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Emergências médicas
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FERIDAS SUPERFICIAIS
Anamnese: mecanismo do trauma, tempo transcorrido, doenças associadas, mediações (anticoagulante, produtos tópico), história de anestesia prévia.
Exame físico: avaliação da ferida – tamanho , localização, perda ou não de substância (retalho ou enxerto, cicatrização por segunda intenção), profundidade, lesão de tendão, nervo ou vaso. Perda funcional?
Classificação:
Quando ao agente causar: inciso, contuso, cortocontuso, perfurante, perfurocontuso, transfixante.
Quanto ao grau de contaminação: ferimentos limpos (ocorrida em ambiente asséptico), potencialmente contaminados (menos que 6 horas), contaminados (maior que 6 horas), infectados (secreção purulenta, reação inflamatória, cultura positiva).
Tratamento: antissepsia superficial (tópico – iodo / clorexidine), anestesia, debridamento e remoção de corpos estranhos, antissepsia produnda degermante (iodo/clorexidine), hemostasia, síntese e curativo.
ANESTESIA LOCAL – drogas que bloqueiam reversivelmente a condução nervosa em área circunscrita do corpo.
Lidocaína : mais utilizado, menor incidência de efeitos alérgicos, menor latência (inferior a 2 minutos), bom tempo de duração (60 min), dose – sem vasoconstritor 7 mg/kg e com vasoconstritor 5 mg/kg.
Concentração plasmática ug/ml
Efeito
1-5 Analgesia
5-10 Parestesia língua, zumbido, gosto metálico
10-15 Confusão, inconsciência, convulsão
15-25 Coma, depressão respiratória
>25 Depressão cardiovascular, parada cardíaca
ANAMNESE (anestesia local): história de alergia, hepatopatia ou deficiência de colinesterase (doses devem ser mais baixar), gestação (ultrapassam a placenta e podem trazer riscos para o feto), psicótico, histéricos e crianças pequenas (medicação pré-anestésica : BDZ, barbitúricos, quetamina.
TÉCNICAS: anestesia tópica, anestesia infiltrativa, bloqueio regional e bloqueio de campo.
BLOQUEIO DE CAMPO:
Área circunscrita onde se encontra a lesão. Antissepsia com tópico, sem necessidade de paramentação estéril. Injeção do anestésico em forma de anel, circundando a lesão, porém sem penetrar na
mesma. Deve gerar palidez e elevação da área injetada (aspecto de casca de laranja). Injeção direta através da ferida: nas sem contaminação grosseira e em crianças.
FECHAMENTO PRIMÁRIO
Utilizado em ferimentos limpos/potencialmente contaminados. Evitar em feridas com contaminação grosseira, mordeduras em geral e ferimentos há
mais de 6 horas. Fechamento por planos, evitando espaços mortos. Técnica adequada: tipo de fio, espessura do fio, tipo de sutura, manipulação delicada,
tempo para retirar os pontos.
TRATAMENTO ABERTO
Cicatrização por segunda intenção Utilizado quando não é possível fechamento
primário Formação de tecidos de granulação e reepitelização : contração dos bordos da ferida. Curativos têm fundamental importância.
CICATRIZAÇÃO POR TERCEIRA INTENÇÃO
Feridas tratadas inicialmente por modalidade aberta. Quando houver tecido de granulação e ausência de sinais de infecção, realiza-se
aproximação dos bordos através de sutura.
SUTURA
Limpeza inicial com soro fisiológico Antissepsia com tópico apenas ao redor da ferida
Anestesia local : seringa, agulha 40x12 (rosa), agulha hipodérmica (insulina), lidocaína 2%.
Debridamento e limpeza mecânica com degermante. Abrir o material: kit de sutura contendo cuba, pinça anatômica ou dente de rato, porta
agulha, tesoura, campos estéreis, fio de sutura e luva estéril. Paramentação Antisssepsia Síntese Curativo
ABSCESSO: coleção purulenta localizada e nodular do tecido celular subcutâneo. Pode ser causado por pequenos ferimentos, picada de insetos, penetração de corpos estranhos. Frequente em diabéticos e imunodeprimidos.
Evolução clínica: dor, eritema, aumento do volume, piora da dor. Inicialmente endurecida, quente e avermelhada. Após alguns dias, surge flutuação e alteração da coloração para amarelada.
Abscesso com secreção amarela e espessa: Stafilococos sp. Abscesso com secreção sanguinolenta e fluida: Streptococos sp. Abscessos perianais: germes anaeróbicos. Tratamento: drenagem cirúrgica, analgésicos por via oral. Somente receitamos
antibióticos par diabéticos, imunodeprimidos, febre, adenopatia satélite ou acentuada celulite secundária. Peninicilas, cefalosporinas (1º geração) ou quinolona.
Materiais:
Técnica de drenagem:
o Explique o procedimento ao paciente e obtenha autorização.o Verifique se o abscesso possui flutuação.o O pricedimento deve ser realizado de maneira asséptica. Com as luvas
estéreis, máscara e óculos de proteção, prepare a área afetada com um agente tópico disponível e cubra-o com o campo estéril.
o Usando agulha 40x12, aspira-se o anestésico do frasco (dose de 7mg/kg). Troca-se a agulha pela hipodérmica.
o Introduza o anestésico numa técnica de bloqueio de campo regional. A anestesia deve realizar-se aproximadamente a 1 cm do perímetro de maior sinal de flutuação, com o cuidado de injetar no subcutâneo.
o Depois, continue o bloquei de maneira linear, ao longo da linha de incisão projetada.
o Uma vez realizada a anestesia, faz-se uma incisão longa e profunda o suficiente ao longo da linha da pele para promover a drenagem espontânea da secreção purulenta. Não adianta fazer pequenas incisões, pois isso pode levar a recidiva dos abscessos.
o Depois de drenagem espontânea, evite espremer a pele circunjacente, pois pode promover a proliferação da infecção para o tecido subcutâneo adjacente. Coloca-se a pinça hemostática na cavidade, a fim de quebrar as loculações e liberar quaisquer bolsas de material purulento residuais.
o Irrigue a cavidade com soro fisiológico para limpeza do local.o Introduza uma faze ou um dreno de penrose no local, com 1 a 2 cm para fora
da incusão, para permitir drenagem adequada e impedir que a incisão fique selada.
o Curativo com gaze.
FERIMENTOS PERFURANTES
Tratamento
Erro comum: sar antibiótico para substituir limpeza cirúrgica. Desbridamento com boa limpeza, remoção completa do corpo estranho quando
presente. Profilaxia Antitetânica. Antibiótico em caso de complicação.