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3ÍBUCAS1 ° Tifimestre de 2013
Elias e Eliseu■
.
Um Ministério de Poder para toda a Igreja
www. c pad. com. br
J o v e n sA dulto s
Bíb l ic a s—r r Tmrr nwri r r mrm
Com entário : JOSÉ GONÇALVESLições do 1 ° Trim estre de 2013
• :
Lição 1A Apostasia no Reino de Israel 3
Lição 2 Elias, o Tisbita 1 1
Lição 3A Longa Seca Sobre Israel 1 7
Lição 4Elias e os Profetas de Baal 24
Lição 5Um homem de Deus em Depressão 31
Lição 6A Viúva de Sarepta 39
Lição 7A Vinha de Nabote 46
Lição 8O Legado de Elias 54
Lição 9Elias no Monte da Transfiguração 61
Lição 10Há um Milagre em Sua Casa 68
Lição 11Os Milagres de Eliseu 75
Lição 12Eliseu e a Escola dos Profetas 83
Lição 1 3 A Morte de Eliseu 90
L ições Bíblicas 1
\
L içõ es Bíb l ic a sMESTRE ■Publicação Trim estral da Casa Publicadora das Assembleias de DeusPresidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil José Wellington Bezerra da CostaPresidente do ConselhoAdministrativoJosé Wellington Costa JúniorDiretor ExecutivoRonaldo Rodrigues de SouzaGerente de PublicaçõesClaudionor de AndradeConsultor Doutrinário e TeológicoAntonio GilbertoGerente FinanceiroJosafá Franklin Santos BomfimGerente de ProduçãoJarbas Ramires SilvaGerente ComercialCícero da SilvaGerente da Rede de LojasJoão Batista Guilherme da SilvaGerente de ComunicaçãoRodrigo Sobral Fernandes_____ _____Chefe do Setor de Educação Cristã César Moisés Carvalho RedatoresMarcelo de Oliveira e Telma BuenoDesigner GráficoMarlon S o a r e s ___________CapaFlamir Ambrósio
Av. B rasil, 3 4 .401 - Bangu CEP 2 1 8 5 2 -0 0 2 Rio de Janeiro • RJ Tel.: <21) 2 4 0 6 -7 3 7 3 Fax: (2 1 ) 2 4 0 6 -7 3 2 6
LIVR A R IA S CPADAM AZO N AS: Rua Barroso, 36 - Centro - 69010-050 - Manaus- AM - Telefax: (92) 2126-6950 - E-mail: manaus@ cpad.com .br Gerente: Ricardo dos Santos SilvaB A H IA : Av. Antônio Carlos Magalhães, 4009 - Loja A - 40280-000- Pituba - Salvador - BA - Telefax: (71) 2104-5 300E-mail: salvador@ cpad.com .br- Gerente: Mauro Gomes da Silva B R A S ÍL IA : Setor Comercial Sul - Qd-5, Bl.-C, Loja 54 - Galeria Nova Ouvidor - 70305-91 8 - Brasília - DF - Telefax: (61) 2107-4750 E-mail: [email protected] - Gerente: Marco Aurélio da Silva PARANÁ: Rua Senador Xavier da Silva, 450 - Centro Cívíco - 80530-060- Curitiba - PR • Te!.: (41)2117-7950 - E-mail: [email protected] Gerente: Maria Madalena Pimentel da SilvaPERN AM BU CO : Av. Dantas Barreto, 1 02 1 - São José - 50020-000 - Recife - PE - Telefax: (81) 3424-6600/2128-4750 E-mail: [email protected] - Gerente: Edgard Pereira dos Santos Junior M ARAN H ÃO : Rua da Paz, 428, Centro, São Luis do Maranhão, MA- 65020-450 - Tel.: (98) 32 31-6030/2108-8400 E-mail: sao lu is@ cpad.com .br - Gerente: Eliel A lbuquerque de Aguiar Jun ior R IO D E JA N E IR O :V icente de C arva lho : Av. Vicente de Carvalho, 1083 - Vicente de Carvalho - 2 121 0-000 - Rio de Janeiro - Rj - Tel.: (21) 2481 -210 1 / 2481 -2350- Fax: (21) 2481 -591 3 - E-mail: [email protected] Gerente: Severino Joaquim da Silva FilhoN ite ró i: Rua Aurelino Leal, 47 - lojas A e B - Centro - 24020*110 - Niterói - KJ - TeL: (21) 2620-4318 / Fax: (21) 2621-4038 E-mail: [email protected] Iguaçu : Av. Governador Amaral Peixoto, 427 - loja 101 e 103 - Gal eria Veplan - Ce ntro - 26210-060 - Nova Iguaçu - RJ - Tel.: (21) 2 667-4061 Telefax: (21) 2667-8163 - E-mail: [email protected] Gerente: Francisco Alexandre FerreiraC en tro : Rua Primeiro de Março, 8 - Centro-Rio de Janeiro-RJ - Tel: 2509-3258 / 2507-5948 - Gerente: Silvio Tomé Shopp ing Ja rd im G uada lupe : Av. Brasil.22.155, Espaço Comercial 115-01 - Guadalupe - Rio de Janeiro*RJ Gerente: Jucíle ide Gomes da SilvaSAN TA CATARIN A : Rua Felipe Schmidt, 752 - Loja 1, 2 e 3 - Edifício Bougainvillea - Centro - 88010-002 - Florianópolis - SC Telefax: (48) 3225-3923 / 3225-1 128 - E-mail: [email protected] Gerente: André Soares PortoSÃO PAULO : Rua Conselheiro Cotegipe, 2 l 0 - Beãenzinho - 03058* 000 - SP - Telefax: (11) 2198-2702 - E-mail: [email protected] Gerente: Jefferson de FreitasMINAS G ER A IS : Rua São Paulo, 1371 - Loja 1 - Centro - 301 70-131- Belo Horizonte - MG -Tel.: (31) 3224-5900 - E-mail: belohorizonte@ cpad.com .br - Gerente: Williams Roberto Ferreira FLÓ R ID A .3939 North Federal Highway - Pompano Beach, FL 33064- USA - Tel.: (954) 941-9588 - Fax: (954) 941-4034E-mail: [email protected] - Site: http://www.editpatmos.comGerente: Jonas MarianoD istrib u ido r:CEARÁ: Rua Senador Pompeu, 834 loja 2 7 - Centro - 60025-000 - Fortaleza - CE - Tel.: (85) 3231*3004 - E-mail: [email protected] Gerente: José Maria Nogueira LiraPARÁ: E.L.GOUVEIA-Av. Gov.José Malcher 1 579 -Centro-66060-230- Belém-PA-TeL:(9l)3222-7965-E-mail: gouveia@pastorfirmmo .com.br Gerente: Benedito de Moraes Jr.JAPÄ O : Gunma-ken Ota-shi Shimohamada-cho 304-4 T 3 73-0821 - Tel.: 276-45-4048 Fax <81) 276-48-81 31 Celular (81) 90 8942-3669 E-mail: [email protected] - Gerente: Joelma Watabe Barbosa LISBO A - CA PU : Av. Almirante Gago Coutinho 1 58 - 1700-030 - Lisboa - Portugal - Tel.: 351-21 -842-9190Fax: 3 51-21-840-9361 - E-mails: capu@ capu.pt e silvio@ capu. pt - Site: www.capu.ptMATO GROSSO: Livraria Assembléia de Deus - Av. Rubens de Mendonça, 3 .500 - Grande Templo - 78040-400 - Centro - Cuiabá - MT -Te le fax : (65) 644-2136 - E-mail: heliorap@ zaz.com .br Gerente: Hélio José da SilvaMINAS G ERA IS : NovaSião-RuaJarbas L D. Santos, 1651 -Ij.l 02 - Shopping Santa Cruz - 36013-150 - Juiz de Fora - MG - Tel.: (32) 321 2-7248 Gerente: Daniel Ramos de OliveiraSÃO PAULO : SOCEP - Rua Floriano Peixoto, 103 - Centro - Sta. Bárbara D’Oeste - SP - 1 3450-970 - Tel.: (19) 3459-2000 E-mail: vendas@ socep.com.br - Gerente: António Ribeiro Soares
TELEMARKETING<de 2a à 6a das 8h às 1 8h e aos sábados das 9h às 1 5h)
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* Igrejas / Cotas e Assinaturas - ramal 2 * Colportores e Logistas - ramal 3
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L IV R A R IA V IR T U A L : w w w .cp a d .co m .b r Ouvidoria: [email protected]
CPAD
2 L ições Bíblicas
Lição 16 de Janeiro de 2013
A A po s ta s ia n o R eino de Israel
T E X T O A U R EO“E sucedeu que (com o se fo ra co isa
leve a n d a r nos pecados de Je ro b o ã o , filh o de Ne ba te), a inda tom ou p o r m ulh e r a Je za b e l, filh a de E tbaa l, re i dos
s id ô n io s ; e fo i, e se rv iu a Baal, e se en cu rvo u d ian te d e le ” (1 R s 16 .31 ).
V ER D A D E PRÁTICA
-
A
A apostasia na história do povo de Deus é um perigo real e não uma mera abstração. Por isso, vigiemos.
HINO S SUGERIDOS 75, 212, 305
LE IT U R A D IARiA
Seg u nd a - Hb 6 .4 ,5 ,6 A apostasia como um perigo real
T erça - 1 T m 4.1 A apostasia possui seus agentes
Q u arta - 2 T s 2 .3 ,1 2 A apostasia está sujeita ao juízo divino
Q u in ta - Hb 3 .12 A apostasia afasta o homem de Deus
Sexta - At 1 .25 A apostasia exemplificada
Sábado - Hb 6 .1 1 ,1 2 apostasia pode ser evitada
L ições Bíb lic as 3
:
m
L E IT U R A B ÍB LIC A EM CLASSE 1 Reis 16 .29-34
2 9 - E Acaba, filho de O nri, com eçou a re in a r sobre Isra e l no ano trigésim o oitavo de A sa , re i de Ju d á ; e re inou Acabe , filho de O nri, so b re Is ra e l em Sam aria , vinte e do is anos.
3 0 - E fez Acabe , filho de O nri,o que e ra m al aos o lhos do SENHOR, m ais do que todos os que fo ram antes dele.
31 - E su ce d e u que (com o se fo ra co isa leve a n d a r nos p e c a d o s de Je ro b o ã o , f ilh o de Nebate), a inda tom ou p o r m u lh e r a J e z a b e l , f i lh a de Etbaa l, re i dos s idôn io s; e fo i, e se rv iu a Baal, e se encurvou diante dele.
32 - E levan tou um a lta r a B a a l, na ca sa de B a a l que ed ifica ra em Sam aria .
33 - Também Acabe fe z um bosque, de m aneira que Acabe fez m uito m ais p a ra ir r ita r ao SENHOR, D eus de Is ra e l, do que todos os re is de Isra e l que fo ram an tes dele.
IN TER A Ç Ã O !Caro p ro fe sso r, o p a s to r Jo sé Gonçalves - p ro fe sso r de Teologia, e sc r ito r e vice-presidente da Com issão de A p o logética da CCADB - é o com en ta rista d a s Lições Bíblicas deste tr im estre .O tem a que se rá abordado é "E lias e E liseu : um m in isté rio de p o d e r p a ra toda a Ig re ja ”. E stu d a rem o s a vida d e sse s p ro fe ta s e ve rem o s que ela é um d iv iso r de águas no m in istério e na h is to r io g ra fia ju d a ic a . E lia s e Eliseu de ixa ram um legado de poder, o u sa d ia , sa n tid a d e e a b n eg a çã o à su a p o s te r id a d e . A p a r t i r de seu s m in is té r io s , podem os v e r f lo re s c e r Isa ía s , Je re m ia s , Ezequ ie l, D anie l e outros san tos hom ens que honraram o cam inho daqueles au tên ticos p ro fe ta s do Senhor.
O B JET IV O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Identif icar as causas e os agentes da apostasia em Israel.
C o n sc ie n t iza r-se sobre os perigos da apostasia.
Com preender quais foram as consequências da apostasia para Israel.
O R IEN TA Ç Ã O PED A G Ó G ICA
Professor, para a primeira aula deste trimestre sugerimos que você reproduza o esquema da página seguinte. Utilize-o para apresentar aos alunos um panorama
geral da vida de Elias e Eliseu. Inicie a aula traçando as principais características
desses profetas bíblicos. Diga à classe, que mesmo diante de uma sociedade
apóstata, Elias e Eliseu obedeceram ao Senhor. Eles porfiaram por realizar a von- tade de Deus contra quaisquer prejuízos.
34 - Em se u s d ia s , H ie l, o b e te lita , e d if ic o u a J e r ic ó ; m orrendo A b irão , seu p rim o gên ito , a fundou ; e, m orrendo S eg u b e , seu ú ltim o , p ô s a s su a s p o rta s ; con form e a p a lavra do SENHOR, que fa la ra pelo m in istério de Jo su é , filho de Num.
4 L ições Bíblicas
IN TRO D U ÇÃOPodemos afirmar, com seguran
ça, que um dos períodos mais sombrios na história do reino do Norte, também denominado “Israel”, ocorreu durante o reinado de Acabe, filho de Onri. Acabe governou entre os anos 874 e 853a.C., e o seu reinado foi marcado pela tentativa de conciliar os elementos do culto cananeu com a adoração israelita.
Uma prim eira leitura dos capítulos 1 6.29 — 22.40 do livro de 1 Reis, revela que essa mistura foi desastrosa para o povo de Deus. Na prática, o culto ao Deus verdadeiro foi substituído pela adoração ao deus falso Baal, trazendo como co nseq uência uma apostasia sem precedentes e pondo em risco até mesmo a verdadeira adoração a Deus.
I - AS CAUSAS D A APO STASIA
1 = Casam ento m isto . O texto bíblico põe o casamento misto
PALAVR/\-CHAVE
AposiAband
deserçã
tas ia :ono ou o da fé.
de Acabe com Jezabel, filha de Etbaa! rei dos sidônios, como uma das causas da apostasia no reino do Norte. O relato bíblico destaca que Acabe “tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o j
adorou” (1 Rs 1 6.31).Foi em decorrên
cia desse casam ento pagão que a idolatria entrou com força em Israel. Embora se fale de um casamento poií- f
tico, as consequências dele foram na verdade espirituais. A mistura f. sempre foi um perigo constante na história do povo de Deus. Os crentes devem tomar todoo cuidado para evitar as uniões mistas. A Escritura, tanto no Antigo como em o Novo Testamento, condena esse tipo de união (Dt 7.3; 2 Co 6.14,1 5).
2 . In s t itu c io n a liz a çã o da i d o la t r i a . A união de Acabe com Jezabel demonstrou logo ser desastrosa, pois através de sua influência, Acabe “levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria” (1 Rs 16.32). A institucionalização da
CARACTERÍSTICAS GERAISELIAS
■ Seu nome significa o “Senhor é Deus”.
■ Exerceu seu m inistério durante os reinados de Acabe e Acazias em Israel.
■ Tinha um m inistério mais so litário e pacato.
- Profetizou contra Acabe. E)e enfrentou-o anunciando uma seca iminente.
- Foi assunto ao céu e deixa um Segado para Eliseu.
ELISEU
■ Seu nome quer dizer “Deus é Salvação”.
- Exerceu o seu m inistério nos dias de Jorão, Jeú , Jeoacaz e Joás, do reino do norte.
■ Seu m in is té rio era m ais pessoal e social.
■ Num leito de morte, Eliseu encoraja o rei Jeoás contra os sírios.
■ Mesmo num a sepu ltura , seus ossos transm itiriam virtude de cura para ressuscitar um israelita.
Texto adaptado do "D ic io n á rio B íb lico W y d iffe " , ed ita do p e la CPAD. .
L ições Bíblicas 5
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idolatria em Israel fica evidente quando o autor sagrado destaca que também Acabe “fez um poste- ídolo, de maneira que cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel, do que todos os reis de ísrael que foram antes dele” (1 Rs 16.33). Não há dúvida de que o culto a Baal estava suplantando o verdadeiro culto a Deus. Havia uma idolatria financiada pelo Estado.
Vez por outra temos visto Satanás tentando se va ler do poder e sta ta l para f in a n c ia r práticas que são contrárias aos princípios cristãos. Por isso devemos orar pela nação para que ela seja um canal de bênção e
• não de maldição.
SINOPSE D O T Ó P IC O (1 )
Tanto no Antigo como em o Novo Testamento as Escrituras condenam o casamento misto.
R ESPO N D A
1. De acordo com a Hção, qua is fo ram as ca u sa s da a p osta sia ?
II - OS AG EN TES D A A PO S TA S IA
1. A ca b e . Onri, pai de Acabe e rei de Israel que reinou entre os anos 885 e 874 a.C, foi um grande administrador, tanto na política interna como na externa de Israel. Mas foi um desastre como líder espiritual do povo de Deus (1 Rs 16.25,26). O pecado de Acabe foi andar nos caminhos idólatras de seu pai, que foi um seguidor de Jeroboão, filho de
Nebate (1 Rs 16.26) e também ter aderido aos maus costumes dos cananeus, trazidos por sua esposa , Jezabel (1 Rs 16.31). Esse fato fez com que Acabe se tornasse um instrumento muito eficaz na propagação do culto idólatra a Baal. Devem os ser imitadores do que é bom e não daquilo que é mau.
2. Je z a b e l . De acordo como relato de 1 Reis 18.19, Jezabel trouxe para ísrael seus deuses fa lso s e tam bém seu s fa lsos profetas. Teve uma verdadeira obstinação na implantação da adoração a Baal em território israelita. Foi sem dúvida alguma uma agente do mal na tentativa de suprimir ou acabar de vez como verdadeiro culto a Deus. Não fosse a intervenção do Senhor através dos profetas, em especial Elias, ela teria conseguido o seu intento. O Senhor sempre conta com alguém a quem Ele levanta em tempos de crise.
SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )
Em Israel, Acabe e jezabel foram os agentes mais eficazes da apostasia.
RESPO N D A
2. De que fo rm a A cabe e Jeza b e l se tornaram agen tes da apostasia em Isra e l?
I I I - AS C O N S E Q U Ê N C IA S D A A P O S TA S IA
1. A perda da identidade nacional e esp iritual. As patavras de Elias: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos?” <1 Rs
6 L ições Bíb lic as
1 8.21), revela a crise de identidade dos israelitas do reino do Norte. A adoração a Baaf havia sido fomentada com tanta força pela casa real que o povo estava totalmente dividido em sua adoração. Quem deveria ser adorado, Baal ou o Senhor? Sabemos pelo relato bíblico que Deus havia preservado alguns verdadeiros adoradores, mas a grande massa estava totalmente propensa ã adoração falsa. A nação que sempre fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade.
2. O ju lg a m e n to d iv in o . É nesse cenário que aparece a figura do profeta Elias predizendo uma seca que duraria cerca de três anos (1 Rs 17.1; 1 8.1). A fim de que a nação não viesse a perder de vez a sua identidade espiritual e até mesmo deixar de ser vista como povo de Deus, o Senhor enviou o seu mensageiro para trazer um tratamento de choque à nação. Julgamento semelhante ocorre durante o reino dejeorão, filho de Josafá e genro de Acabe, que recebe uma carta do profeta Elias. Nela é anunciado o ju ízo divino sobre a sua vida e reinado (2 Cr 21.1 2-1 5). O Senhor mostrou claramente que a causa do julgamento estava associada ao abandono da verdadeira fé em Deus. Tempos depois o apóstolo dos gentios irá nos lembrar da necessidade de nos corrigirmos diante do Senhor (1 Co 1 1.31,32).
SINOPSE D O T Ó P IC O (3 )
As consequências da apostasia à nação de Israel foram duas:
a perda da identidade nacional (e espiritual) e o julgamento divino.
R ESPO N D A
3. A aposta sia trouxe com o con - 1 sequência a p erd a da identidade 9 nacional e o ju lgam en to divino. De I que fo rm a Deus usou Elias p a ra M a tu a r nesse p ro ce sso ?
I V - A P O S TA S IA I
1. Um p e rig o reaS. A apos- ■ tasia era algo bem real no reino ! do Norte. Estava espalhada por 8 toda parte. Na verdade a palavra \ a p o sta s ia significa, segundo os £ léxicos, a b a n d o n a r a fé ou m ud a r de re lig iã o . Foi exatamente v isso que os israelitas estavam fazendo, estavam abandonando a adoração devida ao Deus verdadeiro para seguirem aos deuses cananeus.
Em o Novo Testamento observamos que os cristãos são advertidos sobre o perigo da apostasia! Na Epístola aos Hebreus o autor .... coloca a apostasia como um pe- j£j rigo real e não apenas como uma 1 mera suposição (Hb 6.1-6). Se o d cristão não mantiver a vigilância a é possível sim que ele venha a 1 naufragar na fé. J
2 . U m m a l e v i t á v e l , já s observam os que Acabe foi um 4- rei mau (1 Rs 1 6.30). Em vez de
L ições Bíb lic as 7
seguir os bons exemplos, como os de Davi, esse monarca do reino do Norte preferiu seguir os maus exem plos. O cronista destaca que “ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazero que era mal perante o Senhor, porque Jezabel sua mulher, o instigava” (1 Rs 21.25). Ainda de acordo com esse mesmo capítulo, Acabe se contristou quando foi repreendido pelo profeta, mas parece que foi um arrependimento tardio (1 Rs 21.1 7-29). Tivesse ele tomado essa atitude antes, o seu reinado teria sido diferente.
Por que não seguir os bons exemplos e assim evitar o amargor de um arrependimento tardio?
SINOPSE D O T Ó P IC O (4 )
A apostasia é um perigo real, mas também é um mal evitável através da vigilância do crente.
R ESPO N D A
4. Sobre o re i Acabe, o que o c ro n ista destaca?
5. Faça um breve com entário so b re os perigos da apostasia .
C O N C LU SÃ O
Ficou perceptível nessa lição que a apostasia no reino do Norte pôs em perigo a existência do povo de Deus durante o reinado de Acabe. A sua união com Jezabel demonstrou ser nociva não somente para Acabe, que teve o seu reino destroçado, mas também para o povo de Deus, que por muitos anos ficou dividido entre dois pensamentos em relação ao verdadeiro culto.
As lições deixadas são bastante ctaras para nós: não podemos fazer aliança com o paganismo mesmo que isso traga algumas vantagens políticas ou sociais; a verdadeira adoração a Deus deve prevalecer sobre toda e qualquer oferta que nos seja feita. Mesmo que essas ofertas tragam grandes ganhos no presente. Todavia nada significam quando mensuradas pela régua da eternidade.
R EFLEX Ã O
Elias fo i um cam peão de Deus, um dos m ais hum anos e fasc inantes pro fetas do Antigo Testam ento .’’
Lawrence O. Richards
8 L ições Bíb lic as
0
rRESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
O casamento misto e a institucionalização da idolatria.
2 . Promovendo a adoração ao falso deus Baal e procurando suplantar o
verdadeiro culto a Deus.3. Deus usou o profeta para predizer um período de grande fome e dessa forma fazer o povo refletir sobre o
seu pecado.4 . Que “n in gu ém houve, po is, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mal perante o Senhor, porque Jezabel sua mulher, o
instigava” (1 Rs 21 .25 ). 5. Resposta pessoal.
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO ISubsíd io Lexográfico“A p o s ta s ia[Do gr. apostá sis , afastamento]
Abandono premeditado e consciente da fé cristã. No Antigo Testamento, não foram poucas as apostasias cometidas por Israel. Só em Juizes, há sete desvios ou abjuração da verdadeira fé em Deus. Para os profetas, a apostasia constituí-se num adultério espiritual. Se a congregação hebreia era tida como a esposa de Jeová, deveria guardar- Ihe fielmente os preceitos, e jamais curvar-se diante dos ídolos.
Jeremias e Ezequiel foram os profetas que mais enfocaram a apostasia israelita sob o prisma das relações matrimoniais.
No Primitivo Cristianismo, as apostasias não eram d esco nh ecidas. Muitos crentes de origem israelita, por exemplo, sentindo-se isolados da comunidade judaica, deixavam a fé cristã, e voltavam aos rudimentos da Lei de Moisés e ao pomposo cerimonial levítico.
Há que se estabelecer, aqui, a diferença entre apostasia e heresia. A primeira é o abandono premeditado e completo da fé; a segunda, é a abjuração parcial dessa mesma fé” (ANDRADE, Claudionor Corrêa. D ic io n ár io Teo lóg ico . 1 3. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.56,57).
L ições Bíb lic as 9
Subsíd io Biográfico"ELIASElias foi chamado para servir como porta-voz de Deus na oca
sião em que o reino do norte havia alcançado sua mais forte posição econômica e política desde a separação feita pelo governo Davídico em Jerusalém.
[...] Sua primeira missão foi enfrentar o rei Acabe com o aviso de uma seca iminente, lembrando que o Senhor Deus de Israel, a quem ele havia ignorado, tinha o controle da chuva na terra onde viviam (Dt 11.1 0-1 2). Em seguida, Elias isolou-se e caminhou em direção a leste do Rio Jordão. Nesse lugar, ele foi sustentado pelas águas do ribeiro de Querite e pelo pão e carne milagrosamente fornecidos pelos corvos. É possível que esse “ribeiro” (nahal) seja o profundo vale do Rio Jarmuque, ao norte de Gileade. Quando o suprimento de água terminou por causa da seca, Elias foi divinamente instruído a ir até Sarepta, na Fenícia, onde seria sustentado por uma viúva cuja reserva de farinha e óleo havia sido milagrosamente aumentada até que a estação das chuvas fosse restaurada à terra. A identidade de Elias como profeta ou homem de Deus foi confirmada pela divina manifestação quando o filho da viúva foi restaurado à vida” (D icionário Bíb lico W y d iffe . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.628-29).
“ELISEU[...] Seu ministério profético cobriu toda a última metade do
século IX a.C., atravessando os reinados de Jorão, Jeú, Jeoacaz, e Joás, do reino do Norte. Sua influência estendia-se desde uma viúva endividada (2 Rs 4.1) até um homem rico e proeminente (4.8) e mesmo até dentro do próprio palácio de Israel (5.8; 6.9; 12, 21, 22; 6.32— 7.2; 8.4; 13.14-19). Além disso, outros reis Qosafá dejudá,2 Reis 3.1 1-1 9, Bem-Hadade da Síria, 8.7-9) e altos funcionários do exército sírio 5.1,9-1 9 procuravam sua ajuda.
Diferentemente de Elias que tinha uma tendência ao ascetismo, e a se afastar dos olhos do público, Eliseu viveu próximo às pessoas que servia, e gostava da vida social. Tinha uma casa em Samaria, a capital (2 Rs 6.32), mas viajava constantemente pelo país, tal como Samuel havia feito antes dele. Frequentemente parava para visitar seus amigos em Suném. Exatamente como Jesus fez, mais tarde, muitas vezes com Maria e Marta. Eliseu chorou quando falou com Hazae!, pois conhecia muito bem o cruel sofrimento que este causaria a Israel (2 Rs 8.1 1,1 2). [...] É evidente que muitos aspectos da pessoa e da obra de Eliseu são capazes de reproduzir em muitos aspectos o caráter e o ministério de nosso Senhor” (D ic io nário B íb lico W ycliffe. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.633).
10 L ições Bíb lic as
Elias , o T isbita
“E ele lhes d isse : Qual era o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos faiou estas pa lavras? E eles lhe d isse
ram : Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tisb ita”
<2 Rs 1.7,8).
V ER D A D E PRÁTICA
A vida de Eíias é uma história de fé e coragem. Ela revela como Deus soberanamente escolhe pessoas simpíes para torná-las gigantes espirituais.
