km até a área do empreendimento.

A Tabela 1 descreve os processos ativos (licenciados) no DNPM para as seguintes

substâncias argila, saibro e basalto/brita, com uso potencial na obra de Duplicação da ERS-

239 e a distância aproximada da fonte mineral e obra (DMT). A referência utilizada para esta

pesquisa foi da “distância mínima” ou seja, opção de 2 (duas) jazidas mais próximas ao

trecho em questão para cada uma das substâncias. A Figura 10 apresenta a distribuição

espacial destas atividades minerárias

Tabela 1. Processos ativos (licenciados) no DNPM para as seguintes substâncias argila, saibro e basalto/brita, com uso potencial na obra de Duplicação da ERS-239 e a distância aproximada da

fonte mineral e obra (DMT).

Substância Processo Titular Área (ha) DMT (km)

Argila 810.670/2015 Extratora de Saibro

Imperial 1,9 2,0

Argila 810.475/2003 Entulhos Hugentobler

Ltda ME 3,0 6,5

Saibro 811.675/2014 Extratora de Saibro

Imperial 6,99 6,0

Saibro 810.066/2016 Nelson Oswaldo de

Souza ME 4,91 14,0

Basalto (Brita) 810.680/2007 Bripave Extração de

Pedras Ltda 1,37 10,0

Basalto (Brita) 810.711/2004 Bripave Extração de

Pedras Ltda 14,49 15,0

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Figura 10. Distribuição espacial destas atividades minerárias na região de implantação do empreendimento.

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Áreas de Empréstimo a serem utilizadas

A localização dos empréstimos laterais e concentrados necessários para complementação

da terraplenagem foram indicados pelos Estudos Geotécnicos do Projeto de Engenharia

elaborado pela empresa SD Engenharia.

As condições locais, de trecho já pavimentado e em área urbana, não possibilitaram a

utilização de alargamentos de cortes para a obtenção do material necessário para

complementar a terraplenagem. Com este objetivo foi indicada uma área destinada a

empréstimos concentrados:

Os empréstimos de material terroso visando aterros ao longo do trecho localizam-se

ao lado do eixo da estrada (lado esquerdo) e se constituem dos empréstimos

concentrados EC1 (km 0+220 – atual km 52+420) e EC2 (km 1+500 – atual km

53+700).

Os materiais destes empréstimos são caracterizados como predominantemente areno –

argilosos de coloração rosada, demonstrando em ensaios de laboratório possuir boas

condições de compactação (CBR), desde que compactados na umidade ótima.

Dados da Construção Civil, áreas de Bota-fora, Canteiro de Obras, Escritório, etc

As oficinas de manutenção de equipamentos e veículos bem como a infraestrutura

doméstica (refeitórios, sanitários e dormitórios) serão instaladas junto ao canteiro de obras a

ser implantado dentro da faixa de domínio da rodovia em local a ser definido segundo as

condições mais favoráveis. Todavia, a localização específica do canteiro de obras será

determinada após o licenciamento ambiental prévio, de acordo com a necessidade das

obras e será definido pela empresa construtora a ser contratada.

Tendo em vista a extensão do trecho, bem como a sua localização próxima a centros

urbanos, a empresa construtora deverá avaliar a necessidade ou não da implantação total

ou parcial do canteiro de obras. O projeto de implantação desta infraestrutura será

apresentado ao órgão ambiental quando do encaminhamento do processo de obtenção de

Licença de Instalação.

Conforme informações do Projeto de Engenharia, não haverá bota-foras ao longo do trecho.

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5. Diagnóstico dos passivos ambientais existentes na área contendo descrição e

localização, além de previsão para recuperação.

Passivos ambientais, no caso do meio físico, consistem em áreas degradadas pela ação

antrópica em decorrência da necessidade de usos das terras para diversos fins, gerando

inconformidades de terrenos comumente não recuperados e, muitas vezes, oferecendo

riscos à região.

Em grande parte, os passivos ambientais mapeados para obras de viação se relacionam a

áreas de lavra mineral e transposição de cursos hídricos, além de áreas de descarte de

materiais de construção civil (bota fora). Obras para elevação de greide de estradas muitas

vezes demandam escavações em áreas laterais à mesma, gerando locais preferenciais para

acúmulo de águas pluviais e, assim, potenciais instabilizadores do corpo estradal vizinho.

Os passivos ambientais oriundos da implantação da rodovia são caracterizados pelas

alterações das condições originais do meio, efetuadas ao longo da faixa de domínio, sejam

elas oriundas das obras de engenharia/construção civil (aterramentos, escavações,

mineração etc.) ou dos usos inadequados desta faixa por atividades econômicas diversas.

Os passivos ambientais do meio físico estão situados às margens da rodovia e diretamente

relacionados aos taludes existentes em todo o trecho estudado, as áreas com erosão dos

solos, as áreas de extração de material de empréstimo e áreas de mineração. Os taludes

existentes apresentam problemas relacionados ou à falta de vegetação, erosão,

escorregamento de solos ou blocos instáveis.

A avaliação de campo resultou na determinação de um único tipo de passivo ambiental, este

ligado a áreas exploradas (taludes, jazidas, áreas de empréstimo) e áreas de bota-fora (

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Quadro 3).

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Quadro 3. Passivos registrados na área de influência direta - AID da rodovia

Ponto KM Descrição

Passivo Recomendações Imagem

P-01 2+500

LD

Aterro com

descarte de

resíduo da

construção civil

Recuperação da

Área

Revegetação do

local

P-02 1+600

LE

Área de Bota-

fora utilizada

para depósito

de rejeitos.

Aproveitamento

para Bota-fora e

após uso –

Recuperação/

revegetação do

local

P-03 1+480

LD/LE

Taludes

exposto com

ocorrência de

processos

erosivos

laminares.

Aproveitamento do

material mineral

para aterro;

reavaliação do

traçado da linha de

energia elétrica e

recuperação da

área após obras.

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Ponto KM Descrição

Passivo Recomendações Imagem

Na Figura 11 é apresentada a distribuição espacial dos pontos identificados como Passivos

Ambientais.

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Figura 11. Distribuição espacial dos pontos identificados como Passivos Ambientais

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6. DIAGNÓSTICO DO MEIO ANTRÓPICO com a descrição dos processos de

deslocamento de populações, classificação, quantitativo, e apontamento das soluções a

serem adotadas, indicando as áreas de retirada e as de reassentamento;

6.1. Caso não tenha previsão de deslocamento de populações, deverá o empreendedor

apresentar Declaração sobre a inexistência de áreas a serem desapropriadas para a

instalação do empreendimento;

Destaca-se que não esta prevista desocupação populacional, pois as melhorias projetadas

não atingem áreas fora da Faixa de Domínio. A Declaração sobre a inexistência de áreas a

serem desapropriadas para a instalação do empreendimento é apresentada no Anexo.

7. Estimativa de aumento de fluxo de tráfego, citando o atual e a projeção para os próximos

20 (vinte) anos;

Os Estudos de Tráfego foram desenvolvidos conforme os critérios e procedimentos da IS-

201 – Instruções de Serviço para Estudos de Tráfego em Rodovias – Área Rural, das

Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários, 1999, DNER e

Manual de Estudo de tráfego – 2006 – Publicação IPR-723.

Após a análise das características da rodovia, aliada às observações de campo foi

procedida a Determinação do VDMAT – Volume Diário Médio Anual de tráfego, o

processamento das pesquisas de Pesquisas de origem e destino com ocupação de Veículos

de Carga, o Cálculo dos Fatores de Veículos pelas metodologias “USACE” e ”AASHTO” e a

definição do número “N”.

Condições de campo

Foi realizado um posto de Contagem Volumétrica Classificatória no km 53+030 (linha geral -

2 movimentos) – localizado em frente ao Posto de gasolina Charrua, no município de

Taquara. A contagem realizada foi volumétrica, classificatória, de 15 em 15 minutos, durante

o período de 7 (sete) dias consecutivos, 24 horas.

Foi observado o posicionamento do ponto de contagem de maneira a avaliar o tráfego de

passagem que utilizada na rodovia. As pesquisas realizadas estão descritas na Tabela 2.

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Tabela 2. Localização dos postos de contagem

Localização Pesquisa Período

Data Horário

Posto Km Início Final

Posto de

gasolina 53,03 Tráfego 7 dias 12/11/16 18/11/16 24 horas

Metodologia da contagem de tráfego

A contagem de tráfego, ou Contagem Volumétrica foi classificatória, registradas

separadamente os volumes para os vários tipos ou classes de veículos. Para a realização

das pesquisas foi utilizado programa específico para o armazenamento de dados, tanto para

linha geral como para as interseções, coletado através de tablets.

A coleta de dados foi realizada a cada 15 minutos, para a futura análise de Estudo de

Capacidade. No Posto de Contagem foram utilizadas equipes de pesquisadores divididos

em turnos de maneira que estes pudessem manter o devido revezamento sem a sobrecarga

em quaisquer dos pontos coletados.

Na realização das contagens Classificadas de Veículos foram consideradas as Categorias

padrões do DNIT:

Passeio = Automóveis passeio: carros e utilitários;

Coletivo = Ônibus: 2C, 3C e 4C: Ônibus com eixo simples ou tandem duplo de rodas duplas

ou triplas traseiras;

Caminhões = Caminhões truck: 2C (um eixo simples de rodagem simples dianteiro e um

eixo simples de rodado duplo traseiro), com capacidade máxima de 5 t; Caminhões

truck: 2C (um eixo simples de rodagem simples dianteiro e um eixo simples de rodado

duplo traseiro), com capacidade igual ou superior a 5 t; 3C (um eixo simples de rodado

simples dianteiro e um eixo tandem duplo de rodado duplo traseiro), 4C (um eixo duplo

de rodagem simples dianteiro e um eixo tandem duplo de rodado duplo traseiro);

Caminhões semi-reboque: 2S2, 2S3, 2J3, 3S2, 3S3, 3J3, 3I3, 3T4, 3T6: Veículos

articulados compostos por um cavalo mecânico que traciona um semi-reboque com um

eixo simples ou tandem (duplo ou triplo) com os rodados duplos traseiros; Caminhões

reboque: 2C2, 2C3, 3C2, 3C3, 3D4 e 3D6: Veículos articulados compostos por uma

unidade tratora que traciona um reboque com dois eixos de rodados simples ou duplos

dianteiro e um eixo simples ou tandem (duplo ou triplo) com rodados duplos traseiros.

Motos.

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A Figura 12 mostra o lay-out para a coleta dos dados. Os dados coletados são apresentados

no Anexo.

Figura 12. Lay-out para a coleta dos dados do Estudo de Tráfego.

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Consórcio:

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Condições de Projeto

a) Determinação do Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) dos postos de contagem

Os dados das pesquisas de tráfego, executadas em novembro de 2016, não sofreram

ajustes no fator de correção mensal, visto que a sazonalidade nesse período não é

expressiva.

b) Determinação da Projeção de Tráfego e o número “N”

As projeções de tráfego foram baseadas na taxa de crescimento anual, nos fatores de

veículos e de pista aplicados ao Volume Diário Médio Anual (VDMA) de cada trecho com

tráfego distinto, apresentado na Tabela 3.

Tabela 3. Volume Diário Médio Anual - VDMA

Localização VDM total VDM passeio VDM motos VDM carga

Posto

52+030 14.401 12.187 974 1.241

Taxa de Crescimento Anual

Os dados socioeconômicos disponíveis da região definem uma taxa de crescimento anual

para a determinação do Tráfego Futuro, no valor de 3 % a. a., o que confere com o adotado

pelo DNIT nos Contratos de Reabilitação e Manutenção de Rodovias (CREMA) e pelo

DAER/RS.

As condições de projeto para a determinação da projeção de tráfego são as

seguintes:

Ano de projeto: 2016;

Ano de abertura: 2020;

Período de vida útil do pavimento: para 10 anos.

As planilhas com a projeção de tráfego são apresentadas no Anexo.

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Consórcio:

Consórcio:

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Fatores de Veículos:

O cálculo dos Fatores de Veículos (FV) foi desenvolvido a partir das cargas previstas pela

Lei da Balança, segundo a Lei Federal nº 7408 de 25 de novembro de 1985, considerando a

tolerância de 7,5 % conforme prescreve a Resolução 104/99 do CONTRAN.

Para o cálculo do número “N” foi considerado 50 % de veículos vazios e 50 % de veículos

cheios.

Fator de pista

A pesquisa do posto de contagem, realizada em 7 dias, resultou para análise também do

fator de pista de 0,50.

Valores do número “N”

O cálculo do número N apresentado segue os fatores de veículos conforme USACE e

AASHTO, com as projeções de tráfego já calculadas.

A Tabela 4 apresenta-se o resumo do número N, para o 10º ano desenvolvido nos dois

segmentos de distintos:

Tabela 4. Número N.

Posto USACE AASHTO

Km 53+030 3,28 x 107 1,02 x 107

As planilhas com os fatores de veículo USACE e AASHTO, bem como o desenvolvimento

da projeção de tráfego, dos fatores de veículo e cálculo do número N são apresentadas no

Anexo e sintetizados na Figura 13.

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Consórcio:

Consórcio:

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Figura 13. Valores resultantes do estudo de tráfego do trecho.

8. Estimativa quanto à necessidade de instalação de passarelas, apresentando descrição

sucinta, quantidade e localização das mesmas;

O projeto não prevê a instalação de passarelas.

9. DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO com laudo de cobertura vegetal e laudo de fauna,

contendo a identificação das espécies encontradas, quantitativos, mapa das áreas

ambientalmente sensíveis e projeto de proteção/conservação/restauração das mesmas,

identificando os corredores de fauna, apresentando laudo técnico da necessidade de

implantação de medidas mitigadoras e prevenção, tais como a instalação de redutores

de velocidade, passadores de fauna, sinalização específica nos respectivos segmentos,

etc., citando nome e número da ART;

LAUDO DE COBERTURA VEGETAL

O laudo de cobertura vegetal, bem como o inventário florestal aqui apresentado visa

subsidiar o órgão ambiental no processo de licenciamento para a implantação do

empreendimento ERS-239 - Trecho: Entr. da ERS-020 (km 0) até o início da ponte sobreo

arroio Tucanos (km 2,66), a ser implantado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

Rodovia: ERS-239

Subtrecho km 53

Passeio Coletivo Carga Ano a Ano Acumulado Ano a ano Acumulado

2016 12.044 128 1.113 13.285 - - - - Projeto

2017 12.526 133 1.157 13.816 - - - - Obra

2018 13.027 138 1.204 14.369 - - - - Obra

2019 13.548 144 1.252 14.943 Obra

2020 14.090 149 1.302 15.541 2,73E+06 2,73E+06 8,46E+05 8,46E+05 1º ano

2021 14.654 155 1.354 16.163 2,84E+06 5,57E+06 8,80E+05 1,73E+06

2022 15.240 162 1.408 16.809 2,96E+06 8,53E+06 9,15E+05 2,64E+06

2023 15.849 168 1.464 17.482 3,07E+06 1,16E+07 9,52E+05 3,59E+06

2024 16.483 175 1.523 18.181 3,20E+06 1,48E+07 9,90E+05 4,58E+06

2025 17.143 182 1.584 18.908 3,32E+06 1,81E+07 1,03E+06 5,61E+06

2026 17.828 189 1.647 19.665 3,46E+06 2,16E+07 1,07E+06 6,68E+06

2027 18.541 197 1.713 20.451 3,60E+06 2,52E+07 1,11E+06 7,80E+06

2028 19.283 204 1.782 21.269 3,74E+06 2,89E+07 1,16E+06 8,95E+06

2029 20.054 213 1.853 22.120 3,89E+06 3,28E+07 1,20E+06 1,02E+07 10 º ano

Passeio Coletivo Cargas Fator de Pista

89,70% 0,95% 8,29% FP

0,500

Passeio Coletivo Cargas 2016

4,00% 4,00% 4,00% 10

AASHTO

Período de Projeto para o Cálculo do Número 'N'-P (anos)

USACE

FR

10,31424 3,19371 1,0

Ano inicial para o cálculo do número N

Taxas de Crescimento do Tráfego (%)

Projeção do VMDAT e do número N

Ano

Valores do Número N

ObservaçõesTotal

Composição Percentual do Tráfego / 2016 (%) Parâmetros Adotados no Cálculo do Número de Operações do Eixo- Padrão de 8,21 - Numero 'N'

Fatores de Veículos - FV Fator Climático

FV - USACE FV - AASHTO

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O presente estudo tem como objetivo:

Caracterizar a composição florística da Área de Influencia Direta (AID);

Realizar o levantamento florístico e inventário florestal através de censo, bem

como quantificar o volume de material lenhoso da Área de Influencia Direta (AID);

Estimar os parâmetros fitossociológicos, tais como: frequência, densidade,

dominância, IVI e IVC das espécies na Área de Influencia Direta (AID), além de

índices de diversidade.

Definição da área de estudo

A Área de Influencia Direta (AID) definida como área de estudo para a execução do Laudo

de Cobertura Vegetal e Inventário Florestal corresponde aquela ocupada por vegetação

florestal existente em ambas as margens da rodovia existente, dentro da faixa de domínio,

onde a área será ocupada para implantação da duplicação da ERS-239 - Trecho:

Entroncamento da ERS-020 (km 0) até o início da ponte sobreo arroio Tucanos (Km 2+660).

Corresponde a uma extensão de 2.660 metros, compreendendo uma faixa de domínio

variável, conforme apresentado no item 2.

Metodologia Utilizada

Considerando-se as áreas de vegetação esparsa e os agrupamentos mistos, ou seja, com

presença de indivíduos arbóreos isolados, a metodologia utilizada para o levantamento da

vegetação foi de caminhamento com a realização de censo, onde foi levantada toda a

vegetação lenhosa com circunferência à altura do peito maior ou igual a 10 cm (DAP ≥ 3

cm).