H IN O S SUGERIDOS 84, 336 , 3 4 0
LE IT U R A DIARIA
S eg u nd a - 1 R s 18 .36 O Deus de Elias
T e rça - 1 R s 18.41-45 A fé de Elias
Q u a rta - 1 R s 1 7.1 A vocação de Elias
Q u in ta - 2 R s 9 .3 5 ,3 6 A natureza do ministério de Elias
Sexta - 1 R s 18 .18 A função social do profeta Elias
Sábado - Mt 1 7 .10 13 O lugar de Elias nas Escrituras
T E X T O Á U R EO
L ições Bíb l ic as 11
àí:,;
L E IT U R A BÍBLICA EM CLASSE1 R e is 1 7.1-7
1 - Então, Elias, o tisbita , dos m oradores de GUeade, d isse a Acabe : Vive o SENHOR, Deus de Israe l, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá , senão se gundo a m inha palavra .2 - Depois, veio a ele a pa lavra do SENHOR, d izendo :3 - Vai-te daqui, e vira-te pa ra o orien te , e esconde-te ju n to ao ribe iro de Q uerite, que está diante do Jo rdão .4 - E há de s e r que beberás do r ib e iro ; e eu tenho o rd e nado aos co rv o s que a li te susten tem .5 - Foi, po is , e fez conform e a p a la v ra do SENHOR, porque fo i e habitou ju n to ao ribe iro de Q u erite , que e stá d ian te do Jo rd ã o .6 - E os co rvo s lhe tra z iam pão e carne pela m anhã, como tam bém pão e carne à noite; e bebia do ribe iro .7 - E sucedeu que, passados d ias, o ribe iro se secou, p o rque não tinha havido chuva na te rra .
IN TERA ÇA O
Sobre o cham ado de Elias — como ele se deu (onde e quando) — as E sc r itu ra s s ilen ciam . Em co n tra p a rtid a , a Bíblia m ostra um E lias ousado, tem ente a Deus e pronto pa ra rea liza r a vontade d ivina . Isso é fru to de uma verdadeira vocação divina .O verdadeiro cham ado nasce no co
ração . Ele arde com o cham a interior. Porém , se desenvolve para muito além do recôndito da alm a. O cham ado de Deus na vida de um a pessoa tam bém flo resce pub licam en te . Vai além da fam ília e da ig re ja loca l. Esse cham ado que inunda à a lm a , a ig re ja re co n h ece , a lid e ra n ça co n firm a e Deus usa . A fina l de contas, qual é o seu cham ado?
O B JETIV O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
D e sc re v e r a vocação e a chamada de Elias.
Co m p reen d er como se deu a atuação do profeta Elias.
D e sta ca r o papel de Elias junto a monarquia e nas Escrituras.
O R IEN TA ÇÃ O PED A GÓ G ICA
Prezado professor, para concluir a lição desta semana, sugerimos uma atividade prática. Você vai precisar de papel ofício e caneta. Distribua-os à classe. Em seguida solicite a cada aluno para
que escreva o que mais gostam de fazer na vida. Logo após, pergunte se o que apontaram tem haver com o chamado pessoal de Deus. Conclua a atividade
explicando o quanto eles precisam considerar o chamado do Eterno nas esferas de suas vidas. Afirme que tal chamado pode ou não se dar na esfera eclesiásti
ca, mas também na “secular”.
12 L ições Bíblicas
INTRODUÇÃONesta lição, estudaremos mais
detalhadamente os fatos relacionados à vida e à obra de um dos maiores personagens da história sagrada. Elias aparece nas páginas da Bíblia como se viesse do nada. De fato a Escritura silencia sobre a identidade de seus pais e também de sua parentela; diz apenas que ele era tisb ita , dos m oradores * de Ciieade! Parece muito pouco para um homem que irá ocupar um grande espaço na história bíblica posterior.
Todavia é esse homem enigmático que protagoniza os fatos mais impactantes na história do profetismo de Israel. Isso acontece quando denuncia os desmandos do governo dos seus dias e desafia os falsos profetas que infestavam o antigo Israel. Elias é um modelo de autenticidade e autoridade espiritual a quem devemos imitar.
I - A ID E N T ID A D E DE ELIAS1. Sua terra e su a gente. O
relato sobre a vida do profeta Elias inicia-se com uma declaração sobre a sua terra e seu povo: “Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade” (I Rs 1 7.1). Estas palavras põem no cenário bíblico uma das maiores figuras do movimento profético. Elias era de Tisbe, um lugarejo situado na região de Gileade e a leste do rio Jordão. Esse lugar não aparece em outras passagens bíblicas, mas é citado somente no contexto do profeta Elias (1 Rs 21.1 7; 2 Rs 1.3,8;9.36). Elias se tornou muito maior do que o meio no qual vivia. Na verdade, não foi Tisbe que deu nome
a Elias, mas foi Elias que colocou* Tisbe no mapa!
Davi, Pedro, Paulo, também | construíram uma história cheia de | sentido e significância. Todos nós $ deveríamos imitá-los e viver de tal modo que a nossa história se tornasse um testemunho para aí1 posteridade.
2. Sua fé e seu Deus. O nome | do profeta Elias já revela aígo de ‘ sua identidade, pois significa Javé
x é o meu Deus ou ainda Ja v é é D eus. Elias era um israelita e como tal fj professava sua fé no à Deus verdadeiro que através da história havia se revelado ao seu povo.
Com o desenrolar dos fatos vemos o profeta afirmando essa verdade. Por exemplo, quando desafiava os profetas de Baal, Elias orou: “Ó f| Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo” (1 Rs 1 8.36). Deus era o | Senhor dos patriarcas; da nação de ;; Israel e Elias era um servo dEle! Deus era o Senhor de Abraão, um dos maiores personagens da história bíblica, mas Elias estava consciente de que Ele também era o seu Deus! i
Assim como Elias, o crente _ deve saber de forma precisa quem é ■ seu Deus para que dessa forma pos- I sa ter uma fé viva e não vacilante. 8
SINOPSE D O T Ó P IC O (1 )
Elias era oriundo de Tisbe, lugarejo a leste do Rio Jordão. Seu nome significa “Javé é o meu Deus”.
RESPONDA
/. Q ual o s ig n if ic a d o do nom e Elias?
PALAVRA-CHAVE
Vocação:Esco lha , cham am en
to, d isposição .
L ições Bíb lic as 13
Bi
IS - O M IN ISTÉR IO PROFÉTICO DE ELIAS
1. Sua vocação e cham ada.A vocação e chamada de Elias foram divinas da mesma forma como foram as vocações e chamadas dos demais profetas canônicos. Esse fato é logo percebido quando vemos o profeta Elias colocar Deus como a fonte por trás de suas enunciações proféticas: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em outra passagem bíblica Elias diz que suas ações obedeciam diretamente a uma determinação divina (1 Rs 18.36). Somente um profeta chamado diretamente pelo Senhor poderia falar dessa forma.
De uma forma geral todo cristão foi chamado para a salvação, porém, alguns foram chamados para tarefas especiais. É a nossa vocação e chamada quem nos habilita para a obra do Senhor.
2. A natureza do seu m in istério. A natureza divina e, portanto, sobrenatural do ministério do profeta Elias é atestada pela inspiração e autoridade que o acompanhavam. A história do profeta Elias é uma história de milagres. É uma história de intervenções divinas no reino do Norte. Encontramos por toda parte nos livros de Reis as marcas da inspiração profética no ministério de Elias. Isso é facilmente confirmado pelo escritor bíblico quando se refere à morte de Jezabel (2 Rs9.35,36). Assim como Elias predisse, aconteceu! Elias possuía inspiração e autoridade espiritual.
De nada adianta possuir um ministério marcado pela popularidade e fama se ele é carente de autoridade e poder divino.
SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )
A inspiração e a autoridade encontradas em Elias denotam a natureza divina do seu ministério.
RESPONDA
2. Que fatos autenticam o ministério profético de Elias?
III - ELIAS E A M O N A R Q U IA
1. Buscando a ju s t iç a . Nahistória do profetismo bíblico observamos a ação dos profetas exortando, denunciando e repreendendo aos reis (1 Rs 18.18). O livro de 1 Reis mostra que o profeta Elias foi o primeiro a atuar dessa forma. Na verdade as ações dos profetas revelam uma luta incansável não somente em busca do bem-estar espiritual, mas também social do povo de Deus. Quando um monarca como o rei Acabe se afastava de Deus, as consequências poderiam logo ser percebidas na opressão do povo. A morte de Nabote, por exemplo, revela esse fato de uma forma muito clara(1 Rs 21.1-1 6). Acabe foi confrontado e denunciado por Elias pela forma injusta como agiu!
2. A restauração do culto. Como vimos, os monarcas bíblicos serviam tanto de guias políticos como espirituais do povo. Quando um rei não fazia o que era reto diante do Senhor, logo suas ações refletiam nos seus súditos (1 Rs 16.30). A religião, portanto, era uma grande caixa de ressonância das ações dos reis hebreus. Nos dias do profeta Elias as ações de Acabe e sua mulher Jezabel sofreram oposição ferrenha do profeta porque elas estavam pulverizando o verdadeiro culto (1 Rs 19.10). Em um diálogo que teve com Deus, Elias afirma que
14 L ições Bíblicas
a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Deus verdadeiro e em seu lugar levantado outros altares para adoração aos deuses pagãos. Como profeta de Deus coube a Elias a missão de restauraro altar do Senhor que estava em ruínas (1 Rs 1 8.30).
SINOPSE D O T Ó P IC O (3 )
Elias denunciou que a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Senhor.
RESPONDA
3. Descreva a atuação de Elias durante a m onarquia na qual viveu.
IV - ELIAS E ALITER A TU R A BÍBLICA
1. No Antigo Testam ento.Até aqui vimos que os dois livros de Reis e uma porção do livro das Crônicas trazem uma ampla cobertura do ministério profético de Eiias. O Antigo Testamento mostra que com Elias tem início a tradição profética dentro do contexto da monarquia. Foi Elias quem abriu caminho para outros profetas que vieram depois. Mas Elias não possuía apenas um ministério de cunho profético e social, seu ministério também era escatológico. Malaquias predisse o aparecimento de um profeta como Elias antes “do grande e terrível dia do Senhor” (Ml 4.5).
2. No Novo Testam ento. Emo Novo Testamento encontramos vários textos associados à pessoa e ao ministério do profeta Elias. Jesus identifica João, o batista, como aquele que viria no espírito e poder de Elias (Lc 1.17; Mt 17.10-13). No monte da transfiguração, o evangelista afirma que Elias e Moisés
fafavam com o Salvador acerca da sua '“partida” (Mt 1 7.3; Lc 9.30,31). Quando o Senhor censurou a falta de fé em Israel, ele trouxe como exemplo a visita que Elias fizera à viúva de Sarepta (Lc 4.24-26). No judaísmo dos tempos de Jesus, Elias era uma figura bem popular devido aos feitos miraculosos, o que levou alguns judeus acharem que Jesus seria o Elias redivivo (Mt 16.14; Mc6.1 5; 8.28).
SINOPSE D O T Ó P IC O (4 ) |Com Elias, o Antigo Testa-
mento destaca o desenvolvimento da tradição profética no regime monárquico.
R ESPO N D A4. Que fatos podem se r destacados sobre o m inistério de Elias no Antigo || Testam ento?5. Cite pelo menos três referências bíblicas sobre Elias em o Novo Testamento.
CONCLUSÃOOs comentaristas bíblicos ob
servam que os capítulos 1 7— 22 do livro de 1 Reis, que cobrem o período do reinado de Acabe, mostram que o declínio religioso termina com arrependimento ou julgamento divino. De fato, observamos que a mensagem profética de Elias visava primeiramente a produção de arrependimento e não a manifestação dairadivrna. Isso é visto claramente quando Acabe se arrepende e o Senhor adia o julgamento que havia sido profetizado para os seus dias (1 Rs 21.27-29). Fica, pois, a lição para nós revelada na história do profeta Elias: a graça de Deus é maior do que o pccado e suas consequências. Fomos alcançados por essa graça!
L ições Bíb l ic as 15
A U X ÍL IO B IB L IO G R Á FIC O 1
Subsíd io Sociológico“A Profecia entre o s H ebreusDos nomes hebreus aplicados
aos profetas como representantes de um movimento espiritual em Israel, o termo n a b h i’ foi, sem dúvida alguma, o mais largamente usado. Originalmente pensava-se que era derivado de uma raiz indicando um ‘orador’, mas agora é sabido que seu significado básico é ‘chamar’. O r\a- bh i’ era, portanto, um indivíduo que tinha sido chamado por Deus para algum propósito específico, e que assim mantinha um relacionamento espiritual em particular com Ele. O profeta era essencialmente uma figura carismática, autorizado a falar aos israelitas em nome do seu Deus. Antes da época de Samuel, tais indivíduos eram geralmente designados como um ‘homem de Deus’, e na mesma época de Saul e Davi essa expressão era aparentemente sinônimo de n a b h i’. As declarações dos profetas hebreus eram consequência direta de seu relacionamento espiritual com Deus, e, em essência, abrangiam variações sobre temas teológicos e da aliança cultuados na Lei. De fato, não há uma única doutrina profética que já não tenha sido apresentada, ao menos na forma embrionária, na Tora; deste modo, os profetas podem ser considerados comentadores além de pioneiros do utrinário s” (HARRISON, R. K. T e m p o s do A n tig o T e sta m e n to : Um C ontexto So c ia l, Político e C u ltu ra l. l .ed . Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.21 8).
V O C A B U LÁ R IOC a r ism á t ic a : Relativo a quem tem carisma. Força divina conferida a uma pessoa.R ecônd ito : Oculto, escondido.E c le s iá s t ic a : Pertencente ou relativo à Igreja; eclesiaL
BIBLIOGRAFIA SUG ERIDA
ZUCK, Roy B. T e o lo g ia do A n tigo Testam ento . 1. ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2009.DEVER, Mark. A M ensagem do Antigo Testam ento : Uma Exposição Teológica e Homilética.1. ed. Rio de Janeiro: 2008.
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão CPAD,
n° 53, p .37.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Javé é Deus. 2 . A inspiração e autoridade espi
ritual.3. Elias combateu a injustiça e buscou a restauração do culto.4. Elias possuía um ministério
de cunho social, profético eescatológico.
5» Mateus 1 6.1 4; Marcos 6.1 5 eLucas 1.17.
16 L íções Bíb l ic a s
Lição 320 de Janeiro de 2013
A L o n g a Seca Sobre Israel
^ "E 5e o mew que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar
a minha face, e se converter dos seus m aus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e
sarare i a sua te rra ” (2 C r 7.14).
V E R D A D E PRA TICA
£ A longa seca sobre Israel teve como | objetivos disciplinar e demonstrar a Ê soberania divina sobre os homens.
--XJ
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LE IT U R A D IÁ RIA
Seg u n d a - 1 R s 18.21O que motivou a estiagem
T e rça - 1 R s 18.2 As consequências da estiagem
Q u a rta - 1 R s 1 8 .3 9 FL. As lições deixadas pela estiageml '-- Q U inta - 1 7 .4 ; 18.1 3
As provisões de Deus durante aestiagem
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rrjg&t I
Sexta - 1 R s 1 7 .1 ; 18.1 ■7. O lugar da profecia na estiagem
Sáb ad o - Tg 5.1 7 ,18 A soberania de Deus na estiagem
: -
jç õ es Bíb l ic a s 17
IN TER A Ç Ã O
“Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul [como as torrentes no Neguebe - ARA]". Esta é uma porção do Salmo 126. O povo de Israel está alegre por ter sido liberto do cativeiro através do decreto do rei Ciro. Então, eles se lembraram de Jerusalém. Muros caídos e Templo em escombros, por isso clamaram: ‘Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR.” A imagem que eles tinham era a da região do Neguebe que todo o ano ficava em sequidão. Mas pelo menos uma vez por ano havia chuvas torrenciais e a região enchia-se de águas. Logo após, o rio no Neguebe baixava e começavam brotar flores. O deserto tornava-se pastos verdejantes. Entãor o povo pede em canção: Restaura-nos “como as torrentes no Neguebe (ARA)’’. Professor, Deus pode mudar a nossa sorte e transfor-
^mar o nosso “deserto" em jardim florido.
L E IT U R A B ÍBLICA EM CLASSE1 Reis 18.1-8
1 - E sucedeu que, depo is de m uitos d ia s, a p a la v ra do SENHOR veio a E lia s no te rce iro ano, d izendo : Vai e m ostra-te a A cabe , po rque d a re i chuva sob re a te rra .
2 - E fo i E lia s m o stra r-se a g A ca be ; e a fom e e ra extrem ai em Sam aria .
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3 - E A cabe cham ou a O bad ias,o m ordom o . (O b a d ia s tem ia m uito ao SENHOR,
4 - p o rq u e su ced eu que, d e s tru in do Je za b e l os p ro fe ta s do SEN HO R, O bad ia s tom ou cem p ro fe ta s , e de c in q u en ta em c in q u en ta os e scon d eu , num a co va , e os su s ten to u com pão e á g u a .)
5 - £ disse Acabe a O badias: Vai pela te rra a todas as fon tes de água e a todos os r io s ; pode s e r que achem os e rva , p a ra que em vida co n se rve m o s os ca va los e m u las e não este jam os p riva d o s dos an im ais.
6 - E r e p a r t ira m e n tre s i a te rra , p a ra p a ssa rem p o r e la ; Acabe fo i à p a rte p o r um cam inho, e O badias tam bém fo i á p a rte p o r ou tro cam inho.
7 - Estan do , p o is , O bad ias já em cam in ho , e is que E lia s o e n c o n tro u ; e, co n h ecen d o -o e le , p ro s tro u -se so b re o seu ro sto e d is se : És tu o m eu se n h o r E lia s?
8 - E d isse-lhe e le : Eu so u ; vai e dize a teu sen h o r : E is que aqu i está Elias.
O B JET IV O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
E x p lic a r o porquê da longa estiagem.
R e la ta r as consequências e lições deixadas pela seca.
C o n s c ie n t iz a r - s e de que Deus é soberano.
O R IEN TA Ç Ã O PED A G Ó G ICA
Prezado professor, para iniciar a lição de hoje é importante conceituar o
fenômeno da estiagem ou seca. Reproduza na lousa o seguinte esquema: (1)
conceito: (2) diferença: (1) Explique que a seca ou estiagem é um fenômeno do clima, causado pela insuficiência de chuva por um período bem longo. No
entanto (2) há uma diferença entre seca e estiagem. Estiagem é um fenômeno climático que ocorre num intervalo de
tempo, já a seca é permanente.
18 Liç o es Bíbi.tcas
IN T R O D U Ç Ã O
A longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1 Rs 17.1,2; 18.1,2) é citada emo Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: “Elias [...] orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.1 7). A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível. Todavia, no contexto do reinado de Acabe ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais.
I - O P O R Q U Ê D A SECA
1. D is c ip l in a r a nação . Oculto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 1 8.21). De fato a palavra hebraica a s ’iph, traduzida como pensam entos, mantém o sentido de am bivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração divi
dido somente um remédio amargo surtiria efeito (1 Rs 18.37).
2. R eve la r a d iv ind ad e v e rdadeira . Quando Jezabel veio para Israe! não veio sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e uma vontade obstinada de fazer de seus deuses o principal objeto de adoração entre os hebreus. De fato observamos queo culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs
16.30-33). A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenôm enos
naturais. A longa seca sobre o reino do Norte criou as condições neces- % sárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal § divindade não passava de um deus | falso (1 Rs 1 7.1,2; 18.1,2,21,39). |
Deus não precisa provar nada g para ser Deus, mas os homens cos- tumam responder favoravelmente | quando suas razões são convenci- das pelas evidências. I
---------------------------------------------------- ISINOPSE D O T Ó P IC O (1 )
Havia dois motivos majoritários § para o porquê da seca: disciplinar a |f nação e revelar o Deus verdadeiro, f,
R E S P O N D A |
1. De aco rdo com a lição , com o a J seca co n trib u iu p a ra a execução £ do p lano de D eus? '0
II - OS EFEITOS D A SECA |
1. E s c a s s e z e fom e. A Escri- * tura afirma que “a fome era extrema * em Samaria” (1 Rs 1 8.2). A seca já ■§
s r i t i t ~i~m~irciiwM— iiir iT i • í i i i i i m \ m
L içõ es Bíb l ic as 19
PALAVRA-CHAVE
Seca:Tem po seco ; fa lta
ou ce ssa çã o de chuva .
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havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 1 8.5 revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo abatidos. O desespero era geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18.2 diz que a estiagem foi violenta e severa . A verdade é que o pecado sempre traz consequências amargas!
2« Endurecim ento ou a rre pendim ento. É interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes sobre a casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo, durante a estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de Israel (1 RsI 8.1 7). Quem resiste a ação divina acaba por ficar endurecido!
Por outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado (1 Rs 1 8.21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: “O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1 Rs 1 8.39). O Novo Testamento alerta: “[...] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7,8).
SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 )
g Numa esfera material a seca |í provocou escassez e fome. Mas, do5 ponto de vista espiritual, arrependi-
mento para o povo e endurecimento para os nobres.
RESPONDA
2. Cite duas consequências imediatas advindas com a seca ,
III - A PRO VISÃO D IV IN A NA SECA
1. P r o v is ã o p e s s o a l . Hásempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (1 Rs 17.1 -7). A forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância. Primeiramente, Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: “Vai-te daqui” (1 Rs 17.3). Deus julga e não quer que o seu servo experimente as consequências amargas desse ju ízo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te junto ao ribeiro de Querite” (1 Rs1 7 .3 ). Deus não estava fazendo espetáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne” (1 Rs 17.6). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!
2. P ro v isã o co letiva . Ficamos sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provisão para um grande número de pessoas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de Obadias, mordomo do rei Acabe, provendo livramento e suprimento para os seus servos: “Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em dn-
2 0 L ições Bíb l ic as
quenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água” (1 Rs18.4). Em segundo lugar, o próprio Senhor falou a Elias que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal: “Eu fiz ficar em Israel sete mil” (1 Rs 1 9.1 8). Deus cuida de seus servos e sempre lhes provê o pão diário.
SÍNOPSE D O T Ó P IC O (3 )Deus mandou provisão para
os profetas em duas perspectivas: pessoal, ao profeta Elias e coletiva, aos cem outros profetas.
RESPONDA3. De que form a a provisão divina se m anifestou durante a estiagem ?
IV - AS LIÇÕES D EIXA D A S PELA SECA1. A m a je sta d e d iv in a . Há
alguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de Elias, conforme registrado nos versículos do capítulo 17 do primeiro livro dos Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra controle sobre os fenômenos naturais (1 Rs 17.1). Em segundo lugar, Deus mostra a sua onipresença durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus sempre presente: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer passadas, quer presentes, ou futuras. O profeta disse que não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (1 Rs 17.1).
2 = O p e c a d o tem o s e u c u s t o . Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe durante
o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados: “Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins” (1 Rs 18.1 8). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado. O pecado pode ser atraente e até mesmo desejável, mas tem um custo muito alto. Não vale a pena!
SINOPSE D O T Ó P IC O (4 ) |
A estiagem em Israel deixou % duas grandes lições: a primeira % é que Deus é majestoso e sobe- % rano. A segunda, de igual forma é bem clara: que o pecado cobra ||a sua conta. p
RESPONDA %TÁ
4. O que o pro feta a firm a relativo a ||tudo o que ocorrera em Israel? |i5. Quais lições se podem aprender J| através da seca em Israel?
C O NCLUSÃO
A longa seca sobre o reino do Norte agiu como um instrumento de ju ízo e disciplina. Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor foram alcançados. O povo voltou para Deus e o perigo de uma apostasia total foi afastado.
A fome revelou como é vão adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus revela-se de forma maravilhosa.
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L içõ es Bíb l ic a s 21
V O CA B U LÁ R IOClimático: Relativo a clima; condições meteorológicas (temperatura, pressão e ventos) característica do estado médio da atmosfera num ponto da superfície terrestre.Topografia : Descrição minuciosa de uma localidade.T o rre n c ia l: Em grande quantidade, abundante.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
AHARONI, Yohanan; AVI-YONAH, Anson F (et al). A t la s Bíblico. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999. MERRIL. Eugene H. H istó r ia de Is ra e l no A ntigo T e stam en to : O re ino de sa ce rd o te s que Deus co locou en tre a s nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 53, p.37
A U X ILIO B IBLIO G RÁ FICO I
as■:-á
Subsíd io Geográfico“ R e g iõ e s g e o g r á f i c a s d a
p a le s t in aO terreno da Terra Santa é bas
tante variado, principalmente devido aos fortes contrastes climáticos de região para região. A principal característica do relevo da Terra Sanla e da Síria é a grande fenda que se estende desde o norte da Síria, atravessando o vale do Líbano, o vale do Jordão, o Arabá e o golfo de Elate, até a costa sudeste da África. Esta fissura divide a Palestina em ocidental — Cisjordâ- nia — e a oriental — aTransjordânia. Há enormes diferenças de altitude em curtas distâncias. A distância entre o Hebrom e as montanhas de Moabe, em linha reta, não passa de 58 quilômetros, embora ao atravessá-la seja necessária uma descida de mais de 91 5 metros. Esses contrastes formam o árido Arabá, na extremidade do deserto da Judeia, com suas escarpas irregulares, e, do lado oposto, os planaltos férteis e irrigados da Transjordânia. Essas variações de terreno e clima deram lugar a padrões extremamente diversos de povoados na Palestina, que resultaram em divisões políticas correspondentes na maioria dos períodos.
Em várias ocasiões, as regiões mais distintas da Terra Santa são claramente definidas e listadas na Bíblia segundo a topografia e o clima (Dt 1 .7 ;Js 10.40; 1 l . ! 6 ; J z 1.9 etc.)” (AHARONI, Yohanan; AVI-YONAH, Anson F (et aí). A t la s B íb lico . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 14).
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
Disciplinando a nação e revelando quem era a divindade verdadeira.
2 . Fome e escassez.3. Trazendo provisão pessoal, istoé, ao profeta Elias e também de forma coletiva aos cem profetas escondi
dos por Obadias.4. Que tudo o que estava acontecendo
em Israel era resultado do pecado.5. Resposta pessoal.
2 2 L ições Bíblicas
A U X IL IO B IB LIO G R Á FIC O IIS u b síd io H istórico
“A ca b e d e Is ra e lO ímpeto de Josafá de envolver-se em tantas confusões procedia da
influência do reino do Norte, começando com Acabe. Depois de suceder Onri em 874, Acabe governou os próximos vinte anos com prosperidade e influência internacional — graças à severa política de seu pai — mas este período também caracterizou-se pela decadência moral e espiritual, Como não bastasse a apostasia entre o povo para com Yahweh, Acabe casou-se com Jezabel, filha do rei Etbaal, de Sidom, a qual inseriu seu deus Baal e a adoração a Aserá em Samaria. Pela primeira vez o culto a Yahweh foi oficialmente substituído pelo paganismo, não havendo sequer permissão para que ambos coexistissem na mesma região.
O m in is té r io de E l ia sAo invés de riscar seu povo da terra, o Senhor levantou um dos mais
fascinantes e misteriosos personagens bíblicos — Elias, o profeta — para confrontar-se com os habitantes de Israel, pregando contra seus pecados ^ e anunciando o julgamento divino. Um dia Elias apareceu subitamente diante de Acabe, e profetizou que Israel passaria por alguns anos de seca, em consequência do afastamento de Yahweh e da associação com Baal (1 Rs 17.1). Três anos mais tarde (1 Rs 18.1), Elias reapareceu e confrontou-se com os profetas de Baal e Aserá no monte Carmelo, que era o mais famoso centro religioso de adoração a Baal. O resultado do conflito foi um total descrédito dos profetas pagãos e seus deuses, j i Após todos eles serem mortos, Elias anunciou a Acabe o fim próximo da seca. Baal, o suposto deus do trovão, do raio e da fertilidade, teve de retirar-se em total humilhação diante de Yahweh, o único e verdadeiro Deus, que provou ser a única fonte de vida e bênçãos.
A s in v a s õ e s de Ben-H adadeA razão para Ben-Hadade atacar Samaria não está declarada, mas
pode-se deduzir que este rei não se agradava da amizade crescente entre Israel e Sidom, cuja evidência achava-se na união matrimonial entre Acabe e Jezabel. Ben-Hadade certamente viu a aliança entre as duas nações como um obstáculo ao seu livre acesso ao mar e às principais rotas comerciais da costa. Além disso, caso a cronologia aqui defendida esteja correta, Salmaneser III da Assíria já estaria, por esse tempo, em seu programa de expansão internacional para o oeste, atingindo a Aram e a Palestina, forçando consequentemente o rei Ben-Hadade a colocar-se em posição defensiva. O historiador bíblico indica que Ben-Hadade estava acompanhado de outros trinta e dois reis, um indício de que ele também havia feito outras alianças para tratar com a futura ameaça da assíria. Pode ser, é claro, que ele tenha pedido ajuda, cujo recuo fez Ben-Hadade tentar a coalização à força” (MERRÍL. Eugene H. H istória de Is rae l no Antigo Testam en to : O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.366-68).
L iç õ e s Bíb l ic a s 2 3
‘‘Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois
pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não
respondeu nada” O Rs 18.21).
V E R D A D E PRATICA
O confronto entre Elias e os profetasde BaaS marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsaadoração em Israel.
HINO S SUGERIDOS 124, 342, 454
Lição 4
Elias e os Pro fetas de Ba a l
T E X T O A U R EO
27 de Janeiro de 2013
LE IT U R A D iA RIA
Segunda - 2 R s 1 .2 ,3 Rejeitando os falsos deuses
T e rça - 1 R s 18 .19 Rejeitando os falsos profetas
Sexta -1 R s 18.21 Rejeitando a falsa adoração
Sábado -1 R s 18 .24 Promovendo a verdadeira adoração
Q u a rta - 2 R s 10.11 Rejeitando os falsos sacerdotes
Q u in ta - Ex 12 .38Rejeitando o sincretismo religioso
2 4 L ições Bíb lic as
L E I T U R A B ÍB L IC A EM C L A S S E1 R e is 18 .36-40
36 - Sucedeu , pois, que, o fe re cendo-se a o ferta de m an jares,o p ro fe ta Elias se chegou e d isse : Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, m an ifeste-se hoje que tu és D eus em Israe l, e que eu sou teu servo , e que conform e a tua pa lavra fiz todas esta s co isas.
37 - Responde-m e, SENHOR, responde-m e , p a ra que este povo conheça que tu, SENHOR, és D eus e que tu fizeste to rn a ro seu co ração p a ra trá s .
38 - Então, ca iu fogo do SE NHOR, e consum iu o ho locausto, e a lenha, e a s p ed ra s , e o pó, e ainda lam beu a água que estava no rego .
39 - O que vendo todo o povo , ca iu so b re os seu s ro s to s e d isse : Só o SENHOR é Deus! Sóo SENHOR é Deus!
4 0 - £ E lia s lhes d is se : Lança i mão dos p ro fe ta s de Baal, que nenhum deles escape . E lançaram m ão d e le s ; e E lia s os fez d e sce r ao r ib e iro de Q uisom e ali o s m atou.
INTERAÇÃONão são poucos os fa lso s p ro fe ta s que tentam a to rm e n ta r a vida daqueles que se rvem a Je su s . O p io r é que este s em g e ra i conhecem os sen tim en tos e a s fra g ilid a d e s e sp ir itu a is dos que os ouvem , e não perdem a oportun idade de lem brá-los de que tem au to ridade p a ra d e te rm in a r - lh e s a “v o n ta d e d iv in a P r e z a d o p ro fe sso r , não são poucos os ca so s com que nos d ep a ram os com e sse tipo de p esso a , p o r isso , oriente seu s alunos quanto a esse p erig o . Encora je-os a não tem erem os fa lso s p ro fe ta s . A ordem de Je su s pa ra nós em re lação a este s enganadores é : “Acautela i-vos".
O B JET IV O S
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
D e s ta c a r a importância de se confrontar os falsos deuses.
E x p lica r quais são os perigos de dar crédito aos falsos profetas.
C o n s c ie n t iz a r - s e da necessidade de confrontar a falsa adoração.
I
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O R IEN T A Ç Ã O P ED A G Ó G IC A
Professor, para concluir o terceiro tópico da lição, reproduza o esquema da página seguinte de acordo com as
suas possibilidades. Explique aos alunos que a adoração vai muito além do culto semanal. Ela é um estilo de vida. Não há como enganar a si mesmo vinte e quatro
horas por dia. Adoração verdadeira é fruto da sinceridade do coração. Não há
lugar para dissimulação, perversidade e mentiras. Mas sim para a verdade, o amor e a voluntariedade. É tudo aquilo que revela a essência da vida. Sejamos,
pois, verdadeiros adoradores?
!
L ições Bíb l ic as 2 5
( T f X ,■te. % M !r~ O JL A
IN TR O D U ÇÃ O0 confronto de Elias com
os profetas de Baal, conforme narrado no décimo oitavo capítulo do livro de 1 Reis, foi um dos fatos mais significativos da história bíblica. Mais significativo ainda foi a vitória que o profeta de Tisbe obteve sobre os falsos profetas: significou a continuidade da existência de Israel co m o povo a quem Deus havia escolhido para cumprir seu propósito salvífico com a humanidade.
Nesta lição, e stu d arem o s como o profeta Elias foi usado pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo com que o povo de Deus a b an d o n asse a fa lsa adoração.
1 - C O N F R O N T A N D O OS FALSOS DEUSES
1. C o n h e c e n d o o f a l s o d e u s B aal. Baal era uma divindade cananeia (1 Rs 16.31). Por diversas vezes fizemos referência a esse fato, mas aqui iremos conhecer mais detalhadamente
L esse falso deus, e assim entender
PALAVRA-CHAVE
F a lso :Contrário a
realidade; fingim ento, dissim ulação, dolo.
porque ele causava tanto fascínio no mundo cananeu e também em Israel. A palavra Baal significa p ro p rie tá r io , m arido ou senhor.
Os e s tu d io s o s o b se rv a m que esse nome traz esses significados para demonstrar que a divindade pagã exercia controle e posse não somente sobre o lugar
onde se enco ntrava , mas também sobre as pessoas. Os profetas estavam co n sc ie n te s de que não se podia admitir tal fato entre o povo de Deus, e por
isso levantaram suas vozes em protesto contra a divindade pagã (1 Rs 21.25 ,26).
2 , Id e n t i f ic a n d o a f a l s a d iv in d a d e A s e rá . A crença cananeia dizia que El seria o deus principal, isto é, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe.0 texto bíblico de 1 Reis 18.17-1 9, faz referência a essas duas divindades. A palavra poste-ídolo neste texto é a tradução do termo hebraico 'a sh e ra ou A se rá , e mantém o significado de bosque p a ra a d o ra ção de ído los. Aserá, conhecida também como Astarote ou Astarte, era uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e também da colheita. No texto bíblico observamos que ela exerceu uma influência grandemente negativa
C A R A C T E R ÍS T IC A S D A A D O R A Ç Ã O
VERD AD EIR A
■ Produz verdade;■ Produz sinceridade;■ Produz sentim ento nobre;- Produz arrependim ento;■ Produz bom caráter;« Produz entrega e voluntariedade
FALSA
■ Produz m entira;■ Produz d issim ulação ;■ Produz sentim ento egoísta;■ Produz espetáculo ;■ Produz um mau caráter;■ Produz avareza e ganância.
2 6 L ições Bíb l ic a s
entre o povo de Deus (Jz 2.1 3, 3.7;1 Rs 1 1.33). Assim entendemos o porquê da resistência profética a esse culto.
SINO PSE D O T Ó P IC O (1 )
A crença popular cananita dizia que El era o deus principal, ou seja, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe.
R E S P O N D A
7. De aco rd o com a tição, qu a is as d u a s d iv in dades p a g ã s p rin c ip a is no re ino do N orte?
II - C O N F R O N T A N D O OS FALSOS PRO FETAS
1. P ro f e t iz a v a m s o b e n c o m e n d a . Os fatos ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez confirm ar uma verdade: nenhum sistem a é profético, nenhum profeta pertence ao sistem a. O texto de 1 Reis 18.19 destaca e ssa verdade. Os profetas de Baal eram, de fato, profetas, mas comiam da mesa de Jezabel. Eram profetas, mas possuíam seus ministérios a lugados para Acabe e sua esposa. Eles profetizavam o que o rei queria ouvir, pois faziam parte do sistem a estatal de governo. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a igreja, podem ficar com prom etidos com qualquer esquem a religioso ou político. Se a ss im o f iz e re m , perdem su a s v o z e s p ro fé t ic a s (1 Rs22.1 3,14).
2 . E ra m m a is n u m e r o s o s . Acabe e sua esposa, Jezabel, ha
viam institucionalizado a idolatria no reino do Norte. Baal e Aserá não eram apenas os deuses principais, mas também os oficiais. O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real necessitava de um grande número de fa lsos profetas. O texto sagrado por diversas vezes destaca esse fato (1 Rs 1 8.1 9). E Elias pôs isso em evidência na presença do povo (1 Rs 18.22). Não havia verdade, autenticidade e tampouco qualidade no falso culto, mas apenas quantidade.
SIN O PSE D O T Ó P IC O (2 )
Os falsos profetas de Acabe eram mais numerosos e profetizavam por encomenda.
R E S P O N D A
2. Explique com o alguém pode de ix a r de s e r um a voz p ro fé tica .
I I I - C O N F R O N T A N D O A FALSA A D O R A Ç Ã O
1. Em que e la im ita a v e rd a d e ira . O relato do capítulo1 8 de 1 Reis revela que a adoração a Baal possuía rituais que tinham certa semelhança com o ritual hebreu. Usavam altar, havia música, danças e também havia sacrifíc ios. Elias, porém, sabia que aquela religião falsa, apesar de suas crenças e rituais, jam ais conseguiria produzir fogo (1 Rs 18.24). O teste seria, portanto, a produção de fogo!
L ições Bíb l ic a s 2 7
Observamos que os profetas de Baal ficaram grande parte do dia tentando produzir fogo e não conseguiram (1 Rs 1 8.26-29). Uma das marcas do culto faiso é exatamente a tentativa de copiar, ou reproduzir, o verdadeiro. Encontramos ainda hoje dezenas de religiões e seitas tentando produzir fogo santo e não logram qualquer êxito. Somente o verdadeiro culto a Deus faz descer fogo do céu (1 Rs 1 8.38)!
2 . No q u e e la s e d i f e r e n c ia d a v e r d a d e ir a . A adoração verdadeira se diferencia da falsa em vários aspectos. O relato do capítulo 18 de 1 Reis destaca alguns que co n sid eram o s e s sencia is . Em primeiro lugar, a adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história (1 Rs 1 8.36). Abraão, [saque e jacó, foram pessoas reais assim como foram reais as ações de Deus em suas vidas. Em segundo lugar, verdadeira adoração distingue- se também pela participação do adorador no culto. Elias disse: “E que eu sou teu servo” (1 Rs1 8.36). A Bíblia diz que Deus procura adoradores Qo 4.24). Israel havia sido uma nação escolhida
$ pelo Senhor (Êx 1 9.5). Elias invo- | cou, como servo pertencente a
esse povo, os direitos da aliança. | Em terceiro lugar, ela diferencia-
se pela Palavra de Deus, que é o instrumento usado para concretizar os planos e propósitos de Deus (1 Rs 1 8.36).
S IN O P S E D O T Ó P I C O (3 )
A verdadeira adoração firma-se na revelação de Deus na história.
R E S P O N D A
3. Como a verdadeira adoração se d ife ren c ia da fa lsa ?
IV - C O N F R O N T A N D OO S IN C R E T IS M O
R E LIG IO S O ESTATAL
1. O perigo do s in cretism o re lig ioso . O dicionário da língua portuguesa de Aurélio define o vocábulo sincretism o como “a fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais”. Essa definição ajusta-se bem ao culto judeu no reino do Norte durante o governo de Acabe. A adoração verdadeira havia se misturado com a falsa e o resultado não podia ser mais desastroso. Esse problema da “mistura” do culto hebreu com outras crenças foi uma ameaça bem presente ao longo da história de Israel (Êx 12.38; Ne1 3.3). O sincretismo religioso foi uma ameaça, ainda o é e sempre o será. A fé bíblica não pode se misturar com outras crenças!
2 . A r e s p o s t a d iv in a ao s in cret ism o . O texto sagrado diz que logo após o Senhor ter respondido com fogo a oração de Elias (1 Rs 1 8.38), o profeta de Tisbe deu instrução ao povo: “Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Qui- som e ali os matou” (1 Rs 18.40). Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio para extirpar o mal precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por sua própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A lei deuteronôm ica dizia que era necessário destruir
2 8 L ições Bíblicas
todos aqueles que arrastassem o povo de Deus para a idolatria (Dt 1 3.12-1 8; 20.1 2-1 3).
S INO PSE D O T Ó P IC O (4 )
O Deus de Israel é rigorosamente contrário a idolatria. Nele não há sincretismo religioso.
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R E S P O N D A
4. D efina “s in c re tism o ”.5. P o r que o desa fio en tre E lia s e os p ro fe ta s de Baa l fo i m uito além de um a g u e rra en tre o bem e o m a l?
C O N C L U S Ã O IO desafio do profeta Elias
contra os profetas de Baal foi muito além de uma simples luta
do bem contra o mal. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e, portanto, merecedor de toda adoração. Foi S decisivo para fazer retroceder o coração do povo até então divi- f. dido. Mostrou que o pecado deve ser tratado como pecado e que % a decisão de extirpá-lo deve ser I tomada com firmeza.
A luta contra a faísa ad o ração continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como negar que ao nosso redor ecoam ainda os dons advindos de vários cultos falsos, alguns deles travestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma igreja triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça
“O que vendo todo o povo , caiu sobre os seu s ro sto s e d is se : Só o SENHOR é D eusI
Só o SENHOR é Deus!"1 Reis 18.39
L ições Bíb l ic as 2 9
A U X ÍLIO B IBLIO G RÁ FICOSubsid io Teo lóg ico
“O fru to é d is c e rn id o e s p i r itu a lm e n te
Jesus deixa claro que devemos julgar os profetas pelos seus frutos. Paulo e João também nos Instruíram a ‘provar5 ou ‘julgar’ os profetas (1 Ts 5.21; 1 Jo 4.1; 1 Co 14.29). Este fruto não é distinguido pelos nossos cinco sentidos naturais, nem é identificado de modo intelectual - deve ser discernido espiritualmente. Paulo escreveu: ‘Mas o que é espiritual discerne bem tudo... comparando as coisas espirituais com as espirituais’ (1 Co 2.15,13). Quando nos arrependemos e limpamos os nossos corações de quaisquer motivos ímpios e aceitamos a verdade de Deus, ficamos então em condição de sermos suscetíveis ao direcionamento do Espírito Santo [...}
Nos d ias de Jesus ex istiam ministros que 'exteriormente pareciam justos aos homens’ (Mt 23.28). Mas interiorm ente eles estavam cheios de hipocrisia e iniquidade. Sua aparência era enganadora até que os verdadeiros motivos fossem expostos pela luz da Palavra viva de Deus. Jesus comparou seus corações ao solo ruim que produzia frutos pecam inosos (Mt 13.1-23; 15.17-20)” (BEVERE, John. A s s im D iz o S e n h o r? Com o sa b e r quando D eus está fa lando a tra vé s de o u tra pesso a . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p .166).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDALAHAYE, Tim; H1NDSON, Ed (Eds.). Enciclopédia Popular de Profe c ia B íb lica . Rio de Janeiro: CPAD, 2008.ZUCK, Roy B. T e o lo g ia do A n tigo T estam en to . 1. ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2009.
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 53, p .38.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. El e Aserá.2 . Quando por conveniência adota as mesmas práticas e atitudes do
sistema vigente.3 . A adoração verdadeira se firm a na revelação de Deus na história; na participação do adorador no culto;
pela Palavra de Deus.4 . Fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis
alguns sinais originais.5. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e me
recedor de toda adoração.
3 0 L içõ es Bíb l ic a s
^ .... Lição 5 VrÍ|W"-:
3 de Fevereiro de 2013
Um Homem de Deus em Depressão
M—
T E X T O Á U R EO
“Em tudo som os atribu lados, m as não angustiados; perp lexos, m as não
desanim ados; perseguidos, m as não desam parados ; abatidos, m as não destru ídos” (2 Co 4.8,9)-
V ER D A D E PRATICA
Os conflitos de Elias o levaram a en-.ir -
frentar períodos de depressão e tristeza. Mas o Senhor ajudou-o superar.
H IN O S SUGERIDOS 140, 193, 383
LE IT U R A D IARIA
Segunda - T g 5 .18 Elias, um homem espiritual
Terça - Tg 5.1 7Elias, um homem sentimental
Q uarta - 1 Rs 19.3 Elias, um homem em fuga
Q uinta - 1 Rs 19.4Elias, um homem em isolamento
Sexta - 1 Rs 1 9 .4 ,5 ,6Elias, um homem em autocomiseração
Sábado - 1 Rs 19 .7Elias, um homem sob os cuidadosdivinos
L ições Bíb lic as 31
L E IT U R A B ÍB LIC A EM CLASSE1 R e is 19.2-8
2 - Então, Je za b e l m andou um m ensageiro a E lias, a d izer-lhe: A ssim me façam os d eu ses e outro tanto, se decerto am anhã a e sta s ho ra s não p u se r a tua vida com o a de um deles.
3 • O que vendo ele, se levantou , e, pa ra escapar com vida, se fo i, e veio a Berseba , que é de Ju d á , e deixou a li o seu moço.
4 - E e le se fo i ao d e se r to , cam inho de um dia , e veio , e se a s se n to u d e b a ix o de um z im b ro ; e ped iu em seu ânim o a m orte e d is s e : Já b a sta , ó SENHOR; tom a agora a m inha vida , po is não sou m e lh o r do que m eus p a is .
5 - £ deitou-se e do rm iu deba ixo de um z im b ro ; e e is que, então, um anjo o tocou e lhe d is se : Levanta-te e com e.
6 - E olhou, e e is que á su a cabece ira estava um pão cozido so b re as b ra sa s e um a botija de água ; e com eu , e bebeu , e tornou a deitar-se.
7 - E o an jo do Sen h o r tornou segunda vez, e o tocou, e d isse : Levanta-te e com e, po rq u e m ui com prido te se rá o cam inho.
8 - Levantou-se , p o is , e com eu, e bebeu, e, com a fo rça daquela co m id a , ca m in h o u q u a re n ta d ia s e q u a ren ta no ites a té Ho- rebe , o m onte de Deus.
IN TER A Ç Ã O
No ambiente eclesiástico é comum pensar que o crente é imune às doenças da alma. È como se o seguidor de Jesu s vivesse dentro de uma redoma de vidro isolado e “proteg ido” de qualquer desconforto psicossocial. Ledo engano! As Escrituras falam claramente das fragilidades humanas e descreve-as na vida dos maiores “gigantes espirituais”. A história da Igreja mostra-nos baluartes dos movimentos de despertamentos e aviva mentos espirituais— nos séculos XVIII e XIX — que sofriam profundas crises na alma. Mas o Senhor não deixou de usá-los por isso. Era o caso de David Brainerd, m issionário norte- americano; John Bunyan, profícuo escritor cristão e pregador britânico; William
l Cowper, poeta e com positor britânico.
O B JET IV O S _______________
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
C o m p r e e n d e rprofeta Elias.
a humanidade do
Id entif icar as causas e sintomas da depressão de Elias.
D e ta lh a r o tratamento de Deus à depressão de Elias.
O R IEN T A Ç Ã O P ED A G Ó G ICA
Professor, para introduzir a lição dessa semana conceitue a depressão, suas causas e sintomas. (1) Depressão— é um transtor
no psiquiátrico ligado a um desequilíbrio das substâncias químicas no cérebro.
Portanto, depressão não é tristeza, é uma doença que precisa ser tratada. (2) Causas
e S intom as— genético, tipo de estilo de vida, alimentação, estresse e problemas
de ordem pessoal. Os sintomas gerais são: humor deprimido, isofamento social, comportamento autodestrutivo, tentativa
de suicídio, delírios, etc. Essa é apenas uma sugestão para auxiliar na preparação de sua aula. Não deixe, pois, de fazer a sua
pesquisa. Use livros, revistas, internet, etc.As possibilidades são muitas.
3 2 L ições Bíb lic as
^fÜlFiUTPÃ P I O■ y j T- 3 g* Í i >-**■ '■: -é. .o
IN TR O D U ÇÃ OMuitas v e ze s ficam os tão
fascinados com o registro bíblico sobre homens e mulheres de Deus que acabamos esquecendo que todos eram humanos' Passamos a enxergá-los como heróis e como tal acreditamos que eles não tinham falhas. Todavia, a Escritura mostra os homens de Deus como de fato são — homens fiéis, vigorosos, destemidos, corajosos e ousados — mas ainda assim humanos.
Com Elias também foi assim. Ele foi um profeta que deixou seu legado na história bíblica como um gigante espiritual. Um servo de Deus de profunda convicção espiritual e consciente de sua missão profética. Por causa disso enfrentou soberanos, falsos profetas e o coração de um povo dividido. Isso deixou uma sobrecarga sobre ele, e foi isso que fez aflorar na vida do profeta de Tisbe todo o seu lado humano, frágil e carente da ajuda divina.
i - ELIAS - U M H O M E M C O M O OS O U T R O S
1. Um hom em e sp ir itu a l .Elias era um homem espiritual e vários fatos narrados nas Escrituras atestam essa verdade. Primeiramente, vemos Elias como um profeta profundamente envolvido com a Palavra de Deus: “E que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas” (1 Rs 1 8.36). Em segundo lugar, o profeta de Tisbe possuía uma profunda vida devocional. Ele era um homem
r PALAVR>\-CH AVE ^
DeprcD istúrbi
carach p o r det
sensa> cansaço , . em grau
me
i s s ã o :o m ental zrizado iânim o , ção de ansiedade m aior ou nor.
de oração: “E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes” (1 Rs 18.42,43). Elias conhecia os infinitos recursos da oração!
2. Um homem sentim ental. Mas Elias não era apenas um homem espiritual, ele também era sentimental. O apóstolo Tiago afirma que: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra”
(Tg 5.1 7). Tiago diz duas coisas importantíssimas sobre Elias que nós parecemos esquecer: primeiramente “Elias era homem”. Elias foi um gigante espiritual, mas era homem! Não era um anjo! Em segundo lugar, Elias possuía “as mesmas paixões”. Elias não era apenas espiritual, era também sentimental! Alegrava-se, mas também entristecia-se! Talvez o que distingue Elias dos demais mortais é que ele não maquiava seus sentimentos. Ele os punha para fora.
SINO PSE D O T Ó P IC O (1 >
Elias era um homem como outro qualquer. Sujeito às intempéries da vida.
R E S P O N D A
J . Segundo a lição, o que deve s e r . d esta ca d o so b re o lado hum ano de E lia s? J
L içõ es Bíb l ic a s 3 3
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WII - AS C A U SA S D O S
C O N F L IT O S DE ELIAS
1. D ecep ção . O capítulo 18 do Primeiro Livro de Reis narra a fantástica vitória que o profeta Elias obtivera sobre os profetas de Baal. O Senhor havia respondido a oração do seu servo, enviando fogo do céu em resposta à sua oração (1 Rs 18.38). O que Elias e sp e ra v a em resp o sta a e sse avivam ento era um total quebrantamento do povo, incluindo a casa real. Todavia, o avivamento não alcançou as proporções desejadas. A casa de Acabe ficou insensível. Jezabel mandou dizer a Elias, em tom de ameaça: “Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles” (1 Rs 1 9.2). Parece que a vitória havia se convertido em derrota! Sem dúvida, Elias havia ficado decepcionado, não com o seu Deus, mas com o príncipe de seu povo!
2. M edo. Diante da ameaça de morte sentenciada pela rainha Jezabel, a reação de Elias foi imediata: “O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço” (1 Rs 1 9.3). Elias teve medo e fugiu! O homem que havia confrontado Acabe e os falsos profetas de Baal e A será , agora fugia temendo morrer peta mão de uma mulher! Não devemos esquecer que Elias
à era um homem semelhante a nós e sujeito aos mesmos sentimentos (Tg 5.17). Os gigantes também
; possuem seus momentos de fra
queza! Não há dúvidas que aqui os sentimentos falaram mais alto do que a fé!
SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )
Os conflitos de Elias estavam associados à decepção e o medo.
R E S P O N D A
2. Cite pelo m enos du a s ca u sa s da d ep re ssã o de E lias.
NI - AS C O N S E Q U Ê N C IA S DO S C O N F L IT O S
1. F u g a e is o la m e n to . Otexto sagrado d estaca a fuga do profeta Elias (1 Rs 19.3). O homem de Deus que havia enfrentado situações tão adversas, agora se vê Impotente diante das ameaças de uma rainha pagã. Ele se viu sem escapatória diante dessa nova situação e temeu por sua vida. Humanamente falando era ficar e morrer. Devemos observar que o Senhor não recriminou Elias por isso; nós também não devemos fazê-lo. Por outro lado, Elias não apenas fugiu; ele também se isolou. “E ele se foi ao deserto” (1 Rs 19.4). Essa é a marca de uma pessoa deprimida — ela busca o isolamento. Somos seres sociais e como tais, não podemos viver no isolamento.
2. A u to p ie d a d e e d e s e jo d e m o rrer. Vemos ainda as marcas do comportamento depressivo do profeta na sua atitude de autopiedade — um termo sinônimo para autocomiseração, cunhado pelos psicólogos. Elias achava que somente ele ficara como um servo fiel do Senhor: “Eu fiquei só”
3 4 L ições Bíb l ic a s
(1 Rs 1 9.1 0). Ele achava ainda que todos haviam apostatado ou abandonado a fé. Não havia mais fiéis, somente ele. Como o texto deixa claro, isso era ver a realidade de forma distorcida. Deus possuía ainda seus sete mil (1 Rs 19.18). Mas Elias foi mais além — ele agora queria morrer: “e pediu em seu ânimo a morte” (1 Rs 1 9.4). Os psicólogos observam que este é o sintoma de uma pessoa com depressão profunda. Ela perde o encanto pela vida. Elias, portanto, precisava urgentemente da ajuda do Senhor.
SINO PSE D O T Ó P IC O (3 )
Algumas características que podem d escrever a depressão de Elias são: desejo de fuga, isolamento, autopiedade e desejo de morrer.
R E S P O N D A
3. A lém de “fuga" e “iso lam ento”, qua is fo ram as o u tra s consequência s da d ep ressã o de E lia s?
IV - O SO C O R R O D IV IN O
1. P ro v isã o f ís ic a . O socorro do Senhor chegou até o profeta na forma de provisão física e material: “E deitou-se e dormiu debaixo de um zim bro ; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come” (1 Rs19.5). Os psicólogos veem aqui um dos sintomas da depressão de Elias — a inapetência ou alteração dos hábitos alimentares. Nesse estado, a pessoa pode não querer comer como também pode
R EFLE X Ã O
“Os g igan tes tam bém possu em seu s m om entos
de fra q u e za !”
possuir um apetite exagerado. Em ambos os casos é necessário o auxilio de terceiros. No caso do profeta, o anjo do Senhor é quem o auxilia providenciando-lhe alimento. Ele precisava alimentar-se e Deus fez com que isso fosse providenciado: “E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se” (1 Rs 1 9.6).