A caracterização realizada foi considerando todos aqueles indivíduos presentes na área de

abrangência do projeto geométrico elaborado para esse segmento de 2,66 km de extensão

levando-se em consideração apenas os indivíduos nativos arbóreos vivos com diâmetro à

altura do peito, no mínimo, maior ou igual a 3 cm medidos a 1,30 m acima do solo (Figura

14). Não foram considerados os exemplares exóticos (Eucalyptus sp, Melia azedarach,

Ligustrum sp., entre outras) por se tratar de espécies de livre o corte. Para cada árvore

registrou-se a identificação taxonômica, a circunferência à altura do peito e a estimativa da

altura total.

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Figura 14. Áreas onde foi realizado o levantamento (censo) da vegetação para execução do laudo de cobertura vegetal e inventário florestal do trecho da ERS-239 onde ocorrerá a duplicação.

Para se realizar o levantamento foram medidos todos os indivíduos arbóreos com

circunferência à altura do peito (CAP) ≥ 10,0 cm. Para cada um dos indivíduos foi anotado o

CAP (circunferência à altura do peito – 1,30 cm do solo), altura total, em metros

(considerada como a medida que vai do colo da árvore até o topo), no caso de indivíduos

ramificados também foram anotadas todas as informações, em metros. A identificação do

material botânico foi realizada em campo. Os indivíduos mortos neste caso não foram

consideradose não contabilizados para o levantamento.

Os dados dendrométricos coletados foram tabulados e lançados no programa Mata Nativa

4, para geração das tabelas de espécies, gráficos de distribuição diamétrica e cálculo dos

parâmetros fitossociológicos, estatísticos e volumétricos, entre outros. O programa Mata

Nativa consiste num sistema computacional com rotinas e cálculos próprios para análises

fitossociológicas e análises qualitativas e quantitativas dos estratos florestais e indivíduos

arbóreos. Os parâmetros foram estimados conforme metodologia proposta por Mueller-

Dombois e Ellemberg (1974), apresentada a seguir.

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Análise da estrutura da vegetação

Foram obtidas as estimativas dos parâmetros fitossociológicos de acordo com Mueller-

Dombois e Ellemberg (1974): Número de Indivíduos e Área Basal, e também calculados os

Índices de Diversidade e volume, conforme pode ser observado na sequência.

Volumetria

A determinação do cálculo de volume foi realizada através da utilização da equação de

volume apresentada a seguir, que se ajustou às informações obtidas para o Inventario

Florestal realizado ao longo da Área Diretamente Afetada (ADA) para implantação da ERS-

239 - Trecho: Entroncamento da ERS-020 (km 0) até o início da ponte sobreo arroio

Tucanos (Km 2+660) – Taquara/RS.

Volume Total (m³) = (0,7854 x d²) x ht(m) x ff (0,55)

Onde: 0,7854 = 3,1415 / 4

d = diâmetro a altura do peito (m)

ht = altura total (m)

ff = fator forma (0,55)

1,4 = fator de conversão utilizado (m³ para mst).

Resultados e Discussão

Caracterização da Vegetação na AID

De acordo com a Lei Federal Nº: 11.428/2006 e o mapa de biomas e vegetação (IBGE

2004) a área prevista para o empreendimento se enquadra no Bioma Mata Atlântica e o tipo

de vegetação existente no local é classificada como Floresta Estacional Semidecidual. Em

adição, considerando a poligonal da Mata Atlântica, conforme Decreto Estadual Nº

36.636/96, o trecho da ERS-239 avaliado neste estudo encontra-se em sua totalidade

enquadrado na mesma (Figura 15).

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Figura 15. Trecho da ERS-239 a ser duplicado considerando o Bioma e poligonal de aplicação da Lei

da Mata Atlantica.

A cobertura vegetal na área onde será realizado o empreendimento se caracteriza por um

mosaico da paisagem, composto por ambientes intensamente alterados. A vegetação

apresenta alto nível de antropização devido à pressão urbana exercida sobre a área, que

acaba promovendo a introdução de muitas espécies exóticas (Figura 16 a Figura 19).

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Consórcio:

Consórcio:

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Figura 16. Início do segmento – Taquara

Figura 17. Campos naturais com árvores

esparsas para pastoreio em Taquara.

Figura 18. Vegetação nativa na faixa de

domínio, ocupando exclusivamente a borda da rodovia, caracterizada na sua maioria por espécies pioneiras e secundarias iniciais

Figura 19. Detalhe do final do segmento. Arroio

Tucanos

No trecho em estudo foram observados tanto exemplares isolados ocorrentes na faixa de

domínio como em manchas de vegetação nativa em desenvolvimento em outros pontos da

rodovia. Os fragmentos observados ao longo da rodovia, podendo-se considera-las em

estágio inicial de regeneracao, e representam locais em que houve a degradação da

configuração original de vegetação e posterior abandono da área, o que propicia o

desenvolvimento espontâneo e natural do ambiente. Na Tabela 5 estão apresentadas as

espécies encontradas nestes ambientes (árvores isoladas e manchas) ao longo do trecho

previsto para duplicação das rodovias; os dados coletados são apresentados no Anexo.

Tabela 5. Composicao florística nos fragmentos de mata / manchas de vegetação nativa e árvores isoladas existentes na AID (ES = Estágio sucessional).

Família Ord Nome Científico ES

Anacardiaceae

1 Lithraea brasiliensis Pioneira

2 Schinus terebinthifolius Pioneira

Total

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Família Ord Nome Científico ES

Arecaceae 3 Syagrus romanzoffiana Sec. Inicial

Asteraceae 4 Baccharis dracunculifolia Pioneira

Bignoniaceae

5 Jacaranda micrantha Sec. Inicial

6 Handroanthus impetiginosus Sec. Inicial

Total

Euphorbiaceae 7 Sapium glandulosum Pioneira

Fabaceae-Caesalpiniaceae 8 Peltophorum dubium Sec. Inicial

Fabaceae-Mimosoideae

9 Enterolobium contortisiliquum Sec. Inicial

10 Erythryna cristagalli Pioneira

11 Inga marginata Sec. Inicial

12 Mimosa bimucronata Pioneira

13 Parapiptadenia rigida Sec. Inicial

Total

Flacourtiaceae

14 Casearia decandra Sec. Inicial

15 Casearia sylvestris Sec. Inicial

Total

Lauraceae

16 Nectandra megapotamica Sec. Tardia

17 Nectandra oppositifolia Sec. Inicial

Total

Malvaceae 18 Luehea divaricata Sec. Inicial

Melastomataceae 19 Tibouchina sellowiana Sec. Inicial

Meliaceae 20 Cabralea canjerana Sec. Tardia

Myrsinaceae

21 Myrsine coriacea Sec. Inicial

22 Myrsine umbelatta Sec. Inicial

Total

Myrtaceae

23 Campomanesia rhombea Sec. Inicial

24 Campomanesia xanthocarpa Sec. Tardia

25 Eugenia hiemalis Sec. Tardia

26 Eugenia uniflora Pioneira

27 Psidium guajava Pioneira

28 Psidium sellowiana Pioneira

Total

Phyllanthaceae 29 Hieronyma alchorneoides Sec. Inicial

Rosaceae 30 Prunus myrtifolia Sec. Tardia

Rutaceae

31 Zanthoxylum fagara Sec. Inicial

32 Zanthoxylum rhoifolium Sec. Inicial

Total

Sapindaceae

33 Allophylus edulis Sec. Inicial

34 Matayba elaeagnoides Sec. Tardia

Total

Solanaceae 35 Solanum mauritianum Pioneira

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Consórcio:

Consórcio:

Família Ord Nome Científico ES

Thymelaeaceae 36 Daphnopsis racemosa Sec. Tardia

Ulmaceae 37 Trema micrantha Pioneira

Foram registradas um total de 37 espécies, distribuídas principalmente entre as famílias

Myrtaceae (6 espécies) e Fabaceae-Mimosoideae (5 espécies), que contabilizam 41,64%

das espécies amostradas. Nenhuma das espécies observadas consta nas listas de espécies

ameaçadas de extinção (Resolução CONSEMA 51/2014; Portaria do Ministério do Meio

Ambiente nº 443/2014; CITES ou IUCN), ocorrendo uma espécie imune ao corte (Lei

9.519/1992), Erythryna cristagalli, representada por 1 exemplar (Anexo).

Importante observar que os remanescentes florestais inventariados na AID se encontram em

estágio inicial de regeneração. As características estruturais definidas na Resolução

CONAMA 33/1994 apontam para a classificação dos remanescentes como em estágio

médio de regeneração, apresentando altura de até 8 metros (altura média de 6,28 m) e

Diâmetro a Altura do Peito (DAP) até 15 centímetros (DAP médio é igual a 14,42 cm)

(Tabela 6). Entretanto, considerando as demais características ecológicas, observa-se a

ausência de sobosque, predominância de espécies pioneiras e secundarias iniciais;

ausência de epífitas, além de baixa diversidade e dominância de espécies arbóreas. Todos

estes parâmetros são elencados como indicadores de vegetação secundária em estágio

inicial de regeneração, conforme a citada legislação. A manutenção de uma composição

florística e estrutural indicadora de estágio médio em vegetação classificada como estágio

médio, pode ser resultado da execução de cortes seletivos de espécies arbóreas em

período anterior, ocorrendo a preservação de alguns indivíduos, em geral, pela beleza

cênica ou pela qualidade da madeira.

Tabela 6. Altura e diâmetro a altura do peito das espécies observadas para duplicação da ERS-239 - Trecho: Entroncamento da ERS-020 até o início da ponte sobreo arroio Tucanos.

Ord Nome Científico Méd. HT Max HT Min HT Méd. DAP Max DAP Min DAP

1 Allophylus edulis 6,92 12,00 4,24 10,58 26,10 4,97

2 Baccharis dracunculifolia 4,05 5,66 3,00 9,14 13,73 5,41

3 Cabralea canjerana 8,50 13,86 5,66 10,43 17,29 5,40

4 Campomanesia rhombea 5,20 5,20 5,20 5,90 5,90 5,90

5 Campomanesia xanthocarpa 4,55 5,66 4,00 5,86 9,30 3,82

6 Casearia decandra 7,48 12,25 5,00 8,50 11,27 5,41

7 Casearia sylvestris 6,96 13,42 3,50 10,76 20,80 4,77

8 Daphnopsis racemosa 3,00 3,00 3,00 4,46 4,46 4,46

9 Enterolobium contortisiliquum 12,73 12,73 12,73 92,83 92,83 92,83

10 Erythryna cristagalli 7,07 7,07 7,07 28,54 28,54 28,54

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Ord Nome Científico Méd. HT Max HT Min HT Méd. DAP Max DAP Min DAP

11 Eugenia hiemalis 5,32 6,00 5,00 7,31 10,29 5,87

12 Eugenia uniflora 4,30 5,20 3,46 5,59 5,90 4,97

13 Handroanthus impetiginosus 5,79 9,90 4,00 12,94 29,84 4,73

14 Hieronyma alchorneoides 7,76 16,97 3,00 14,76 28,83 3,82

15 Inga marginata 9,26 14,14 3,00 21,70 40,29 4,14

16 Jacaranda micrantha 3,00 3,00 3,00 3,82 3,82 3,82

17 Lithraea brasiliensis 5,59 5,59 5,59 7,56 7,56 7,56

18 Luehea divaricata 7,57 12,00 4,00 20,00 37,24 8,43

19 Matayba elaeagnoides 4,67 8,00 3,00 7,64 15,28 3,82

20 Mimosa bimucronata 7,56 22,14 1,50 15,80 48,95 3,18

21 Myrsine coriacea 6,48 12,00 2,00 12,99 30,56 6,11

22 Myrsine umbelatta 4,00 4,00 4,00 3,82 3,82 3,82

23 Nectandra megapotamica 6,00 6,00 6,00 17,51 17,51 17,51

24 Nectandra oppositifolia 9,00 14,00 5,00 19,10 29,92 5,73

25 Parapiptadenia rigida 7,05 12,00 5,00 16,59 47,11 7,57

26 Peltophorum dubium 8,00 8,00 8,00 19,10 19,10 19,10

27 Prunus myrtifolia 6,50 7,50 6,00 14,75 26,10 7,32

28 Psidium guajava 5,28 10,00 2,50 12,28 28,25 3,82

29 Psidium sellowiana 5,19 8,49 2,83 6,77 7,88 4,97

30 Sapium glandulosum 6,44 14,00 3,00 13,89 33,74 3,82

31 Schinus terebinthifolius 6,65 15,65 2,50 11,91 38,04 3,82

32 Solanum mauritianum 6,07 9,00 4,00 13,37 23,87 7,96

33 Syagrus romanzoffiana 5,75 7,00 4,00 26,26 36,61 14,32

34 Tibouchina sellowiana 6,00 6,00 6,00 8,76 8,76 8,76

35 Trema micrantha 5,87 12,73 3,00 12,94 28,73 4,14

36 Zanthoxylum fagara 7,81 15,52 3,54 16,10 33,79 4,73

37 Zanthoxylum rhoifolium 3,00 3,00 3,00 3,18 3,18 3,18

Total 6,28 22,14 1,50 14,42 92,83 3,18

Análise Fitossociológica

Estrutura horizontal

Foram identificadas 37 espécies de um total de 478 indivíduos amostrados, pertencentes a

21 famílias botânicas e 30 gêneros. Mimosa bimucronata (133 indivíduos) e Schinus

terebinthifolius (94 indivíduos) foram as espécies mais representativas correspondendo,

juntas, a 47,89% do total dos exemplares inventariados, sguidas por Schinus terebinthifolis

com 84 indivíduos, Psidium guajava com 52 indivíduos, Allophylus edulis com 29 indivíduos,

Zanthoxylum fagara com 24 indivíduos e Myrsine coriacea com 20 indivíduos. As demais

espécies apresentaram valores inferiores a 20 indivíduos para a área amostrada (Tabela 7).

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Tabela 7. Famílias e espécies observadas durante a execução do inventário florestal para duplicação da ERS-239 - Trecho: Entroncamento da ERS-020 até o início da ponte sobreo arroio Tucanos

Ordem Nome Científico Nome Popular N %

1 Allophylus edulis Chal-chal 29 6,07

2 Baccharis dracunculifolia Vassoura 3 0,63

3 Cabralea canjerana Cajerana 3 0,63

4 Campomanesia rhombea Guabiroba-miúda 1 0,21

5 Campomanesia xanthocarpa Guabiroba 3 0,63

6 Casearia decandra Guaçatunga 3 0,63

7 Casearia sylvestris Chá-de-Bugre 18 3,77

8 Daphnopsis racemosa Embira 1 0,21

9 Enterolobium contortisiliquum Timbaúva 1 0,21

10 Erythryna cristagalli Corticeira-do-banhado 1 0,21

11 Eugenia hiemalis Guamirim 5 1,05

12 Eugenia uniflora Pitangueira 3 0,63

13 Handroanthus impetiginosus Ipê-roxo 4 0,84

14 Hieronyma alchorneoides Licurana 5 1,05

15 Inga marginata Ingá-feijão 6 1,26

16 Jacaranda micrantha Caroba 1 0,21

17 Lithraea brasiliensis Aroeira-braba 1 0,21

18 Luehea divaricata Açoita-cavalo 10 2,09

19 Matayba elaeagnoides Camboatá-branco 3 0,63

20 Mimosa bimucronata Maricá 133 27,82

21 Myrsine coriacea Capororoca 20 4,18

22 Myrsine umbelatta Capororoca 1 0,21

23 Nectandra megapotamica Canela-preta 1 0,21

24 Nectandra oppositifolia Canela-marrom 3 0,63

25 Parapiptadenia rigida Angico-vermelho 5 1,05

26 Peltophorum dubium Canafístula 1 0,21

27 Prunus myrtifolia Pessegueiro-do-mato 3 0,63

28 Psidium guajava Goiabeira 52 10,88

29 Psidium sellowiana Araçá 3 0,63

30 Sapium glandulosum Pau-de-leite 14 2,93

31 Schinus terebinthifolius Aroeira-vermelha 94 19,67

32 Solanum mauritianum Fumo-bravo 7 1,46

33 Syagrus romanzoffiana Jerivá 4 0,84

34 Tibouchina sellowiana Quaresmeira 1 0,21

35 Trema micrantha Grandiuva 10 2,09

36 Zanthoxylum fagara Coentrilho 24 5,02

37 Zanthoxylum rhoifolium Mamica-de-cadela 1 0,21

TOTAL 478 100%

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CONSÓRCIO

46

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Com relação a área basal, representando apenas a área amostrada pelos 478 indivíduos

arbóreos (AB = 10,185 m²), Mimosa bimucronata foi a espécie que apresentou o maior área,

com 3,501 m² (34,37% do total da área amostrada), seguida por Schinus terebinthifolius

representada por 1,416 m² (13,9%), Psidium guajava com 0,760 m² (7,46%), Enterolobium

contortisiliquum com 0,677 m² (6,65%) e Zanthoxylum fagara com 0,605 m² (5,94%). As

demais espécies apresentaram valores inferiores a 0,5 m² (Tabela 8).

Tabela 8. Espécies arbóreas inventariadas, número de Indivíduos e Área Basal (m²) no inventário florestal para duplicação da ERS-239 - Trecho: Entroncamento da ERS-020 até o início da ponte

sobreo arroio Tucanos.