2 . P r o v i s ã o e s p i r i t u a l . E lias a l im e n to u -se de pão e água — elementos de natureza material. Todavia, a forma e o in stru m en to usado por Deus para fazê-los chegar até ao profeta eram de natureza espiritual. Como já vimos, o texto sagrado diz que um anjo do Senhor foi quem providenciou aqueles víveres para o profeta (1 Rs 19.5,6). Mas não for apenas um anjo que prestou auxilio ao profeta; o próprio Deus a quem Elias servia o conduziu durante todo o tempo. A própria ida de Elias ao monte Horebe fez parte dessa terapia. Ali, Elias seria revitalizado não apenas na sua vida espiritual, mas também na sua vida emocional (1 Rs 1 9.8-1 5).
SINO PSE D O T Ó P IC O (4 )
O so co rre d iv in o tro u xe provisão fís ica e espiritual ao profeta Elias.
Èà
a ç õ e s B íb licas 3 5
Todavia, é perceptível que o servo de Deus conta com uma forma de auxílio diferenciado — ele não está sozinho neste mundo. Por isso, não depende apenas dos recursos humanos que são tão limitados. O Senhor faz-se presente nas horas conflituosas da vida e presta-nos o seu auxílio. Lemos nos Salm os: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (SI 46.1).
R E SPO N D A4. De que form a o Senhor m ostrou o seu cu idado pa ra com o p ro fe ta E lia s?5. Que fo rm a de auxílio d iferencia do o se rvo de Deus co n ta ?
C O N C LU S Ã OAcabamos de observar que
os homens de Deus também têm conflitos. Padecem também dos males comuns a todos os mortais.
R EFLEX Ã O
“Quando nos sentim os fatigados após uma grande experiência
espiritual, lem brem o-nos de que o propósito de Deus para a nossa
vida não está term inado/’ Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
3 6 L ições Bíb l ic as
f____
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
DEVER, Mark. A M e n sa g e m d o A ntig o T e sta m e n to : UmaE xp o s içã o Teo lóg ica e Homi- lé t ic a . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.SEAMANDS, Stephen. F e r id a s q ue C u ra m : Levando N ossos So frim en to s à C ruz. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 53, p.38.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Como homem, Elias possuía sentimentos, não somente se alegrava,
mas também se entristecia.2 . Decepção e medo.
3 . Autopiedade e desejo de morrer.4 . Provendo recursos m ateriais
e espirituais.5. Ele não está sozinho neste mundo.
AUXILIO BIBLIOGRÁFICO ISubsídio Teológico
“[Uma Resposta de Deus a Elias]
Em um determinado ponto da história, Elias, totalmente triste, disse: ‘E eu fiquei só’, achando que era o único israelita que se arrependeu, que creu e que conheceu o perdão de Deus (1 R s l9 . I 4 ) . O Senhor repreende-o e afirma: Também eu fiz ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que se não dobraram a Baal’ (1 Rs 19.18). Em sua Epístola aos Romanos, Paulo cita essa história, com queixa de Elias e a repreensão do Senhor, e acrescenta logo depois: ‘Assim, pois, também agora neste tempo ficou em resto, segundo a eleição da graça’ (Rm 1 1.5).
Por que Deus é tão gracioso que nos escolhe? Porque Ele quer um nome para si mesmo. Na consagração do Templo, Salomão ora para que Deus abençoe seu povo: ‘Para que todos os povos da terra saibam que o Senhor é Deus e que não há outro’ (1 Rs 8.60).
[...] Deus chama um povo para ser seu para a sua glória. Ouvir a esse chamado e aceitá-lo é a estrada para frente e para cima. Recusar esse chamado, por menor que se inicie a recusa, leva apenas ao declínio. E o fim não é bom. Oro para que seu fim seja bom e para que suas escolhas, mesmo hoje, caminhem nessa direção” (DEVER, Mark. A M ensagem do A n tig o Testa m ento: Uma Exp osiçã o Teológica e Hom ilética . l.ed . Rio de Janeiro:2008, p.322).
L ições Bíb l ic as 3 7
AUXÍLIO B IB LIO G R A FIC C H I______________Subsíd io Devocional
“D istúrbios psicossomáticosA revista Isto É, em sua edição número 2004 [...] faz uma análise
do poder das emoções e os males que as emoções negativas causam ao coração. Esta reportagem científica da Isto É, trata especialmente dos prejuízos do coração. Fala que o primeiro caminho a ser seguido para atingir o coração é através do sistema nervoso autônomo (SNA). Ele envia sinais elétricos, recebidos por fibras nervosas presentes no tecido cardíaco. Seu papel é acelerar ou diminuir o ritmo cardíaco. A outra via é química. Seu principal agente são os hormônios, como a adrenalina, por exemplo, secretados por algumas glândulas. Eles entram em ação após receber as ordens do hipotálamo, parte do sistema límbico, gerando sérios problemas ao coração.
Quando as pessoas têm raiva, irritação, ansiedade, tristeza e depressão acontece o seguinte: as glândulas adrenais, situadas acima dos rins, aumentam a produção de adrenalina e provoca:
- Diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial.
- Maior produção de fatores pró-coagulante, deixando o corpo mais vunerável à formação de coágulos que podem entupir as artérias.
- Desequilíbrio na atividade do endotélio, tecido que reveste as paredes dos vasos. Ele produz substâncias que ajudam na dilatação das artérias e outras envolvidas em processos inflamatórios. Como resultado, há maior estreitamento dos vasos e produção de compostos inflamatórios.
- Pelo sistema nervoso, são emitidos sinais que elevam a frequência cardíaca.
- Há prejuízo no sistema de defesa do corpo, ficando nosso corpo sujeito às várias doenças.
- A depressão, por exemplo, aumenta o batimento cardíaco e prejudica sua vulnerabilidade. Se não há variação, há sobrecarga do músculo cardíaco.
Tudo isso aumenta as chances de infarto em portadores de fatores de risco, como alto colesterol e hipertensão.
Enfim, as emoções prejudicam terrivelmente o coração, mas também prejudica o estômago, a pele, as vias respiratórias e todos os demais órgãos do corpo.
[...] A melhor prevenção de doenças é ter equilíbrio espiritual e emocional. É trabalhar com tranquilidade e paz. É vencer o ódio, o ressentimento, a preocupação e a ansiedade” (FERREIRA, Israel Alves.1. ed. As em oções de um líder: Com o a d m in is tra r co rre ta m en te a s su a s em oções. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 1 1 7-1 8).
3 8 L içõ es Bíb l ic a s
Lição 6/ 0 de Fevereiro de 2013
A V iú v a de Sa r e p t a
T E X T O Á U R EO
“Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias,
quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Si-
dom, a uma m ulher viúva” (Lc 4.25,26).
V E R D A D E PRÁ TICA
Para socorrer e sustentar os seus filhos, Deus usa os meios mais inesperados.
H IN O S S U G E R ID O S 28, 126, 24 5
LE IT U R A D IÁ RIA
S eg u n d a -1 R s 1 7 .4 Provisão em Querite
T e rça - 1 R s 17 .12 Escassez em Sarepta
Q u a rta - 1 R s 1 7 .13 Deus em primeiro lugar
Q u in t a - 1 R s 17 .14 A suficiência divina
Sexta -1 R s 1 7 .1 9O poder da oração intercessória de Elias
Sábad o -1 R s 17.21O poder da oração perseverante
L ições Bíb lic as 3 9
T L E IT U R A B ÍB LIC A8 EM CLASSE
1 Reis 1 7.8-16
IN TER A Ç Ã O
8 - Então, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:9 - Levanta-te, e vai a Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma m ulher viúva que te sustente.1 0 - Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma m ulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe d isse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba.11 - E, indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe d isse : Traze-me, agora, também um bocado de pão na tua mão.12 - Porém ela d isse : Vive o SENHOR, teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, paraque o comamos e m orram os.13 - E Elias lhe d isse : Não temas; vai e faze conforme a tua palavra ; porém faze disso prim eiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fo ra ; depois, fa rás para ti e para teu filho.14 - Porque assim diz o Senhor, Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não fa lta rá , até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra.15 -E foi ela e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.16 - Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conform e a palavra do SENHOR, que fa lara pelo m inistério de Elias.
Professor, hoje estudaremos a respeito do cuidado e da provisão divina para com o profeta Elias. No decorrer da lição, procure enfatizar o cuidado de Deus para com aqueles que se dispõe a fazer sua vontade.O Senhor não mudou, como um pai amoroso Ele continua a cuidar de seus filhos. Elias foi fiel ao Todo-Poderoso ao cum prir sua missão — confrontar a apostasia no reino do Norte. A sua devoção e zelo pela Palavra do Senhor, fez com que ele precisasse de um lugar seguro para refugiar- se. O próprio Deus escolheu e preparou este lugar, em Sarepta. Ali, uma pobre viúva seria usada como parte do plano de provisão do Senhor. Aprendemos com este episódio que o Pai Celeste é o nosso Provedor. Ele, como o Bom Pastor, supre as nossas necessidades. Confie!
_____O B JET IV O S ______
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
C o m p re e n d e r que Deus é o nosso provedor.
Ex p lic ita r o poder da graça de Deus para com os povos gentílicos.
Conscientizar-se do poder da Palavra de Deus e da oração.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor, para introduzir o
tópico II da lição utilize o esquema da página seguinte. Reproduza-o confor
me as suas possibilidades. Fale que além da viúva de Sarepta, as Sagradas Escrituras falam sobre outras m ulhe
res estrangeiras que o Senhor acolheu através do seu povo. Raabe, Rute e a m ulher siro-fenícia comprovam que Deus não pertence a nenhum grupo específico. Ele é infinito e seu Santo
Espírito sopra onde quer.
4 0 L içõ es Bíb lic as
M T A P I O.... .......
INTRODUÇÃOA visitado profeta Elias aterra
de Sarepta, onde foi acolhido por uma viúva pobre, é emblemática por algumas razões. Primeiramente, a história revela o cuidado de Deus para com os que se dispõem a fazer sua vontade. Não importa onde estejam,Deus cuida de cada um de seus filhos. Elias foio agente de Deus para confrontar a apostasia no reino do Norte. Necessitava, pois, de um lugar seguro para refugiar-se. Em segundo lugar, o episódio revela a soberania de Deus sobre as nações. Mesmo tratando-se de uma terra pagã, Deus escolhe dentre os moradores de Sarepta, uma mulher que servirá como instrumento na construção de seu propósito.
I - UM PROFETA EM TER R A ESTRANGEIRA
1 = A fo n te de Q uerite . Logo após profetizar uma grande seca sobre o reinado de Acabe, Elias recebeu a orientação divina: “Vai- te daqui, e vira-te para o oriente,
PALAVRA-CHAVE
P ro v isã o :A bastec im en to ,fo rnecim en to ,m antim entos.
e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão” (1 Rs 1 7.3). Elias havia se tornado uma p e rso n a non g ra ta no reinado de Acabe. E, devido a esse fato, precisava sair de cena por um tempo. Seguindo a orientação
divina, ele refugia-se primeiramente próximo à fonte de Querite. Era um lugar de sombra e água fresca, mas não representava o ponto final de sua jornada. Ele não poderia fixar-se
naquele local porque ali não havia uma fonte permanente, mas uma provisão em tempos de crise (1 Rs1 7.7). Quem faz de “Querite” seu ponto final terá problemas porque certamente secará!
2. Elias em Sarepta. Elias afasta-se de seu povo e de sua terra, indo refugiar-se em território fenício (1 Rs 1 7.9). A geografia bíblica informa-nos que Sarepta era uma pequena localidade situada a cerca de quinze quilômetros de Sidom, terra da temidajezabel (1 Rs 16.31). Às vezes o Senhor faz coisas que parece não ter lógica alguma! No entanto, esse foi o único lugar no qual o rei Acabe jamais pensaria
A P A R T IC IP A Ç Ã O DAS M U LH R E S E N T R A N G E IR A S NAS ES C R ITU R A S
R aabeHabitante de Jericó na época da invasão de Israel à Canaã. Sua história é narrada em Josué 2 .1-22; 6.1 7-25. Há, sobre eia, referências claras em o Novo Testam ento. Aqui, o autor sagrado atribui a salvação de Raabe à sua fé (Tg 2 .2 5 ; Hb 1 1 .31).
RuteUma moabita que casou com dois fazendeiros judeus: Malom (Rt 4 .10 ), um dos filhos de Elimeleque e Noemi (4 .3 ; 1.2), e Boaz, um parente de Elimeleque (4 .3).
A m u lh e r S íro -Fen íc iaMulher gentílica, da região de Tiro e Sidom, que pediu a Jesus para curar a sua filha (Mc
\ 7 .26; cf. Mt 1 5 .21 ,2 2 ).Texto adaptado do “ D icionário Bíblico W ycïiffe” , editado pela CPAD.
L ições Bíb l ic a s 41
em procurar o profeta (1 Rs 18.10). São nas coisas menos prováveis que Deus realiza seus desígnios! Sarepta parecia ser uma terra de ninguém, mas estava no roteiro de Deus para a efetivação do seu propósito.
SINO PSE D O T Ó P IC O (1 )
Num momento de crise Eiras se afastou do seu povo e de sua terra e refugiou-se em território fenício.
R E S P O N D A
J . G eogra ficam ente fa lando , onde f ica va Q uen te e Sa rep ta ?
II - U M A ESTRANGEIRA N O PLANO DE DEUS
1. A s o b e ra n ia e g ra ç a de D e u s . Quando o Senhor ordenou ao profeta que se deslocasse até Sarepta, revelou-lhe também qual era o seu propósito: “Ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente” (1 Rs 1 7.9). Elias precisava sair da região controlada por Acabe e isso, como vimos, aconteceu quando ele se dirigiu a Sidom, na Fenícia.
O tex to é bem c laro em referir-se à viúva como sendo um instrumento que o Senhor usaria para auxiliar a Elias: “Ordenei ali a uma mulher viúva”. Quem era essa viúva ninguém sabe. Todavia, foi a ú n ic a e s c o lh id a p e lo Senhor, dentre milhares de outras viúvas, para fazer cumprir seu projeto soberano (Lc 4 .25 ,26 ). Era uma gentia que, graças ao desígnio divino, contribuiu para a construção e desenvolvimento do plano divino.
2. A providência de D eus.A providência divina para com Elias revelou-se naquilo que Paulo, muito tempo depois, lembrou (1 Co 1.27). Um gigante espiritual ajudado por uma frágil mulher! Sim, uma mulher viúva e pobre. Muito pobre! Ficamos a pensar o que teria passado pela cabeça do profeta quando o Senhor lhe disse que havia ordenado a uma viúva que o sustentasse. Era de se imaginar que a mulher possuísse algum recurso. Como em toda a história de Elias, a provisão de Deus logo fica em evidência. A providência divina já havia se manifestado nos alimentos trazidos pelos corvos (1 Rs 17.4-6). Agora revelar-se-ia através de uma viúva pobre.
SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )
Pela sua soberania e graça, Deus incluiu uma estrangeira em seu plano.
R E S P O N D A
2. De que fo rm a vem os a ação de D eus se m a n ife s ta r em S a rep ta ?
III - O PODER D A PALAVRA DE DEUS
1. A e sc a s s e z hum ana e a suficiência divina. A mulher que Deus havia levantado para alimentar Elias durante o período da seca disse não possuir nada ou quase nada: “nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos.” (1 Rs 17.12). De fato
4 2 L içõ es Bíb l ic as
o que essa mulher possuía como provisão era algo humanamente insignificante! A propósito, o termo hebraico usado para punhado, dá a ideia de algo muito pouco! Era pouco, mas ela possuía! Deus queria operaro milagre a partir do que a viúva tinha. A suficiência divina se revela na escassez humana. O pouco com Deus torna-se muito!
2. D eus, a prioridade maior.O profeta entrega à viúva de Sarep- ta a chave do milagre quando lhe diz: “porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze- mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho” (1 Rs 17.13). O profeta era um agente de Deus, e atendê-lo primeiro significava colocar a Deus em primeiro lugar.O texto sagrado afirma que “foi ela e fez segundo a palavra de Elias” (1 Rs 1 7.1 5). Tivesse ela dado ouvidos à sua razão, e não obedecido as diretrizes do profeta, certamente teria perdido a bênção. O segredo, pois, é colocar a Deus sempre em primeiro lugar (Mt 6.33).
SINO PSE D O T Ó P IC O (3 )
Na escassez humana vemos a suficiência divina através do poder da Palavra de Deus.
R E S P O N D A
3. Que lições podem os a p re n d e r do m ifagre na ca sa da v iúva?
IV - O PO DER D A O R A Ç Ã O
1. A oração intercessória. Otexto de 1 Reis 1 7.1 traz a profecia de Elias sobre a seca em Israel. E, de fato, a seca aconteceu. Tiago,
porém , destaca que a predição d e i Elias foi acompanhada de oração: I “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu | que não chovesse, e, por três anos r e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17). Novamente o profeta encontra-se diante de um * novo desafio e somente a oração | provará a sua eficácia. O filho da • viúva morreu e Elias toma as dores da pobre mulher, pondo-se em fe seu lugar e clama ao Senhor (1 Rs r1 7.1 9,20). Deus ouviu e respondeu * ao seu servo.
2. A o ra çã o p e rs e v e ra n te . | Elias orou com insistência (1 Rs k 17.21). Ele estendeu-se sobre o menino três vezes! Isso demonstra a natureza perseverante de sua oração. Muitos projetos não se concretizam, ficam pelo caminho porque não são acompanhados de oração perseverante. O Senhor Jesus destacou a necessidade de sermos perseverantes na oração ao narrar a parábola do juiz iníquo (Lc 18.1). É com tal perseverança que conseguiremos alcançar nossos objetivos.
SINO PSE D O T Ó P IC O (4 )
O c la m o r in te rc e ssó r io e perseverante confirmam o poder | da oração.
R E S P O N D A
4. No ep isód io da re ssu rre içã o do filho da v iúva , q u a is a sp ecto s da o ra çã o podem s e r d esta ca d o s?5. Segundo a lição, com o devem os
I a lca n ça r o s n o sso s o b je tivo s?
L ições Bíb l ic a s 4 3
C O N C LU SÃ O
A soberania de Deus sobre a história e sobre os povos e o seu cuidado para com aquele que o teme se revelam de forma maravilhosa no episódio envolvendo o
profeta Elias e a sua visita a Sarepta. Não há limites quando Deus quer revelar a sua graça e tampouco há circunstância demasiadamente difícil que possa impedi-lo de mostraro seu poder provedor.
A U XÍLIO BIBLIO G RÁFICO IS u b s íd io G eo g ráfico“SareptaDurante os três anos de seca
sofridos por Israel nos dias de Acabe, Deus enviou Elias, que havia pronunciado o julgamento de Israel, à j cidade fenícia de Sarepta, para que ali fosse sustentado. Nesta cidade, a viúva com a qual o profeta viveu desfrutou um suprimento perene de azeite e farinha, e experimentou a alegria de ter seu filho ressuscitado dos mortos (1 Rs 17.8-24). A cidade estava localizada a aproximadamente treze quilômetros ao sul de Sidom, ao longo da costa mediterrânea, na estrada para Tiro. Também é conhecida como Zarefate em algumas versões (Ob 1.20) e como Sarepta no NT (Lc 4.26) é a moderna Sarafand. Sarepta é mencionada em textos ugaríticos do século XIV a.C. e em papiros egípcios do século XIII a.C junto com Biblos, Beirute, Sidom e Tiro como uma das principais cidades da costa (ANET, p. 477). Tanto Senaqueribe como Esar-Hadom reivindicam ter tomado Sarepta de acordo com as inscrições assírias (ela foi chamada Zaribtu, ANET, p.287)” (D icionário Bíblico W ycliffe. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p.1768).
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BIBLIO G RAFIA SUG ERIDA
D ic io n á r io B íb lico W ycliffe .l .e d . Rio de Janeiro : CPAD,2009.
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n°53. p.39.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Querite ficava do lado oriental do reino do Norte, na fronteira do Jordão e Sarepta ficava a cerca de
quinze quilômetros de Sidom.2 . Incluindo a viúva em seu plano e provendo o que era necessário
para ela e para Elias.3. Que quando se coloca Deus como prioridade maior, então haverá garantia para a provisão da
escassez humana.4 . Os da oração intercessória
e perseverante.5. Com perseverança.
4 4 L içõ es Bíb l ic a s
A U XILIO BIBLIO GRÁFICO IISubsídio D evocional
“ 1 R e is 1 7 .8-16Aqui nós temos um relato de outra proteção que Elias recebeu e de
outra provisão que lhe foi feita durante o seu isolamento. Da assolação e da fom e se rirá aquele que tem Deus por seu amigo para guardá-lo e mantê-lo. O ribeiro de Querite está seco, mas o cuidado de Deus por seu povo, e a bondade para com ele, nunca cessam, nunca falham, antes, são os mesmos, e continuam e se prolongam para aqueles que o conhecem (S! 36.10). Quando o ribeiro secou, o Jordão não; por que Deus não o enviou para lá? Com certeza porque Ele mostrava que possuía uma variedade de formas de sustentar seu povo e não está preso a nenhuma. Deus agora proverá para ele onde ter alguma companhia e oportunidade de ser útil, e não ser, como tinha sido, enterrado vivo. Observe:
[...] O lugar para onde ele é enviado, a Sarepta, uma cidade de Sidom, fora fronteira de Israel (v.9). Nosso Salvador observa esse fato como um sinal antigo do favor de Deus planejado para os pobres gentios, na plenitude dos tempos (Lc 4.25,26). M uitas viúvas existiam em Israe l mos d ias de Elias, e é provável que algumas teriam lhe oferecido as boas-vindas em suas casas; mas ele é enviado para honrar e abençoar com a sua presença uma cidade de Sidom, uma cidade gentia, e assim se torna (dizo Dr. Lightfoot) o prim eiro pro feta dos gentios. Israel tinha se corrompido com as idolatrias das nações e se tornado pior do que elas; justamente por isso a sua queda é a riqueza do mundo. Elias foi odiado e expulso pelos seus compatriotas; por isso, ele vai para os gentios como posteriormente se ordenou aos apóstolos que fizessem (At 1 8.6). Mas, por que para uma cidade de Sidom? Talvez porque a adoração de Baal, que então era o clamoroso pecado de Israel, tinha vindo recentemente dali com jezabel, que era de Sidom (16.31); por essa razão, para lá ele devia ir, para que dali pudesse sair o destruidor daquela idolatria: ‘certamente de Sidom eu chamei o meu profeta, o meu reformador’. Jezabel era a maior inimiga de Elias; porém, para mostrar a ela a impotência da sua malícia, Deus encontrará para ele um esconderijo exatamente no país dela. Cristo jamais esteve entre os gentios, exceto uma vez, quando foi para as partes de Sidom (Mt 1 5.21).
A pessoa designada para hospedá-lo não é nenhum dos ricos mercadores ou dos grandes homens de Sidom, nem alguém como Obadias, que era mordomo da casa de Acabe e que alimentava os profetas; mas é ordenado a uma pobre viúva (isto é, ela é capacitada e disposta por Deus), desamparada e solitária, que o sustente. É o modo de Deus, e é a sua glória, fazer uso das coisas loucas deste m undo e honrá-ías. Ele é, de forma especial, o Deus das viúvas, e as alimenta, e por isso elas devem pensar em como poderão retribuir a Ele” (HENRY, Mattew. Com entário Bíblico do Antigo Testam ento : Josué a Ester. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.51 2).
*
L içõ es Bíb l ic as 4 5
Lição 717 de Fevereiro de 2013
A V in h a de N a b o te
T E X T O A U R EO
Éjr îajlËf
z^S3Sjüi.'J
“4‘ ! v. ' .
"Não e rre is : Deus não se deixa esca rnece r ; porque tudo o que o hom em sem e
ar, isso tam bém ce ifa rá ” (Cl 6 .7).
V E R D A D E PRA TICA
A trama orquestrada pela rainha ‘ Jezabel e o rei Acabe contra Nabote
-
? demonstra quão danoso é render-se aos desejos da cobiça e de uma sa-
>• tisfação pessoal.
IN O S SUGERIDOS 522, 547, 635
LE IT U R A DSARIA
S e g u n d a - Mc 7 .22-23 A raiz da cobiça
Terça - Ef 5 ,5 Fruto da cobiça
Q u a rta - Êx 10 . 1 7i f v \ ’ '• Tr. 1 . ■ Advertência contra a cobiça8■ j v '~ . X, A - ■ - - - •-.:
| Q u in ta - Gn 31.41• A cobiça exemplificada
Sexta - Pv 2 8 .2 0cobtça
Julgamento da cobiça
4 6 L içõ es Bíb l ic a s
1
L E IT U R A B ÍB LIC A EM CLASSEI Reis 21.1-5; 1 5,1©
I I - E sucedeu , depois desta s co isas, tendo Nabote, o je z ree -
I lita , um a vinha que em Je z re e i e s ta v a ju n to ao p a lá c io de
| Acabe , re i de Sam aria ,2 - que Acabe faiou a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está vizinha, ao pé da minha casa ; e te darei p o r ela outra vinha m eihordo que ela; ou, se parece bem aos teus olhos, dar-te-ei a sua valia em dinheiro.3 - P o rém N a b o te d is s e a A cabe : Guarde-m e o SENHOR de que eu te dê a heran ça de m eus p a is .4 - Então, Acabe veio desgostoso e ind ignado à sua ca sa , p o r causa da p a la v ra que Nabote,0 je z re e lita , lhe fa la ra , d izen do : Não te d a re i a herança de m eus p a is . E deitou-se na sua
I cam a, e voltou o ro sto , e não com eu pão.5 - Porém , vindo a ele Je za b e l, sua m ulher, lhe d is se : Que há, que está tão desgosto so o teu esp írito , e não com es pão?1 5 - E sucedeu que, ouvindo
| Je z a b e l que já fo ra apedre- | ja d o Nabote e m o rre ra , d isse5 Je za b e l a A ca be : Levanta-te e | possu i a vinha de Nabote, o j e
z ree lita , a qua l ele te recu sou d a r p o r d inhe iro ; porque Nabote não vive, m as é m orto .16 - E sucedeu que, ouvindo Acabe que já Nabote era m orto, A ca be se levan tou , p a ra descer para a vinha de Nabote, o je z ree lita , pa ra a possu ir.
INTERAÇAOA cabe não se contentou com o que tinha — e não e ra pouco, ele tinha "apenas" o governo da nação de Israel,o re ino do Norte, à sua d isposição . Ele poderia co m pra r ou p o ssu ir qua lquer te rra ou vinha em Israe l. M as p o r que
ju sta m en te dese jou a de Nabote? Uma vinha de va lor não apenas financeiro , m as, p rin c ip a lm en te , fa m ilia r . Não sa tisfe ito , e a lim entado pela loucura de sua mulher, Jezabel, Acabe cometeu uma das m aiores in ju stiças na rradas nas Sagradas Escritu ras. Ele perm itiu a m orte de Nabote e tomou pa ra s i a sua vinha. Elim inem os a cobiça do nosso coração , pois, podem os s e r in justos e cru é is com pessoas inocentes.