Ordem Nome Científico Nome Popular N AB

1 Allophylus edulis Chal-chal 29 0,299

2 Baccharis dracunculifolia Vassoura 3 0,022

3 Cabralea canjerana Cajerana 3 0,032

4 Campomanesia rhombea Guabiroba-miúda 1 0,003

5 Campomanesia xanthocarpa Guabiroba 3 0,009

6 Casearia decandra Guaçatunga 3 0,018

7 Casearia sylvestris Chá-de-Bugre 18 0,202

8 Daphnopsis racemosa Embira 1 0,002

9 Enterolobium contortisiliquum Timbaúva 1 0,677

10 Erythryna cristagalli Corticeira-do-banhado 1 0,064

11 Eugenia hiemalis Guamirim 5 0,022

12 Eugenia uniflora Pitangueira 3 0,007

13 Handroanthus impetiginosus Ipê-roxo 4 0,083

14 Hieronyma alchorneoides Licurana 5 0,118

15 Inga marginata Ingá-feijão 6 0,298

16 Jacaranda micrantha Caroba 1 0,001

17 Lithraea brasiliensis Aroeira-braba 1 0,004

18 Luehea divaricata Açoita-cavalo 10 0,401

19 Matayba elaeagnoides Camboatá-branco 3 0,021

20 Mimosa bimucronata Maricá 133 3,501

21 Myrsine coriacea Capororoca 20 0,345

22 Myrsine umbelatta Capororoca 1 0,001

23 Nectandra megapotamica Canela-preta 1 0,024

24 Nectandra oppositifolia Canela-marrom 3 0,110

25 Parapiptadenia rigida Angico-vermelho 5 0,200

26 Peltophorum dubium Canafístula 1 0,029

27 Prunus myrtifolia Pessegueiro-do-mato 3 0,067

28 Psidium guajava Goiabeira 52 0,760

29 Psidium sellowiana Araçá 3 0,011

30 Sapium glandulosum Pau-de-leite 14 0,295

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CONSÓRCIO

47

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Ordem Nome Científico Nome Popular N AB

31 Schinus terebinthifolius Aroeira-vermelha 94 1,416

32 Solanum mauritianum Fumo-bravo 7 0,112

33 Syagrus romanzoffiana Jerivá 4 0,236

34 Tibouchina sellowiana Quaresmeira 1 0,006

35 Trema micrantha Grandiuva 10 0,181

36 Zanthoxylum fagara Coentrilho 24 0,605

37 Zanthoxylum rhoifolium Mamica-de-cadela 1 0,001

Total 478 10,185 N (ind.) = número de indivíduos amostrados; AB = área basal dos indivíduos amostrados (m²).

Divisão da frequência por classes diamétricas

A divisão da frequência por classes diamétrica das árvores amostradas ao longo da rodovia,

apresentados no Quadro 4, que caracteriza o volume total para 478 indivíduos registrados,

divididos em intervalos de 5 cm, variando de 0,0 |- 5,0 cm a 90 |- 95 cm, e contabiliza uma

área basal de 10,185 m³ e volume total de 35,8786 m³ (50,23 mst) (Quadro 4).

Quadro 4. Intervalo de classe de diâmetro das espécies arbóreas inventariadas, número de Indivíduos e Área Basal (m²) no inventário florestal para duplicação da ERS-239 - Trecho:

Entroncamento da ERS-020 até o início da ponte sobreo arroio Tucanos

Classe N AB Volume

0 |- 5 46 0,068 0,1197

5 |- 10 165 0,799 1,7675

10 |- 15 107 1,263 3,1476

15 |- 20 74 1,796 5,3840

20 |- 25 30 1,191 4,0430

25 |- 30 306 1,768 6,5939

30 |- 35 12 0,960 3,9777

35 |- 40 9 0,984 4,3024

40 |- 45 1 0,128 0,7012

45 |- 50 3 0,550 2,4918

90 |- 95 1 0,677 3,3498

Total 478 10,185 35,8786

Média 25,16 0,536 1,8883

Desv. Padrão 44,89 0,633 2,1904

Avaliando-se a distribuição diamétrica por intervalo de classe, o intervalo que obteve os

maiores volumes totais foi o intervalo compreendido entre 25,0 |- 30,0 cm, que apresentou

306 indivíduos arbóreos, com a dominância da espécie Mimosa bimucronata com volume

individual de 1,97 m³ para o volume de um intervalo que obteve um volume total de 6,5939

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CONSÓRCIO

48

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

m³. O intervalo que está em segundo lugar está representado pelo intervalo compreendido

entre 15,0 |- 20,0 cm um volume total de 5,3840 m³; o intervalo 35,0 |- 40,0 cm possui um

volume total 4,3024 m³ e intervalo de 20,0 |- 25,0 cm que apresentou um volume de 4,0430

m³. Os demais intervalos apresentaram volumes inferiores a 4,0 m³ (Quadro 5).

A Figura 20 apresenta a estrutura diamétrica para área basal, onde se observa as maiores

áreas ocupadas pelo intervalo compreendido entre o intervalo 15,0 |- 20,0 cm que

apresentou a ocupação de uma área de 1,796 m², seguido pelo intervalo entre 25,0 |- 30,0

cm que ocupou uma área de 1,768 m². Nos demais intervalos a área basal é inferior a 1,5

m².

Figura 20. Área basal por intervalo de classe das espécies arbóreas inventariadas para duplicação da

ERS-239 - Trecho: Entroncamento da ERS-020 até o início da ponte sobreo arroio Tucanos.

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CONSÓRCIO

49

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Quadro 5. Espécies inventariadas e o Intervalo de classe inventariadas apresentando o volume (m³) para duplicação da ERS-239 - Trecho: Entroncamento da ERS-020 até o início da ponte sobreo arroio Tucanos.

Ordem Nome Científico 0 |- 5 5 |- 10 10 |- 15 15 |- 20 20 |- 25 25 |- 30 30 |- 35 35 |- 40 40 |- 45 45 |- 50 90 |- 95 Total

1 Allophylus edulis 0,0032 0,1481 0,2766 0,1973 0,0000 0,2354 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,8607

2 Baccharis dracunculifolia 0,0000 0,0142 0,0326 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0467

3 Cabralea canjerana 0,0000 0,0242 0,0000 0,1033 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,1274

4 Campomanesia rhombea 0,0000 0,0045 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0045

5 Campomanesia xanthocarpa 0,0060 0,0149 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0209

6 Casearia decandra 0,0000 0,0164 0,0274 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0439

7 Casearia sylvestris 0,0109 0,0607 0,1379 0,2692 0,1121 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,5908

8 Daphnopsis racemosa 0,0026 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0026

9 Enterolobium contortisiliquum 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 3,3498 3,3498

10 Erythryna cristagalli 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,1759 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,1759

11 Eugenia hiemalis 0,0000 0,0235 0,0137 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0372

12 Eugenia uniflora 0,0032 0,0075 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0107

13 Handroanthus impetiginosus 0,0029 0,0290 0,0000 0,0000 0,0000 0,2692 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,3011

14 Hieronyma alchorneoides 0,0019 0,0096 0,0240 0,0000 0,2377 0,2872 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,5603

15 Inga marginata 0,0022 0,0000 0,0270 0,2305 0,0000 0,0000 0,0000 0,6947 0,7012 0,0000 0,0000 1,6557

16 Jacaranda micrantha 0,0019 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0019

17 Lithraea brasiliensis 0,0000 0,0062 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0062

18 Luehea divaricata 0,0000 0,0205 0,1099 0,0854 0,2076 0,0000 0,3707 1,1954 0,0000 0,0000 0,0000 1,9894

19 Matayba elaeagnoides 0,0038 0,0000 0,0000 0,0807 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0845

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CONSÓRCIO

50

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Ordem Nome Científico 0 |- 5 5 |- 10 10 |- 15 15 |- 20 20 |- 25 25 |- 30 30 |- 35 35 |- 40 40 |- 45 45 |- 50 90 |- 95 Total

20 Mimosa bimucronata 0,0118 0,3821 0,8661 1,3220 1,1063 1,9700 1,6921 1,6320 0,0000 1,3414 0,0000 10,3239

21 Myrsine coriacea 0,0000 0,1632 0,1449 0,1498 0,1822 0,3703 0,4841 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 1,4945

22 Myrsine umbelatta 0,0025 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0025

23 Nectandra megapotamica 0,0000 0,0000 0,0000 0,0795 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0795

24 Nectandra oppositifolia 0,0000 0,0071 0,0000 0,0000 0,1620 0,5414 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,7104

25 Parapiptadenia rigida 0,0000 0,0470 0,0222 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 1,1504 0,0000 1,2195

26 Peltophorum dubium 0,0000 0,0000 0,0000 0,1261 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,1261

27 Prunus myrtifolia 0,0000 0,0139 0,0303 0,0000 0,0000 0,2207 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,2649

28 Psidium guajava 0,0153 0,1267 0,4812 0,6497 0,1404 0,4859 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 1,8991

29 Psidium sellowiana 0,0021 0,0233 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0254

30 Sapium glandulosum 0,0045 0,0676 0,0654 0,2650 0,2265 0,2153 0,6884 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 1,5327

31 Schinus terebinthifolius 0,0348 0,4207 0,6004 0,9507 0,9542 0,3717 0,3971 0,3751 0,0000 0,0000 0,0000 4,1047

32 Solanum mauritianum 0,0000 0,0264 0,0667 0,1311 0,2215 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,4457

33 Syagrus romanzoffiana 0,0000 0,0000 0,0354 0,0000 0,0000 0,3796 0,0000 0,4053 0,0000 0,0000 0,0000 0,8203

34 Tibouchina sellowiana 0,0000 0,0099 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0099

35 Trema micrantha 0,0063 0,0385 0,0834 0,0414 0,1283 0,3209 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,6189

36 Zanthoxylum fagara 0,0024 0,0617 0,1025 0,7025 0,3643 0,7505 0,3453 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 2,3291

37 Zanthoxylum rhoifolium 0,0013 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0013

Total 0,1197 1,7675 3,1476 5,3840 4,0430 6,5939 3,9777 4,3024 0,7012 2,4918 3,3498 35,8786

Média 0,0032 0,0478 0,0851 0,1455 0,1093 0,1782 0,1075 0,1163 0,0190 0,0673 0,0905 0,9697

Desv. Padrão 0,0064 0,0948 0,1852 0,2938 0,2434 0,3597 0,3144 0,3488 0,1153 0,2865 0,5507 1,8639

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CONSÓRCIO

51

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Avaliando-se a distribuição diamétrica para as espécies que apresentaram os maiores por

intervalo destacam-se, para o intervalo compreendido entre 0,0 |- 5,0 cm, a espécie Schinus

terebinthifolius com 0,0348 m³, seguida de Psidium guajava com 0,0153 m³. O intervalo

entre 5,0 |- 10,0 cm, a espécie que apresentou maior volume foi Schinus terebinthifolius com

0,4207 m³, seguida de Mimosa bimucronata com 0,3821 m³.

Para o intervalo compreendido entre 10,0 |- 15,0 cm, a espécie que apresentou maior

volume foi Mimosa bimucronata com 0,8661 m³ e Schinus terebinthifolius com 0,6004 m³.

Entre 15,0 |- 20,0 cm, a espécie que apresentou maior volume foi Mimosa bimucronata com

1,3220 m³, seguida de Schinus terebinthifolius com 0,9507 m³. O intervalo compreendido

entre 20,0 |- 25,0 cm, a espécie que apresentou maior volume foi Mimosa bimucronata com

1,1063 m³, seguida de Schinus terebinthifolius com 0,9542 m³.

O intervalo compreendido entre 25,0 |- 30,0 cm, a espécie que apresentou maior volume foi

Mimosa bimucronata com 1,9700 m³, seguida de Zanthoxylum fagara com 0,7505 m³. Para

o intervalo compreendido entre 30,0 |- 35,0 cm, a espécie que apresentou maior volume foi

Mimosa bimucronata com 1,6921 m³, seguida de Sapium glandulosum com 0,6884 m³. O

intervalo compreendido entre 35,0 |- 40,0 cm, a espécie que apresentou maior volume foi

Mimosa bimucronata com 1,6320 m³, seguida de Luehea divaricata com 1,1954 m³.

E para os intervalos compreendido entre 40,0 |- 45,0 cm, representado apenas pela espécie

Inga marginata que apresentou um volume de 0,7012 m³. O intervalo entre 45,0 |- 50,0 cm

está representado por duas espécies, Mimosa bimucronata com um volume de 1,3414 m³ e

Parapiptadenia rígida com um volume de 1,1504 m³. E o intervalo final compreendido entre

90,0 |- 95,0 cm apresentou um volume de 3,3498 m³, resultados esses apresentados no

Quadro 7.

Analisando-se o Quadro 6, observa-se que o intervalo que obteve os maiores volumes está

compreendido entre 45,0 |- 30,0 cm, com um volume total de 6,5939 m³ (9,23146 mst),

seguido pelo intervalo 15,0 |- 20,0 cm, com volume total de 5,3840 m³ (7,5376 mst). O

intervalo entre 20,0 |- 25,0 cm apresentou um volume de 4,3024 m³ (6,0234 mst) e o

intervalo 20,0 |- 25,0 cm apresentou um volume de 4,0430 m³ (5,6602 mst). Os demais

intervalos apresentaram volumes inferiores a 4,0 m³. O Quadro também apresenta a

distribuição dos 478 indivíduos arbóreos inventariados por intervalo de classe observados

ao longo da rodovia inventariada onde foi realizada o censo. O intervalo onde se observou o

maior número de exemplares foi aquele compreendido entre 5,0 |- 10,0 cm que apresentou

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CONSÓRCIO

52

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

165 indivíduos arbóreos, seguido dos intervalos 10,0 |- 15,0 cm apresentou 107 indivíduos e

o intervalo entre 15,0 |- 20,0 cm que apresentou 74 indivíduos

Quadro 6. Distribuição do volume (m³) e número de indivíduos (N) oriundos do levantamento por intervalo de classe para o inventário florestal da duplicação da ERS-239 - Trecho: Entroncamento da

ERS-020 até o início da ponte sobreo arroio Tucanos.

Item 0 |- 5 5 |- 10 10 |- 15 15 |- 20 20 |- 25 25 |- 30 30 |- 35 35 |- 40 40 |- 45 45 |- 50 90 |- 95 Total

N 46 165 107 74 30 30 12 9 1 3 1 478

Vol. (m³) 0,1197 1,7675 3,1476 5,3840 4,0430 6,5939 3,9777 4,3024 0,7012 2,4918 3,3498 35,87

Análise estatística da amostragem

Para estimativas de volume, considerou-se o aproveitamento das árvores a serem

suprimidas em 70%, destinando-se todo o material gerado aos proprietários, ou seja, deverá

ser considerado todo o material lenhoso como lenha para ser utilizada nas propriedades

lindeiras à rodovia. Considerou-se o restante do material (30%) como resíduo (folhas, galhos

e raízes), conforme apresentado a seguir:

Volumes Totais para as áreas de faixa de domínio (AID)

Volume Total = 35,8786 m³ = 50,2300 mst

Volume Total Lenha (70%) = 25,1150 m³ = 35,1610 mst

Volume Total Resíduos (30%) = 10,7636 m³ = 15,0690 mst

Destaca-se que todo o material vegetal resultante do processo de supressão de vegetação

está localizado em propriedades existentes ao longo da Faixa de Domínio, devendo ser

utilizado somente nas propriedades onde houver manejo de vegetação. Caso exista

interesse do proprietário em comercializá-lo, todo transporte de material para fora da área

da propriedade será de responsabilidade do proprietário e deverá possuir documentação

emitida pelo IBAMA (DOF - Documento de Origem Florestal).

Resumo dos Parâmetros Dendrométricos

O resumo das informações dendrométricas observadas na vegetação inventariada é

apresentado no Quadro 7.

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CONSÓRCIO

53

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Quadro 7. Parâmetros Dendrométricos Gerais obtidos no inventário florestal para implantação das obras de duplicação da ERS-239 - Trecho: Entroncamento da ERS-020 até o início da ponte sobreo

arroio Tucanos

Número total de árvores inventariadas 478

Número de espécies observadas 37

Número de gêneros observados 30

Número de famílias observadas 21

Área basal/m² (AB) 10,185

Volume total (m³) 35,8786

Volume (mst) 50,2300

Número de mudas a serem compensadas com a supressão da vegetação 2.471

Cálculo da Reposição Florestal

O cálculo da Reposição Florestal como medida compensatória para a supressão de

vegetação foi realizado a partir das determinações da Instrução Normativa DEFAP/SEMA nº

01/2006.

Assim, observa-se que diâmetros a altura do peito (DAP) superiores a 15 cm foram

encontrados em 160 (cento e sessenta) indivíduos arbóreos, totalizando um volume de

30,8438 m³ e, considerando que para cada indivíduo arbóreo a ser suprimido deverá ser

compensado por 15 mudas, a reposição contabiliza 2.400 mudas. Para os diâmetros

inferiores a 15 cm, o número de indivíduos lenhosos foi de 318 (cento e dois), contabilizando

um volume total de 5,0348 m³ ou 7,0487 mst, onde deverão ser plantadas 71 mudas.

O total de mudas a serem repostas pela supressão a ser realizada para a implantação do

empreendimento será de 2.471 mudas.

LAUDO DE FAUNA

Dados secundários

Hepertofauna – Anfíbios

Previamente ao início dos trabalhos de campo, realizou-se uma compilação de dados

secundários sobre os anfíbios com potencial ocorrência na área de influência direta (faixa de

domínio da rodovia, no trecho em duplicacao). O Rio Grande do Sul registra

aproximadamente 96 espécies, cerca de 13% da anfibiofauna nacional (BRAUN & BRAUN,

1980; GARCIA & VINCIPROVA, 1998; KWET & DI-BERNARDO, 1999).

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CONSÓRCIO

54

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

A nomenclatura utilizada para a identificação das espécies está de acordo com a proposta

pela Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH, 2016). A classificação das espécies

registradas nas diferentes categorias de ameaçada de extinção foi elaborada com base em

bibliografia especializada.

A compilação de dados obtidos resultou em uma lista de espécies com provável ocorrência

na área, descrita no Quadro 8.

Quadro 8. Lista de anfíbios com potencial ocorrência para a área de influencia direta (AID).

ORDEM/FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

ANURA

Bufonidae

Rhinella ictérica sapo-cururu - - -

Odontophrynidae

Odontophrynus americanos sapo-de-enchente - - -

Hylidae

Dendropsophus minutus perereca-guria - - -

Dendropsophus nanus perereca - - -

Dendropsophus sanborni perereca - - -

Hypsiboas faber sapo-ferreiro - - -

Hypsiboas pulchellus perereca-do-banhado - - -

Pseudis minuta rã-boiadora - - -

Scinax fuscovarius perereca-de-banheiro - - -

Scinax granulatus perereca - - -

Scinax squalirostris perereca-nariguda - - -

Leptodactylidae

Physalaemus biligonigerus rã-chorona - - -

Physalaemus cuvieri rã-cachorro - - -

Physalaemus gracilis rã-chorona - - -

Physalaemus lisei rã - - -

Physalaemus riograndensis rã-chorona - - -

Pseudopaludicola falcipes rãzinha - - -

Leptodactylidae

Leptodactylus fuscus rã-assobiadora - - -

Leptodactylus gracilis rã-listrada - - -

Leptodactylus latinasus rã-assobiadora - - -

Leptodactylus latrans rã-crioula - - -

Leptodactylus mystacinus rã-de-bigodes - - -

Microhylidae

Elachistocleis ovalis rã-grilo - - -

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CONSÓRCIO

55

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Legenda: Conservação: RS = espécies ameaçadas no Rio Grande do Sul (Decreto nº 51.797/2014); BR = espécies ameaçadas no Brasil (Portaria nº 444/2014); GL = espécie globalmente ameaçada (IUCN, 2016-3).

Hepertofauna – Répteis

Previamente ao início dos trabalhos de campo, realizou-se uma compilação de dados

secundários sobre os répteis com potencial ocorrência na área de influência direta através

de bibliografia especializada.

A nomenclatura utilizada para identificação das espécies está de acordo com a proposta

pela Sociedade Brasileira de Hepertologia (SBH, 2014). A classificação das espécies

registradas nas diferentes categorias de ameaçada de extinção foi elaborada com base em

bibliografia especializada. A classificação das espécies registradas nas diferentes categorias

de ameaçada de extinção foi elaborada em bibliografia especializada.

A compilação de dados obtidos resultou em uma lista de espécies com provável ocorrência

na área de influência direta, descrita no Quadro 9.

Quadro 9. Lista de répteis com potencial ocorrência para a área de influencia direta (AID).

ORDEM/FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

TESTUDINES

Chelidae

Acanthochelys spixii cágado-preto - - QA

Hydromedusa tectifera cágado-de-pescoco-comprido - - -

Emydidae

Trachemys dorbigni tigre-d’água - - -

SQUAMATA

Amphisbaenidae

Amphisbaena darwini cobra-cega - - -

Leiosauridae

Anisolepis undulatus papa-vento-do-sul DI - VU

Gekkonidae

Hemidactylus mabouia* lagartixa-de-parede - - -

Anguidae

Ophiodes striatus cobra-de-vidro - - -

Teiidae

Ameiva ameiva teju-verde - - -

Salvator merianae lagarto-do-papo-amarelo - - -

Gymnophthalmidae

Cercosaura schreibersii lagartixa-comum - - -

Mabuyidae

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CONSÓRCIO

56

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

ORDEM/FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

Aspronema dorsivittatum Scinco-dourado - - -

Colubridae

Chironius bicarinatus caninana-verde - - -

Mastigodryas bifossatus jararaca-do-banhado - - -

Dipsadidae

Atractus reticulatus cobra-da-terra - - -

Boiruna maculata Muçurana - - -

Echinanthera cyanopleura corredeira-do-mato - - -

Helicops infrataeniatus cobra-d’água - - -

Lygophis anomalus jararaquinha-d’água - - -

Lygophis flavifrenatus corredeira-listrada - - -

Erythrolamprus almadensis jararaquinha-do-campo - - -

Erythrolamprus jaegeri cobra-d’água-verde - - -

Erythrolamprus miliaris cobra-lisa - - -

Erythrolamprus poecilogyrus cobra-verde-do-capim - - -

Erythrolamprus semiaureus cobra-d’água - - -

Oxyrhopus rhombifer falsa-coral - - -

Phalotris lemniscatus cabeca-preta - - -

Philodryas olfersii cobra-cipó - - -

Philodryas patagoniensis papa-pinto - - -

Sibynomorphus neuwiedi dormideira-cinzenta - - -

Sibynomorphus ventrimaculatus Dormideira - - -

Thamnodynastes hypoconia corredeira-carenada - - -

Thamnodynastes strigatus corredeira-do-campo - - -

Tomodon dorsatus cobra-espada - - -

Xenodon merremii Boipeva - - -

Elapidae

Micrurus altirostris coral-verdadeira - - -

Viperidae

Bothrops pubescens jararaca-pintada - - -

Bothrops alternatus Cruzeira - - - Legenda: Conservação: RS = espécies ameaçadas no Rio Grande do Sul (Decreto nº 51.797/2014); BR = espécies ameaçadas no Brasil (Portaria nº 444/2014); GL = espécie globalmente ameaçada (IUCN, 2016-3). DI = dados insuficientes; QA = quase ameaçado; VU = Vulnerável. *espécies exóticas

Ornitofauna

Previamente ao início dos trabalhos de campo, realizou-se uma compilação de dados

secundários sobre as aves ocorrentes na área de influência direta. A nomenclatura utilizada

para identificação das espécies está de acordo com a proposta pelo Comitê Brasileiro de

Registros Ornitológicos (CBRO, 2015).

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CONSÓRCIO

57

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

A classificação das espécies registradas nas diferentes categorias de ameaçada de extinção

foi elaborada em bibliografia especializada.

A compilação de dados obtidos resultou em uma lista de espécies com provável ocorrência

na área de influência direta, descrita no Quadro 10.

Quadro 10. Lista de aves com potencial ocorrência para a área de influencia direta (AID).

ORDEM/FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

TINAMIFORMES

TINAMIDAE

Crypturellus obsoletus Inhambuguaçu - - -

Nothura maculosa Codorna-amarela - - -

ANSERIFORMES

ANATIDAE

Dendrocygna bicolor marreca-caneleira - - -

Dendrocygna viduata marreca-piadeira - - -

Amazonetta brasiliensis marreca-pé-vermelho - - -

GALLIFORMES

CRACIDAE

Ortalis guttata aracuã - CR -

PODICIPEDIFORMES

PODICIPEDIDAE

Podilymbus podiceps mergulhão - - -

SILURIFORMES

PHALACROCORACIDAE

Phalacrocorax brasilianus biguá - - -

ANHINGIDAE

Anhinga anhinga biguatinga - - -

PELECANIFORMES

ARDEIDAE

Syrigma sibilatrix maria-faceira - - -

Bubulcus ibis* garça-vaqueira - - -

Egretta thula garça-branca-pequena - - -

Butorides striata socozinho - - -

Nycticorax nycticorax savacu - - -

Tigrisoma lineatum socó-boi-veradeiro - - -

THRESKIORNITHIDAE

Phimosus infuscatus maçarico-de-cara-pelada - - -

Plegadis chihi maçarico-preto - - -

Platalea ajaja colhereiro - - -

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CONSÓRCIO

58

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

ORDEM/FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

CATHARTIFORMES

CATHARTIDAE

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta - - -

Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha - - -

ACCIPITRIFORMES

ACCIPITRIDAE

Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro - - -

Heterospizias meridionalis gavião-caboclo - - -

Rupornis magnirostris gavião-carijó - - -

FALCONIFORMES

FALCONIDAE

Caracara plancus caracará - - -

Milvago chimachima carrapateiro - - -

Milvago chimango chimango - - -

Falco sparverius quiriquiri - - -

Falco femoralis falcão-de-coleira - - -

GRUIFORMES

ARAMIDAE

Aramus guarauna carão - - -

RALLIDAE

Pardirallus sanguinolentus saracura-do-banhado - - -

Pardirallus maculatus saracura-carijó - - -

Aramides cajanea três-potes - - -

Aramides ypecaha saracuruçu - - -

Aramides saracura saracura-do-mato - - -

Gallinula melanops frango-d’água-carijó - - -

Gallinula galeata frango-d’água-comum - - -

Porphyrio martinicus frango-d’água-azul - - -

CARIAMIFORMES

CARIAMIDAE

Cariama cristata seriema - - -

CHARADRIIFORMES

CHARADRIIDAE

Vanellus chilensis quero-quero - - -

JACANIDAE

Jacana jacana jaçanã - - -

COLUMBIFORMES

COLUMBIDAE

Columba livia* pombo-doméstico - - -

Zenaida auriculata pomba-de-bando - - -

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CONSÓRCIO

59

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

ORDEM/FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

Columbina talpacoti rolinha-roxa - - -

Columbina picui rolinha-picuí - - -

Leptotila verreauxi juriti-pupu - - -

Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira - - -

Patagioenas picazuro pombão - - -

PSITTACIFORMES

PSITTACIDAE

Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha - - -

Myiopsitta monachus caturrita - - -

CUCULIFORMES

CUCULIDAE

Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-verdadeiro - - -

Piaya cayana alma-de-gato - - -

Crotophaga ani anu-preto - - -

Guira guira anu-branco - - -

Tapera naevia saci - - -

STRIGIFORMES

TYTONIDAE

Tyto alba coruja-de-igreja - - -

STRIGIDAE

Megascops choliba corujinha-do-mato - - -

Megascops sanctaecatarinae corujinha-do-sul - - -

Bubo virginianus jacurutu - - -

CAPRIMULGIFORMES

CAPRIMULGIDAE

Hydropsalis torquata bacurau-tesoura - - -

APODIFORMES

APODIDAE

Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca - - -

Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento - - -

Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal - - -

TROCHILIDAE

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho - - -

Hylocharis chrysura beija-flor-dourado - - -

TROGONIFORMES

TROGONIDAE

Trogon surrucura Surucuá-variado - - -

CORACIIFORMES

ALCEDINIDAE

Ceryle torquata martim-pescador-grande - - -

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CONSÓRCIO

60

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

ORDEM/FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

Chloroceryle amazona martim-pescador-verde - - -

Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno - - -

PICIFORMES

RAMPHASTIDAE

Ramphastos dicolorus Tucano-de-bico-verde - - -

PICIDAE

Melanerpes candidus pica-pau-branco - - -

Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó - - -

Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado - - -

Colaptes campestris pica-pau-do-campo - - -

PASSERIFORMES

THAMNOPHILIDAE

Thamnophilus caerulescens choca-da-mata - - -

Thamnophilus ruficapillus Choca-de-boné-vermelho - - -

CONOPOPHAGIDAE

Conopophaga lineata chupa-dente - - -

DENDROCOLAPTIDAE

Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde - - -

FURNARIIDAE

Furnarius rufus joão-de-barro - - -

Leptasthenura setaria grimpeiro - - QA

Schoeniophylax phryganophilus bichoita - - -

Synallaxis ruficapilla pichororé - - -

Synallaxis spixi joão-teneném - - -

Synallaxis cinerascens pi-puí - - -

Cranioleuca obsoleta arredio-oliváceo - - -

Certhiaxis cinnamomeus curutié - - -

Anumbius annumbi cochicho - - -

Heliobletus contaminatus trepadorzinho - - -

Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete - - -

Sclerurus scansor vira-folha - - -

PIPRIDAE

Chiroxiphia caudata tangará - - -

TITYRIDAE

Pachyramphus viridis caneleirinho-verde - - -

Pachyramphus polychopterus caneleirinho-preto - - -

TYRANNIDAE

Phyllomyias fasciatus Piolhinho - - -

Camptostoma obsoletum risadinha - - -

Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela - - -

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CONSÓRCIO

61

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

ORDEM/FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto - - -

Elaenia mesoleuca tuque - - -

Elaenia obscura tucão - - -

Serpophaga nigricans joão-pobre - - -

Serpophaga subcristata alegrinho - - -

Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato - - -

Poecilotriccus plumbeiceps tororó - - -

Tolmomyias sulphurescens bico-chato-orelha-preta - - -

Myiophobus fasciatus filipe - - -

Lathrotriccus euleri enferrujado - - -

Pyrocephalus rubinus príncipe - - -

Xolmis cinereus primavera - - -

Xolmis irupero noivinha - - -

Knipolegus cyanirostris maria-preta-bico-azulado - - -

Arundinicola leucocephala freirinha - - -

Satrapa icterophrys suiriri-pequeno - - -

Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro - - -

Myiarchus swainsoni irré - - -

Pitangus sulphuratus bem-te-vi - - -

Megarynchus pitangua neinei - - -

Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado - - -

Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata - - -

Empidonomus varius peitica - - -

Tyrannus melancholicus suiriri - - -

Tyrannus savana tesourinha - - -

VlREONIDAE

Cyclarhis gujanensis pitiguari - - -

Hylophilus poicilotis verdinho-coroado - - -

Vireo olivaceus juruviara-boreal - - -

CORVIDAE

Cyanocorax caeruleus Gralha-azul - - QA

HIRUNDINIDAE

Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco - - -

Progne tapera andorinha-do-campo - - -

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande - - -

Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa - - -

Alopochelidon fucata andorinha-morena - - -

Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora - - -

TROGLODYTIDAE

Troglodytes musculus corruíra - - -

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CONSÓRCIO

62

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

ORDEM/FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

POLIOPTILlDAE

Polioptila dumicola balança-rabo-de-máscara - - -

TURDIDAE

Turdus subalaris sabiá-ferreiro - - -

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira - - -

Turdus amaurochalinus sabiá-poca - - -

Turdus albicollis sabiá-coleira - - -

MIMIDAE

Mimus saturninus sabiá-do-campo - - -

MOTACILLIDAE

Anthus lutescens caminheiro-zumbidor - - -

PASSERELLIDAE

Zonotrichia capensis tico-tico - - -

Poospiza nigrorufa quem-te-vestiu - - -

Poospiza lateralis quete - - -

Sicalis flaveola canário-da-terra - - -

Sporophila caerulescens coleirinho - - -

Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo - - -

PARULIDAE

Setophaga pitiayumi mariquita - - -

Geothlypis aequinoctialis pia-cobra - - -

Basileuterus culicivorus pula-pula - - -

Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador - - -

ICTERIDAE

Cacicus chrysopterus tecelão - - -

Chrysomus ruficapillus garibaldi - - -

Sturnella supersiliaris polícia-inglesa-do-sul - - -

Pseudoleistes guirahuro chopim-do-brejo - - -

Agelaioides badius asa-de-telha - - -

Agelaius thilius sargento - - -

Molothrus rufoaxillaris vira-bosta-picumã - - -

Molothrus bonariensis vira-bosta - - -

THRAUPIDAE

Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro - - -

Tangara sayaca sanhaçu-cinzento - - -

Pipraeidea bonariensis sanhaçu-papa-laranja - - -

Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade - - -

Pipraeidea melanonota saíra-viúva - - -

Emberizoides herbicola canário-do-campo - - -

Lanio cucullatus tico-tico-rei - - -

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CONSÓRCIO

63

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

ORDEM/FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

Paroaria coronata cardeal - - -

Sporophila caerulescens coleirinho - - -

Volatinia jacarina tiziu - - -

Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado - - -

Poospiza nigrorufa quem-te-vestiu - - -

Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro - - -

Sicalis luteola tipio - - -

Tachyphonus coronatus Tié-preto - - -

Coereba flaveola cambacica - - -

Tersina viridis saí-andorinha - - -

CARDINALlDAE

Cyanoloxia glaucocaerulea azulinho - - -

FRINGILLIDAE

Euphonia chlorotica fim-fim - - -

Euphonia pectoralis ferro-velho - - -

Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira - - -

Spinus magellanicus pintassilgo - - -

ESTRILDIDAE

Estrilda astrild* bico-de-lacre - - -

PASSERIDAE

Passer domesticus* pardal - - - Legenda: Conservação: RS = espécies ameaçadas no Rio Grande do Sul (Decreto nº 51.797/2014); BR = espécies ameaçadas no Brasil (Portaria nº 444/2014); GL = espécie globalmente ameaçada (IUCN, 2016). CR = Criticamente em perigo; QA = Quase ameaçado. *espécies exóticas

Mastofauna

Previamente ao início dos trabalhos de campo, realizou-se uma compilação de dados

secundários sobre os mamíferos ocorrentes na área de influência direta através de

bibliografia especializada. A compilação de dados obtidos resultou em uma lista de espécies

descritas no Quadro 11.

Quadro 11. Lista de mamíferos com potencial ocorrência para a área de influencia direta (AID).

FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

DIDELPHIDAE

Didelphis albiventris gambá-de-orelha-branca - - -

DASYPODIDAE

Dasypus novencintus tatu-galinha - - -

Dasypus hybridus tatu-mulita DD - QA

Euphractus sexcinctus tatu-peludo - - -

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CONSÓRCIO

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

CERVIDAE

Mazama gouazoubira veado-virá VU - -

PHYLLOSTOMIDAE

Artibeus lituratus morcego de cara listrada - - -

Glossophaga soricina morcego beija flor - - -

Sturnira lillium morcego-fruteiro - - -

VESPERTILIONIDAE

Histiotus velatus morcego orelhudo - - DD

Myotis nigricans morcego beija flor - - -

MOLOSSIDAE

Molossu molossus morcego-cauda-grossa - - -

Molossus rufus morcego - - -

Tadarida brasiliensis morceguinho das casas - - -

CANIDAE

Cerdocyon thous graxaim-do-mato - - -

Pseudalopex gymnocercus graxaim-do-campo - - -

FELIDAE

Puma yagouaroundi gato-mourisco CR VU -

Leopardus pardalis jaguatirica CR - -

Leopardus guttulus gato-do-mato - VU VU

MEPHITIDAE

Conepatus chinga zorrilho - - -

MUSTELIDAE

Lontra longicaudis lontra NT - QA

Galictis cuja furão DD - -

PROCYONIDAE

Procyon cancrivorus mão-pelada - - -

Nasua nasua coati CR - -

CRICETIDAE

Akodon azarae rato-do-chão - - -

Akodon montensis rato-de-chão - - -

Holochilus brasiliensis rato-do-junco - - -

Nectomys squamipes rato d´água - - -

Oligoryzomys flavescens rato-do-mato - - -

CAVIIDAE

Cavia aperea preá - - -

HYDROCHOERIDAE

Hydrochaeris hydrochaeris capivara - - -

MYOCASTORIDAE

Myocastor coypus ratão-do-banhado - - -

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Consórcio:

Consórcio:

FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

LEPORIDAE

Lepus europaeus* lebre - - -

ERETHIZONTIDAE

Sphigurus vilossus ouriço-caxeiro - - -

MURIDAE

Mus musculus* camundongo - - -

Rattus rattus* rato-das-casas - - - Legenda: Conservação: RS = espécies ameaçadas no Rio Grande do Sul (Decreto nº 51.797/2014); BR = espécies ameaçadas no Brasil (Portaria nº 444/2014); GL = espécie globalmente ameaçada (IUCN, 2016). DD (RS) = dados insuficientes; CR = Criticamente em perigo; EP = Em perigo; VU = Vulnerável; DD (GL) = Deficiente em dados; NT = quase ameaçado. *espécies exóticas

Dados primários

O levantamento de dados primários parte de uma única campanha realizada no dia 03 de

fevereiro de 2017 ao longo da faixa de domínio da rodovia (AID).