O B JET IV O S
Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Id en t if ica r o objeto da cobiça de Acabe.
C ita r as causas da cobiça.
C o n sc ie n t iza r-se dos frutos e conseqüências da cobiça.
O R IEN TA ÇÃ O PED A G Ó G ICA
Prezado professor, na aula desta semana trataremos a respeito da cobiça. A fim
de contextualizar a lição, reproduza, de acordo com as suas possibilidades, o
esquema da página seguinte. Introduza a lição dizendo que a cobiça
é uma consequência da visão de mundo que o ser humano possui. Explique que o mundo onde vivemos é orientado por um estilo de vida materialista, hedonista e pragmatista. Todavia, o Evangelho demanda de cada um de nós um estilo rigorosamente contrário ao mundano.
I; .
ï
L iç õ e s Bíb l ic a s 4 7
IN TRO D U ÇÃOO episódio envolvendo o
rei Acabe e a vinha de Nabote é um dos mais t r is tes do registro bíblico.Uma grande injustiça é cometida contra um homem inocente. Triste porque vemos até onde pode chegar um coração cobiçoso. Por outro lado, o fato é um dos que melhor revela a manifestação da justiça divina ante as injustiças dos homens. Acabe matou Nabote e apropriou-se de suas terras. Todavia, não pôde usufruir do fruto de seu pecado, porque o Senhor, através do profeta Elias, o denunciou e o disciplinou.
É triste saber que soberanos, governantes e reis injustos governam, mas é mais maravilhoso saber que um Rei justo governa todo o universo.
I - O O B JETO D A C O B IÇ A
1. O d ire ito à p ro p r ie d a de no A ntig o Is ra e l . De acordo com o livro de Levítico, a terra pertencia ao Senhor (Lv 25.23). O
PALAVRA-CHAVE
C o b iça :Desejo veem ente de p o ssu ir bens
m ateria is ; avidez, cupidez.
israelita da Antiga Aliança estava consciente de que o Senhor lhe havia dado o direito de explorar a terra como uma concessão . Assim sendo, ele não poderia vender aquilo que lhe fora dado__________ como herança divina.
O livro de Núm eros destaca esse fato: “A ssim, a herança dos filhos de Israel não passará de tribo.em tribo; pois os filhos de Israel se chegarão cada um à herança da tribo de
seus pais” (Nm 36.7). Com isso, o Senhor queria proteger seu povo da cobiça, além de garantir-lhe o direito de cultivar a terra para sua subsistência.
Fica, pois, a lição de que não devemos cobiçar aquilo que é do próximo, nem tampouco jogar fora aquilo que o Senhor nos confiou como despenseiros.
2 . A h eran ça de Nabote. Acabe queria a vinha de Nabote de qualquer jeito. Diante da insistência do rei, Nabote contra argumentou: não poderia desfazer-se de sua herança (1 Rs 21.3). Nabote era obediente ao Senhor e invocou o poder da lei para proteger-se. Diante desse fato, o
O E S P IR IT O D O M U N D O
MaterialismoÉ o ceticismo a respeito da existência daquilo que é transcendental. Um estilo devida pautado somente nas coisas m ateriais. Após essa vida, dizem os m aterialistas, tudo acaba.
HedonismoÉtica pautada na busca intensa pelo prazer inteiramente pessoal. O sexo, a paz interior e a prosperidade são os sonhos de vida do ser humano.
Pragm atismoÉ o estilo de vida que objetiva o lucro pessoal. Os relacionamentos de ordem sentimental, espiritual e profissional são baseados numa perspectiva de barganha.
4 8 L ições Bíb l ic a s
rei cobiçoso ficou triste, pois sa bia que até mesmo um monarca hebreu precisava submeter-se à lei divina (1 Sm 1 0.25). Mas Jeza- bel, sua esposa, que viera de um reino pagão, ficou escandalizada com esse fato, pois entre os reinos gentios os governantes não eram apenas soberanos, eram também tiranos (1 Rs 21.5-7). Dessa forma, ela arquitetou um plano para apossar-se da vinha de Nabote (1 Rs 21.8-14).
Quantas pessoas têm consciência da ilegalidade de determinada coisa, mas como Acabe ficam à procura de justificativas que a tomem legai. Cuidado! Deus há de julgar os tiranos e malfeitores.
SIN O PSE D O T Ó P IC O (1 )
A cobiça transforma indivíduos comuns em criminosos.
R E S P O N D A
1. De a co rd o com a liçã o , p o r que N abote recu so u ven d er a sua vinha?
II - AS C AUSAS D A C O B IÇ A
1. A casa de cam po de Acabe. O livro de 1 Reis destaca que Acabe possuía uma segunda residência em Jezreeí (1 Rs 1 8.45,46). Era uma casa de verão. A vinha de Nabote estava, pois, localizada próxima à residência de Acabe <1 Rs 21 .1). O rei Acabe possuía uma casa real, uma casa de cam po, mas não estava satisfeito enquanto não possuísse a pequena vinha do seu súdito, Nabote. É uma verdade que muitas pessoas,
mesmos sendo ricas, não se satisfazem com o que têm. Querem mais e mais, e assim mesmo não conseguem encontrar satisfação. Nenhum ser humano conseguirá satisfazer-se plenamente se o centro da sua satisfação não estiver em Deus.
2. A horta de A cabe. Acabe estava dominado pelo desejo de “ter”, de “possuir”. Somente a casa de verão, que sem dúvida era majestosa, não lhe satisfazia, queria agora constru ir ao seu lado uma horta para que seus desejos pudessem ser realizados. Não se importava em quebrar o mandamento divino: “Não cobiçarás” (Êx 20.17). Mais do que q u a lq u e r m o tivação exte rn a , Acabe estava totalmente dominado pelos desejos cobiçosos de seu coração.
Jamais devemos incorrer no erro de achar que os fins justificam os meios, e assim quebrar a Palavra do Senhor na busca de um desejo meramente egoísta.
SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )
Acabe desejou a propriedade de Nabote, pois queria, ali, construir uma horta.
R E S P O N D A
2. Exp lique o p o rq u ê do d ese jo de | A ca be em se a p o ssa r da vinha de g N abote.
I I I - O F R U T O D A C O B IÇ A 8fjjp
1. Falso testemunho. As ati- | tudes de Acabe foram acontecendo | como reação em cadeia. É evidente ^
L içõ es Bíb l ic as 4 9
REFLEXÃO
“Por interm édio da história do re i Acabe, constatam os
que o pecado não com pensa
que um desejo pecaminoso não | pode dar frutos bons. O problema f agora não era somente Acabe, j mas também sua famigerada mu- lher, Jezabel (1 Rs 21.7). Foi ela que arquitetou um plano sórdido para apossar-se da propriedade de Nabote. Diz o texto sagrado que ela envolveu várias pessoas nesse intento, incluindo os nobres do reino (1 Rs 21.8). Nobres sem nenhuma nobreza! Escreveu uma carta e selou com o anel de Acabe. Por conseguinte, com o pleno consentimento do marido, engendrou o plano, a fim de que Nabote, o Jezreelita, fosse acusado de ter blasfemado contra Deus e contra o rei (1 Rs 21.10). Um simples
| desejo que evoluiu para cobiça e falso testemunho.
2» A s s a s s in a to e a p ro p r ia ç ã o in d e v id a . A tram a precisava ser bem feita para não gerar desconfiança. E por isso um jejum deveria ser proclamado, como sinal de lamento por haver Nabote blasfemado contra o Deus de Israel (1 Rs 21.9). Uma prática religiosa foi usada para dar uma roupagem espiritual ao caso. Como foi planejado, Nabote e sua família foram apedrejados e mortos injustamente! (1 Rs 21.13). Quantas vezes a Bíblia é usada para justificar práticas pecaminosas! Resolvido o pro-
E blema, agora o rei apoderar-se-ia Vi da vinha de Nabote (1 Rs 21.16).
Um abismo chama outro abismo.
5 0 L ições Bíblicas
O pecado havia evoluído da cobiça para o assassinato!
SINOPSE D O T Ó P IC O (3 )
A cobiça origina o falso testemunho, assassinato e apropriação indevida dos bens do outro.
RESPONDA
3. Destaque a lguns fru to s da cobiça de Acabe.
IV - AS CO NSEQ UÊNCIAS DA CO BIÇA
1. J u lg a m e n to d iv in o .Tanto Acabe como a sua esposa, Jezabel, estavam convencidos de que ninguém mais sabia dos seus intentos. De fato, ninguém dentreo povo soube dos bastidores desse estratagema diabólico, exceto Elias, o Tisbita. Tão logo Acabe apossou-se da vinha de Nabote, ordena Deus ao profeta Elias que se apresente ao rei e lhe proclame o juízo divino: “Falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o Senhor: Porventura, não mataste e tomaste a herança? Falar-lhe-ás mais, dizendo: Assim diz o Senhor: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo” (1 Rs 21.19,20).
Alguém pode enganar aos homens, mas nunca ao Senhor. Diante dEle todas as coisas estão patentes (Hb 4,1 3).
2. Arrependim ento e morte . Duas atitudes podem ser tomadas diante de uma sentença divina de julgamento: arrepender- se ou rejeitar a correção. No caso de Acabe, o texto sagrado destaca que logo após receber a profecia sentenciando a sua morte, ele
“rasgou as suas vestes, e cobriu a sua carne de pano de saco, e jejuou; e dormia em cima de sacos e andava mansamente. Então, veio a palavra do Senhor a Elias, o tisbi- ta, dizendo: Não viste que Acabe se humilha perante mim? Porquanto, pois, se humilha perante mim, não trarei este mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho trarei este mal sobre a sua casa” (1 Rs 21.27-29). Acabe arrependeu-se, mas mesmo assim não teve como se livrar das consequências de suas ações (1 Rs 22.29-40; 2 Rs1.1 -1 7). O pecado sempre tem seu alto custo!
S IN O P S E D O T Ó P IC O <4)
Na cobiça que dominou Acabe, vemos o julgamento divino, e tam b ém a rre p e n d im e n to e morte.
R E S P O N D A
4. Com o A cabe rea g iu à sen ten ça de ju lg a m e n to d a d a pelo p ro fe ta E lia s ?5. Lendo a h istó ria de A cabe , o que podem os co n s ta ta r?
REFLEXÃO
"Q uem e sco lh e rm o s com o cô n ju g e rea lm en te fa rá a
d ife ren ça ! P o r isso , e sco lh a e s ta r p e r to som en te
d a q u e le s que lhe an im am a fa z e r o bem , não o m al. ”
Lawrence O. Richards
C O N C L U S Ã O
Lendo a história de Acabe, constatamos Sogo que o pecado não compensa. Todas as nossas ações terão consequências, e algumas delas extremamente amargosas. Deveríamos medir nossas intenções primeiramente pela Palavra de Deus e somente assim evitaríamos dar vazão aos nossos instintos. Nossas ações glorificariam a Deus 5 em vez de satisfazer nossos egos. Acabe fracassou porque esqueceu- se da Palavra de Deus, preferindo ouvir e seguir a orientação de uma pagã que nada sabia sobre a Lei do Senhor. Quando alguém quebra a Palavra de Deus, na verdade é ele quem está se quebrando!
L iç õ es Bíb l ic a s 51
V O CA B U LÁ R IOO bsequ ioso : Que presta obséquios; serviçal, benévolo; afável no trato.T ir a n o : G overnante in justo e cruel.Fam igerada: Tristemente afamada.Sórdido: Que fere a decência, os bons princípios; indecente, indigno, vergonhoso. Engendrou: Dar existência a; formar, gerar.Estratagema: Plano, esquema, previamente estudado e posto em prática para atingir determinado objetivo.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Dicionário Bíblico W ycliffe .1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.HENRY, Mattew. C om entário Bíblico do A n tigo Testam ento: Jo su é a Ester. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO ISubsidio Teo lóg ico
“ Base lega lO ‘dia de je ju m ’ que Jezabel
proclamou sugere que ela havia convocado os anciãos em assem bleia para identificar a causa de algum recente desastre ou dificuldade (cf. Jí 1.14-18). Alguns sugerem que a a cu sa çã o feita pelos dois ‘v ilões’ era que Nabote abandonara a promessa feita em nome de Deus para vender sua terra ao rei. O fracasso em manter um juramento feito em nome de Deus seria blasfêmia. Nesse caso, após a execução de Nabote, o rei podia legalmente tomar posse da propriedade em disputa. 2 Reis 9.26 acrescenta que os filhos de Nabote foram a ssa ss in a d o s ao mesmo tempo. Com nenhum herdeiro vivo, aparentemente não ha-
o ninguém para disputar a reclamação de Acabe pela terra” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de C ênesis a A poca lip se cap ítu lo p o r capítu lo . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, SAIBA MAIS
Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 53, p.39.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS ^
1. Porque a terra era dada como um a concessão e com o tal não poderia ser vendida. A lei mosaica ainda proibia um israelita vender a
herança de seus pais.2 . Acabe possuía uma casa de verão e queria construir ao seu lado
uma horta.3. Falso testemunho, apropriação
indébita e assassinato.4 . Com arrependimento.
5. Que o pecado não compensa.V____________________ L _ _____________ J
5 2 L ições Bíb l ic as
A U X ÍLIO BIBLIO G RÁ FICO IISubsidio Bíblico
“Tendo Nabote s ido tirado d o caminho, Acabe tom a p osse da vinha.
Os anciãos de Jezreei enviaram despreocupadamente a noticia a Jezabel, como se fosse uma notícia agradável: Nabote fo i a p ed re ja do e m o rreu (v. 1 4). Aqui observamos que: tão obsequiosos estavam os anciãos de Jezreei para obedecer as ordens de jezabel, que ela enviara de Samaria para assassinar Nabote, quanto estavam obsequiosos os anciãos de Samaria para obedecer as ordens de jéu para assassinar os setenta filhos de Acabe, embora nada fosse feito segundo a lei (2 Rs 1 0.6,7). Aqueles tiranos, que com suas ordens perversas corrompem as consciências dos seus magistrados inferiores, no fim podem tafvez receber o troco caindo sobre eles, e aqueies que se dispõem a fazer uma coisa cruel por eles estarão prontos a fazer outra coisa cruel contra eles” (HENRY, Mattew. C om entário Bíblico d o A n t ig o Tes tam en to : Jo su é a Ester. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,
v 201 0, p .534).
L ições Bíb l ic a s 5 3
O L e g a d o de Elias
“E d isse Jo sa fá : Não há aqu i a lgum p ro fe ta do Senhor, p a ra que consu ltem os ao Sen h o r p o r e le? En tão , respondeu um dos se rvo s do re i de Isra e l e d isse : A q u i está E liseu , filho de Sa fa te , que de itava água so b re a s m ãos de E lia s" (2 R s 3.1 1).
-■
m ík5
H IN O S SUGERIDOS 4, 33, 394- -V.r.-:*"
LESTURA D IA RIA
Segunda - 1 Rs 19.16 A origem da chamada
Terça - 1 Rs 19.20 A exclusividade da chamada
Quarta - 1 Rs 19.21 O custo da chamada
Quinta - 2 Rs 2.14 A autoridade da chamada
Sexta - 2 Rs 3.13,14 Os inimigos da chamada
Sábado - 2 Rs 2.1 5 Os resultados da chamada
5 4 L iç õ es Bíb l ic a s
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■HHRMBSSMHMHI L E IT U R A B ÍB LIC A
EM CLASSE1 R e is 1 9 .16 ,1 7 ,19 -21
16 - Tam bém a Je ú , filho de N insi, u ng irá s re i de Is ra e l e tam bém Eli seu , filho de Sa fa te , de Abel-M eolá, u n g irá s p ro fe ta em teu lugar.
INTERAÇÃO
17 - E há de s e r que o que e sca p a r da esp a d a de H azael, m atá-lo-á Je ú ; e o que e sca p a r da e spada de Je ú , m atá-lo-á Eliseu .
19 - P artiu , po is , E lia s da li e achou a E liseu , filho de Sa fa te , que andava lavrando com doze ju n ta s de bois ad ian te dele ; e ele e sta va com a duodécim a. EU as p a ssou p o r ele e lançou a su a capa so b re ele.
2 0 - Então, deixou ele os bois, e co rre u após E lia s , e d is se : Deixa-me b e ija r a m eu pai e a m inha m ãe e, então, te segu ire i. E ele lhe d isse : Vai e volta ; porque que te tenho eu fe ito?
21 - Voltou , pois, de a trá s dele, e tom ou um a ju n ta de bo is, e os m atou , e, com os ap a re lh o s dos bo is , cozeu a s ca rn e s , e a s deu ao povo, e com eram . Então , se levantou , e segu iu a E lia s , e o se rv ia .
A lição de ho je te m com o o b je tiv o r e f le t ir a ce rca do legado de Efias. A p re n d e m o s com este p ro fe ta que os hom ens de Deus bem -suced idos em seus m in is té r io s são aque les que têm o co raçã o d isp o s to a se rv ir. Elias se rv iu a D eus com in te g r id a de e fo i u m m o d e lo p a ra o seu sucessor, Eliseu. Sabem os que nesta v id a tu d o tem o seu tem po , p o r isso, chegou o d ia em que o m in is té r io de Elias ence rro u -se . Todavia , e/e, com o p ro fe ta do Senhor, não fo i pego de su rp re sa . Com o um líd e r f ie l e ín te g ro d ia n te do Pai Celeste, teve o c u id a d o de s e g u ir a o r ie n ta ç ã o d iv in a n a esco lha do seu sucessor.
O B JET IV O S
Após a aula, o aiuno deverá estar | apto a:____________________________________________________________
R e c o n h e c e r o caráter divino da vocação e chamada de Elias.
D eta lh ar os princípios da exclusividade, autoridade da vocação e a chamada de Elias.
C o m p reen d er como se deu a sucessão e o discipulado de Eliseu.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introdução da lição sugerimos um estudo dirigido. Divida a classe em três grupos. Depois que já estiverem formados, entregue a cada
grupo uma das questões relacionadas no quadro da página seguinte. Cada grupo
terá, no máximo, cinco minutos para discutir seu tema e outros cinco minutos para expor suas conclusões à classe. Ex
plique que Elias lançou sua capa sobre os ombros de Eliseu, demonstrando que efe seria seu sucessor. Quando a sucessão foi concluída, Elias a deixou para Eliseu (2 Rs 11-1 4). Conclua a atividade explicando que todo ministério é transitório,
e que o mais importante não é como começamos, e sim como terminamos.
L ições Bíb l ic a s 5 5
IN TRO D U ÇÃ OO teólogo norte-mericano
A.W. Tozer disse certa vez que “nada morre de Deus quando um homem de Deus morre!” Essa máxima é verdadeira em relação ao profeta Elias e ao seu sucessor, Eliseu. Elias exerceu um ministério excepcionai no reino do Norte e, sem dúvida, foi o res- M ponsável por ajudar o povo de Deus a manter a sua identidade. Todavia, assim como todos os homens, chegou o dia em que precisou parar. Elias teve o cuidado de seguir a orientação divina na escolha do seu sucessor, bem como em prepará-lo da forma correta. Esta lição nos ensinará como se deu esse processo e como podemos aprender com ele.
I - O L O N G O PERCURSO DE ELIAS
1. Uma vo lta às origens.Elias fez um longo percurso até chegar ao Monte Horebe, também conhecido na literatura bíblica como Monte Sinai (Êx 3.1; 1 9.1,2). De Berseba até ao monte Sinai, o percurso era de aproximadamente
~ quatrocentos quilômetros. Foi nes- ' se Monte que o Senhor havia se re
velado a Moisés muito tempo antes como o grande EU SOU (Êx 3.14). Posteriormente, foi nesse mesmo monte que o Senhor revelou a Lei a Moisés (Êx 1 9 — 20). A distância era grande, mas Elias necessitava voltar às origens da sua fél Sem dúvidas, esses fatos estavam na mente de Elias quando ele para ali se dirigiu. Para reorientar a caminhada, nada melhor do que uma volta às origens!
2. Uma r e v e la ção transform adora . Vendo que Elias havia se e n c la u su ra d o em uma caverna , o próprio Senhor trata de dialogar com o profeta. É nesse diálogo que percebemos que Elias
estava vendo as coisas de forma distorcida. Duas co isas ficam patentes: Deus continuava sendo Senhor da história e Elias não havia trabalhado em vão (1 Rs1 9.9-1 4). O Senhor revela, então, ao profeta a existência de sete mil remanescentes da adoração a Deus (1 Rs 1 9.1 8). Quem eram? Ninguém sabe, mas com certeza pessoas do povo que nem mesmo eram vistas, mas que amavam ao Senhor. Foi o próprio Deus quem os havia conservado. Mas a revelação continuou: Deus revelou a Elias a necessidade de um sucessor (1 Rs 19.1 6). Deus agora tinha
PALAVRA-CHAVE
Sucessor:Aquele que sucede a outrem ou que o su b stitu i em cargo ,
funções.
Q U E S T Õ E S P A R A O E S T U D O D I R I G I D O
O L E G A D O D E E L I A S
1 . “Qual o significado de lançar a capa sobre Eliseu (1 Rs 1 9.1 9)?”
2 . “Porque Eliseu matou seus bois (2 Rs 1 9 .20)?” “Qual o significado desse gesto?”
3 . “Como se deu a chamada de Elias e o térm ino do seu m inistério?”V_________________________ ___________________________ J5 6 L iç õ e s Bíb l ic a s
outros planos para Elfas. Deveria, portanto, dar lugar a outro. Não somos descartáveis, mas ninguém é insubstituível.
SINO PSE D O T Ó P IC O (1 )
Precisamos nos conscientizar que na obra de Deus não somos descartáveis, mas, de igual forma, ninguém é insubstituível.
R E SPO N D A
1. De que fo rm a o Sen h o r co rrig iu a com preensão que Elias possu ía dos fa to s?
II - ELIAS N A CASA DE ELISEU
1. A exclusiv idade da chamada. O texto de 1 Reis 1 9.1 9-21, que trata sobre a vocação de Eli- seu, é rico em detalhes a respeito de sua chamada. Alguns deles se sobressaem nesse relato. Primeiramente observamos que Deus chama pessoas fiéis. Sem dúvida, Eliseu fazia parte da estatística divina dos sete mil. Em segundo lugar, Deus chama para o seu serviço pessoas que são ocupadas. Ele estava trabalhando com doze juntas de bois! A obra de Deus não é profissão nem tampouco emprego. Evocação! Em terceiro lugar, Eliseu percebeu que o ministério tem custo! Ele sacrificou os bois e os deu como comida ao povo. Quem põe a sua mão no arado não pode olhar para trás. Em quarto lugar, Eliseu entendeu que o ministério profético é um “servir”. Eliseu passou a servir a Elias.
2. A a u to r id ad e da chamada. Quando Elias encontrou a
Eliseu, o texto sagrado registra: ■ “E lançou o seu manto sobre ele” r (1 Rs 19.19). Na cultura bíblica, jj o manto é símbolo da autoridade profética (2 Rs 1.8 cf. Zc 13.4). Lançá-lo sobre outrem demons- | trava transferência de poder e autoridade. Com esse gesto, Eliseu \ estava sendo credenciado para o ofício profético. De nada adianta o ofício se a unção não o acompanha! Não é, portanto, o ofício que determina a unção, mas a unção que valida o ofício! Eliseu de fato recebeu autoridade divina, pois exerceu um ministério marcado por milagres. Hoje há muita titulação, mas pouca unção de Deus!
SINOPSE D O T Ó P IC O (2 ) |
Deus chama e prepara pessoas fiéis para a sua obra. A obra do Senhor é para os chamados e vocacionados.
R E S P O N D A
2. De que fo rm a E liseu reag iu à cham ada d iv ina?
I I I - ELIAS E O D IS C ÍP U L A D O DE ELISEU
1. As v ir tudes de Eliseu.O relato de 2 Reis 2.1-8 mostra algumas fases do discipulado de Eliseu. Elias vai a vários lugares [\ diferentes e em cada um deles f| observa-se que o profeta põe o Ê discípulo à prova. Primeiramente, I Eliseu demonstrou estar familia- I rizado com aquilo que o Senhor I estava prestes a fazer (2 Rs 2.1). I Ele estava consciente de que algo I extraordinário, envolvendo o pro- I feta Elias, aconteceria a qualquerJÊ
L ições Bíb i.ic a s 5 7
momento (2 Rs 2.3), e que ele também fazia parte dessa história. Em segundo lugar, Eliseu demonstrou perseverança quando se recusou largar Elias. Ele o acompanhou em Cilgal, Betei,Jericó ejordão (2 Rs 2.1-6). Tivesse ele ficado pelo caminho, não teria sido o homem de Deus que foi! Somente os perseverantes conseguem chegar ao fim. Em terceiro lugar, Eliseu provou ser um homem vigilante quando “viu” Elias sendo assunto aos céus! (2 Rs 2.1 2).
2. A nobreza de um ped ido. O pedido que Eliseu fez a Elias antes de o profeta ser assunto aos céus é algo que merece uma reflexão à parte. Na verdade, o pedido de Eliseu revela a nobreza da sua chamada. Diante de uma oportunidade única, Eliseu não teve dúvidas, e pediu: “Que haja porção dobrada do teu espírito sobre mim” (2 Rs 2.9). Eliseu tomou conhecim ento daquilo que seu
mestre fazia, e em outras ocasiões ele mesmo fora testemunha
Í esses milagres. Ele não tinha úvidas; queria aquilo para ele, ò que em uma proporção bem íaior. Deus agradou-se do pedido e Eliseu como se agradara do edido de Salomão (1 Rs 3.10).
M uitas v e z e s as p e sso a s referem^^agujjo^
em vez do que é nobre. Preferem escolher o que satisfaz o ego em vez de escolher o que agrada e alegra a Deus.
SIN O PSE D O T Ó P IC O (3 )
Eliseu era perseverante, se ele tivesse ficado pelo caminho, não teria sido o homem de Deus que foi! Somente os perseverantes conseguem chegar ao fim.
R E S P O N D A
3. De que fo rm a E liseu dem on strou s e r um hom em v irtu o so ?
IV - O L E G A D O DE ELIAS
1. Esp iritua l. Elias saiu de cena, mas deixou a seu discípulo um grande legado. Não era rico, mas foi um gigante na fé. E, como tal, passou ao seu discípulo um exemplo de piedade e serviço . O profeta defendeu ardorosam ente o culto divino (1 Rs 1 8.22-36). Extremamente ousado, enfrentou o rei Acabe e predisse a grande seca sobre Israel (1 Rs 17.1). Somente um homem com semelhante fé em Deus seria capaz de protagonizar os fatos narrados nos livros de Reis (1 Rs 17.8-23; 18.41-46). Eliseu viveu nesse contexto, foi influenciado por ele e teve esse legado como herança.
2. M ora l. O profeta Elias não era apenas um homem de grandes virtudes espirituais; era também portador de singulares predicados morais. O seu valor e coragem são perceptíveis no relato b íb lico . Ele confrontou os profetas de Baal e reprimiu-
5 8 L iç õ e s B íb l ic a s
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os severamente (1 Rs 18.19). A percepção do que era certo, ou errado, do que era justo, ou injusto, era bem patente na vida de Elias. Por isso ele teve autoridade moral e espiritual para repreender severamente a Acabe, quando este consentiu no assassinato de Nabote (1 Rs 21 .1 7-20).
Eliseu aprendera que ninguém conseguirá ser um homem de Deus como Elias o foi, se não possuir valores morais e espirituais bem definidos.
SIN O PSE D O T Ó P IC O (4 )
Ninguém conseguirá ser um homem de Deus como Elias o foi,
se não possuir valores morais e f espirituais bem definidos.