As condições climáticas são fatores que influenciam a atividade de algumas espécies, por

esta razão, a Tabela 9 apresenta as condições meteorológicas observadas durante o

período de realização do levantamento da fauna terrestre. Os dados foram obtidos através

da consulta ao banco de dados da estação climática localizada no município de Porto

Alegre, estação mais próxima da área de influência direta (INMET, 2017).

Tabela 9. Condições climáticas aferidas durante ao período correspondente a campanha de levantamento da fauna terrestre na área de influencia direta (AID).

Data Temperatura mínima -

máxima (°C)

Umidade mínima -

máxima (%)

Chuva acumulada

(mm)

03/02/2017 23-32 80 1,8

Herpetofauna – Anfíbios

a. Metodologia utilizada

A fauna de anfíbios foi amostrada através de métodos clássicos de busca, explorando os

sítios em que normalmente as espécies habitam. Foi utilizado o método busca por encontros

visuais (VES – Visual Encounter Survey), que consistiu no deslocamento não sistemático na

área de influência direta (faixa de domínio), na procura por indivíduos em fase larval e/ou

adulta em microambientes potencialmente ocupados por esses animais. Tal metodologia foi

aplicada durante o dia, em ambientes florestados, onde foram vasculhados troncos, rochas

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

e serrapilheira. Adicionalmente foram realizados registros de vocalizações, possibilitando a

identificação das espécies em atividade de acasalamento (HEYER, 1994).

b. Resultados e Discussão

Durante o levantamento de anfíbios foram identificadas seis espécies, pertencentes a três

famílias e uma ordem, conforme Tabela 10.

Ressalta-se que não foram registradas na área de influência espécies de anfíbios

ameaçados de extinção de acordo com o Decreto Estadual nº 51.797/14 e Portaria nº

444/2014.

Tabela 10. Lista de anfíbios identificados na área de influencia direta (AID).

ORDEM/FAMÍLIA/ ESPÉCIES¹ NOME POPULAR² CONSERVAÇÃO

RS BR GL

ANURA

Bufonidae

Rhinella icterica sapo-cururu - - -

Hylidae

Dendropsophus minutus perereca-guria - - -

Hypsiboas pulchellus perereca-do-banhado - - -

Scinax squalirostris perereca-nariguda - - -

Leptodactylidae

Leptodactylus gracilis rã-listrada - - -

Leptodactylus latrans rã-crioula - - -

Leptodactylus gracilis ocorre no Uruguai, Argentina e sul do Brasil (LANGONE, 1994 apud

BORGES-MARTINS et al., 2007), inclusive em áreas urbanas. É uma espécie terrestre que

ocorre em áreas abertas, no chão perto de corpos d'água. Ele deposita seus ovos em ninhos

de espuma em tocas terrestres, e o desenvolvimento larval ocorre em lagoas temporárias e

pastagens inundadas. Foi registrado um espécime morto no acostamento da rodovia

próximo a área úmida (área ambientalmente sensível indicada adiante), confome Figura 21.

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Figura 21. Espécime morto de Leptodactylus gracilis encontrado no acostamento da rodovia, localizada na coordenada métrica UTM 22 J 523245 / 6718201 (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

Herpetofauna – Répteis

a. Metodologia utilizada

Para amostragem da fauna de répteis foi adotado o método descrito a seguir:

Procura ativa (PA): Para a realização da amostragem na área de influência direta adaptou-

se a metodologia utilizada por Martins e Oliveira (1998), onde se procurou abranger o maior

número possível de micro-habitats em busca de animais em atividade ou em potenciais

abrigos como tocas, sob pedras, troncos caídos, termiteiros, madeiras e restos de

construção e/ou demolição, locais comumente frequentados por répteis.

b. Resultados e Discussão

Durante o levantamento foi visualizada apenas uma espécie, conforme é identificada na

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Tabela 11. Ressalta-se que não foram registradas na área de influência espécies de répteis

ameaçados de extinção de acordo com o Decreto Estadual 51.797/14 e Portaria nº

444/2014.

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Consórcio:

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Tabela 11. Lista de répteis identificados na área de influencia direta (AID).

ORDEM/FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

TESTUDINES

Teiidae

Salvator merianae lagarto-do-papo-amarelo - - -

Ornitofauna

a. Metodologia utilizada

A amostragem foi realizada através do método de visualização e/ou auditivo. Durante o

levantamento, as espécies foram identificadas através de visualização de características

morfológicas diagnósticas – com auxílio de binóculo quando necessário – e/ou através do

reconhecimento de suas vocalizações.

A classificação das espécies registradas nas diferentes categorias de ameaçada de extinção

foi elaborada em bibliografia especializada (Decreto Estadual 51.797/14 e Portaria nº

444/2014).

b. Resultados e Discussão

Durante o levantamento foram identificadas 27 espécies pertencentes a 20 famílias e 12

ordens, conforme a Tabela 12 e figuras apresentadas a seguir.

Ressalta-se que não foram registradas na área de influência espécies de aves ameaçados

de extinção de acordo com o Decreto Estadual 51.797/14 e Portaria nº 444/2014.

Tabela 12. Lista de aves identificadas na área de influencia direta (AID).

ORDEM/FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

ANSERIFORMES

ANATIDAE

Amazonetta brasiliensis marreca-pé-vermelho - - -

PELECANIFORMES

ARDEIDAE

Bubulcus ibis* garça-vaqueira - - -

THRESKIORNITHIDAE

Plegadis chihi maçarico-preto - - -

CATHARTIFORMES

CATHARTIDAE

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ORDEM/FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta - - -

FALCONIFORMES

FALCONIDAE

Milvago chimachima carrapateiro - - -

Falco sparverius quiriquiri - - -

GRUIFORMES

ARAMIDAE

Gallinula melanops frango-d’água-carijó - - -

CHARADRIIFORMES

CHARADRIIDAE

Vanellus chilensis quero-quero - - -

JACANIDAE

Jacana jacana jaçanã - - -

COLUMBIFORMES

COLUMBIDAE

Columba livia* pombo-doméstico - - -

Zenaida auriculata pomba-de-bando - - -

Leptotila verreauxi juriti-pupu - - -

PSITTACIFORMES

PSITTACIDAE

Myiopsitta monachus caturrita - - -

CUCULIFORMES

CUCULIDAE

Guira guira anu-branco - - -

APODIFORMES

TROCHILIDAE

Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho - - -

PICIFORMES

PICIDAE

Colaptes campestris pica-pau-do-campo - - -

PASSERIFORMES

FURNARIIDAE

Furnarius rufus joão-de-barro - - -

Synallaxis spixi joão-teneném - - -

TYRANNIDAE

Serpophaga subcristata alegrinho - - -

Pitangus sulphuratus bem-te-vi - - -

Tyrannus savana tesourinha - - -

HIRUNDINIDAE

Progne chalybea andorinha-doméstica-grande - - -

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ORDEM/FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

TROGLODYTIDAE

Troglodytes musculus corruíra - - -

TURDIDAE

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira - - -

PASSERELLIDAE

Zonotrichia capensis tico-tico - - -

Sicalis flaveola canário-da-terra - - -

PASSERIDAE

Passer domesticus* pardal - - - *espécies exóticas

Figura 22. Andorinha-doméstica-grande (Progne chalybea) fotografado na área de influência direta (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

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Figura 23. Jaçanã (Jacana jacana) fotografado na área de influência direta (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

Figura 24. Maçarico-preto (Plegadis chihi) fotografado na área de influência direta (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

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Figura 25. Frango-d’água-carijó (Gallinula melanops) fotografado na área de influência direta (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

Figura 26. Tesourinha (Tyrannus savana) fotografado na área de influência direta (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

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Figura 27. Carrapateiro (Milvago chimachima) fotografado na área de influência direta (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

Figura 28. João-de-barro (Furnarius rufus) fotografado na área de influência direta (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

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Consórcio:

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Mamíferos

a. Metodologia utilizada

A amostragem qualitativa foi realizada através de dois métodos:

Busca por vestígios: Foram realizadas busca por pegadas, material fecal, tocas, marcas de

predação e demais vestígios indiretos de mamíferos em trechos da rodovia que

normalmente os animais utilizam para deslocamento ou forrageio, como borda de mata ou

margem de corpos d’água.

Contato visual: Realizado durante o deslocamento na área de influência direta.

b. Resultados e Discussão

Durante o levantamento foram identificadas três espécies pertencentes a três famílias e

duas ordens, conforme a Tabela 13.

Ressalta-se que não foram registradas na área de influência direta espécies de mamíferos

ameaçados de extinção de acordo com o Decreto Estadual 51.797/14 e Portaria nº

444/2014.

Tabela 13. Lista de mamíferos identificados na área de influencia direta (AID).

ORDEM/FAMÍLIA/ ESPÉCIES NOME POPULAR CONSERVAÇÃO

RS BR GL

DIDELPHIMORPHIA

DIDELPHIDAE

Didelphis albiventris gambá-de-orelha-branca - - -

RODENTIA

CAVIIDAE

Cavia aperea preá - - -

MYOCASTORIDAE

Myocastor coypus ratão-do-banhado - - -

Didelphis albiventris é o maior dos marsupiais brasileiros, sendo uma das espécies de

mamíferos silvestres mais comuns no Brasil Central. Além disso, é frequentemente

observado em ambientes antrópicos rurais e urbanos, sendo uma das espécies de

mamíferos silvestres de maior contato com humanos apesar do pouco conhecimento sobre

ele. As características de D. albiventris o qualificam como animal generalista em dieta e

seleção de habitat, o que proporciona fácil adaptação à presença humana. Estes fatos,

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Consórcio:

aliados à facilidade de reprodução e comportamentos, possibilitam a esse animal grande

sucesso em ambientes rurais e urbanos bem arborizados. Foi registrado vestígio de um

espécime de gambá-de-orelha-branca atropelado na rodovia próximo ao arroio Tucanos,

conforme Figura 29.

Figura 29. Vestígio de gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) atropelado registrado na área de influência direta – acostamento da rodovia localizada na coordenada métrica UTM 22 J 523839 /

6718119 (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

Consideracoes Finais

A urbanização causa impacto sobre o meio ambiente, pois as alterações no habitat natural

promovem a perda da diversidade de espécies. O efeito espécie-área significa o aumento de

superfícies impermeáveis em áreas urbanas, o que reduz e fragmenta a área disponível

para plantas e animais (McKINNEY, 2006). Outro aspecto importante é a simplificação

estrutural de vegetação em áreas urbanizadas, o que prejudica muitas espécies da fauna

nativa, pois recursos como alimento e abrigo são reduzidos em quantidade e qualidade

(EVELYN et al., 2004; van der REE e McCARTHY, 2005).

O levantamento indicou uma baixa riqueza da fauna em geral, sendo que a maioria das

espécies identificadas apresenta baixa sensibilidade à perturbação antrópica e na maioria

dos casos encontram-se dispersas também nas áreas do entorno, o que sugere que a

implantação do empreendimento não deverá causar impacto significativo a nível

populacional das espécies registradas durante o presente levantamento, pois a região do

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Consórcio:

empreendimento está inserida em um contexto antrópico, cujas imediações no entorno se

caracteriza por ser uma área urbanizada e com fragmentos de vegetação.

Identificação dos possíveis corredores de fauna e áreas ambientalmente sensíveis

(meio biótico)

A fragmentação de habitats é uma das principais ameaças para a biodiversidade, pois além

de reduzir o tamanho dos habitats também isola fragmentos e populações de organismos

(WILCOVE et al., 1998).

Uma das estratégias para evitar ou amenizar os efeitos do isolamento é através da

implementação ou conservação da conectividade da paisagem. Existem dois componentes

básicos da conectividade: o estrutural e o funcional. A conectividade estrutural diz respeito à

conexão física entre os elementos da paisagem, como por exemplo, dois fragmentos ligados

através de uma mata ciliar (BENNETT, 1999). O componente funcional é referente ao

comportamento de dispersão dos organismos, ou seja, quando dois fragmentos não estão

conectados fisicamente, mas ainda assim a espécie consegue transitar entre eles

(BENNETT, 1999). É recomendável que a identificação de corredores na paisagem, leve em

consideração estes aspectos.

Hilty et al. (2006) definem corredores “como qualquer espaço identificável e utilizado por

uma espécie, que facilita o movimento de animais e plantas ao longo do tempo entre uma ou

mais manchas de habitat disjuntas” (ver também LIDICKER, 1999). Porém, corredores

podem ser compreendidos de diversas formas, sendo a mais simples “uma faixa de habitat

contínua ligando duas manchas maiores deste mesmo tipo de habitat”, como por exemplo,

as matas ciliares dos rios (LINDENMAYER e FISCHER, 2006). Segundo Anderson &

Jenkins (2003) este tipo de corredor seria classificado como um tipo de corredor linear, que

tem como característica geral ser unidirecional, específico para algumas espécies e

adequado principalmente para a dispersão ou deslocamentos diários.

Para identificar os potenciais corredores de fauna foi utilizado o visualizador Google Earth.

Considerando que a região do empreendimento se encontra em área urbanizada e

antropizada, e adotando-se a definição de corredor de Lindenmayer & Fischer (2006), optou-

se por apresentar como corredor ecológico a área do arroio Tucanos, que também é

classificada como área ambientalmente sensível, conforme apresentado na Figura 30 a

Figura 32.

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Figura 30. Identificação do corredor ecológico e área ambientalmente sensível (área delimitada em azul) (Fonte: Google Earth, 2017).

Figura 31. Caracterização arroio Tucanos, considerado corredor ecológico e área ambientalmente sensível (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

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Figura 32. Detalhe da ponte do arroio Tucanos, possível local de dessedentação, alimentação e passagem da fauna local (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

Outras áreas consideradas ambientalmente sensíveis foram áreas úmidas e poças artificiais

apresentadas nas Figura 33 a Figura 36 e no Mapa de Áreas Sensíveis (Apêndice).

Figura 33. Área úmida considerada como ambientalmente sensível, localizada na coordenada métrica UTM 22 J 523217/ 6718198 (Fonte: Google Earth, 2017).

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Figura 34. Caracterização da área úmida considerada como ambientalmente sensível (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

Figura 35. Poça artificial considerada como área ambientalmente sensível, localizada na coordenada métrica UTM 22 J 523450/6718192 (Fonte: Google Earth, 2017).

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Figura 36. Caracterização da poça artificial considerada como área ambientalmente sensível (Fonte: Rodrigo Hirano, 2017).

9.1. Apresentar mapa de sensibilidade ambiental com planos de informação: imagem

colorida de alta resolução espacial, identificação de exemplares protegidos por Lei e

esquema linear da vegetação e estágio sucessional (Lado Esquerdo – Lado Direito),

com vetor da área de intervenção, considerando o exposto em legislação vigente;

O Mapa de Áreas Sensíveis é apresentado no Apêndice. Foram considerados os critérios e

áreas indicadas no diagnóstico do meio físico e biótico, conforme apresentado

anteriormente.

9.2. Deverá ser apresentado levantamento sobre necessidade de supressão vegetal,

volumes, localização, identificando as espécies e anteprojeto de Compensação e

Reposição Florestal Obrigatória, citando nome é número da ART;

Identifica-se a necessidade de supressão de vegetação em estágio inicial de regeneração

para a execução das obras de duplicação do trecho em avaliação, entre o km 0+000 e km

2+402, conforme apresentado no Laudo de Cobertura Vegetal, com quantitativos

apresentados no Quadro 12 e Apendice (Mapa de Supressao de Vegetação e Perfil Linear

da Vegetacao).

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Quadro 12. Parâmetros Dendrométricos Gerais obtidos no inventário florestal para implantação das obras de duplicação da ERS-239 - Trecho: Entroncamento da ERS-020 até o início da ponte sobreo

arroio Tucanos

Número total de árvores inventariadas 478

Número de espécies observadas 37

Número de gêneros observados 30

Número de famílias observadas 21

Área basal/m² (AB) 10,185

Volume total (m³) 35,8786

Volume (mst) 50,2300

Número de mudas a serem compensadas com a supressão da vegetação 2.471

As espécies a serem suprimidas são apresentadas na Tabela 14. Destaca-se que o

exemplar de Erythryna cristagalli deve ser transplantado, pois pertence a espécie protegida

por lei (imune ao corte).

Tabela 14. Famílias e espécies observadas durante a execução do inventário florestal para duplicação da ERS-239 - Trecho: Entroncamento da ERS-020 até o início da ponte sobreo arroio

Tucanos

Ordem Nome Científico Nome Popular N %

1 Allophylus edulis Chal-chal 29 6,07

2 Baccharis dracunculifolia Vassoura 3 0,63

3 Cabralea canjerana Cajerana 3 0,63

4 Campomanesia rhombea Guabiroba-miúda 1 0,21

5 Campomanesia xanthocarpa Guabiroba 3 0,63

6 Casearia decandra Guaçatunga 3 0,63

7 Casearia sylvestris Chá-de-Bugre 18 3,77

8 Daphnopsis racemosa Embira 1 0,21

9 Enterolobium contortisiliquum Timbaúva 1 0,21

10 Erythryna cristagalli Corticeira-do-banhado 1 0,21

11 Eugenia hiemalis Guamirim 5 1,05

12 Eugenia uniflora Pitangueira 3 0,63

13 Handroanthus impetiginosus Ipê-roxo 4 0,84

14 Hieronyma alchorneoides Licurana 5 1,05

15 Inga marginata Ingá-feijão 6 1,26

16 Jacaranda micrantha Caroba 1 0,21

17 Lithraea brasiliensis Aroeira-braba 1 0,21

18 Luehea divaricata Açoita-cavalo 10 2,09

19 Matayba elaeagnoides Camboatá-branco 3 0,63

20 Mimosa bimucronata Maricá 133 27,82

21 Myrsine coriacea Capororoca 20 4,18

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Ordem Nome Científico Nome Popular N %

22 Myrsine umbelatta Capororoca 1 0,21

23 Nectandra megapotamica Canela-preta 1 0,21

24 Nectandra oppositifolia Canela-marrom 3 0,63

25 Parapiptadenia rigida Angico-vermelho 5 1,05

26 Peltophorum dubium Canafístula 1 0,21

27 Prunus myrtifolia Pessegueiro-do-mato 3 0,63

28 Psidium guajava Goiabeira 52 10,88

29 Psidium sellowiana Araçá 3 0,63

30 Sapium glandulosum Pau-de-leite 14 2,93

31 Schinus terebinthifolius Aroeira-vermelha 94 19,67

32 Solanum mauritianum Fumo-bravo 7 1,46

33 Syagrus romanzoffiana Jerivá 4 0,84

34 Tibouchina sellowiana Quaresmeira 1 0,21

35 Trema micrantha Grandiuva 10 2,09

36 Zanthoxylum fagara Coentrilho 24 5,02

37 Zanthoxylum rhoifolium Mamica-de-cadela 1 0,21

TOTAL 478 100%

Não está prevista interferência ou supressão da vegetação localizada na área de

preservação permanente/APP do arroio Tucanos; a APP do curso de água sem

denominação não apresenta cobertura vegetal natural/nativa passível de autorização de

supressao.

Anteprojeto de Compensação e Reposição Florestal Obrigatória

O Código Florestal Estadual (Lei 9.519/1992), ao considerar como bens de interesse comum

as florestas nativas e as demais formas de vegetação natural existentes no Estado,

determina, a obrigatoriedade de Reposição Florestal como compensação ao corte de

florestas nativas no Rio Grande do Sul.

Assim, o Anteprojeto de Compensação e Reposição Florestal Obrigatória se constitui em

embasamento técnico para a implantação das medidas compensatórias pelos danos

causados à flora, na área objeto de implantação das obras de duplicação da ERS-239 -

Trecho: Entroncamento da ERS-020 até o início da ponte sobre o arroio Tucanos.

Haverá necessidade de plantio compensatório de 2.471 (duas mil, quatrocentos e setenta e

uma) mudas referentes aos danos causados a vegetação nativa consolidada presente na

faixa de domínuo (AID), plantio esse que deverá ser executado em área de preservação

permanente (margens do arroio Tucanos) ou preferencialmente em área pública. Destaca-se

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

que a área de preservação permanente (margens do arroio Tucanos) foi classificada como

área sensível, sendo o plantio compensatório uma acao de

proteção/conservação/restauração destas áreas.

Deverá ser priorizado o plantio de espécies pioneiras e secundárias, preferencialmente

nativas da região do empreendimento através de plantio de adensamento e/ou

enriquecimento na área de preservação permanente sugerida. As mudas deverão ser

plantadas na área que não for utilizada para a execução das obras, dentro da faixa de

domínio e adquiridas em viveiros situados no entorno do município de Taquara.

O plantio será realizado utilizando-se um espaçamento médio de 3 m x 2 m, com a utilização

de linhas intercaladas, sempre que possível, de maneira que 01 (uma) espécie de

crescimento lento fique entre 04 (quatro) espécies de crescimento rápido, possibilitando

desta forma que a área seja recoberta em um espaço de tempo reduzido e o plantio deverá

ser feito com espécies que contemplem a fauna da região, estando as mesmas sugeridas na

Tabela 15.

Tabela 15. Espécies sugeridas para reposição na área de preservação permanente do arroio Tucanos

Nome Popular Nome Científico Família Sucessão No Mudas

Chá-de-bugre Casearia sylvestris Flacourtiaceae Pioneira 150

Chal-chal Allophylus edulis Sapindaceae Sec. Inicial 200

Guaçatunga preta Banara parviflora Flacourtiaceae Sec. Tardia 150

Camboatá-vermelho Cupania vernalis Sapindaceae Sec. Tardia 150

Maria-preta Diospyrus inconstans Ebenaceae Sec. Inicial 150

Aroeira-brava Lithraea molleoides Anacardiaceae Pioneira 150

Açoita-cavalo Luehea divaricata Tiliaceae Pioneira 200

Camboatá-branco Matayba elaeagnoides Sapindaceae Sec. Tardia 150

Capororoca Myrsine umbelatta Myrsinaceae Sec. Inicial 150

Cincho Sorocea bomplandii Meliaceae Climax 150

Cocão Erythroxylum sp. Erythroxylaceae Pioneira 150

Pitangueira Eugenia uniflora Myrtaceae Pioneira 230

Angico-vermelho Parapiptadenia rígida Fabaceae Pioneira 241

Aroeira-vermelha Schinus terebinthifolius Anacardiaceae Sec. Tardia 250

Total de mudas a serem utilizadas 2471

Aproximadamente 30 dias antes do plantio deverá ser feito o combate as pragas,

principalmente as formigas cortadeiras (Atta spp), que poderá ser feito com iscas formicidas

a base de sulfuramida, que apresenta baixa toxicidade e bons resultados. Deve-se aplicar

cerca de 10 a 20 gramas de iscas de 20 em 20 metros em toda a área a ser revegetada.

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

As covas devem ter a dimensão de 0,30 m x 0,30 m x 0,30 m. Sobre a terra retirada, será

utilizado adubo químico na dosagem de 80 gramas por cova divididos em duas partes,

colocados cerca de 30 cm de distância da muda, pois o contato das raízes com o adubo é

prejudicial. Se as mudas provierem de sacos plásticos, deve-se cortar as raízes que

estiverem fora do saquinho, retirar a embalagem antes de plantar, e colocar as mudas no

centro das covas mantendo-as retas. Não as enterrar mais do que estavam na embalagem e

deixar a cova mais baixa do que o terreno para melhor captar as águas das chuvas. Após o

plantio irrigar as mudas. No caso de correção do solo deverá ser feita análise deste, ou 150

gramas de calcário por cova.

O plantio deverá ser feito preferencialmente nos meses de junho a agosto. Deverá ser feito

o coroamento, prática silvicultural que consiste na limpeza do solo ao redor da muda em um

raio de 1 m2, para evitar a competição por água e nutrientes com outras espécies.

Promover o cercamento, se necessário, da área para evitar o acesso de animais, o que

poderá comprometer o trabalho realizado no plantio compensatório.

Visitas periódicas são imprescindíveis para o sucesso da implantação desta reposição

florestal. Durante os primeiros seis meses será feita uma visita mensal para verificação das

perdas de campo e consequente reparo destas com o replantio. Após este prazo, serão

feitas visitas com frequências (de 4 em 4 meses) até o segundo ano após o plantio. Neste

período deverão ser efetuados, sistematicamente, o controle das formigas cortadeiras, a

manutenção dos tutores, a retirada de galhos caídos (quando houver) e o replantio das

mudas que não vingarem ou forem danificadas (estima-se uma perda em torno de 10% em

projetos de reposição florestal).

Transpalnte de espécies imunes ao corte

A Lei Estadual nº 9.519/92 (Código Florestal do Estado do Rio Grande do Sul), assegura em

seu artigo nº 33 a proteção de algumas espécies nativas do Estado, sendo estas

reconhecidas pelo gênero Ficus e pelo gênero Erithryna e exemplares de algarrobo

(Prosopis nigra) e inhanduvá (Prosopis affinis).

Na Área de Inluencia Direta (faixa de domínio) constatou-se um exemplar de Erithryna

cristagalli (exemplar bifurcado), que devera ser transplantado. A área destino selecionada

deve estar situada nas proximidades do local onde está localizado o vegetal,

preferencialmente na faixa de domínio para se evitar a solicitação para execução do

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

transplante em áreas particulares, e o local selecionado mantém as mesmas características

de onde o vegetal está localizado (Figura 1).

Figura 37. Detalhe do local de origem e destino selecionado para o transplante do exemplar de Erithryna cristagalli.

O exemplar deve ser escorado e deve ser realizada poda inicial para reduzir a copa em 30%

a 50%, preservando sua forma natural, no mínimo trinta (30) dias antes do transplante, além

de proteção da árvore, para evitar a instalação de fungos em todos os galhos serrados.

A cova de destino deverá ser aberta previamente, devendo apresentar dimensões

compatíveis com o tamanho do torrão, sendo adubadas e irrigadas antes do plantio. Após o

transporte, a árvore deve ser colocada cuidadosamente na cova, observando a manutenção

de sua posição em relação ao norte magnético, devendo ficar bem firme e com seu colo

devidamente nivelado com o solo, observando a perpendicularidade do tronco. Após o

transplante, a árvore deverá ser amarrada e deverá ser realizada uma compactação suave

do material em torno do exemplar transplantado.

É aconselhável que o procedimento não ocorra no período seco, para evitar maior

desidratação ou dessecamento das plantas. As áreas que receberão os exemplares

transplantados deverão ser georreferenciadas.

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Destaca-se que o transplante deverá ser executado, no máximo, 24 (vinte e quatro) horas

após a retirada do vegetal de seu local de origem.

O monitoramento do exemplar transplantado (podas, adubações e irrigações até a

adaptação/consolidação dos exemplares) será realizado por prazo de no mínimo 12 (doze)

meses, devendo ser apresentados relatórios periódicos. Alterações das condições do

indivíduo transplantado, incluindo a morte do exemplar, serão apresentadas nos relatórios

periódicos de acompanhamento da atividade, informando as prováveis causas das

alterações/morte, devidamente documentadas (registro fotográfico).

O detalhamento de todas as atividades previstas e da metodologia executada deverá ser

realizado pela equipe responsável pela execução dos transplantes. A equipe também

determinará o sistema e a periodicidade de irrigação, a forma de transporte do vegetal e os

cuidados pós-transplante, além da definição dos parâmetros para o monitoramento.

10. Planilha-síntese contendo o levantamento de impactos ambientais relacionados às

atividades do empreendimento nas fases de implantação e operação, sendo que nesta

planilha deverão constar as condições de ocorrência dos impactos, forma de ocorrência,

valoração, magnitudes/duração, grau de importância e as ações necessárias para o seu

controle e mitigação;

A identificação dos impactos ambientais que poderão ocorrer durante a fase de instalação

(duplicação) e operação da ERS-239 foi realizada a partir da análise das informações

obtidas no diagnóstico ambiental e no projeto de engenharia existente.

A primeira etapa consistiu na identificação das ações potencialmente causadoras de

prejuízos aos recursos ambientais. Uma vez definidos os fatores geradores, a avaliação de

cada atividade foi feita considerando critérios como natureza, abrangência, reversibilidade e

magnitude, conforme apresentado a seguir.

Natureza/N: Indica quando o impacto tem efeitos benéfico-positivos (POS) ou adverso-

negativos (NEG) sobre o meio ambiente.

Forma/F: Como se manifesta o impacto, ou seja, se é um impacto direto (DIR), decorrente

de uma ação do Empreendimento, ou se é um impacto indireto (IND), decorrente de outro(s)

impacto(s) gerado(s) diretamente ou indiretamente por ele.

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Duração/D: Divide os impactos em permanentes (PER), temporários (TEM) e cíclicos (CIC),

ou seja, aqueles cujos efeitos manifestam-se indefinidamente ou durante um período de

tempo determinado, ou ainda, se repetem periodicamente.

Probabilidade/P: Os impactos ambientais potenciais associados às situações de risco

devem ser avaliados segundo sua probabilidade de ocorrência, conforme os seguintes

critérios:

Certo (C) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja muito grande ou quando

existam evidências de muitas ocorrências no passado (no mínimo um caso em um

ou dois anos, por exemplo).

Provável (P) – aquele cuja possibilidade de ocorrência seja razoável ou quando

existam evidências de algumas ocorrências no passado (no mínimo um caso em três

ou quatro anos, por exemplo).

Temporalidade/T: Diferencia os impactos segundo os que se manifestam imediatamente

após a ação impactante, caracterizando-se como de curto prazo (CP), e aqueles cujos

efeitos só se fazem sentir após decorrer um período de tempo em relação à sua causa,

caracterizando-se como longo prazo (LP).

Reversibilidade/R: Classifica os impactos segundo aqueles que, depois de manifestados

seus efeitos, são reversíveis (REV) ou irreversíveis (IRR). Permitem identificar quais

impactos poderão ser integralmente reversíveis a partir da implementação de uma ação de

reversibilidade ou poderão apenas ser mitigados ou compensados.

Abrangência/A: Indica os impactos cujos efeitos se fazem sentir no local (LOC) ou que

podem afetar áreas geográficas mais abrangentes, caracterizando-se como impactos

regionais (REG). Considerou-se como efeito local àquele que se restringe à AID do

empreendimento.

Magnitude/M: Refere-se ao grau de incidência de um impacto sobre o fator ambiental, em

relação ao universo desse fator ambiental. Ela pode ser de grande (GRA), média (MED) ou

pequena (PEQ) magnitude, segundo a intensidade de transformação da situação

preexistente do fator ambiental impactado. A magnitude de um impacto é, portanto, tratada

exclusivamente em relação ao fator ambiental em questão, independentemente da sua

importância por afetar outros fatores ambientais.

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Importância/I: Refere-se ao grau de interferência do impacto ambiental sobre diferentes

fatores ambientais, estando relacionada estritamente com a relevância da perda ambiental,

por exemplo, se houver extinção de uma espécie ou perda de um solo raro, embora de

pouca extensão. Ela é grande (GRA), média (MED) ou pequena (PEQ), na medida em que

tenha maior ou menor influência sobre o conjunto da qualidade ambiental local.

Impactos sobre o meio físico

Carreamento de Sedimentos para corpos d’água

Apesar de pequena, as movimentações de terra oriundas das obras de duplicação da

rodovia poderão ocasionar o carreamento de aporte sedimentar para os corpos d’água

localizados às margens do leito estradal. Os reflexos decorrentes deste efeito compreendem

mudanças no aspecto da água, devido ao aumento de teor de sólidos e turbidez, podendo

trazer como consequências, alterações na qualidade da água e no seu uso. Entretanto,

estas ocorrências deverão ter acompanhamento durante a implantacao do empreendimento.

Contaminação de corpos d’água

Também poderá ocorrer a contaminação de cursos d’água e mananciais de abastecimento

de água, pelo despejo efluentes sanitários, óleos, materiais betuminosos, graxas e

detergentes, oriundos das instalações do canteiro de obras, bota-foras, entre outros.

Instalação de processos erosivos

Nos locais ao longo do trecho onde há necessidade de cortes nos taludes de solo, poderá

ocorrer movimentos de massa como escorregamentos ou deslizamentos, resultantes da

instabilidade dos taludes. Tais processos, aliados aos demais processos de erosão, são

relativamente comuns nestas áreas, como resposta ao escoamento superficial das águas

pluviais. Todas estas atividades, ao removerem a cobertura vegetal e ao subtraírem solo em

diferentes níveis, expõem horizontes mais suscetíveis à erosão, a qual se manifesta,

inicialmente, sob a forma de erosão laminar, podendo, eventualmente, evoluir para formas

mais graves, representadas por sulcos, ravinas e voçorocas.

Assoreamento de corpos d’água e áreas umidas

As áreas úmidas são ambientes de interface entre um sistema hídrico e um sistema

terrestre, tendo seu nível regulado por uma série de fatores como precipitação, inundação

de rios próximos e perfil do terreno. Certas espécies de anfíbios e peixes são extremamente

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Consórcio:

dependentes da formação de poças temporárias resultante de inundações dos arroios em

áreas de várzea (Semlistch et al., 1996). A retirada de vegetação ciliar ou até mesmo a

movimentação de terras nestes entornos estão entre as principais causas do assoreamento

de áreas úmidas e/ou cursos d’água. Esse impacto poderá ser potencializado pela sinergia

com os sedimentos já carreados para os corpos d’água locais, provenientes da intensa

urbanização do entorno.

Geração de Resíduos Sólidos

A geração de resíduos sólidos consiste em impacto negativo garantido durante toda a etapa

de instalação do empreendimento e operação dos canteiros de obras.

Alterações na Qualidade do Ar

Durante a implantação do empreendimento, os serviços de terraplenagem, exploração de

áreas de empréstimo, cortes e aterros e trânsito de maquinário pesado tende a lançar

materiais finos em suspensão no ar. Em menor escala, há geração de emissões gasosas,

em especial CO2, a partir de veículos e demais maquinários utilizados.

Aumento do Nível de Ruídos

A movimentação do tráfego de veículos pesados, máquinas e equipamentos incrementam

os níveis de ruídos ao longo da área de influência direta, causando transtornos à população

do entorno e afugentando as espécies faunísticas.