R E S P O N D A
4. Cite os legados de ixados pe lo | p ro fe ta E lia s lista d o s na lição .5. Como podem os perceber o valor e coragem de EU as no relato bíblico?
C O N C L U S Ã O
A história de Elias e de seu sucessor, Efiseu, é instrutiva para a liderança espiritual. Com Elias, aprendemos que os líderes são humanos e, portanto, suscetíveis a falhas. Aprendemos que a história do reino de Deus é construída por homens que se dispõem a obedecê-lo.
REFLEXÃO
“D eus m andou E lia s u n g ir E liseu com o seu su ce sso r . Note que não som ente sa ce rd o te s e re is era m ung idos p a ra seu s re sp e c tivo s ca rg o s , m as tam bém p ro fe ta s , E liseu ir ia (1) a u x ilia r E lia s , (2) a u x ila r H azael, re i da S ír ia , e Jéu , re i de Isra e l, a d e r ro ta r os in im igos de D e u s[...] , e (3 ) p ro c la m a r
a p a la v ra de D eus ao rem a n escen te f ie l .” Bíblia de Estudo Pentecostal
L içõ es Bíb l ic a s 5 9
A U XILIO BIBLIO G RÁFICOSubsidio Bibliográfico“ Eliseu, o sucessorPoucos ‘substitutos’ nas Escri
turas foram tão eficientes quanto Eliseu que foi o sucessor de Elias como profeta de Deus para Israel. Mas Eliseu teve o profeta Elias como um grande exemplo a ser seguido. Ele permaneceu com Elias até os últimos momentos da vida do seu mestre na terra. Estava disposto a seguir e aprender a fim de receber poder para fazer o trabalho o qual Deus o havia chamado.
Tanto Elias como Eliseu concentraram seus esforços nas necess id ad es do povo que estava ao seu redor. O impetuoso Elias confrontou e expôs a idolatria, ajudando a criar uma atmosfera onde o povo pudesse adorar a Deus livre e publicamente, Efiseu então agiu com a finalidade de demonstrar a poderosa natureza de Deus, ainda que cuidadosa, para todos aqueles que vieram a ele em busca de ajuda. Ele passou mais tempo cuidando compassivamente do povo do que em conflitos contra o mal. A Bíblia registra 1 8 encontros entre Eliseu e as pessoas necessitadas. Eliseu teve uma visão mais ampla e de maior alcance na vida do que a maioria das pessoas, porque reconheceu que em Deus havia mais bênçãos a favor da vida. Ele sabia que tudo o que somos e temos vem de Deus” (Bíblia de Estudo Ap licação Pessoal. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,2004, p. 516).
BIBLIO G RAFIA SUG ERIDA
MERRILL, Eugene H. História de Israel no A n tigo Testam ento:O re ino de sa ce rd o te s que D eus colocou en tre as nações. 6. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n° 52, p.40.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
T. Mostrando a ele que havia ainda sete mi( fiéis e, portanto, ele não
havia trabalhado em vão.2. Sacrificando os animais e deixando o convívio familiar para acompa
nhar Elias.3. Dem onstrando discernim ento,
perseverança e vigilância.4 . Moral e espiritual.
5. Ele confrontou os profetas de Baal e reprimiu-os severamente.
6 0 L içõ es Bíb l ic a s
Lição 93 de Março de 2013
Elias n o M o n t e d a
“E [Jesus] transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e
Elias, falando com ele” {Mt 1 7.2,3).
fejí. :- “ - VERDADE PRATICA
O aparecimento de Moisés e Eiias no Monte da Transfiguração é um testemunho de que a Lei e os Profetas cumprem-se em Cristo, o Messias prometido.
H IN O S SUGERIDOS 299 , 304 , 352
LE IT U R A D IA RIA
Segunda - Mt I 7.3O Messias e a tipologia
Terça - Mt 1 7.10O Messias e a escatologia
Quarta - Mt 1 7.12O Messias rejeitado
Quinta - Lc 9.35 O Messias esperado
Sexta ~ Mc 9.12 O Messias humilhado
Sábado - Lc 9.29 O Messias exaltado
L iç õ e s Bíb l ic a s 61
L E IT U R A B ÍB L IC A EM CLASSEM ateus 1 7.1-8
1 - S e is d ia s d ep o is , tom ou J e s u s c o n s ig o a P e d ro , e a Tiago , e a Jo ã o , seu irm ão , e os conduziu em p a r t ic u la r a um alto m onte.
2 - E tra n s fig u ro u -se d ia n te d e le s ; e o seu ro sto re sp la n deceu com o o so l, e a s su a s v e ste s se to rn a ra m b ra n c a s com o a iuz .
3 - E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, fa lando com ele.
4 - E Pedro , tom ando a p a la vra , d isse a Je su s : Senhor, bom é e sta rm o s a q u i; se q u e re s , fa çam os aqu i trê s ta b ern á cu lo s , um p a ra ti, um p a ra M oisés e um p a ra E lia s.
5 - E, estando ele a inda a fa la r ; e is que um a nuvem lum inosa o s co b r iu . E d a n u vem sa iu um a voz que d iz ia : E ste é o m eu Filho am ado , em quem me co m p ra zo ; escu ta i-o .
6 - E os d is c íp u lo s , o u v in d o isso , ca íra m so b re seu ro s to e t iv e ra m g ra n d e m edo.
7 - E, ap rox im an do-se J e s u s , tocou-lhes e d is s e : Levan ta i- vos e não ten h a is m edo.
8 - E, erguendo eles os olhos, ninguém viram , senão a Je su s .
INTERAÇÃO
Caro professor, nesta lição estudarem os a respeito do profeta Elias no monte da Transfiguração. Este acontecimento teve como objetivo principal dem onstrar que Jesu s de fato era o M essias esperado. Moisés também apareceu neste episódio. Sabemos que ele tipificava a lei e Elias prefigurava os profetas que predisseram a vinda do Messias.No d eco rre r da lição, procure enfatizar que embora Moisés e Elias tivessem grande relevância na história do povo hebreu, eles não possuíam glória própria. Ainda que fossem homens fiéis ao Senhorr eram humanos, sujeitos a falhas e erros, porém, eles irradiavam a glória proveniente do Cristo. Que possamos, como Filhos de Deus, regenerados em Jesus Cristo, irradiar também a glória do Profeta de Nazaré.
O B JE T IV O S
Após a auía, o aluno deverá estar apto a:
D escreve r o episódio da transfiguração de Jesus.
Explicar a tipologia representada em Moisés e Elias.
C onscien tizar-se de que Jesus erao Messias esperado.
O RIEN TA ÇÃ O PEDAGÓ GICA
Professor, para introdução da tição escreva a seguinte indagação no quadro de giz: “O que foi a transfiguração?” Ouça os alunos com atenção, faça as considerações que achar necessárias. Conclua explicando
que a transfiguração foi na verdade uma rápida demonstração da glória de Jesus
Cristo, o Rei dos reis. A divindade de Jesus foi revelada no monte da Transfiguração.
Os discípulos que ali estavam puderam ver o Verbo que se fez carne. Ele é Deus. Infelizmente, na atualidade, muitos não creem mais na divindade de Jesus, por
isso, enfatize que Jesus foi cem por cento homem e cem por cento Deus. Sua glória
foi manifestada em plena humanidade!
6 2 L ições Bíb l ic a s
IN TR O D U ÇÃ OO relato sobre a transfigu
ração, conform e narrado nos evangelhos sinóticos, é um dos mais emblemáticos do Novo Testamento (Mt 17.1-13; A Mc 9.2-8; Lc 9.28-36).Além do nome de Moisés, o texto coloca em evidência também o de Elias. Entretanto, diferentemente dos outros textos até aqui estudados, o profeta não aparece aqui como a figura central, mas secundária!
0 centro é d e s lo ca d o do profeta de Tisbe para o Profeta de Nazaré, Je su s . E não mais Elias. Moisés, Pedro, Tiago e João, também nominados nesse texto, aparecem como figurantes numa cena onde Cristo, o Messias prometido, é a figura principal.
1 - ELIAS, O M ESSIAS E A T R A N S F IG U R A Ç Ã O
1. Transfiguração. O texto sagrado relata que tão logo subiram ao Monte, Jesus foi transfigurado diante de Pedro, João e Tiago. Diz o texto sagrado: “o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz” (Mt 1 7.2).
A palavra tra n s fig u ra r , que traduz o termo grego m eta m o rfo se, mantém o sentido de mudança de aparência, ou forma, mas não mudança de essência. A transfiguração mostrou aos discípulos aquilo que Jesus sempre fora: o verbo divino encarnado (Jo 1.1;1 7.1 -5). Os discípulos observaram
que o seu rosto brilhou como o sol j (Mt 1 7.2). O texto revela também I que suas vestes resplandeceram 1 (Mt 1 7.2). Esses fatos põem em evidência a identidade do Messias, I o Filho de Deus.
2. G lória d ivina. Mateus de- I talha que durante a transfiguração [
“uma nuvem luminosa j os cobriu” (Mt 1 7.5). É | relevante o fato de que I M ateus, ao e sc re v e r Io evangelho aos he- I breus, põe em evidên- I cia o fato de que Jesus | é o Messias anunciado | no Antigo Testamento. | Isso pode ser visto na
manifestação da nuvem luminosa, que está relacionada com a manifestação da presença de Deus (Êx 14.19,20; 24.1 5-1 7; 1 Rs 8.10,11; Ez 1.4; 1 0.4). Tanto Moisés como Elias, quando estiveram no Sinai, presenciaram a manifestação dessa glória. Todavia, não como os discípulos a vivenciaram no Monte da Transfiguração (Mt 17.1,2).
SINO PSE D O T Ó P IC O (1 )
A transfiguração provou para os discípulos e para nós aquilo que Jesus sempre fora: o verbo ... divino encarnado.
R E S P O N D A
I . E x p liq u e o s fe n ô m e n o s da t r a n s f ig u r a ç ã o d e s c r i t o s n o s evangelhos.
II - ELIAS, O M ESSIAS E A R E S TA U R A Ç Ã O
1. T ip o lo g ia . No evento da transfiguração, o texto destaca os nomes de Moisés e Elias (Mt1 7.3). Para a Igreja Cristã, Moisés
PALAVRA-CHAVE
Transfiguração:M udança de
a p a rên c ia , ou fo rm a , m as não
m udança de essên cia .
L ições Bíb l ic a s 6 3
REFLEXÃO
“Je su s C ris to é m a is do qu e um g ra n d e fíder, um bom exem plo
ou um g ra n d e p ro fe ta .Ele é o F ilho de D e u s .”
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
prefigura a Lei enquanto Elias, os profetas. É perceptível, nessa passagem, que Moisés aparece como figura tipo lóg ica . Mateus põe em evidência o pronunciamento do próprio Deus: “Escutai-o” (Mt 17.5). E Moisés havia dito exatamente estas palavras quando se referia ao Profeta que viria depois dele: “O SENHOR, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis” (Dt 1 8.1 5). A transfiguração revela que Moisés tem seu tipo revelado em Jesus de Nazaré e que toda a Lei apontava para Ele.
2 . E sc a to lo g ia , Enquanto Moisés ocupa um papel tipológico no evento da transfiguração, Elias aparece em um contexto escatoló- gico. O texto de Malaquias 4.5,6 apresenta Elias como o precursor do Messias. O Novo Testamento aplica a João Batista o cumprimento dessa Escritura: “E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto” (Lc 1.17). Assim como Elias, João foi um profeta de confronto (Mt 3.7), ousado (Lc 3. 1 -14) e rejeitado (Mt 1 T .1 8). A presença do Batista, o Elias que havia de vir, era uma clara demonstração da messianidade de Jesus.
SIN O P S E D O T Ó P IC O (2 )
No evento da transfiguração, Moisés prefigurava a Lei e Elias os profetas.
R E S P O N D A2. De que fo rm a pode s e r e x p lica do a s a p a riçõ e s de M oisés e E lias no evento da tra n s fig u ra çã o ?
I I I - ELIA S, O M ESSIAS E A R E JE IÇ Ã O
1. O M e s s ia s e s p e ra d o .Tanto os rabinos como o povo comum sabiam que antes do advento do Messias, Elias haveria de aparecer (Ml 4 .5 ,6 ; Mt 17.1 0). O relato de Mateus sugere que os escribas não reconheceram a Jesus como o Messias, porque faltava um sinal que para eles era determinante — o aparecimento de Elias antes da manifestação do Messias (Mt 1 7.1 0).
Com o Jesus poderia ser o Messias se Elias ainda não havia vindo? Jesus revela então que nenhum even to no program a profético deixara de ter o seu cumprimento. Elias já viera e os fatos demonstravam isso. Elias havia sido um profeta do deserto, João também o foi; Efras pregou em um período de transição, João prega na transição entre as duas alianças; Elias confrontou reis (1 Rs 17.1,2;2 Rs 1.1 -4), João da mesma forma (Mt 14.1-4). Mais uma vez fica claro: João era o Elias que havia de vir e Jesus era o Messias.
2. O M ess ias re je itado . O texto de Mateus 1 7.1 -8, que narrao episódio da transfiguração, inicia-se com a sentença: “Seis dias depois” (Mt 1 7.1). O texto coloca a transfiguração num contexto onde
6 4 L iç õ e s Bíb l ic a s
REFLEXÃO
“Os even to s o co rrid o s d u ra n te a T ra n sfig u ra çã o se rvem p a ra d e m o n stra r que Je su s e ra de
fa to o M ess ia s e sp e ra d o .”
uma sequência de fatos deve ser observada. Os eruditos ressaltam que “seis dias” é uma outra forma de dizer: “uma semana depois”. De fato, o texto paralelo de Lucas fala de “quase oito dias”, isto é, uma semana depois (Lc 9.28). O texto, portanto, põe o evento no contexto da confissão de Pedro (Mt 16.13-20) e no discurso de Jesus sobre a necessidade de se tom ar a cruz (Mt 16.24-28). O Messias revelado, portanto, em nada se assemelhava ao herói da crença popular. Pelo contrário, a sua mensagem, assim como a do Batista, não agradaria a muita gente e provocaria rejeição.
SIN O PSE D O T Ó P IC O <3)
João era o Elias que havia de vir e Jesus era o Messias.
R E S P O N D A
3. Com o o fenôm eno da tra n s fig u ra çã o d em o n stra que Je su s e ra de fa to o M essia s e sp e ra d o ?
IV - EL IA S, O M ESSIAS E A E X A LTA Ç Ã O
1. H u m ilh a ç ã o . Os intérpretes destacam que havia uma preocupação dos discípulos sobre a relação do aparecimento de Elias e a manifestação do Messias. Esse fato é demonstrado na pergunta que eles fazem logo após d escer o monte da transfiguração (Mt 17.10). Como D. A. Carson observa, o fato é que a profecia referente a Elias falava de “restaurar todas as coisas” (Mt 17.11) e os d iscípulos não entendiam
;com o o M essias tão esperado pudesse morrer em um contexto de restauração . Cristo corrige esse equivoco, mostrando que a cruz faz parte do plano divino para restaurar todas as coisas (Mt1 7.1 2; Lc 9.31; Fl 2.1-1 1).
2 . Ex a lta çã o . Muito tempo depois, o apóstolo Pedro ainda lembra dos fatos ocorridos e os cita em relação à exaltação e glorificação de Jesus e, também, como prova da veracidade da mensagem da cruz: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós m esm os vimos a sua majestade, porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido” (2 Pe 1.16,17).
SIN O PSE D O T Ó P IC O (4 )
Jesus deixou claro que a cruz faz parte do plano divino para restaurar todas as coisas.
R E S P O N D A
4. Com o D. A .C a rso n o b se rva a p ro fe c ia re fe re n te a E lia s?5. Com ente, com su a s p a la v ra s , so b re a exa lta çã o do M essia s .
L iç õ e s Bíb l ic a s 6 5
C O N C L U S Ã O
Vimos, pois, que os eventos ocorridos durante a Transfiguração servem para demonstrar que Jesus era de fato o Messias esperado. Tanto a Lei, tipificada aqui em Moisés, como os Profetas, representado no texto pela figura de
AUXÍLIO BIBLIO GRÁFICO 1Subsid io T eo ló g ic o“Embora a Transfiguração fos
se sem dúvida uma maravilhosa revelação da natureza essencial de Jesus, no contexto ela era também uma poderosa manifestação da natureza do reino que o nosso Senhor pretendia estabelecer com a sua morte.
[...] A chave para entendermos o pretenso significado da transfiguração é encontrada em Marcos 9.2, na frase ‘seis dias depois’. O que havia acontecido antes dos seis dias? Jesus havia falado sobre a sua cruz e depois a glória, e feito uma promessa específica: ‘Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o Reino de Deus com poder’ (Mc 9.1).
Não é costume de Marcos indicar um preciso relacionamento entre os eventos. A frase ‘seis dias depois’ faz íntima ligação entre a transfiguração e a profecia de Cristo sobre a sua morte e ressurreição — e a promessa que fez aos discípulos de que alguns veriam ‘o Reino de Deus com poder’” (RICHARDS, Lawrence O. C om en tár io H istórico-Cultura l do N ovo Testam ento . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 11 5).
Elias, apontavam para a revelação máxima de Deus — o Cristo Jesus. Essas personagens tão importantes no contexto bíblico não possuem glória própria, mas irradiam a glória proveniente do Filho de Deus. Ele, sim, é o centro das Escrituras, do Universo e de todas as coisas (Cl 1.18,19; Hb 1.3; Fl 2.10,1 1).
BIBLIO G RAFIA SUG ERIDA
RICHARDS, Lawrence O. C o m entário Histórico-Cultural do N ovo Testam ento . 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. MERRILL, Eugene H. H istór ia de Israel no A n t ig o T es ta m ento: O re ino de sa ce rd o te s q u e D e u s c o lo c o u e n t r e a s nações. 6. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n°52, p.40.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
A transfiguração, aponta claramente para a divindade de Jesus, mostrando
que Ele era o Messias esperado.Podemos entender que a presença
de Moisés tem uma função tipológica, isto é, a sua missão apontava parajesus Cristo, assim como a função de Elias
estava relacionada à escatologia.3. Serviu para mostrar que João, o batista, era o Elias profetizado, e que, portanto, o seu aparecimento era uma prova incontestável de que Jesus era o
Messias esperado.A exaltação do Messias revelado
na transfiguração, conforme lembrou posteriormente o apóstolo Pedro (2 Pe 1.16-19), era uma prova inconteste da
veracidade da mensagem da cruz.Resposta pessoal.J
6 6 L içõf.s Bíb lic as
AUXILIO BIBLIO GRÁFICO IISubsidio Teológico
“Embora a transfiguração fornecesse uma confirmação visível da divindade de Cristo, os discípulos, perante os quais Ele havia exibido sua glória, já o havia reconhecido através dos olhos da fé (Mc 8.29). Porém não haviam reconhecido a natureza do seu reino: não entendiam a implicação de tomar a cruz e seguir a Jesus a fim de receberem uma nova vida.
Então Jesus transfigurou-se diante deles e, nessa transformação, eles viram ‘o Reino de Deus com poder’ (Mc 9.1). Eles viram Aquele que apareceu em sua encarnação como um homem comum, brilhar de repente com um extraordinário esplendor. O que eles viram era uma verdadeira transfiguração — uma transformação revolucionária do estado de um ser para outro. Um estado de ser que indiscutivelmente exibia a glória e o poder de Deus. É isso que a transfiguração redefine o reino para seus discípulos. Quando, depois da morte e ressurreição de Cristo o reino de Deus vier ‘com poder’, a característica marcante desse reino não será exércitos de anjos marchando para esmagar o poder de Roma. O reino de Deus vem com poder a fim de mudar os seres humanos comuns em seres que escolheram seguir a Jesus. O reino, pelo menos até à volta de Jesus, consistirá em transformação, e não nas conquistas que eles desejavam” (RICHARDS, Lawrence O. C om entário H istórico -C u ltura l do Novo Testam ento . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 1 1 5).
L içõ es Bíb l ic a s 6 7
H á um M ilag r e em Su a C a s a
/ATEXTO AUREO
“Então, entra , e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em
todos aqueles vasos, e põe à parte o que estiver cheio" (2 Rs 4.4).
VERDADE PRATICA
A história da multiplicação do azeite da viúva mostra claramente que o Senhor é soberano e gracioso para suprir todas as necessidades de seus filhos.
HINO S SUGERIDOS 1 , 4 , 5 8
LE IT U R A D IARIA
Segunda - 2 Rs 4 .2As carências humanas
Terça - SI 116 .5A compaixão divina
S R Q uarta - Tg 2 .7A fé obediente
Q uinta - 2 Rs 7.1O braço divino
Sexta - Mc 1.40-42O sofrimento humano
Sábado - A t 3 .8 A glória manifestada
Lição 107 0 de Março de 2013
6 8 L ições Bíb lic as
I
I
L E IT U R A B ÍB LIC A EM CLASSE
2 SReis 4 .1 -7
1 - E um a m u lh er das m u lhere s d o s f ilh o s dos p ro fe ta s , clam ou a E liseu d izen do : Meu m arido , teu se rvo , m o rreu ; e tu sa b es que o teu se rvo tem ia ao SENHOR; e veio o c re d o r a levar-m e os m eus do is filh os p a ra serem se rvo s .
2 - E E liseu lhe d is se : Que te hei de eu fa z e r ? D ecíara-m e que é o que ten s em ca sa . E ela d is s e : Tua se rv a não tem n a d a em c a sa , s e n ã o um a bo tija de aze ite .
3 - Então , d isse e le : Vai, pede p a ra ti vasos em p resta d os a todos os teus v iz in hos , vasos vazios, não poucos.
4 - En tão , e n tra , e fe ch a a | p o rta so b re ti e sob re teus fi-
lhos , e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à p a rte o que e s t iv e r cheio.
5 - P artiu , po is, dele e fechou a p o rta sob re s i e so b re seus f ilh o s ; e e les lhe tra z ia m os vasos, e ela os ench ia .
6 - E sucedeu que , cheios que fo ra m os v a so s , d isse a seu filho : Traze-me ainda um vaso. Porém ele lhe d is s e : Não há m ais vaso nenhum . En tão , o aze ite parou .
INTERAÇÃO
Professor, você crê em m ilagres? Então, não terá dificuldades no preparo desta lição, pois estudarem os a respeito de um dos m ilagres de Eliseu: a multiplicação do azeite na casa da viúva. Esta é uma das m ais su rp reen d en te s pa ssagen s bíblicas pa ra aqueles que creem que para o Senhor não há causa impossível. Este milagre nos ensina que o pouco com Deus torna-se muito e a escassez pode converter-se em abundância. O Deus de Eliseu é o nosso Deus. Ele é imutável, e mediante sua graça continua a alcançar os corações daqueles que estão desesperados p o r um milagre.No deco rre r da lição, enfatize que o Pai Celeste rea liza m ilagres não porque m erecem os. Não som os m erecedores de nada, sua graça nos basta, m as os m ilagres em nossa vida são decorrentes da bondade divina. Deus é bom!
O B JET IV O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
A te n ta r para a real motivação de um milagre.
id en tif icar os instrumentos de um milagre.
7 - Então, veio ela e o fez sa b e r ao hom em de D eu s; e d isse ele : Vai, vende o aze ite e paga a tua d ív ida ; e tu e teus filhos vivei do re sto .
E s p e c if ic a r os reais objetivos de um milagre.
O R IEN TA Ç Ã O PED A G Ó G ICA
Inicie a lição fazendo a seguinte indagação: “Mesmo em meio à escassez, você crê que Deus é poderoso para suprir suas necessidades?” Ouça os alunos com atenção. Explique que muitas vezes Deus permite um período de escassez para que venhamos nos humilhar perante Ele e reconhecer a
nossa dependência dEle. Enfatize o fato do quanto a fé daquela viúva e dos seus filhos foi fortalecida depois de experimentarem da provisão divina. Conclua lendo com a
classe Tiago 4.10 e Mateus 5.4.
L ições Bíb l ic a s 6 9
IN TRO D U ÇÃ O
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Na lição de hoje, estudaremos a narrativa bíblica sobre a multiplicação do azeite na casa da viúva (2 Rs 4.1-7).Não há dúvidas de que esta é uma das mais surpreendentes passagens bíblicas. Nela, vemos o pouco tornar- se muito; a escassez converter-se em abundância e o vazio ficar cheio! Vemos ainda como a graça de Deus alcança os corações desesperados. Este texto, portanto, é bem claro em revelar que os milagres acontecem primeiramente em decorrência da bondade de Deus e, após, em resposta a uma fé obediente.
I - A M O T IV A Ç Ã O D O M ILA G R E
1» A necessidade humana.As bênçãos de Deus vêm em resposta a uma necessidade humana. O milagre ocorrido na casa da viúva de um dos discípulos dos profetas confirma esse fato (2 Rs4.1-7). O texto expõe a extrema penúria na qual essa pobre mulher havia ficado. Perdera o marido, que havia falecido, e agora corria o risco de perder também os filhos para os credores se não quitasse uma dívida.
Era costume naqueles dias um credor obrigar um devedor a saldar a sua dívida através do trabalho servil ou escravo (2 Rs 4 .1b). Essa mulher, portanto, necessitava urgentemente que alguma coisa fosse feita para tirá-la
PALAVRAS-CHAVE
Prov isão :Ato ou efe ito de
p ro ve r ; provim ento , abastecim ento , fo rnecim ento .
daquela situação. Sabedora que o profeta Eliseu era um homem de Deus, recorreu a ele (v. 1). A Escritura mostra que o Senhor socorre o necessitado (SI 40.1 7; 69.33; Is 25.4; Jr 20.1 3).
2. A m isericórdia d iv ina. O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana, mas não apenas isso: ocorreu também graças à compaixão divina.
Não foi apenas por ser pobre que a viúva
foi socorrida, nem tampouco por haver sido esposa de um dos discípulos dos profetas (2 Rs 4.1). O texto diz que ela '‘clamou” ao profeta Eliseu (2 Rs 4.1). O termo hebraico que traduz essa palavra é tsa 'aq, que possui o sentido de d a m a r p o r a juda, ch o ra r em voz alta. O profeta ficou sensibilizado; Deus compadeceu-se daquefa mulher sofredora. O Senhor é compassivo, misericordioso e longânimo (Êx 34.6; 2 Cr 30.9; SI 11 6.5).
SINOPSE D O T Ó P IC O (1 )
O milagre ocorrido na casa da viúva aconteceu como resposta a uma carência humana e como resultado da compaixão divina.
R ESPO N D A
7. Segundo a lição, o que m otivou a operação do m ilagre da m ultip licação do aze ite?
II - A D IN Â M IC A D O M ILA G R E
1. Um pouco de a z e ite .Diante do clamor da viúva, o profeta Eliseu perguntou-lhe: “Que te
7 0 L ições Bíb lic as
hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite” (2 Rs 4.2).
Duas co isas precisam ser observadas aqui. Em primeiro lugar, o milagre acontece na esfera familiar: “o que tens em casa”. O lar e a família são importantes para Deus. Em segundo lugar, um pouquinho pode tornar-se muito se vem com a bênção de Deus. De fato o texto hebraico destaca que a porção de azeite da mulher era tão minguada que ela quase esqueceu que o possuía. No entanto, foi esse pouco que o Senhor usou para operar o grande milagre. O que possuímos pode ser bem pouco, mas é suficiente para Deus operar os seus propósitos.