Acidentes com materiais contaminantes

Depois de concluída a pavimentação poderá ocorrer eventuais derramamentos de produtos

tóxicos no leito da estrada, os quais tenderão a escoar para os cursos d’água. Da mesma

forma, com o uso da rodovia, poderá haver o desprendimento de partículas do asfalto, a

liberação de zinco nos resíduos do desgaste de pneus, a liberação de cromo nos resíduos

de tinta de sinalização, bem como vazamentos de combustível de veículos. Com as chuvas,

materiais sólidos e ou líquidos tenderão a escoar para os corpos d’água próximos, afetando

a qualidade das águas.

Impactos sobre o meio biótico

Reducao na área de cobertura vegetal

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Para a implantação do empreendimento, identifica-se a necessidade de supressão de

vegetação nativa ao longo da faixa de domínio (área de influencia direta), ocasionando uma

redução na área coberta por vegetação natural na região de implantação do

empreendimento.

Supressão de habitats

O principal impacto sobre os ambientes terrestres consiste na substituição dos habitats

naturais, por áreas urbanizadas e geralmente pavimentadas. A retirada de vegetação para a

duplicação do trecho da rodovia e sua faixa de domínio causará impacto para a fauna local,

principalmente na população de aves que se utilizam desta vegetação para alimentação,

abrigo e/ou repouso. Neste caso, a magnitude desse tipo de impacto é muito pequena, pois

o entorno oferece condições de sobrevivência.

Atropelamento da fauna

As rodovias funcionam como um filtro para o livre deslocamento dos animais devido ao risco

destes serem atropelados pelos veículos (KUIKEN, 1988; TROMBULAK e FRISSEL, 2000),

além de poderem atuar como barreira impedindo completamente a passagem dos

indivíduos, selecionando apenas os organismos com determinadas características

(habilidades, comportamento ou estratégia) que permitam a passagem com sucesso. Os

atropelamentos ocorrem porque, com a construção da rodovia, ocorre a fragmentação de

habitas, o que ocasiona a interferência na faixa de deslocamento natural das espécies.

Durante as obras de duplicação e após o término da mesma, a frequência dos

atropelamentos de animais nativos poderá aumentar devido ao aumento da circulação

veículos.

A planilha-síntese contendo o levantamento de impactos ambientais relacionados às

atividades do empreendimento nas fases de implantação e operação, sua classificação e as

ações necessárias para o seu controle e mitigação é apresentada a seguir.

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Impacto Atividade do

Empreendimento Fase

Classificação

Medidas Sugeridas N F D P T R A M I

ME

IO F

ISIC

O

Carreamento de Sedimentos

para corpos d’água

Movimentação de terra

para execução de obras Instalação N D T P CP R R P M

1. Adoção de dispositivos de drenagem e contenção através da instalação de bueiros, galerias,

pontilhões, descidas d’água em degraus e dissipadores de energia;

2. Enleivamento para a proteção dos taludes de corte e aterro, contribuem para a minimização do

impacto protegendo as instalações e preservando o terreno contra erosão;

3. Serviços de terraplanagem nas áreas de empréstimo e bota fora deverão ser planejados de

forma que sejam evitados processos erosivos.

Contaminação de corpos

d’água

Implantação do canteiro

de obras, movimentação

de maquinas e

equipamentos

Instalação N D T P CP R R P G

1. Em áreas de abastecimento e lavagem de máquinas e usinas de asfalto o piso será

impermeabilizado e serão construídas bacias de contenção e caixas separadoras de água e óleo;

2. Os efluentes serão lançados, para tratamento, na rede municipal, caso não seja possível

deverão ser utilizados banheiros químicos.

Instalação de processos

erosivos

Execução de cortes em

taludes; supressão de

vegetação

Instalação N I T P LP R R M M

1. Nas áreas que apresentam instabilidade, adequar o cronograma de obras de modo a não

realizá-las em época de chuvas;

2. Instalação de um sistema de drenagem eficiente na faixa de domínio ERS-239;

3. Cobertura dos taludes sujeitos à erosão com vegetação.

Assoreamento de corpos

d’água e áreas úmidas

Movimentação de terra

para execução de obras;

supressa de vegetação

Instalação N D P P LP R L G G

1. Reposição Florestal nas faixas ciliares e adoção de medidas durante a realização da obra que

reduzam o aporte de sedimentos nos cursos d’água.

2. Restauração da faixa de domínio, através da implementação do Plano de Recuperação de

Áreas Degradadas (PRAD) e da Reposição Florestal;

Geração de Resíduos Sólidos

Implantação do canteiro

de obras, movimentação

de maquinas e

equipamentos

Instalação N D P C CP R L M M

1. Correta manipulação do resíduo sólido, incluindo as etapas de acondicionamento, coleta,

transporte e tratamento e/ou disposição final;

2. Uso de recipientes apropriados para o acondicionamento, atendendo as normas da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

3. Instalação do Plano de Controle de Resíduos Sólidos.

Alterações na Qualidade do Ar

Terraplenagem,

exploração de áreas de

empréstimo e

movimentação de

maquinas e equipamentos

Instalação N D T C CP R L M M

1. Uso de EPI por parte da equipe envolvida nas obras;

2. Manutenção periódica dos veículos, reduzindo a emissão de poluentes oriunda do mau

funcionamento dos motores;

3. Controlar a umidade do ar a partir de aspersões periódicas, especialmente nos locais de

acesso às obras;

4.Transportar rejeitos compostos por materiais finos em contêiner fechado ou coberto por lona,

evitando a dispersão através dos ventos.

Aumento do Nível de Ruídos

Tráfego de veículos

pesados, máquinas e

equipamentos

Instalação N D T C CP R L M B

1. Atender às recomendações do PAC;

2. Manutenção de máquinas e equipamentos regulados;

3. Utilização, por parte dos trabalhadores e operários da obra, de equipamento de proteção

auricular

4. Evitar trabalho noturno em locais próximos às aglomerações urbanas;

5. Proceder à supervisão constante das obras;

6. Maximização da distância entre as fontes geradoras de ruídos e os receptores.

Acidentes com materiais

contaminantes

Movimento de maquinas e

equipamentos, aumento

trafego de veículos

Instalação/

Operação N I P P LP I L M G

1. Implantação de sinalização, de modo a prevenir acidentes;

2. implantação de redutores de velocidade nos locais próximos aos corpos d’água,

principalmente daqueles relevantes para a fauna aquática.

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Consórcio:

Consórcio:

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Impacto Atividade do

Empreendimento Fase

Classificação

Medidas Sugeridas N F D P T R A M I

ME

IO B

IOT

ICO

Redução na área de cobertura

vegetal

Supressão da vegetação

para duplicação do trecho Instalação N D P C CP I L P M

1. Realizar Reposição florestal obrigatória incluindo a área de preservação permanente do arroio

Tucanos

2. Retirar a menor parcela possível de vegetação nativa durante a implantação das obras

3. Transplante do exemplar imune ao corte localizado na faixa de domínio

Supressão de habitats

Supressão da vegetação e

aterramento total ou

parcial de áreas sensíveis

Instalação N D T C CP I L P M

1. Realizar Reposição florestal obrigatória incluindo a área de preservação permanente do arroio

Tucanos, que atua como corredor de fauna

2. Retirar a menor parcela possível de vegetação nativa durante a implantação das obras.

Atropelamento da fauna Aumento no fluxo de

veículos na rodovia

Instalação/

Operação N I P P CP R L M M

1. Implantar placas de sinalização para diminuição da velocidade.

2. Instalar redutores de velocidade.

3. Instalação de estruturas de passagem de fauna em pontos de maior trânsito de animais, neste

caso considera-se como local para passagem de fauna o arroio Tucanos e suas margens

4. Instalar Placas Educativas.

5. Realizar Educação ambiental para os trabalhadores da obra.

6. Realizar Acompanhamento ambiental da obra.

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11. Anteprojeto com estimativa, nominativa e breve descrição dos Programas Ambientais a

serem implementados que abordem questões relativas às medidas preventivas,

mitigadoras, obrigatórias e compensatórias, monitoramento ambiental,

restauração/recuperação de áreas de preservação permanente, proteção à fauna nativa,

educação e supervisão ambiental, gerenciamento de resíduos, entre outros;

PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DE CANTEIRO, ÁREAS DE EMPRÉSTIMO

E BOTA-FORAS (PRAD)

Os procedimentos para a recuperação ambiental serão necessários para minimizar os

processos erosivos e para readequação da drenagem natural e o revestimento vegetal de

locais com solo exposto na área do canteiro de obras e das áreas de empréstimo, bem

como os bota-foras, se existentes (áreas degradadas).

Inicialmente deverá ser realizado o reafeiçoamento do terreno, atenuação dos taludes,

reordenação das linhas de drenagem e a recomposição da cobertura vegetal com espécies

nativas, permitindo assim a inserção da área com a paisagem circundante ao contexto

ambiental da região.

Metodologia

i. Procedimentos técnicos para a remoção e armazenamento da camada de solo

orgânico antes da instalação do canteiro, áreas de empréstimo e bota-foras.

A vegetação de pequeno porte resultante da supressão vegetal será incorporada ao solo

orgânico, à vegetação de médio porte será convertida mecanicamente em cobertura morta.

O solo será depositado em camadas de aproximadamente 1,5 m de altura e de 3 a 4 m de

largura, com qualquer comprimento, selecionando locais planos e protegidos das

"enxurradas" e erosão e evitando a compactação do solo durante a operação de

armazenamento. O solo estocado deverá ser protegido por uma cobertura morta (produto de

podas, restos de capim e folhas).

O armazenamento do solo orgânico durante o período de utilização das áreas de canteiro e

empréstimo deverá considerar o tempo de estocagem, devendo ser o menor possível, pois

há uma relação direta de queda na qualidade do solo orgânico com o passar dos anos,

quando fora das condições biológicas naturais.

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Consórcio:

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ii. Medidas de controle do escoamento pluviais

Será implantada uma rede de drenagem provisória na área do canteiro de obras e nas áreas

de exploração e seu entorno. Os setores de exploração e de lançamento dos rejeitos devem

ser feitos de forma apropriada, conformando superfícies suaves, de modo a tornar mínimo o

efeito erosivo das águas pluviais e superficiais.

Deve-se executar o revestimento vegetal sobre o solo devidamente reconformado

oferecendo proteção e controle de caráter extensivo contra os processos erosivos

favorecendo o encaminhamento das águas até os locais de captação dos dispositivos de

drenagem.

Os dispositivos de drenagem principal devem ser revestidos em concreto, resistindo

devidamente a volumes e velocidades de escoamentos elevados e canalizando as águas

destes pontos de captação até aos talvegues naturais. Estes elementos drenantes são

preventivos no sentido de proteger a área recuperada dos fluxos mais expressivos de água

e de preservar o meio ambiente, ao longo de toda vida útil da rodovia.

iii. Técnica de conformação de taludes

Inicialmente será realizada a reconformação geométrica dos taludes com inclinações

favoráveis, bem como na instalação de redes de drenagem, através da abertura e

revestimento de canaletas e canais coletores (em caráter provisório ou definitivo) quando

necessário nas áreas objeto de recobrimento vegetal.

Em todas as áreas de empréstimo a exploração deverá ser efetuada em patamares, de

modo que nas atividades de acertos de acabamento na superfície e inclinação dos taludes

estejam aptos a receber a cobertura vegetal a ser introduzida.

Os taludes deverão apresentar conformação final para que não ocorram acidentes

geotécnicos, para que então o solo orgânico seja colocado, em área preparada previamente

em banquetas. Esta transferência direta minimiza as perdas microbiais de nutrientes e

maximiza o número de sementes que sobrevivem a esta ruptura provocada.

iv. Recobrimento do solo

A recuperação da cobertura vegetal nas áreas de empréstimo e bota fora utilizados durante

a obra será realizada através do plantio de gramíneas e leguminosas consorciadas.

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CONSÓRCIO

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Os taludes de corte serão cobertos através do plantio de grama em placas (leiva) e de

mudas de espécies arbóreas e arbustivas que sejam nativas e pioneiras. Mas também há a

possibilidade do plantio de grama em placas em ambos os taludes (Figura 38).

Figura 38. Espécies sugeridas para plantio nas áreas a serem recuperadas

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A infraestrutura de transporte é sem dúvida um dos principais fatores que alavancam o

desenvolvimento econômico e social de uma região, mas também é um fator gerador de

transtornos de ordem ambiental. Neste sentido, se faz necessário minimizar os impactos

que possam vir a ocorrer durante a fase de duplicação e operação do empreendimento,

assim sendo, é de fundamental importância se pensar ações de educação ambiental.

O Plano de Educação Ambiental da duplicação da ERS-239 tem como objetivo principal

traçar caminhos que levem os sujeitos integrantes do entorno do empreendimento a dialogar

a cerca da necessidade de conservação ambiental e a diminuição dos impactos ambientais

ocasionados pelo empreendimento.

São igualmente objetivos do Plano de Educação Ambiental da ERS-239:

Contribuir para a prevenção e a minimização dos impactos ambientais e sociais

decorrentes do empreendimento;

Promover campanhas educativas, dirigidas aos diversos segmentos da sociedade,

enfatizando os aspectos ambientais decorrentes da duplicação;

Sensibilizar e orientar os trabalhadores sobre os procedimentos ambientalmente

adequados relacionados às obras, à saúde, a segurança do trabalho e as

condutas adequadas de relacionamento com a população local;

Esclarecer a comunidade de modo a garantir um convívio saudável e socialmente

adequado entre a população residente e a mão-de-obra contratada para executar

a duplicação da rodovia;

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CONSÓRCIO

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Produzir material educativo e instrumental fundamentado na análise dos

problemas socioambientais locais, para subsidiar as ações do Plano de Educação

Ambiental.

Metodologia

A metodologia de trabalho constitui-se na capacitação do público alvo, na promoção de

palestras e utilização de materiais didáticos e informativos, de todos os meios que se

fizerem disponíveis para contemplar este Plano de Educação Ambiental. Todas as

atividades serão desenvolvidas com o objetivo de envolver e disseminar conhecimentos e

informações sobre a conservação do meio ambiente natural e também transformado (neste

caso a ERS-239), estimulando assim os valores sociais, considerando:

Identificação e levantamento de informações ambientais, levando em

consideração a realidade ambiental da região, considerando suas características

naturais, econômicas e sociais;

Mobilização da comunidade para a participação efetiva, de forma a fazê-la pensar

sobre as potencialidades e fragilidades ambientais de sua região;

Disponibilização de informações sobre preservação ambiental por meio de folders,

ou outro tipo de material.

PROGRAMA AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO (PAC)

O Programa Ambiental de Construção – PAC é caracterizado por ser voltado

exclusivamente para o controle, acompanhamento e monitoramento da fase construtiva do

empreendimento, garantindo-se ações e procedimentos com conformidade ambiental, bem

como promovendo a necessária reabilitação das áreas trabalhadas. Na execução do

Programa estão contempladas atividades e ações, tanto de caráter preventivo, quanto no

campo corretivo.

O PAC tem como objetivo a garantia da implantação do projeto de duplicação da rodovia

ERS-239 de forma ambientalmente correta, com o efetivo controle dos impactos ambientais

negativos originados na fase de obras e com a rigorosa observância à conservação dos

recursos naturais.

As atividades deste programa terão duração ao longo de todo o processo de duplicação,

pavimentação e recuperação da rodovia existente.

Metodologia

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CONSÓRCIO

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

O PAC encerrará o controle ambiental e o acompanhamento de todos os procedimentos

ambientalmente adequados, bem como a respectiva recuperação e reabilitação das áreas

utilizadas, em todas as etapas construtivas das obras de implantação da pavimentação

asfáltica prevista no que tange a:

Remoção da cobertura vegetal;

Abertura de acessos e caminhos de serviço;

Destocamento, limpeza e preparação do terreno a ser trabalhado;

Obras de terraplenagem;

Utilização de materiais e áreas de jazidas;

Obras de drenagens;

Implantação de obras-de-arte;

Preparação da plataforma da estrada;

Contenção e estabilização de taludes de aterros;

Conformação e recuperação de áreas de empréstimo;

Conformação e recuperação de áreas de bota-fora;

Acampamentos, canteiro-de-obras e frentes de trabalhos;

Pavimentação

Desmobilização das instalações de apoio às obras;

Limpeza e proteção vegetal e recuperação final das áreas trabalhadas.

Assim as atividades a seguir visam definir as ações a serem desenvolvidas no escopo do

PAC para acompanhar cada uma das etapas da pavimentação da rodovia.

i. Instalação e Operação de Canteiro de obras e Usinas

Deverão ser efetuados em plena conformidade com as licenças ambientais obtidas junto ao

órgão ambiental estadual, seguindo, principalmente, as seguintes recomendações:

Obter autorizações/licenças do órgão ambiental competente para instalação do

canteiro;

Realizar o manejo adequado do desmatamento e o atendimento aos

compromissos firmados nas autorizações. Em relação ao desmatamento (quando

couber) e limpeza da área de canteiro, o solo da camada vegetal será estocado

convenientemente em local não sujeito à erosão, para uso posterior na superfície

resultante;

A distribuição das instalações deve ser projetada de modo a reduzir ao mínimo

necessário à supressão de vegetação e o movimento de terra, mantendo-se,

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CONSÓRCIO

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

sempre que possível, as formações vegetais nativas nos espaços não utilizados e

no seu entorno;

A área de canteiro respeitará as Áreas de Preservação Permanente (APP’s);

Deverá ser realizada orientação aos trabalhadores quanto aos aspectos de

segurança no trabalho e deverão ser observadas as determinações contidas na

CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) relativas estas questões;

Utilizar roupas próprias e equipamentos de proteção, sendo obrigatório o uso de

coletes refletivos ou fosforescentes em serviços móveis pelos trabalhadores que

estão sobre o leito rodoviário ou próximo do fluxo de veículos;

Todos os veículos de serviço que transitam em velocidade reduzida ou

permanecem estacionados no leito rodoviário, devem ser equipados com

dispositivos de sinalização especial. Quando para uso noturno, a sinalização deve

ser refletiva.