2 . Um a fé o b e d ie n te . A instrução dada peio profeta Eliseu para solucionar o problema da viúva é bastante reveladora sobre a dinâmica desse milagre (2 Rs 4.3-5). Num primeiro momento, o profeta chamou a mulher àação: “Vai, pede para ti vasos emprestados”. A fé é demonstrada pela ação (Tg 2.1 7). Jesus também viu a fé do paralítico e dos homens que o conduziram em Cafarnaum (Mc 2.1-12). Em segundo lugar, o milagre deveria acontecer de portas fechadas: “Fecha a porta”, disse o profeta. A mulher obedeceu ao profeta, e o azeite começou a fluir. E, assim, pôde ela salvar os filhos, pagar as dívidas e viver dignamente.
É possível que uma das causas da escassez de milagres hoje esteja na publicidade desenfreada. Deus quer privacidade, mas os
SINO PSE D O T Ó P IC O (2 )
Um pouquinho pode tornar- se muito se vem com a bênção de Deus.
R E S P O N D A
2 . Com o a viúva reag iu à s in s tru ções dadas pelo p ro fe ta E liseu ?
I I I - OS IN S T R U M E N T O S D O M ILA G R E
1. O instrum ento humano.Por várias vezes, no livro de 2 Reis, o profeta Eliseu é chamado de “Homem de Deus” (2 Rs 4.7,9 ,16; 6.9). Sem dúvida esses textos demonstram que Eliseu era um instru m en to de Deus para a operação de m ilagres. Deus usa hom ens! Esse é um fato fartamente demonstrado na Bíblia. Para formar uma nação e através dela revelar seu plano de salvação à humanidade, o Senhor chamou Abraão (Gn 1 2). Para tirar os israelitas do Egito, Deus usou Moisés (Êx 4 .1-17). Para levar
L ições B íb licas 71
REFLEXÃO
“Quando lem os o AT, é fá c il en foca rm os o severo
ju lg a m en to de D eus sob re os rebeldes e m in im izarm os seu
terno cu idado p o r aqueles que o am am e se rv e m .”
Bíblia de Estudo Aplicacão Pessoal
T_«sresir ■ h ih m h h h h l ji. •homens gostam de notoriedade?*. Gostam de aparecer e vangloriar- se (Lc 12.15). Deixam a porta aberta para serem vistos!
“[ . . .] Elisen era um instrum ento de Deus para a operação de m ilagres. Deus usa homens! Esse é um fato fartam ente
dem onstrado na B íb lia .”
a mensagem do Evangelho aos gentios, o Senhor usou a Pedro (At10 — 11). Deus também chamou a Paulo para ser “um instrumento escolhido” para levar seu nome perante os nobres (At 9.1 5). Para salvar-nos, Deus humanizou-se na pessoa bendita de Jesus Cristo (Jo 1.1,18; Fp 2.1-1 1).
E para sua obra missionária, Ele conta com você! (Mt 28.1 9)
2. O in s tru m e n to d iv in o . Quando uma grande fome a ssolava Samaria, o profeta Eliseu profetizou abundância de alimentos: “Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, quase a este tempo, uma medida de farinha haverá por um siclo, e duas medidas de cevada, por um siclo, à porta de Samaria” (2 Rs 7.1).
O cumprimento dessa profecia parecia pouco provável naqueles dias, a ponto de o capitão, em cujo braço o rei se apoiava, haver ironizado: “Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso?” (2 Rs 7.2). Mas a profecia cumpriu-se exatamente como Eliseu havia predito (2 Rs 7.16-20). O texto põe a Palavra do Senhor como agente causador do milagre. O cronista observa que esses fatos ocorreram "sequndo a palavra do Senhor” (2
Rs 7.1 6). O que o Senhor faz, Ele o faz através de sua Palavra.
SINO PSE D O T Ó P IC O (3 )
A Palavra do Senhor foi o agente causador do milagre na vida da viúva. O que o Senhor faz, Ele o faz através da sua Palavra.
R E S P O N D A
3. Com qua l e xp re ssã o o c ro n ista iden tifica o p ro fe ta E liseu em seu re la to ?
IV - O O B JE T IV O D O M ILA G R E
1. Uma resposta ao s o fr im ento. Todos os milagres realizados por Eliseu deixam bem claro que eles ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento (2 Rs 4.1-38;5.1-19; 6.1-7).
O Novo Testamento mostra- nos que o SenhorJesus libertava e curava porque se compadecia do sofrimento humano (Lc 13.10-17; Mc 1.40-45).
2. G lorificar a Deus. Os milagres, portanto, são uma resposta de Deus ao sofrimento humano. Todavia, eles não se centralizam no homem, mas em Deus. Os milagres narrados nas Escrituras objetivam a glória de Deus. Em nenhum momento, encontramos os profetas buscando chamar a atenção para si através dos milagres que realizavam nem tirar proveitos deles. Quem tentou fazer isso e beneficiar- se de forma indevida foi Geazi, o servo de Eliseu. Entretanto, quando assim procedeu foi severamente punido (2 Rs 5.20-27).
7 2 L ições Bíb lic as
Em o Novo Testamento, observamos Pedro e Paulo pondo em destaque esse fato e mostrando que Deus, e não os homens, é quem deve ser glorificado (At3.8,1 2; 14.14,1 5).
SINO PSE D O T Ó P IC O (4 )Todos os milagres realizados
por Eliseu ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também ao sofrimento.
R E S P O N D A4 . Cite um dos o b je tivo s en vo lv idos na op era çã o de um m ila g re .5 . Como Pedro e Paulo destacam a re lação dos m ilagres com o hom em e D eu s?
C O N C L U S Ã O 1O milagre da multiplicação
do azeite é um testemunho do poder de Deus, que se compadece dos sofredores que o buscam de todo o coração. O foco, portanto, d e ssa bela h istória não é a v iúva nem tam poucoo profeta Eliseu, mas o Senhor que através da instrumentalida- de do seu servo abençoa essa pobre mulher. A história faz-nos lembrar um outro feito extraordinário e muito mais relevante do que esse: a multiplicação dos peixes e pães por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele foi, é e sempre será a resposta a todo sofrimento humano.
REFLEXÃO
“A m u lh er e seu s filhos reco lheram vasos de seu s viz inhos e d esp e ja ra m óleo vegeta l ne les a p a r t ir de
um único fra sco . [ . . . ] O óleo só pa rou de f lu ir quando não havia m ais va silh a s . [ . . . ] O Sen h o r é poderoso p a ra fa ze r in fin itam ente m ais do que tudo quanto
pedim os ou pensam os (E f 3 .2 0 ) . ’’Bíblia de Estudo Aplicacão Pessoal
L ições Bíb lic as 7 3
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..AUXILIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional ‘Feche a porta para a dúvida
Um fator muito importante na história deste milagre é o que aconteceu após a viúva ter tomado emprestadas as vasilhas vazias de seus vizinhos curiosos. Eliseu lhe disse: ‘Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos...’ Sempre haverá muitas pessoas para dizer ao contrário. Há os que replicam: ‘Os antecedentes são contra isso. Tentamos antes e falhamos’. Há também os que se queixam: ‘Não podemos suportar isso’. Eliseu simplesmente insistiu para que ela deixasse de fora os incrédulos, e fechasse os ouvidos para a dúvida.
Os vizinhos que estavam cientes de sua situação talvez fossem levados a pensar que as atitudes eram excêntricas e, com certeza, a ridicularizariam. Tachariam-na de tola por acreditar em algo tão impossível como que lhe propusera o profeta.
Jesus advertiu: ‘Atentai no que ouvis5 (Mc 4.24). Ele sabia que agimos e reagimos de acordo com aquilo que ouvimos daqueles que estão à nossa volta. Eliseu também sabia quão rapidamente as sementes de dúvida crescem no solo do desespero e da perversidade humana. Dessa maneira, recomendou à viúva que entrasse em sua casa e fechasse a porta da dúvida. Assim como Maria, mãe de nosso Senhor, devemos considerar alguns sonhos em nossos corações, ao invés devê-los assassinados numa conversa casual (Mt 7.6)” (BARNETT, Tommy. Há um m ilagre em sua casa: A solução de Deus começa como que você tem. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 36).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BARNETT, Tommy. Há um m ilagre em sua casa: A solução de D eus co m eça com o que você tem. 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. 1. ed. Rio dejaneiro: CPAD, 2009.
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n°52, p.41.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
I . A necessidade da vrúva e a misericórdia divina.
2 . Agiu com fé e obediência.3, “Homem de Deus”.
4 . Uma resposta ao sofrimento humano ou glorificar a Deus.
5. Eles mostram que é Deus, e não o homem, quem deve ser glorificado
nos milagres.
7 4 L ições Bíblicas
Lição 1 117 de Março de 2013
Os M ilagres de Eliseu
’‘O ra, o re i fa lava a Ceazi, moço do homem de Deus, d izendo : Conta-me, peço-te, todas as g randes obras que
Eliseu tem fe ito” (2 Rs 8.4).
LE IT U R A D IÁ RIA
Segunda - 2 Rs 4 .4 3 A multiplicação dos pães
Terça - 2 Rs 7.1 Abundância de víveres
Q uarta - 2 Rs 4 .3 6 ,3 7 A ressurreição do filho da sunamita
Q uin ta - 2 Rs 6 .6 O machado flutuante
Sexta - 2 Rs 2 .2 1 ,2 2 As águas de jericó
Sábado - 2 Rs 5 .14 A cura de Naamã
I jçõES Bíb l ic as 7 5
INTERAÇÃOProfessor, estudaremos nesta lição alguns dos milagres realizados pelo profeta Eli- seu. Este abnegado servo de Deus foi um dos sete mil que não se dobraram diante de Baal. As intervenções sobrenaturais, realizadas por intermédio de Eliseu, são muitas, o que torna impossível tratar de todas em uma única lição. Por isso, as narrativas de seus m ilagres foram divididas em quatro grupos, tornandoo ensino mais didático: milagres de provisão, restituição, restauração e ju lg a mento. Todas essas intervenções divinas operadas por Eliseu demonstram o poder de Deus. Os milagres tinham como único propósito evidenciar a graça e a glória do Todo-Poderoso. A intenção não era jam ais
. exaltar as virtudes do profeta.
L E IT U R A B ÍBLICA EM CLASSE2 R e is 2.9-14
9 - Sucedeu, po is, que, havendo eles passado , E lias d isse a E liseu : Pede-me o que queres que te fa ça , an tes que se ja tom ado de ti. E d isse E liseu : Peço-te que h a ja p o rçã o d o b ra d a de teu esp írito sob re m im .
10 - E d is se : C o isa d u ra p e d is te ; se me v ires quando fo r tom ado de ti, a ssim se te fa rá ; porém , se não, não se fa rá .
11 - E sucedeu que, indo eles andando e fa lando , eis que um ca rro de fogo, com cava los de fogo, os sep a ro u um do ou tro ; e E lia s sub iu ao céu num red em oinho.
___________ O B JE T IV O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Elencar os milagres de Eliseu.
Entender o que motivou os milagres de Eliseu.
C om preender os propósitos dos milagres de Eliseu.
O R IEN TA ÇA O PED A G Ó G ICA
Professor, reproduza o quadro da página seguinte de acordo com as suas possi
bilidades. Inicie a aula com as seguintes indagações: “Você acredita em mila
gres?” “Qual o verdadeiro objetivo de um milagre?" Ouça os alunos com atenção e diga que Deus não mudou. Ele continua operando milagres e maravilhas. Todavia, os milagres são para aqueles que
creem. Quem tem um coração duvidoso jamais poderá experim entar dos milagres divinos. Para fortalecer a fé dos seus alunos conclua apresentando o
quadro da página seguinte com os vários milagres realizados por Eliseu.
1 2 - 0 que vendo E liseu , c la m ou : Meu pa i, m eu pai, ca r ro s de Is ra e l e seus ca va le iro s! E nunca m ais o v iu ; e, tom ando das su a s vestes , a s ra sgou em duas p a rte s .
1 3 - Também levantou a capa de Elias, que lhe ca íra ; e voltou- se e pa rou à borda do Jo rdão .
14 - E tomou a capa de Elias, que lhe caíra , e feriu as águas, e d isse : Onde está o Senhor, Deus de Elias? Então, fe riu as águas, e se d ivid iram elas pa ra uma e outra banda; e Eliseu passou .
7 6 L ições Bíb lic as
f y
IN TR O D U ÇÃ OEliseu era um lavrador per
tencente a uma família abastada de Israef, quando foi chamado a exercer o ministério profético (1 Rs 1 9.1 9-21).Sem dúvida, era um dos sete mil que não haviam se dobrado diante de Baal. E essa foi uma das razões pelas quais o Senhor o escolhera. As intervenções sobrenaturais, através de Eliseu, são impressionantes (1 Rs 19.1 6).
Dividimos aqui as narrativas de seus milagres em quatro grupos. Nem todos os milagres operados por Eliseu serão estudados aqui, mas os que analisarmos servirão para ilustrar os propósitos divinos na vida de seu povo.
I - OS M ILA G R E S DE P R O V IS Ã O
1. A m u lt ip lic a ç ã o dos pães. Esse é um milagre de pro
r PALAVR>V C H A V E ^
Mi laSegundo é um a s l
tempon leis da n
visando a sobrenú
g re :' a Bíblia, jspensão ária das atureza, operação
itural de us. ^
visão. Eram cem os d iscípulos dos profetas e só havia vinte pães para alimentá-los (2 Rs 4.42-44). A lei da procura era maior do que a da oferta! O que fazer diante da situação? O profeta Eliseu não olha
às evidencias naturais, mas seguindo a direção de Deus, profetiza que todos comeriam e ainda sobrariam pães! Como? Não havia lógica nenhuma nessa predição.
Todavia, milagres não se explicam, aceitam-se pela fé! Muito tempo depois encontramos o Novo Testamento detalhando com ojesus
Cristo operou um milagre com a mesma dinâmica, mas em maior proporção (jo 6.9). Em ambas as histórias, a graça de Deus em prover o necessário para os carentes fica em evidência.
2 . A b u n d â n c ia de v ív e res. Jorão, filho de Acabe, estava assentado no trono do reino do Norte e, a exemplo de Jeroboão, foi mau governante (2 Rs 3.1-3).
— sãs— BWiiíHÉíi nirm
MILAGRES DE ELISEU
Milagres Referência Fatores
1. O rio Jordão é dividido 2 Reis 2.1 3 ,14 Água
2. A fonte purificada em Jericó 2 Reis 2 .19-22 Água
3. O azeite da v iúva é m ultiplicado 2 Reis 4.1-7 Azeite
4. Um menino morto e ressuscitado 2 Reis 4 .18-37 A vida de uma criança
5. Um guisado envenenado é purificado 2 Reis 4.38-41 Farinha
6. A com ida dos profetas é m ultiplicada 2 Reis 4 .42-44 Pão e grãos
7. Naamã é curado da lepra 2 Reis 5.1-14 Água
8. Ceazi torna-se leproso 2 Reis 5.15-27 Somente palavras
9. O ferro de um machado flutua 2 Reis 6.1-7 Água
1 0. O exército sírio torna-se cegoV
2 Refs 6.8-23 Oração de Eliseu
Fonte: Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Rio c/e Janeiro, CPAD, p. 5T3.
L içõ es Bíb l ic a s 7 7
19MA consequência de suas ações pecaminosas foi o cerco à cidade de Samaria promovida por Ben-
, Hadade II. Com a cidade sitiada, a < consequência natural foi a escas- \ sez de alimentos. Vendia-se desde \ cabeça de jum ento até mesmoI esterco de pombo na tentativa de
amenizar a fome.P re ss io n a d o pela c r ise , o
rei procurou o profeta Eliseu e o responsabilizou pela tragédia. Sempre o Diabo querendo culpar
i Deus! Todavia, o Senhor demons- | tra, mais uma vez, a sua graça, e | orienta Eliseu a profetizar o fim da
fome! Como nos outros milagres,3 esse tem seu cum prim ento de | forma inteiramente sobrenatural
e inexplicável.
j SINOPSE D O T Ó P IC O (1 )Milagres não se exp licam ,
! aceitam-se pela fé! Aqueles que | duvidam não recebem nada del Deus.
R ESPO N D A/. Q uais m ila g re s de p ro v isã o sã o l is ta d o s na liçã o ?
II - OS M ILAG RES DE R E S T IT U IÇ Ã O
1. A ressurreição do filho ] da sunam ita . Mesmo havendo | deixado o filho morto em casa, a rica
mulher de Suném demonstra uma fé inabalável (2 Rs 4.1 8-37). Quando a caminho, e interrogada por Geazi,
Sj servo de Eliseu, sobre como iam as ! coisas, ela respondeu: “Tudo bem!”
Nada está fora de controle quando | Deus está no comando.
A sequência da história mostrao profeta Eliseu orando ao Senhor sobre o corpo inerte do garoto (2
Rs 4.33,34). Os gestos do profeta parecem não ter sentido, mas sem dúvida refletem a orientação divina (2 Rs 4.34,35). O Senhor responde a oração do profeta e a vida volta novamente ao filho da sunamita (2 Rs 4.35-37).
2. O m a c h a d o q u e f l u tu ou . Um dos d isc íp u lo s dos profetas perdera a ferram enta que tom ara em p restad a (2 Rs6.1-7). Naqueles dias, os instrumentos de ferro eram e scasso s e valiosos. Daí o seu desespero . Duas coisas observam os nesse texto : p rim eiram en te , a m otivação do milagre que está bem e x p r e s s a no la m e n to d a q u e le que perdera o m achado . O que nos faz lamentar? A nossa motivação está correta? Em se gundo lugar, vem os o profeta procurando id entif icar o local onde a ferramenta havia caído. O Senhor está pronto a restituir o que perdemos, mas temos de ter consciência disso.
SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )Nada está fora de controle
quando Deus está no comando. Ele é soberano!
RESPO ND A2. Que lição p o d em o s a p re n d e r com o m ach ado que flu tu o u ?
I I I - OS M ILAG RESDE R ESTA U R A Ç Ã O1. A cura de Naamã. Algu
mas coisas nos chamam a atenção no relato d e sse m ilagre (2 Rs5.1-19). Em primeiro lugar, observamos que o general sírio fica indignado quando o profeta não age da forma que ele imaginou
7 8 L iç õ e s B íb l ic a s
(2 Rs 5.1 1). Deus não faz shows, nem tampouco opera para satisfazer nossa curiosidade.
Em segundo lugar, vem os que Deus não estava interessado na análise lógica de Naamã (2 Rs5.1 1,12), mas apenas em sua obediência. Em terceiro lugar, Naamã recebe a cura quando desce ao Jordão (2 Rs 5.14).
Ninguém será restaurado se não descer! Naamã desceu e foi curado. Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg 4.6). Em quarto lugar, Naamã tentou re co m p e n sa r o p ro feta pelo milagre recebido (2 Rs 5.15,16). Eliseu recusou! A graça não aceita pagamento por aquilo que faz.
2. As águas de Jericó. O texto de 2 Reis 2.19-22 narra o episódio das águas amargas de Jericó que se tornaram saudáveis através da ação de Eliseu. Aqui,o profeta pede um prato novo e, que neste, se coloque saí. Feito isso, ele profetiza que aquelas águas tornar-se-iam potáveis segundo a palavra do Senhor. Tais exigências possuíam um valor simbólico, pois o sal representa um elemento purificador (Lv 2.1 3; Mt 5.1 3). O prato novo simboliza um instrum ento de dedicação especial ou exclusiva a Deus para aquele momento. Em todo caso, foi o poder de Deus que purificou as águas e não o poder desses objetos e ingredientes.
SINOPSE D O T Ó P IC O (3 )Deus não faz shows e não se
agrada daqueles que se utilizam
dos seus milagres para se promoverem. O Senhor não opera para satisfazer nossa curiosidade.
RESPONDA
3 . C ite p e lo m en o s d u a s liçõ e s e x tra íd a s da cu ra de N aam ã.
I V - OS MILAGRES DE JU LG A M E N TO
1. M a ld ição d o s r a p a z i n h o s . Certa v e z , uns jo v e n s debocharam de Eliseu, dizendo- lhe: “Sobe, calvo, sobe, calvo”! Reagindo à situação, o profeta invoca o julgamento divino sobre os zombadores, amaldiçoando-os em nome do Senhor (2 Rs 2.23-2 5). O efeito foi devastador.
Apareceram duas ursas se lvagens, que se investiram contra os rapazes, matando quarenta e dois deles. Não se pode brinçar com as coisas sagradas e muito m enos e sca rn ece r dos se rvo s de Deus.
2. A doença de Geazi. No relato de 2 Reis 5.20-27, observamos as razões pelas quais Geazi foi julgado. Ele supunha que a recusa de Eliseu em aceitar os presentes de Naamã era apenas uma questão pessoal do profeta (2 Rs 5.20). Por isso, resolveu tirar partido da situação. Usou o nome de Eliseu para validar sua cobiça, procurando tornar aceitável o que Deus havia abominado (2 Rs 5.22). Ele deveria saber que Deus não vende suas bênçãos, mas as dá gratuitamente. E, assim, o cobiçoso Geazi trocou o arrependimento pelo fingimento e ainda trocou a bênção pela maldição
L iç õ e s Bíb l ic a s 7 9
5. Cite pelo m enos d u a s ra zõ es pe la s qu a is C eazi experim en touo ju íz o d ivino .
CONCLUSÃOOs milagres operados por
Etiseu demonstram o poder divino. Todos tiveram um propósito específico: evidenciar a graça e a glória de Deus nas mais diferentes situações. Em nenhum momento, essas intervenções exaltam as virtudes do profeta.
Rs 5 .25,27), Em consequência, teve de conviver com a lepra pelo resto da sua vida!
SINOPSE D O T Ó P IC O (4 )Não se pode brincar com as
coisas sagradas e muito menos escarnecer dos servos de Deus.
RESPONDA4. Como os ra p a zes zom baram do p ro fe ta ?
8 0 L ições Bíb lic as
c
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Multiplicação dos pães e abundância de víveres.
2 . O Senhor está pronto a restituir ou restaurar quem perdeu alguma coisa, desde que se tome consci
ência disso.3 . Deus não opera milagres para satisfazer nossa curiosidade. Ele
também resiste aos soberbos.4 . “Sobe, calvo. Sobe, calvo”.
5. Geazi viu apenas uma ação humana quando deveria ver uma ação divina e também trocou a verdade
pela mentira.
A U X ILIO BIBL IO G RÁ FICO ISubsídio Bibliográfico
“ Deus cura a lep ra d e Na-am ã
O poder divino, o qual se manifestou através da cura da lepra de Naamã, tinha o propósito de demonstrar que o Deus de Israel era maior que as d iv indades da Síria. O milagre aconteceu em benefício dos israelitas e também dos sírios. Os israelitas entenderam que Deus desejava fazer deles o seu instrumento para conquistar outros povos. Também está aqui evidenteo ponto de vista profético de queo reino do Norte, assim como o de Judá, estava essencialmente relacionado com o cumprimento de Deus para seu povo.
O desespero de Naamã, causado pela impureza do rio Jordão, pode ter sido provocado em parte pela correta comparação que fez com os rios Abana e Farpar. Entretanto, a questão verdadeira era a sua má vontade em se humilhar adequadamente, e obedecer à ordem de Deus para obter a cura.
O registro da cura de Naamã representa um cativante relato da ‘cura de leproso’. Existe aqui um retrato notável sobre: (1) A grandeza que não leva a coisa alguma — um grande homem... porém leproso; (2) O testemunho da fé de uma escrava; (3) Um pedido inesperado e humilde; (4) A obediência e a cura com pleta” (C o m en tá r io B íb lico Beacon. Vol 2. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 349).
L içõ es Bíb l ic a s 81
A U X IL IO B IB LIO G R Á FIC O 11Subsíd io B ib liográ fico
- “A f a m a de E l is e u <2 R s 6 .1 2 ) — Vários eventos claramente mostram que os milagres de Eliseu foram realizados com a intenção de p ro d u z ir fé ta n to fo ra como dentro dos limites dc Is rae l. A cu ra de Naamã (2 Rs 5), a reputação conseguida expondo os planos dos sírios (2 Rs 6.12) e o livramento da unidade militar que veio para capturá-los (2 Rs 6.12,13) todos testemunham o poder de Deus. Sirvamos à igreja de Cristo. Porém, nunca percamos a visão daqueles fora de seus limites” (RICHARDS, Lawrence O. G u ia do L e ito r d a B íb lia : Um a a n á lise de G ên esis a A p o ca lip se ca p ítu lo p o r ca p ítu lo . 9. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 247).
- G e az i é a ta ca d o d e lep ra (2 R s 5 .20-27) — Naamã havia oferecido um presente a Eliseu; porém, o profeta o recusou. No entanto, sua gratidão era tão grande que ele prontamente deu dois talentos de prata a Geazi supostamente para dois jovens profetas necessitados. Eliseu transferiu a lepra de Naamã para Geazi, não só porque ele havia mentido por razões pessoais, mas o que é ainda pior, seu interesse egoísta por dinheiro havia diminuído a eficiência do ministério de Eliseu para Deus. Esse incidente se apresenta como uma impressionante advertência a todos os servos do Senhor que colocam os interesses pessoais à frente da causa do Mestre” (C o m e n tá r io B íb lico Beacon . Vol 2. l .ed . Rio de Janeiro: CPAD,2005, p. 350).
8 2 L içõ es Bíb l ic a s
TEXTO ÁUREO
“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros”(2 Tm 2.1,2).
VERDADE PRATICA
A escola de profetas objetivava a transmissão dos valores morais e
espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.
H IN O S S U G E R ID O S 127, 186, 259
LE IT U R A D IARIA
Segunda - 2 Rs 6.1 Educação e instituição
Terça - 2 Rs 6.3 Educação e função
Quarta - 1 Rs 9.1 Educação e treinamento
Quinta - 2 Rs 6i.6 Educação e encorajamento
Sexta - 2 Rs 4.36,37 Educação e experimento
Sábado - 2 Rs 5.26 Educação e exemplo
Lição 1 224 de Março de 2013
Eliseu e a Es c o la dos Profetas
L içõ es Bíb l ic as 8 3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE2 Reis 6.1-7
1 - E d isse ra m os filhos dos p ro fe ta s a Eli seu : Eis que o lu g a r em que hab itam os diante da tua face nos é estre ito .
\ 2 - Vamos, po is , até ao Jo rd ã o , e tom em os de lá, cada um de nós, uma viga, e façam o-nos ali um lugar, p a ra h a b ita r ali.
I E d isse e le : Ide.
I 3 - E d is se um : Serve-te de ire s com os teus se rvo s . E d isse :
| Eu irei.
í 4 - E fo i com eles; e, chegan-
I í do eles ao Jo rd ã o , co rta ra m m adeira .
5 - E sucedeu que, derribando um deles um a viga , o fe r ro caiu na á g u a ; e clam ou e d is se : Ai! Meu senhor! Porque era em prestado .
6 - £ disse o homem de Deus: "ú Onde ca iu ? E, m ostrando-lheI ele o lugar, cortou um pau, e oI lançou ali, e fez n adar o ferro .
7 - E d isse : Levanta-o. Então,• ele estendeu a sua m ão e o
INTERAÇAO
P ro fe sso r , j á no A n tigo Testam ento podem os p e rceb e r que a educação re lig iosa tinha um lu g a r de destaque entre os israe lita s . As Esco las de P ro fetas são uma p ro va desta verdade . E sta s in stitu ições não tinham com o p ro p ó sito en sin a r os a lunos a p ro fe tiza rem . A p ro fec ia é um dom d iv ino , p o r isso , som ente o Senhor pode ensinar os seus se rvo s quanto ao p ro fe tiza r. Todavia, um dos ob jetivos era p a ssa r às g e ra ções m ais novas a herança cu ltu ra l e esp ir itu a l da nação. Na lição de hoje, e s tu d a re m o s a c e rc a da E sco la de P ro fe ta s sob qua tro p e rsp e c tiv a s : a in stitu ição , os ob jetivo s, o cu rrícu lo e a m etodologia. Boa aula!
O B JETIV O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Com preender o real propósito das escolas de profetas.
Saber a respeito do currículo da escola de profetas.
R e lac io nar alguns dos métodos utilizados nas escolas de profetas
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro da página seguinte no quadro de giz. Utilize-o na
introdução da lição. Explique aos alunos que as Escolas de Profetas tinham como
objetivo a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.
Conclua afirmando que os autênticos cristãos empenham-se no estudo e no ensino das Sagradas Escrituras, pois o crente que não recebe instrução na Palavra está sujeito a ser levado por todo
vento de apostasia (Ef 4.1 4).
8 4 L içõ es Bíb l ic a s
IN T R O D U Ç Ã OPor diversas vezes, vemos a
expressão “filhos dos profetas” aparecer nos livros de Reis. Os filhos, ou discípulos, dos profetas estavam radicados em Betei, Jericó e Gilgal (2 Rs 2.3,5,7,1 5; 4.38). O contexto dessas passagens não deixa dúvidas de que e sta e x p r e s são pode ser entendida com o sinôn im o para escola de profetas.
O fato serve para mostrar que a educação religiosa, ou formal, já recebia destaque no antigo Israel. __R e ssa lv a m o s que as escolas de profetas não tinham como propósito ensinar a profetizar. Isso é uma atribuição divina. Todavia, eram um testem unho vivo de que o povo de Deus, em um passado tão distante, preocupava-se em passar às gerações mais novas sua herança cultural e espiritual. Por isso, ve jam os nessa lição, a Escola de Profetas sob quatro perspectivas.
PALAVRA-CHAVE
Escola de P ro fe ta s
Instituição de ensino do Antigo Testam ento
cujo objetivo era a transm issão dos valores m orais e
espirituais que Deus havia entregado a Israe l a través de
sua Palavra.
I. A IN S T IT U IÇ Ã O DAS ESCO LAS DE PROFETAS1. Noção de o rgan ização
e fo rm a. O texto de 2 Reis 6.1 m ostra que e s s a s E sco la s de Profetas possuíam uma estrutura física. Eles viviam em comunidade
e, portanto, careciam de espaço fís ico não somente para habitar, mas também onde pudessem ser instruídos: “Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito. Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali”.
Observa-se nesse texto que a estrutura
acabou ficando inadequada e um espaço maior foi reclamado. Para que se tenha uma educação de qualidade necessita-se de uma estrutura adequada. Não podemos educar sem primeiro estruturar!
2. Noção de o rga n ism o e fu n ção . As escolas de profetas estavam sob uma supervisão e, portanto, possuíam um líder es- piritual que lhes dava orientação. {
E S C O L A S D E P R O F E T A S
OBJETIVOSA transm issão dos valores morais e esp irituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.
CURRÍCULO
Em especial o tivro de Deuteronômio, pois especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo; aprendizado prático.
M E TO D O LO G IAEnsino através do exem plo .
L iç o e s Bíb l ic a s 8 5
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¥ Os estudiosos acreditam que as■ escolas de profetas surgiram comI Samuel (1 Sm 10.5,10; 19.20) e,! posteriormente, consolidaram-seI com a monarquia nos ministérios \ de Elias e Eliseu.
No texto de 2 Reis 6.1, verificamos que os discípulos dos profetas estavam sob a orientação de Eliseu e era com este profeta que buscavam instrução. Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais capaz de prever o futuro ou operar grandes milagres, mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica.
SIN O PSE D O T Ó P iC O (1 )
Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais, mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica.
R ESPO N D A
/. Segundo a lição, o que podem os a p re n d e r sob re o a specto in stitu ciona l da Esco la de P ro fe ta s?
I I . OS O B JE T IV O S DAS ESCOLAS DE PRO FETAS
1. Treinam ento. O texto de2 Reis 2.15,16 mostra que fazia parte do treinamento das escolas dos profetas trabalhar sob as ordens do líder, obtendo assim perm issão para a execução de cada tarefa.
Em outras situações observamos que os filhos dos profetas, quando já treinados, podiam agir por conta própria em determinadas situações (1 Rs 20.35). Na igreja o discipulado ocorre quando aquele
que foi ensinado compartilha com outro o seu aprendizado.
2. Encorajamento. Os expositores bíblicos observam que Eii- seu não limitava o seu ministério à pregação itinerante e a operação de milagres, mas agia também como um supervisor das escolas de profetas. Ele fornecia instrução e encorajamento aos jovens que ali estavam.
O contexto de 1 e 2 Reis não deixa dúvidas de que Elias e Eliseu muito preocuparam-se em transmitir às gerações mais novas o que haviam aprendido do Senhor. Nessas escolas, portanto, esses alunos eram encorajados a buscar uma melhor compreensão da Palavra de Deus. Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o educando a buscar a excelência no ensino.
SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )
As Escolas de Profetas forneciam instrução e encorajamento aos alunos a fim de que eles buscassem uma melhor compreensão da Palavra de Deus.
R E S P O N D A
2. D estaque do is dos ob je tivo s da Esco la de P ro fetas.
I I I . O C U R R ÍC U L O DAS ESCOLAS DE PRO FETAS
1= A E scr itu ra . A com panhando o ministério de Elias, vemos que a Palavra de Deus fazia parte do conteúdo ensinado nas escolas de profetas. Dele, Eliseu recebeu essa herança. Quando se
8 6 L iç õ e s Bíb l ic a s
Is?
s
como um modelo a ser imftado (Mt 9.9; 1 Co 1 1.1).
2. Ensino a través da Palavra . Eliseif não deixou nada escrito. O que sabemos dele é através do cronista sagrado. Mas esse fato não significa que o profeta não usasse a Palavra de Deus em sua vida devocional e também como instrumento de instrução nas Escolas de Profetas.
A forma como Eliseu julgava o comportamento dos reis, aprovando-os, ou reprovando-os, não deixa dúvidas de que usava a Palavra de Deus escrita para discipular os alunos das Escolas de Profetas. Eliseu, por exemplo, mediu a iniquidade de Acabe através da piedade de Josafá. Acabe era um rei mau porque não andava conforme a Palavra de Deus, enquanto Josafá era estimado por fazer o caminho inverso.
SINOPSE D O T Ó P IC O (4 )As Escolas de Profetas se
guiam o idealismo hebreu concernente à educação.
4. C ite d o is d o s m é to d o s e d u ca c io n a is u sa d o s na E sco la de Pro fetas.5. O que podem os o b se rv a r a tra vés do m in isté rio de E liseu?
CONCLUSÃOAtravés do ministério de Eli
seu, observamos que as Escolas de Profetas eram dedicadas ao ensino formal. Ali era ensinada a Palavra de Deus. Esse fato, por si só, é de grande relevância para nós, porque demonstra a preocupação do homem de Deus em passar a outroso conhecimento correto sobre o Deus único e verdadeiro.
Os tempos mudam e a cultura também. Hoje, sabemos que a educação secular possui grande importância e, infelizmente para muitos, é a única forma de educação existente. Não podemos negligenciar a educação secular, mas não podemos de forma alguma perder de vista a dimensão espiritual do conhecimento divino, que se encontra na Bíblia Sagrada.
RESPONDA
8 8 L iç õ e s Bíb l ic a s
encontrava no monte Sinai, Elias queixou-se de que os israelitas haviam abandonado a aliança divina, destruído os locais do verdadeiro culto e matado os profetas do Senhor (1 Rs 19.10).
A Palavra de Deus, em especial o livro de Deuteronômio, especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo. A Palavra de Deus era e é essa aliança! Assim como Elias, Eliseu também estava familiarizado com as implicações do concerto divino. Era a Palavra de Deus que ele ensinava aos seus discípulos. É a Paíavra de Deus que nós também devemos ensinar hoje.
2. A e x p e riê n c ia . Elias e Eliseu eram homens experientes e partilhavam com os outros o que haviam aprendido do Senhor (2 Rs 2.15, 19-22; 4.1-7, 42-44). No entanto, no contexto bíblico, a experiência não está acima da revelação divina conforme se encontra registrada na Bíblia. A Palavra de Deus é quem julga a experiência e não o contrário. Elias, por exemplo, afirmou que suas experiências tiveram como fundamento a Palavra de Deus {1 Rs 18.36).
Os mais jovens devem ter a humildade de aprender com os mais experientes e os mais experientes não devem desprezar os saberes dos mais jovens. O aprendizado se dá através do processo de interação e a experiência faz parte desse processo.
REFLEXÃO
SINOPSE D O T Ó P IC O <3)O currículo da Escola de Pro
fetas era em especial o livro de
“Não há ob je tivo m a io r p a ro um e d u ca d o r do que
e n co ra ja r um educando a b u sc a r a exce lên cia
no ensm o.
Deuteronômio, pois especificava os princ íp ios e preceitos que regiam a aliança de Jeová com o seu povo.
RESPONDA3. De a co rd o com a lição , que co n teúdos fa z ia m p a rte do cu rr ícu lo da Esco la de P ro fe ta s?
IV. A M E T O D O L O G IA D A ESCOLA DE PROFETAS
1. Ensino através do exem plo . As Escolas de Profetas seguiam o idealismo hebreu concernente à educação. Havia uma relação entre professor e aluno na comunidade onde viviam. A educação acontecia também na sua forma ora! e o exemplo era um desses métodos adotados no processo educativo. Não há como negar que Eliseu ensinava através do exem plo. Há vários relatos sobre os milagres de Eliseu, nos quais se percebe que o aprendizado acontecia através da observação das ações do profeta.
Ceazi, discípulo de Eliseu, sab ia que seu m estre era um exemplo de honestidade. Em o Novo Testam ento, Jesus Cristo colocou-se como o exemplo máximo a ser seguido e Paulo se p
1
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L ições Bíb l ic a s 8 7
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LEBAR, Lois E. Educação queé C ris tã . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.ZUCK, Roy B. Teo log ia do Antig o Testam ento . 1. ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2009.
S A IB A M A ISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n°52, p.42.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Que a educação possui formae função.
2 . Treinamento e encorajamento. 3» A Escritura e a experiência.
4 . Ensino através da palavra e do exemplo.
5 . O bservam os que as escolas de profetas eram dedicadas ao en
sino formal.
f AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOSubsídio Bibliográfico
“Escolas Hebraicas[...] Os profetas prestaram uma
assistência à instrução religiosa do povo através de suas pregações públicas. As referências a um grupo de profeta em Ramá sob o comando de Samuel, e possivelmente em Gi- beá, mesmo tendo sido chamadas de escolas de profetas não devem ser consideradas como as mais recentes escolas de escribas que caracterizavam o judaísmo. Estas foram ocasionadas em sua maior parte pelo declínio do sacerdócio sob o comando de EH e seus filhos, e novamente durante a monarquia (1 Sm 10.5,10; 19.20), e também da necessidade que o povo tinha de receber a instrução religiosa.
Estas associações de profetas não devem ser consideradas como monásticas, mas, na verdade, existiram com o propósito de trazer à tona uma maior influência religiosa sobre sua época.
Presume-se que, no tempo de Esdras, as instituições religiosas tenham sido um esforço escolástico entre os judeus (Ed 7.10). Associadas ao crescimento das sinagogas e outras instituições pós-exílicas, a educação prim ária, como um padrão de ensino, viria a tornar-se com pulsória, conforme revelado no Taimude” (D ic ionário Bíblico W y c liffe . 1. ed. Rio de janeiro : CPAD, 2009, p. 665).
/L ições Bíb l ic a s 8 9
Lição 1 331 de Março de 2013
A M o r te de Eliseu
TEXTO ÁUREO
“E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e
lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou
sobre os seus pés” (2 R s 13.21 )„
L E IT U R A D IÁ R IA
Segunda - 2 Rs 1 3 .20 A transitoriedade da vida
Q uarta - 2 Rs 1 3.1 7 O lado divino na profecia
Q uinta - 2 Rs 1 3 .18 O lado humano na profecia
Sexta - 2 Rs 13.21 O justo abençoa em todo tempo
Sábado - 2 Rs 1 3 .2 3 ,2 5 A fidelidade de Deus
Terça - 2 Rs 13 .14 O sofrimento humano
9 0 L iç õ e s B íb l ic a s
s
LE ITU R A BÍBLICA EM CLASSE2 Reis 13.14-21
14 - E Eliseu estava doente da sua doença de que m o rreu ; e Jeoás, re i de Israe l, desceu a ele, e chorou sob re o seu ro sto , e d isse : Meu pai, m eu pai, ca rro s de Isra e l e seu s cava le irosI15 - E Eliseu lhe d isse : Toma um arco e flechas. E tom ou um a rco e flechas.16 - Então, d isse ao re i de Is ra el: Põe a tua m ão so b re o a rco . E pôs sobre ele a sua m ão; e Eliseu pôs as suas m ãos sobre as m ãos do rei.17 - E d isse : A b re a ja n e la pa rao o r ie n te . E a b riu -a . E n tã o , d isse E liseu : A tira . E a tirou ; e d isse : A flecha do livram ento do SENHOR é a flecha do liv ra m ento con tra os s iro s ; porque fe r irá s os s iro s em A feca , até os consum ir.18 - E d isse m a is : Toma as fle chas. E tom ou-as. Então, d isse ao re i de Isra e l: Fere a te rra . E feriu-a três vezes e cessou .19 - Então, o hom em de D eus se indignou m uito con tra ele e d isse : Cinco ou se is vezes a deverias te r fe rid o ; então, fe r ir ia s os s iro s até os consum ir; porém agora só trê s vezes fe r irá s os s iro s .2 0 - Depois, m orreu Eliseu , e o sepu lta ram . O ra , as tropas dos m oabitas invadiam a te rra , à en trada do ano.21 - E sucedeu que, en terrando eles um hom em , eis que viram um bando e lançaram o hom em na sep u ltu ra de Eliseu ; e, ca indo nela o hom em e tocando os o sso s de E liseu , rev iveu e se levantou sob re os seu s pés.
INTERAÇÃONesta últim a lição do trim estre e stu d a rem os os d e rra d e iro s d ias do p ro feta Eliseu. Ele fo i um hom em fie l ao Senhor até o fim dos seu s dias. Todavia, com o hom em ele era m ortal. Não temos como escapar, um dia en fren ta rem os a m orte. Porém , ela não nos a ssu sta .E liseu co m eçou bem seu m in is té r io p ro fé tico e o en ce rro u tam bém com excelência . Ele viveu todos os seus dias com o se rvo do Sen h o r e com certeza pode d ec la ra r com o o apóstolo Paulo: “C om bati o bom co m ba te , a ca b e i a ca rre ira , g u a rd e i a fé . Desde agora , a coroa da ju s t iç a me está guardada , a qua l o Senhor, ju s to ju iz , me da rá n a quele Dia [ . . . ] ” (2 Tm 4 .7 ). Que quando ch eg a r o nosso dia, possam os tam bém d ec la ra r estas m esm as pa lavras.
O B JE T IV O S
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
C onscientizar-se sobre a brevidade da vida e a eternidade de Deus.
C om preender a natureza da profecia final de Etiseu.
Explicar o propósito do último milagre de Eíiseu.
O R IE N T A Ç Ã O P ED A G Ó G IC AProfessor para a aula de hoje sugerimos que você reproduza o quadro da página
seguinte conforme as suas possibilidades. Utiíize-o para concluir a lição,
fazendo um resumo geral da vida de um dos maiores profetas do Antigo Testa
m ento, Eliseu. Conclua enfatizando queo último milagre relacionado à vida de
Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.
L içõ es Bíb l ic a s 91
IN TR O D U Ç Ã ON esta lição , a c o m p a n h a
rem os os ú lt im o s p a sso s do profeta Eliseu. Constatarem os que Eliseu foi, de fato, um gigante espiritual.Mas, com o todos os homens, estava sujeito às limitações comuns a todos os mortais — nasceu, cresceu, envelheceu e morreu. Fica, portanto, em destaqueo fato de que os homens fazem história, mas Deus é o Senhor da história.
I - A D O EN Ç A T E R M IN A L DE ELISEU
1. A velh ice de Eliseu. Umbom tempo já se havia passado desde a última aparição do profeta de Abel-meolá no registro bíblico (2 Rs 9.1). De fato, entre os capítulos 9 e 1 3 de 2 Reis, há
| um intervalo de aproximadamen-I te quarenta anos. Os estudiosos ‘ acreditam que, por essa época,
PALAVRAS-CHAVE
M orte:Térm ino das
a tiv id a d es v ita is do s e r hum ano so b re a te rra .
Eíiseu deveria estar com a idade aproximada de oitenta anos.
Eliseu fora chamado ainda jovem para o ministério profético, mas agora estava velho e doente. Às vezes, idealizamos de tal forma os homens de Deus, que acabamos
nos esquecendo de que eles também são humanos. Envelhecem, adoecem e também morrem.O texto bíblico deixa bem patente o lado humano do profeta. Fora um grande homem de Deus e ainda o era, mas
ainda assim era um homem.2. O sofrim ento de Eliseu.
O mesmo texto que trata da doença e velhice de Eliseu fala também do seu sofrimento (2 Rs 13.14,20). Eliseu estava doente, e isso sem dúvida causava-lhe algum sofrimento. Eliseu envelheceu e padeceu.
Mas o foco aqui não é o sofrimento em si, mas como Deus tratao profeta nesse momento de sua vida e como ele responde a isso. Mesmo alquebrado pela idade, Eliseu continuava com o mesmo vigor espiritual de antes. Possuía
E L I S E U
P ontos fo r te s e êx ito s
Lições de v id a
■ Foi sucessor de Elias como profeta de Deus.■ Teve um m inistério que durou mais de 50 anos.■ Teve um grande impacto sobre quatro nações: Israel,
Judá, Moabe e Síria.■ Foi um homem íntegro que não tentou enriquecer-se à custa dos outros.» Fez muitos m ilagres para a judar aqueles que estavam sofrendo necessidades.
■ Aos olhos de Deus uma medida de grandeza é a d isposição para se rv ir aos pobres como também aos poderosos.■ Um substituto eficaz não só aprende com o seu m estre; também constrói sobre as realizações de seu mestre.
Adaptado da B íb lia de. E s tu d o A p lic a ç ã o Pessoal, CPAD, p. 516.
9 2 L içõ es Bíb l ic a s
ainda a mesma visão da obra de Deus. Em nada a doença, ou quaisquer outras coisas, impediu-o de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.
SINOPSE D O T Ó P IC O <1)A d o en ça não co n se g u iu
impedir o profeta Eliseu de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.
RESPONDA1. Faça um b reve com en tá rio so bre a velh ice de Eliseu .
II - A PROFECIA F IN A L DE ELISEU
1. A ação de Deus na p ro fecia. Hoje está na moda o jargão: “Eu profetizo sobre a tua vida”. Embora muito bonito e vestido de roupagens espirituais, tal jargão não passa de orgulho e afetação humana. Isso por uma razão bem simples: nenhuma profecia, que se ajuste ao modelo bíblico, tem seu ponto de partida no querer humano, mas na vontade soberana de Deus (2 Pe 1.20,21).
Eliseu, por exemplo, refletindo os desígnios divinos, dizia ao profetizar: “Assim diz o Senhor” (2 Rs 2.21; 3.1 6). A expressão “flecha do livramento do SENHOR” (2 Rs1 3.1 7) possui sentido semelhante. A profecia tem sua origem em Deus e não no homem. Eliseu não profetizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois profetizar (2 Rs 3.1 5).
2. A participação humana na p r o fe c ia . Vim os que uma
profecia genuinamente bíblica tem sua origem em Deus. Todavia, a Escritura mostra também que existe a participação do homem nesse processo. É o que vemos em 2 Reis 13.14-19. A indignação de Eliseu quanto à relutância do rei Jeoás de Israel em continuar a atirar as suas flechas, símbolo do livramento do Senhor contra os sírios, é bastante significativa. Deixa clara a decepção do profeta com a falta de discernimento e perseverança do rei. Faltou fé a Jeoás! Ele pensava certamente tratar-se de uma mera cerimônia na qual ele teria apenas uma participação técnica. A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta. Deveria ter ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez apenas três.
Uma fé tímida obtém uma vitória igualm ente tím ida. Emo Novo Testam ento, o Senhor Jesus irá por em destaque essa verdade (Mt 9.29).
SINOPSE D O T Ó P IC O (2 )Aprendemos mediante a últi
ma profecia de Eliseu que uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida.
RESPONDA
2. P o r que E liseu se ind ignou co n tra o re i?
I I I - O Ú L T IM O M ILAG RE DE ELISEU1. A e te rn idade e f id e lid a
de de Deus. É interessante observarmos que o último milagre de Eliseu deu-se postumamente. Eli-
I
L içõ es Bíb l ic a s 9 3
seu já estava morto quando ocorre algo que desafia a razão humana (2 Rs 13.20,21). Essa passagem revela pelo menos dois aspectos dos atributos de Deus — Deus é eterno. Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias parecem dizer o contrário.
Ao permitir que o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava ao rei Jeoás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo ele havia prometido a ele. Deus é fiel e zela pela sua Palavra para a cumprir.
2. A honra de Eliseu. Além da fidelidade e da eternidade de
t Deus, que ficam bem patentes nesse1 último milagre de Eliseu, há ainda B mais uma lição que o texto deixa em1 relevo. Aqui é possível perceber que,■ mesmo morto, o nome de EliseuI continuaria a ser lembrado comoI um autêntico homem de Deus.
E lia s su b iu ao céu v iv o ,1 Eliseu deu vida mesmo estando0 morto. Os intérpretes destacam * que esse milagre, envolvendo os | restos mortais de Eliseu, mostra
que o Senhor possui planos diferenciados para cada um de seus filhos. Portanto, não devemos fazer comparações nem questionar os atos divinos Qo 21.19-23). A Bíblia fala de homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morrido (Hb 1 1 .4).
SINOPSE D O T Ó P IC O <3)
1 M esm o d epo is de m orto,1 Eliseu foi lembrado como um au-1 têntico homem de Deus.
3. De a co rd o com a liçã o , q u a l o p ro p ó s ito do m ilag re op era d o postum am ente p o r E liseu ?
IV - O LEGADO DE ELISEU
1. L e g a d o sóc io -cu ltu ra l.Já estudam os que Eliseu supervisionava as escolas de profetas (2 Rs 6.1). Esse sem dúvida foi um dos seus maiores legados. Todavia, Eliseu fez muito mais; teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação. Enquanto Elias era um profeta do deserto, Eliseu teve uma atuação mais urbana. Eliseu tinha acesso aos reis e com andantes militares, e possuía influência suficiente para deles pedir algum favor (2 Rs 4 .13). Como povo de Deus, não podemos v iver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.
2. L eg a d o e sp ir itu a l. Há uma exten sa lista de obras e m ilagres operados através do profeta Eliseu. Sem dúvida, eles demonstram seu grande legado. Podemos enumerar alguns: abertura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o azeite da viúva (2 Rs 4.1 -7); o filho da sunamita (2 Rs 4.8-37); a panela envenenada (2 Rs 4.38-41); a multiplicação dos pães (2 Rs 4.42-44); a cura de Naamã (2 Rs 5.1 -1 9) e o machado que flutuou (2 RS 6.1-7).
SINOPSE D O T Ó P IC O (4 )Com o povo de Deus, não
podem os v iv e r iso lad o s , mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.
RESPO N D A
9 4 L iço es Bíb l ic a s
“A ss im te rm in a a vida do p ro fe ta E liseu . [ . . . ] M esm o sem
te r e sc r ito um a linha , levanta-se com o um dos m a io res p ro fe ta s
b íb licos de todos os tem pos. D evem os im itá-lo em su a vida
de se rv iço e a m o r a D e u s .”
4 . C ite do is dos legados do p ro fe ta E liseu .5. C ite pelo m enos trê s o b ra s do legado de E liseu .
C O N C LU SÃ OAssim termina a vida do pro
feta Eliseu. Um grande homem de Deus que nunca deixou de
RESPO N D A ser servo. Com eçou pondo água nas mãos de Elias (2 Rs 3.11), um gesto claro de sua presteza em servir , e foi e xa ltad o por D eus. M esm o sem ter escrito uma linha, levanta-se como um dos m aiores profetas b íb licos de todos os tem pos. Devemos imitá-lo em sua vida de serviço e amor a Deus.
REFLEXÃO
L içõ es Bíb l ic a s 9 5
V O C A B U LÁ R IOA fe ta ç ã o : Fingimento; s im u lação.A lq u e b ra d o : Fraco, abatido, prostrado.P o s tu m a m e n te : Posterior a morte de alguém.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOSubsídio Bibliográfico“Joás visitou Eliseu devido ao
grande respeito que tinha pelo profeta, que estava próximo de falecer. Sua saudação: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!, foi a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi levado ao céu (2 Rs 2.1 2). O fato de Joás utilizar esta expressão é uma indicação de que ele reconhecia a proximidade da morte de Eliseu. A ordem relacionada ao uso do arco e das flechas estava relacionada com a Síria, que era a nação que [ oprimia Israel. Uma flecha lançada em direção ao oriente simbolizava a vitória em Afeca; as setas lançadas ao solo simbolizavam a vitória de Israel sobre a Síria.
Eliseu se indignou muito contra Joás, por saber que confiar e se apoiar em outras nações era uma atitude errada. Era necessário ter uma completa confiança em Deus para que fossem ajudados contra as nações estrangeiras que procuravam oprimir Israel. O poder miraculoso associado aos ossos de Eliseu tinha a finalidade de mostrar a jo á s que o poder do Deus de Israel seria manifestado sobre a Síria, mesmo após a morte do profeta” (C o m en tár io B íb lico Beacon. Vol2. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 360-61).
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOARES, Esequias. O M in istério P ro fé tico na Bíblia: A vozde Deus no te rra . 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SAIBA MAISRevista Ensinador Cristão
CPAD, n°52. p.42.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS
1. Resposta pessoal.2 . Por que o rei não agiu com discer
nimento e fé.3. Demonstrar a fidelidade de Deus
e o valor do profeta Eliseu.4 . Cultural e espiritual.
5. Abertura do Jordão (2 Rs 2.1 3,1 4); a purificação da nascente de água (2 Rs 2 .19 -22 ); o azeite da viúva
(2 Rs 4.1-7).
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9 6 L ições Bíb l ic as
A n o n o v oR eceb a t o d o s os dias uma pa lavra d e AnimoE FÉ ATRAVÉS DAS AGENDAS 201 3 DA CPAD.
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Q u e r c o n h e c e r a J e s u s ? P e n s a e m m e l h o r a r s u a v id a
c r is t ã ? E n s in a r a P a la v r a d e D e u s ? P r e p a r a r u m s e r m ã o ?
D e s c u b r a o c a m in h o d e D e u s a t r a v é s d e G u ia
C r i s t ã o d e L e i t u r a d a B í b l i a . U m a o b r a c o m p le t a , l i v r o
a l i v r o , a c e s s ív e l e r i c a e m in f o r m a ç õ e s q u e o a ju d a r á a
d e s c o b r i r , c o m p r e e n d e r e a p l i c a r o s g r a n d e s t e s o u r o s
e e n s in a m e n t o s b í b l i c o s .
• Conhecendo Jesus — Quem era o homem chamado Jesus? Como ele afeta minha vida hoje?
• Ensinando a Bíblia — As verdades essenciais da Bíblia em dez doutrinas essenciais, incluindo
Deus, Jesus Cristo e a Igreja.
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• A vida cristã — Como trabalhar com a mensagem da Bíblia e aplicá-la em nossa vida.
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