Proibição de retirada de madeira além da quantidade e da área permitida na

licença correspondente;

O esgotamento sanitário doméstico, bem como a disposição adequada dos

resíduos e contenção de sólidos, óleos e graxas deverão ser realizados em

atendimento aos condicionantes da licença a ser emitida pelo órgão ambiental

concedente;

Quando necessário, será implantado sistema de sinalização complementar às

medidas de segurança usuais, com a utilização de placas/faixas/cartazes e as

áreas consideradas de risco serão objeto de sinalização ostensiva e controle

restrito.

ii. Desmatamento e Limpeza de Terrenos

Deverá ser efetuado em plena conformidade com as licenças ambientais obtidas junto ao

órgão ambiental competente. São destacadas a seguir as seguintes recomendações:

Não alterar os limites de desmatamento previstos em projeto;

Realizar o manejo adequado do desmatamento estocando convenientemente o

solo da camada vegetal em local não sujeito a erosão para uso posterior na

superfície resultante;

Observar o exato cumprimento das Notas de Serviço de forma a evitar o

surgimento de erosões e riscos de instabilidade;

Manejar adequadamente a remoção e depósito da vegetação.

Estocar adequadamente a camada de terra orgânica, para futuro emprego;

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CONSÓRCIO

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Deve ser realizado manejo adequado da vegetação removida, evitando-se

enredamento de restos vegetais de forma a evitar a obstrução de bueiros. Quando

necessário deverá ser realizado desassoreamento e limpeza dos bueiros.

iii. Caminhos de Serviço

Os caminhos de serviço são abertos para uso provisório durante as obras, seja para permitir

uma operação mais eficiente das máquinas e equipamentos de construção, seja para

garantir o acesso a áreas de exploração de materiais e insumos. Para que durante e após a

obra não sejam causadores de Passivos, devem ser observadas as seguintes

recomendações:

Deverá ser observado quinzenalmente o funcionamento adequado das obras de

drenagem de modo a evitar o surgimento de erosões na estrada ou nos terrenos

adjacentes. Em períodos chuvosos a frequência de monitoramento deverá ser

aumentada para no mínimo uma vez por semana;

No caso de áreas onde ocorra tráfego de veículos deverá será realizada aspersão

de água nos trechos com maior dispersão aérea de particulados, evitando assim a

ocorrência de nuvens de poeira ocasionando poluição e perigo de acidentes;

Em locais com tráfego perigoso de equipamentos nos quais haja risco de

acidentes deverá ser colocada sinalização e tomadas medidas de controle de

velocidade, especialmente em trechos com tráfego de terceiros;

Ao final da obra deverão serão recuperadas as condições originais dos caminhos

de serviço com a reconformação da topografia e reposição da camada de terra

orgânica estocada de forma a permitir que as águas superficiais percorram seus

trajetos naturais sem impedimentos, evitando, assim, a formação de erosões e

voçorocas.

iv. Terraplenagem

De forma a se evitar erosões deverão ser seguidas as seguintes recomendações:

Cobrir a superfície do talude com vegetação ou outro método de proteção

preconizado após a execução do corte;

Controlar a pega da vegetação e avaliar a necessidade de repasse além de

verificar semanalmente a adequação dos dispositivos de drenagem.

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

De forma a se evitar a possibilidade de escorregamentos e queda de blocos deverão ser

controladas as ocorrências, adotando, conforme a causa, um ou mais dos procedimentos a

seguir:

Cobertura da superfície do talude;

Implantação de mantas vegetais e tirantes;

Criação de banquetas;

Contensão do talude por meio de gabiões ou outras estruturas de contenção;

Redução da Inclinação do talude;

Deixar as cristas sem arestas vivas, fazendo uma concordância por meio de um

arco de circunferência;

Observar a existência de superfícies propícias a deslizamento devido à posição de

estruturas geológicas;

Implantar dispositivos de drenagem adequados (crista e pé de corte).

No caso da ocorrência de nuvens de poeira deverá ser feita aspersão com água nos trechos

poeirentos com perigo de acidentes. No caso de ocorrência de lama no trajeto dos

equipamentos, deverão ser removidas as camadas de lama nos trechos atingidos.

Em trechos com tráfego de terceiros deve ser controlada a velocidade excessiva dos

equipamentos com perigo de acidentes. No caso de queda de material transportado durante

o trajeto, em trechos urbanos ou periurbanos, o local deverá ser adequadamente sinalizado,

as caçambas deverão ser cobertas com lonas e realizada o mais rápido possível a remoção

o material tombado sobre a via.

v. Execução de aterros

Para evitar que ocorram erosões e/ou instabilidade os taludes e valetas de drenagem

deverão ser protegidos tão logo possível com revestimento vegetal ou outro preconizado.

Deixar as cristas sem arestas vivas, fazendo uma concordância por meio de um arco de

circunferência. Deverá ser mantida a inclinação adequada ou corrigir a drenagem e deverá

ser compactado o material depositado.

Para evitar recalques, deverão ser observadas a ocorrência de erosão interna e as

condições da fundação. Conforme o caso, adotar bermas ou outra solução indicada por

estudos geotécnicos, além de manter drenagem adequada e fazer compactação.

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Deverá ser monitorado o comportamento das obras de arte especiais e correntes

localizadas no aterro.

vi. Empréstimos

Dar preferência ao alargamento dos cortes do corpo estradal ou ao

escalonamento dos seus taludes

No caso de empréstimos fora da faixa de domínio deverá ser solicitado o

Licenciamento do órgão ambiental estadual, iniciando a exploração somente após

a regularização por Licenciamento Ambiental e devidas autorizações.

Deverá ser estocado convenientemente o solo vegetal (camada superior) para

posterior utilização na recuperação da área.

No caso da ocorrência de plumas de dispersão de sedimentos (“nuvens de

poeira”) deverá ser aspergida água nos trechos onde tal promova perigo de

acidentes.

No caso de ocorrência de lama no trajeto dos equipamentos, deverão ser

removidas as camadas de lama nos trechos atingidos.

Em trechos com tráfego de terceiros deve ser controlada a velocidade excessiva

dos equipamentos com perigo de acidentes.

vii. Pavimentação

Obtenção, estocagem e preparação de materiais.

No caso da preparação de materiais, obter as devidas licenças, caso haja necessidade de

beneficiamento ou mistura em usinas.

Transportes de materiais.

De forma a evitar o excesso de aquecimento no transporte de cimentos asfálticos com

perigo de incêndio, deverão ser observadas as prescrições para transporte de cargas

perigosas.

Particularmente, cuidar para que não sejam ultrapassadas as temperaturas recomendadas e

especialmente, a correspondente ao ponto de fulgor.

Como forma de prevenção aos vazamentos nos tanques de armazenamento ou em veículos

transportadores de produtos perigosos deverão ser observadas as prescrições para

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CONSÓRCIO

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

instalação dos tanques de armazenagem. Reter em pátios apropriados para tal fim, os

veículos transportadores de produtos perigosos que não se apresentem em perfeitas

condições ou não estejam devidamente identificados, conforme a legislação.

No caso da ocorrência de plumas de dispersão de sedimentos (“nuvens de poeira”) deverá

ser aspergida água nos trechos onde tal promova perigo de acidentes.

Em trechos com tráfego de terceiros deve ser controlada a velocidade excessiva dos

equipamentos com perigo de acidentes. No caso de queda de material transportado durante

o trajeto, em trechos urbanos ou periurbanos, o local deverá ser adequadamente sinalizado,

as caçambas deverão ser cobertas com lonas e realizada o mais rápido possível a remoção

o material tombado sobre a via.

viii. Segurança das Obras: Sinalização.

No caso de áreas com tráfego de veículos, de modo a evitar o avanço de cada camada do

pavimento em meia pista, prejudicando a segurança do tráfego devem ser observadas a

perfeita sinalização, principalmente à noite. O ideal é manter condições de tráfego em

ambos os sentidos, ainda que com restrição do número de faixas de tráfego para cada

sentido. Em rodovia de pista simples, pode-se reservar o acostamento para complementar a

mão dupla.

No caso de equipamentos momentaneamente fora de operação, estacionados no trecho em

obras deve se proceder à manutenção de sinalização adequada, especialmente a noturna.

Nunca estacioná-los na pista nem nos acostamentos. Escolher áreas laterais contíguas fora

da faixa de rolamento.

ix. Drenagem e Obras de Arte

Drenagem superficial

No caso da detecção da localização errada dos dispositivos de drenagem deverá ser

corrigida sua localização inadequada.

Para evitar a erosão ao longo das sarjetas de crista de cortes ou nos pontos de descarga,

adotar sistemática de revestimento das mesmas (vegetal ou até mesmo concreto de

cimento, conforme o caso), se o terreno for suscetível a erosão.

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

Bueiros

De forma a evitar inundações à montante dos bueiros, por ocasião das chuvas mais fortes,

alagando propriedades Iindeiras, devem ser verificadas as condições de projeto, onde

devem ser consideradas no cálculo da vazão, as possíveis alterações futuras do uso do solo

das bacias. Constatado o subdimensionamento, adequar/complementar a obra existente.

De forma a evitar erosões na boca de jusante de bueiros deve se verificar o comprimento e

a declividade da obra. Em alguns casos haverá necessidade de prolongá-la ou adotar

dissipadores de energia, junto à boca de jusante.

x. Remoção das Instalações do Canteiro e Usinas

A remoção total ou parcial das Instalações do canteiro de obras e usinas deverá seguir o

previsto com o órgão ambiental do estado do Rio Grande do Sul e estrita observância com

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, elaborado especificamente para cada

área restante de acampamentos e demais áreas.

Ao se proceder as remoções serão adotadas, obrigatoriamente, as seguintes providências:

Remoção total de todas as edificações, incluindo pisos e superfícies em concreto;

cercas, muros e outros equipamentos delimitadores de áreas. Transportar o

entulho restante para áreas de bota-foras pré-selecionadas.

As fossas sépticas serão lacradas ou preenchidas em camadas, evitando o

transbordamento.

Erradicar áreas potenciais para acúmulo de águas pluviais; remoção de

dispositivos que possam causar o bloqueio das águas superficiais e remoção de

dispositivos para transposição de linhas de drenagem natural.

Executar a recuperação ambiental das áreas conforme o Programa de

Recuperação de Áreas Degradadas.

xi. Recuperação das Áreas de Apoio

Para evitar a má configuração geométrica em locais utilizados como caixas de empréstimo,

bota-foras, jazidas, entre outros, acarretando danos ambientais a topografia deve ser

reconformada incluindo as áreas utilizadas durante a construção, conforme os terrenos

adjacentes, mediante atenuação dos taludes e reordenação das linhas de drenagem. As

áreas deverão receber revestimento vegetal e observando o Programa de Recuperacao de

Áreas Degradadas (PRAD).

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

No caso de remanescentes de estruturas utilizadas como canteiro de obras deverão ser

recuperadas mediante reposição de solo orgânico, das áreas utilizadas na fase de obras,

objetivando seu rápido recobrimento com vegetação natural. As depressões formando

bacias devem ser drenadas. Devem ser removidas todas as sobras de materiais

abandonadas e demolidos e removidos os remanescentes de estruturas.

PLANO DE MEDIDAS PREVENTIVAS, MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS E

MONITORAMENTO PARA OS IMPACTOS SOBRE A FAUNA TERRESTRE

Medidas para o impacto de supressão de habitats

Os principais fatores responsáveis pelos impactos que afetam a fauna silvestre neste

empreendimento consistem na supressão de habitat e consequente dispersão e

concentração dos indivíduos residentes em ambientes adjacentes com características

semelhantes.

As ações de acompanhamento e salvamento da fauna, caso necessário, devem ser

planejadas com o intuito de evitar a mortalidade de espécimes silvestres em função da

implantação do empreendimento e facilitar o deslocamento por conta própria dos animais

das áreas diretamente atingidas para outras próximas que tenham condições de prover

refúgio e recursos alimentares para sua sobrevivência, promovendo a manutenção da

biodiversidade local e regional e podem ser implementadas junto ao Programa Ambiental da

Construção (PAC).

Medidas para Evitar o Atropelamento da Fauna Local

Para evitar o atropelamento de animais junto a estas áreas propõe-se um conjunto de

medidas a serem implantadas ao longo de toda a extensão da rodovia durante as Fases de

Implantação e Operação:

Placa de aviso para diminuição da velocidade: colocadas antes do início das

áreas de floresta nativa adjacentes à faixa de domínio (corredor ecológico do arroio

Tucanos km 2+600). A velocidade ideal para este trecho seria de 40 km/h, mas cabe

a equipe técnica competente decidir sua viabilidade.

Redutores de velocidade: colocado próximo do início do trecho com

remanescentes florestais (50 metros) entre o km 1+800 e km 2+200. Estes redutores

garantiriam o tráfego em velocidade baixa, ao menos nas áreas mais sensíveis para

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o atropelamento de fauna. Este sistema seria complementar a utilização de placas

de aviso. Sonorizadores não são indicados por aumentar o nível de ruído no local.

Passagem de fauna: instalação de estruturas de passagem de fauna em pontos de

maior trânsito de animais, neste caso considera-se como local para passagem de

fauna o arroio Tucanos e suas margens. Após as obras de duplicação da ponte, essa

área deverá ser mantida e recuperada (parte do projeto de Reposicao Florestal), de

maneira que a fauna local volte a utilizar o arroio como fonte de recursos, descanso

e passagem.

Durante a Fase de Operação recomenda-se ainda a colocação de Placas Educativas ao

longo da rodovia. O conteúdo das placas educativas será elaborado por equipe responsável

pela educação ambiental.

Manutenção e/ou Recuperação de Corredores Ecológicos e áreas ambientalmente sensíveis

A manutenção e/ou a recuperação de corredores de vegetação na área de influência direta

da rodovia (faixa de domínio) é a medida mitigadora mais importante para permitir a

manutenção dos fluxos naturais entre as áreas restantes de matas.

A implantação deste corredor será de grande importância e servirá de ponto de partida para

o deslocamento da fauna, fazendo a interligação de outras áreas, criando assim, alternativas

e atalhos aos corredores maiores, como é apresentado na Figura 39.

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Figura 39. A área delimitada pela linha vermelha representa as áreas vegetadas próximas ao arroio Tucanos (Fonte: Google Earth, 2017).

Referente as demais áreas ambientalmente sensíveis, faz-se as seguintes ponderações:

O aumento do talude junto as áreas úmidas acarretará no aterramento de parte de

sua área, por isso sugere-se que as atividades inerentes a esta etapa sejam

realizadas sob supervisão de técnico responsável;

O aterramento da poça artificial deverá ser realizado após o salvamento de fauna

e com a supervisão de técnico responsável.

Supervisão Ambiental da obra

Para manter o controle sobre as mudanças no meio ambiente que envolvem as atividades

de implantação do empreendimento, deve ser selecionada uma equipe de supervisão

ambiental para o acompanhamento permanente durante a obra, composta por profissional

técnico habilitado.

Educação ambiental para os trabalhadores da obra

A Educação Ambiental – EA trata de um processo contínuo de aprendizagem das questões

relacionadas ao espaço onde ocorre a interação dos componentes bióticos, abióticos e

humanos. No âmbito do licenciamento ambiental, a EA é compreendida como um conjunto

de ações que objetivam a prevenção, minimização, mitigação e compensação dos impactos

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ambientais decorrentes das diferentes fases de obras e operação, além de estabelecer

estratégias de ação que contribuam com a melhoria da qualidade do meio ambiente de

maneira geral.

A realização de atividades de EA (junto ao Programa de Educacao Ambiental), como

reuniões, palestras, entre outras, voltadas aos trabalhadores da obra, tem como objetivo a

disseminação de informações sobre temas considerados relevantes no que envolvem a

interferência da obra sobre os recursos naturais. A disseminação desse conhecimento aos

trabalhadores da obra visa uma melhoria da qualidade de trabalho local, assim como uma

melhoria do ambiente, como, por exemplo, a prevenção de acidentes com animais perigosos

(especialmente os peçonhentos).

Monitoramento dos atropelamentos de fauna

A equipe que realiza a Supervisão Ambiental da obra deve fazer registro dos casos de

atropelamentos que vierem a ocorrer em função da obra. Tais registros servem de controle

ambiental sobre o impacto sob a fauna e também como parâmetro para a medida de

Educação Ambiental dos trabalhadores na obra.

Segundo Fischer (1997), animais silvestres atropelados, conhecidos como “fauna de

estrada”, podem servir como indicadores da biodiversidade local. O monitoramento dessa

fauna pode revelar aspectos importantes, como padrão deslocamento e a dinâmica sazonal

de algumas populações de espécies presentes na comunidade. A partir dessas informações

pode-se avaliar o grau de conservação local e estabelecer áreas prioritárias para a

conservação.

12. Cronograma resumido físico e financeiro de execução da obra de infraestrutura e das

medidas ambientais previstas;

O cronograma resumido físico e financeiro encontra-se em Anexo.

13. Anotações de Responsabilidade Técnicas (ART) dos técnicos responsáveis pelos

estudos/projetos/programas e atendimentos solicitados (preenchidas de forma completa,

data/local, assinaturas e carimbo).

As Anotações de Responsabilidade Técnicas (ART) encontram-se no Anexo.

Profissional Responsabilidade ART

Ivan Luiz Calefi Coordenação e Descrição do Projeto CREA/RS 7.628

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Consórcio:

Consórcio:

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Executivo

Geól. Dani Genz Uszacki Diagnóstico do meio físico CREA 8963836

Sonia Elisalde Botoni Estudo de Tráfego CREA/RS 51.941

Eng. Flor. Giovanni W.

Ferreira

Laudo de cobertura vegetal e anteprojeto

de Compensação e Reposição Florestal

Obrigatória

CREA 8977628

Biól. Rodrigo Hirano Laudo de Fauna CRBio-03

2017/01885

Geog. Aline Kaliski Geoprocessamento CREA 8977657

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CONSÓRCIO

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Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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CONSÓRCIO

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

APENDICE

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CONSÓRCIO

Consórcio:

Consórcio:

Consórcio:

ANEXO